MILÉNIO STADIUM 1711 - 20 DE SETEMBRO

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O lixo da política

Manuel DaCosta Editorial

Ao refletir sobre o estado da política no mundo de hoje, não me lembro de uma época em que a arte da política tenha se tornado tão retórica que um homem simples não consiga perceber a diferença entre verdades e mentiras. Assim, se reduzíssemos o valor da política e dos políticos ao estatuto de refugo, dar-se-ia

a maior recessão do mundo. Enquanto Toronto e outras cidades acolhem festivais de cinema e entretenimento, proporcionando distrações temporárias e desvios da realidade, a política proporciona diariamente um circo semelhante para a autoindulgência do público.

Aunificação cultural do Canadá e de outros países criou um nível de intelectualidade baseado no adágio de que a mediocridade é suficientemente boa. As melhores mentiras e manipulações são agora a fórmula vencedora com o Tik-Tok e o Instagram como portadores de uma

pandemia de mensagens indiscerníveis. Os nossos cérebros levam-nos a escolher distrações baratas em vez de conteúdos credíveis e ricos, necessários para criar um mundo que represente todas as pessoas. O jornalismo, que supostamente existe para informar a verdade, é agora controlado por corporações egoístas que nos usam para acumular dados para nos poderem alimentar com mentiras. Há pouca integridade das mensagens que recebemos dos produtores de refugos disfarçados de notícias. Confiamos o nosso bem-estar e o nosso sustento económico a homens e mulheres como você e eu para governarem de acordo com

os princípios delineados num juramento em que prometem defender a integridade e o bem-estar económico deste país. Por isso, a questão que se coloca é: porque é que alguém quer ser político? Muitas vezes pergunto-me porque é que nunca tivemos mais representação lusófona na vida política, mas a resposta é realmente simples. Talvez os luso-canadianos tenham demasiada integridade para o cargo?

A política é um jogo sujo de manipulação dissimulada onde os egos voam. Esfregar os nossos centros de prazer a cada minuto, como se fossem um chatbot, torna-se o seu objetivo na vida, ignorando o facto de sermos seres humanos. Ao avaliar a situação política atual no Canadá, um frio desanimador penetrou no meu cérebro, dizendo-me que é uma perda de tempo ligarmo-nos a qualquer coisa relacionada com a política. No entanto, como não temos escolha em matéria de governação, temos de avaliar e assumir a responsabilidade pelas nossas ações ao eleger indivíduos que não têm experiência em questões da condição humana, pelo que a sua tática é ser sensacionalista, despertar os nossos desejos e contornar a nossa capacidade de autocontrolo.

O Canadá é um país dividido por muitas aldeias e etnias. A miscelânea de culturas e tradições cria um efeito de cubo de Rubik quando se trata de política, que é muitas vezes ditada pelo país de onde se vem. Além disso, o conceito de que a política traz poder atrai pessoas de diferentes origens, que tentam solidificar plataformas fortes para as suas próprias comunidades.

A comunidade lusófona no Canadá sempre esteve sub-representada na vida política e o apoio prestado à comunidade tem sido, na sua maioria, irregular e ineficaz. Não existe representação a nível municipal e provincial em Toronto. O resto do país sofre de males semelhantes. A nível federal, existem 3 representantes lusófonos, mas o fator rabo de macaco não tem produzido resultados positivos para os luso-canadianos. Perguntando à comunidade portuguesa se se preocupam ou não com a representação nos diferentes níveis de governo, quais seriam as respostas?

O político típico do Canadá não se preocupa em incluir os lusófonos na sua lista de prioridades devido à falta de votos e de apoio financeiro. Se política é poder, então temos muito pouco, e o futuro não parece prometedor. Atualmente, no Canadá, a maior parte das notícias e editoriais são sobre política a todos os níveis, por isso, quem são os luso-canadianos dispostos a dizer: “Vou candidatar-me e fazer a diferença?”. Tal como qualquer outra comunidade, temos talento suficiente para fazer a diferença, por isso vamos iniciar um movimento para atrair mais pessoas, apoiando candidatos, mesmo que seja apenas para obter uma representação estratégica. Outros fazem-no, porque não os lusófonos? Muitos não o fazem por causa da junkificação da política.

Ano XXXII- Edição nº 1711

20 a 26 de setembro de 2024

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com

Madalena Balça

Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabianne Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo. Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos,

Pegado, Paulo Perdiz,

Traduções: David

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Mogul artista de rua, está sediado em Estocolmo, na Suécia, e tem vindo a
Francisco
Raul Freitas, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.
Ganhão Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

448,310 mil!

Segundo o último Census (2021), é este o número oficial de luso-canadianos a viver no Canadá - 448,310 mil. Quase meio milhão de pessoas. E se à escala nacional, somos uma comunidade pequena a viver neste país de 41,752,933 habitantes, principalmente quando nos comparamos com os números de outras etnias, à escala provincial podemos dizer que os mais de 300 mil lusodescendentes que vivem no Ontário, têm um peso interessante no tecido socioeconómico da província. E numa perspetiva de interesse político? Somos relevantes? Somos considerados uma comunidade a ter em conta?

Assim à partida, o número até poderia meter algum respeito, principalmente, na GTA, mas quando chega a hora de ser necessário ter uma voz

ativa na decisão, por exemplo numa disputa eleitoral... tudo esmorece. Há ainda muitos portugueses, que aqui residem há muitos anos, que não reúnem as condições necessárias para participar na democracia canadiana, exercendo o seu direito de voto, porque não têm a cidadania e, por outro lado, há muitos que podendo participar não o fazem, porque não se interessam.

Para além disso, e quem sabe também por isso, são poucos os luso-canadianos que se destacam na vida política dos municípios, das províncias ou ao nível federal. Tão poucos que conseguimos reuni-los nesta página do Milénio. Porquê? É o que vamos tentar perceber nas páginas seguintes.

Luís Miranda é o luso-canadiano com mais mandatos consecutivos como Presidente da Câmara de uma jurisdição no Canadá. Miranda foi conselheiro municipal em Anjou desde 1989. Foi eleito pela primeira vez em 1997 para o mais alto cargo político em Anjou (Mayor), Quebeque, uma jurisdição que faz atualmente parte do município de Montreal. Depois da fusão, foi eleito presidente do concelho de Anjou em 2005, 2009, 2013, 2017 e 2021.Em maio de 2023, Miranda assegurou o seu nono mandato consecutivo como presidente do concelho de Anjou.

Peter Fonseca, atual deputado federal, derrotou pela primeira vez o seu compatriota luso-canadiano Carl DeFaria nas eleições provinciais de 2003 em Ontário. Em 2007, foi nomeado Ministro do Trabalho do Ontário. Em 2010 candidatou-se ao Parlamento Federal pelo círculo eleitoral de Mississauga East-Cooksville, mas foi derrotado pelo conservador Wladyslaw Lizon. Em 2015, derrotou Lizon e foi reeleito em 2019 e 2021.

Carl DeFaria é um luso-canadiano que foi eleito pela primeira vez para a Assembleia Legislativa do Ontário em 1995, pelo Partido Conservador Progressista. Foi reeleito em 1999 e apoiou a transição de Mike Harris para Ernie Eves, em 2002, altura em que foi também nomeado Ministro da Cidadania, com responsabilidade pelos seniores. Carl DeFaria foi o primeiro deputado eleito do Parlamento Provincial e o primeiro ministro de origem portuguesa, do governo no Ontário.

Ana Bailão representou Davenport no Conselho Municipal de Toronto de 2010 a 2022. Foi vice-presidente da Câmara Municipal de Toronto, representando Toronto e East York de 2017 a 2022. Bailão ficou em segundo lugar nas eleições intercalares para a Câmara de Toronto em 2023, perdendo para a ex-deputada do NDP Olivia Chow.

Martin Medeiros é vereador na Câmara Municipal de Brampton. Foi eleito pela primeira vez em 2014, e foi reeleito para o cargo em 2018 e 2022 para um terceiro mandato. Para o mandato de 2018-2022 do Conselho, foi eleito pelos membros do Conselho como Vice-Presidente da Câmara, Presidente da Comissão de Planeamento e Desenvolvimento, Desenvolvimento Económico, Comissão de Auditoria e foi o líder do Conselho para o Grupo de Trabalho de Reabertura e Recuperação da Cidade durante a pandemia da COVID-19.blicos e das Aquisições.

Em 2003, Mário Silva tornou-se o primeiro luso-canadiano a ser eleito para o Parlamento Federal, representando a zona de Davenport (Toronto). Mário Silva candidatou-se pelo Partido Liberal do Canadá. Mário Silva, que foi vereador da Câmara Municipal de Toronto de 1994 a 2003, foi eleito membro do Parlamento a 28 de junho de 2003.

Alexandra Mendès exerceu funções na Câmara dos Comuns como deputada pelo círculo eleitoral de Brossard-La Prairie. Foi eleita para a Câmara dos Comuns em 2008, derrotando o deputado do Bloc Quebecois Marcel Lussier. Nas eleições de 2011, foi derrotada pelo candidato do NDP, Hoang Mai. Desde 2015, Alexandra Mendès é deputada pelo círculo eleitoral de Brossard-Saint-Lambert.

Cristina Martins é uma antiga política do Ontário, Canadá. Foi membro liberal da Assembleia Legislativa do Ontário de 2014 a 2018, representando Davenport, Toronto. Martins concorreu às eleições provinciais de 2011 como candidata liberal no distrito de Davenport. Foi derrotada pelo candidato do Novo Partido Democrático, Jonah Schein. Voltou a concorrer nas eleições de 2014, desta vez derrotando Schein. Foi assistente parlamentar do Ministro da Cidadania, da Imigração e do Comércio Internacional.

Charles Sousa membro do Partido Liberal do Ontário, Sousa foi eleito para representar Mississauga South na Assembleia Legislativa do Ontário em 2007. Entrou para o gabinete provincial como Ministro do Trabalho em 2010, tornou-se Ministro da Cidadania e Imigração do Ontário em 2011 e foi Ministro das Finanças do Ontário de 2013 a 2018. Em 2022, Sousa concorreu como candidato liberal federal nas eleições parciais de Mississauga-Lakeshore. Venceu derrotando 39 outros candidatos. Em setembro de 2023, Sousa foi nomeado Secretário Parlamentar do Ministro dos Serviços Públicos e das Aquisições.

Nelson Santos foi eleito, em 1997, para o conselho da cidade de Leamington como vereador. Seis anos mais tarde, em 2003, seria eleito Presidente da Câmara, com apenas 33 anos de idade. Desde então, manteve o lugar, nunca perdendo uma eleição. Deixou o cargo por sua própria vontade, a 17 de julho de 2022, para passar mais tempo com a família.

Madalena Balça / David Ganhão

A importância da participação política

A política surgiu na vida de Ana Bailão de forma inesperada. Em 2003 Mario Silva, na época vereador da Câmara de Toronto, convidou-a para trabalhar no seu gabinete. Quando aceitou, Ana estava longe de imaginar que grande parte da sua vida passaria a ter a ação política como atividade principal. A primeira vez que se candidatou ao cargo de vereadora da Câmara Municipal de Toronto, tentou substituir precisamente Mario Silva (que, entretanto, tinha saído para outros voos), concorrendo com um programa centrado nas questões ambientais, nos direitos dos inquilinos e na redução dos impostos sobre a propriedade para os idosos. Terminou em segundo lugar. Não desistiu (será que este verbo faz parte do seu vocabulário?...) e em 2010 foi eleita pela primeira vez para a Câmara Municipal de Toronto, em representação de Davenport. Foi reeleita em 2014 e, quando o governo de Ford reajustou os limites das circunscrições durante as eleições municipais de 2018, ganhou novamente na nova circunscrição 9 de Davenport, uma fusão das suas anteriores circunscrições 18 e 17. Em 2022 saiu do executivo, onde era há vários anos vice-presidente. Em 2023 ficou em segundo lugar nas eleições intercalares para a Câmara de Toronto, perdendo para a ex-deputada do NDP Olivia Chow.

Nesta sua caminhada política, de grande proximidade com a comunidade portuguesa, Ana Bailão conheceu profundamente os luso-canadianos e sabe bem, como é importante que se faça todo um trabalho de sensibilização para a necessidade de os portugueses aqui residentes olharem para a vida política, como algo que lhes diz respeito e na qual devem participar. Porque nos faz mais fortes e mais respeitados. Foi por isso que nos pareceu essencial, ter nesta edição a visão desta portuguesa que tem uma história de vida política que fala por si e que, tudo indica, ainda terminou. Como a própria afirma

nesta conversa com o Milénio, ainda tem “muito para dar”. Bem... a vida já lhe mostrou que depois do segundo lugar, pode vir o primeiro.

Milénio Stadium: Qual é a sua opinião sobre a relação da comunidade portuguesa aqui residente e com a vida política canadiana?

Ana Bailão: Eu acho que o envolvimento tem cada vez aumentado mais, não é? Nós temos cada vez mais pessoas a tirarem a cidadania canadiana, a quererem participar na vida política do país. Eu lembro-me quando nós, no ano 2000, começámos a fazer sessões para preenchimento de formulários para as pessoas obterem a cidadania havia muita, muita, muita gente que ainda não tinha a cidadania, e que, portanto, não podia participar. Acho que a comunidade portuguesa é uma comunidade que veio para o Canadá trabalhar. E é uma comunidade muito cumpridora dos seus deveres e, por vezes, não se envolve tanto na vida pública e na vida política como outras comunidades.

MS: Será porque não entendemos a vantagem que isso poderia ter para a comunidade? Ou não vemos vantagem nisso?

AB: Eu acho que as pessoas têm os sintomas de muitas outras comunidades. As pessoas estão um bocadinho saturadas da forma como se faz política hoje em dia. Por outro lado, as pessoas têm uma vida ocupada... portanto, todas essas coisas afetam a nossa comunidade como afetam as comunidades todas. Mas eu acho também que há ainda muito na nossa comunidade a falta de perceber que realmente há uma importância muito grande em participar politicamente. Às vezes as pessoas não compreendem que a participação política, o ir votar ou eleger alguém, não tem só um impacto no sentido de se dizer “eu vou votar porque vou eleger aquela pessoa”, não. Tem um impacto na nossa vida, no dia a dia, impacta a maneira como somos vistos, não só pelos políticos

de origem portuguesa que são eleitos, mas por todos os políticos. Se nós formos uma comunidade participativa, uma comunidade que elege pessoas, uma comunidade que vai para fora e vota e participa e é reivindicativa, os políticos olham para nós de uma maneira diferente porque sabem que têm que contar connosco. Dizem: estas pessoas vão votar, esta comunidade é uma comunidade que sai para a rua e que vai votar. Portanto, eu tenho que os ouvir. Eu tenho que responder às suas necessidades, eu tenho que trabalhar com eles. E, portanto, isto tem um impacto muito grande na vida do dia a dia de qualquer pessoa deste país. Às vezes, eu penso que as pessoas não compreendem isso.

MS: Para além disso, o número de portugueses que se interessam pela vida política ao ponto de se candidatarem de modo a terem um papel predominante numa determinada eleição é ainda muito pequeno, quase residual, não é? Atendendo aos mais de 70 anos que nós temos de imigração aqui no Canadá...

AB: Eu acho que é, realmente, uma área em que a nossa comunidade não teve uma grande participação. Começa a ter agora mais. Nós enveredamos por outras áreas profissionais. E não houve muita gente que foi para essa área profissional. E, obviamente, isso tem um efeito cascata, não é? Porque se criam networks, criam-se “role models”. As pessoas começam a sentir aquelas aquilo mais perto e começam a identificar essas coisas. Eu, por exemplo, confesso que nunca, jamais me imaginei na política. A única razão por que eu fui para a política foi porque o Mário Silva me puxou para o escritório dele. Se eu não tivesse tido esta oportunidade de ver, de contactar, de trabalhar através do network, do envolvimento comunitário que eu tinha, eu provavelmente nem nunca punha isso como uma possibilidade na minha vida. E, portanto, isto é muito importante. Ter estes valores, ter estas pessoas que puxam, ter estes exemplos. Eu acho que isto é importante, esta participação.

"Se nós formos uma comunidade participativa, uma comunidade que elege pessoas, uma comunidade que vai para fora e vota e participa e é reivindicativa, os políticos olham para nós de uma maneira diferente porque sabem que têm que contar connosco. Dizem: estas pessoas vão votar, esta comunidade é uma comunidade que sai para a rua e que vai votar. Portanto, eu tenho que os ouvir. Eu tenho que responder às suas necessidades, eu tenho que trabalhar com eles. E, portanto, isto tem um impacto muito grande na vida do dia a dia de qualquer pessoa deste país. Às vezes, eu penso que as pessoas não compreendem isso."

Ana Bailão em entrevista para o jornal Toronto Star. Credito: Steve Russell / Toronto Star

MS: Essa situação de role model também se aplica à próxima pergunta porque os representantes que temos tido nos diversos níveis de governo - MP’s. MPP’s, vereadores, Mayor’s - são importantes para servirem de inspiração para os portugueses participarem mais. Mas eles têm contribuído, na sua opinião, para reforçar a afirmação da importância da comunidade portuguesa a nível nacional?

AB: Eu acho que sim. Acho que sim. Acho que a sua presença lá, o seu contributo, só por si, já é uma afirmação, não é? O seu trabalho, não só para a comunidade portuguesa, mas em geral, seja uma pessoa que esteja na Câmara ou por exemplo, o Charles Sousa, que era ministro das Finanças. Obviamente, isso contribuiu imenso para a afirmação da comunidade portuguesa. E, portanto, tudo isto contribui. Absolutamente! Eu acho que sim.

MS: Uma faixa da população da própria comunidade que diz que a responsabilidade é nossa, dos portugueses que aqui vivemos. Porque nos desinteressamos da tal participação ativa nas decisões políticas. A questão do voto e de estar atento ao que se está a passar é realmente fundamental, não é?

AB: Eu não diria que é só aqui e que a culpa fica toda na comunidade. Há sistemas que estão, que existem na nossa sociedade, aqui no Canadá, que também dão mais abertura ou não a essas participações. Portanto, sim, a comunidade tem que se afirmar e temos que participar. É tudo isso. Mas é importante que a sociedade, em geral, crie essas oportunidades também para comunidades que estão a chegar, para comunidades étnicas se envolverem cada vez mais. Portanto, a responsabilidade eu não diria que está só nas comunidades. Eu acho que a responsabilidade é da sociedade canadiana em geral, porque para uma sociedade que tem imigrantes de tantos países, por exemplo, a cidade de Toronto, que tem mais de 50% das pessoas que nem nasceram aqui no Canadá, é extremamente importante

ter uma integração social bem feita. E essa integração social vem também da participação dessas pessoas na vida democrática da cidade, da província e do país. E isso não é uma responsabilidade só da pessoa, é uma responsabilidade também da sociedade de acolhimento.

MS: Isto encaixa numa outra questão que eu tinha preparado, que é: o desinteresse pela política, de certo modo, é causado pelo facto de haver um descrédito na ação política, muito causado por ações ou inações de políticos?

AB: Os números demonstram isso. Cada vez mais nós temos sentido em muitas eleições uma diminuição da participação, cada vez mais o grande vencedor é a abstenção, em muitas das eleições. E, portanto, isso é um problema que toda a classe política tem que ter em atenção, porque a base da democracia é a participação democrática das pessoas. E nós estamos a ver, cada vez mais, uma polarização muito grande na política. E eu acho que, na minha ideia, ao mesmo tempo que isso galvaniza certas pessoas, também desmotiva muitas pessoas de participarem, de se fazerem ouvir, de quererem participar. Isso desmotiva muitas pessoas. E esses são os tempos que estamos a viver hoje em dia. Aliás, nós olhamos para as eleições nos Estados Unidos e vemos uma polarização extrema. É assim - ou estás comigo ou estás contra mim. E eu acho que isso desmotiva muito as pessoas de se envolverem.

MS: Mas na sua opinião, para além da questão que já mencionou de ser importante investir na mobilização das pessoas no sentido de se tornarem cidadãs canadianas, porque isso é um ponto essencial, o que é que pode ser feito para alterar esta situação? O que pode ajudar a levar as pessoas a perceberem que há interesse em termos mais luso-canadianos de facto a exercer política ao mais alto nível?

AB: Eu acho que a nossa comunicação social, eu acho que as nossas organizações, eu acho que cada vez mais aqueles que estão

eleitos hoje em dia, têm que cada vez mais abordar este assunto e falar neste assunto. Eu acho isso. Noto que nós tivemos uma altura em que houve um esforço muito grande na comunidade para ter essa participação. Para termos as pessoas a tirarem a cidadania canadiana, Para fazer ver o quanto é importante participarem politicamente. E acho que houve um abrandamento desses esforços. E eu acho que é muito importante que não haja esse abrandamento. Que organizações, especialmente organizações como nós, temos de cúpula, todas devem interessar-se e falar nestas coisas. Hoje em dia isso é muito pouco. Não há o suficiente, acho eu, na nossa comunidade. Eu acho que nós temos que voltar a isso. E é interessante porque nós até temos bastantes pessoas a trabalhar na política, podem não estar eleitas, mas estão em gabinetes de ministros, em gabinete do primeiro-ministro, em gabinetes diversos de órgãos de poder. Quer dizer, temos pessoas a trabalharem nestes postos que não têm tanta visibilidade, mas que são também determinantes. E a quem era importante dar uma voz e dar um foco e dar uma luz na comunidade para não só servirem de exemplo, mas também para termos estas conversas. O que é que é possível? Como é que é? Qual foi o percurso deles? Como é que podemos criar mais oportunidades para outras pessoas? Eu acho que este diálogo tem que voltar a ser um ponto de ação da nossa comunidade.

MB: Será que podemos sonhar ter de novo uma portuguesa a candidatar-se à Câmara Municipal de Toronto nas próximas eleições?

AB: É assim... eu digo assim: eu conheço-me a mim própria. E se Deus quiser e eu tiver saúde, ainda sou muito nova, por isso, eu acho que ainda tenho muito para dar. Exatamente a data em que vou voltar à vida política, isso não sei. Mas eu acho que... eu acho que ainda tenho muito para dar.

MB/MS

"Nós estamos a ver, cada vez mais, uma polarização muito grande na política. E eu acho que, na minha ideia, ao mesmo tempo que isso galvaniza certas pessoas, também desmotiva muitas pessoas de participarem, de se fazerem ouvir, de quererem participar. Isso desmotiva muitas pessoas. E esses são os tempos que estamos a viver hoje em dia. Aliás, nós olhamos para as eleições nos Estados Unidos e vemos uma polarização extrema. É assim - ou estás comigo ou estás contra mim. E eu acho que isso desmotiva muito as pessoas de se envolverem."

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Luso-canadianos e o xadrez político

O poder de fazer xeque-mate!

São três pessoas que têm participação ativa na sociedade. Intervêm com as suas opiniões, com intervenções públicas, quer seja de caráter político, quer seja social. Dois deles têm uma ligação direta com o mundo da política portuguesa, Carlos Miranda como membro do Partido Socialista de Toronto, e Laurentino Esteves, como representante do Partido Social Democrata em Toronto. Recentemente, Laurentino Esteves foi eleito como representante da comunidade portuguesa, no Conselho das Comunidades. Quanto a Horácio Arruda, foi Diretor de Saúde Pública do Quebeque e teve nessa qualidade um importante papel na determinação de políticas públicas de saúde. Pedimos-lhes que nos dessem a sua opinião sobre a participação e capacidade de intervenção política dos luso-canadianos. Se dúvidas houvesse, com estas respostas ficamos com a certeza de que há ainda um longo caminho a percorrer nesta matéria, até conseguirmos ter o poder de movimentar peças do xadrez político ao ponto de fazer xeque-mate.

MB/MS

Qual é a sua opinião sobre a relação da comunidade portuguesa com a vida política?

Tendo em conta que a maioria dos nossos compatriotas emigraram em grande parte nos anos 60 e 70 vindos de um Portugal pobre e "cinzento", muitos fugiram de uma ditadura e de um regime opressor, castrador que marcou as vidas de quem emigrou e dos que ficaram... eu acho que o país ainda hoje sofre esse flagelo, fortemente enraízado na sociedade portuguesa!

Várias vezes oiço os mais idosos dizerem “eu vim para este país para ter uma vida melhor e não para me "meter" em política”! Isto foi passado de geração em geração e condicionou e ainda condiciona muitos dos nossos luso-canadianos! Na mesma linha, "o meu filho veio para trabalhar e ser um

homem e não para estudar"... Felizmente alguns conseguiram sair deste estigma e romper esta cultura. Em geral, a comunidade portuguesa ainda acha que a política é para os outros e não para eles!

Atendendo ao número de luso-canadianos existentes no país e aos mais de 70 anos de presença oficial de imigrantes portugueses no Canadá, não seria expetável termos uma presença mais forte e impactante na vida política nacional?

De facto, precisávamos e merecíamos uma maior participação e presença na vida política canadiana!

Os representantes que temos tido nos diversos níveis de governo – mp’s; mpp’s e vereadores ou mayor’s – têm contribuído para reforçar a afirmação da importância da comunidade portuguesa a nível nacional?

Eu tenho um enorme orgulho em todos os que "deram o salto" e se propuseram a altos cargos na vida política do país, Conselheiros Escolares, Vereadores, presidentes de Câmara, Deputados Provinciais e Federais e Ministros!

É certo que nos últimos anos, regredimos, e bastante, na quantidade de luso-eleitos no Canadá e isto é preocupante. Repito o que disse acima, os que nos "têm representado" têm sido uma mais-valia na afirmação da nossa comunidade, desde logo pela visibilidade e também pelo legado que transmitem aos mais novos!

Lembro-me muito bem do orgulho de há uns anos dizermos que os dois ministros das finanças (Québec e Ontário) eram luso-canadianos e a vereadora e depois can-

didata a presidente da Câmara de Toronto era de origem portuguesa, infelizmente essa eleição não se materializou!

Há quem afirme que a responsabilidade deve ser atribuída à própria comunidade, pelo seu desinteresse na participação ativa nas decisões políticas, por exemplo votando. Concorda?

Há certamente responsabilidades para repartir por todos, a comunidade não pode ficar isenta, primeiro no seu todo e depois cada um de nós individualmente! Não podemos sempre culpar o nosso passado e o argumento de que somos um povo humilde e pouco ambicioso, chega a ser confrangedor ouvir dizer "não queremos nada com políticos" isto vem muitas vezes de pessoas com responsabilidades nos nossos Clubes e Associações o que deve merecer um forte reparo de todos nós!

Nunca será de mais a participação de qualquer eleito nos eventos e atividades do nosso movimento associativo! Todos os nossos compatriotas que tenham visibilidade e oportunidade devem apelar e incentivar à participação em todos os atos eleitorais. Todos, independentemente da opção política de cada um! Lembro-me de um Cônsul-Geral nos finais dos anos 80 que dizia, “todos devem ir votar e apoiar um/ uma candidato/a luso-canadiano/a não olhem ao partido, depois quando houver dois candidatos de origem portuguesa ao mesmo cargo, então façam a vossa escolha partidária!”.

Todos como comunidade temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para inverter a falta de participação política e não só, da comunidade!

Também há quem defenda que este não é um problema exclusivo da nossa comunidade, defendendo que o tal desinteresse é muito causado pelos próprios políticos, cujas ações ou inações, têm desacreditado a política, afastando assim o eleitorado. Faz sentido este argumento?

Claro que este problema é transversal, mas também é notório o quanto outras comunidades estão claramente mais representadas e isso torna-as mais visíveis e influentes!

Temos que ter em conta que os políticos não vêm de Marte, são membros da sociedade tal como nós e têm os méritos e os defeitos dessa sociedade e, portanto, usar esse pretexto para não votar é apenas uma desculpa conveniente... é claro que temos políticos maus e outros muito maus, como temos, médicos, professores, advogados e pedreiros! Temos que escolher os melhores!

O que pode ser feito para alterar esta situação e termos mais luso-canadianos dispostos a defender causas políticas ao mais alto nível?

Para mudarmos este paradigma, repito, temos que fazer disto uma causa comum e não ter medo de falar no assunto até à exaustão! E abandonar o vício de que "todos os políticos são corruptos e que todos os candidatos querem tacho".

Eleger e ser eleito faz parte da democracia e na falta de melhor, prefiro a democracia, ainda que com alguns defeitos, é muito melhor que uma ditadura, ainda que pareça perfeita!

Laurentino Esteves

Qual é a sua opinião sobre a relação da comunidade portuguesa com a vida política?

É uma realidade que não pode ser desmentida - a comunidade portuguesa, na sua grande maioria, não tem qualquer tipo de relação com a vida política. É difícil perce-

Qual é a sua opinião sobre a relação da comunidade portuguesa com a vida política?

Não disponho de dados estatísticos sobre o envolvimento da comunidade portuguesa na vida política canadiana, mas tenho a impressão de que é comparável ao de outras minorias presentes no Canadá.

Atendendo ao número de luso-canadianos existentes no país e aos mais de 70 anos de presença oficial de imigrantes portugueses no Canadá, não seria expetável termos uma presença mais forte e impactante na vida política nacional?

Não necessariamente.

Os representantes que temos tido nos diversos níveis de governo – mp’s; mpp’s e vereadores ou mayor’s – têm contribuído

ber as razões, mas parece me que este distanciamento deve se ao nosso passado ditatorial bem como ao descrédito que assola a classe política atual.

Atendendo ao número de luso-canadianos existentes no país e aos mais de 70 anos de presença oficial de imigrantes portugueses no Canadá, não seria expetável termos uma presença mais forte e impactante na vida política nacional?

Indiscutivelmente. O próprio número de portugueses e descendentes envolvidos nas estruturas dos partidos políticos é muito baixo! Esta nossa posição de ausência marcará para sempre a nossa presença por estas bandas. Não nos podemos esquecer que, quer queiramos ou não, a política faz parte do nosso quotidiano.

Os representantes que temos tido nos diversos níveis de governo – mp’s; mpp’s e vereadores ou mayor’s – têm contribuído para reforçar a afirmação da importância da comunidade portuguesa a nível nacional? Como em tudo na vida, o desempenho da

para reforçar a afirmação da importância da comunidade portuguesa a nível nacional?

A minha experiência é mais relativa ao nível provincial, regional ou local. Tenho notado que isso reforça efetivamente a importância da comunidade portuguesa. Uma comunidade bem integrada no Canadá, mas muito orgulhosa da sua origem.

Há quem afirme que a responsabilidade deve ser atribuída à própria comunidade, pelo seu desinteresse na participação ativa nas decisões políticas, por exemplo votando. Concorda?

Não concordo

Também há quem defenda que este não é um problema exclusivo da nossa comuni-

cada um de nós é obviamente distinto.

Não tenho dúvidas que elegendo portugueses ou descendentes para cargos políticos, em qualquer nível governamental, estamos a contribuir, enquanto comunidade, para a nossa afirmação neste país de acolhimento.

Há quem afirme que a responsabilidade deve ser atribuída à própria comunidade, pelo seu desinteresse na participação ativa nas decisões políticas, por exemplo votando. Concorda?

Não, de todo. Se é verdade que poderíamos e deveríamos ser muitos mais a participar nas decisões das escolhas aos cargos políticos, não podemos colocar as culpas, somente, nos cidadãos. A classe política tem imensa responsabilidade neste afastar dos cidadãos.

Também há quem defenda que este não é um problema exclusivo da nossa comunidade, defendendo que o tal desinteresse é muito causado pelos próprios políticos, cujas ações ou inações, têm desacreditado a política, afastando assim o eleitorado. Faz sentido este argumento?

dade, defendendo que o tal desinteresse é muito causado pelos próprios políticos, cujas ações ou inações, têm desacreditado a política, afastando assim o eleitorado. Faz sentido este argumento?

Sim, penso que é necessário mudar a perceção sobre o envolvimento dos nossos políticos e a sua importância na nossa democracia.

O que pode ser feito para alterar esta situação e termos mais luso-canadianos dispostos a defender causas políticas ao mais alto nível?

Promover a importância da nossa democracia e a participação da comunidade na política.

Sim, com certeza! Aliás, este flagelo de nível mundial deveria colocar os próprios políticos a tirar as suas próprias ilações e perceber porque é que as pessoas se afastam e ou não participam. É urgente a chegada de mais líderes, sérios e dedicados, aos partidos e consequentemente ao poder, sob o risco de continuarmos a caminhar no sentido inverso onde os partidos anti-democráticos vão ganhando terreno.

O que pode ser feito para alterar esta situação e termos mais luso-canadianos dispostos a defender causas políticas ao mais alto nível?

Inserir nas escolas primárias, onde tudo começa, uma disciplina de política pública de base. Daí até à formação de políticos de carreira com sensibilidades de liderança, principalmente nas causas sociais e contas públicas, é apenas um curto passo. Dar aos médicos a medicina, aos advogados a justiça, aos construtores a construção, etc, etc, etc... e aos políticos (de carreira) a política!

Credito: DR
Carlos Miranda
Horácio Arruda

Politicamente correto

Ora viva, bom dia.

Mais um mês... o mês 09, estamos a mais de metade do ano, isto é que é verdade. É o que temos? E está bem, caro leitor? Assim o desejo. Esta semana, em cima da mesa, o jornal Milénio debruça-se sobre a mais-valia de termos políticos

lusos ou lusodescendentes no poder. Bem, vou retirar-me de cena. Daí o politicamente correto como título. Não me apetece, de todo, dizer o que me vai na alma. Eles/elas sabem bem ao que vão.

Edaí decidi que vou opinar sobre as mãos criminosas que andam a incendiar a Europa e agora a nossa pátria-mãe - Portugal. O que é que eu faria ao deparar-me com alguém desta índole, destes seres criminosos que são os incendiários? Nem sei. Passava-me. No mínimo, teria a certeza que seriam engolidos pelas chamas por eles criadas. Quem é que lhes dá o direito de colocar a

vida alheia em risco? Quem se vende por tão pouco? Os “madeireiros” também deviam de ser colocados em cheque, porque muitas e tantas vezes, pagam uma tuta e meia a estes tresloucados, que até matavam a própria mãe por uns cêntimos, para queimar o nosso país. As pessoas. As casas. Os pobres dos animais que ficam para trás. Que tormenta. Que horror. Esta semana estou sem muito que opinar. Ando triste com tanta maldade humana. Estou cada vez menos crente no ser humano que é, ao fim e ao cabo, o ser mais irracional que povoa o nosso planeta, que tanto nos dá, sem egoísmo. Cabe aos nossos governos, às polícias e aos tribunais, investi-

gar e deitar “mão” pesada nas coimas e nas sentenças e fazer pagar os responsáveis por tais atos ilícitos, maldosos e criminosos. Grata ao IRA, Intervenção e Resgate Animal que se associou aos soldados da paz no terreno e andam a lutar e a resgatar animais. Estas são pessoas sem egoísmo. Quem puder que ajude. Realmente, uma situação triste e que mostra de um lado a podridão humana e do outro a bondade sem egoísmo das populações e dos bombeiros voluntários.

É o que é e vai valer, sempre, o que vale. Fiquem bem, até já, Cristina

Esta semana

Recordamos outros tempos com os Palhaços Batatinha e Companhia

Percebemos os caminhos da tradição e inovação com o ourives Paulo Branco

Jogamos Golfe para ajudar na construção do Magellan

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Percebemos o que se passa no mundo no Here’s The Thing

E analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable

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Cristina da Costa Opinião

The junking of politics

In pondering the status of politics in today’s world, I can’t recall a time when the art of politics became so rhetorical that a simple man cannot understand the difference between truths and lies.

Thus if we reduce the value of politics and politicians to junk status, the biggest recession in the world would occur. As Toronto and other cities host film and entertainment festivals, provid-

ing temporary distractions and diversions from reality, politics on a daily basis provide a similar circus for the self-indulgence of the public. The cultural unification of Canada and other countries created a level of intellectuality based on the adage that mediocrity is good enough. The best lies and manipulations are now the winning formula with Tik-Tok and Instagram as carriers of a pandemic of indiscernible messaging. Our brains are driving us to choose cheap distractions over credible and rich content which is necessary to create a world that will represent all people. Journalism which supposedly exists to inform the truth is now controlled by self-serving corporations using us for the accumulation of data so they can feed us lies. There’s little integrity in the messaging being received from the producers of junk disguised as news. We entrust our well-being and economic sustenance to men and women like you and I to govern in accordance with the principles outlined in an oath where they promise to uphold the integrity and economic well-being of this country. So, the question becomes why anyone would want to be a politician? Often, I wonder why we never had more Lusophone representation in political life but the answer is actually simple. Maybe Portuguese-Canadians have too much integrity for the job.

Politics is a dirty game of underhanded manipulation where egos go to fly. Rubbing our pleasure centers every minute like they are a chatbot becomes their purpose in life discounting the fact that we are human beings. In assessing today’s political status in Canada, a discouraging cold spell penetrated my brain telling me that it is a waste of time to attach ourselves to anything related to politics. However, because we have no choice in the matter of governance, we must assess and accept responsibility for our actions in electing individuals that have no experience in matters of the human condition, so their tactic

is to sensationalize and arouse our cravings and circumvent our capacity for self-control. Canada is a country divided by many villages and ethnicities. The smorgasbord of cultures and traditions creates a Rubik’s cube effect when it comes to politics which are often dictated by the country where they came from. Plus, the concept that politics brings power attracts people from different backgrounds attempting to solidify strong platforms for their own communities.

The Lusophone community in Canada has always been underrepresented in political life and the support provided to the community has been spotty and ineffective for the most part. There is no representation municipally and provincially in Toronto. The rest of the country suffers from similar maladies. Federally, there are 3 lusophone representatives, but the monkey ass factor has not yielded positive results for Portuguese-Canadians. Wonder if the Portuguese community were asked whether they care or not about representation at the different levels of government what the answers would be?

The typical politician in Canada does not care to include lusophones in their list of priorities because of lack of voting and financial support. If politics are power then we have very little, and the future doesn’t look promising. In Canada today the bulk of news and editorials are about politics at every level so who are the Portuguese-Canadians willing to say, “I will run and make a difference?.” Like any other community we have sufficient talent to make a difference so let’s start a movement to attract more people by supporting candidates even if only to get strategic representation. Others do it so why not lusophones?

Many won’t do it because of junkification of politics.

Tema da semana:

Discussão de temas da atualidade

Que peso tem a política na comunidade portuguesa?

sexta-feira às 18h

Credito: DR
Convidados Maria Barcelos Lorne Simon
Apresentador Vince Nigro
Street artist Mogul is based in Stockholm , Sweden and has been creating a series of Banksy like stencils putting up to bypassers social and political issues to consider. Photo: @isupportstreetart

Through my eyes OPINIÃO

The planes had been waterbombing the back side of the mountain range directly ahead of us, (to the South-east) the whole day, without making much headway. We were also concerned with smoke billowing from a blaze about 4 km from us coming from the North-east, with the high winds blowing from the same direction. Our neighbours, being more experienced in these matters, began to worry that the flames could be headed our way.

Come evening, (no more water bombers), instead of seeing the smoke, we were now watching the glow. We sat down to have dinner, and were about half-way through, when a friend called me saying that he heard that the fire was headed in our direction. The moment I hung up, there was a knock on our door; it was my neighbour in a panic. She led me to her yard, where we could see the flames behind a wall of pines and eucalyptus trees; the wall between us and the flames. She had her grandchildren with her because the schools had been evacuated, and they, seeing their grandmother in a panic and in tears, also began to cry, begging to be taken from there, but she was in such a state that she couldn’t dial her son, who was on the opposite end of town putting out fire around his vineyard, some of which he lost. I grabbed my phone and called him up, explaining the situation and that he needed to make his way here right away. We all pulled out our hoses and wet down the gardens and trees around our homes. But then It got there. We all watched, as the flames reached the tips of the trees in the forest about 250 m to the North-east of us. Since there has been no precipitation in about three months, the trees light up instantly. The whole forest was lit up in a minute, or two. You could

feel the heat. Friends showed up to help put out the small fries that started all over the place due to the embers and flaming leaves that flew overhead in the wind. It was all one team looking out for everyone. We covered everyone's property stamping out small flames and embers with branches and shovels and whatever else was at hand that could possibly do the job. The army of farmers with tractors loaded with water tanks were the biggest heroes, seemingly showing up out of nowhere. I battled alongside some people I had never laid eyes on, and here they were helping me keep my property from going up in smoke. Many of them, including some of my friends, had already been helping friends and family on the other end of town much earlier in the day. Next thing I know, someone tells me that a ruin that we own close to our house and even closer to some elderly neighbours had caught fire. Rushing over there, I found an unknown hero and my neighbour with his tractor and water tank pouring water into the house.

My wife and I, along with some friends, pulled our hose out to the ruin, which was somewhat short, but it helped. There was also a policeman with another hose pouring in water. I took over for him, but wasn’t there long because the other side of the house was flaming badly. While everyone else covered the properties, I hosed the ruin, because I couldn’t let it affect the two houses directly behind. Our cars were all ordered away by the police and even for that, we had friends that grabbed the vehicles and drove the away from trouble. It was a long night. So much burning, so many embers flying over our heads, and, due to it being dark, there was no depth of field; trees that were burning a couple of hundred metres away looked like they were much, much closer, but you knew that where those trees looked like they

Bem-vindo a este bungalow geminado de tamanho familiar no desejável bairro de Rathwood. A casa possui 3 quartos no andar de cima, uma grande cozinha, sala de estar e sala de jantar. Entrada separada para o basement com um apartamento secundário, devidamente legalizado, com 2 quartos e uma grande cozinha. Perto da Square One, Go Station, Sheridan College e 403/401/ QEW/Highways.

Com três quartos, esta propriedade está situada num bairro desejável de Trinity Bellwoods. Esta propriedade apresenta uma excelente oportunidade para renovar e personalizar ao seu gosto. Quer pretenda modernizar o interior, expandir o espaço habitacional ou simplesmente acrescentar o seu toque pessoal, as possibilidades são infinitas. Com um investimento e criatividade, pode transformar esta casa na casa dos seus sonhos.

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were burning, there were, in reality, no trees, but even knowing this full well, it was still just as frightening, it was as if they really were right in front of you. Then there was the noise of the fire consuming the trees. Especially in a place as quiet as ours, the sound of the fire was as frightening as everything else. Most everybody was up the whole night, for one reason or another, mostly fear. Fear, that was a startling reality, especially when looking at the faces of my son and daughter. My wife was beyond herself. Yet everybody was active, playing

a helping role, without a second thought. So here we are, a couple of days later, and even as I write this today, (Wednesday), the waterbombers consistently fly overhead trying to control a fire that has been burning for the last couple of days just to the Southeast, and, just now, my wife pointed out that there is smoke rising behind us once again, up where it started a couple of days ago. I hope it rains soon.

Fiquem bem, Raul Freitas

Uma casa inteira para alugar para uma única família. Esta deslumbrante casa de 3 quartos, com belos pisos de madeira, cozinha de sonho do chef, com aparelhos de aço inoxidável, armários bonitos e tectos altos. Cave acabada com casa de banho 3pc, e sala de recreação. Inclui garagem anexa para 1 carro + driveway privado. Muito perto da estação Eglinton LRT, parques, escolas, lojas. A m nutos da Yorkdale Mall e rodovias principais.

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Credito: DR

Future politicians...

A path to inclusive representation

In an increasingly diverse society, the need for inclusive representation in politics has never been more critical. Ethnic communities play a vital role in shaping our social and political landscape, yet many still question whether they are receiving fair representation. This article explores the importance of mentoring future politicians, the current state of representation for ethnic communities, and the unique challenges faced by specific groups, such as the Portuguese community.

The importance of mentoring future politicians is very crucial in the advancement of such causes. It provides guidance, support, and the necessary skills to navigate the complexities of political life. By fostering mentorship programs, we can empower individuals from underrepresented communities to step into leadership roles. This not only enriches the political discourse but also ensures that diverse perspectives are included in decision-making processes.

Mentors can help aspiring politicians understand the political landscape, build

networks, and develop crucial skills such as public speaking and policy analysis. They offer practical advice on campaigning engagement, which are essential for anyone looking to make an impact. Moreover, mentorship can instill confidence and resilience, encouraging young leaders to voice their concerns and advocate for their communities.

The Portuguese community’s dilemma is aiding and helping aspiring candidates from the community. Increase awareness of the electoral process and the importance of representation. Workshops, seminars, and community forums can help demystify politics and encourage engagement. Political parties should actively seek candidates from diverse backgrounds, including the Portuguese community. This can be achieved through outreach efforts and partnerships with local organizations.

Create networks that offer emotional and practical support for aspiring politicians. These networks can provide resources for campaign management, fundraising, and public relations. Celebrate and showcase successful politicians from ethnic communities. By highlighting role models, we can inspire the next generation to pursue political careers. Advocate for changes in political structures that may hinder participation from underrepresented communities. This could include reforms in

campaign financing, accessibility of the electoral process, and representation in party leadership.

Engaging with educational institutions is also a great place to recruit potentially future political candidates. Collaborating with schools and universities to create programs that encourage political involvement among youth. By integrating civic education into curricula, we can foster a sense of responsibility and engagement from a young age. Getting them young in my estimation is where we need to be with support, encouragement, and a safety landing pad. Having young folks participate in general campaigns whether as an observer or a campaign worker is oh so important. By hanging around these campaigns gives you a sense of community engagement and a great connecting base to meet people. First-generation immigrants might focus on preserving culture and community cohesion, while second or third generations may prioritize integration into the broader society. These different goals can create tension in terms of political support. As communities such as the Portuguese community become more integrated into mainstream society, they may identify less with their ethnic background in political terms. This can lead to less support for politicians from their own ethnic group, as they may

feel more aligned with broader political movements. To become a politician, especially from an ethnic background like the Portuguese community, one needs to understand the political system and familiarization with the political landscape. Engaging with the Portuguese community to build a strong connection while developing a political network can provide insights into the political process and help you build a network of supporters.

In politics, there is often competition for limited resources or representation. Members of the Portuguese community may view each other as competitors for positions of influence or funding, rather than allies working towards a common goal. These dynamics aren’t unique to the Portuguese community but can be seen in other ethnic groups as well. Understanding and addressing these internal challenges may require dialogue and active efforts to bridge the divides within the community. All communities have had growing pains, and the Portuguese community needs to come of age. There is a small nucleus of Portuguese politicians in Canada, but there needs to be more. We need to get over all the petty personal feelings about not helping each other. This community, if it pulls together, can be an effective and strong community with political representation at all political levels.

Saturdays 7:30 am Saturday 10:30 am

10:00 am

Vincent Black Opinion
Uncovering the why, where and how things unfold with Vince Nigro
Credito: DR
Confusão Oficial e a Necessidade de Clareza Política. Afinal, os políticos fazem ou não o trabalho de casa?

Durante esta semana falou-se de muita coisa, mas o que me chamou mais a atenção foram as palavras contraditórias de Pedro Nuno Santos. Acho que ele se pudesse voltar atrás corrigia o que disse, quando afirmou que eram muito graves as declarações feitas pelo ministro da Defesa Nacional, Dr. Nuno Melo. PNS mexeu com os sentimentos do grupo dos amigos de Olivença, acho que foi infeliz ou não fez o trabalho de casa e como as palavras positivas vieram do ministro, ele como não tinha nada para dizer, contrariou, mas na minha opinião

mal. Já no passado outras personalidades do PS sempre defenderam os legítimos interesses de Portugal sobre Olivença.

Para quem não está a par da questão de Olivença, ultimamente tem sido um tema de acalorada discussão em Portugal, especialmente após as declarações em público que mais uma vez confundem o povo e complicam a posição oficial do país. Olivença, é uma cidade situada na fronteira entre Portugal e Espanha, é um ponto de disputa territorial que remonta ao Tratado de Badajoz de 1801, onde Portugal perdeu o território para Espanha. Eu até tive que fazer uma pesquisa porque nunca fui bom aluno a História e, depois de ouvir certos comentários por parte de certos políticos, chamou-me a atenção. Segundo consta,

André Fernandes

Portugal nunca renunciou formalmente à sua reivindicação sobre Olivença, o que tem alimentado uma situação de condição política.

Como mencionei no início do artigo, recentemente, o governo português fez uma declaração afirmando que Olivença é portuguesa, alinhando-se com a posição tradicional de Portugal sobre a questão, mas, mais uma vez repito, Pedro Nuno Santos, um influente político português, pareceu desconsiderar essa posição ao afirmar indiretamente que Olivença não pertence a Portugal. Este encontro entre as declarações oficiais e as opiniões de figuras de destaque apenas serve para alimentar a confusão e a incerteza sobre o status do território.

Será bom que o governo português adote uma posição clara e coesa sobre a questão de Olivença, porque a falta de uma men-

sagem unificada pode vir a prejudicar a credibilidade do país em negociações internacionais, acho que a reivindicação de Olivença precisa ser tratada com a seriedade que o tema merece, garantindo que as declarações públicas e a política externa estejam em total alinhamento. Quando não há que dizer mais vale estarem calados, a falta de clareza neste assunto não é apenas uma questão diplomática, mas também um reflexo da importância de uma liderança política bem-informada e consistente. Para o bem do país nas questões externas, tanto o partido que governa como o maior partido da oposição, mas todos em geral, devem estar sempre do mesmo lado. O mesmo deve acontecer por cá, nós comunidade, para o nosso bem devemos estar sempre a remar para o mesmo lado. Bom fim de semana.

Um “self-made man” luso-americano

A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), cuja presença no território se adensou entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, destaca-se hoje pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.

No seio da numerosa comunidade lusa nos EUA, segundo dados dos últimos censos americanos residem no território mais de um milhão de portugueses e luso-americanos, destacam-se vários percursos de vida de compatriotas que alcançaram o sonho americano ("the American dream”). Entre as várias trajetórias de portugueses que começaram do nada na América e ascenderam na escala social graças a capacidades extraordinárias de trabalho, mérito e resiliência, destaca-se o percurso de sucesso do empresário e piloto de corridas, André Fernandes, umas das figuras mais proeminentes da numerosa comunidade luso-americana no estado de Nova Iorque. Natural de Cabeda, distrito de Vila Real, o emigrante transmontano integra a plêiade

de empresários luso-americanos que se evidenciam no ramo da construção civil, quer predial, quer de infraestruturas, no árduo e competitivo mercado norte-americano. No caso concreto do emigrante transmontano, André Fernandes encetou há duas décadas um percurso notável de genuíno “self-made man” através da criação e liderança da ASF Construction & Excavation Corp., uma empresa de construção civil que se tem assumido nos últimos anos como líder de betão em Nova Iorque e na Flórida. Dois importantes estados norte-americanos, onde a diáspora lusa está significativamente implantada, e tem desempenhado um importante papel ao nível do progresso e desenvolvimento socioeconómico.

Com uma trajetória marcada pelo mérito e pela inovação, e dotado de uma energia incansável, o trabalho e resiliência de André Fernandes transformou a ASF Construction & Excavation Corp, numa empresa de referência nas áreas de escavação, bombagem de betão, fundações para estruturas, pavimentos ou aluguer de guindastes. Nos vários serviços prestados pela empresa luso-americana de construção civil, a visão e missão da mesma assenta em padrões de excelência, rigor e sustentabilidade, premissas que permitem que com o passar do tempo, a ASF Construction & Excavation Corp continue a trilhar os caminhos da inovação e acompanhamento das necessidades do mercado norte-americano. Entre as obras mais emblemáticas onde se encontra o cunho da empresa do emigrante com raízes transmontanas,

destaca-se recentemente o maior arranha-céus da cidade de Newark, com mais de 600 apartamentos. Um empreendimento singular que marca indelevelmente a paisagem urbana da cidade mais populosa do estado de New Jersey, e onde se encontra uma das mais representativas comunidades portuguesas nos Estados Unidos. No profícuo rol de projetos de prestígio que têm o cunho da empresa liderada pelo luso-americano André Fernandes, encontram-se, entre muitos outros, o Ridge Hill High Rise Building, o Larkin Plaza High Rise Building,e o Modera Hudson, ambos na cidade de Yonkers, no estado de Nova Iorque. Ou, o NewRo Studios, o 500 Main Street, o Milennia, e o Multi Storied Building, ambos na cidade de New Rochelle, a sudeste do estado de Nova Iorque.

Uma das facetas mais conhecidas do empresário luso-americano, é igualmente a sua paixão pelo desporto automóvel. Na qualidade de “gentleman driver”, o também piloto e empresário da ASF Motorsport integrou recentemente o competitivo pelotão da Porsche Carrera Cup North America. Aos comandos de um Porsche 992 GT3 CUP representou as cores nacionais numa das corridas de apoio ao Grande Prémio do Canadá de Fórmula 1, que se disputou em junho deste ano, no lendário Circuito Gilles Villeneuve, em Montreal.

A paixão pelas corridas, combinada com o apego às raízes lusas, tem levado a que o emigrante empreendedor e piloto radicado em Nova Iorque, venha com regularidade competir a Portugal, mormente

a Portimão, Estoril ou ao torrão natal, em Vila Real. Ainda no ano passado, integrou o pelotão da edição 2023 da Porsche Sprint Challenge Ibérica e esta época apontou foco ao Campeonato de Portugal de Montanha JC Group, marcando presença nas rampas da Arrábida e Porca de Murça, alcançando dois pódios na Categoria GT. Uma das figuras mais proeminentes da numerosa comunidade luso-americana no estado de Nova Iorque, o percurso de sucesso do emigrante, empresário e piloto de corridas, André Fernandes, inspira-nos a máxima de Walter Elliot: “Perseverança não é uma corrida longa, são muitas corridas curtas, uma após a outra”.

Daniel Bastos Opinião
André Fernandes. Créditos: DR.
Augusto Bandeira Opinião

"Um dia de cada vez"

Quando através das redes sociais e dos diferentes meios de comunicação social constato que Portugal está literalmente a arder, não consigo ficar indiferente. Com tantas vítimas mortais a lamentar invade-me um sentimento de revolta e de profunda agonia e tristeza. Mais do que as minhas palavras, gostaria de partilhar algo que li nas redes sociais e que mostra bem o que as portuguesas e os portugueses estão a passar com esta calamidade:

“Mais ou menos pelas 07h de ontem, dia 16 de setembro de 2024, a minha avó foi retirada da sua casa devido aos incêndios em Albergaria-a-Velha, e que, minutos depois, foi-se... mais ou me-

nos pelas 07h de ontem tentei entrar em contacto com a minha avó e uns minutos depois, o telemóvel ficou indisponível, foi-se... a minha avó foi salva apenas com o pijama que tinha vestido, na cadeira de rodas, e o seu andarilho, por dois vizinhos. De seguida, outros vizinhos entraram na casa, tentaram apagar as chamas e salvar alguma coisa, mas não lhes foi possível... ardeu tudo. salvaram a minha avó e estou-lhes imensamente grata! Esteve mais de 10h em casa de vizinhos, que cuidaram dela durante aquelas horas, até que o fogo parasse e alguém da família conseguisse chegar até ela. Sinto que também cresci naquela casinha... passámos tanto tempo juntas e vivemos tantas coisas, onde agora restam apenas memórias... ou tentativas. Não consigo imaginar o que a minha avó tem sentido nas últimas quase 48h... é-me impossível descrever o que eu senti quando vi a sua casa destruída... creio que só entenderá quem infelizmente está a passar pelo mesmo que ela. Neste momento,

alguns familiares estão a unir-se para que nada lhe falte. Com isto, venho através desta triste publicação, pedir a quem tenha roupas (xl ou xxl) e calçado (37/38) que não use, nem precise, para lhe doar. Não precisa de muita coisa... leggings e/ou calças confortáveis, camisolas, pijamas, meias polares, casaquinhos... calçado que não seja justo nem apertado. Coisas simples e práticas. Agradeço a quem puder e quiser ajudar. Agradeço mais uma vez aos vizinhos, heróis da minha avó, que a ajudaram, que tentaram ajudar na casa dela e que cuidaram dela. Agradeço a quem se tem disponibilizado para ajudar na casa. Agradeço pelas mensagens de apoio e de preocupação pela minha avó. Está bem fisicamente e psicologicamente, é um dia de cada vez. “

Deixo ainda alguns tópicos para reflexão: Não teremos em Portugal, ainda, muita falta de civismo? Não estará a prevenção longe de ser conseguida? Os planos urbanísticos feitos em cima do joelho e muitos fruto

Rui Miguel Tovar em novo livro

de “negociatas” ajudam a evitar este tipo de calamidades? As exibições das imagens dos incêndios nos meios de comunicação social ajudam a evitar que os doentes pirómanos deem aso à sua loucura? O cada vez maior abandono de terrenos agrícolas não os transforma em combustível que rapidamente propaga incêndios florestais? E, por fim, pergunto onde está o nosso presidente da República? Esteve tão ativo em 2017 e agora parece simplesmente ter-se demitido das suas funções, abraçando inexplicavelmente a missão de ser porta-voz do Governo de Portugal.

"Quando agora se pede ou se promete uma intervenção do Estado para resolver os problemas do “interior” (e não só do “interior”) não se faz mais do que enganar premeditada e desprezivelmente o próximo. Nenhuma medida do governo e nenhuma fantasia do Presidente são capazes de reinventar um mundo para substituir o que morreu.» - Vasco Pulido Valente

CRISTIANO RONALDO

Com o subtítulo de «As histórias que faltavam», este novo livro de Rui Miguel Tovar (n.1977) ao longo de 198 páginas conta muitas das histórias da vida pessoal e desportiva deste fenómeno do futebol mundial.

Vejamos algumas: o primeiro golo, o primeiro jogo no Estádio de Alvalade e o grande susto. O primeiro golo foi em 11-10-1997 aos dois minutos de um desafio com o Grupo Desportivo e Recreativo O Sindicato de Setúbal. O resultado

é 17-0 para os «leões». O primeiro jogo no velho José Alvalade acontece em 14-21998; vitória por 3-1 sobre o Benfica cujo capitão é Ruben Amorim sendo o árbitro Jorge Coroado.

O grande susto foi em 17-10-1999 em Pina Manique num jogo de Iniciados (Casa Pia) com o árbitro António Cardoso a suspender o jogo aos 30 minutos e a chamar o enfermeiro Fontinha para cuidar da taquicardia. Um aspecto muito valioso deste trabalho (Editora Manuscrito, capa de Paula Catalão, revisão de Ana Guerreiro)

tem a ver com o facto de este livro contar não só as histórias do CR7 mas também as dos companheiros como, por exemplo, Sérgio Ramos (prefere uma corrida de touros em vez de um jogo do Real Madrid), Guti (falha um treino para ir ao crisma da filha) e Drenthe (recusa a ser convocado nos jogos em casa com medo dos assobios do público). Mais do que um menu de histórias de Cristiano Ronaldo, este livro é um Raio X do futebol europeu nos últimos 26 anos. Um livro a não perder.

Vítor M. Silva Opinião

O limbo como fado

Nous nous sentions emprisonnées dans un pays étranger où l’environnement nous était complètement inconnu et où tout nous faisait peur.

Altina Ribeiro, in Le Fado Pour Seule Bagage

A 7ª edição da Festa do Livro, patrocinada pelo Presidente da República, realizou-se nos jardins do Palácio de Belém, de 5 a 8 de setembro, tendo este ano atingido uma afluência recorde, o que diz bem da importância desta iniciativa.

Tive o privilégio de, pela terceira vez participar neste certame, com a chancela da Alma Letra, que faz questão de, ao marcar a sua presença, diligenciar para que os seus autores tirem partido não só das sessões de autógrafos, mas também das múltiplas atividades que ocorrem, como foi o caso do debate sobre “Migrações”. Este é um tema que está cada vez mais na ordem do dia, dado que Portugal, um país que ao longo de séculos tem sofrido sangrias demográficas provocadas pela emigração, está agora confrontado com sucessivas vagas imigratórias.

A razão que motiva a mobilidade social, através dos tempos, é sempre a mesma – a busca de uma vida melhor, quando as condi-

ções a que o destino nos amarra tornam mais difícil ficar do que partir à aventura de realizar um sonho.

A história da emigração portuguesa facilmente contempla a frieza dos números, mas por trás destes vive gente anónima cujas vidas fazem parte de um coletivo sem rostos. Como nos diz Victor Pereira, professor auxiliar da Universidade de Pau et des Pays l’Adour, “[…] era necessário pagar passadores, subornar polícias ou guardas fiscais, estar integrado em cadeias migratórias: ter familiares, amigos, vizinhos, que, estando instalados no estrangeiro, fornecessem informações sobre o mercado de emprego local e sobre as rotas a seguir para chegar a bom porto”.

Por muito que se queira combater e controlar as entradas ilegais, ontem como hoje, essas redes invisíveis continuam a existir e estarão sempre presentes, enquanto houver a urgência de fugir da fome e da miséria.

Altina Ribeiro, imigrante em França, uma das autoras presente no debate, na sua obra “Le Fado Pour Seule Bagage” dá-nos conta de tudo isto, num registo autobiográfico muito detalhado. Em cerca de três dezenas de páginas, permite-nos conhecer a sua infância em S. Vicente, uma aldeia raiana de Trás-os-Montes, de onde partiu

para, com a mãe, se juntar ao pai em Paris. Descreve-nos todas as ocupações a que se entregava uma população limitada pela sobrevivência, mas diariamente alimentada por vozes que apelavam à reinvenção de um futuro noutro lugar.

Seu pai foi um dos que se deixou seduzir por esse chamamento, munido apenas do “passaporte de coelho”, como se dizia dos que saíam ilegais “a salto”, sem documentos. Após anos de ausências, a mulher (sua mãe) confrontou-o com o ultimato do reagrupamento familiar, apesar de dificultado pelo regime que não via com bons olhos o ermamento de certas regiões do país.

Altina, numa autenticidade que nos comove e desconcerta, ao contar a sua história, dá voz a tantas outras mulheres que tiveram de se confrontar com o desconhecido, a adaptação aos diferentes espaços, uma língua estranha, o confronto de culturas, a adoção de novos códigos de conduta,

até à integração numa outra cidadania, sem nunca esquecer as suas raízes. Ler Altina é perceber como estas duas geografias (física e emocional) interagem e se complementam para forjarem um híbrido paradigma identitário.

Apesar de se ter tornado numa mulher bem-sucedida, o seu testemunho não deixa de nos lembrar o drama maior de quem é imigrante: “Sorte estranha a dos imigrados que não serão nunca franceses em França, nem portugueses em Portugal. Uma raça à parte, um mundo à parte, gente suscetível de ser vítima de rejeição de ambos os lados.”

Sempre que leio este tipo de narrativas, concluo que a condição de imigrante obriga a carregar este fado de viver num “entre-lugar”, uma espécie de limbo que os priva de existirem por inteiro.

Aida Batista Opinião

Caldeira Velha nos Açores em condições de reabrir ao público

As termas da Caldeira Velha, localizadas na Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, reúnem condições para "reabertura segura" ao público, embora mediante determinados procedimentos de segurança, indicou o Governo Regional dos Açores. O equipamento estava encerrado desde o dia 26 de julho, por contaminação, tal como aconteceu com os espaços termais da Poça da Dona Beija e do Parque Terra Nostra, também na ilha de São Miguel. "No caso da Caldeira Velha, para além do tratamento de choque que foi realizado, foi necessário realizar um conjunto de intervenções de limpeza e manutenção das piscinas, com reparação de muros, valetas e tubagens e com corte e remoção de vegetação", adiantou o executivo regional de coligação PSD/CDS-PP/ PPM em comunicado. Após a realização destas intervenções, e na posse dos resultados das análises efetuadas às amostras colhidas no local, "entende-se que estão reunidas as condições para a reabertura segura da Caldeira Velha", lê-se. Segundo a nota, a reabertura ocorre mediante procedimentos idênticos aos que permitiram a reabertura dos dois espaços na freguesia das Furnas (Poça da Dona Beija e Parque Terra Nostra), que retomaram a atividade em 14 de agosto. Os procedimentos incluem, entre outros, a elaboração de um "programa de prevenção de proliferação microbiológica" e a adoção de medidas no local para proteção de grupos vulneráveis, como equipar a área adjacente aos tanques com duches de utilização individual, para que os utentes possam lavar-se antes e após a utilização dos equipamentos.

NM/MS

AUTONOMIAS

Ecomuseu do Corvo promove iniciativa em torno da herança cultural da ilha

O Ecomuseu do Corvo, nos Açores, vai promover na próxima semana, pelo quarto ano consecutivo, uma iniciativa que tem como objetivo estudar, recolher e "devolver a herança cultural do Corvo às suas gentes".

ACampanha do Património da Ilha do Corvo vai decorrer entre segunda-feira (23) e quinta-feira (26), numa parceria do Ecomuseu do Corvo com o Centro do Património Móvel, Imaterial e Arqueológico dos Açores.

Segundo a organização, a iniciativa é realizada "com o objetivo de estudar, recolher e devolver a herança cultural do Corvo às suas gentes", pelo que, toda a comunidade é convidada a participar e a ser "parte

ativa na recolha, preservação e divulgação do património" da mais pequena ilha do arquipélago açoriano. Durante os quatro dias da atividade haverá ações de recolha do património material e imaterial e de sensibilização da comunidade corvina para a importância do seu património cultural. A fonte lembra que a atividade é realizada "numa parceria com o Centro do Património Móvel, Imaterial e Arqueológico dos Açores, à semelhança do que tem acontecido nos anos transatos, aquando das prospeções arqueológicas realizadas na zona do 'Engenho', no moinho do Caldeirão, no património subaquático, nas ações de restauro do tear típico do Corvo e da conservação preventiva de vários objetos do património móvel da ilha". Este ano, acrescenta, o Ecomu-

seu dará continuidade à formação na área da conservação e restauro do património cultural móvel, com a presença de Paulo Silveira, especialista nas áreas de marcenaria, carpintaria especializada e restauro em madeira que irá orientar um 'workshop' com a equipa do Ecomuseu, e apresentar esclarecimentos junto da comunidade.

O Ecomuseu do Corvo "consubstancia um projeto de intervenção museológica que visa garantir a salvaguarda e a afirmação do património natural, cultural, histórico e paisagístico, nas suas dimensões tangível e intangível e, concomitantemente, promover o desenvolvimento local e a qualidade de vida da população da ilha do Corvo", lê-se na sua página da Internet. NM/MS

Governo da Madeira disponibilizou "toda a colaboração" à PJ em operação

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), disse que o executivo disponibilizou "toda a colaboração" à Polícia Judiciária na operação de buscas em quatro secretarias regionais e câmaras municipais que resultou em sete detenções.

"A posição do governo é sempre a mesma, sempre que há processos de averiguações nós disponibilizamos toda a colaboração para que [...] as entidades judiciárias tenham acesso a tudo o que é necessário", disse o governante insular.

A operação policial, designada "AB INITIO", relaciona-se com suspeitas com criminalidade económica e financeira no

âmbito da qual foram detidas sete pessoas, entre elas autarcas, empresários, funcionários públicos, titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos.

"Sempre que há averiguações judiciárias, ou por denúncias anónimas, ou por suspeitas que são suscitadas, ou por qualquer questão, a nossa posição é sempre uma posição muito transparente e muito determinada no sentido de colaborar com as autoridades judiciárias em tudo", declarou, reforçando que "sempre foi assim" e "continuará a ser" enquanto desempenhar a função de presidente do executivo. Miguel Albuquerque falava aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura de um contrato entre a Região Autónoma da

Governo Regional da Madeira

Vai pagar "brevemente"

Em nota enviada às redações o Governo Regional dá conta que os produtores de cana-de-açúcar vão receber "brevemente" o reforço do valor que foi estabelecido para fazer face aos custos de mão-de-obra. Em causa está um aumento de 10 cêntimos por quilo, que já tinha sido decidido em reunião com os operadores e associações, mas que a falta de orçamento fez com que essa decisão fosse "adiada para agora".

"Este importante auxílio, que vem ao encontro da solicitação feita pelos produtores, pretende também servir de incentivo para

Madeira e a Fábrica da Igreja dos Prazeres, no concelho da Calheta, na zona oeste da ilha, com vista a comparticipar os encargos com o projeto de construção do Mini Zoo da Quinta Pedagógica da localidade. O chefe do executivo madeirense considerou que "qualquer denúncia anónima pode levar a um ato de buscas" e à abertura de um inquérito por parte do Ministério Público. "Da nossa parte, estamos totalmente disponíveis para facultar tudo o que é documentação necessária", reiterou.

A operação policial visou a execução de 43 mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, de acordo com um comunicado da Polícia Judiciária (PJ).

Em causa estão suspeitas da prática dos

crimes de participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos.

Fonte judicial indicou também à Lusa que esta investigação está relacionada com as buscas e detenções efetuadas no início do ano, na ilha da Madeira, e que envolveram entre os suspeitos o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e o então autarca do Funchal, Pedro Calado. Por sua vez, fonte da Procuradoria-geral da República (PGR) disse à Lusa que se "confirma apenas a realização de buscas relacionadas com contratação pública". NM/MS

apoio

aumento da área de cultivo deste produto tipicamente regional, que tem visto os seus derivados crescerem no mercado regional, nacional e internacional. Assim, os engenhos assumem o valor mínimo de 0,19€, mais os 0,21€ do POSEI, ao que acresce o apoio público assegurado pelo Governo Regional de 0,10€, perfazendo no total os 0,50€ quilo", explica a nota emitida.

O comunicado refere também que a secretária regional de Agricultura, Pescas e Ambiente, Rafaela Fernandes, vai reunir "brevemente" com os operadores e associações representativas destes profissionais para estabelecer o valor mínimo a pagar

aos produtores de cana

tendo já em vista a safra do próximo ano. "Este ano o Governo Regional irá pagar 891 mil euros a 659 produtores de cana sacarina. A produção rondou as 8.900 toneladas. Está publicado no Jornal Oficial da Região em 30 de Agosto a resolução do Conselho de Governo, que após as formalidades do novo orçamento permitiu dar seguimento", lê-se.

A 12 de Setembro foi aprovado em Conselho de Governo a autorização para celebração do contrato-programa com a associação Acoeste que colabora nas operações de pagamento.

DN/MS

Governo

Transfere a autoridade local em matéria de terras e planeamento para Jasper

A legislação federal apresentada visa dar à cidade de Jasper, Alta, devastada pelo fogo nas Montanhas Rochosas, autoridade total sobre o planeamento e desenvolvimento do território local, em vez da Parks Canada. O Ministro do Ambiente, Steven Guilbeault, afirmou que a legislação, uma vez aprovada, ajudará a acelerar os esforços de reconstrução.

Um incêndio florestal ocorrido em julho destruiu mais de um terço das casas e empresas da cidade e arrasou mais de 800 habitações.

Uma vez que Jasper se situa dentro dos limites do Parque Nacional de Jasper, o Parks Canada tem atualmente autoridade sobre o planeamento e o desenvolvimento da utilização dos solos na cidade. Isto signi-

fica que os planos e licenças de construção são emitidos pelo Parks Canada e não pelo governo local.

Numa conferência de imprensa em Ottawa, Guilbeault afirmou que dar a Jasper o controlo sobre o desenvolvimento da comunidade é transferir a autoridade “para onde ela pertence”. “Isto permitirá que a cidade de Jasper, as empresas e os residentes tenham mais voz ativa na definição do futuro da cidade”, afirmou Guilbeault. “Estamos empenhados em remover todas e quaisquer barreiras que impeçam estes esforços.”

O Presidente da Câmara de Jasper, Richard Ireland, afirmou que a nova legislação é o primeiro passo de um longo processo para obter efetivamente a autoridade, mas que surge numa altura crítica para a

cidade. “Este é um passo tremendamente significativo para Jasper”, disse ele. “As alterações permitidas por esta legislação permitir-nos-ão planear o futuro de Jasper com maior participação local, assegurando que as decisões possam refletir verdadeiramente as necessidades dos nossos residentes, preservando simultaneamente, como é óbvio, o carácter único do nosso parque nacional emblemático.”

O Ministro do Emprego, Randy Boissonnault, afirmou que, uma vez aprovada a legislação, o Parks Canada e Jasper criariam um plano de desenvolvimento comunitário que teria então de ser aprovado pelo Governo de Alberta.

CBC/MS

Bloc Québécois não apoiará moção de desconfiança de Poilievre

O líder do Bloc Québécois, Yves-François Blanchet, afirmou que o seu partido irá votar contra a moção de não-confiança dos conservadores, que deverá ser apresentada na próxima semana - dando ao governo liberal votos suficientes para se manter no poder e evitar eleições iminentes.

“O Bloco vai votar a favor da moção dos conservadores na próxima semana? A resposta é não”, disse Blanchet. “A moção não contém absolutamente nada. Essencialmente diz: Querem substituir Justin Trudeau por Pierre Poilievre? A resposta é não”, disse. Blanchet disse que o Bloc está “ao serviço dos quebequenses” e não dos conservadores. “Eu não sou conservador. Os valores conservadores não são os valores do Quebeque”, afirmou.

O líder conservador Pierre Poilievre disse que iria apresentar uma moção na próxima semana para forçar os deputados a votar a favor ou contra a manutenção do primeiro-ministro Justin Trudeau e do seu governo no cargo.

Em alta nas sondagens, os conservadores estão decididos a ir a eleições o mais rapidamente possível para capitalizar a sua atual popularidade. Poilievre afirmou que o país precisa urgentemente de uma “eleição sobre o imposto sobre o carbono” e pressionou o líder do NDP, Jagmeet Singh, a juntar-se aos conservadores para desencadear uma eleição.

Mas a posição de Singh sobre a moção de não-confiança é discutível, agora que Blanchet excluiu a possibilidade de a apoiar. O NDP tem-se mostrado reservado quanto às suas intenções nesta e em futuras votações de não-confiança. Singh afirmou na terça-feira que os liberais estão “acabados” e disse hoje à sua bancada que os liberais e Trudeau “não merecem outra oportunidade”.

CBC/MS

Credito:

Pensão de Poilievre será três vezes maior do que a de Singh

Há semanas que o líder conservador Pierre Poilievre acusa o líder do NDP Jagmeet Singh de apoiar o governo até fevereiro para poder ter direito à sua pensão de deputado. Mas os peritos estimam que a pensão de Poilievre será mais de três vezes superior à de Singh.

Um cálculo da pensão da Câmara dos Comuns de Poilievre indica que ele poderá receber mais de 230.000 dólares por ano quando completar 65 anos. Este valor poderá aumentar consideravelmente se Poilievre se tornar primeiro-ministro após as próximas eleições federais. Se Singh se qualificar para a sua pensão,

poderá receber mais de 66.000 dólares por ano a partir dos 65 anos, segundo as mesmas estimativas. “Não é o Sr. Singh que devia estar a ser atacado por causa da sua pensão”, disse a líder do Partido Verde, Elizabeth May. “Penso que é um caminho escorregadio e que [Poilievre] se vai arrepender.”

Recentemente, Poilievre fez das pensões dos deputados uma questão de debate público quando apelidou Singh de “vendido” e o acusou de se colocar à frente dos canadianos para ter direito à sua pensão da Câmara dos Comuns. “É mais uma velha mentira que Pierre Poilievre gosta de dizer, e é uma mentira que ele usa para se distrair dos factos”, disse Singh.

Segundo um professor de contabilidade com experiência em pensões fez o cálculo do valor das pensões dos cinco principais líderes partidários. Quatro outros peritos, incluindo um atuário, analisaram as suas conclusões. Os números indicam que Poilievre vai receber a maior pensão de todos os líderes partidários, exceto Justin Trudeau, que receberá uma pensão maior por ser primeiro-ministro. Mas um porta-voz de Poilievre disse que há uma diferença entre a sua situação e a de Singh. “Poilievre nunca tentou adiar uma eleição necessária para poder receber ou aumentar a sua pensão”, afirmou Sebastian Skamski que adiantou que Poilievre “votou

orgulhosamente a favor da redução das pensões dos políticos, incluindo a sua própria”, durante o governo de Stephen Harper. CBC/MS

Concluído o julgamento dos líderes dos protestos Freedom Conwoy

Começou há mais de um ano, demorou quase 50 dias num tribunal e poderá não ser decidido até ao próximo ano, mas o julgamento de dois líderes da manifestação “Freedom Convoy” de 2022 em Otava terminou finalmente.

Tamara Lich e Chris Barber declararam-se inocentes de danos, intimidação, obstrução e outras acusações. Os promotores da Coroa chamaram 16 testemunhas e apresentaram horas de evidências em vídeo e várias postagens nas redes sociais em um esforço para provar seu caso. Durante as alegações finais, os procuradores afirmaram que “provas esmagadoras” provaram que Lich e Barber ajudaram a financiar, abastecer e organizar o comboio de camiões que desceu ao centro da cidade de Otava para protestar contra os mandatos COVID-19.

Barber, 48 anos, e Lich, 50 anos, eram membros-chave de um grupo que angariou milhões de dólares e organizou as relações-públicas, a segurança e outras atividades logísticas para o protesto. Ambos tinham

muitos seguidores nas redes sociais e os procuradores dizem que usaram a sua influência online para transformar uma manifestação que, de outro modo, seria legal, num ato criminoso. Em diferentes ocasiões, Lich e Barber incitaram os apoiantes a reu-

nir-se na “zona vermelha” designada pela cidade em torno da Colina do Parlamento, depois de as autoridades lhes terem pedido que não o fizessem. Os procuradores reproduziram uma gravação de uma conferência de imprensa de 14 de fevereiro de 2022, du-

rante a qual Lich prometeu que o protesto se manteria pacífico, mesmo quando o governo federal se preparava para utilizar a Lei de Emergência para desimpedir as ruas. “Façam o que fizerem, nós manteremos a linha”, prometeu Lich no vídeo.

As mensagens de texto encontradas no telemóvel de Barber após a sua detenção foram utilizadas como prova contra ele durante o julgamento. Numa delas, disse a um apoiante que o objetivo do protesto era “causar sofrimento” e, numa mensagem enviada a outro destinatário, Barber gabou-se de que os manifestantes tinham “destruído o trânsito” após a sua chegada à cidade.

A polícia nunca teve oportunidade de confiscar o telemóvel de Lich: a conselho dos advogados, ela não o tinha com ela no momento da detenção prevista. Apoiados pelo Fundo para a Democracia e pelo Centro de Justiça para as Liberdades Constitucionais, Lich e Barber contaram com o apoio de organizações de direita e de defesa das liberdades civis durante o julgamento.

CBC/MS

Chris Barber, à esquerda, e Tamara Lich declararam-se inocentes das acusações de que são alvo. A data da decisão será fixada a 26 de novembro. (Justin Tang/The Canadian Press)
Credito: Sean Kilpatrick

Envenenamento por mercúrio na Primeira Nação de Grassy Narrows

Milhares de pessoas no Queen's Park para exigir medidas

Milhares de pessoas marcharam até ao Queen's Park, em Toronto, para exigir medidas que ajudem as pessoas da Grassy Narrows First Nation, uma comunidade do noroeste do Ontário que enfrentou décadas de contaminação por mercúrio.

A Caminhada pela Justiça contra o Mercúrio foi o culminar da Corrida do Rio 2024, um movimento popular destinado a combater o envenenamento que afetou cerca de 90% da população de Grassy Narrows, também conhecida como Asubpeeschoseewagong Netum Anishinabek.

Liderados por cerca de 100 membros de Grassy Narrows, os manifestantes deslocaram-se do Grange Park até à Assembleia Legislativa do Ontário, onde desfraldaram uma faixa de cerca de 150 metros quadrados junto à entrada principal.

“Sinto-me revoltada”, disse Chrissy Isaacs, que ajudou a organizar a caravana de activistas que se deslocou de Grassy Narrows até Toronto. “Esta é uma questão que se arrasta há mais de 50 anos. Sou uma das pessoas que se tem manifestado desde a minha adolescência e agora sou avó.”

As preocupações com a contaminação remontam aos anos 60 e 70, quando a fábrica de papel de Dryden despejou cerca de nove toneladas de mercúrio no sistema do rio English-Wabigoon, e afetou Grassy Narrows e Wabaseemoong Independent Nation, ambas primeiras nações Ojibway. As pessoas presentes na manifestação manifestaram três exigências principais:

• Compensação para todos os membros de Grassy Narrows afectados pelo envenenamento por mercúrio.

• O fim das ameaças industriais às terras tradicionais da comunidade.

• Apoio aos esforços de correção do mercúrio, para que os membros possam levar a cabo as suas práticas tradicionais em segurança.

Menos de 1.000 pessoas vivem em Grassy Narrows. Embora a província esteja a liderar os esforços de remediação no sistema fluvial e o governo federal afirme que está a gastar milhões de dólares numa Mercury Care Home, os membros da comunidade dizem que a mudança não está a acontecer com a rapidez suficiente.

CBC/MS

Projeto-piloto de licença de aluguer

levou a 4 700 inspeções

O Presidente da Câmara de Brampton afirma que o seu projeto-piloto de licenciamento de arrendamento está a fazer progressos na repressão dos arrendamentos ilegais na cidade e que irá avançar apesar dos protestos de dezenas de senhorios que se manifestaram à porta da Câmara Municipal.

Patrick Brown afirma que o projeto-piloto de Licenciamento de Arrendamento Residencial (RRL) da cidade - destinado a travar o alojamento ilegalconduziu a 4700 inspeções domici-liárias e a mais de 600 avisos de penalização. Numa conferência de imprensa, os funcionários municipais mostraram várias fotografias das inspeções, incluindo imagens de vários colchões no chão de um quarto, casas de ba-nho sujas e sacos de lixo empilhados numa lavandaria. “Os proprietários de bairros de lata deterioram realmente todo o bairro e, infelizmente, têm sido o terreno fértil para atividades e tratamento de indivíduos vulneráveis que são inaceitáveis”, disse Brown aos jornalistas.

Lançado inicialmente em 1 de janeiro, o projeto-piloto RRL, com a duração de dois anos, exige que os senhorios que alugam quatro ou menos unidades nas alas um, três, quatro, cinco e sete na cidade se registem para obterem uma licença anual de 300 dólares.

Os funcionários municipais afirmam que o projeto-piloto protege os inquilinos, mas mui-tos proprietários têm-se oposto a ele desde o início. Vários dizem que lhes custa dinheiro, obriga-os a tratar de papelada e, muitas vezes, os inquilinos são os culpados pelos pro-blemas assinalados pelos inspetores municipais.

CBC/MS

Vereador de Toronto recebeu 11% dos donativos de doadores ligados a um

promotor imobiliário

Alguns residentes do bairro Moss Park de Toronto estão levantando questões sobre os possíveis laços de seu conselheiro municipal com um proeminente incorporador imobiliário.

Uma revisão das divulgações financeiras do conselheiro Chris Moise das eleições municipais de 2022 revela que pelo menos $ 10.800 de $ 91.695,25 contribuições de campanha vieram do CEO da Fitzrovia Real Estate, um dos membros da família do CEO e um pequeno grupo de líderes seniores da empresa - nenhum dos quais vivia na área de Moise, Toronto Centre. Alguns residentes acreditam que os donativos criam um conflito de interessesou pelo menos a aparência de um conflito de interesses - depois de Moise ter apoiado recentemente um projeto da Fitzrovia. As doações coordenadas de executivos ricos são uma prática comum em todo o país, diz Duff Conacher, cofundador da Democracy Watch. Embora essas doações individuais sejam perfeitamente legais, ele diz que são uma prática preocupante.

O diretor executivo da Fitzrovia, Adrian Rocca, disse num e-mail que os donativos dos empregados “foram feitos a título estritamente pessoal, utilizando os seus fundos pessoais”. Chris Moise afirma que as suas decisões e prioridades como vereador não foram influenciadas por quaisquer donativos que tenha recebido.

O projeto em questão é um plano para duas novas torres de apartamentos nas ruas Sherbourne e Shuter. Os edifícios de 43 andares serão construídos ao lado de dois edifícios de apartamentos existentes na Sherbourne St. 191-201, elevando-se 20 andares acima dos edifícios existentes e das ruas residenciais vizinhas.

Em julho, o conselho municipal aprovou alterações à lei de planeamento e de zonamento para abrir caminho ao projeto. CBC/MS

Multas por parar nos cruzamentos de Toronto aumentam de 90 para 450 dólares

Os condutores que entopem o trânsito ao pararem nos cruzamentos quando os semáforos mudam podem agora ser multados em $450 em Toronto, um aumento significativo em rela-ção à anterior multa de $90, disse a Presidente da Câmara, Olivia Chow.

Amulta por uma paragem indevida num cruzamento também foi aumentada para as zonas de segurança comunitária, de $120 para $500, disse Chow. O aumento das multas foi apro-vado pelo governo provincial ao abrigo da Lei das Infrações Provinciais, de acordo com um comunicado de imprensa da cidade. A cidade está também a trabalhar com a polícia de Toronto para reforçar a aplicação da lei, de modo a que as pessoas sejam efetivamente punidas por este problema comum, com uma atualização do pessoal a ser apresentada ao conselho em outubro, segundo o comu-nicado.

“Uma das coisas que mais enfurece quem conduz são os condutores que se precipitam cegamente para o meio do cruzamento, mesmo quando não têm espaço à sua frente para passar”, disse Chow no anúncio feito na baixa de Toronto. “Bem, adivinhem, vão pagar por esse comportamento”. A medida, que faz parte do plano da cidade para gerir o congestio-namento, surge numa altura em que Toronto se debate com um trânsito notoriamente mau, que tem sido considerado um dos piores da América do Norte.

A cidade quer ir mais longe do que simplesmente aumentar as multas. Para impor o cha-mado bloqueio da caixa, Toronto está a pedir à província que altere a Lei do Tráfego Rodoviá-rio para que as multas possam ser aplicadas ao veículo e não ao condutor, o que permitiria à cidade utilizar câmaras de matrículas para aplicar multas automaticamente.

Barbara Gray, diretora-geral dos transportes da cidade, afirmou que as câmaras

não seriam utilizadas apenas para multar quem bloqueia a caixa. Segundo ela, poderiam ser utilizadas para apanhar os condutores que param nas pistas para bicicletas e nos corredores de trân-sito. “Temos de introduzir os melhoramentos e a legislação”, afirmou. Quando questionada sobre a forma como as câmaras podem distinguir entre alguém que bloqueia a caixa e um condutor que simplesmente atravessa um cruzamento, Gray afirmou que todas as câmaras de controlo automático são analisadas por agentes que se certificam de que a infração re-almente aconteceu. CBC/MS

Ward 13 Coun. Chris Moise. Créditos: CBC/MS

Imigração

Imigrantes no Reino Unido obrigados a trocar documentos físicos

por vistos eletrónicos

Os imigrantes no Reino Unido vão ser obrigados a trocar os documentos físicos que provam a residência no país por um visto eletrónico (eVisa) nos próximos meses, no âmbito da digitalização do sistema de fronteiras e imigração.

OMinistério do Interior britânico está a instar titulares de autorização de residência biométrica (BRP), cartão de residência biométrico (BRC) e passaportes com vinheta ou carimbo a conceder estadia a criarem contas no sistema de vistos eletrónicos. Mais de seis milhões de imigrantes europeus que fazem parte do Sistema de Registo de cidadãos da União Europeia [EU Settlement Scheme, EUSS] aberto depois do Brexit já estão sujeitos a esta política.

Enquanto um cartão ou papel que pode ser perdido, roubado ou adulterado, um visto eletrónico permite que os titulares de vistos comprovem de forma instantânea e segura os direitos de residência, justifica o Ministério do Interior. Isto é feito através de uma página da Internet, após a inserção do número do documento de identidade e

a resposta a várias questões de segurança. A partir do próximo ano, bastará aos imigrantes apresentarem o passaporte à entrada do Reino Unido através do qual serão cruzadas as informações sobre o estatuto de residente para lhes ser concedida a entrada.

O 'eVisa' também é usado para efeitos de emprego, estudo ou arrendamento de casa, acesso ao sistema de saúde público ou para receber apoios sociais. No entanto, organizações de apoio a imigrantes como a 3million apontaram como problemas a fragilidade do sistema digital e falta de literacia de muitos destes imigrantes no uso de meios eletrónicos. Para facilitar a transição, o Ministério do Interior disponibilizou até quatro milhões de libras para financiar o trabalho destas organizações. Este processo acontece no âmbito da digitalização das fronteiras britânicas.

Na semana passada, o Governo anunciou que os turistas europeus vão precisar de Autorização Eletrónica de Viagem a partir de abril de 2025 para entrar no país.

EUA

Kamala Harris critica promessa de Trump de deportações em massa

A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, criticou a promessa do ex-presidente Donald Trump de deportar milhões de pessoas que estão ilegalmente no país, questionando se o magnata conta fazer isso com recurso a campos de detenção.

Ao discursar na conferência anual do Instituto do Caucus Hispânico do Congresso, a candidata democrata à Casa Branca defendeu que os Estados Unidos podem encontrar um caminho para a cidadania para aqueles que desejam estar no país e, ao mesmo tempo, proteger a fronteira. "Podemos fazer as duas coisas e devemos fazer as duas coisas", advogou Kamala Harris.

Trump, por sua vez, encontrava-se a caminho de Uniondale, em Long Island, no estado de Nova Iorque, enquanto ambos os candidatos fazem uma pausa na campanha por 'swing states', estados que provavelmente decidirão a eleição de 05 de novembro. Kamala Harris relembrou as políticas de imigração do Governo de Donald Trump ao tentar obter apoio hispânico.

A vice-presidente advogou que enquanto os democratas lutam para levar a "nação adiante para um futuro mais brilhante,

Donald Trump e os seus aliados extremistas continuarão a tentar" colocar o país para trás. "Todos nos lembramos do que eles fizeram para separar famílias e agora eles prometeram realizar a maior deportação em massa na história americana", acrescentou. "Imaginam como isso seria e o que seria? Como isso iria acontecer? Intervenção massiva? Campos de detenção massivos? Do que é que eles estão a falar?" questionou.

O ex-presidente prometeu realizar "a maior operação de deportação da história do país" se for eleito em novembro. Contudo, não ofereceu detalhes sobre como tal operação seria colocada em prática.

Trump, que tem usado a imigração como tema principal da sua campanha, tem vantagem sobre Harris nas sondagens de opinião sobre em quem os eleitores confiam para lidar melhor com essa questão.

Trump é esperado em Uniondale, uma área que pode ser essencial para os republicanos manterem o controlo da Câmara dos Representantes. O seu partido tenta proteger congressistas republicanos eleitos em distritos localizados em estados tipicamente democratas, como Nova Iorque e Califórnia.

Médio Oriente

Sobe o número de mortos em explosões de dispositivos eletrónicos no Líbano

No total, as explosões de de walkie-talkies e de outros tipos de dispositivos, incluindo painéis solares, somadas às detonações de milhares de pagers, ocorridas na terça-feira (17), já causaram 32 mortos e mais de 3200 feridos.

ACruz Vermelha Libanesa mobilizou mais uma vez dezenas das suas ambulâncias, diversas organizações lançaram apelos à doação de sangue em massa e o Exército alertou para se evitar aglomerações nos pontos atingidos para permitir a passagem de equipas médicas. Por sua vez, a Defesa Civil Libanesa informou em comunicado que as suas equipas participaram na extinção de incêndios que deflagraram em dezenas de edifícios e veículos devido às detonações de "dispositivos sem fios e leitores de impressões digitais". Só na província de Nabatieh, no sul do Líbano, foram registados incêndios em 60 casas e estabelecimentos, além de 15 carros e dezenas de motas.

Justiça

Os acontecimentos, um aparente ataque contra o Hezbollah, surpreenderam o país e o ministro da Saúde, Firas Abiad, visitou hospitais da capital onde se encontra parte das 1800 pessoas que ficaram internadas. De acordo com as autoridades libanesas, cerca de dois terços dos feridos na primeira vaga necessitaram de hospitalização, dos quais pouco menos de 300 estão em estado crítico, enquanto perto de 460 foram submetidos a cirurgias, principalmente nas mãos.

Entre as primeiras vítimas estão também civis, incluindo duas crianças que perderam a vida.

Os incidentes sem precedentes suscitaram o receio da eclosão de uma guerra aberta no Líbano, associados às declarações de altos responsáveis militares israelitas a anunciar a deslocação do seu foco da guerra na Faixa de Gaza para a região fronteiriça israelo-libanesa.

JN/MS

Julgado em França por drogar e abusar sexualmente de esposa

Um homem de 46 anos compareceu, esta quarta-feira, no Tribunal de Recurso de Toulouse (sul da França), por ter drogado e abusado sexualmente da esposa, na mesma altura em que acontece o julgamento do caso Pelicot.

Oarguido é suspeito de ter abusado sexualmente a sua mulher entre 2019 e 2022, depois de a ter drogado com Zolpidem (comprimidos de rápida ação para dormir) e de ter filmado as agressões. "O meu cliente é uma pessoa que, durante anos, foi vítima de violência física e psicológica às mãos da sua própria mulher", afirmou a sua advogada Nelly Magendie à agência de notícias AFP antes da audiência, referindo que a mulher "reconheceu que lhe bateu".

Em junho, tinha sido condenado em primeira instância a quatro anos de prisão e três anos de liberdade condicional pelo tribunal criminal por "agressão sexual com administração de uma substância à vítima" e "invasão da privacidade" através da gravação de imagens.

O homem afirmou, durante a tarde no tribunal, que "no início", tinha encomendado comprimidos para dormir para poder "relaxar" em casa, admitindo que despiu e

acariciou a sua mulher adormecida. "Não estava a controlar nada em casa, naquele momento tive a impressão que estava a controlar alguma coisa", afirmou. Segundo o seu advogado, apesar da semelhança da submissão química, o caso do seu cliente não é comparável ao processo de violação Pelicot, atualmente em curso no tribunal penal de Vaucluse, em Avignon (sul de França). No julgamento de Avignon, Dominique Pelicot é acusado de ter drogado a mulher, Gisèle, com ansiolíticos antes de a violar e de recrutar dezenas de homens na Internet para também a violarem.

JN/MS

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JN Credito:

PORTUGAL

Incêndios

Margarida Blasco diz que não recebeu nenhum telefonema da presidente de Arouca

A ministra da Administração Interna afirmou que tentou entrar em “contacto direto” com a presidente da Câmara Municipal de Arouca e garantiu estar disponível permanentemente desde do início dos incêndios florestais. A autarca queixou-se da falta de apoio por parte do Governo.

Em comunicado enviado às redações, o ministério da Administração Interna diz que a ministra Margarida Blasco tentou contactar diretamente "a senhora presidente Margarida Belém, quer para o seu telemóvel, quer para os Paços do concelho de Arouca", mas sem sucesso. “No entanto, em momento algum os telefones foram atendidos, pese embora a insistência", lê-se na nota, acrescentando que entre os telefonemas que recebeu ao longo da semana não se localiza a “tentativa de contacto referida”.

A presidente da Câmara Municipal de Arouca queixou-se, na quinta-feira (19), da falta de apoio que sentiu nas primeiras horas de combate aos incêndios florestais no município, denunciando que não conseguiu contactar a ministra. “As respostas que tínhamos é que tínhamos de liderar com o que tínhamos no terreno", referiu aos jornalistas Margarida Belém. O gabinete tutelado por Margarida Blasco notou ainda que foi “com total surpresa que tomámos conhecimento de uma notícia em que se relata que a senhora presidente da Câmara Municipal de Arouca terá

Médio Oriente

Governo avalia

tentado contactar a senhora ministra da Administração Interna, sem temporalizar o momento em que tal terá acontecido, e não terá conseguido o contacto”, realçando que o momento “deve ser de união e de esforço comum e conjunto para salvaguarda de vidas humanas e os seus haveres”.

Ministra justificou silêncio

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, justificou o seu silêncio nos últimos dias com o conselho das autoridades para "que não haja intervenções desadequadas e desnecessárias" no teatro de operações".

"Aconselham que não haja intervenções e presenças desadequadas nos teatros de operações, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação ou recomendações necessárias. Foi o que fizemos", afirmou a ministra, numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa).

Margarida Blasco referiu haver "tempo para prevenir", "para agir", "para acompanhar funerais".

"E, finalmente, há o momento, como este, para falarmos ao país", disse, justificando assim o seu silêncio desde domingo, dia em que começaram os incêndios que têm assolado Portugal Continental, principalmente as regiões Norte e Centro.

JN/MS

Falso

Boatos sobre assaltos a habitações nos incêndios de Gondomar causam

A GNR tem recebido vários alertas com base num boato que, apesar de ser falso, está a ser largamente difundido nas redes sociais e causa alarme nas populações. Os rumores apontam para uma vaga de assaltos a casas em Gondomar nas horas de aflição das pessoas durante os incêndios. Na verdade, não há nenhuma queixa.

Como um rastilho, o boato está a ser replicado, nos últimos dias, nas redes sociais, lançando o alarme na comunidade: em tom de alerta, é afirmado que está a ocorrer “uma onda de assaltos” em habitações no concelho de Gondomar, designadamente na zona de Jovim, que foi castigada pelas chamas.

Nas mensagens, que são difundidas via Whatsapp, é lançado um aviso em que se afirma já terem sido assaltadas casas por indivíduos que “tocam à campainha e dizem que está tudo a arder”, indicando que as autoridades estão a mandar evacuar as

alarme

habitações e aproveitando-se, entretanto, da aflição dos moradores para furtar bens das residências. Nada disto tem, contudo, ocorrido, e não existem queixas junto das autoridades sobre situações. Não foram registados nem furtos, nem assaltos a casas. No entanto, a extensa propagação do falso alerta leva a que haja vários cidadãos a contactar a GNR e a assinalar a suposta presença pessoas suspeitas que serão avistadas num carro preto e noutro branco, com pirilampos idênticos aos das autoridades, e que batem às portas das casas alegadamente para assaltar.

A verdade é que houve elementos da GNR à civil a circular nas zonas de incêndios para auxiliar moradores a retirar alguns elementos das habitações, como botijas de gás. Esses militares circulavam, contudo, em carros descaracterizados, mas equipados com pirilampos, e envergavam coletes identificativos da GNR.

JN/MS

retirar bandeira portuguesa de navio com material de uso militar para Israel

O Governo português admitiu que está a analisar a possibilidade jurídica de retirar a bandeira portuguesa ao navio que transporta material para empresas que fornecem armas a Israel.

No briefing do final do conselho de ministros, interrogado sobre se o Governo iria mandar retirar a bandeira portuguesa de um navio que transporta material de uso bélico cujo destino final poderá ser Israel, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, respondeu que tinham sido pedidos esclarecimentos cabais sobre o assunto e que o tema está sob análise jurídica, reconhecendo que a carga do navio é efetivamente de material para produção de armas.

O ministro reconheceu que se trata de "uma questão jurídica complexa", já que se trata de um navio alemão que tem pavilhão português, "mas que vai para portos que não são em Israel, mas na Europa". O na-

vio, que foi impedido de aportar na Namíbia, transporta material que será usado por três fabricantes de armamento e um deles é israelita.

"Não vai para Israel, vai para outros países, incluindo duas empresas europeias", garantiu Leitão Amaro, para explicar que o Governo português tem uma atitude de cautela relativamente a esta matéria. "Foi este Governo que proibiu a exportação de armas para Israel. (...) Proibiu o sobrevoo em Portugal de um avião, quando ficámos a saber que transportava armas para Israel", disse Leitão Amaro, repetindo a novidade que Rangel já tinha transmitido numa entrevista radiofónica.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros deverá prestar esclarecimentos à Assembleia da República a 15 de outubro, no mesmo dia em que se realiza a audição regimental na comissão, adiantou à Lusa fonte parlamentar.

Credito: JN

Funeral dos três bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha em Tábua no sábado

O funeral dos três bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha, que morreram na terça-feira (17) no incêndio do concelho de Tábua, vai ter lugar no sábado (21), informou a corporação.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha, Vítor Melo, informou que o funeral terá lugar pelas 16 horas. "Os corpos chegam sexta-feira ao Quartel, onde ficarão em câmara ardente, no salão nobre, até às 12 horas de sábado", referiu.

De acordo com a mesma fonte, uma missa, que também terá lugar no quartel, será celebrada pelo Bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, estando ainda prevista a presença do cardeal Américo Aguiar, capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Os três bombeiros serão depois sepultados no Cemitério de Vila Nova de Oliveirinha.

Na quarta-feira (18), o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz, informou que vai propor a atribuição da medalha de mérito e altruísmo aos três

bombeiros da corporação de Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha.

A Câmara Municipal de Tábua também decretou três dias de luto municipal. Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.

O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.

JN/MS

Infarmed retira lotes de produtos cosméticos do mercado após denúncia

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) determinou a suspensão imediata da comercialização dos lotes de produtos cosméticos colocados no mercado nacional por uma empresa sem ter acautelado o cumprimento das normais legais que estão em vigor.

"O Infarmed, no âmbito da análise de uma denúncia, constatou a existência no mercado nacional de produtos notificados como cosméticos, mas que não cumprem com a totalidade dos requisitos aplicáveis e estabelecidos" nos regulamentos comunitários e na legislação portuguesa, adianta uma circular informativa hoje divulgada.

O documento refere ainda que a "empresa Lkarrari - Cosméticos Unipessoal” colocou vários produtos no mercado nacional sem que tivesse sido previamente acautelado o cumprimento das normas legais em vigor", relativamente a matérias de avaliação de segurança e de garantia do cumprimento das boas práticas de fabrico.

Perante isso, o Infarmed determinou que as "entidades que eventualmente disponham destes produtos não os devem disponibilizar", enquanto que os consumidores não os devem utilizar.

JN/MS

Educação

Mais de 14 mil professores desistiram de dar aulas desde 2018

Nos últimos seis anos, 14500 professores mudaram de profissão e desistiram de dar aulas, revelou, esta quinta-feira, no Parlamento, o ministro da Educação, Ciência e Inovação. Fernando Alexandre anunciou que os docentes podem começar hoje a candidatar-se ao concurso extraordinário.

Odebate sobre o arranque do ano letivo foi agendado pelo PCP. A falta de professores voltou a marcar o início de aulas e também o plenário com troca de acusações entre PSD e PS. O ministro referiu, desde a intervenção inicial, que as 17 medidas já aprovadas podem não ser suficientes, mas repetiu as metas já traçadas: pretende reduzir em 90% os mais de 20 mil alunos, que no final do 1.º período do ano passado ainda não tinham tido aulas a pelo menos uma disciplina. E teminar com o flagelo de alunos sem todas as aulas até final da legislatura.

Os professores, garantiu Fernando Alexandre, podem candidatar-se a partir de hoje ao concurso extraordinário numa das 234 escolas sinalizadas como "carenciadas" - isto é, que no ano passado tiveram alunos sem aulas mais de 60 dias a uma disciplina. Vão ser abertas 2300 vagas especialmente em agrupamentos da área metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve. Pela primeira vez, os licenciados sem mestrado em ensino podem concorrer a uma vaga de quadro desde que terminem a profissionalização em quatro anos. Até agora, os não profissionalizados só podiam concorrer a ofertas de escola.

Outra das 17 medidas é o apoio à deslocação que pode chegar aos 450 euros por mês para os docentes colocados a mais de 300 quilómetros da residência, mas apenas para os que têm lugar naqueles 234 agrupamentos.

Foi uma das medidas mais criticadas pela Oposição. PS, Bloco e PCP insistiram que é urgente apoios para todos os professores deslocados, incluindo para a habitação. O Livre propôs que o Estado deve recuperar casas para diminuir o número de horários recusados. O ministro defendeu que a medida resultou da negociação com os sindicatos e que é preciso "compensar" os docentes que aceitam ir dar aulas para onde fazem mais falta.

Pelo PS, primeiro Isabel Ferreira e depois Rosário Gâmboa, recordaram as declarações de Luís Montenegro, na Oposição, de que a falta de professores se resolveria com a mudança de governo. As deputadas socialistas criticaram o Executivo PSD de apenas fazer pequenos "anúncios" e frisa-

Segurança

PSP

ram que foi nos mandatos do PS que mais docentes entraram nos quadros (29 mil).

Faltam 200 milhões de euros para pagar salários

No debate sobre a falta de recursos, o ministro revelou que o anterior governo socialista deixou um "défice de 200 milhões de euros para pagar salários aos professores", que somados a mais 100 milhões em falta na Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), totaliza 300 milhões de euros em défice que o atual Governo "irá resolver". Fernando Alexandre prometeu que o Governo vai valorizar a carreira docente, cujo estatuto começará a ser revisto em outubro. O modelo de descentralização de competências para as autarquias também será avaliado. Quanto à falta de vagas no Pré-Escolar, o ministro apenas repetiu que o ministério está a trabalhar "freguesia a freguesia" com todas as autarquias, com a rede social e privada para contratualizar mais vagas.

Joana Mortágua, do BE, insistiu também em interpelar o ministro sobre o eventual aumento das propinas no Ensino Superior. A questão levou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, a intervir no debate para contestar o desvio do tema: arranque do ano letivo no Básico e no Secundário. Fernando Alexandre, na sessão de encerramento, sem responder à questão, limitou-se a assumir que o Governo não vai acabar com as propinas.

Paula Santos terminou o debate a acusar o Governo de anunciar "remendos" para problemas estruturais. A líder parlamentar do PCP defendeu apoios à deslocação e habitação até 700 euos por mês, o fim das cotas na avaliação docente e das vagas para progressão na carreira, o reforço da Ação Social Escolar e revisão do rácio dos assistentes operacionais.

JN/MS

diz que "não se confirmou

ameaça" com arma de fogo junto a escola

A alegada ameaça com arma de fogo junto a uma escola em Benfica ao início da tarde de quinta-feira (19) "não se confirmou", tendo dois adolescentes sido identificados e saído em liberdade, disse à Lusa fonte oficial da PSP.

OComando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP recebeu esta quinta-feira, pelas 13.30 horas, um alerta de que haveria uma "ameaça com arma de fogo" na Estrada de Benfica, junto à EB 1,2,3 c/JI Pedro de Santarém.

De acordo com fonte oficial do Cometlis, em declarações à Lusa pelas 19.30 horas,

"não se confirmou a ameaça", mas a PSP irá "continuar as diligências".

Fonte oficial daquela força policial disse à Lusa, pelas 16 horas, que o suspeito da ameaça - que "não estava sozinho" - tinha sido identificado pela polícia, mas antes de ser localizado "foi entregar-se voluntariamente na esquadra de Benfica" onde permanecia por aquela hora.

A fonte que falou com a Lusa pelas 19.30 horas referiu "dois intervenientes" e disse que ambos "foram identificados", tendo um deles, com menos de 16 anos, sido entregue à mãe.

JN/MS

Luto
Saúde
Credito: JN
Credito: JN

UVAS E MOSTO

O VINHO E

Depois da poda, em janeiro, começam a formar-se, mas é ganham cor, aroma e paladar. pés das uvas estão murchos e as a contrair é tempo de vindimar. cumprir uma tradição ancestral da de geração em geração,

Nas famílias de portugueses residentes possível encontrar quem cumpra altura do ano para fazer o seu muitas, mas há nesta atividade

O trabalho, nos dias de hoje está quem ajude a tornar possível cretizar, como ca demonstrado

Se quiser reduzir o seu trabalho, pode optar por levar baldes, de 20 litros de capacidade, com o mosto pronto para se iniciar o processo de fermentação em casa.

O OUTONO

janeiro, na primavera os cachos durante o verão que as uvas Depois de se veri car que os as peles dos bagos começaram vindimar. Por m, chega a hora de se ancestral da cultura portuguesa, passageração, produzindo-se o vinho.

residentes no Canadá é, ainda, cumpra a tradição e aproveite esta próprio vinho. As razões serão atividade uma óbvia ligação às nossas identi ca culturalmente. está mais facilitado, porque há possível o que parece difícil de condemonstrado nestas páginas. Venha o

FERMENT ON PREMISE

Por fim, o vinho é transferido para garrafas, onde continuará a envelhecer até estar pronto para o apreciar. Esse serviço envolve a esterilização e o enchimento das garrafas com o seu vinho, a colocação de rolhas e tampas de alumínio sobre o produto acabado.

Quando estiver pronto a ser consumido, delicie-se consumindo com moderação o vinho feito propositadamente para si, ou que nasceu das suas mãos e do seu trabalho, perpetuando uma tradição de gerações.

No 1381 da Dufferin Street pode ainda comprar vinho a seu gosto, para levar

Apetece-lhe beber um copo de vinho e comer uns petiscos? Pode fazê-lo no 30, Ossington Avenue, em Toronto, onde se encontra a Downtown Winery, um bar de vinhos, onde pode também escolher o vinho que quer levar para casa, por entre a imensa oferta de qualidade que encontra na loja de garrafas. Neste local também são promovidas sessões de Wine Tasting, por marcação. Este espaço está ainda disponível

Mali, Burkina e Níger vão lançar novos passaportes biométricos

O Mali, o Burkina Faso e o Níger vão lançar em breve novos passaportes biométricos, disse o líder militar do Mali, coronel Assimi Goita, no domingo, 15, enquanto os estados liderados pela junta procuram solidificar a sua aliança depois de se separarem do bloco regional CEDEAO.

As três nações do Sahel, todas sob regime militar na sequência de uma série de golpes de Estado desde 2020, uniram-se em setembro passado sob a Aliança dos Estados do Sahel (AES), depois de terem cortado os laços com a França, antiga potência colonial, e de se terem aproximado da Rússia. Em janeiro, declararam que estavam a virar as costas à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental - uma organização que acusaram de ser manipulada pela França. Em julho, os aliados consolidaram os seus laços com a criação de uma Confederação dos Estados do Sahel, que será presidida

pelo Mali no seu primeiro ano e agrupa cerca de 72 milhões de pessoas.

“Nos próximos dias, será posto em circulação um novo passaporte biométrico da AES com o objetivo de harmonizar os documentos de viagem no nosso espaço comum”, declarou Goita durante um discurso televisivo. “Vamos trabalhar para criar as infraestruturas necessárias para reforçar a conetividade dos nossos territórios através dos transportes, das redes de comunicação e das tecnologias da informação”, acrescentou.

O anúncio foi feito um dia antes de os três Estados assinalarem o aniversário de um ano da criação da aliança.

Os países vizinhos estão a lutar contra a violência jihadista que eclodiu no norte do Mali em 2012 e se estendeu ao Níger e ao Burkina Faso em 2015. Estima-se que a agitação tenha matado milhares de pessoas e deslocado milhões em toda a região.

VP/MS

Governo pretende transformar casa de repouso de Neto em Museu

O Governo Provincial do Cuanza-Norte anunciou, recentemente, a intenção de transformar a antiga casa de repouso do Presidente Agostinho Neto, no centro horto-botânico do Quilombo, em Ndalatando, em Museu ou Casa de Cultura, em homenagem ao fundador da Nação.

Segundo a diretora do Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Governo Provincial, Elisa dos Santos, a ideia de requalificação abrange não só da antiga residência de repouso do Presidente Neto, como do Quilombo no seu todo. A responsável informou que existe um estudo, elaborado em parceria

com uma consultora, que prevê dar uma outra imagem à zona e, consequentemente, transformar a residência em algo útil para a sociedade, preferencialmente para as crianças e jovens.

Sem avançar datas para o arranque dos trabalhos, a diretora do GEPE referiu que, neste momento, o projeto está parado por falta de financiamento. "Como a maioria dos projetos no país, a questão está no financiamento e, dentro daquilo que são as prioridades e as possibilidades financeiras, se aparecer um parceiro com capacidade de implementá-lo, o Governo da província estará totalmente aberto para o efeito”, frisou.

Presidente das Comores “fora de perigo” após tentativa de assassinato

O Presidente das Comores, Azali Assoumani, está “fora de perigo” depois de ter sido ferido na sexta-feira, 13, num ataque com uma faca por um polícia de 24 anos, que foi encontrado morto na sua cela um dia depois, informaram as autoridades.

Oataque ocorreu por volta das 14 horas locais de sexta-feira, 13, em Salimani Itsandra, uma cidade a norte da capital, Moroni.

“O Presidente está a passar bem. Não tem problemas de saúde, está fora de perigo. Foram dados alguns pontos”, disse o Ministro da Energia, Aboubacar Saïd Anli, numa conferência de imprensa em Moroni. Azali foi atacado quando participava num funeral, segundo a presidência. O motivo do ataque ainda não foi determinado.

O agressor, Ahmed Abdou, saiu de licença na quarta-feira antes de orquestrar o ataque na sexta-feira.

Abdou foi colocado numa cela depois de ter sido detido. No entanto, “no sábado de manhã, quando os investigadores foram vê-lo, encontraram-no deitado no chão, o seu corpo estava sem vida”, disse Ali Mohamed Djounaid, procurador público das Comores, numa conferência de imprensa separada. Acrescentou que estava a ser conduzida uma investigação para determinar o motivo do ataque e a causa da sua morte.

Em maio, Assoumani foi empossado para um quarto mandato após uma eleição tensa em janeiro, que os seus opositores afirmam ter sido manchada por fraude eleitoral. As autoridades negam as alegações. JA/MS

"Num mundo justo", dívida dos países mais pobres seria perdoada, diz Bill Gates

O bilionário e cofundador da Microsoft, Bill Gates, defendeu que os países mais ricos devem aumentar a ajuda aos países africanos, destacando que, “num mundo justo”, estes países deveriam ver a sua dívida perdoada.

“Num mundo justo, veríamos um movimento emergir a favor destes países mais pobres para que isso acontecesse outra vez”, disse o filantropo em entrevista à agência de notícias Associated Press, referindo-se à iniciativa de perdão de dívida, em 2005, que perdoou 40 mil milhões de dólares de dívida de 18 países ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial.

Na entrevista, Bill Gates considerou que “há menos dinheiro a ir para África numa altura de necessidade”, seja para alívio da dívida, vacinas ou para reduzir a má nutrição, vincando que em termos percentuais, o dinheiro que vai para a Ucrânia é “substancial”.

Apesar da estagnação no progresso rumo aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, Gates mantém a esperança de que as coisas melhorem: “Eu sou um otimista, acho que podemos dar uma segunda hipótese à saúde global, mesmo num mundo onde os vários desafios concorrem pelas poupanças e obrigam os governos a esticar os seus orçamentos”.

Em abril, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico disse que os números preliminares de 2023 mostravam que a ajuda ao desenvolvimento dada pelos países mais ricos tinha aumentado todos os anos desde 2019, mas a percentagem que foi para os países africanos caiu, em 2022, para 25%, o nível mais baixo dos últimos 20 anos.

A redução da ajuda surge num contexto em que os países de médio e baixo rendimento, incluindo em África, estão a gastar mais dinheiro para pagar as dívidas, apontou um relatório das Nações Unidas de junho, segundo o qual o fardo da dívida estava a limitar o que os países deveriam gastar em serviços básicos como a saúde, a educação e ação climática.

Credito: DR

Investimento por aluno no Brasil aumenta, mas ainda é 6º pior da OCDE

Apesar de uma melhora no indicador de investimentos por aluno, o Brasil está entre os seis países com menor investimento por pessoa no ensino primário, segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O que aconteceu

Os números são da edição de 2024 do Education at Glance. O relatório da OCDE divulgado nesta terça-feira (10) compara as estruturas de educação dos países membros com base em dados de 2021. Investimento por aluno no Brasil é consideravelmente menor do que a média da organização. O Brasil investe cerca de 69% a menos por aluno que a media.

O país investe US$ 3.668 por aluno do primário, e a média da OCDE é de US$ 11.914. Entre os 42 países avaliados, o Brasil aparece na 36ª colocação.

Porém, se comparado ao relatório de 2023, houve um aumento no investimento médio no Brasil. No ano passado, cada aluno tinha um investimento público de US$ 2.981. Na última divulgação, o valor por aluno na média da OCDE também era menor (US$ 10.510).

Brasil ocupa a sexta posição entre os que menos investem por aluno. O país só fica à frente de Romênia (US$ 3.241), Turquia (US$ 3.133), África do Sul (US$ 2.888), México (US$ 2.808) e Peru (US$ 2.022).

Vizinhos da América do Sul investem mais por aluno. Em 2021, os gastos da Argentina e e Chile por estudante foram de, respectivamente, US$ 3.679 (35º no ranking geral) e US$ 7.081 (29º).

No topo da lista dos que mais investem, estão Luxemburgo, Suíça e Noruega. Veja abaixo os cinco países que mais investiram por aluno do primário:

• Luxemburgo: US$ 26.559

• Suíça: US$ 19.679

• Noruega: US$ 17.779

• Islândia: US$ 16.899

• Bélgica: US$ 15.897

Brasil também investiu menos que a média da OCDE nos ensinos médio e superior: US$ 4.058 (média da OCDE: US$ 12.713) e US$ 13.569 (média da OCDE: US$ 17.138), respectivamente. UOL/MS

Pesquisa brasileira encontra pela primeira vez microplástico no cérebro humano

Uma pesquisa brasileira encontrou microplásticos no cérebro humano. É a primeira vez que o resíduo é encontrado no órgão e, segundo os especialistas, um sinal de alerta máximo para o risco do uso de plástico na rotina humana.

Oestudo, que foi feito na Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Universidade Livre de Berlim, e com o apoio da Universidade de Campinas (Unicamp), analisou o cérebro de 15 pessoas falecidas que moravam em São Paulo. Dos cérebros analisados, em oito deles foram encontrados os resíduos.

Segundo os pesquisadores, as pessoas não tinham contato com a indústria de produção de plástico, por exemplo. O plástico mais comum encontrado foi o polipropileno, usado em roupas, embalagens de alimentos e garrafas. Como o microplástico foi parar lá? O plástico está presente em quase tudo no nosso dia a dia. Cerca de 22 milhões de toneladas de plástico são descartadas na natureza por ano em todo o mundo. As pesquisas recentes já encontraram essas partículas nos oceanos, nos peixes que comemos, na água e também no ar.

G1/MS

Conheça brasileiro que se destaca assinando beauty de grandes estilistas no NYFW

Marcello Costa, beauty specialist de renome internacional, acabou de assinar a beleza do desfile da estilista Ese Azenabor na New York Fashion Week (NYFW). O evento, realizado entre os dias 6 e 11 de setembro em Manhattan, conta com 60 desfiles, reforçando seu destaque global na indústria da moda. Além de Azenabor, Costa também colaborou com estilistas como Romeo Hunte e Cynthia Rowley.

"Trabalhar com grandes estilistas e estar presente em um evento como o NYFW é sempre uma oportunidade única de mostrar a beleza em sua forma mais artística e inovadora. Cada desfile é uma nova tela, e a maquiagem é a arte que complementa essa visão", declarou.

O brasileiro-luso-americano, com mais de 20 anos de experiência, já assinou a beleza em eventos como o Grammy, Oscar e o Festival de Cannes, e colaborou com marcas de prestígio como Jimmy Choo, Dolce & Gabbana e Balenciaga.

Fundador da Team MC, sua equipe é requisitada nas principais semanas de moda de Nova York, Londres, Milão e Paris. Além de seu sucesso nas passarelas, Marcello é frequentemente destaque em conceituadas

revistas, e autor do livro "Behind The Makeup: Histórias de um Cabeleireiro de Nova York", que narra sua trajetória.

Globo/MS

BRASIL

"Ainda estou aqui", de Walter Salles, tem estreia antecipada em Salvador para poder concorrer ao Oscar; entenda

Vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, "Ainda estou aqui", novo filme de Walter Salles, terá estreia antecipada em Salvador. O longa entra em cartaz na capital baiana nesta quinta-feira (19) e contará com duas sessões diárias no Cine Glauber Rocha, até o dia 25.

Aestreia antecipada em Salvador tem como objetivo qualificar o longa para representar o Brasil na tentativa de uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional. Para concorrer, os filmes brasileiros precisam ter estreado em salas de cinema entre 1º de novembro de 2023 e 30 de setembro de 2024, ficando em cartaz por pelo menos sete dias consecutivos. O longa é um dos seis pré-selecionados pela Academia Brasileira de Cinema que

seguem na disputa para representar o país no Oscar. Também estão na disputa: "Cidade; campo", de Juliana Rojas; "Levante", de Lillah Halla; "Motel Destino", de Karim Aïnouz; "Saudade fez morada aqui dentro", de Haroldo Borges; e "Sem coração", de Nara Normande e Tião. A decisão será anunciada na próxima segunda-feira (23). Além de Veneza, o longa foi recebido de forma calorosa no Festival de Toronto. "Ainda estou aqui" vem recebendo muitos elogios da imprensa americana, que o coloca como forte candidato ao Oscar de filme internacional, embora ainda precise ser confirmado. Algumas publicações citam, inclusive, a possibilidade de uma indicação a Fernanda Torres como melhor atriz.

Ao lado de Lira, Lula sanciona lei que destrava R$ 5 bi para socorrer empresas aéreas

Recursos são esperados pelas empresas, que passam por uma crise desde a pandemia por conta da redução de passageiros e aumento de custos.

Opresidente Lula sancionou nesta quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei que permite a utilização do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para ampliação de crédito a companhias aéreas. O presidente da Câmara, Arthur Lira, participa do evento. Os recursos poderão ser utilizados para empréstimos a empresas aéreas junto ao BNDES. Será possível financiar compra de aeronaves e demais investimentos.

Além disso, a proposta permite que o Ministério dos Portos e Aeroportos utilize o fundo para subsidiar a compra de querosene de avição (QAV) para rotas das compa-

nhias aéreas na Amazônia Legal. O governo pretende socorrer as empresas em cerca de R$ 5 bilhões neste ano, mas o valor pode subir.

“O financiamento das companhias aéreas é fundamental para ampliar a frota de aeronaves no país e o número de voos e passagens ofertadas. Isto faz com que o custo operacional das empresas caia e, consequentemente, caia ainda mais o valor da tarifa”, afirma o Ministério de Portos e Aeroportos.

Na prática, o novo Fnac vai funcionar como uma fonte de crédito permanente para fomentar a aviação civil. Será um mecanismo semelhante ao da Marinha Mercante — destinado a prover recursos para o desenvolvimento da indústria de construção e reparação naval brasileira. Globo/MS

Globo/MS Credito:
Presidente Lula ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Luís Castro despedido do Al Nassr

PÉ DIREITO NA CHAMPIONS

SPORTING E BENFICA ENTRAM COM

Portugal nos 'quartos' do Mundial de futsal

Ontario funding new research on sports-related traumatic brain injuries

Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.

Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.

Não fique Fora de Jogo.

entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.

I LIGA Nuno Santos liderou a alcateia no tranquilo ensaio para a Champions

Nesta volta a Portugal, Nuno Santos foi chefe de pelotão em Arouca, combinando com Quenda para a noite feliz de Trincão, Gyökeres e Pedro Gonçalves. No sopé da Serra da Freita, o Sporting asfixiou o «Lobo» e triunfou por 0-3.

Na noite de sexta-feira (13), antes da quinta «etapa» da Liga, Ruben Amorim acenou à Champions, promovendo cinco trocas.

Para lá óbvia titularidade de Israel –em detrimento do lesionado Kovacevic – o timoneiro dos leões concedeu oportunidades a Matheus Reis, Debast, Daniel Bragança e Nuno Santos, relegando Eduardo Quaresma, Diomande, Morita e Geny Catamo para o banco.

Por sua vez, Gonzalo García operou também cinco alterações face à derrota em Vila do Conde. Do «onze» saiu o lesionado Henrique Araújo, além de Matías Rocha, Weverson, Cristo e Sylla. Por isso, avançaram Morozov, Fontán, Dante, Loum e Ivo Rodrigues.

Todavia, as trocas entre os «Lobos» foram escassas para responder ao ímpeto do leão. Antes do arranque da aventura europeia, o campeão nacional – e líder – segue em estado de graça no campeonato.

E o desenrolar da segunda parte até lembrou o jogo de março.

Ainda que embalado pelo «Verdão», os pupilos de Amorim suspiraram de alívio ao cabo de 20 segundo. Isto porque, após um exemplar passe de David Simão, na profundidade, Jason descaiu para a direita e atirou por cima, perante Israel.

Na resposta, Gyökeres deu o mote para remeter os anfitriões à respetiva área. Na sequência do remate ao terceiro minuto, os lisboetas subiram as linhas e aprimoraram a pressão, protagonizada por Pote, Quenda e Trincão.

De batuta em riste esteve Nuno Santos, aquele que melhor capitalizou a titularidade. Geralmente pela esquerda, este «faz tudo» serviu cruzamentos à medida, com uma pitada de tecnicismo. Ainda assim, Pote e Gyökeres permaneciam erráticos.

Até aos 24m. Quando optou pela construção à direita, o Sporting desfez a igualdade. Deambulando do centro, Gyökeres acelerou até à linha final e procurou Quenda, que «rasgou» a linha defensiva.

Na área, Trincão picou o esférico e encontrou Pedro Gonçalves, esquecido nas costas de Chico Lamba. Assim, o «baixinho» até aproveitou para registar um raro golo de cabeça. Foi o quarto de Pote na Liga, o segundo melhor marcador, somente atrás de um «monstro» sueco.

Na procura da tranquilidade, a vantagem revelou a faceta cínica do campeão nacional. Até ao intervalo, o Arouca assumiu a iniciativa ofensiva, mas a organização contrária obrigou Mantl a permanecer atento. Em cima do apito para a pausa, aos 45+2m, Gonçalo Inácio desperdiçou um voo solitário à boca da baliza, travado pelo guardião germânico.

Nuno Santos acumula créditos

Já com saudades da produção ofensiva no arranque da partida, Gonzalo García apostou em Sylla e Trezza antes do reatar do duelo, em detrimento de Morozov e Ivo Rodrigues. Mas, de novo, as alterações quase não surtiram efeito, espelho de um Arouca

descompensado a meio-campo e ataque. Assim, a tarefa ficou facilitada para o Sporting. Pelo fulminante pé de Nuno Santos, as hostes leoninas suspiraram aos 51m e festejaram aos 62. De novo pela esquerda, o médio picou o esférico sobre Mantl e beneficiou da confusão motora de Loum. Ainda assim, o VAR desvendou um fora de jogo. O alívio do «Lobo», ainda assim, durou «quase nada». Dez minutos volvidos, o VAR voltou a ser protagonista, desta feita castigando a ação defensiva de Fukui, para contestação dos anfitriões.

O cronómetro assinalava 73m quando Gyökeres encheu o pé para o oitavo golo no campeonato, igualando o Santa Clara, o segundo melhor ataque na prova.

E assim terminou a disputa pelo resultado. Resignado, o Arouca nem mais procurou atacar, deixando correr o tempo. Entre trocas, Trincão não se fez rogado e aprofundou a tristeza dos «Lobos». A solo, o internacional português desfilou até à área, passou por dois adversários e atirou rasteiro, descartando Mantl do lance.

Até final, o campeão nacional entrou em modo «espetáculo», com sucessivas fintas, ora de Gyökeres, ora de Pote. Até houve tranquilidade para um domínio de peito de Israel.

Na tabela, o Sporting permanece no trono, agora com 15 pontos. Segue-se a receção ao Lille, na estreia na Liga dos Campeões, na noite de terça-feira (20h15). Depois, Amorim e companhia receberão o AVS, a 22 de setembro (20h30).

Nesse domingo, mas à tarde (18h), o Arouca visitará o «aflito» Farense. Os comandados de Gonzalo García poderão, no fecho desta quinta jornada, acompanhar os algarvios no fundo da tabela. Por agora, com três pontos, os «Lobos» ocupam o 15.º posto.

MF/MS

Matiné dançante com show de «Samu The Kid»

Futebol ao sol e à sombra, como escreveu Eduardo Galeano: 15h30, casa cheia, gente de sorriso no rosto.

Quebonita é uma matiné de futebol! Que raro é isto acontecer para a Liga Portuguesa, no Dragão – há quase meia dúzia de anos que não havia jogo neste horário (desde dezembro 2018).

Parecia as Antas nos idos 90 num duelo com um histórico, embora já sem o aroma marroquino do futebol de Hassan ou Hadjry pelos leões de Faro, ou a classe de Deco e o instinto matador de Jardel pelos dragões da Invicta.

Há protagonistas diferentes e «do banco o Farense partiu a ganhar», como disse na véspera Vítor Bruno, comparando os seus cinco jogos como técnico principal contra os quase 500 de carreira de José Mota.

O técnico portista remodelou a defesa, recuperou João Mário (por troca com Martim Fernandes) e lançou de início os reforços Nehuén Pérez e Francisco Moura, adiantando Galeno e tendo deixado de fora também Zé Pedro e Vasco Sousa. Dos restantes Samu Omorodin ficou no banco, adiando por mais um jogo a sua assunção como titular na frente de ataque; e Fábio Vieira, lesionado, Tiago Djaló e Deniz Gül não constaram sequer da ficha de jogo.

Matiné com suspense

O entusiasmo da matiné deu lugar a um filme de suspense, que se prolongou até ao intervalo.

O 4-2-3-1 portista balanceado para o ataque até encostou o Farense às cordas,

sem, contudo, chegar ao KO. Era como um Rocky Balboa vigoroso no ringue, porém com uma série de uppercuts falhados.

Logo aos 3m, já se gritava golo quando João Mário rematou cruzado ao poste. No minuto seguinte, Galeno com tudo para fazer golo falhou a baliza e a ansiedade cedo começava a tomar conta das bancadas. Pepê, Nico, Otávio, Galeno de novo foram falhando oportunidades, enquanto o Farense encostado à sua área em 20/30 metros resistia com Ricardo Velho e desdobrava o seu 5-4-1 sem nunca perder o sentido da baliza adversária.

Os 71%-29% de posse de bola e 13-7

em remates ao intervalo atestavam o domínio portista, que viria a consubstanciar-se por Galeno logo a abrir a segunda parte.

Aplaudido ao minuto 13, após a transferência falhada para o Al Ittihad, o extremo portista fez o Dragão vibrar ao converter um penálti por si sofrido, após um erro infantil de Marco Moreno. No entanto, apesar de remodelada, a defesa portista ainda treme. E Otávio, o único da linha recuada que ficou de Alvalade, voltou a cometer um erro pela segunda jornada seguida. Desta vez, escapou-se Tomané, que com toda a frieza gelou o Dragão.

Dragão: do gelo à chama

Com o empate restabelecido três minutos depois, o caldeirão portista acabaria por aquecer até entrar em ebulição. O minuto 65 é paradigmático de como ferviam os mais de 47 mil adeptos nas bancadas: Nico atirou ao poste e logo de seguida Pepê falhava um dos seus clássicos golos cantados. Cinco minutos depois, Galeno disparava uma bomba à barra e no minuto seguinte falhava na cara de Ricardo Velho.

Houvesse cabeça fria e o golo acabaria por chegar.

Seria Samu fazer o Dragão soltar a chama até explodir de alegria. Dez minutos depois de entrar, o investimento de peso para o ataque começou a render juros. Poderosíssimo, o ponta de lança sub-21 espanhol aproveitou uma recarga para encontrar por fim fazer a festa, com o Farense a reclamar um pisão sobre Poloni. Depois de tanta produção ofensiva, estava ali o lucro merecido. Mesmo que o golo não acontecesse, ficou sempre a ideia de que este novo FC Porto de Vítor Bruno valoriza mais a qualidade técnica, a criatividade; e que, assim sendo, tem mais soluções do que na época passada contra equipas que se fecham num bloco baixo. Nesta nova era do Dragão, o ar é menos rarefeito e o ambiente mais distendido. Respira-se melhor, há mais sorrisos e uma alegria que contagia quase por osmose das bancadas para o relvado.

Esta tarde, depois do sufoco, houve inspiração (clareza e não apenas transpiração) e, por fim, um merecido suspiro de alívio.

Intensidade e eficácia confirmam goleada no regresso vitorioso

Um regresso com ponto de exclamação descreve na perfeição a performance do Benfica, com Bruno Lage no comando técnico, frente ao Santa Clara, num jogo que terminou com uma goleada por 4-1, favorável aos encarnados.

Aexpetativa era alta, não só quanto a eventuais mudanças táticas, mas sobretudo quanto ao primeiro onze de Bruno Lage, no regresso ao Estádio da Luz, diante do Santa Clara.

Destaque claro para duas trocas, com as saídas de Leandro Barreiro e Prestianni e as

I LIGA - CLASSIFICAÇÃO

entradas de Rollheiser e principalmente do reforço, Aktürkoglu, que fez assim a estreia com a camisola das águias, precisamente em casa.

Antes do apito inicial, novo momento de ovação a Bruno Lage, que no banco de suplentes, certamente não esperava o que aconteceu logo a abrir. Isto porque com apenas 22 segundos de jogo corridos, uma desatenção de Otamendi deixou Vinicius Lopes na cara de Trubin e o jogador do Santa Clara fez o 1-0.

Um enorme balde de água fria que chegou em forma de chapéu e que gelou o Estádio da Luz. O que se seguiu foi um período em que o Benfica dominou as oportunidades de maior relevo e uma resposta do Santa Clara, nomeadamente em posse de bola, mas sem grande perigo para a baliza de Trubin.

Ora, perante o apoio dos milhares de adeptos no Estádio da Luz, o Benfica começou novamente a galvanizar-se, e Gabriel Batista começou a ter trabalho reforçado. Com Kökcü e Di María em destaque, foi uma das caras novas a brilhar dentro da área insular.

A estreia de sonho de Aktürkoglu

Num lance inteiramente construído por internacionais turcos, o camisola dez dos encarnados descobriu a desmarcação perfeita de Aktürkoglu e o reforço das águias

desviou a bola de forma subtil para o fundo da baliza e a primeira explosão de alegria chegou às bancadas.

Sempre de pé e com pilhas infinitas na área técnica, Bruno Lage pedia apoio aos adeptos, que respondiam com euforia. E se o primeiro golo encarnado já tinha sido bastante festejado, o que dizer do que confirmou a reviravolta e apontado por um dos «meninos» do Seixal.

Na sequência de um pontapé de canto estudado, Di María colocou a bola dentro da área como só ele sabe fazer e cercado por adversários, Otamendi preferiu servir um dos companheiros de equipa que se encontravam ao segundo poste, neste caso, o camisola 61. Florentino só teve de fazer o mais fácil e encostou para o 2-1.

Até ao intervalo, o resultado não sofreu alterações e os jogadores recolheram aos balneários com um misto de emoções (compreensível pelo rumo do encontro).

Ora, o que Bruno Lage certamente não contava era com uma entrada em cheio do Benfica para os segundos 45 minutos. Isto porque bastou a bola chegar uma vez à área do Santa Clara para «beijar» as redes adversárias. O pontapé de canto cobrado por Kökcü levava as medidas ideais para a cabeça de António Silva, que nas alturas cabeceou para o funo da baliza.

A partir daqui, o Benfica começou a gerir a seu belo prazer o encontro e a posse de bola nunca mais foi controlada pelos co-

mandados de Vasco Matos, que do banco de suplentes viu o resultado ser ampliado, aos 59 minutos.

Ainda há tempo para um momento de magia?

Recentemente homenageado durante um jogo da Argentina, Di María mostrou que velhos são os trapos e colocou um ponto de exclamação num passe absolutamente delicioso de Alexander Bah. A receita, essa terminou com um toque açucarado do camisola 11 das águias, que picou a bola por cima de Gabriel Batista e levou à loucura os 60.145 adeptos presentes no Estádio da Luz.

A meio do segundo tempo, Bruno Lage promoveu a estreia de Amdouni com a camisola do Benfica, por troca com Rollheiser e ainda o regresso à competição de Andreas Schjelderup, que na última temporada esteve cedido por empréstimo ao Nordsjaelland (Dinamarca).

Até final, o Benfica manteve a maré do encontro controlada e não deu ao Santa Clara grandes motivos para conseguir chegar perto da baliza defendida por Trubin. Está assim aprovado o regresso de Bruno Lage ao comando técnico do Benfica, com uma vitória importante sobre um Santa Clara de respeito e que deixa as águias com os mesmos cinco pontos de atraso para o líder Sporting, na liderança da tabela classificativa.

MF/MS

6.ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

20 de setembro

Nacional 20:15 Braga 21 de setembro

Rio Ave 15:30 Estoril

Santa Clara 15:30 Estrela

Vitória SC 18:00 Porto

Moreirense 20:30 Famalicão 22 de setembro

Gil Vicente 15:30 Casa Pia

Farense 18:00 Arouca

Sporting 20:30AVS 23 de setembro

Boavista 20:15 Benfica

O rei do Minho é o Vitória: vimaranenses vencem em Braga e igualam FC Porto no segundo lugar

Dois golos na segunda parte ditaram o triunfo do V.Guimarães no terreno do rival SC Braga, que terminou a partida reduzido a dez elementos.

O Vitória SC foi mais forte do que o SC Braga no dérbi do Minho e foi ao terreno do rival vencer por 2-0, infligindo aos arsenalistas a sua primeira derrota na presente edição da I Liga. marcaram, na segunda parte, os golos do triunfo dos vimaranenses.

Tondela vence em Mafra, Alverca estraga estreia de Silas

O Tondela goleou este domingo o Mafra, por 4-0, em jogo da quinta jornada da II Liga.

Ajogar fora, a equipa beirão construiu a vantagem larga com golos de Maranhão (30m), Roberto (67m), Miro (82m) e Nuno Cunha (90+4m).

Na Madeira, não correu bem a estreia de Silas no comando técnico do Marítimo: derrota caseira diante do Alverca, por 2-1.

Fernando Varela, aos dois minutos, e Anthony Carter, aos 18, fizeram os golos da formação lisboeta, que também estreava Vasco Botelho da Costa no banco. Igor Julião reduziu para 2-1 nos descontos. Com estes resultados, o Tondela está na sétima posição, com sete pontos, enquanto o Mafra é 11.º, com cinco pontos. O Alverca é nono, com seis pontos, e o Marítimo é 13.º, com cinco pontos.

MF/MS

A União de Leiria venceu, este sábado, na visita ao terreno do Académico de Viseu, por 1-0, na quinta jornada da II Liga.

Ogolo solitário da partida foi marcado aos 56 minutos, autoria de Crystopher. Destaque para a expulsão direta de Aidara, aos 82 minutos, que deixou a equipa da casa reduzida a dez unidades. Com cerca de 2400 espectadores, os viseenses somaram a primeira derrota da temporada.

Relativamente à classificação, à condição, o Académico de Viseu lidera a II Liga, com 10 pontos, mas pode ver primeiro lugar fugir, caso o Penafiel consiga pontuar. Se o Benfica B vencer também pode ultrapassar os líderes. A União de Leiria é sexto lugar, com oito pontos.

JN/MS

Felgueiras marca golaço, mas Chaves consegue primeira vitória

Leixões

28 de setembro

Chaves 11:00T orreense

Paços Ferreira 14:00 Benfica II

Portimonense 18:00 Penafiel

Tondela 20:30 Viseu

29 de setembro

Porto II 11:00 Felgueiras 1932

UD Oliveirense 11:00 Feirense

Alverca 14:00 Leixões

União de Leiria 20:30 Marítimo

29 de setembro

Vizela 18:00 Mafra

O Desp. Chaves somou esta manhã a primeira vitória na II Liga, ao triunfar em casa do Felgueiras, por 2-1. Léo Teixeira deu vantagem à equipa da casa aos seis minutos, com um golaço, mas os flavienses empataram logo a seguir, aos 11 minutos, por Wellington Carvalho.

Na segunda parte, aos 66 minutos, Vasco Fernandes completou a reviravolta da equipa visitante.

Com este resultado, e decorridas cinco jornadas, o Desp. Chaves sobe à condição ao nono lugar, com cinco pontos. O Felgueiras segue em 14.º, ainda sem qualquer vitória, mas com quatro pontos.

MF/MS

Creditos: DR
Creditos: DR

A lenda de um viking tão forte como Obélix

Reza a lenda que aquele homem temível foi fruto de uma queda acidental no caldeirão do druida. Bebeu tanta, mas tanta daquela poção mágica que ficou com poderes vitalícios.

Tornou-se, dizem, no homem mais forte do Mundo, num pesadelo para os opositores. Viesse um de cada vez ou viessem eles aos pares, ele arranjava sempre forma de os superar.

Esta é a história de Obélix e da luta do imbatível gaulês contra os romanos, mas podia bem ser o guião para a de Viktor Gyökeres, fosse ele uma personagem de banda-desenhada. Sim, porque herói já ele o é há muito para os adeptos do Sporting.

Nesta terça-feira (17), no arranque da Liga dos Campeões diante dos franceses do Lille, o avançado sueco parecia ter pela frente não um exército de gauleses, mas de legionários romanos que lhe montaram um cerco impiedoso, tantas vezes para lá dos

limites do tolerável.

Gyökeres foi ao chão vezes sem conta naquela primeira meia-hora em que o Sporting-Lille foi, sobretudo, um jogo de encaixes, mas na qual já eram notórias as dificuldades da equipa visitante para anular a potência do sueco, a técnica de Trincão e a inteligência de Pote quando a bola chegava ao terço ofensivo.

Aos poucos, a estratégia – bem montada, diga-se – do exército de Bruno Génésio começava a dar sinais de ruir. Ofensivamente, era praticamente inexistente (nenhum remate em toda a primeira parte, antes ou depois da lesão de Gonçalo Inácio); defensivamente, começava a sentir cada vez mais dificuldades para lidar com a dinâmica do adversário com bola.

Aos 38 minutos, Gyökeres, a passe de Pote, materializou a superioridade que o Sporting já vinha a ter desde que o trio ofensivo dos leões começou a explorar os

espaços que, mesmo que sejam reduzidos, existem sempre quando se joga rápido e bem. No fundo, como esta equipa de Ruben Amorim sabe fazer.

Na estreia na Champions, o viking sueco foi aquilo que é quase sempre contra quase todas as equipas, sejam elas menos ou mais forte: decisivo e um pesadelo para os adversários. Na verdade, aquelas inúmeras idas ao tapete só pareceram fortalecê-lo: pelo golo, pelo que contribuiu para o jogo da equipa e porque foi ele o responsável pela expulsão de Angel Gomes por acumulação de amarelos já bem perto do intervalo.

A partir daí, o destino do jogo ficou traçado. E a segunda parte foi de sentido único até àqueles minutos finais de intranquilidade tão difíceis de explicar como perfeitamente evitáveis.

Geovany Quenda, numa noite em que fez história ao tornar-se no mais jovem de

sempre do Sporting a jogar a Champions, ameaçou o golo duas vezes, Gyökeres esteve perto do bis, Geny atirou a rasar o poste esquerdo.

Pelo meio, o momento da noite: aquele tiro de Debast já candidato ao um dos melhores golos desta Champions que dissipou, aos 65 minutos, as poucas dúvidas que ainda pairavam sobre o relvado do Estádio José Alvalade.

Nos minutos finais, o Lille cresceu, num ascendente desnecessariamente consentido pelos jogadores do Sporting, talvez contagiados pelo ambiente de festa nas bancadas.

Ainda assim, a vitória, justíssima, nunca esteve em risco perante uma equipa que regressa a casa com um exclamativo «oh lá lá!», depois de mais uma noite em que Gyökeres, tal como o gaulês Obélix, voltou a ter algo de mitológico.

MF/MS

Vitória escrita com trema, mas de letra tremida

Aquela música’ voltou para os adeptos do Benfica. No primeiro jogo da nova Champions, o Benfica deslocou-se até Belgrado, capital da Sérvia, nesta quinta-feira, para vencer o Estrela Vermelha por 2-1.

Os homens de Bruno Lage não fizeram uma exibição brilhante, com alguns ‘tremeliques’ na segunda parte, mas dois golos obtidos na primeira fizeram a diferença.

O Benfica versão 2024/25 fica marcado por uma nova tendência. A distante Turquia, país que começa no leste da Europa e beija o Médio Oriente e a Ásia Ocidental, cedeu duas das suas grandes figuras a um dos grandes clubes mais ocidentais da Europa. A língua e a grafia turca são diferentes da nossas - tanto que a trema, acento utilizado no nome de Orkun Kökcü e Kerem Aktürkoglu nem sequer figura no nosso teclado – mas, no relvado, todos se entendem.

Se o extremo ex-Galatarasay (um ícone para os adeptos nos anos recentes) já se tinha apresentado na estreia com um golo, diante do Santa Clara, renovou nesta quinta-feira votos de um bom início de temporada. Primeiro, com um remate longínquo, puxado para o poste mais distante, que acabou ao lado da baliza. Depois, o aviso tornou-se real.

Di María esperou pela entrada de Alexander Bah no corredor direito, por dentro, e o dinamarquês cruzou para o centro da área. Um corte do defesa fez com que a bola caísse exatamente ao segundo poste, com Aktürkoglu a surgir oportunamente ao segundo poste. Krunic tentou impedir o golo, a compensar a falta de Mimovic, mas não conseguiu. O mesmo Mimovic ouviu um ‘ralhete’ do treinador Milojevic e acabou substituído antes da meia-hora. Dálcio Gomes, antigo jogador do Benfica, entrou no seu lugar e deu origem a uma reorganização tática. E não foi a única substituição antes do in-

tervalo. Do lado do Benfica, Alexander Bah teve de sair por lesão, após ter sofrido um pisão no joelho esquerdo. Kaboré estreou-se com a camisola das águias. O segundo golo também se escreveu com trema. Duas, até. Orkun Kökcü teve uma chance de livre direto, em zona frontal, e ‘antecipou-se’ a Di María. Bateu muito bem e a bola beijou a malha lateral esquerda da baliza de Glazer. O guarda-redes nem se atirou. O Benfica partia para o intervalo com uma vantagem segura de dois golos, mesmo sem jogar espetacularmente. A segunda parte trouxe mais dificuldades ao Benfica, que ficou praticamente sem fio condutor no seu jogo. O Estrela Vermelha empurrou os encarnados mais para trás e, mesmo com alterações de Bruno Lage no meio-campo perto da hora de jogo, entrando Fredrik Aursnes, a posse ficou mesmo entregue aos sérvios. Só no final é que Amdouni fez 'mexer as águas', com um belo remate ao poste. Trubin teve muito mais trabalho do que Glazer.

Mais do que isso, só mesmo a dupla de centrais Otamendi-António Silva, que teve de fazer alguns cortes essenciais na segunda parte. Mas, verdade seja dita, os sérvios não criavam nenhuma chance de golo iminente, talvez por incapacidade própria. A grande exceção surgiu aos 87 minutos, com Milson, ex-jogador do Marítimo, a surgir nas costas dos centrais e a bater Trubin facilmente. Carreras foi o mais lento a subir linha defensiva e pôs em jogo o adversário. Afinal de contas, o Benfica venceu 2-1. A custo, mas ganha os primeiros três pontos na Liga dos Campeões, no primeiro de oito jogos na fase regular. Um futebol que parecia estar de portas fechadas para Portugal – apenas era um lugar de destino, mas não de chegada – faz a diferença neste novo Benfica que, com Bruno Lage, ganha algum oxigénio nos pulmões nesta fase inicial. E o treinador festejou bastante no final, em direção aos adeptos.

MF/MS

ARÁBIA SAUDITA

Jesus,

Cancelo, internacional português, marcou o primeiro golo pelo clube aos 42 minutos e, pouco depois, aos 44, assistiu o brasileiro Marcos Leonardo, antigo avançado do Benfica. Antes, aos 15, o sérvio Milinkovic-Savic já tinha dado vantagem à formação da Arábia Saudita.

Na segunda parte, aos 47 minutos, Roger Guedes reduziu para a equipa da casa, com o sérvio Mitrovic, aos 71, a desperdiçar uma grande penalidade para o Al Hilal.

Além de Cancelo, o médio Rúben Neves foi titular na formação de Jorge Jesus, enquanto, no Al Rayyan, o central luso André Amaro também esteve de inicio.

Na Liga dos Campeões asiática 2, a segunda 'divisão', o Sepahan, emblema iraniano treinado pelo português José Morais, começou a prova com uma derrota inesperada na Jordânia, por 2-1, perante o Al Wehdat.

JN/MS

Luís Castro despedido do Al Nassr

O Al Nassr anunciou esta terça-feira a rescisão contratual com o técnico português Luís Castro.

O emblema saudita recorreu às redes sociais para oficializar um divórcio que já vinha a ser especulado, deixando, juntamente com uma imagem, palavras de agradecimento.

Luís Castro liderou o Al Nassr em 63 jogos, tendo vencido 44. No currículo leva uma Taça da União das Associação do Futebol Árabe ganha em 2023/24. MF/MS

Creditos: DR
Creditos: DR
"Obrigado por tudo, mister".

Ronaldo reage à saída de Luís Castro do Al Nassr

O capitão do Al Nassr publicou uma mensagem nas redes sociais para se despedir do treinador português, oficializada esta terça-feira (17) pelo clube saudita.

Cristiano Ronaldo recorreu às redes sociais para publicar uma mensagem de agradecimento a Luís Castro, treinador português que está de saída do Al Nassr. "Obrigado por tudo, mister", escreveu o capitão do clube saudita.

Luís Castro saiu após o empate caseiro com o Al Shorta (1-1), equipa iraquiana, em jogo a contar para a Liga dos Campeões asiática. Foi o segundo jogo seguido sem vencer da equipa saudita, o que beliscou o treinador português, já fragilizado depois da derrota com o Al Hilal, de Jorge Jesus, na Supertaça saudita.

Nos últimos cinco jogos, o Al Nassr apenas registava uma vitória. MF/MS

BRASIL

Abel Ferreira: "Sei que gostavam de estar no meu lugar, mas têm de ir tirar o curso"

"Eu sei que todos vocês gostavam de estar sentados no meu lugar. Eu entendo esse lado, mas, mais uma vez vos digo, vocês têm de ir estudar e tirar o curso, só depois é que podem sentar-se aqui e escolher os jogadores que entendem. Vocês têm todo o direito de fazerem as perguntas que quiserem, porque são legítimas, e eu também tenho o direito de responder da forma que quero. Opções

de treinador, eu não justifico", respondeu o técnico português Abel Ferreira.

Ao fim de 26 jogos para o campeonato brasileiro, o Palmeiras segue no segundo posto com 50 pontos, a três do líder Botafogo, conjunto orientado pelo também português Artur Jorge. JN/MS

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Creditos: DR

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HÓQUEI EM PATINS

Portugal cede empate à Argentina e falha primeiro lugar do grupo

Ao ceder um empate (4-4) ao cair do pano, frente à campeã em título Argentina, Portugal falhou o objetivo de terminar a fase de grupos do Mundial, disputado em Novara, em Itália, no primeiro lugar da poule, e em vez de defrontar a seleção de Andorra nos quartos de final, terá de medir forças com a França.

Aequipa nacional até entrou bem no jogo, e chegou a estar vencer por 3-1, com os golos de Gonçalo Alves, Gonçalo Pinto e Hélder Nunes, mas, do outro

lado, esteve um inspirado Lucas Ordeñez, jogador argentino que alinha no Benfica, que com um hat-trick impôs o 3-3 ao intervalo.

A segunda parte foi mais estratégica, mas Portugal ainda conseguiu uma preciosa vantagem, na parte final, com um golo de Rafa, mas quando os lusos já se preparavam para festejar, Nolito Romero, jogador do Sporting, com um remate de longe, resgatou o empate para os argentinos.

JN/MS

Portugal repete chapa 5

frente

à França no Mundial de hóquei feminino

FUTSAL

Portugal garantiu um lugar nos oitavos de final do Mundial de futsal. A seleção Nacional bateu o Tajiquistão por 3-2 na segunda jornada do Grupo E e já garantiu o primeiro objetivo, a uma ronda do final da primeira fase.

No derradeiro jogo deste grupo, Portugal irá discutir com Marrocos o primeiro lugar desta poule. Os campeões africanos bateram hoje o Panamá por 6-3, pelo que um empate basta à seleção nacional para terminar na liderança. De recordar que na primeira jornada Portugal venceu o Panamá por 10-1, enquanto Marrocos bateu o Tajiquistão por 4-2.

Na Humo Arena, em Tashkent, os campeões europeus e mundiais arrancaram praticamente na frente, quando Pany Varela fez o primeiro aos dois minutos, um minuto antes de ter ameaçado. O veterano jogador aproveitou um lançamento lateral de Bruno Coelho para disparar para o fundo das redes.

O selecionador nacional Jorge Braz tinha chamado a atenção deste Tajiquistão, uma equipa que joga sem nada a perder, sempre à procura de marcar. Ismoilov testou Edu mas o guarda-redes português disse 'presente'.

Na quadra, era Portugal quem estava mais perigoso. Fábio Cecílio, Bruno Coelho, Lúcio, e Zicky ameaçaram, mas o guardião tajique Bekmurodov estava em tarde inspirada. Portugal não marcava e era obrigado a recorrer a falta para travar os perigosos jogadores do Tajiquistão.

Aos 11 minutos surgiu o 2-0, primeiro de Zicky-Té neste Mundial. O pivô português ganhou alguns ressaltos, passou a bola por entre as pernas de um contrário, fintou o guarda-redes e atirou a contar. Ainda hou-

ve um corte, mas com a bola já para lá da linha de golo.

Portugal ia falhando no ataque e na defesa era obrigado a recorrer à falta para travar os adversários. Ao intervalo, os comandados de Jorge Brás já tinham cinco faltas. No segundo tempo, o jogo não mudou muito: Portugal a produzir, mas a não marcar e o Tajiquistão a acreditar. No melhor período da seleção da antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), surgiu o golo, aos 27 minutos de jogo. Num canto, Aliev arriscou de muito longe, Edu não viu a bola e esta passou-lhe por baixo das pernas.

Portugal respirou, foi à procura de aumentar a vantagem, algo concretizado um minuto depois do golo dos tajiques: 'bomba' de Kutchy que o guardião Bekmurodov defendeu para o lado onde estava Erick Mendonça a encostar para o 3-1.

Até ao final, Portugal só teve de gerir o tempo, apesar de algumas ameaças do Tajiquistão. Na frente, faltou concretizar mais as oportunidades. Mas a dois segundos do final, Portugal permitiu o segundo golo do Tajiquistão, marcado de calcanhar por Soliev, pouco depois de Jorge Brás ter pedido um desconto de tempo.

Portugal encerra a fase de grupos ao defrontar Marrocos, numa partida agendada para as 17h30 locais (13h30 de Portugal Continental) do próximo domingo, na Humo Arena, em Tashkent. Os dois primeiros classificados de cada grupo, assim como os quatro melhores terceiros classificados, seguem para a próxima fase. O Campeonato do Mundo Uzbequistão 2024 será disputado nas cidades de Tashkent, Bukhara e Andijan, até 6 de outubro. JN/MS

A seleção portuguesa feminina de hóquei em patins goleou hoje a França por 5-0, no Mundial de Itália, repetindo o resultado da véspera contra a Colômbia, e vai discutir o primeiro lugar do Grupo A com a Argentina.

As portuguesas entraram bem na partida, a pressionar e a insistir no caminho para a baliza adversária, mas, apesar das várias ocasiões para marcar, o golo tardou em surgir, negado pelos postes, ou pela guardiã francesa, até que a bola entrou mesmo a pouco mais de um minuto do tempo de descanso, com Ana Catarina Ferreira a inaugurar o marcador.

Isto, depois de França ter tido duas boas oportunidades de bola parada, primeiro na cobrança de um livre direto e, depois, num penálti, com a guarda-redes lusa Cláudia

Vicente a 'brilhar' ao defender o primeiro remate e a recarga.

Com a vantagem alcançada em cima do intervalo, a equipa das 'quinas' entrou mais assertiva no segundo tempo, e dilatou o resultado com um 'bis' de Raquel Santos (30 e 31) e golos de 'rajada' de Inês Severino (34) e Sofia Moncóvio (34), selando a vitória. Na classificação do Grupo A, Portugal segue no segundo lugar, com os mesmos seis pontos da líder e campeã em título Argentina (14-0 em golos, contra 10-0 das lusas), com a qual discutirá na quarta-feira a vitória no agrupamento.

Nota para o minuto de silêncio observado antes do início da partida devido às vítimas dos incêndios em Portugal. JN/MS

CANADA

Ontario funding new research on sports-related traumatic brain injuries

Ontario's Minister of Sport Neil Lumsden said Wednesday he intends to one day donate his brain for concussion research, while announcing new funding for a provincewide study on traumatic brain injuries.

Lumsden, the MPP for Hamilton East–Stoney Creek, played for 10 years in the Canadian Football League as a fullback and running back. He won three Grey Cups as a player with the Edmonton Elks and another as an executive with the Hamilton Tiger Cats before entering politics.

"I'm privileged to have had a long career playing a high-collision sport, and I am fortunate to have not experienced the negative long-term effects of concussions. But many of my teammates and others that I have played with and against haven't been so lucky," Lumsden said at a morning news conference in Toronto.

"It is my hope that with my donation, and many others like me, we can find out why that is. We need to find answers. We have the ability to find answers," he said.

Lumsden announced $52,500 in provincial funding for research to better understand the patterns and risk factors for sports-related traumatic brain injuries and their impacts on mental health. The project will be led by Jesse Young, a research scientist at the Centre for Addiction and Mental Health (CAMH) and former junior hockey player.

"I've seen first hand the impact that repetitive traumatic brain injury in sports can have," Young said.

Concussion Legacy Foundation Canada, a charity that supports athletes, veterans and children living with traumatic brain injuries, will be a partner in the year-long research project.

cephalopathy (CTE), a degenerative brain disease caused by repeated blows to the head, in Ontario.

"We have a lot of work to do to understand the size of the problem. We know it's large, but we don't know exactly how large it is," Young said.

"Second of all, we want to understand how we can use that information effectively to prevent these things from happening. And thirdly, we want to also then inform our response in terms of Rowan's Law, and actions around identification and treatment of people who do have repetitive traumatic brain injury from sports."

Advocate urges expansion of concussion-related laws

Rowan's Law, passed by the previous Liberal government in 2018, mandates all coaches and team trainers in Ontario review provincially-approved concussion awareness resources each year before serving in sports organizations or at schools. It also establishes removal-from-sport and return-to-sport protocols for players to ensure they are taken out of a game if they are suspected of having a concussion.

It was named for Rowan Stringer, an Ottawa teen who died in 2013 after suffering multiple brain injuries playing high school rugby.

Tim Fleiszer, executive director of Concussion Legacy Fund Canada and former CFL player, said he hopes the research will encourage other provinces and territories to enact concussion-related legislation to better protect young athletes.

"My hope is that we look back at the fall of 2024 as the moment we finally started to get ahead of this issue in Canada. We still have the opportunity to be the world leader, but if we don't move fast, we now risk falling behind," he said.

CBC/MS

concussions and chronic traumatic en-

Young said the work will integrate multiple provincial data sources with the aim of better understanding the prevalence of
Creditos: DR

Team

The start of the NBA season is just over a month away. The Toronto Raptors will have their Media Day and begin Training Camp in less than two weeks. Things are about to get very busy, very quickly.

That hardly seems like the optimal time for the sale of a team to go down, but the business side of the NBA often doesn't work alongside the schedule of the season. Matt Ishbia famously took control of the Phoenix Suns two seasons ago just days before the NBA Trade Deadline, then pushed through a massive trade to bring in Kevin Durant. The Minnesota

Timberwolves have been grappling with an ownership battle that was happening at the same time as a deep playoff run. Now the Toronto Raptors join the fray, as it was announced on Wednesday that a significant portion of the team was sold.

An ownership change for the Raptors

For the last 13 years, the Toronto Raptors have operated with three primary owners sharing MLSE -- Maple Leaf Sports & Entertainment, which owns and operates both the Raptors and the Toronto Maple Leafs.

Larry Tanenbaum owned a 25 percent stake and has operated as the team's governor, while the two largest media companies in Canada, Rogers Communications and Bell Canada, each owned 37.5 percent of the group.

That changed on Wednesday, as Rogers signed a deal to purchase all of Bell's ownership stake, giving them a full 75 percent of MLSE. They paid a whopping $3.46 billion for roughly a third of the ownership stake; that suggests those two teams together are worth around $9.2 billion USD.

Broadcast rights for the two media companies are expected to remain the same,

with Bell having the option to renew its MLSE broadcast rights and continue showing 50 percent of Raptors games on TSN.

Another interesting wrinkle is that Rogers reportedly has an option available to buy out Tanenbaum's ownership stake in 2026 and take full control of MLSE. Regardless of whether that happens, the influence and power of Rogers and their chairman, Edward Rogers, has grown significantly. RR/MS

After a first half that saw Toronto FC on the front foot, it took Columbus Crew star Cucho Hernandez just six minutes to spoil the show for the locals.

Canadian Jacen Russell-Rowe, who spent seven years with the Toronto academy, set up the first Columbus goal, staving off defender Richie Laryea to feed Hernandez who entered the game to start the second half. The 25-year-old Colombian star paused, took a look to see where goalkeeper Sean Johnson was before curling in a shot from the edge of the penalty box for his 14th goal of the season.

The goal, before an announced crowd of 21,355 at BMO Field, snapped a 231-minute drought for Columbus. Andrés Herrera added another to help defending champion Columbus blank Toronto 2-0 in MLS play Wednesday.

Toronto (11-16-3) had more of the attack in a scoreless first half but failed to profit from it.

“A difficult night,” said Toronto coach John Herdman. “We should have taken something out of the first half. That was pretty clear.”

Herrera, on loan from Argentina’s River Plate, padded the lead in the 70th minute, winning a battle with Raoul Petretta in the Toronto penalty box before slotting in a low shot for his first MLS

goal. Toronto argued that the Argentine wingback had fouled Petretta in getting the ball but referee Guido Gonzales Jr. was unmoved.

Toronto outshot Columbus 10-7 but the Crew had a 4-3 edge in shots on target. Both teams had an xG (expected goals) of 0.8.

Columbus (15-5-8) arrived in third place in the Eastern Conference, five places and 14 points ahead of Toronto. A playoff position already clinched, the Crew were hoping to leapfrog Cincinnati into second spot.

Wilfried Nancy becomes just the fifth MLS coach in the post-shootout era to win at least 15 games in three straight seasons (two with Columbus and one with CF Montreal).

Coming off a 2-0 weekend win over visiting Austin FC, Toronto had won four of six league outings (4-2-0) since losing 4-0 to Columbus on July 6 at Lower.com Field.

TFC is looking to move up the table to avoid the wild-card playoff that pits No. 8 against No. 9 with the winner facing the top seed in the conference (currently Inter Miami).

Toronto remains two points below seventh-place Charlotte, which lost 2-0 at Orlando on Wednesday but still has a game in hand over TFC. Philadelphia thumped New York City FC 5-1 to leapfrog D.C. United into ninth place, three points behind TFC with a game in hand.

Worrying for Toronto is the fact that there are four teams within four points of it and all four have a game in hand.

TFC visits Colorado on Saturday, before playing at Vancouver on Sept. 25 in the Canadian Championship final and Chicago on Sept. 28. Toronto then closes the regular season at home to the Red Bulls on Oct. 2 and Inter Miami on Oct. 5.

Adding to that logjam is a growing injury concern, with both captain Jonathan Osorio and Italian star Lorenzo Insigne exiting early on the night.

Osorio, who required treatment on his left thigh late in the first half, was replaced at halftime after reporting some tightness.

“He managed it for 10 minutes. He wanted to push after halftime but we’ve done that before with Jon and we’ve ended up missing him for a lot longer than we’d hoped,” said Herdman. “Hopefully we caught him at the right time and it’s something he can come back (from), for that cup final that’s just around the corner.”

Insigne limped off in the 70th minute with a tight calf.

“It was disappointing. He was starting to tighten,” said Herdman. “It’s a game where a player like that has to stay on the field and help you win a football match. He has to. I mean that’s what he’s come to this club for — to win big games. Unfortunately he was tight and he had to come out.”

Federico Bernardeschi came close to put-

ting Toronto ahead in the seventh minute, taking a fine pass from Alonso Coello and cutting into the penalty box only to see his powerful left-footed shot hit the crossbar with goalkeeper Patrick Schulte beaten.

Schulte made a fine foot save to deny Insigne from close-range in the 22nd minute off a Bernardeschi feed on a TFC counter-attack.

Columbus’ first shot on goal — right at Johnson — came from Herrera in the 35th minute.

Toronto midfielder Brandon Servania came on in the 82nd minute, his first MLS action since undergoing surgery to repair a ruptured anterior cruciate ligament.

“I’m proud of him,” said Herdman. “That’s a 10-month return … He’s put a hell of a shift in. He’s been patient for this opportunity.”

Toronto was thin in defence with Nicksoen Gomis, Henry Wingo and Kevin Long out with hamstring injuries and Shane O’Neill suspended for yellow-card accumulation. Rosted and Etienne came in for Gomis and Wingo.

Toronto fielded a back three of Petretta, Sigurd Rosted and Laryea.

Rossi was the only one of Columbus’ three designated players in the starting 11 with captain Darlington Nagbe and Hernandez on the bench to start as Nancy looked to deal with a congested schedule.

Creditos:
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Luis Camara Secretar y Treasurer

Marcello Di Giovanni

Recording Secretar y

Jack Oliveira Business Manager

Jaime Cor tez E-Board Member Nelson Melo President

Bernardino Ferreira Vice -President

Pat Sheridan E-Board Member

Tapping into the power of urban analytics Leveraging data to create smarter buildings and cities

In the past decade, cities have increasingly turned to urban analytics to address a range of challenges. From improving infrastructure to enhancing sustainability and boosting overall livability, urban analytics leverages vast amounts of data to monitor and optimize everything from traffic patterns to energy consumption to public health initiatives. For apartment owners and developers, using this data-driven approach can guide better decision-making, ensuring high-density living spaces are both efficient and desirable. It can help lower carbon emissions, increase social connectivity, and even facilitate a faster construction process.

The ability to gather and use real-time data is a powerful tool that wasn’t previously available—hence the issues many cities are facing today, such as increased traffic congestion, lack of greenspace and neighbourhoods without adequate infrastructure.

According to a report by McKinsey Global Institute, cities using advanced analytics can expect to improve their infrastructure efficiency by 15 to 30 per cent, significantly lowering operational costs and energy consumption along the way. Another report adds that urban areas leveraging AI-powered applications can reap multiple benefits, including improved sustainability, a better quality of life, and increased health and safety for residents.

Sustainability

As cities grow and become more populated, high-density apartments are an integral element of urban design, reducing sprawl and ensuring cities evolve intelligently with future growth in mind. Urban analytics can help developers identify optimal locations for new buildings; it can help speed up the land acquisition process, environmental studies, design approvals and permitting—all leading to faster, more efficient construction.

On the sustainability front, cities are increasingly being held to higher standards, and data is playing a pivotal role in meeting these expectations. Using data, cities can monitor air quality, track energy consumption, and develop more sustainable housing options. Given high-density apartments are seen as a key solution to the space limitations and environmental concerns faced by modern cities, with urban analytics, residential developers can determine the most efficient building designs, ensuring they meet the needs of

residents while minimizing their environmental footprint.

Essentially, urban analytics is about more than improving operations—it’s about creating cities and homes that are adaptable, efficient, more livable, and more resilient to withstand the test of time.

Quality of life

Urban analytics allows planners to analyze patterns such as population density, traffic flow, and energy consumption to design neighbourhoods that are more functional and sustainable.

As cities grow and high-density apartments become increasingly important to filling housing need, managing space effectively is a critical challenge. The use of urban analytics helps developers pinpoint ideal locations for high-density residential projects, considering factors such as access to public transportation, local amenities, and current infrastructure capacity. This data-driven approach ensures that high-density housing developments are strategically placed to meet the needs of the growing urban population while also minimizing urban sprawl and resource overconsumption.

Moreover, data-driven city planning allows for more responsive infrastructure

development. By continuously monitoring urban systems, cities can adapt and evolve based on real-time data. For instance, if a city experiences rapid population growth in a specific district, data can guide decisions on where to build new roads, schools, or healthcare facilities. This level of responsiveness ensures that infrastructure keeps pace with urban growth, leading to more resilient and future-ready cities.

Data-driven insights are revolutionizing how cities are planned and how infrastructure is developed, enabling a more adaptive and forward-thinking approach. With the rise of urban analytics, city planners and developers can move beyond traditional urban design methods and instead base their decisions on real-time data and predictive models. This shift leads to smarter, more efficient cities that are better equipped to meet the needs of residents.

Health and safety

Urban analytics is proving to be a powerful tool in enhancing public health and safety in cities. By collecting and analyzing data from various sources, city planners and public health officials can make informed decisions that directly impact the well-being of residents. This data-driven

approach allows for more proactive and efficient responses to public health challenges, as well as the creation of safer urban environments.

One of the most significant ways urban analytics is transforming public health is through real-time monitoring of factors such as air quality, disease outbreaks, and healthcare access. Cities can now able to track air pollution levels in different neighbourhoods and implement measures to reduce harmful emissions in areas where residents are most affected. For example, a study from the World Health Organization shows that reducing air pollution can lower the incidence of respiratory illnesses. By using data to target high-risk areas, cities can take immediate action to improve air quality and protect public health.

Urban analytics also plays a critical role in emergency response and public safety. By analyzing patterns in crime, traffic accidents, and emergency response times, cities can allocate resources more effectively. For instance, data can help identify areas with higher crime rates and inform decisions about where to deploy law enforcement. Similarly, tracking traffic data allows cities to adjust speed limits, traffic signals, and road design to minimize accidents. According to the Department of Transportation, using data has decreased traffic-related accidents by 25 per cent over the last decade. This level of insight helps cities create safer environments for their residents.

Embracing the future

As our urban centres grow, data will drive every critical decision, from where to build high-density apartments to how to improve air quality and public safety. For apartment developers, property managers, and city planners, the message is clear: those who leverage data will lead the way in creating cities that are not only smarter but also more livable.

However, the potential of urban analytics doesn’t stop at improving efficiency or reducing congestion. It has the power to redefine how we live, work, and thrive in urban spaces. Cities that embrace this shift will be better prepared to meet the demands of an increasingly urban world, fostering environments where technology and sustainability converge. The future is data-driven, and those who harness its insights today will be the architects of tomorrow’s most resilient, dynamic, and livable cities.

Atakan Guven /RN/MS

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UTILIZADA NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Dois estudos recentes demonstraram de forma clara o efeito da administração diária de Q10. Num estudo dinamarquês com mais de 400 participantes com insuficiência cardíaca, os que tomaram cápsulas com Q10 tiveram um aumento significativo da função cardíaca e apenas metade do risco de complicações cardiovasculares, relativamente aos participantes que tomaram cápsulas com placebo. Adicionalmente, a taxa de sobrevivência duplicou no grupo que tomou Q10.

EXCELENTE PARA IDOSOS

Outro estudo conduzido em 443 homens e mulheres saudáveis, mas de idade avançada, mostrou que aqueles que tomaram suplementos com Q10 apresentaram menos 54% de morte por doença cardiovascular e melhor função cardíaca. Os doentes que tomaram Q10 tiveram uma redução dos níveis do marcador, indicando que os seus corações trabalhavam com menos esforço.

Factos acerca da coenzima Q10

Sente-se cansado durante a tarde? Com pouca resistência? Existe uma forma natural e surpreendentemente fácil para recuperar a energia que, como sabemos, é fundamental para o bem-estar físico e mental.

Ora, à medida que envelhecemos, vamos perdendo energia ou então isso pode acontecer na sequência de algum problema de saúde. Se se sente assim e gostaria de voltar a sentir-se melhor, esqueça o café forte e o ginseng. A ciência descobriu uma forma mais eficaz de repor os níveis de energia e revitalizar o organismo, quando o nosso corpo já não consegue fazer isso sem ajuda. Descobriram que a solução passa pela toma, por via oral, de Q10, uma substância natural, agora disponível numa peque-

na cápsula, que não afeta o sistema nervoso central e a energia obtida através desta substância natural mantém-se durante todo o dia. Assim, ajuda a melhorar o metabolismo energético e a reduzir o cansaço. Na prática, este suplemento aumenta a potência do músculo cardíaco, melhorando o bombear de sangue, conseguindo fazê-lo com a mesma força que tinha quando era jovem. Em poucas semanas, irá sentir os benefícios de um coração mais forte. Irá sentir maior resistência e um aumento do bem-estar físico e mental que já não sentia há muito tempo. Quer saber como? Então vamos a isso...

QUAL É O SEGREDO?

É uma substância com propriedades semelhantes às vitaminas, chamada coenzima

Q10, produzida pelo próprio organismo e obtida em pequena quantidade na alimentação. À medida que vamos envelhecendo, a capacidade de produzir Q10 vai sendo reduzida e um dos primeiros órgãos a sentir esse efeito é o coração. Isto porque o músculo cardíaco vai perdendo a força de contração, o que explica os sintomas de cansaço.

A CHAVE PARA A ENERGIA

O Q10 é uma substância que todas as células necessitam para produzirem energia e sem a qual não seria possível sobreviver. Ligeiras reduções dos níveis de Q10 podem ter consequências no nosso organismo. Trata-se de um nutriente necessário à vida humana.

Festejamos com uma

Desfolhada na Eira e uma Roda de Rancho

A presença de coenzima Q10 nos alimentos é limitada. O mesmo acontece com a maioria dos suplementos com Q10. O produto utilizado nos estudos mencionados é uma fórmula especial desenvolvida especificamente para aumentar a absorção do composto ativo e assegurar que entra na circulação sanguínea de forma que possa ser transportado para os diferentes tecidos do organismo.

Para saber se este suplemento é indicado para o seu caso, consulte o seu médico. Só assim poderá saber o que pode tomar e em que circunstâncias.

SBE/MS

TRAIÇÃO

Afinal a traição de Dave Grohl, vocalista dos Foo Fighters, que surpreendeu os fãs com a revelação que tinha acabado de ser pai de uma menina, mas fruto de uma relação fora do seu casamento com Jordym Blum, pode não ser caso único. Tyler Ammons, antigo companheiro de casa da suposta amante de Ghrol, revelou que o cantor viveu uma relação extraconjulgal durante 15 anos com Annaliese Nielsen. O alegado romance terá tido início em 2004, apenas um ano depois do casamento de Grohl com a atual mulher, e durou até 2019.

O flagelo dos animais abandonados é uma realidade em quase todos os países, sejam eles mais ou menos desenvolvidos e mais ou menos ricos. A princesa Charlene, do Mónaco, mostrou que está atenta a esta realidade e mostrou o seu lado mais doce junto de cães e gatos que foram abandonados. Ao lado do príncipe Alberto, a princesa inaugurou o novo abrigo da Sociedade Monegasca de Proteção dos Animais, situado na comuna francesa de Peille.

MARIA

CASAMENTO NOIVADO ABRIGO REAL

Durante o verão e quando passava uns dias de férias na ilha de Nihi, na Indonésia, com o namorado, o surfista Nic von Rupp, Matilde Reymão foi surpreendida com um pedido de casamento. Recém-chegada do Brasil, o último destino de férias antes de regressar ao trabalho com novos projetos, a atriz, de 24 anos, marcou presença na Parada de Estrelas, da TVI, o evento que marcou a rentrée do canal onde é uma das principais figuras, atualmente.

A fadista Cuca Roseta, de 42 anos, esteve com a irmã, Inês Roseta, de 47, num retiro espiritual na Índia. A cantora e a professora de ioga mergulharam na cultura local durante os dias que passaram naquele país sul asiático. Foi “a viagem mais marcante” da sua vida, assegurou, posteriormente, Cuca Roseta. “É difícil explicar por palavras o quão transformadora é esta experiência” partilhou a fadista, acrescentando: “Poder visitar a Índia pela primeira vez através de um retiro espiritual é a forma mais incrível de trazer, desta sabedoria milenar, vivências inesquecíveis. Daquelas que guardamos para sempre no coração.”

As duas irmãs não revelaram todos os locais por onde passaram, contudo, a cantora partilhou algumas fotos da irmã junto ao famoso rio Ganges, e as duas posaram ao lado de alguns habitantes locais com os quais se foram cruzando durante esta jornada espiritual.

Quase dois anos depois de terem começado a namorar (assinalam no próximo mês de novembro), Maria Cerqueira Gomes e Cayetano Rivera assumiram finalmente o seu namoro em público. E a ocasião escolhida para o fazerem não podia ter sido mais especial para a apresentadora da TVI: a apresentação do documentário Maria, na plataforma Prime Vídeo.

O Carmo Rooftop, no coração de Lisboa, foi o local escolhido para esta apresentação e para a primeira aparição público da apresentadora, de 40 anos, e do famoso toureiro espanhol, de 47. Deslumbrante num conjunto top e calças com transparências, Maria Cerqueira Gomes era o reflexo da felicidade e só com motivos para sorrir, seja a nível profissional ou pessoal.

Neste dia especial, Maria Cerqueira Gomes contou ainda com o apoio e carinho da avó Dulce, da filha mais velha, Francisca Cerqueira Gomes, de 21 anos, e da filha do namorado, Lucia Romero Ezama, com quem revelou ter uma relação muito próxima, entre outros familiares e amigos.

O último sábado, 14 de setembro, foi um dia de enorme felicidade para o antigo futebolista brasileiro Mário Jardel e para a sua ex-mulher Karen Gaidão, que casaram a filha mais nova. Ao fim de quatro anos de namoro, Victória Ribeiro e Vasco Campos oficializaram a sua relação numa romântica e emotiva cerimónia. E este foi um casamento marcado pelo peculiar e insólito gesto da noiva, que subiu ao altar não apenas de braço dado com o pai, mas também com o padrasto e atual marido da mãe, o antigo hoquista Filipe Gaidão, que conhece desde criança.

De recordar que Mário e Karen se separaram em 2002. Uns anos depois, mais precisamente em agosto de 2008, Karen casou-se com o antigo hoquista Filipe Gaidão, com quem está há 16 anos, e Mário casou-se em fevereiro último com a sua namorada de longa data, Sandra Ribeiro, ao lado de quem está há 15.

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artesonora

João Seabra A Arte de Fazer Rir

Desde as tunas académicas ao stand-up comedy, o ventriloquismo e a paixão pela cerveja artesanal, este é o percurso de João Seabra.

João Seabra, comediante que encanta plateias por todo o Portugal, é um exemplo claro de como o humor pode transformar vidas e juntar pessoas. O seu caminho artístico, construído com esforço, curiosidade e paixão, revelou não apenas um profissional dedicado, mas um ser humano em constante evolução, sempre na procura de novos desafios e formas de se expressar. Seabra começou o seu caminho de forma calma, como o “miúdo tímido” que usava o humor como forma de integração. Na escola, as piadas eram uma maneira de se destacar e quebrar o gelo em ambientes onde nem sempre se sentia à vontade. No entanto, foi durante a universidade que o talento começou a ganhar forma, especialmente por meio da participação nas tunas académicas, onde assumiu o papel de apresentador. Ali, no meio de canções e piadas, percebeu que tinha algo especial: a capacidade de fazer os outros rirem. Foi o primeiro passo que o levaria a palcos maiores.

Em Braga, no início dos anos 2000, teve o seu primeiro contato sério com o stand-up comedy. O festival onde se apresentou foi a porta de entrada para um mundo novo, repleto de desafios e expectativas. A participação no grupo de comédia "Banda de Rir" foi um click que faltava. Seabra fala desse período com carinho, lembrando do nervosismo das primeiras apresentações e da dúvida constante: “Será que as pessoas vão rir?”. Mas, com o tempo, esse nervosismo deu lugar à confiança, e ele percebeu que tinha encontrado o seu lugar. A carreira de João Seabra não seria completa sem se falar de ventriloquismo. Curiosamente, essa forma de arte não fazia parte dos planos iniciais do comediante. Foi um desafio lançado por um diretor artístico que o levou a experimentar um boneco, algo que rapidamente se tornou parte integral dos seus espetáculos. O ventriloquismo, inicialmente algo desconhecido, acabou por ser uma das marcas registradas de João Seabra. A técnica, refinada com o tempo, foi adicionada ao seu repertório, ampliando ainda mais o seu leque de habilidades cômicas. Ao longo da sua carreira, Seabra sempre manteve uma relação de respeito e admiração pelos seus ídolos, em especial por Herman José. Ele não hesita em apontar o icônico humorista português como uma das maiores influências de sua vida. Para ele, Herman é “o pai de todos” os comediantes da sua geração. O impacto do programa "O Tal Canal" foi profundo, moldando a maneira como Seabra via a comédia e inspirando-o a seguir em frente nesse caminho tão cheio de incertezas. Outro ponto alto foi a participação no programa "Levanta-te e Ri", um marco na comédia televisiva portuguesa. A terceira atuação ao vivo, transmitida para todo o país, foi um momento decisivo. João Seabra lembra-se com carinho dessa época, quando o humor estava em alta em Portugal e onde teve a oportunidade de mostrar o seu talento a um público muito maior. O sucesso no programa o fez e o lançou como um dos grandes nomes do humor português. Logo após o sucesso no "Levanta-te e Ri", em 2006, Seabra foi convidado para o Porto Canal, na época recém-criado. Essa experiência foi importante para o desenvolvimento da sua carreira. No canal, teve liberdade criativa para escrever, produzir e atuar nos seus próprios programas. Foi um período intenso,onde aprendeu onde pôde explorar novas ideias e experimentar diferentes abordagens, sempre com a comédia como fio condutor.

Apesar dos recursos limitados, a experiência foi enriquecedora, e ele fala desse tempo com orgulho, destacando o desafio de fazer mais com menos. O processo criativo de João Seabra é algo que ele leva muito a sério. Embora goste de escrever, prefere atuar com os seus próprios textos, pois acredita que ninguém melhor do que ele para dizer a piada da maneira correta. A versatilidade de Seabra vai além dos palcos e da televisão. Partilha a sua paixão pela cerveja artesanal, um hobby que começou de forma serena, mas que acabou por se tornar uma parte importante da sua vida. Tudo começou em uma viagem a Bruxelas com as tunas universitárias, onde viu com uma vasta diversidade de cervejas disponíveis. Essa experiência despertou nele uma curiosidade que o levou a explorar o universo da cerveja artesanal. Desde então, ele aprimora as técnicas de fabricação caseira, transformando esse interesse numa paixão séria. Para Seabra, seja no humor ou nos seus hobbies, a vida é uma contínua exploração de novas formas de se expressar e se ligar com as pessoas.

O trabalho de João Seabra na comédia portuguesa é indiscutível. A capacidade de se reinventar e de experimentar novas técnicas e formatos o mantém num meio que está em constante mudança. Ele é o exemplo vivo de que o sucesso não vem sem esforço, e que a comédia, apesar de parecer leve e espontânea, exige disciplina, dedicação e, acima de tudo, paixão. Ao final da entrevista, João Seabra estava otimista em relação ao futuro. Ele continua comprometido com a arte de fazer rir e está sempre a trabalhar novas formas de surpreender o público. Seja no palco, na televisão ou na sua própria casa, experimentando novas receitas de cerveja, ele está sempre à procura do próximo projeto, a próxima grande piada, com o mesmo entusiasmo e dedicação que marcaram o início da sua carreira.Essa versatilidade é o que o torna único. João Seabra não é apenas um comediante, mas um artista completo, que transforma tudo o que toca em algo especial. A sua história inspira não apenas os que desejam seguir carreira no humor, mas todos aqueles que acreditam que a chave para o sucesso está em nunca parar de aprender e de se desafiar. Nas suas palavras, "a comédia é uma arte que evolui, assim como nós". E, sem dúvida, João Seabra é o exemplo perfeito dessa evolução, mostrando que o riso é, e sempre será, uma das formas mais poderosas de ligar as pessoas.

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número

cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1.Provocar hipnose em alguém

2.Perceber (som, palavra) pelo sentido da audição

3.Descansar em estado de sono

4.Entregar em troca; permutar

5.Elevar-se do chão por impulso dos pés e das pernas

6.Ter veneração por (alguém ou algo); ter grande apreço por; reverenciar

7.Analisar questionando; levantar questões a respeito de (algo); examinar detalhadamente

8.Seguir por um caminho ou percorrê-lo andando a pé

9.Apresentar, mostrar. Tornar (algo) visí-

Jogo das 10 diferenças

palavras

vel ou perceptível a outrem (ou a um grupo de pessoas)

10. Ir ou conduzir (alguém ou um animal) a algum lugar, para (se) entreter ou exercitar

11.Submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico

12. Reunir em uma só todas as partes que não têm ligação natural entre si

13. Mergulhar ou banhar em qualquer líquido

14. Pôr para trás, fazer recuar; retrasar

15. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

E S S E R E T N I C R Y H H N

T R A Y R S P N P I E M O O S

N T I F E O C D N D B U A P O

E P T V K N R J U A A C M P R

D E I C P A C R C D S C Y O R

N R T O D I R A A E B F R R I

E C E Q I D R N R Q R P E T A

C O R Q P A K E G K B E D U B

S R M O X N Z C O G Z B O G W

E R O L E A C N S N O W P U A

D E S H X C Z E Y C S D W E F

O R O D U O W D U F E H V S R

S F O Z Q S C G I V P L L A Q

U N B E D A D I N U M O C B D

L T S O T U T I T S N I U F N

COMUNIDADE

LUSODESCENDENTE INTERESSE PODER PORTUGUESA PESO CARGOS CIDADE

BAIRROS

CANADIANOS

ENCENAR

PERCORRER

SABER

INSTITUTOS

TERMOS

Culinária por Rosa Bandeira

Bolas de farinheira

Ingredientes

• 1 farinheira

• 100 queijo ralado

• Pão ralado

• Ovo batido

• Salsa picada

• Óleo para fritar

Modo de preparação

Retirar a pele da farinheira, e desfazer com ajuda de um garfo num recipiente.

Adicionar o queijo e duas colheres de pão ralado e a salsa picada. Amassar e misturar bem ate ficar bem ligada.

Fazer bolinhas de 5 cm. Passar cada bola primeiro por ovo batido depois por pão ralado. Fritar as bolas em oleo bem quente, quando tostadinhas retirar e colocar em papel absorvente e pode servir com uma salada. Bom apetite!

Ingredientes

• 150 grs. de manteiga

• 200 grs. de açúcar

• Baunilha

• 3 limões

• 6 ovos

• 300 grs de miolo de amêndoa

• 300 grs de queijo ricota

• 80ml de sumo de limão

• 60grs. de amêndoa laminada

• Açúcar em pó

Modo de preparação

Aqueça o forno a 180 graus. Numa batedeira misture a manteiga, o açúcar, a baunilha, a raspa de limão. Mexa bem e adicione os ovos, o miolo de amêndoa e o sumo de limão e volte a mexer.

Colocar a massa numa forma redonda e levar ao forno durante 30 minutos. Polvilhar com amêndoa laminada e deixar no forno mais 10 minutos. Quando estiver frio polvilhar com o açúcar em pó.
de
Caça

OLHAR COM OLHOS DE VER

Os dias estão a ficar mais curtos, aproveite o calor, antes que seja tarde. Créditos: Enerson da Silva Duck is having fun. Créditos: Fa Azevedo
Bonita metamorfose. Créditos: Paulo Perdiz

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Essa determinação, com laivos de teimosia, pode afetar a sua vida familiar se não admitir que nem sempre a razão está totalmente do seu lado. Não esqueça que toda e qualquer situação pode ser encarada de vários ângulos e, por muito bom que seja o seu ponto de vista, deverá analisar o dos outros.

TOURO 21/04 A 20/05

Esse seu desejo de comunicar com os outros pode não ser sempre marcado pela positiva. Dependendo dos seus interlocutores, pode até haver alguma polémica e desentendimento uma vez que a sua tendência será para impor as suas ideias. Aproveite este momento de maior energia para se dedicar a tarefas que exijam maior esforço intelectual e mental.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Durante este período, a sua atenção estará voltada para o mundo relacionado com a sua vida pessoal e para as pessoas que a integram. Embora exista um natural apelo exterior, é provável que o lar e a família lhe ocupem mais a sua atenção e disponibilidade. Concentre-se no apoio que poderá dar à família e amigos.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

O atual trânsito de Vénus acentua o seu lado mais caseiro. Que tal aproveitar essa vontade de ficar em casa para fazer algumas reformas domésticas, redecorar a casa ou fazer algumas limpezas? Este é um período de maior sensibilidade, que se traduzirá na expressão dos seus afetos, de uma forma tranquila e harmoniosa.

LEÃO 22/07 A 22/08

Esta é uma altura oportuna para pôr em prática aquele projeto ou plano financeiro sobre o qual tem estado a ponderar os prós e os contras. Essa ideia que tem vindo a amadurecer nestes últimos tempos pode agora ter luz verde, uma vez que se sente com maior segurança e firmeza. Esta é uma boa fase para cuidar e valorizar o seu aspeto físico. Que tal renovar o seu guarda-roupa?

VIRGEM 23/08 A 22/09

Durante esta fase estará com uma maior clareza de espírito e maior energia, sentindo necessidade de reorganizar a sua vida, pondo as coisas em ordem, tanto fisicamente como intelectualmente. A sua criatividade e autenticidade estarão igualmente favorecidas, pelo que poderá tirar partido deste momento positivo para fazer novos projetos.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Neste período poderá sentir uma maior nostalgia e inquietação, ou sofrer alterações inesperadas de comportamento e de humor. Haverá uma vontade acentuada de mergulhar com maior profundidade no subconsciente, procurando compreender de que forma o lado irracional tem influência na sua vida quotidiana. Adie a tomada de decisões.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Deverá aproveitar esta altura para se integrar em grupos, conviver com os amigos, participar em atividades coletivas. Uma opinião aberta de amigos jovens poderá ser um bom ponto de partida para iniciativas promissoras. Os contactos terão uma importância muito especial, já que não é o momento para se isolar.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Com Vénus a transitar pela Casa XI estará mais em destaque a sua vida social mais especificamente os seus amigos. Vai querer estar mais com eles, sair com eles, organizar festas, encontros, passeios. Enfim o que quer é estar com os seus amigos à volta. Vai tentar ajudar todos aqueles que de si precisarem.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Nesta fase, ainda que inconscientemente, terá tendência para conflitos familiares e desentendimentos a nível laboral. Tente aproveitar esta altura para corrigir e esclarecer todas as situações delicadas pois o seu lado instintivo e emocional estará no auge.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Poderá sentir, neste período em que Vénus transita pela sua Casa IX, um momento de renascimento e renovação. O contacto com outras pessoas, diferentes em termos de educação ou personalidade, ou com outras culturas poderão trazer-lhe experiências ricas e inovadoras, bem como uma maior amplitude de conhecimentos.

PEIXES 20/02 A 20/03

Nesta altura está a desenvolver a sua capacidade de aprender mais acerca de si. Esta aprendizagem será realizada através das suas relações com os outros de uma forma geral e sobretudo na sua relação a dois. É um excelente momento para examinar o seu relacionamento afetivo, amoroso, e para descobrir aquilo de que ele necessita para evoluir.

Soluções

Agenda comunitária Classificados

Casa da Madeira Fall Festival

24120 HWY 48, Georgina, ON 21 Sep - 11 am

A day package with activities and entertainment, ganadaria e much more. For more informations visit casadamadeira. ca or call (416) 533-2401

Casa do Alentejo 80's Night

1130 Dupont St. Toronto 28 Sep - 7 pm Uma noite com Jantar, concurso do melhor "80's outfit". Mais informações (416) 5377766

Associação Cultural do Minho de Toronto Santoinho

40 Titan Rd, Toronto 28 Sep - 4 pm

Save the date and celebrate Santoinho. more information soon. Contatos e informações (416) 781-9290

Magellan Community Charities Telethon/Radiothon

640 Lansdowne Av. Toronto - Oct 19 - 9 am

More information coming soon. Contact (437) 914-9110

Associação Migrante de Barcelos 26º Aniversário Associação Migrante Barcelos

LiUNA Local 183 1263 Wilson Ave, Toronto - Oct 19

Guarde em sua agenda e comemore os 26º Aniversário da Associação Migrante de Barcelos. Para mais informações (416) 652-6354

Magellan Community Charities Gala

Universal Event Space - Nov 2nd - 6pm.

More information coming soon. Contact (437) 914-9110

First Portuguese

60 anniversary

LiUNA Local 183 1263 Wilson Ave, TorontoNov 02 - 7 pm

Guarde em sua agenda e comemore os 60 anos do Portuguese Canadian Community and Senior Centre. Para mais informações (416) 531-9971

Associação Migrante de Barcelos Jantar Minhoto

1621 Dupont Street Toronto - Nov 16

More information coming soon. Contact (416) 652-6354

Hiring Part-time Spa Receptionist email re sumes to info@studiosdisavis.com

Apartment for rent

One bedroom with laundry and one parking space. Internet and all utilities included. No children, pets or smokers. $1900. Available November 1. Jack 416-418-2129

Keele and Wilson areafamily room, renovated kitchen and ba throom, and eating room, water, heat, air condition, electric all included, new windo ws, coin washer and dryer, large backyard, one parking spot. no pets , no smoking in the house. Please call at (416) 884-4187

Aluga-se Lansdowne e Bloorno segundo andar com dois quartos, cozinha e sala. Disponível no final do mês. Não fuma dores ou animais de estimação. 416-532-0504.

Apartamento com um quarto, sala de estar, sala de jantar, cozinha e casa de banho toda renovada. Água, aquecimento, ar condicio nado e electricidade tudo incluído. Janelas novas, lavandaria com moedas, quintal bastante grande e um lugar de estaciona mento. Não se aceitam animais, e não é per mitido fumar dentro de casa. Área da Keele e Wilson. Contatar (416) 910-1236

Dundas St. W. and Runnymede small store suitable for office use or Health and beauty professionals or Aesthetics. (416) 822-3480

Weston Rd and Eglinton small store for office use or Health and beauty professio nals or Aesthetics. Call Paul at (416) 822-3480.

Rent - Brand new basement bachelor apart ment for rent in the Area of Dufferin and Glencairn. Contact 416-569-2571

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Construction work - Professional custom home renovation and commercial general contractor is looking for two skilled construction workers for interior and exterior finish works. Duties will include interior carpentry, framing, minor drywalling, and other renovation works. Any construction experience such as concrete /masonry is an asset. Transportation can be provided. Tools and all training provided. Work throughout GTA. We provide steady hours and full-time employment through the year. Health and dental benefits after 6 months. Please contact 647-343-8998.

Job offer - Abrigo Centre’s Cook will work three days a week (Tuesday, Wednesday, Thursday) from 9:00 a.m. to 3:00 p.m. curating, preparing and delivering nutritious lunch meals to Abrigo clients in the Life and Hope seniors’ program. As an experienced cook or chef preparing Portuguese-inspired meals, this position will provide lunch to up to 60 clients each day and oversee a team of experienced volunteers who will support the Cook daily in this new role. Send your resume and covert letter by email with Cook in the Subject line to: Hiring Committee, Abrigo Centre, at info@abrigo.ca

Banimos os telemóveis

nas salas de aula

Com o início de um novo ano letivo, zemos algumas alterações, como a proibição de telemóveis nas aulas e de vaporizadores nas escolas. Estas novas regras reduzirão as distrações, pelo que será mais fácil para os alunos concentrarem-se na aprendizagem.

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