Multas perfeitas
Manuel DaCosta Editorial
Toronto continua a sua guerra contra os automóveis, aumentando as multas de 123 infrações de trânsito. A cidade sugere que os aumentos se justificam porque este foi um ano mortífero para os ciclistas e porque é necessário aliviar o engarrafamento na cidade. A cidade irá gerar cerca de 40 milhões de dólares em receitas adicionais com as coimas.
Todos os cidadãos da cidade de Toronto estão frustrados com a atual situação relacionada com o fluxo de tráfego e com as políticas municipais que restringem a condução e os condutores em Toronto. O lobby anti automóvel na Câmara Municipal apoia os ativistas socialistas, que se organizaram para garantir que o poder da força política está à frente e no
centro, é muito eficaz na cidade e fez com que Olivia Chow fosse eleita, garantindo que alguns cidadãos são mais iguais do que outros. Ninguém quer que ninguém morra na cidade de Toronto, independentemente das circunstâncias do trânsito, mas será que as regras de prevenção de acidentes só se devem aplicar a uns e não a outros? Com que frequência se ouve falar de um ciclista que é multado por não obedecer às regras? Possivelmente nunca, porque os ciclistas são vistos como vítimas mesmo antes de montarem nas suas bicicletas. Sim, muitos automobilistas são simplesmente estúpidos e agressivos em Toronto, mas as situações de luta são o resultado dos obstáculos colocados nas estradas que têm de ser partilhadas por carros, bicicletas, ciclomotores elétricos e outros meios de transporte. A agravar a situação estão os aumentos avançados da população devido à imigração que, em combinação, entopem as ruas e os passeios, impedindo a mobilidade de qualquer pessoa. A cidade sabe bem que os custos económicos para a cidade devido ao engarrafamento são de milhares de milhões de dólares todos os anos devido
às políticas implementadas, mas o melhor que consegue arranjar é punir o condutor que é o principal fornecedor de prosperidade económica para esta cidade. Numa cidade com 4 milhões de habitantes, pergunto-me quantos estarão de acordo com a destruição das nossas principais artérias devido à instalação de ciclovias. No ano passado, os funcionários responsáveis pelo controlo do estacionamento distribuíram 8.465 multas por infrações às ciclovias, o que possivelmente representa mais multas do que ciclistas. Os agentes de estacionamento estão a reclamar que precisam de mais recursos e apoio para mostrar aos condutores quem é que manda. O que isto significa é mais dinheiro para aqueles que escolhem viver uma vida a educar os instruídos que vivem numa cidade em ruínas. É sempre bom ter a opção de ser preguiçoso, porque as contribuições feitas por todos os homens e mulheres que trabalham para governos disfuncionais apoiarão sempre a apatia com base no tipo de governação praticada na Câmara Municipal. Como condutor e contribuinte para os cofres da cidade, gostaria de ver mais respeito pelos condu-
tores e mais controlos para os ciclistas. Haverá sempre mortes numa grande cidade em resultado da complacência de todos os utilizadores. Sim, punir os infratores, mas incluir os ciclistas, que praticam uma atitude exclusiva de “não toquem no meu espaço” sempre que são minimamente desafiados. As queixas proliferam relativamente a obras que obstruem as ciclovias e há muitas organizações que reclamam os prejuízos e com razão. No entanto, existem atualmente centenas de locais na cidade onde as pistas para bicicletas estão bloqueadas por trabalhadores da cidade e empreiteiros. Como é que os ciclistas evitam todos os locais de trabalho da cidade? Talvez se usassem o bom senso, estes ciclistas tomassem medidas de proteção em vez de optarem por entrar nas faixas de rodagem. Talvez seja um caso de níveis de inteligência diminuídos que ditam as suas decisões. Vamos todos manter-nos vivos, aprendendo a viver juntos na grande cidade.
Ano XXXII- Edição nº 1713
4 a 10 de outubro de 2024
Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!
Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5
Telefone: 416-900-6692
Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com
Madalena Balça
Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com
Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com
Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com
Edição Gráfica: Fabianne Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com
Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com
Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo. Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos,
os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.
Vais para o centro de Toronto? Boa sorte!
Não podia faltar, nesta edição, a posição da Câmara Municipal de Toronto. Afinal, foi em Conselho Municipal que todas estas 123 medidas de agravamento do valor das multas foram aprovadas. A moção proposta pela vereadora Jennifer McKelvie, surge integrada num plano de intervenção na cidade com vista a resolver os inúmeros problemas de circulação na cidade de Toronto e Olivia Chow confirmou em conferência de imprensa que a intenção da City ao proceder a este aumento seria libertar Toronto deste estigma de ser já considerada uma das piores cidades do mundo, no que diz respeito à circulação, seja por que meio for.
Laura McQuillan, Senior Communications Advisor, Media Relations & Issues Management, Strategic Public & Employee Communications, acedeu responder às nossas questões e reforçou a ideia transmitida pela presidente Chow, de que tudo isto está relacionado com o que consideram ser um dos maiores problemas da cidade – as infrações de trânsito, com o “Blocking the Box” (bloqueio dos cruzamentos) a surgir como o “alvo a abater”. Claro que a preocupação com a segurança também existe, com destaque evidente relativamente à circulação segura dos ciclistas. Resumindo e concluindo, a partir de agora, pelo tempo das nossas vidas que é consumido em cada deslocação e pelo perigo eminente de se gastar muito dinheiro, devemos dizer a quem queremos bem: “Vais para o centro de Toronto? Boa sorte!” Milénio Stadium: Recentemente, a Câmara Municipal de Toronto anunciou um aumento exponencial das multas de trânsito. Qual foi a intenção - zelar pela segurança dos torontonianos e dos visitantes ou aumentar a quantidade de dinheiro que entra nos cofres da cidade?
Laura McQuillan: A cidade de Toronto anunciou recentemente o aumento das multas para os automobilistas que bloqueiam os cruzamentos, também conhecidos como “Blocking the Box”, como parte do seu compromisso contínuo de reduzir o congestionamento do tráfego e tornar as deslocações mais seguras e eficientes para todos os utentes da estrada. O aumento das multas “Don't Block the Box” tem como objetivo incentivar um comportamento de condução responsável como parte do Plano de Gestão do Congestionamento da Cidade. A multa por uma paragem indevida num cruzamento aumentou de $90 para $450 na maioria dos cruzamentos e de $120 para
$500 nas zonas de segurança comunitárias.
A Cidade necessitou da aprovação da Província do Ontário para aumentar as coimas, que são estabelecidas ao abrigo da Lei das Infrações Provinciais.
O “Bloqueio da caixa” ocorre quando um condutor entra num cruzamento com um sinal verde ou âmbar quando não existe uma perspetiva razoável de poder sair do cruzamento antes de o semáforo mudar para vermelho. Isto perturba os fluxos de tráfego, provoca atrasos no trânsito e cria sérios riscos de segurança para todos os utentes da estrada.
Os elétricos são significativamente afetados pelo “Blocking the Box”, uma vez que não conseguem manobrar à volta dos veí-
A cidade está empenhada em aumentar, expandir e melhorar a rede de ciclovias de Toronto para proporcionar um espaço seguro e dedicado às pessoas que andam de bicicleta. Tornar as viagens de bicicleta mais seguras e mais convidativas também ajuda a aliviar o congestionamento nas ruas e nos transportes, cria um ambiente mais limpo e promove a atividade física. Laura McQuillan • Senior
culos que bloqueiam um cruzamento. Os dados da cidade sobre o tempo de viagem na King Street sugerem que o bloqueio de um cruzamento pode causar atrasos de 28 a 44 minutos. O “Blocking the Box” também torna mais difícil para os peões e ciclistas atravessarem a estrada em segurança.
MS: Muitos torontonianos ou residentes da GTA queixam-se do que consideram ser uma ação policial excessiva, mais parecida com uma caça às multas. O que tem a dizer sobre este tipo de queixa?
LMQ: A prioridade da cidade com a estratégia “Don't Block the Box” é educar os condutores sobre esta infração à lei e encorajar um comportamento responsável por parte dos condutores. Para ajudar a aumentar a sensibilização para a infração e para o aumento das multas, foi instalada nova sinalização em áreas de alta prioridade. A sinalização indica “não bloqueie o cruzamento” e “aumento da coima”. Na próxima semana, os funcionários do município apresentarão ao Conselho Municipal uma atualização dos planos de aplicação reforçada.
MS: Uma das razões apontadas para o aumento das coimas é o facto de Toronto ser considerada uma cidade caótica em termos de tráfego rodoviário. Pensa realmente que estas medidas irão reduzir os problemas de trânsito da cidade?
LMQ: O aumento das multas por Don't Block the Box é uma das muitas medidas que a cidade está a explorar ou a implementar para melhorar a gestão do congestionamento do tráfego, como parte do seu Plano de Gestão do Congestionamento. Os funcionários da cidade apresentarão uma atualização do Plano de Gestão do Congestionamento à Câmara Municipal na próxima semana.
As principais ações incluídas no relatório dos funcionários são as seguintes
• Planos para uma melhor coordenação e controlo das catividades de construção no direito de passagem e estratégia para a recuperação dos custos dos esforços de atenuação do congestionamento do tráfego.
• Próximas medidas de aplicação automatizada para atenuar as infrações à lei, como o bloqueio de cruzamentos sinalizados, o bloqueio ilegal de ciclovias e a utilização ilegal de faixas de rodagem exclusivas.
• Próximas etapas do Programa de Agentes de Tráfego e apoio contínuo do
• Novo quadro e metodologia de avaliação para a análise e aprovação de licenças para eventos especiais
• Aumento das coimas em prol do congestionamento e da segurança
Mais informação: https://secure.toronto. ca/council/agenda-item.do?item=2024. IE16.4
MS: Há quem diga que o aumento das pistas para bicicletas na baixa de Toronto, com a consequente redução das faixas para automóveis, é em grande parte responsável pelos engarrafamentos e pelo aumento do nível de perigo dos acidentes que envolvem ciclistas. Qual é a sua opinião sobre este assunto?
LMQ: A cidade está empenhada em aumentar, expandir e melhorar a rede de ciclovias de Toronto para proporcionar um espaço seguro e dedicado às pessoas que andam de bicicleta. Tornar as viagens de bicicleta mais seguras e mais convidativas também ajuda a aliviar o congestionamento nas ruas e nos transportes, cria um ambiente mais limpo e promove a atividade física. A cidade realiza uma série de estudos diferentes para monitorizar o congestionamento geral e compreender os impactos no tráfego de projetos de capital individuais, incluindo os que implementam ciclovias.
MB/MS
Inocente, até prova em contrário...
Fui multado e agora o que faço – pago imediatamente ou tento reverter ou diminuir o valor da coima? Tenha calma, respire fundo, conte até 10 e depois trata do assunto. Como? Há cada vez mais quem não pague a multa imediatamente, sem fazer qualquer tipo de reclamação. Normalmente, tentam resolver a questão pela via judicial, recorrendo a uma das inúmeras empresas que prestam este tipo de serviço tão específico.
Com este aumento do valor das multas é natural que os serviços de empresas como a Global Traffic Ticket and Criminal Legal Services, sejam ainda mais procurados. Bryan Jones é Licenced Paralegal desta empresa e aceitou conversar connosco, para nos explicar o que no seu entender está em causa nestas medidas recentemente anunciadas pela Mayor Olivia Chow. Bryan Jones afirma de forma perentória que a razão de fundo destas medidas, na sua opinião, é essencialmente a situação de extrema necessidade de encaixe financeiro, por parte da Câmara Municipal de Toronto. A questão do uso das câmaras para fazer o controlo de infrações é também preocupante para o jurista, que pergunta, inclusive, por que razão não opta a Câmara por colocar mais agentes de autoridade em zonas devidamente identificadas como de maior risco, para exercerem assim a sua suprema função de proteção dos cidadãos. Quem souber a resposta, ponha a mão no ar...
Milénio Stadium: Recentemente, a Câmara Municipal de Toronto anunciou um aumento exponencial das multas de trânsito. Na sua opinião, o que é que realmente justifica esta decisão - zelar pela segurança dos to-
rontonianos e dos visitantes ou aumentar o montante de dinheiro nos cofres da cidade?
Bryan Jones: Para começar, a implementação de câmaras de radares de trânsito e de radares de excesso de velocidade permite realizar uma coisa de que a cidade de Toronto precisa desesperadamente... GANHAR DINHEIRO. Têm algum efeito na segurança rodoviária? De certa forma, pois os arguidos notarão certamente a diferença na sua conta bancária. Outra diferença entre os sinais vermelhos e as câmaras e um agente estacionário é que a presença de um agente é dissuasora (as pessoas veem um agente e abrandam naturalmente) em comparação com as infrações cometidas e registadas por câmaras, que normalmente são descobertas APÓS a ocorrência da infração. Por último, ambas as infrações por câmara são aplicáveis ao PROPRIETÁRIO do veículo a motor e não podem provar quem é o condutor. E não é esse que deve ser punido?
MS: Muitos torontonianos ou residentes da GTA queixam-se do que consideram ser uma ação policial excessiva, mais parecida com uma caça às multas. O que tem a dizer sobre este tipo de afirmação? Já agora... tem notado um aumento do trabalho no seu gabinete?
BJ: O policiamento, no seu melhor, DEVERIA ser proactivo. Se houver um cruzamento que seja conhecido por infrações aos sinais vermelhos, acidentes, mortes, etc., eu diria que a comunidade pediria que um agente fosse colocado nesse cruzamento para garantir a segurança da comunidade, ou que estivesse presente numa zona de alto risco de criminalidade para reduzir a criminalidade visível, bem como para fazer
cumprir a lei em conformidade. Mas será que eles caçam os infratores? Em 26 anos de prática, vi poucos que pudesse descrever como tal. Mas este representante não é ingénuo ao ponto de dizer que isso não acontece...
Como o nosso negócio é maioritariamente de referência, achamos que ganhar é a melhor publicidade que temos. E a atividade tem vindo a aumentar constantemente, desde o fim da Covid.
MS: Uma das razões apontadas para o aumento das multas foi o facto de Toronto ser considerada uma cidade caótica em termos de tráfego rodoviário. Considera que estas medidas irão reduzir os problemas de trânsito da cidade?
BJ: O congestionamento de trânsito nesta cidade é positivamente agravante. Tendo sido um viajante pendular durante a maior parte da minha vida profissional, tenho visto a situação piorar quase todos os anos. A única sugestão a curto prazo que me ocorre é eliminar as pistas para bicicletas no inverno, uma vez que andar de bicicleta num nevão não é um passatempo comum. Os sinais vermelhos e as câmaras de controlo de velocidade têm pouco ou nenhum efeito, já que, mais uma vez, são meras máquinas de fazer dinheiro para a cidade. Pessoalmente, atribuo o caos das estradas de Toronto à falta de aplicação visível das leis de trânsito da cidade, por parte dos agentes da autoridade. Passo semanalmente por Toronto e não consigo saber onde se encontra um único sinal vermelho ou um radar de excesso de velocidade.
MS: Há quem diga que o aumento das pistas para bicicletas na baixa de Toronto,
com a consequente redução das pistas para automóveis, é o grande responsável pelos engarrafamentos e pelo aumento do nível de perigosidade dos acidentes envolvendo ciclistas. Qual é a sua opinião sobre este assunto?
BJ: O fenómeno mais comum a que tenho assistido nos últimos 10 anos é o aumento do número de mortes e ferimentos de ciclistas associados a veículos motorizados. Detesto dizer isto, mas quantas vezes já vimos ciclistas a ignorar completamente os sinais de stop, os sinais vermelhos, etc., porque acham que podem. Dito isto, representámos muitos condutores que sofreram colisões, simplesmente porque não havia forma de poderem antecipar o comportamento do ciclista. Se os ciclistas vão usar a estrada, então têm de respeitar as suas leis. DÊ-LHES LICENÇA.
MS: Vale a pena contestar as multas de trânsito? Na prática, é possível anular uma multa de trânsito?
BJ: INOCENTE ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO. Deve ABSOLUTAMENTE lutar contra todas as multas de trânsito que lhe forem aplicadas. Lembre-se sempre que não tem de provar a sua inocência, a Coroa é que tem de provar a sua culpa. Na minha opinião, o Governo ganha dinheiro suficiente e, uma vez que pagamos os nossos impostos para o sistema judicial, este está disponível para ser utilizado por nós. Por último, pode certamente reverter as multas de trânsito, algo em que nós, na Global Traffic Ticket and Criminal Legal Services, nos especializamos. Salvamo-lo no tribunal, poupamos os seus pontos e poupamos-lhe dinheiro!
A frustração que os condutores sentem é real. Não é uma ficção
Rob Davis foi membro do conselho da cidade de York de 1991 a 1997. Foi o primeiro conselheiro municipal negro nos 200 anos de história da cidade de York. Foi eleito membro do Conselho Municipal de Toronto de 1997 a 2000. Foi também o primeiro vereador negro da Câmara Municipal de Toronto. Em 2023, Davis candidatou-se, sem sucesso, a Presidente da Câmara de Toronto, na by-election convocada na sequência da demissão do Presidente da Câmara John Tory.
Davis durante a sua campanha eleitoral defendeu que seria necessário resolver alguns dos problemas da cidade que considerava mais prementes. A questão da segurança nos TTC e o elevado custo da habitação foram, também para ele, temas de bandeira da sua candidatura. Relativamente às medidas agora anunciadas pela Mayor da cidade de Toronto, Rob Davis mostra-se crítico embora não alegando que esta “é uma abordagem incorreta” do problema. Rob Davis explica-nos nesta entrevista por que razão considera que há um perigo que precisa de ser tomado em consideração e que resulta de uma equação que tem dois fatores principais – o aumento de veículos na estrada e a diminuição de faixas de rodagem. Davis resume o seu pensamento sobre este assunto nesta frase: “A frustração que os condutores sentem é real. Não é uma ficção. Essa frustração, erradamente, pode traduzir-se em raiva na estrada e acidentes”. Vale lembrar que o candidato a Mayor Rob Davis, em 2023, comprometia-se a tornar Toronto mais segura, mais limpa e mais amável. Milénio Stadium: Recentemente, a Câmara Municipal de Toronto anunciou um aumento exponencial das multas de trânsito. Na sua opinião, o que é que realmente justifica esta decisão - cuidar da segurança dos torontonianos e dos visitantes ou aumentar a quantidade de dinheiro nos cofres da cidade?
Rob Davis: Penso que esta é uma abordagem incorreta para lidar com o tráfego e o congestionamento em Toronto. A Câmara Municipal, através do processo de planeamento, aumentou a densidade habitacional, mas reduziu a exigência de garantia de estacionamento no local, por parte dos promotores. Foram oportunidades perdidas de criar estacionamento, fora da rua, que poderiam ter sido atribuídas à Toronto Parking Authority.
MS: Muitos torontonianos ou residentes da GTA queixam-se do que consideram ser uma ação policial excessiva, mais parecida com uma caça às multas. O que tem a dizer sobre este tipo de declarações?
RD: Penso que a polícia está a fazer o seu trabalho, o que é difícil na melhor das hipóteses. Mas a forma como está construída a cidade significa que um certo número de pessoas conduz porque tem de o fazer. Os idosos, as pessoas com filhos e outros utilizam os seus veículos para entrar e sair da cidade e para fazer negócios. O número limitado de opções de utilização do veículo está a criminalizar os condutores. Alguém que venha de outra cidade pode ficar confuso com a sinalização na King Street West e cometer o erro de passar um sinal verde, infringindo assim a lei e recebendo uma multa. O culpado é a Câmara Municipal, não a polícia ou os condutores.
MS: Uma das razões apontadas para o aumento das multas foi o facto de Toronto ser considerada uma cidade caótica em termos de tráfego rodoviário. Considera que estas medidas irão reduzir os problemas de trânsito da cidade?
RD: As multas só funcionam se um pequeno número de condutores estiver a infringir a lei e um grande número de condutores estiver a cumprir. Tornar impossível a navegação nas estradas fará com que a maioria dos condutores não cumpra a lei. A cidade de Toronto não tem capacidade para policiar todos os cantos da cidade.
MS: Há quem diga que o aumento das pistas para bicicletas na baixa de Toronto, com a consequente redução das pistas para automóveis, é em grande parte responsável pelos engarrafamentos e pelo aumento do nível de perigo dos acidentes que envolvem ciclistas. O que pensa sobre este assunto?
RD: A oferta e a procura são os elementos que determinam o comportamento de
"As multas só funcionam se um pequeno número de condutores estiver a infringir a lei e um grande número de condutores estiver a cumprir. Tornar impossível a navegação nas estradas fará com que a maioria dos condutores não cumpra a lei. A cidade de Toronto não tem capacidade para policiar todos os cantos da cidade."
Rob Davis
mercado de cada pessoa. O Conselho reduziu a oferta de espaço rodoviário e depois autorizou o aumento do número de condutores durante a hora de ponta, licenciando 90.000 condutores da Uber, Lyft e outros chamados condutores de “rideshare”. Há dez anos, havia apenas 5.000 táxis potencialmente licenciados a exercer a sua atividade nas horas de ponta da manhã e da tarde. Não é preciso ter um doutoramento em economia para perceber o que acontece quando a câmara municipal reduz a oferta de estradas em 50% ao introduzir ciclovias, mas aumenta os condutores comerciais em 2000%. O preço do produto sobe. Neste caso, o preço é o tempo e a produtividade. A frustração que os condutores sentem é real. Não é uma ficção. Essa frustração, erradamente, pode traduzir-se em raiva na estrada e acidentes.
MB/MS
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Toronto a place of hazard
Olá, bom dia! Como estão? Mais um fim de semana... cá estamos. Aqui, por estas paragens, mais uma semana de labuta, mas do mal o menos. Vamos virando a página, já é muito bom.
Esta semana o jornal Milénio fala-nos de linhas de bicicletas. “Bike lanes” esse horror e alegada necessidade, que assola a cidade que já foi muito mais interessante. Oh... Toronto. Where’s your glory gone to?
Afinal, falamos de bicicletas, de multas, de construção da cidade. Quem dá o direito à “City Hall”, da nossa grande mega city, de obstruir a circulação automóvel e não automóvel do nosso “torontanian universe “. Se as tais ditas linhas de circulação das bicicletas estão obstruídas por caixas de lixo, ou seja, o que for, por onde passam os ciclistas? E porque inventar faixas que em nada fazem sentido dentro desta tão “confusa” cidade? Quem multa quem e onde
vamos com este círculo vicioso de loucura? Ninguém em parte alguma do nosso planeta jamais conseguirá imitar ou reproduzir o sistema que está implementado em Amsterdão. Onde, apesar do caos, há civismo. Toronto está muito aquém de poder presentear os seus cidadãos com essa segurança. É o que é e vale o que vale. Acho hilariantes as faixas criadas pela cidade. Na Bloor St, por exemplo, e muito me admira como não existem mais fatalidades. Ai Toronto. Tanto que tens de Reaprender. Afinal, o que faz a Mayor nos seus longos dias, com as pequenas pernas esticadas na cadeira de apoio? Ah... desculpem já me esquecia, está a resolver os problemas de circulação de trânsito, na cada vez mais
caótica cidade de Toronto, com o aumento brutal das multas. Pelo menos, foi o argumento utilizado numa conferência de imprensa, onde anunciou o aumento das multas. O mais chocante é o aumento da multa sobre o chamado Blocking the box (bloquear cruzamentos), que passou de 90 dólares para 450 dólares (wow!!). Bem, por isso, pergunto eu - será que a nossa Mayor está mesmo a tentar resolver o caos do trânsito da cidade ou está só a inventar novas formas de encher os cofres tão deficitários da cidade? Enfim... Fiquem bem e até já, Cristina
Esta semana
Conhecemos o novo trabalho discográfico de Joana Espadinha
Visitamos a oficina de construção de guitarras elétricas de César Almeida
Propomos uma alimentação e vida equilibrada no Healthy Bites
Aos sábados às 7:30 da manhã
Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã
Percebemos o que se passa no mundo no Here’s The Thing
E analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable
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Perfect fines
Toronto continues its war on cars by increasing fines on 123 traffic offenses. The city suggests that the increases are justified because it's been a deadly year for cyclists and there is a need to ease gridlock in the city. The city will generate about $ 40 million in additional revenue from the fines.tt
Every citizen of the City of Toronto is frustrated by the current situation related to traffic flow and city policies which restrict driving and drivers in Toronto. The anti-car lobby at City Hall supports socialist activists which have organized themselves to ensure that power brooking from political strength is front and center is very effective within the city and got Olivia Chow elected ensuring that some citizens are more equal than others. No one wants anyone to die in the City of Toronto regardless of traffic circumstances, but should the rules of accident prevention only apply to some and not others? How often do you hear of a cyclist getting a fine for not obeying the rules? Possibly never because cyclists are viewed as victims even before they mount their bicycles. Yes, many car drivers are simply stupid and aggressive in Toronto, but the combative situations are the results of the impediments placed on roads which have to be shared by cars, bicycles, electric mopeds and other modes of transportation. Aggravating the situation are the advanced increases in population due to immigration which in combination clog streets and sidewalks preventing mobility for anyone. The city knows well that the economic costs to the city because of gridlock are billions of dollars each year because of implemented policies, but the best they can come up with is to punish the driver who is the major provider of economic prosperity for this city.
In a city of 4 million residents, I wonder how many are in agreement with the
destruction of our main arteries due to installation of bike lanes.
Last year, parking enforcement officers handed out 8,465 tickets for bicycle lane violations which possibly represents more tickets than bike riders. Parking officers are grumbling that they need more resources and support to show drivers who's boss. What this means is more money for those in a world who choose to live a life educating the educated who are living in a broken city. It's always nice to have a choice to be lazy because the contributions made by every man and woman who work for dysfunctional governments will always support apathy based on the type of governance practiced at City Hall. As a driver and contributor to the city's coffers, I would like to see more respect for drivers and more controls for cyclists.
There will always be deaths in a big city as a result of complacency of all users. Yes, punish the violators but include cyclists who practice an exclusive "don't touch my space" attitude every time they are minimally challenged.
Complaints proliferate regarding construction obstructing bike lanes and there are many self-serving organizations calling for charges and rightfully so. However, there are hundreds of locations in the city today where bike lanes are blocked by city workers and contractors. How do cyclists avoid all the city work locations? Perhaps if they would use common sense, these bikers would employ protective actions instead of choosing to go into the traffic lanes. Maybe it's a case of diminished levels of intelligence that dictate their decisions.
Let's all stay alive by learning to live together in the big city.
Manuel DaCosta
Apresentador
All will be fine
There’s no easier way to take money out of our pockets than taxing goods or services that we can’t go without: food, fuel, property taxes, and even those addictive ones like smokes and alcohol. Another fave of those that are responsible for us is fining us for bad habits, momentary lapses in judgement, or even pure distraction. When we drive, we can run the gambit of these options.
Most of the time we get away with it, but not always. In Toronto, police are quite present, and ready to pull you over, it’s their job. You do find the odd constable who’s understanding and may just let you off with a finger wag, but I think most of us who drive every day, have felt the sting of a fine, or two. From what I hear, these fines are ridiculously high, and people can do nothing but fume to themselves. The government doesn’t need to
explain much, after all, they’re merely punishing rule breakers and, simultaneously, protecting the good people. But does punishment have a price cap? Or is the sky the limit?
The American authorities boast of tight rules, and punishment for deviants, they have more people in jail per capita than any other country in the world, to prove their point. Clearly, jailing people en masse is not resulting, if your end game is to reduce crime. So, by the same token, have we not learned that raising fines doesn’t keep people from speeding, or weaving in and out of traffic, or running a yellow? Of course they have, but it’s an incredible source of income. Like shooting fish in a barrel, they know they can set up an officer with a radar gun at the bottom of a hill, where the limit is 60, and catch all day long.
The city of Toronto is too busy, and too crowded, especially with vehicles. I don’t
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know for sure, but are there cities that hunt for infractors as voraciously as in Toronto the Good? Last time I checked, (it’s been a few years), streets where there was ‘No Stopping’ during the rush hour, had tow trucks parking-in-wait at 3! And the good ol’ Parking Enforcement trolls where there right on schedule, to slap the ticket on the car still sitting there at 3:31. Everybody gets a cut. Even back in the day, these were sizeable, I can’t imagine now. I guess every business has to keep growing. When taking my mom to Princess Margaret, I couldn’t leave the car for a second without getting a ticket; it’s like they were hiding in the bushes. They don’t even have to write anymore; in the blink of an eye, you’ve been fined and in the system! Once they get used to that cash flow, they never let go. On the contrary, they keep going for more, and always on the high moral ground. The squeeze will continue,
it seems to work so well. And all we can do is...nothing, it just festers in the back of our mind. Maybe we can avoid these things by not making mistakes or having emotions. Cutting down on being human.
All will be fine though, (if you’ll pardon the pun). In the not-too-distant future many, or all autonomous tasks we now take for granted will be ‘done for us’, like driving. Some day in the not-too-distant future, we’ll be driven. No license, no detours, the vehicle will take you where you need to go. They are furiously working towards that. Physical money will disappear too, and you won’t have to worry about paying that fine on time, because they’ll take money out themselves. A very convenient future ahead indeed.
Fiquem bem.
Raul Freitas
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Smile you are on Candid Camera
Traffic tickets are a common consequence of violating road regulations. They serve to maintain order on the roads, promote safety, and discourage dangerous driving behaviors. Welcome to the new world of being on camera everywhere and what you should know as a driver and then some.... what you should be aware of driving your car.
Atraffic ticket is a written notice issued by law enforcement to a driver who violates traffic laws. These violations can range from minor infractions, such as failing to signal, to more serious offenses like speeding or running a red light. Depending on the severity of the violation, tickets may carry fines, points on the driver’s record, or even criminal charges.
Traffic cameras have become an integral part of modern traffic regulation and who do they serve aside from it being a cash grab. The debate over traffic cameras often centers on whether they are a legit-
imate safety measure or merely a means for municipalities to generate revenue.
Critics argue that cities and municipalities prioritize revenue from fines over actual traffic safety. This can lead to the placement of cameras in locations that are more likely to generate tickets rather than those that are high-risk for accidents.
There are instances where the frequency of citations increases significantly after the installation of cameras, suggesting a focus on profit rather than deterrence. Some argue that traffic cameras can produce erroneous tickets due to technical malfunctions or misjudgments in the timing of vehicles, raising questions about their reliability. Proponents argue that traffic cameras help reduce accidents by deterring speeding and reckless driving. Studies have rates at intersections where cameras are installed.
Traffic cameras provide a consistent means of monitoring traffic violations, potentially reducing bias that can occur with human enforcement. Cameras can allow police to focus on more serious crimes and incidents, as they handle routine traffic enforcement automatically. But the real question should be who do traffic cameras really serve?
Well, these cameras serve the financial interests of local governments, providing
revenues that can fund public services.... l guess.
The effectiveness and intentions behind traffic cameras can vary widely by location and implementation. While they can enhance safety, the potential for misuse as a revenue-generating tool raises concerns among the public. The ultimate impact largely depends on how and where they are used, as well as the policies governing their operation.
For good or bad we live in a camera world as our cell phones started the “I caught you” which has exposed many situations good, bad and indifferent. However, cameras have now gone to the next level and for me l feel good about it but are we safe and does it really serve the ultimate purpose of safety in securing our property and loved ones.
While cameras offer advantages, they are not without controversy. Some may argue that traffic cameras infringe on privacy rights, as they continuously monitor public spaces. One can say that some municipalities prioritize revenue generation over public safety, leading to aggressive ticketing in areas where cameras are installed.
Questions have arisen regarding the accuracy of automated systems. Equipment
O Profeta da Galileia
Com o subtítulo de «da frustração messiânica ao desígnio redentor», este recente livro de Aurélio Lopes (n.1954) é um volume de 348 páginas e trata-se de uma publicação de Edições Cosmos.
Tem Prefácio de Vítor Serrão, Posfácio de Carlos Augusto Ribeiro, Capa de Gregório Lopes e Contracapa de Diogo de Contreiras. Surge estruturado em cinco capítulos (A Palestina no tempo de Jesus, Estórias da Grande História, Quem foi Jesus, O desígnio messiânico e As raí-
zes do Cristianismo) - cada um deles com uma ilustração separadora: António Vaz, Diogo de Contreiras, Francisco Venegas, António Leitão e Oficina de Viseu (Grão Vasco) – todos do século XVI. Completam o trabalho ensaístico uma cronologia judaico-cristã, uma bibliografia de apoio e um elenco de fontes históricas. O ponto de partida pode estar na página 117: «Jesus (Josué em aramaico) é o Filho de Deus feito Homem, que aquele enviou à Terra para encarnar e morrer e, assim, remir os pecados dos Homens e trazer-lhes
malfunctions or miscalibrations can lead to wrongful tickets. Adding cameras to other spaces that you may not be aware of will include TTC vehicles doors where you will not be able to pass while passengers are exiting or entering.
Cameras provide an impartial way to hold people accountable for violations, as they capture objective evidence that can be used in court. Supporters argue this reduces the potential for human error or bias in law enforcement. However, these systems have been wrong and wrongfully issuing tickets and this happened to me. I was issued an infraction that was not correct and had me convicted and charged over seven four hundred dollars. Many folks would pay the fine because trying to fight it wouldn’t take endless hours and paying for it would be easier.... well, l fought it and won and yes it was time consuming, but it was very gratifying.
The issue ultimately involves balancing public safety and individual freedoms, with courts typically allowing traffic cameras if their use is reasonable and not overly invasive.
Either way.... we are on camera everywhere in more ways than you can imagine and with AI controls it gets scarier.
a salvação. Ora Jesus nada escreveu. Não transmitiu qualquer das suas ideias de forma directa e pessoal.»
Um outro aspecto desafiador está na afirmação «tudo leva a crer que Nazaré não existia no tempo de Jesus» conjugada com outra ideia «Segundo alguns filólogos não confessionais «nazareno» significava «puro» ou «santo».
Livro fascinante e inesperado, tem uma certeira referência de Vítor Serrão às palavras de Heráclito: «quem procura a verdade deve estar pronto para o inesperado porque ela é difícil de encontrar e, quando encontrada, é desconcertante.»
Uncovering the why, where and how
Saturdays 7:30 am Saturday 10:30 am Sundays 10:00 am
Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima
Um dia os resultados
aparecem
A importância da preservação da qualidade na confeção do Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima. A persistência e o esforço no manter as tradições. Um dia os resultados aparecem.
Meus caros, que acontecimentos positivos como este sirvam de exemplo para muita gente, o ser persistente e conhecer as realidades e saber manter as tradições é muito importante. Recentemente, o Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima alcançou um marco significativo ao ser reconhecido e aprovado pela União Europeia como uma iguaria de “Especialidade Tradicional Garantida”. Esse feito não apenas enaltece a culinária tradicional portuguesa, mas também evidencia a relevância de estar ao lado das pessoas certas, aqueles que mantêm vivas as tradições, respeitam os ingredientes locais e honram os métodos de produção
que conferem singularidade a este prato único, especialidade do Minho, neste caso Ponte de Lima. O reconhecimento europeu do Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima, ultrapassa a questão meramente gastronómica, além da qualidade da iguaria, ele representa uma salvaguarda da cultura e identidade da região de Ponte de Lima. Esse prato, profundamente enraizado na tradição minhota, é uma homenagem à autenticidade e à herança que atravessa gerações. O processo de obter esse reconhecimento demonstra o poder da colaboração entre produtores locais, cozinheiros, agricultores e autoridades, e a importância de se alinharem com os defensores corretos para garantir a proteção e valorização de uma receita que vai além dos sabores. Isto é um alerta para as pessoas ligadas à cultura regional - não é só fazer, é saber e conhecer para transmitir a realidade, para se conseguir dar continuidade.
Desculpem a minha singela e honesta opinião, mas ao ter conhecimento da notícia e como ex-membro da confraria do Sarrabulho, fiquei muito satisfeito pelo trabalho que tem sido feito com muito esforço, mas isto requer paciência e muita
dedicação, sem se estar no grupo para ser mais um ou para adquirir mais uma placa ou medalha. Isto é deixar trabalhar quem sabe e Ponte de Lima assim tem feito, porque a ligação com os produtos regionais e manter pessoas que sabem e percebem no lugar certo é um dos segredos do sucesso do Arroz de Sarrabulho. E o sucesso também reside na utilização de ingredientes locais, muitos dos quais são cultivados ou criados de acordo com práticas tradicionais, que respeitam o ciclo natural das colheitas, uma coisa muito importante - a criação de porcos, por exemplo, é um dos pormenores mais essencial, em Ponte de Lima. O cuidado com a alimentação dos animais e a forma como se manobra faz parte do processo que confere à carne a qualidade necessária para a iguaria que, hoje, é o cartão de visita de Ponte de Lima. A carne de porco utilizada na preparação do sarrabulho é de alta qualidade, e respeita os padrões exigidos, permitindo a produção de um prato que reflete o sabor único da região.
Mais do que um prato, o Arroz de Sarrabulho à moda de Ponte de Lima é um testemunho de como a gastronomia pode ser um veículo de cultura, sustentabilidade
e ligação humana. A classificação como “Especialidade Tradicional Garantida” não apenas eleva seu estatuto no cenário europeu, mas também ressalta a importância de valorizar os produtos locais e de estar ao lado das pessoas certas, que com paixão e dedicação, mantêm viva a essência do que significa ser do Minho. Outro elemento que não pode ser ignorado na preparação do Arroz de Sarrabulho é o uso do vinho verde da região. É uma marca registada do Minho. O vinho verde não só harmoniza perfeitamente com os sabores intensos e rústicos do prato, mas também faz parte da tradição local de usar produtos da própria terra. Faz um bom casamento gastronómico e é mais do que um simples acompanhamento, o vinho verde de Ponte de Lima carrega em si a alma do prato e realça o sabor da carne, equilibrando o seu caráter rico com a sua acidez refrescante. O vinho reflete a riqueza cultural da região, onde tudo está conectado e tem um propósito.
Este reconhecimento é mais do que merecido, é um triunfo da autenticidade e uma celebração daquilo que faz da gastronomia portuguesa um tesouro mundial. Bom fim de semana.
O afundamento dos valores europeus no Mediterrâneo
Há algo de muito perturbador na forma como os migrantes que chegam através do Mediterrâneo Central são tratados pela União Europeia e pelos países costeiros. Para as autoridades comunitárias, italianas, maltesas (ou gregas), o importante é que os migrantes não cheguem aos seus países. Interessa pouco se morrem pelo caminho, se são vítimas de traficantes e das máfias, de exploração sexual, de trabalhos forçados ou extorsão, se passam fome e sede, se são torturados ou mortos, se são postos em prisões miseráveis, se os direitos humanos são espezinhados.
Em Lampedusa, o cemitério deixou de ter espaço para os habitantes da pequena ilha, porque é ocupado pelos migrantes que morrem no mar por afogamento, desidratação, hipotermia ou por intoxicação pela inalação do fumo dos mo-
tores. Paradoxalmente, é uma ilha paradisíaca com águas cálidas e cristalinas onde os turistas se deliciam, as mesmas onde tantos barcos se afundam e onde tantos corpos e sonhos desaparecem para sempre. Se o tempo estiver de feição, os barcos chegam quase todos os dias a Lampedusa ou à Sicília e com frequência há mortes, embora nas notícias apareçam apenas as grandes tragédias. Num dos dias em que lá estive com uma delegação da Comissão dos Migrantes e Refugiados da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, chegaram dois barcos, um proveniente da Líbia, com 72 pessoas do Bangladesh, Egipto e Síria, e outro proveniente da Tunísia, com 20 tunisinos. No dia seguinte chegou outro barco, com 96 migrantes, entre eles vários menores. Mas as autoridades italianas estão satisfeitas com o que dizem ser uma redução das chegadas.
No barco que vi chegar ao Porto de Lampedusa no dia 17 de Setembro à noite, proveniente da Líbia, que é uma rota mais perigosa, longa e cara, os migrantes saíam sem nada, em silêncio, com o olhar perdido, descalços, cheios de sede e fome. A equipa
médica que acompanhava o desembarque disse que os migrantes estavam com intoxicação sanguínea, devido à inalação do fumo do gasóleo traficado com substâncias proibidas na Europa. Quatro tinham morrido intoxicados.
Há tantas questões que se levantam com estas situações, mas há uma particularmente perturbadora: por que razão a União Europeia continua a confiar às autoridades líbias e tunisinas o destino de milhares de migrantes, sabendo da corrupção estrutural que existe, da violação grosseira dos direitos humanos, com relatos de brutalidade, incluindo tortura, execuções e violência sexual?
Os relatos dos migrantes que passam pela Líbia são filmes de terror. Não interessa se são menores, mulheres ou adultos. A grande maioria é vítima de maus tratos e violência por parte dos traficantes, das milícias e dos próprios agentes de segurança, nas prisões ou fora delas. Muitos dos que são presos quando chegam à Líbia ou à Tunísia têm de pagar aos polícias somas que podem chegar aos 5000 euros para serem libertados ou postos num barco, o que leva
a que as suas famílias sejam chantageadas. Se não arranjarem o dinheiro, podem ser mortos e nunca ninguém o saberá.
Os Médicos Sem Fronteiras, a Amnistia Internacional e as Nações Unidas não param de insistir sobre as atrocidades da Líbia, em terra e no mar, sem grande sucesso. Tudo indica que também as organizações criminosas que operam a partir da Tunísia estão a ficar cada vez mais como as que estão na Líbia, porque os milhões de euros que rende o tráfico de migrantes está a tornar o negócio cada vez mais selvagem. Entre 2015 e 2022 a União Europeia entregou à Líbia qualquer coisa como 700 milhões de euros e a Itália de Giorgia Meloni reforçou o apoio à Guarda Costeira para combater mais eficazmente a imigração. Portanto, fecham-se os olhos a todas as atrocidades e desumanidade, porque a única coisa que interessa é impedir os migrantes de pisar solo europeu. Mas isto é inaceitável, tal como é inaceitável que se mantenham os acordos de cooperação com a Líbia e a Tunísia para controlar as migrações no Mediterrâneo, onde também, assim, se afundam os valores europeus.
Nome
Os meus pais foram felizes no nome Vítor, quando decidiram que era este que eu deveria carregar, qual etiqueta por uma vida, e depois o Silva que orgulhosamente ostento herdado dos meus pais.
Onome é um valor inestimável, mas também de individualização da pessoa na sociedade. Todos temos direito ao nome, mas não temos, com toda a certeza, a leviandade de usar os nomes
dos outros. Com certeza existem nomes com mais ou menos poder mediático, importância e valor político ou social, mas o nome pode também ser um rótulo e, se mal-usado, pode ser um... problema. Com o uso do nosso nome existem muitos outros valores que o aperfeiçoam e o complementam podendo mesmo este construir personalidades e definir o carácter de cada um, e mais do que isso aliado o nome a esta ou àquela situação, a este ou àquele partido político, a esta ou àquela pessoa, gerar uma opinião verosímil ou não da sociedade que nos rodeia. É interessante investigar como as pessoas veem a identidade numa comunidade, de alguém que só conhecem pelo nome.
Bom, o nome pelo menos não revela etnias, nem credos. Com o decorrer dos anos, cultivamos a nossa identidade como um sentimento óbvio de sermos nós próprios, com características, pensamentos, opiniões e personalidade únicos. No en-
tanto, quando criamos a nossa identidade, automaticamente relacionamo-la com o ambiente de diferentes formas no mundo exterior, através de impressões que obtém e experiências que tem. Isto significa que começa a olhar para si em relação ao que vivencia e pode comparar-se com este mesmo mundo.
Cada um decide onde quer estar, o que acha que é importante, o que gosta e o que não gosta, o que defende e assim por diante. Assim, desenvolvemos e construímos a nossa identidade. Claro que tem uma importância superlativa termos significado no meio em que vivemos e no grupo de pessoas com quem convivemos, mas nunca perdendo uma autoimagem fortalecida e uma personalidade que estará claramente acima do uso do próprio nome. Segurança, identidade, energia e boas relações sociais são condimentos essenciais para que estejamos bem inseridos na sociedade e nunca nos devemos manter isolados de quem nos
rodeia. É bem verdade o adágio popularbem ou mal o importante é que falem de nós, que nos sintamos lembrados. Tenho naturalmente uma convicção fortíssima daquilo que penso e o que sinto sendo estas duas premissas inabaláveis. Trabalhar e viver é o que posso aconselhar a quem me lê, mas sempre com uma estrutura de bem-estar e com um estilo de vida positivo. Agora a opinião é algo com um valor inestimável, devemos não só divulgá-la como tentar que seja motor de construção, respeitando sempre os outros e o pensamento destes. Todos sabem, mas já agora meu nome é Vítor Silva, mas sou muito mais do que um nome.
"Os grandes nomes, em vez de elevar, rebaixam aqueles que os não sabem usar." (François de La Rochefoucauld)
A emigração portuguesa na obra do mestre-pintor Orlando Pompeu
Daniel Bastos Opinião
Um dos mais consagrados artistas plásticos portugueses da atualidade, Orlando Pompeu nasceu a 24 de maio de 1956, na freguesia de Cepães, no concelho minhoto de Fafe. Estudou desenho, pintura e escultura em Barcelona, Porto e Paris, e nos anos 90 progrediu no seu percurso artístico ao ir trabalhar para os Estados Unidos da América, onde expôs na Galeria Eight Four, em Nova Iorque, e depois, Japão, tendo exposto na TIAS –Tokio International Art Show e na Galeria Garou Monogatari em Tóquio.
Detentor de uma carreira de quase quarenta anos, bem como um currículo nacional e internacional ímpar, a sua obra consta de variadas coleções particulares e oficiais em Portugal, Espanha, França, Suíça, Inglaterra, Alemanha, Croácia, Austrália, Brasil, México, Dubai, Canadá, Itália, EUA e Japão.
Dentro do estilo pictórico singular, heterogéneo, criativo e contemporâneo que perpassam as diversas fases e dimensões temáticas da obra do artista plástico, encontram-se várias representações alusivas à emigração portuguesa.
Em 1989, o artista concebeu uma obra hiper-realista, acrílico sobre tela 130 x100, atualmente na posse de um colecionador particular, intitulada “Portugueses, Emigrantes e Heróis”, que constitui uma
grandiosa alegoria da emigração lusa para França nas décadas de 1960-70. Nesse quadro de grandes dimensões, Orlando Pompeu, pinta numa estação de comboios, uma família carregada de malas e de sonhos na demanda de melhores condições de vida, impulso maior que levou mais de um milhão de portugueses a emigrar “a salto” para o território gaulês nesse período.
Uma emigração, nas palavras de Eduardo Lourenço, «de sangue, suor e lágrimas, mas que, ao fim e ao cabo, foi uma emigração com sentido e que deu sentido a tantas gerações, a tantas vidas e a tantos portugueses». Que até aos dias de hoje, representam uma das principais comunidades estrangeiras presentes no território gaulês, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa, rondando um milhão de pessoas, e desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da França.
Já em 2018, no âmbito do programa das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas no Canadá, nação que alberga uma das mais dinâmicas comunidades lusas na América do Norte, a Peach Gallery, uma das mais vibrantes galerias de arte em Toronto, deu a conhecer à numerosa comunidade luso-canadiana uma exposição composta por 40 aguarelas sobre papel do reputado pintor.
Uma exposição cujas aguarelas foram pintadas com várias representações de símbolos identitários da cultura portuguesa, como a bandeira nacional e a guitarra, que muito contribuem para a construção e reforço da portugalidade. Assim como, com diversos elementos canadianos, como por exemplo, a CN Tower, um símbolo de
Toronto, capital da província do Ontário e maior cidade do Canadá, onde vive a maioria dos mais de 500 mil portugueses e lusodescendentes presentes neste território da América do Norte.
Em agosto de 2022, no âmbito da Festa do Emigrante promovida pelo Município de Fafe, uma iniciativa que congregou um conjunto diversificado de acontecimentos de cariz cultural, social e identitário que pretendeu homenagear os emigrantes locais, o artista plástico inaugurou uma exposição composta pelos desenhos concebidos propositadamente para a ilustração do livro “Crónicas – Comunidades, Emigração e Lusofonia”.
Os desenhos, que arrebataram no Salão Nobre do Teatro Cinema de Fafe, antigos e atuais emigrantes no Brasil, Canadá, França, Inglaterra e Suíça, na esteira da missão primordial do livro assinado pelo escritor e historiador da Diáspora, Daniel Bastos, dignificam, reconhecem e valorizam as sucessivas gerações de compatriotas que saíram de Portugal.
Refira-se ainda, que desde 2023, o Museu Histórico de São José, com uma forte componente dedicada à emigração portuguesa para a Califórnia, terceiro maior estado dos Estados Unidos, onde vive e trabalha a maior comunidade luso-americana do país, constituída por mais de 300 mil pessoas, possui no seu acervo uma aguarela do artista plástico alusiva aos fortes laços que unem as duas nações é a presença da diáspora.
Na esteira de grandes mestres da pintura portuguesa, que também verteram nos seus trabalhos representações da emigração portuguesa, como por exemplo, Domin-
gos Rebelo, com o quadro “Os Emigrantes” (1929), ou Almada Negreiros, com o tríptico “A partida dos emigrantes” (1947-49). Orlando Pompeu sublima assim a máxima de Orhan Pamuk, escritor e professor turco vencedor do prémio Nobel de Literatura de 2006: “A pintura ensinou a literatura a descrever”. Neste caso traçando com a mestria dos pincéis e tintas uma constante estrutural da história portuguesa.
A força do nosso olhar
“É o nosso olhar que muitas vezes fecha os outros nas suas estreitas pertenças, e é também o nosso olhar que os pode libertar”.
Amin Malouf, in Identidades Assassinas
“Portugal! É nosso! Portugal! É nosso!”
Precisamente no dia em que os telejornais abriram com a notícia de que os imigrantes contribuíram, de há quatro anos para cá, com mais 44% para a segurança social, foi este o grito que, no passado domingo, se ouviu à medida que os manifestantes, empunhando a bandeira nacional, desfilavam na Av. Almirante Reis em direção à Praça do Rossio. Portugal! – bradava repetidamente quem tinha o megafone na mão. - É nosso! – respondia o coro em uníssono. Às janelas dos prédios mais altos assomavam imigrantes, sem que muitos deles percebessem
o que se estava a passar. Indiferentes, tiveram, no entanto, de ouvir frases insultuosas por parte dos manifestantes, bem como alguns comentários pouco abonatórios, à medida que quem engrossava a marcha era entrevistado pelos jornalistas de serviço. Quando questionados sobre o facto de nós, portugueses, sermos igualmente um povo de emigrantes, não resistiram à linguagem caceteira: “Sim, nós fomos para fora, mas nunca chulámos a segurança social desses países. Nós fomos trabalhar!” Outros, com a mesma convicção, acusavam os imigrantes de não fazerem nada, de conseguirem passaportes portugueses sem sequer falarem português (o que é manifestamente falso), de viverem à custa de subsídios, bem como outras tantas alarvidades como a de quererem Portugal de volta, de acordo com os sentimentos de ódio mais primários que cada um cultiva no mais íntimo de si. Quem não conhecesse o propósito desta manifestação, pensaria que as nossas fron-
teiras estavam ameaçadas e Portugal, país com as fronteiras mais antigas da Europa, prestes a ser invadido.
À medida que a palavra de ordem, tantas vezes repetida, ecoava nos meus ouvidos, “Portugal! É nosso!”, recuei umas décadas que me fizeram recordar uma canção de pendor militarista, nascida na década de 60, em resposta ao movimento independentista de Angola que deu origem ao início da guerra colonial (https://www.youtube. com/watch?v=V3PoaB-q7TE).
Depois de Salazar ter também feito soar o mote: “P’rá Angola já, e em força!”, Duarte Ferreira Pestana compôs a música e Santos Braga escreveu a letra, a que André Ventura foi buscar o refrão: “Angola! É nossa! Angola! É nossa!”, cantado sobre um fundo inicial de rufar de tambores, enquanto se ouvem botas a marchar. Algumas estrofes que se seguem são bem esclarecedoras: […] “Ao invasor/ castigar/ com o destemor/ ancestral/ deter/ destroçar/ vencer/ escorraçar/ e gritar […].
Em Angola, sabemos como tudo terminou, estamos conversados, porque o tempo não deu razão aos autores da composição musical.
Ventura inspirou-se na letra da canção e pôs parte do país a gritar, “com o destemor
ancestral”, que é preciso “deter, destroçar, vencer, escorraçar” a que acrescentou ainda o verbo “deportar”. Temos fronteiras antigas, é certo, mas memória curta. Os que agora gritam esquecem-se do nosso passado, sabendo mesmo que a emigração portuguesa ilegal continua. Hoje, temos ainda muitos portugueses que entram num país estrangeiro com visto de turista e por lá ficam na esperança de depois se legalizarem. Eu conheço casos, amigos meus conhecem casos, todos conhecemos casos, porque é da natureza do ser humano tentar por qualquer via melhorar as suas condições de vida, por mais que tentem travar as suas ambições. Por isso, no Largo do Intendente, paralelo à mesma avenida, uma outra concentração, de sinal contrário, festejava a diversidade e a convivência inter e intracultural, fazendo jus a um acolhimento de natureza harmoniosa que permita uma integração plena.
Qualquer imigrante vive suspenso da esperança do tempo e do espaço que nem sempre lhe são favoráveis a um enraizamento pacífico. Temos, uma vez por todas, de aprender a viver com a diferença e a estabelecer pontes de diálogo entre nós e os outros, libertando-nos do nosso olhar preconceituoso face à diferença.
Santoinho em Toronto
A Quinta de Santoinho, idealizada e concebida pelo empresário António Cunha, situa-se numa antiga quinta da família, localizada na entrada sul da vila de Darque, na margem esquerda do rio Lima, apenas a 5 km de Viana do Castelo. É em Santoinho que se revive a cultura tradicional da vida do campo, com as músicas e danças folclóricas, na companhia dos petiscos à base de sardinhas, frango assado, fêveras grelhadas na brasa e broa, regados pelo vinho verde da região e o conhecido champorreão, culminando com o saboroso e aconchegante caldo verde.
Adecoração é pensada ao pormenor, além das bandeirolas coloridas que circundam os palcos privilegiados do arraial, estão dispostas pelas paredes várias exposições de peças, utensílios e ferramentas que contam, por si só, toda a história do mundo rural minhoto.
Ao longo destes mais de 50 anos de existência, a Quinta recebeu mais de cinco milhões de pessoas dos quatro cantos do mundo em cerca de 2500 arraiais e mais de 10 milhões de visitas no total dos seus espaços. O Santoinho atravessou o Atlântico e transformou-se numa das festas mais emblemáticas da comunidade portuguesa aqui residente. A organização é da Associação Cultural do Minho de Toronto, mas, como nos explicou Judite Lopes, presidente da ACMT, a festa é vivida por toda a comunidade portuguesa aqui residente. “É, sem dúvida! Este é o 27.º ano que estamos a festejar o Santoinho, arraial minhoto. E realmente as pessoas, a comunidade portuguesa, fica muito alegre e ansiosa por esta festa. Todos querem participar. Há diferentes clubes de Toronto que aparecem aqui, há Ranchos... por exemplo, nós este ano temos cá um Rancho da Flórida, minhoto, que veio conviver connosco e apresentar as
suas danças e cantares. Também temos um rancho de New Jersey, também minhoto. É muito bom este convívio, até faz arrepiar um pouco”.
A presidente da ACMT sublinhou que a realização desta festa só é possível graças ao apoio de dezenas de patrocinadores –“felizmente temos muitos patrocinadores a apoiar-nos. Temos uma lista de 27 patrocinadores que contribuíram para que se pudesse realizar esta festa. Sem isto era impossível. Nós somos um clube que financeiramente estamos ok, porque a nossa casa é nossa, graças aos nossos sócios do passado que lutaram para a comprar e conseguiram. E hoje, vivemos com menos dificuldades financeiras, mas ao mesmo tempo, claro, não queremos tocar naquilo que está guardado em caso de haver necessidade.
A noite do Santoinho em Toronto contou com a presença de cerca de 1300 pessoas, que para além de vibrarem ao som do Grupo de bombos “Os Alegres”, se encantaram com os tradicionais cabeçudos e gigantones, apreciaram os três Ranchos Folclóricos presentes, para além do bailarico proporcionado pela Karma Band. Quem também não faltou à festa foram as 3600 sardinhas assadas, as fêveras, o caldo verde, a broa e, claro, o tradicional champorreão.
MB/MS
Eleições na ACAPO José Maria Eustáquio ganha, Paulo Pereira entra na direção
A sala do restaurante da Casa do Alentejo começou a encher ainda era cedo, cada vez eram mais os representantes de clubes e associações membros da Aliança indiciando, desde logo, que iríamos assistir a um Conselho de Presidentes com um número recorde de presenças. E assim foi, de facto – presentes 26 membros dos 33 que integram a Aliança de Clubes e Associações Portuguesas de Ontário.
Na agenda, para além da aprovação do Relatório de Atividades e Contas referentes ao ano de 2023, estava a eleição de novos corpos gerentes, para além de outros assuntos de interesse da instituição. A afluência inusitada terá tido como principal motivo o facto de, pela primeira vez, se apresentarem aos membros duas listas, que se propunham liderar o destino da ACAPO para os próximos tempos. Mesmo antes do Conselho iniciar os seus trabalhos, José Maria Eustáquio, presidente da ACAPO há muitos anos, e recandidato à direção da Aliança, mostrava a sua satisfação por ver que o salão da Casa Do Alentejo iria ficar com as cadeiras todas ocupadas – “isto mostra o movimento e interesse pela continuação da cultura portuguesa. Também representa e mostra que a família de Aliança, composta por 33 membros, está cada vez mais unida e está a perceber que nós estamos a passar uma ponte para um próximo futuro, que está quase a bater à porta. Que é fundamental para a continuação desta organização.” Por outro lado, Paulo Pereira, ex-presidente da Associação Cultural do Minho de Toronto e atualmente membro da direção da Casa do Benfica de Toronto, decidiu encabeçar uma lista para protagonizar o que classificou como mudança necessária. Também se mostrava particularmente satisfeito com a presença de tantos membros da Aliança num momento decisivo e explicou-nos porquê – “eu acho que a minha candidatura já conseguiu uma vitória. Porque eu não
me lembro de uma Assembleia Geral tão composta, com tantas pessoas de clubes e associações. Isto demonstra que o interesse da comunidade, pelo futuro. A democracia ganha, a comunidade fica a ganhar seja qual for a decisão de hoje”.
O Conselho de Presidentes da ACAPO, foi desta vez particularmente longo e participado. Houve quem falasse em defesa de José Maria Eustáquio, mas também quem se levantasse para dizer que depois de anos de muito bom trabalho, chegou a hora de sair da instituição para garantir o futuro da mesma. Finalmente depois de muita discussão sobre a forma como deveria decorrer a votação – de braço no “ar” ou voto secreto – a presidente do Conselho de Presidentes optou por colocar nos membros com direito a voto a decisão e assim se procedeu a votação secreta. O resultado não deixou dúvidas: lista apresentada por José Maria Eustáquio - 53 votos; lista proposta por Paulo Pereira – 21 votos.
Casa do Alentejo Community Centre
39ª Semana Cultural
Alentejana de Toronto
Começa na sexta-feira, dia 18, e terminará a 28 de outubro, na cidade de Toronto, a Semana Cultural Alentejana, promovida pela Casa do Alentejo Community Centre. O centro cultural, celebra assim, a 39ª edição, sob o tema: Distância sem Limite.
Com um programa aliciante, à medida da grandeza do Alentejo, durante as celebrações, haverá serviços de almoços e jantares com gastronomia tradicional alentejana, diversas atividades de cariz cultural, com artistas locais como Teresa Santos, Henrique Cipriano, Luso Can-Tuna e Pedro Joel.
A comunidade poderá contar ainda com os convidados vindos de Portugal, com o comediante Serafim, o grupo Em Canto, culminando com um jantar e noite de fado, no Salão Nobre do centro, numa atuação da fadista Alexandra com os músicos Rafael Pacheco e Pedro Soares.
Um dos grandes destaques das festividades será a inauguração das exposições fotográficas de Gilberto Prioste, artes plásticas com produtos reciclados do artista
João Paulo Medeiros e o Arraiolos: Ageless Inspirations, um projeto do New Horizons Seniors Program.
“Isto é o culminar de mais um ano de trabalho numa procura sempre muito conscienciosa de providenciar um programa que possa agradar a comunidade” disse Jaime Nascimento, presidente da direção da Casa do Alentejo. O dirigente realçou ainda a importância de celebrar a cultura alentejana e não só “a cultura é palavra de ordem aqui. É isso que nós procuramos concretizar neste curto período de uma semana, tudo aquilo que de melhor podemos conseguir trazer de Portugal e juntamos com os locais e todos representarão não só a cultura que vem do Alentejo, como um pouco de todo Portugal, mostrando ao mundo o quanto o nosso país é diversificado culturalmente”
As atividades na Casa do Alentejo têm funcionado como o eixo de um espaço cultural polivalente. Acontece na Casa do Alentejo de tudo um pouco, mas a defesa da cultura portuguesa é o ponto comum. Nesta Casa há: apresentações de livros, sessões de poesia, exposições temporárias, conferências temáticas, semanas gastronómicas,
No final, Eustáquio surpreendeu todos com uma pergunta: “Paulo aceitas integrar a direção da ACAPO?”. Paulo Pereira, depois de um breve silêncio, falou para dizer que sim. Todos os presentes saudaram o momento com uma salva de palmas. No final, em declarações à comunicação social presente, os dois explicaram as respetivas posições – JM Eustáquio: “eu disse logo no início que eu queria que juntássemos interesses, juntássemos pessoas que têm carinho por esta comunidade, que têm paixão por esta comunidade. E disse tudo faria para conseguir a união. Esta família da Aliança é mais unida do que muitos pensam. Isto foi provado aqui dentro.”; Paulo Pereira: “eu acho que isto é começo da ACAPO 2.0. Acho que vou continuar a ser a voz deste debate sobre os pontos que levantei na minha campanha e dar seguimento a um projeto importante. Eu tenho muito que aprender com a direção que foi eleita e espero continuar a servir a comuni-
dade para bem da nossa comunidade.” Como a lista proposta por Eustáquio só tinha a indicação dos nomes propostos para a direção, omitindo os cargos de cada um, perguntámos ao proponente quem será afinal o próximo presidente da ACAPO – “agora a comissão que foi apresentada e divulgada aqui é que vai decidir. Como eu tinha dito, eu não tenho interesse em ficar dois anos, mas vou ajudar esta direção para ter grande sucesso e continuar aquilo que a comunidade merece, que é a melhor organização que existe na comunidade portuguesa no Ontário”.
MB/MS
concursos nas áreas das artes plásticas, letras e fotografia, exposições de artesanato, semanas dedicadas aos concelhos alentejanos, tardes culturais aos sábados, bailes e outras atividades sociais. Desde a sua fundação, a instituição tem sabido adaptar-se ao longo dos seus 41 anos de existência, continuando a divulgar as tradições e cultura da região alentejana em Toronto.
Texto e Fotografia: Francisco Pegado
PCCM recebe subsídio da Ontario Trillium Foundation
O Centro Cultural Português de Mississauga (PCCM, na sigla em inglês) anunciou que lhe foi atribuído um subsídio da Ontario Trillium Foundation (agência do governo do Ontário) para melhorar e aperfeiçoar os espaços interiores e exteriores.
Os fundos recebidos serão utilizados para obras de melhoramento nas casas de banho principais, substituição das portas da frente, repavimentação do parque de estacionamento da frente, acrescento de mais lugares para deficientes e construção de uma rampa para cadeiras de rodas no palco. Além disso, os filtros HVAC serão atualizados para melhorar a qualidade do ar.
A construção está prevista para o início de 2025 e poderá demorar até 12 meses a ser concluída. Na comunicação enviada aos meios de comunicação social, o clube diz acreditar que estas melhorias tornarão o centro cultural português de Mississauga mais acessível e acolhedor para todos os visitantes.
MB/MS
Azormyth Music Festival "Vozes dos Açores”
A cidade de Mississauga recebeu, no dia 28 de setembro, a primeira edição do Azormyth Music Festival. Foi uma noite de festa inesquecível, com uma casa cheia de convidados e com a participação de artistas como Maria e Pai Zé, João Santos, Sónia Pereira, André Gomes, e os dançarinos Jamila Meneses e Ivan Jesus.
Aapresentação esteve a cargo da jornalista Tatiana Ourique que juntamente com os artistas trouxeram a cultura açoriana, ao Centro Cultural Português de Mississauga.
O Azormyth Music Festival destaca talentosos artistas açorianos, promovendo a cultura açoriana e os ritmos globais sob o tema "Vozes dos Açores”. A inédita proeza de juntar muitas pessoas no Canadá na primeira edição do festival, veio de Sara Costa, a coordenadora do evento “Este festival, foi uma ideia que levou 2 anos para ser concebida. A ideia foi criar um palco no Canadá
para artistas dos Açores e poder trazer para a comunidade os talentos e vozes açorianas notáveis e desconhecidas”.
As maravilhosas ilhas açorianas, também são conhecidas pelos seus mitos, e gostaríamos de saber da organização do evento quais dos mitos deram nome ao festival “um dos muitos mitos que existe é que em todos as famílias açorianas, existe alguém que é músico ou que saiba tocar instrumentos musicais. Apesar das muitas animações culturais que fazem parte das nossas ilhas, nem todos são muitos ou tocam algum instrumento musical, como é o meu caso. Queríamos criar um nome que explorasse a conexão fascinante dos açorianos, suas histórias, elegância e glamour”, disse Sara. A coordenadora do evento disse ainda que “este nome reflete a nossa visão”.
Sara Costa partilhou ainda o que pensa sobre o futuro do festival: “o Azormyth Music Festival foi marcante e correu tão bem que queremos levá-lo pelo mundo afora. Quero lembrar que este espetácu-
lo não é só para os açorianos, mas sim, de açorianos para o mundo”.
O Azormyth em Mississauga, fica assim para a história e mostra a importância da divulgação da diversidade cultural portuguesa pelo mundo.
Francisco Pegado/MS
Ontario Trillium Foundation apoia Luso Support Centre of Hamilton com $47.300
Nos últimos 12 meses, estes fundos ajudaram a Portuguese Support Services for Quality Living a adquirir ferramentas, equipamento tecnológico e recursos humanos necessários para aumentar a resiliência, a sustentabilidade, o acesso e a qualidade geral dos seus programas e serviços diurnos para pessoas com deficiências físicas e/ou de desenvolvimento na cidade de Hamilton. Foram adquiridas divisórias portáteis que permitiram à PSSQL acomodar um maior número de grupos e, ao mesmo tempo, separar os participantes em grupos mais pequenos para aumentar a segurança, a acessibilidade e a qualidade da programação, atendendo a todos os perfis e necessidades.
A organização pôde também adquirir um novo quadro inteligente, tablets e acessórios de apoio para melhorar as competências digitais dos seus participantes e reduzir o uso de papel. Foi também adquirido um novo dispositivo de assistência especializada para as mãos e tem sido utilizado para proporcionar oportunidades de participação e crescimento para aqueles que enfrentam desafios de mobilidade das mãos. “Estamos muito gratos ao OTF. O impacto deste subsídio não pode ignorado”, disse Jacinta Ribeiro, Diretora Executiva da PSSQL. “Depois da Covid-19, enfrentámos novos desafios. Agrupar pessoas no mesmo formato que antes não funcionou. As restrições espaciais e a falta de tecnologia suficiente afetaram a forma como pensámos a funcionalidade do nosso programa de Dia, que é agora tão dinâmico e vibrante como sempre, tanto no Centro como na comunidade”.
Criado em 2003, o Portuguese Support Services for Quality Living (também conhecido como Luso Support Centre of Hamilton) faz parte da Luso Canadian Charitable Society.
MB/MS
O Núcleo de Leitura: um julho e um setembro memoráveis
O terceiro trimestre do Núcleo de Leitura deste ano foi mais focado em eventos literários do que em leituras. Os membros do Núcleo tiveram escolha livre nos livros que leram durante os meses de julho e agosto, em que não houve encontros, mas os eventos literários sucederam-se.
Oprimeiro em que o Núcleo esteve presente, foi um "Garden Readings party" a 7 de julho no jardim da Carmelinda Scian, autora luso-canadiana que escreve e publica em inglês. Reuniu doze escritores anglófonos e luso-canadianos que intercalaram as leituras dos seus textos com o convívio, divulgando assim as suas obras em ambiente descontraído e hospitaleiro. O mês de setembro foi recheado de novidades literárias. Começando pelo segundo domingo do mês, dia em que se celebra o Dia dos Avós na América do Norte, o Núcleo de Leitura, em parceria com a Associação Mulher Migrante do Ontário (AMMO), apresentou na Casa do Alentejo, o livro AVÓS E NETOS, UMA VIAGEM DE AFETOS, uma coletânea de textos escritos por avós e netos organizada por Aida Baptista e Manuela Marujo. Este convívio entre gerações juntou uma centena de pessoas em volta de chá e biscoitos para escutar os autores luso-canadianos dos textos.
Tivemos também o prazer de assistir, no dia 18, ao lançamento do livro de poesia da escritora e professora universitária Irene Marques, intitulado THE BARE BONES OF OUR ALPHABET. O evento, que foi noticiado neste jornal, teve lugar na livraria Type na Queen St. West. A escritora foi apresentada pela também professora e autora, Maria João Maciel Jorge. No dia 27 participámos no lançamento de um livro em edição de autor de Jorge Arruda, na Casa dos Açores do Ontário (CAO), antigo presidente do aeroporto da ilha de Santa Maria. Apresentou-nos, com o irmão Luís Arruda, o seu quinto livro: ILHA DE SANTA MARIA. PASSADO, PRESENTE E FUTURO. O autor, que reside em Ponta Delgada, contou com o apoio da CAO e a receita das vendas do livro reverteu a favor da Casa.
A 28 e 29 de setembro, teve lugar o 35º festival literário "The Word on the Street", no Queen’s Park, uma praça arborizada e agradável, em que nas tendas brancas montadas ao lado do parlamento provincial tanto se venderam livros como se pôde assistir ao lançamento dos mesmos. Mais uma vez, a escritora Irene Marques brilhou no evento, num painel intitulado: "Words on the Words: Writing about Language".
O Núcleo voltou às reuniões mensais na segunda semana de setembro. Falou-se das
leituras de verão com recomendações dos livros que cada um mais apreciou.
No passado dia 26 o Núcleo completou 16 anos de atividade! Como não foi possível reunir a maioria dos membros ativos para uma celebração, esta efeméride será assinalada durante a Semana Cultural da Casa do Alentejo (18-26 de outubro), onde vamos realizar uma Feira do Livro. Entretanto, os membros do Núcleo estão a ler a obra do escritor açoriano Pedro Almeida Maia para poderem debatê-la com ele online no próximo encontro do Núcleo, a 11 de outubro às 18h. Quem quiser participar, poderá fazê-lo presencialmente na Casa do Alentejo ou assistir por Zoom. Contacte-nos para obter a senha (password).
Até ao próximo artigo, onde falaremos sobre este escritor, desejamos a todos um outono magnífico com passeios e leituras nos momentos de lazer.
Ilda Januário e Carmen Carvalho
National Day for Truth & Reconciliation
O Canadá comemorou, no passado dia 30 de setembro, o seu quarto National Day for Truth & Reconciliation (Dia Nacional da Verdade e Reconciliação), um dia estabelecido pelo governo canadiano em 2021 para homenagear os sobreviventes e aqueles que nunca voltaram para casa das escolas residenciais.
Em Toronto, milhares de pessoas vestidas de cores laranja, já que também é o Orange Shirt Day e celebraram no Nathan Phillips Square a efeméride. O grande destaque deste ano, foi a construção de um novo jardim espiritual, que surge em resposta ao apelo aos Governos, por parte da Comissão da Verdade e Reconciliação (TRC, na sigla em inglês) para que estabeleçam monumentos acessíveis ao público
e altamente visíveis em homenagem aos sobreviventes e milhares de crianças que morreram em escolas residenciais.
A peça central do jardim é uma grande escultura de tartaruga posicionada num espelho d'água que tem os nomes das 18 escolas residenciais que funcionavam em Ontário inscritos em sua parede.
No Dia Nacional da Verdade e da Reconciliação, reconhecemos o trauma contínuo causado pelas escolas residenciais e é um momento para todos fazerem uma pausa e refletirem sobre o doloroso legado do sistema escolar residencial do Canadá. É também uma oportunidade para nos comprometermos com o processo de verdade, justiça e reconciliação com as Primeiras Nações, Inuit e Métis em todo o Canadá. Francisco Pegado/MS
Mais direções escolares do Ontário estão em défice, recorrendo a reservas
De acordo com documentos internos do Ministério da Educação, um número crescente de direções escolares do Ontário está a registar défices e a utilizar ou mesmo a esgotar as suas reservas.
Aassociação que representa as direções escolares da província afirma que, embora o governo conservador progressista tenha aumentado o orçamento da educação, os aumentos não acompanharam a inflação, obrigando as direções a utilizar o dinheiro que estavam a poupar para grandes projetos ou a fazer cortes.
A Ministra da Educação, Jill Dunlop, afirmou que, de um modo geral, as direções escolares estão em boa situação financeira, mas a sua pasta de transição - obtida pela The Canadian Press através de um pedido
de liberdade de informação - fornece uma visão mais aprofundada. “Em todo o sector, as direções escolares mantêm um nível de reservas saudável; no entanto, algumas direções escolares esgotaram/prevê-se que esgotem as suas reservas ao longo dos próximos anos”, dizem os documentos informativos. “Informações recentes sugerem que o número de conselhos deficitários está a aumentar, o que significa que mais conselhos estão a começar a utilizar as reservas.” Historicamente, as direções escolares têm apresentado um excedente global nas suas demonstrações financeiras, mas nos últimos anos o número de direções escolares deficitárias tem aumentado, dizem os documentos.
CBC/MS
O tribunal de Toronto reduziu 40% das multas de estacionamento no ano passado, alegando “dificuldades”
No ano passado, mais de 40% dos condutores recorreram das suas multas de estacionamento com base em “dificuldades” e viram as suas multas canceladas ou reduzidas - um número demasiado elevado, segundo um conselheiro municipal.
Overeador Stephen Holyday afirmou que o número “impressionante” o faz questionar até que ponto as multas de estacionamento são realmente dissuasoras. Holyday interroga-se sobre o impacto que terá este facto, no final deste ano, quando a cidade assumir a responsabilidade pelo julgamento de infrações muito mais graves, como o excesso de velocidade e a passagem de sinais vermelhos. “Tem de haver uma penalização e uma consequência”, disse Holyday. “
Os últimos números foram apresentados aos conselheiros durante uma reunião recente do comité do governo geral do conselho no relatório anual do Tribunal de Sanções Administrativas (APT), que tem cuidado dos recursos de todas as multas de estacionamento desde 2017.
Dos 21.000 casos que ouviu em 2023, o APT disse que 8.600 foram reduzidos ou cancelados imediatamente devido a “dificuldades”.
As dificuldades podem ser financeiras ou médicas, disse Dianne Kasias, diretora
dos serviços judiciais da cidade. Uma multa de estacionamento em 2023 pode custar até $500, no entanto, dos 2,2 milhões emitidos no ano passado, a maioria varia entre $30 e $75, de acordo com um relatório do pessoal da cidade. “É o custo de uma botija de gás”, disse Holyday. “É uma pergunta que vale a pena fazer: como é que se explica a dificuldade financeira para pagar uma multa de 60 dólares? ... À primeira vista, não parece lógico”.
Kasias disse que os 25 funcionários do tribunal são membros do público que têm uma boa formação e são apoiados por pessoal de apoio da cidade. “São muito bem treinados em mediação e adjudicação”, afirmou. “Quando são escolhidos (pelo conselho municipal), tem de ser alguém que compreenda realmente as políticas e leis de trânsito da cidade. O Conselho, ao nomear estes membros, dá-lhes a capacidade de tomar essas decisões (sobre a redução ou não de uma coima).”
Holyday concordou que os auditores precisam de margem de manobra para julgar cada caso com base nos seus méritos individuais, mas sugeriu que alargar o prazo para o pagamento de uma coima seria mais adequado do que eliminá-lo de todo.
CBC/MS
Agente da polícia de Toronto baleado quando investigava um veículo parado
Um agente da polícia de Toronto está no hospital com ferimentos graves, mas sem risco de vida, depois de ter sido baleado quando investigava um veículo parado na quarta-feira (2). O tiroteio ocorreu por volta das 17h30, perto da Yonge Street e da Eglinton Avenue, e o agente foi levado de urgência para o hospital, informou a polícia de Toronto. O suspeito de ser o atirador foi detido no próprio dia do incidente à noite, informou a polícia.
Ochefe da polícia de Toronto, Myron Demkiw, disse à saída do Sunnybrook Health Sciences Centre que o tiroteio é outro exemplo dos perigos que os agentes enfrentam na cidade. Segundo ele, os membros da unidade de crimes graves da Divisão 53 da polícia estavam a investigar um assalto quando se depararam com um veículo. “Pouco depois desse encontro, um dos nossos agentes foi baleado. E pelo menos um membro do serviço descarregou a arma de fogo”, disse ele. “É com grande alívio que comunico que o nosso agente está bem. Foi baleado no abdómen e está aqui no hospital, rodeado de
colegas e familiares, a ser apoiado durante o que é obviamente um momento difícil e desafiante”. Demkiw afirmou ainda que a violência armada em Toronto tem de acabar. Jon Reid, presidente da Associação da Polícia de Toronto, disse que o agente ferido, de 29 anos, está ao serviço da polícia há cinco anos e meio.
A Unidade de Investigações Especiais do Ontário (SIU) está a investigar porque um agente disparou a sua arma no local. A polícia não disse quem disparou a sua arma de fogo. Kristy Denette, porta-voz da SIU, disse por correio eletrónico que dispunha de informações limitadas. “Posso dizer-vos que a investigação da SIU se centra na descarga da arma de fogo do agente. Ninguém foi atingido pelos disparos do agente”, disse Denette.
A SIU é uma agência governamental independente que investiga a conduta dos agentes da polícia em incidentes que possam ter resultado em morte, ferimentos graves, agressão sexual ou disparo de uma arma de fogo contra uma pessoa. CBC/MS
British Columbia 3 jovens detidos por ataque a uma rapariga de 13 anos de Kelowna
A polícia de Kelowna afirma que três jovens foram detidos e libertados sob condições rigorosas na terça-feira (1) por terem participado num ataque a uma rapariga de 13 anos que foi amplamente divulgado em vídeo. Todos os três detidos têm menos de 18 anos, segundo a Sargento Laura Pollock. Os três estão entre os cinco “agressores” identificados pelos investigadores, disse ela.
“Ainda ninguém foi acusado. Estamos na fase inicial da investigação”, disse Pollock. “A nossa equipa de apoio geral à investigação continua a investigar, incluindo a realização de quaisquer detenções pendentes.”
O ataque aconteceu no Boyce-Gyro Beach Park em 27 de setembro, por volta das 20h30, e foi testemunhado por cerca de 30 jovens, segundo Pollock.
O vídeo mostra uma única rapariga rodeada por vários outros adolescentes, muitos dos quais parecem filmar uma altercação verbal. A rapariga é atirada ao chão e esmurrada na cabeça por várias pessoas, após o que lhe é atirada terra ou areia para cima. Enquanto a rapariga está deitada no
British Columbia
chão, sem se mexer após o ataque, várias outras pessoas continuam a atirar-lhe terra e a gritar.
Pollock disse que a idade da vítima e dos agressores limita a quantidade de informação que a polícia pode divulgar. Pollock agradeceu a dois jovens anónimos - um que chamou a polícia e outro que tentou impedir o ataque - e lançou um apelo para que se deixasse de partilhar o vídeo da agressão.
“Sei, pelo meu trabalho com vítimas que foram exploradas através de imagens e da circulação contínua de vídeos e fotografias quando são vítimas de crimes, que isso tem impactos profundos e duradouros”, afirmou. “O vídeo é degradante e uma tentativa de humilhação”.
A polícia está a pedir a qualquer pessoa que tenha informações sobre a agressão, incluindo quaisquer testemunhas que ainda não tenham falado com os investigadores, que se apresente.
A Kelowna RCMP disse que houve 41 incidentes relatados de violência juvenil em 2023, um aumento de 16 em 2022. Mais de 30 por cento dos casos de 2023 envolveram uma arma, incluindo spray de urso.
CBC/MS
O quadro de Emily Carr comprado por 50 dólares pode valer 200 mil dólares num leilão
Quando o negociante de arte Allen Treibitz foi a uma venda de um celeiro nos Hamptons, em Nova Iorque, há alguns meses, um quadro pendurado na velha estrutura chamou-lhe imediatamente a atenção.
Aobra de arte que retratava um urso pardo esculpido no topo de um totem memorial tinha a assinatura da famosa pintora de British Columbia, Emily Carr, mas Treibitz não conhecia o seu trabalho nem o seu legado. Mesmo assim, Treibitz, que negoceia arte há mais de 40 anos, disse que sabia que havia algo de especial na peça. “Destacava-se de tudo o resto naquele celeiro”, disse o homem de 61 anos.
Treibitz comprou o quadro por 50 dólares americanos e, depois de fazer uma pesquisa preliminar, apercebeu-se de que o seu valor era provavelmente muito superior. Mas só quando contactou a Heffel Fine Art Auction House, em Vancouver, é que compreendeu o alcance da sua descoberta. “Foram-nos fornecidas fotografias e não tive dúvidas de que se tratava de
uma emocionante descoberta da Cinderela”, disse o presidente da casa de leilões, David Heffel, numa entrevista. O quadro será leiloado a 20 de novembro em Toronto, com um valor estimado entre 100.000 e 200.000 dólares.
CBC/MS
Premier do Quebeque
CANADÁ
Comissário para a acessibilidade processa Ottawa e exige $2,3
Depois de ter enfrentado uma investigação externa sobre as alegações de que maltratava os seus funcionários, o primeiro comissário para a acessibilidade do Canadá está a processar o governo federal e funcionários anónimos em mais de 2,3 milhões de dólares por danos.
De acordo com o seu pedido de indemnização, apresentado na semana passada, Michael Gottheil recebeu ordens do Ministro da Justiça para se submeter a “determinada formação e frequentar cursos” em resposta a uma investigação de 18 meses no local de trabalho. Mas Gottheil - que é cego e tem dificuldades auditivas devido ao Síndroma de Usher - não pôde concluir os cursos porque os testes não eram acessíveis, diz a declaração de indemnização.
O treinamento inacessível faz parte de um padrão mais amplo de discriminação que Gottheil enfrentou desde que assumiu seu papel em 2022, alega a declaração de reivindicação.
A declaração de Gottheil afirma que a Comissão Canadiana de Direitos Humanos (CHRC) encarregada de apoiar seu trabalho repetidamente lhe deu documentos inacessíveis e seus pedidos de acomodação
milhões
foram “regularmente ignorados ou recebidos com frustração”. “As necessidades de acessibilidade do queixoso, enquanto pessoa portadora de deficiência, não foram satisfeitas de forma consistente, apesar de o queixoso ter definido claramente as adaptações de que necessitava”, afirma a declaração de queixa, apresentada ao Tribunal Superior de Justiça do Ontário. Isto é “particularmente flagrante”, diz a declaração de queixa, devido à sua posição e ao facto de o CHRC dever “proteger os canadianos de tais atos”.
Gottheil tem estado de baixa médica desde o final de agosto. Está a pedir mais de $1,6 milhões de dólares de indemnização ao governo federal por despedimento, violação dos direitos de estatuto e sofrimento mental. Também pede $600.000 em indemnizações especiais a funcionários anónimos do CHRC; alega que estes fizeram maliciosamente alegações contra ele e causaram danos à sua reputação.
O trabalho de Gottheil era garantir que mais de 1000 organismos governamentais e entidades privadas reguladas pelo governo federal cumpram as leis de acessibilidade do Canadá. Mas a sua ação judicial alega que tem enfrentado resistência e falta de recursos.
CBC/MS
Ottawa deve deslocar, à força, metade dos requerentes de asilo
O primeiro-ministro François Legault fez da imigração um dos principais pontos da sua visita a Paris, exigindo que o governo federal obrigue os requerentes de asilo no Quebeque a mudarem-se para outro local, incluindo as pessoas que já se estabeleceram na província.
Metade dos candidatos a refugiados que se encontram atualmente no Quebeque deveriam ser transferidos para outras províncias, disse Legault aos jornalistas, na sede da delegação do Quebeque em Paris. “O que eu quero é que haja resultados”, disse. “Por isso, sim, deve
ser obrigatório, mas cabe ao governo federal gerir essa transferência”, disse sobre as transferências.
As últimas observações de Legault vêm na sequência de comentários semelhantes, quando disse que o seu governo pediu a Otava para criar zonas de espera para os requerentes de asilo que entram no país, à semelhança de um sistema que existe há décadas em França. O primeiro-ministro disse que tenciona abordar a questão quando se encontrar com o primeiro-ministro francês Michel Barnier.
Os comentários de Legault suscitaram a reação do ministro federal da Imigração,
Marc Miller, que sugeriu que as exigências de Legault são “desumanas”. Miller disse que o governo federal está a trabalhar com as províncias para distribuir os requerentes de asilo de forma mais uniforme pelo país. Mas ele acusou Legault de usar a imigração para fins políticos e disse que Ottawa não pode forçar as pessoas a se mudarem. “O que o Sr. Legault está a dizer é: 'Livrem-se destas pessoas por nós'.... Está a pedir-nos para as irmos buscar e enviá-las para o Ontário?”, disse Miller aos jornalistas em Ottawa. “Penso que há muita política que está a conduzir isto. Penso que se trata de uma retórica que ele pode utilizar como arma
para os seus próprios objetivos políticos. Penso que, no final do dia, temos de nos manter razoáveis e práticos”.
Legault disse que “não faz sentido” que o Quebeque receba cerca de 45% dos requerentes de asilo no Canadá, apesar de representar apenas 22% da população. De acordo com dados da Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá, 45% dos 143.000 pedidos de asilo no Canadá em 2023 foram feitos no Quebec.
AUTONOMIAS
República paga a Açores 45 milhões por prejuízos do furacão Lorenzo
O Governo da República vai transferir 45 milhões de euros para a Região Autónoma dos Açores, para compensar os prejuízos causados pelo furacão Lorenzo, que atingiu o arquipélago em outubro de 2019, anunciou o executivo regional.
"O gabinete do primeiro-ministro assinou um despacho que garante a transferência de 45 milhões de euros para a Região Autónoma dos Açores, com o objetivo de cobrir os danos e prejuízos causados pelo furacão Lorenzo", referiu o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) em comunicado. O despacho será "publicado em breve" no Diário da República.
Segundo a nota, "a recente decisão do Governo da República marca um passo importante para assegurar a contínua recuperação das áreas afetadas, que até agora estavam a ser asseguradas a expensas próprias do Governo dos Açores".
Com a transferência, "prevista para ser realizada até ao final do presente ano", o Governo da República "completa um total de 73,7 milhões de euros em apoios".
"Este montante inclui sete milhões de euros transferidos em 2023, 1,5 milhões de euros [transferidos] em 2021 e um adiantamento de 20 milhões de euros [efetuado] no ano económico de 2019", esclareceu o executivo de coligação liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro. Os valores referidos foram garantidos através de transferências do Orçamento do Estado. "Quero reconhecer o empenho do pri-
Madeira
meiro-ministro, Luís Montenegro, e do atual Governo da República, em resolver uma situação robusta de dívida para com a região, que estava pendente desde 2021, que finalmente é cumprida com esta transferência de verbas", afirma José Manuel Bolieiro citado na nota.
A assinatura do despacho "resulta das diversas insistências, na sua razão, do Governo dos Açores, fazendo com que o novo Governo da República cumprisse em apenas seis meses um assunto que estava pendente desde 2021", lê-se.
O executivo açoriano revela que além da transferência deste montante, a República reforçou o montante disponível da candidatura da obra do porto das Flores, ao abrigo do Programa de Ação Climática e Sustentabilidade (PACS) do Portugal 2030, "de 198 milhões de euros para 217 milhões de euros - um reforço de 19 milhões de euros". "Este esforço orçamental é digno de reconhecimento, pois demonstra uma determinação em honrar um compromisso e um esforço que governos anteriores não concretizaram", observa o presidente do Governo dos Açores.
O furacão Lorenzo atravessou a região em outubro de 2019 e causou prejuízos estimados em 313,3 milhões de euros, especialmente em infraestruturas portuárias e habitacionais, segundo um relatório elaborado pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
NM/MS
Caos volta a instalar-se em alguns serviços públicos de saúde da Região
Falhas persistentes no sistema informático prejudicam os doentes e condicionam produtividade dos serviços
Têm sido recorrentes as falhas no sistema informático do Serviço de Saúde da Região (SESARAM), nomeadamente no Sistema Electrónico de Informação de Saúde da Região Autónoma da Madeira, mais conhecido por Atrium.
O problema voltou a condicionar fortemente o atendimento dos doentes/ utentes, com consequentes constrangimentos na produtividade dos diferentes serviços. Muitos médicos têm demonstrado a sua insatisfação perante a ineficácia das soluções apontadas e reclamam maior atenção da tutela ao problema.
São várias as reclamações, tanto de profissionais de saúde, como de utentes,
dando conta da demora no atendimento ou na dificuldade em aceder aos processos clínicos e a informação do doente fundamental para a prestação dos cuidados adequados.
DN/MS
Projeto “Mulheres do Mar” junta centenas de cuidadoras dos oceanos
Suzete, faroleira, Lurdes, a primeira pescadora de S. Miguel, Gisela, bióloga, e a arquiteta Nieta estão unidas no projeto “Mulheres do Mar”, uma ideia na qual cabem mais outras 600 mulheres, “cuidadoras por natureza”.
Porquê só mulheres? “Porque nós acreditamos que as mulheres são cuidadoras por natureza”, respondeu à Lusa Raquel Clemente Martins, uma das sete mulheres do “núcleo duro” da iniciativa. E é do mar que fala, dos cuidados que precisa.
“Nos últimos anos a degradação dos oceanos e a apatia, principalmente a apatia e a hipocrisia das pessoas perante este problema, levou-nos a pensar que era importante criar um produto de comunicação que pudesse fazer a ponte entre os alertas da comunidade científica e a população em geral”, explicou.
Inserida na Década do Oceano, proclamada pelas Nações Unidas e que vai até 2030, a iniciativa centra-se em dois dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), o 5, de alcançar a igualdade de gé-
nero e empoderar as mulheres e raparigas, e o 14, de conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. No início do próximo ano estará pronto para ser exibido o primeiro documentário, só com mulheres dos Açores, mas o projeto contempla já mais de 600 “mulheres do mar”, tendo sido este ano reconhecido pela UNESCO, o que o internacionalizou. Raquel Martins é realizadora e fundou há 16 anos a “Help Images”, uma organização não-governamental que cria produtos de comunicação, histórias de sucesso, para entidades sem fins lucrativos.
Até agora já foram filmadas 66 das 600 mulheres que aceitaram fazer parte do grupo. Não têm de gostar do mar, há algumas que têm medo da água, que acham que o mar sabe a lágrimas, disse Raquel Martins, acrescentando que é importante mostrar as diferenças, ainda que todas, mas todas, comunguem da mesma preocupação em relação ao estado dos oceanos.
DN/MS
Responsáveis por lar de idosos no Funchal rejeitam denúncias
A Associação Living Care refutou as denúncias sobre alegadas condições deficientes no Lar da Bela Vista, no Funchal, afirmando que "não correspondem à realidade", e classificou o plano de cuidados em saúde como "muito bem organizado e consistente".
"Aquele discurso que por aí vai passando, aqui ou acolá, mina a relação de confiança que nós conquistamos e que temos vindo a manter sempre com os utentes e com os familiares ou cuidadores responsáveis", disse Luís Coelho, diretor-geral da Associação Living Care, uma instituição particular de solidariedade social constituída em 2015 que gere três unidades para idosos na Madeira, situadas no Funchal, Santa Cruz e Câmara de Lobos.
O responsável falava em conferência de imprensa, nas instalações do Lar da Bela Vista, na qual foi apresentado o "Plano de Cuidados em Saúde e resultados obtidos nas Unidades Living Care", cuja capacidade total é de 501 camas.
O Lar da Bela Vista tem sido alvo de várias críticas e denúncias públicas relacionadas com alegadas condições deficientes de funcionamento e assistência aos utentes, sobretudo desde que a gestão transitou da esfera pública para o setor privado, em 2023.
A comissão especializada de Inclusão Social e Juventude da Assembleia Legislativa da Madeira aprovou, recentemente, a audição parlamentar à secretária regional
de Inclusão e Juventude e à direção do Lar da Bela Vista, com base num requerimento apresentado pelo PS, o maior partido da oposição madeirense.
Em declarações aos jornalistas, o diretor-geral da Associação Living Care refutou as denúncias e críticas sobre alegadas falhas de funcionamento no Lar da Bela Vista, que tem capacidade para 180 utentes. "Não correspondem à realidade", afirmou, sublinhando que a Living Care trabalha com "muito profissionalismo" e presta um serviço de qualidade nas três unidades que gere, incluindo, entre outros, cuidados médicos, enfermagem, fisioterapia, psicologia, nutrição, terapia ocupacional, apoio social, animação sociocultural, vigilância e segurança dos utentes, prescrição e administração de fármacos.
Luís Coelho disse, por outro lado, que as críticas contrariam os resultados de avaliações de entidades externas que aferem a qualidade do serviço.
O Lar da Bela Vista, na zona leste do Funchal, foi construído na década de 70 para ser uma unidade hoteleira, mas nunca funcionou como hotel e acabou por ser adaptado para se tornar um lar de idosos com gestão pública. Em julho de 2023, o Governo Regional transmitiu o imóvel, que apresenta sinais de degradação, e a sua gestão para a Associação Living Care que, entretanto, já avançou com um projeto de reabilitação, orçado em 20 milhões de euros, ao abrigo do Programa de Recuperação e Resiliência. NM/MS
Catar quer criação de Estado palestiniano como solução de paz
O emir do Catar defendeu a criação de um Estado palestiniano segundo as fronteiras de 1967 como "solução para uma paz duradoura" no Médio Oriente, perante uma situação que descreveu como um "genocídio coletivo".
"A solução de dois Estados, com o estabelecimento de um Estado palestiniano independente e viável nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital, é a chave para uma paz duradoura na região", afirmou Tamim bin Hamad al Thani na sua intervenção na reunião Diálogo de Cooperação na Ásia, que decorre em Doha.
O responsável criticou "a impunidade" de que goza Israel, apesar de ter "transformado a Faixa de Gaza num lugar inabitável", ao mesmo tempo que apelou à realização de "esforços sérios para um cessar-fogo para deter a agressão israelita contra o Líbano", noticiou a televisão do Catar, a Al-Jazeera. O recrudescimento do conflito na região começou com os ataques perpetrados a 7 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas contra o território israelita, que fizeram cerca de 1200 mortos e levaram Is-
rael a desencadear uma ofensiva sangrenta contra a Faixa de Gaza.
Os ataques israelitas já provocaram cerca de 41.700 mortos nessa região, a que se juntam mais de 700 na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Os ataques levaram também à abertura de uma frente de conflito na fronteira entre Israel e o Líbano, com combates constantes desde há mais de 11 meses que culminaram com uma nova invasão do território libanês por Israel.
Além disso, os rebeldes Huthi no Iémen e as milícias pró-Irão no Iraque lançaram mísseis e drones contra Israel em resposta à sua ofensiva contra Gaza. Em retaliação, Israel bombardeou territórios no Líbano, na Síria e no Iémen.
Na terça-feira (1), foi a vez de o Irão lançar um ataque com mísseis contra Israel (o segundo desde abril), que descreveu como uma resposta à morte, em julho, do líder do braço político do Hamas, Ismail Haniye, e do secretário-geral do Hezbollah, Hasan Nasrallah, num bombardeamento realizado na sexta-feira passada (27) por Israel contra a capital do Líbano, Beirute. JN/MS
Melania Trump defende direito ao aborto em novo livro de memórias
A ex-primeira-dama Melania Trump revela que apoia o direito ao aborto “livre de qualquer intervenção ou pressão governamental” no seu próximo livro de memórias, de acordo com excertos do livro divugados pelo jornal britânico "The Guardian".
“É imperativo garantir que as mulheres têm autonomia na decisão da sua preferência de ter filhos, com base nas suas próprias convicções, livres de qualquer intervenção ou pressão do governo”, escreve a mulher do candidato republicano, citada pelo jornal. “Porque é que alguém, para além da própria mulher, deveria ter o poder de determinar o que ela faz com o seu próprio corpo? O direito fundamental da mulher à liberdade individual, à sua própria vida, concede-lhe a autoridade para interromper a gravidez, se assim o entender. Restringir o direito de uma mulher escolher interromper uma gravidez indesejada é o mesmo que negar-lhe o controlo
sobre o seu próprio corpo. Carreguei essa crença comigo durante toda a minha vida adulta".
Estas declarações são divulgadas em plena campanha eleitoral, na qual o candidato republicano concorre numa plataforma antiaborto. Ao mesmo tempo, Trump disse esta semana que vetaria a proibição federal do aborto se fosse reeleito “porque cabe aos estados decidir com base na vontade dos seus eleitores”.
Por sua vez, JD Vance, escolhido por Donald Trump para vice-presidente, indicou que apoiaria uma proibição nacional do aborto.
Além da questão do aborto, Melania Trump escreve no livro que discordou do marido em algumas políticas de imigração.
O livro de memórias de Melania Trump, que detalha a infância da ex-primeira-dama e a sua relação com o ex-presidente Donald Trump, vai ser publicado na próxima terça-feira (8) nos Estados Unidos.
JN/MS
Finlandês usou Telegram para organizar tumultos do Reino Unido
Verão de 2024. O Reino Unido foi assolado pelos piores tumultos dos últimos 13 anos após um ataque à faca em Southport que matou três crianças. A BBC adianta que um finlandês de 20 anos ajudou a organizar os protestos no Telegram, a 1600 quilómetros de distância, chegando mesmo a publicar um manual de fogo posto.
Conhecido como "Mr. AG", tem como nome verdadeiro Charles-Emmanuel Mikko Rasanen, tem 20 anos e vive num apartamento nos arredores de Helsínquia, na Finlândia. Foi a partir desta cidade que Rasanen administrou um grupo no Telegram, que foi fundamental para ajudar a organizar os protestos que se transformaram em violentos tumultos em Inglaterra e na Irlanda do Norte no final de julho e início de agosto.
O grupo "Southport Wake Up" foi criado em 29 de julho, poucas horas depois da morte de três crianças numa aula de dança com o tema Taylor Swift em Southport. Entre as três vítimas mortais estava Alice Aguiar, de nove anos, que era filha de um casal madeirense que vive em Sefton, em Merseyside, Inglaterra. O grupo cresceu rapidamente e, em poucos dias, tinha mais de 14 mil membros.
Os elementos do grupo organizaram o primeiro protesto no Reino Unido, na St Luke's Road, em Southport, no dia seguinte ao ataque, protesto esse que se transformou mais tarde num motim. Antes de o grupo ser eliminado pelo Telegram, foram anunciados vários outros locais de protesto, bem como uma lista de dezenas de centros de refugiados, sugeridos como potenciais alvos. Enquanto isso, Rasanen, a mais de 1600 quilómetros de Southport, também fez a sua contribuição para os tumultos,
partilhando um manual de fogo posto, que terá sido escrito por um grupo fascista russo proscrito como terrorista no seu próprio país. O manual incluía pormenores sobre a forma de evitar a polícia e encorajava o ataque a muçulmanos e judeus.
De acordo com a BBC, que se encontrou com Rasanen na Finlândia, o jovem celebra Adolf Hitler nas suas contas do Telegram e promove um grupo neonazi chamado Movimento de Resistência Nórdica, que está proibido como organização terrorista nos EUA. Além disso, descreve-se como “nacional-socialista”, já apelou ao genocídio do povo judeu e terá tido ligações online a um grupo nacionalista branco de extrema-direita no Reino Unido, o Patriotic Alternative (PA).
No seu encontro com a BBC, o jovem não negou ter enviado as mensagens nem ser administrador do grupo "Southport Wake Up", mas acusou a emissora britânica de assédio.
Segundo as autoridades finlandesas, Rasanen foi investigado quando era adolescente por fazer uma ameaça ilegal, mas nunca foi acusado de um crime. A polícia está "ao corrente" da situação atual, mas não fez mais comentários. Também não deixou claro se extraditaria um dos seus cidadãos para o Reino Unido.
Por sua vez, um porta-voz do Telegram disse que os seus moderadores removeram os canais do Reino Unido que apelavam à violência quando foram descobertos em agosto, incluindo o "Southport Wake Up". Um porta-voz do governo britânico afirma que está a trabalhar a um ritmo acelerado para aplicar a Lei da Segurança Online, que exige que as plataformas de redes sociais removam conteúdos ilegais e impeçam a propagação de desinformação.
JN/MS
Sete mortos em ataque israelita contra clínica em Beirute
Pelo menos sete profissionais de saúde e de salvamento morreram, em Beirute, num ataque das forças israelita contra o Líbano.
Oataque aéreo israelita atingiu o bairro residencial de Bashoura e teve como alvo um apartamento num edifício de vários andares onde funcionava uma dependência da Sociedade de Saúde, um grupo de socorristas civis ligados ao movimento xiita Hezbollah (Partido de Deus).
Segundo a Associated Press, tratou-se do ataque mais próximo da zona central da cidade de Beirute, onde se situa o edifício
das Nações Unidas e os gabinetes governamentais.
O ataque ocorreu no momento em que Israel estava a realizar uma incursão terrestre no Líbano contra o Hezbollah, ao mesmo tempo que conduzia ataques em Gaza que mataram dezenas de pessoas.
Israel diz que matou 60 combatentes do Hezbollah
Israel indicou que matou cerca de 60 combatentes do Hezbollah numa série de ataques aéreos no Líbano, incluindo um contra um edifício municipal na cidade de Bint Jbeil, no sul do país, onde terão morri-
do 15 milicianos. No total, as forças israelitas afirmaram ter atingido cerca de 200 alvos do Hezbollah em território libanês no último dia, incluindo infraestruturas militares, combatentes, armazéns de armas e pontos de observação.
O exército israelita indicou ainda que os aviões da sua força aérea conseguiram abater vários militantes que atacaram tropas no sul do Líbano, incluindo num incidente ocorrido esta quinta-feira, quando dois combatentes do Hezbollah dispararam contra soldados de uma das brigadas enviadas para a zona.
"A força aérea atacou rapidamente os terroristas e não foram registados feridos
entre os soldados", disse o exército israelita. Israel e o Hezbollah têm trocado tiros na fronteira com o Líbano quase diariamente desde o dia seguinte ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1200 pessoas. No mesmo ataque 250 pessoas foram sequestradas pelo Hamas.
Em resposta, Israel declarou guerra ao grupo militante na Faixa de Gaza. Mais de 41 mil palestinianos foram mortos no enclave palestiniano, de acordo com as autoridades sanitárias locais.
JN/MS
Agentes da PSP detidos por explorar mulheres para a prostituição em Lisboa
Dois agentes da PSP, atualmente integrados na Polícia Municipal de Lisboa, e uma mulher foram detidos por suspeitas de estarem envolvidos num esquema de tráfico de seres humanos com vista à exploração sexual de mulheres para a prostituição, na cidade de Lisboa. Outras duas pessoas foram constituídas arguidas.
Segundo a PSP, no total, foram realizadas sete buscas domiciliárias, que decorreram na zona da Grande Lisboa e no Algarve e tinham como objetivo recolher indícios da prática de vários crimes relacionados com o tráfico de seres humanos e lenocínio agravado. "A investigação, que decorre há cerca de um ano e meio, identificou uma estrutura que explorava mulheres para a prostituição, submetendo-as a condições degradantes e desumanas, obrigando-as a trabalhar de forma quase
permanente, limitando a sua liberdade e autodeterminação", informou, em comunicado, este órgão de polícia criminal. De acordo com a PSP, a estrutura era composta por uma mulher que geria o negócio e que contava com vários colaboradores, quer no espaço utilizado para a prostituição, quer como rede de apoio. Foram também identificados dois polícias, atualmente em funções na Polícia Municipal de Lisboa, que a PSP acredita estarem ligados ao negócio da exploração das mulheres para a prostituição.
Das sete buscas domiciliárias, seis foram realizadas a residências dos suspeitos e uma ao local utilizado para a prática da prostituição. Também a Polícia Municipal de Lisboa, local de trabalho dos dois agentes investigados, foi alvo de visita por parte dos polícias da Divisão de Investigação Criminal.
JN/MS
Três crimes de Ricardo Salgado prescreveram antes do julgamento
O Juízo Central Criminal de Lisboa declarou a prescrição de 11 crimes do processo BES/GES, dos quais três eram imputados pelo Ministério Público (MP) ao antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado.
Segundo o despacho assinado pela juíza Helena Susano, o ex-banqueiro viu cair dois crimes de falsificação de documento e um de infidelidade da lista de 65 crimes pelos quais tinha sido acusado pelo MP em 2020.
Em causa estão um crime de falsificação referente a um documento entre o fim de 2013 e o início de 2014 com declaração imputada ao governo da entidade Fonden, outro de falsificação de um contrato entre a sociedade ES Tourism Europe e outra entidade, e um de infidelidade, por uso do BES em dezembro de 2013 em operações com o BES Londres.
O levantamento dos crimes em risco de prescrição feito recentemente pelo MP indica ainda que Salgado pode ver cair em 24 de novembro mais um crime de falsificação e outros dois no final de dezembro. Já no primeiro trimestre de 2025 prescrevem em janeiro mais três crimes de falsificação de documento, um de infidelidade no final de fevereiro e outros três de infidelidade até 28 de março.
O despacho da magistrada declara ainda a prescrição de três crimes (dois de falsificação e um de infidelidade) de Francisco Machado da Cruz, de um crime de infidelidade relativamente ao ex-administrador
Morais Pires, a Pedro Góis Pinto, a Etienne Cadosch e a Michel Creton, além de um crime de falsificação de documento de Paulo Nacif Jorge, que assim não irá a julgamento, uma vez que este era o único crime que lhe era imputado.
No entanto, há vários arguidos no processo também denominado Universo Espírito Santo com mais crimes a prescrever até ao final do primeiro trimestre de 2025, nomeadamente Francisco Machado da Cruz, Amílcar Morais Pires, Pedro Góis Pinto, Pedro Almeida e Costa, Cláudia Boal Faria, Etienne Cadosch, Michel Creton, João Alexandre Silva e Nuno Escudeiro.
O julgamento do processo-crime Universo Espírito Santo vai arrancar no dia 15 de outubro, mais de uma década após o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), em agosto de 2014, e tem como principal arguido o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, que foi acusado de 65 crimes, entre os quais associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada e branqueamento.
Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.
Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.
JN/MS
A maioria dos portugueses tem uma opinião positiva das instituições e consideram que a adesão à União Europeia (UE) beneficiou o país, sendo os que têm melhor imagem do Parlamento Europeu (PE), segundo dados do Eurobarómetro.
De acordo com o inquérito realizado para o PE na sequência das recentes eleições europeias, 75% dos inquiridos em Portugal têm uma imagem positiva da União Europeia (UE 48%) e 70% do PE (UE 42%). Segundo o inquérito, uma maioria menos representativa de 62% (UE 43%) disse considerar que os eurodeputados deviam ter um papel mais importante.
A esmagadora maioria dos portugueses (90%) considera que o país beneficiou com a adesão à UE, em 1985, sendo de 70% a
média europeia. Uma fatia de 39% dos respondentes ao inquérito pós-eleitoral considera que a adesão à UE lhe traz uma voz mais forte no mundo (UE22%) e 36% escolheram a opção do contributo para o crescimento económico português. Uma maioria de 77% responde estar otimista quanto ao futuro da União (UE 65%). No que respeita à participação nas eleições, uma minoria de 37% responde ter participado (UE 51%) e entre estas, uma maioria de 51% seleciona o dever cívico como razão (UE 42%) e 40% dizem votar sempre (UE 46%).
Em Portugal, foram realizadas 1010 entrevistas (26 mil na UE) entre 15 de junho e 4 de julho para o inquérito realizado na sequência das eleições de 6 a 9 de junho. JN/MS
Manifestação
Há 30 dias em vigília, bombeiros sapadores do Porto dizem que a
Acampados desde o início de setembro em frente à câmara municipal do Porto, um grupo de bombeiros sapadores da cidade (e não só) pede que o Governo legisle a profissão, que não é valorizada e revista há mais de 20 anos.
Nem a chuva persistente que caía no Porto desmobilizou o grupo de bombeiros sapadores do Porto (e de outras cidades próximas), que está há mais de 30 dias em vigília em frente à câmara municipal.
A ação de protesto, tal como a que ocorreu na quarta-feira (2) na manifestação em Lisboa, reivindica a valorização da carreira e dos salários, a constituição da profissão como de desgaste rápido e o aumento do subsídio de risco, que está atualmente nos 7,03 euros mensais. "É cansativo, mas é um sacrifício que nós todos estamos a fazer", diz Leandro Queirós, de 48 anos.
O "acampamento" na Praça General Humberto Delgado, no Porto, em frente ao edifício da câmara municipal, tem funcionado por turnos. "Tivemos de nos organizar quando muita gente foi para Lisboa em autocarros e nós às 18.30 horas tivemos que sair daqui para entrar ao serviço à noite", conta o bombeiro sapador com 27 anos de trabalho. As imagens da escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, são a demonstração da "revolta de muitos e muitos anos". Leandro Queirós, acompanhado dos colegas, lamenta que a carreira não seja revista há mais de 20 anos e que o salário só suba por conta da inflação. Um outro bombeiro sapador afirma que estes profissionais deveriam ser incluídos num regime de desgaste rápido, uma vez que aos 60 anos de idade não têm a mesma capacidade física para atender às situações urgentes. Uma das reivindicações dos protestos é a reforma aos 50 anos.
Equipas sem motivação
Depois das palavras da ministra da Administração Interna sobre a responsabilidade das autarquias, Leandro Queirós critica a "conversa política" que, nas suas palavras, acabará por diluir as reivindicações dos bombeiros sapadores. "O Governo tem que legislar", disse, depois do grupo de bombeiros sapadores ter estado uns minutos à conversa com o presidente da câmara do Porto. Rui Moreira disse, em declarações aos jornalistas, que só por "desconhecimento" é que Margarida Blasco pode considerar que a responsabilidade da valorização dos sapadores passa pelas autarquias. Em reação ao protesto de Lisboa, a governante disse que os profissionais que se manifestaram na escadaria da Assembleia da República "são bombeiros cujo patrão não é Estado, são bombeiros que dependem das autarquias".
"revolta não é de hoje"
As palavras não caíram bem junto da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, que reagiu com "estranheza e estupefação". "Como é sabido, as autarquias locais não têm poder legislativo - este depende exclusivamente do Governo e da Assembleia da República", apontou a associação liderada pela socialista Luísa Salgueiro em comunicado.
Leandro Queirós, a trabalhar como chefe de serviço no Regimento de Sapadores do Porto, refere que "não tem sido fácil motivar as equipas". "É muito complicado (...) A nossa revolta não é de hoje, é de há muitos anos", sublinha.
ÁFRICA
Agentes do setor petrolífero debatem futuro em Angola
Com representantes de 40 países e centenas de organizações, "a conferência Angola Oil & Gas representa um catalisador para o investimento; o país está à beira de se tornar um 'hub' regional para o petróleo e gás, fazendo grandes progressos para maximizar os seus recursos para benefício da população regional", diz o diretor de eventos e projetos da conferência, Luís Conde, citado no site da Angola Oil & Gas.
Os números relativamente ao petróleo em Angola mostram a importância deste setor não só para as finanças públicas, mas também para a economia do país em geral.
No segundo trimestre deste ano, Angola exportou 96,8 milhões de barris de petróleo, mais 0,56% comparativamente ao trimestre anterior, e arrecadou 8,1 mil milhões de dólares (cerca de 7,4 mil milhões de euros), de acordo com os dados do governo, que revelam também que o preço médio de exportação foi de 84,9 dólares por barril, mais 1,98% do que no trimestre homólogo de 2023.
A China foi o principal destino das exportações, com 54,83% do volume total, seguindo-se Espanha com 8%, Índia (7,84%), Canadá (4,11%), França (3,71%) e África do Sul (3,5%). Só em junho, o segundo maior produtor de petróleo da Áfri-
ca subsaariana produziu 34,8 milhões de barris, tendo arrecadado o equivalente a mais de 750 milhões de euros, menos 20% do que no mês anterior devido à descida do preço do petróleo, de 87,69 dólares para 81,30 dólares.
A redução das receitas em junho mostra o perigo da dependência de uma matéria-prima para as contas do Estado, sempre sujeitas ao volátil mercado petrolífero.
Ainda assim, o petróleo é incontornável em Angola não só para financiar as despesas correntes, mas também para sustentar os investimentos nas energias renováveis e na diversificação económica, como sustentam analistas e agentes do setor, algo que o governo assume como fundamental, mas que não ocorre de um dia para o outro.
São esperados no Centro de Convenções Talatona, em Luanda, 2.500 delegados de 40 países, com mais de 100 oradores provenientes de 500 organizações.
A conferência será aberta pelo ministro do Petróleo e Recursos Naturais, e contará com sessões em que participam os responsáveis da Totalenergies, Azule Energy, ENI e Chevron, para além dos ministros com a tutela do petróleo em Angola, República Democrática do Congo, Namíbia e Costa do Marfim, e da secretária-geral da Organização Africana de Produtores de Petróleo.
DW/MS
Morreu o jornalista angolano Ismael Mateus
O jornalista angolano e membro do Conselho da República Ismael Mateus morreu na madrugada de terça-feira, 1 de outubro, em Luanda, vítima de acidente de automóvel.
Oacidente aconteceu por volta das 05:40 na avenida 21 de Janeiro, sentido Gamek-Aeroporto.
Ismael Mateus Sebastião, natural de Luanda e de 61 anos de idade, além de jornalista, foi conselheiro do Presidente da República, quadro da ENDIAMA, escritor e docente universitário. Considerado um dos decanos do jornalismo angolano, Mateus trabalhou na Rádio Nacional de Angola, na Rádio Luanda Antena Comercial, entre outros, e nos últimos tempos era comentador na TV Girassol e colunista no Novo Jornal.
Na atividade corporativa, foi secretário-geral e um dos fundadores do Sindicato dos Jornalistas Angolanos e estava a trabalhar agora, com outros colegas, na realização de um congresso dos jornalistas angolanos.
Ismael Mateus era também membro da União dos Escritores Angolanos. Entre outras colaborações dispersas, publicou o seu primeiro livro “Bué de Bocas”, em 1992, mais tarde lançou “Ascensão e Queda de Bartolas Matias”, no ano 2000, por ocasião do 25º. aniversário da Independência Nacional coordenou a coletânea de textos “Angola, a festa e o luto”, em 2001 publicou “Os tempos de YaKalaya”, no ano seguinte deu à estampa “Unita, que futuro?” e em 2003 publicou “Sobras de guerra”.
VP/MS
Vice-primeiro-ministro cabo-verdiano propõe regulamentação da emigração no espaço CPLP
O vice-primeiro-ministro de Cabo Verde criticou a falta de mobilidade dentro do espaço da CPLP, ao mesmo tempo que propôs regulamentação da emigração dentro da comunidade, que caracterizou como uma “grande oportunidade” para todos os Estados-membros.
“Os acordos de Brasília [assinados em 2021] para facilitação da circulação entre os países da CPLP continuam, no essencial, não direi ‘letra morta’, mas de pouca utilidade; as dificuldades e restrições à circulação de bens, serviços e capitais mantêm-se e, em alguns casos, até ficaram agravadas”, criticou Olavo Correia, numa apresentação no Segundo Fórum de Economistas da ALECON — Associação Lusófona de Economia, que decorreu na sede da UCCLA em Lisboa. “Enquanto líder da CPLP e da lusofonia, quando vejo artistas,
empresários, jovens talentosos que não conseguem obter um visto para circular no espaço da CPLP, quase que mendigam para obter um visto — e nós aqui a falar da CPLP como espaço de liberdade — há aqui uma grande contradição”, acrescentou o governante cabo-verdiano. “Temos na CPLP uma grande oportunidade ao nível da emigração, que é formar jovens nos nossos países, que podem trabalhar na União Europeia, tendo em conta o perfil demográfico dos nossos países, mas olhamos para isso como um grande problema e um grande drama”, afirmou.
Fundada em 1996, a CPLP integra atualmente nove países – Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. OB/MS
Eto'o suspenso seis meses dos jogos dos Camarões pela FIFA
Samuel Eto’o, presidente da Federação Camaronesa de Futebol (Fécafoot), foi suspenso pela FIFA dos jogos de seleções por um período de seis meses, em consequência do seu comportamento no último Mundial sub-20 feminino.
OComité Disciplinar da FIFA acusa o antigo número ‘9’ do FC Barcelona e dos ‘Leões Indomáveis’ de ter infringido as regras relativas a “comportamento ofensivo”, em “violação dos princípios do fair-play” e de “incorreção de jogadores e oficiais”.
Concretamente, repreende-se o facto de Eto’o ter pressionado os oficiais aquando dos oitavos de final do torneio, em que as
camaronesas perderam com o Brasil por 3-1, após grandes penalidades. A suspensão de Eto’o não o afasta das funções de presidente da Fécafoot mas impede-o de “assistir aos jogos de futebol masculino e feminino implicando equipas representativas em todas as categorias ou grupos etários”, esclarece a informação da FIFA.
O antigo jogador, na presidência federativa desde 2021, está em conflito aberto com as autoridades dos Camarões. Em março, recusou a nomeação do selecionador belga Marc Brys para a equipa principal, imposta pelo Ministério dos Desportos, para mais tarde se sujeitar à escolha.
Cerca de 3.000 brasileiros já pediram ajuda para sair do Líbano
Cerca de 3.000 brasileiros que moram no Líbano pediram ajuda para deixar o país diante da escalada de violência na região, segundo informações do governo do Brasil. Estimativa do governo é de que 20 mil brasileiros vivam no Líbano. A consulta para aqueles que desejam repatriação segue aberta, e a população pode procurar o Itamaraty pelos seguintes números: sala de operações do Sul do Líbano: 07753684; sala de operações de Baalbeck Hermel: 08371479; sala de operações de Nabatiyyeh: 07769002; sala de operações do Bekaa: 08803905.
Não há detalhamento sobre quando a operação vai começar, nem sobre qual rota os voos de repatriação devem seguir. O Itamaraty informou, somente, que o planejamento inicial da FAB prevê que a decolagem ocorra do aeroporto de Beirute, que continua aberto.
UOL/MS
Fila para transplante de córnea no Brasil quase triplica em 10 anos
O número e pacientes na fila de espera para transplante de córnea quase triplicou no Brasil nos últimos dez anos. Os dados são do SNT (Sistema Nacional de Transplantes) analisados pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia).
O que aconteceu
Em junho de 2024, 28.937 pessoas estavam na fila para transplante. Em 2014, este número era de 10.734. Em dez anos, 146.534 pessoas realizaram o transplante. Até a metade deste ano, 8.218 cirurgias para transplante de córnea foram realizadas. Os dados foram captados a partir de atendimentos feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e nas redes privada e suplementar.
Uma pessoa que precisa de transplante de córnea espera, em média, 194 dias para a cirurgia. São mais de seis meses de espera mais o tempo de recuperação para o paciente voltar a enxergar. Situação mais crítica está no Maranhão. O tempo de espera no estado para um transplante de córnea é de 595 diasmais ou menos 19 meses. Na sequência, o Pará tem tempo de espera de 594 dias.
UOL/MS
BRASIL
Quatro pizzaiolos brasileiros entram para a lista 100 melhores do mundo em 2024
Quatro pizzaiolos brasileiros entraram para a lista dos 100 melhores do mundo em 2024, um ranking organizado pela rede The Best Chef, criada em 2015 pelo gastrônomo italiano Cristian Gadau e a neurocientista polonesa Joanna Slusarczyk.
Os nomes do Top100 Pizza foram selecionados por 568 pessoas, compreendendo 348 chefs e 220 profissionais de vários setores, como jornalistas e especialistas em gastronomia, de diversos países.
Os brasileiros que entraram para o ranking foram os chefes Fellipe Zanuto(em 42º lugar, do A Pizza da Mooca); Matheus Ra-
mos (em 56º lugar, da QT Pizza Bar); Dani Branca (em 72ª posição, da Soffio Pizzeria); e Pedro Siqueira(na 79ª posição, da Ella Pizzaria).
O primeiro lugar da premiação ficou com o italiano Franco Pepe, da renomada pizzaria Pepe In Grani, na comuna de Caiazzo, próxima à Nápoles. G1/MS
2 cidades em SP lideram ranking de praias poluídas por plástico e com certeza você já
As praias de Mongaguá e São Vicente, localizadas na Baixada Santista, litoral de São Paulo, ocupam os primeiros lugares no ranking das mais poluídas por plásticos em toda a costa brasileira. Esse dado alarmante foi revelado por um estudo pioneiro da Sea Shepherd Brasil, em colaboração com o Instituto Oceanográfico da USP.
Afoi a alguma delas
o todo, o levantamento abrangeu 306 praias do litoral brasileiro. Mongaguá lidera no acúmulo de microplásticos, enquanto São Vicente se destaca pelos macrorresíduos, mostrando diferentes dimensões da poluição plástica.
Em São Vicente, foram encontrados cerca de dez resíduos plásticos por metro quadrado de areia, enquanto Mongaguá re-
Nacionalidade portuguesa para brasileiros agora com nova plataforma promete agilizar processos
O governo de Portugal lançou nesta terça-feira, 1º, uma nova plataforma que pretende agilizar o trâmite de processos de nacionalidade portuguesa de brasileiros e outros estrangeiros. A nova versão utilizada pelo Instituto de Registros e Notariado (IRN) vai digitalizar as operações associadas aos processos de nacionalidade, desde a entrada do pedido e dos respectivos documentos, análise e decisão final.
As novas funcionalidades envolvem as seguintes etapas: digitalizar os documentos apresentados pelo requerente logo na en-
trada do pedido; extrair os dados de identificação do requerente com recurso de inteligência artificial; inserir automaticamente no sistema; classificar, de forma automática, o processo quanto à tipologia do pedido. Entre as situações que a lei nacional possibilita ao cidadão estrangeiro a obtenção da nacionalidade portuguesa estão: tempo de residência legal em Portugal; nacionalidade dos familiares; relação existente com a comunidade portuguesa.
UOL/MS
velou uma situação ainda mais crítica, com 83 fragmentos de microplástico por metro quadrado.
A Expedição Ondas Limpas, projeto responsável por essa análise, percorreu as praias de 201 municípios em 17 estados, cobrindo 7.000 quilômetros de litoral, do Rio Grande do Sul ao Amapá. Catraca livre/MS
Governo amplia cortes de Saúde e Educação, mas libera verbas para Cidades
Os Ministérios da Saúde e da Educação foram as únicas pastas a amargarem um bloqueio maior na atualização dos recursos utilizados para o cumprimento da meta de zerar o déficit público neste ano.
Transportes, Fazenda e Cidades foram as pastas com as maiores liberações em relação às contenções anunciadas em julho.
O que aconteceu
Governo anunciou medida para alcançar déficit zero. O Ministério do Planejamento detalhou na noite desta segunda-feira (30), em edição extra do DOU (Diário Oficial da União). A atualização zera os contingenciamentos, mas eleva para R$ 13,3 bilhões o valor total de bloqueios no Orçamento.
Medida representa um descontingenciamento de R$ 1,7 bilhão. A decisão foi tomada com o objetivo de zerar o déficit das contas públicas neste ano, obedecendo às regras do arcabouço fiscal. O valor representa uma atualização em relação ao anúncio realizado no mês de julho, que previa a contenção de R$ 15 bilhões.
UOL/MS
Suplemento Desportivo
NOITE DE SONHO NA LUZ
Organização lusa do Mundial 2030 em risco devido a impasse em Espanha P37
Toronto FC face crucial showdown P37
entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras. P38
Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.
Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.
Não fique Fora de Jogo.
Passeio na Amoreira, mesmo com Viktor em branco
Mais uma jornada, mais um passeio para o Sporting de Ruben Amorim. O treinador disse que ficava «desconfortável» com os constantes elogios à equipa, com receio que estes amolecem o ímpeto da equipa, mas acaba por ser incontornável destacar a forma demolidora como os leões desmontam os adversários, até porque este já é o melhor arranque dos leões no campeonato em mais de trinta anos Com sete vitórias consecutivas, o clube de Alvalade já bateu o melhor registo de Jorge Jesuse está a apenas a dois passos do melhor arranque do século na Liga. Esta noite nem foi preciso de Viktor Gyökeres que ficou, pela primeira vez, em branco e acabou substituído.
Ruben Amorim já tinha desmontado a estratégia do Estoril de Ian Cathro na antevisão do jogo e os seus pupilos limitaram-se a fazer os trabalhos de casa, resolvendo a contenda em dois tempos, depois dos canarinhos, com duas linhas bem compactas, terem resistido aos constantes assaltos dos visitantes ao longo de pouco mais de vinte minutos.
Um treinador que tem moral junto do plantel para retirar a titularidade a Conrad Harder, depois do dinamarquês se ter estreado com um golo e uma assistência no jogo anterior, e abrir espaço para mais uma estreia, neste caso, do uruguaio Maxi Araújo que entrou para o lado esquerdo do ataque. Além disso, recuperou Geny Catamo e Morita para o onze, curiosamente os autores dos dois primeiros golos desta noite. Na defesa, apesar dos regressos de Gonçalo Inácio e Eduardo Quaresma, o treina-
dor não mexeu e acabou por ser Matheus Reis, com nota artística, a desbloquear o jogo, com um pormenor delicioso, antes de servir Geny Catamo para o primeiro golo da noite.
A verdade é que, com pequenos retoques, jogo a jogo, o líder dos leões consegue manter o rendimento da equipa alto e, ao mesmo tempo, toda a gente motivada. Apesar do Estoril defender com muitos jogadores, o Sporting conseguia facilmente profundidade pelas alas, com Maxi Araújo a deixar o corredor para Nuno Santos e a
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procurar terrenos mais interiores, sobre a esquerda. A mesma receita do lado contrário, com Geny Catamo a subir e Francisco Trincão, em grande forma, a provocar desequilíbrios.
Foi deste último corredor que surgiu o segundo golo, de forma tão natural, como desconcertante, com Geny Catamo a lançar Trincão que desceu até à linha e cruzou para o primeiro poste onde surgiu Morita a encostar. O japonês, habitualmente reservado, praticamente não festejou, limitou-se a sorrir. Nesta altura, o Sporting já
tinha o controlo absoluto do jogo e, até ao intervalo, podia ter aumentado a vantagem, com destaque para uma bomba de Francisco Trincão ao poste.
Pode parecer estranho estarmos aqui a falar de um jogo do Sporting e ainda não termos mencionado o nome de Viktor Gyökeres, mas, a verdade, é que o sueco, com a namorada mais uma vez nas bancadas, esteve discreto esta noite e, nesta primeira parte, somou apenas uma cabeçada por cima da trave e acabou por sair, sob aplausos, a meio da segunda (esteve a fazer gelo no joelho direito no banco).
Ruben Amorim foi tranquilo para o intervalo e, quando sentiu a equipa a amolecer, no arranque da segunda parte, promoveu três alterações de uma assentada, lançando Gonçalo Inácio, que precisa de recuperar ritmo para a Champions, além de Daniel Bragança e Conrad Harder. O Estoril ainda provocou um calafrio, com um cruzamento de Pedro Amaral que levava selo de golo, mas Matheus Reis, com a ponta da bota, impediu que a bola chegasse a Alejandro Marqués, destacado no segundo poste. Uma exceção ao total domínio do Sporting que se prolongou para quase todo o segundo tempo, com os leões instalados no meio-campo dos canarinhos, embora com um ritmo bem mais baixo. Amorim continuou a promover alterações até Daniel Bragança fechar o resultado, já em tempo de compensação, com um pontapé de fora da área que deixou Robles pregado ao relvado. Este Sporting respira saúde e, prova disso, é que, nesta altura, tem mais do dobro dos golos marcados do que FC Porto e Benfica juntos.
MF/MS
Dragão acelera no vermelho
Nem 15 minutos da segunda parte bastaram para o FC Porto resolver o que parecia ter adiado até ao intervalo. Três golos no espaço de dez minutos antes da hora de jogo, por Samu, Nico González e Galeno, recolocaram o dragão no caminho das vitórias, após a derrota europeia na Noruega e em fim de semana do 131.º aniversário do clube. Deniz Gül fechou as contas da goleada (4-0) nos minutos finais.
Aexpulsão do turco Güven Yalçin, em cima do intervalo, condenou o Arouca ao fracasso no Dragão. O 0-0 rapidamente foi desfeito após o recomeço, o FC Porto caminhou para um final de tarde tranquilo, recuperou o 2.º lugar perdido por horas para o Benfica e estreou Fábio Vieira, que recebeu a ovação da noite. Os dragões iniciam da melhor forma uma semana com três jogos em casa: seguem-se o Manchester United e o Sp. Braga. Dois testes à prova de fogo no (e para o) Dragão, que neste domingo teve ainda um grande momento de homenagem aos bombeiros antes do apito inicial.
Meio-campo de cara lavada, 45 minutos de avanço
Vítor Bruno fez quatro alterações em relação à derrota com o Bodo/Glimt, fazendo regressar Alan Varela, Vasco Sousa, Pepê e Galeno ao onze inicial. Saíram Eustáquio, Iván Jaime, Grujic e Gonçalo Borges (os últimos dois nem no banco esta noite). Meio-campo de cara lavada, mas um FC Porto a tardar em cimentar o seu jogo. Acabou, apesar de melhor até ao intervalo, por dar 45 minutos de avanço ao Arouca. Mas, com 11 para 10, percebeu-se que seria uma questão de tempo…
Os primeiros 20 minutos foram de alguma anarquia. O FC Porto, decidido em chegar à área do Arouca, tardava porém em definir da melhor forma para atingir pela certa a baliza à guarda de Mantl, que apesar de ter mantido o 0-0 até ao descanso – e quando lá não esteve, Popovic substituiu-o
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para negar a grande ocasião de golo a Pepê aos 29 minutos – teria ligação direta, pela negativa, ao evoluir do marcador.
Até foi o Arouca a ter a primeira ocasião mais perigosa, por Yalçin (20m), turco que acabaria a primeira parte a colocar em maior perigo a sua equipa. Já amarelado de
forma desnecessária por se ter colocado à frente de Diogo Costa num pontapé de baliza, foi expulso após uma falta dura sobre Alan Varela (43m) e tudo seria diferente na segunda parte.
Samu abre caminho à goleada, Gül dá música ao Dragão
A fechar a primeira parte, Samu e Zé Pedro já tinham cheirado o 1-0 e dois minutos bastaram na segunda para Samu – já começa a ser hábito – abrir o marcador num lance meio às três tabelas, mas a premiar o faro pelo golo do espanhol, que marcou o quinto golo nos quatro últimos jogos pelo FC Porto.
A partir daí, tudo se complicou ainda mais para o Arouca e Mantl piorou tudo com um passe arriscadíssimo para David Simão. Nico González roubou-lhe a bola e fez o 2-0 (52m). Golos a cada cinco minutos e Galeno fez o 3-0 aos 57, concluindo na área após canto de Alan Varela. Já com o Arouca fora da luta pelo resultado, Gonzalo García ajustou a equipa com as entradas de Chico Lamba e Pedro Santos (saíram Sylla e Trezza) e a equipa passou a jogar com uma linha de cinco atrás, para evitar mais estragos, tapar espaços e ter mais soluções na saída a jogar.
Certo é que o jogo teve sentido único e Deniz Gül acabou como o daddy cool da noite. Tinha entrado para a segunda parte – para a saída de Vasco Sousa, fez o 4-0 (segundo golo em dois jogos) e deu música (a música que já faz furor) aos ouvidos dos portistas, numa noite que terminou ainda com Rodrigo Mora (estreia na Liga e no Dragão pela equipa principal), André Franco e Eustáquio em campo e com a vitória mais expressiva do FC Porto em 2024/25. MF/MS
Coração e pulmões outra vez em uníssono
Bruno Lage assumiu as rédeas de um Benfica fraturado, com pouco rendimento em campo e muitas dúvidas a vir da bancada. Contestação, very-lights atirados para o relvado, e lenços brancos guardados no bolso eram habitués dos jogos caseiros do Benfica, na fase final de Roger Schmidt. Ao quarto jogo de Lage no comando técnico, numa fase muito precoce da temporada, parece que as feridas entre equipa e adeptos começam a ficar saradas.
Eque melhor remédio do que vitórias?
São duas seguidas em casa e com goleadas atreladas. Bruno Lage tinha dito antes do jogo com o Santa Clara, há 15 dias, que o «coração vai estar nas bancadas e o pulmão em campo». Foi isso que se verificou no Benfica-Gil Vicente, ganho por 5-1, na noite deste sábado - mesmo a sofrer primeiro -, e essa é a grande notícia do jogo. Félix Correia marcou pelo Gil Vicente, Otamendi, Aktürkoglu, Amdouni, Florentino e Rollheiser fizeram os golos do Benfica.
A tarefa que se pedia era bem diferente do jogo anterior com o Bessa. Bruno Lage tem rejeitado falar em ‘mudanças de chip’, mas a verdade que a exigência de defrontar um Boavista fragilizado pela incapacidade de inscrever jogadores é diferente de jogar contra um Gil Vicente com bons elementos (para a Liga portuguesa) e um treinador que pugna pelo futebol positivo.
E os primeiros momentos do jogo ilustraram isso. Sem se esconderem do jogo, os gilistas marcaram na primeira hipótese que tiveram para visar a baliza de Trubin. Com Carreras e Otamendi muito distantes de António Silva e Bah, abriu-se um buraco na linha defensiva do Benfica. Fujimoto, inteligente, viu esse vazio e enviou a bola para a desmarcação de Félix Correia, ao primeiro poste. O extremo formado no Sporting não se fez rogado e atirou a contar.
A Luz gelava por alguns segundos, mas retomou pouco depois o apoio à equipa. A
I LIGA - CLASSIFICAÇÃO
verdade é que, à medida que Bruno Lage vai somando vitórias, os adeptos parecem corresponder com apoio e até uma assinalável ovação ao treinador antes do jogo começar.
Acompanhado dos adeptos, o Benfica ia carregando a defensiva contrária. E conseguiu virar o resultado de uma maneira talvez pouco previsível – com dois golos de cabeça. O primeiro chegou através de um canto batido por Ángel Di María, à direita do ataque. A bola foi direitinha para o co-
lega e amigo Nicolás Otamendi, que subiu bem e cabeceou para dentro da baliza.
Se o empate veio aos 17m, o segundo consumou-se aos 25m. E a sentença, chegou da mesma forma – com uma cabeçada certeira (e oportuna) de Kerem Aktürkoglu. O baixinho nem precisou de saltar no meio dos centrais, que foram traídos por um pequeno desvio no cruzamento de Aursnes. Mais um golo para o extremo turco, que tem vindo a ganhar evidenciar-se.
Ainda assim, o Gil Vicente não baixou
Estoril
Rio Ave 20:15 Famalicão 5 de outubro
Gil Vicente 15:30 Estrela
Moreirense 15:30 Santa Clara
Arouca 18:00 AVS
Sporting 20:30 Casa Pia 6 de outubro
Vitória SC 15:30 Boavista
Farense 15:30 Estoril
Nacional 18:00 Benfica
FC Porto 20:30 Braga
os braços e até remeteu o Benfica ao seu meio-campo com uma posse de bola esclarecida. Faltava era capacidade de entrar na área do Benfica. Mesmo assim, Cauê e Félix iam deixando avisos.
O intervalo não trouxe alterações e só arrefeceu o espetáculo. Até à hora de jogo, as chances de golo escassearam e o Benfica parecia perder objetividade na frente. O primeiro momento perigo chegou de forma atabalhoada, com um cruzamento de Tomás Araújo a rasar a linha de golo após um corte.
Mexidas de Bruno Lage interromperam marasmo na segunda parte
Ao deparar-se com esta falta de ideias, Bruno Lage atuou. Lançou de uma assentada Arthur Cabral, Amdouni e Rollheiser. Saíram Pavlidis, Kokçu e Akturkoglu, numa tentativa de refrescar o ataque. A formação tática mudou para um 4-4-2. Mudam-se os atacantes, mudam-se as vontades. Cabral não demorou muito até lançar uma bola a rasar a barra, mais uma vez de cabeça, e o terceiro golo foi marcado por Zeki Amdouni. Fora da área, utilizou o pé mais fraco para marcar o golo da noite. De pé esquerdo, bateu rasteiro para o poste mais distante e estreou-se a marcar no novo clube.
Ainda houve tempo para um falhanço de Carreras, que fez um remate deficiente de pé direito com a baliza aberta. Para isso, e mais dois golos tardios - Florentino Luís, mais uma vez de canto, aos 90m e Rollheiser, nos descontos, a aproveitar um erro grosseiro de Andrew, que deixou escapar a bola das mãos.
O Benfica tira partido dos lances de bola, algo que estava em falta na fase derradeira de Roger Schmidt ao leme do Benfica. Já diante do Santa Clara, em casa, os homens de Lage tinham feito a diferença dessa forma. Os encarnados somam 16 pontos e sobem ao segundo lugar, a cinco do Sporting. O Gil Vicente fica em 11.º, com sete pontos. MF/MS
Guerreiros metem a terceira com triunfo folgado
Não foi preciso acelerar muito. Numa série de jogos exigente – seguem-se deslocações ao Olympiacos e ao Dragão – o Sp. Braga despachou o Rio Ave na pedreira com um triunfo por quatro bolas a zero. Gabri, Gharbi, Ricardo Horta e Bruma apontaram os golos com que os guerreiros meteram a terceira. Terceiro triunfo consecutivo do Sp. Braga após um período de turbulência – três jogos sem vencer – a colocar a equipa de Carlos Carvalhal na rota que tem sido habitual dos guerreiros: ultrapassam Famalicão e Vitória na tabela classificativa, chegando-se ao quinto lugar.
Penafiel vence em Portimão e amarra liderança
O Penafiel venceu fora o Portimonense por 2-0 e segurou a liderança da II Liga com 14 pontos, mais um do que o Benfica B.
Oprimeiro golo do jogo surgiu logo no minuto inaugural, quando Nuno Campos marcou na própria baliza. Robinho, aos 65 minutos, deu conforto aos penafidelenses, que terminaram o jogo reduzidos a dez por expiulsão de Fatai.
Num dos outros jogos do dia, o Tondela goleou em casa o vizinho o Académico Viseu por 4-1.
II LIGA - CLASSIFICAÇÃO
Ricardo Alves inaugurou o marcador para os anfitriões aos 16 minutos e logo a seguir Roberto dobrou a vantagem.
Numa primeira parte agitada, Yuri Araújo reduziu ainda antes da meia-hora, mas Pedro Maranhão repôs distâncias ao minuto 38.
Na segunda parte, numa altura em que os viseenses já estavam reduzidos a dez (Aindara foi expulso aos 77m por acumulação de amarelos, Pedro Maranhã bisou, fixando o resultado final aos 83 minutos.
O Tondela está no 3.º lugar da II Liga (em fase de subida) com dez pontos, os mesmos do Académico Viseu.
JN/MS
Benfica B vence Paços de Ferreira com duas estreias a marcar
O Benfica B venceu, de forma esclarecedora, o Paços de Ferreira, na tarde deste sábado.
Ojogo teve lugar na 'capital do móvel' e terminou com um 0-3 favorável às águias. Foi também um jogo marcado pelas estreias a marcar de Kiko e João Veloso. Depois de ter empatado com a Oliveirense, o Benfica B vinha para este jogo de 'orgulho ferido'. Kiko, capitão de equipa, começou por tranquilizar a equipa com um golo aos 34 minutos, através de uma jogada de insistência. Foi o primeiro golo do lateral na equipa B, celebrado de forma acrobática. Já na segunda parte, dois suplentes utilizados completaram o marcador. Aos
79m, Luan Farias cruza em zona privilegiada para João Veloso cabecear para dentro da baliza. Estreou-se também a marcar pela equipa B do Benfica, com um festejo eufórico. Já o extremo José Melro finalizou as contas nos descontos da segunda parte, registando o segundo golo da época. Desta forma, a equipa secundária do Benfica está no primeiro lugar da II Liga, com 13 pontos, mas pode ser ainda ultrapassada pelo Penafiel ou Académico de Viseu. Já o Paços tem apenas quatro pontos e está em zona de despromoção.
Felgueiras foi ao Olival prolongar «jejum» do FC Porto B
O FC Porto B perdeu, no Olival, na receção ao vizinho Felgueiras (0-2) e, ao fim de seis jornadas, continuam sem conseguir vencer, somando quatro empates e duas derrotas.
Com seis jogos disputados, a equipa capitaneada pelo experiente André Castro divide o último lugar da classificação com o Paços de Ferreira, com apenas 4 pontos, e foi ultrapassada, pela Oliveirense que, por sinal, somou a primeira vitória, ao bater o Feirense (1-0) com um golo solitário de Mateus Raniel (56m).
MF/MS
Clara
Arouca 18:00 AVS
Sporting 20:30 Casa Pia
6 out 2024
Vitória SC 15:30 Boavista
Farense 15:30 Estoril
Nacional 18:00 Benfica
FC Porto 20:30 Braga
Samu foi dos diabos. Maguire também
Não foi 2004. Nem 2009.
Nem era a eliminar. Mas, a dada altura, foi como se fosse. Um jogo de tudo ou nada.
Não teve um McCarthy ou um Costinha. A mítica corrida de um tal de Mourinho. Ou Cristiano Ronaldo em campo.
Mas foi um jogo dos diabos. Foi mesmo! Vá, não foi literalmente dos diabos. Começou até por ser (e parecia ter tudo para ser). Como ainda mais parecia ter tudo para ser do FC Porto, que virou um 0-2 para um 3-2. Mas se Samu mostrou ser mesmo um avançado dos diabos, Maguire resgatou os «red devils» do fundo do poço, com o 3-3 final aos 90+2m, já com o Man. United reduzido a dez devido à expulsão de Bruno Fernandes (81m).
Emoção, incerteza, uma grande reviravolta e, por fim, um empate que dá o primeiro ponto ao FC Porto na Liga Europa. Um Manchester United na mó de baixo (e com Ten Hag em xeque) teve um início de sonho no Dragão e vencia por 2-0 aos 20 minutos. Os golos de Pepê (28m) e dois de Samu (34m, 50m) permitiram uma reviravolta que quase foi para os livros das grandes noites europeias do FC Porto, mas os ingleses ganharam lá nas alturas. Quando já nada o fazia prever.
Início de pesadelo para o FC Porto
A «corda ao pescoço» que o FC Portodisse Vítor Bruno antes do jogo - tinha para esta noite europeia tornou-se ainda mais apertada num início que ganhou contornos de desastroso para os azuis e brancos. Até deu indícios de não o ser, porque o FC Porto teve cinco minutos iniciais interessantes. Ao ataque.
Mas do outro lado, houve um tal de Rashford. Foi o cabo dos trabalhos para a defesa
portista, a partir da esquerda. Foi daí que, a passe de Eriksen, passou pela “sanduíche” criada por João Mário e Eustáquio, antes de bater Diogo Costa ao minuto sete, no primeiro remate dos «red devils».
O United voltou a ameaçar pelo mesmo lado mais uma vez e faria estragos de novo ao minuto 20. Eriksen ganhou a bola a meio-campo depois de um duelo ganho por Zé Pedro a Hojlund pelo ar, mas o avançado dinamarquês ganharia mais à
Creditos: DR
frente, concluindo para o 2-0 a passe de Rashford.
Em ambos os golos, um denominador comum: Diogo Costa tocou a bola, deixou-a escapar. E ficou mal na fotografia.
Corda desatada por Pepê… até Samu
A noite corria na perfeição ao Man. United, muito eficaz. Mas o FC Porto foi dando sinais de querer reagir e tudo mudou a
partir do minuto 28. A esperança renasceu quando Pepê, após uma defesa para a frente de Onana, reduziu distâncias, seis minutos antes de Samu – quem mais, não é? – levar à loucura a maioria dos mais de 49 mil adeptos com o 2-2, de cabeça após cruzamento de João Mário.
O jogo mudou de figura. O FC Porto desatou a corda. E parecia que mais um golo podia surgir a qualquer momento. Até ao intervalo, até foi o Man. United a avisar por Casemiro e Rashford, como Moura o fez logo a abrir a segunda parte, para a qual já não voltou Rashford (entrou Garnacho).
Porém, cinco minutos de jogo bastaram após o reatamento para o dragão soltar-se totalmente da corda ao pescoço, pela garra e sentido de golo de Samu, que bisou para o 3-2 a cruzamento de Pepê.
Do vermelho a Bruno à improvável aposta ganha de Ten Hag a partir do banco
A noite corria de feição ao FC Porto e o frenesim do jogo quase deu mais um golo a Samu (66m), mas Onana manteve o Man. United vivo num jogo em que os ingleses começaram a aproximar-se mais da área contrária a partir do minuto 70, já com Antony e Zirkzee em campo. Garnacho também se mostrou irrequieto, mas o FC Porto ia mantendo a vantagem e a expulsão de Bruno Fernandes, ao minuto 81, após choque com Nehuén Pérez (segundo amarelo) parecia complicar ainda mais a vida a Ten Hag.
Só que o neerlandês, que minutos antes tinha trocado os dois centrais (De Ligt e Lisandro por Maguire e Evans) acabou por ser salvo pelo inglês que, a canto de Eriksen, desviou para o 3-3.
Samu foi dos diabos… até Maguire. E ninguém saiu totalmente a sorrir desta epopeia.
MF/MS
Uma águia de gala, gigante como antigamente
«Será um jogo de Champions e que seja uma noite à Benfica das antigas. Espero a melhor versão de cada jogador.»
Omote foi dado por Bruno Lage e cumprido à risca pelo Benfica. A águia europeia voou alto, bem alto nesta noite de bola no Estádio da Luz.
Na estreia dos encarnados a jogar em casa na nova Liga dos Campeões, houve vitória portuguesa frente ao Atlético de Madrid, por 4-0. A águia venceu e… convenceu.
Bruno Lage manteve a estrutura que o tem acompanhado nesta segunda passagem pelo Benfica, mas com duas novidades: Bah regressou à lateral-direito e foi Tomás Araújo o escolhido para fazer dupla com Otamendi: António Silva foi para o banco.
Uma noite vermelha desde o início
Desde cedo se percebeu que a noite ia ser vermelha. As águias entraram a mandar no jogo, com a lição bem estudada e a banalizar um Atlético de Madrid longe do seu melhor, como tantas vezes acontece.
A pressão alta resultou, a defesa colchonera teve muitas dificuldades para sair a jogar, e na frente, apesar do esforço de Griezmann, o ataque não rolava. E foi por aí que o triunfo encarnado começou a ser construído.
Witsel, primeiro, e Oblak, depois, impediram Pavlidis de festejar logo nos primeiros dez minutos. Sorte diferente teve Aktürkoglu, aos 13 minutos, quando fez o 1-0, depois de ser servido por Aursnes e após uma recuperação em zona alta dos homens da casa.
Se a balança já estava inclinada, a partir daí mais inclinada ficou.
Di María foi um vagabundo, andando um pouco por todo o lado, e combinando principalmente com Kökcü e Carreras. Aursnes dava largura na direita, ao lado de Bah. E
o ataque do Benfica foi-se dando de forma natural, mesmo numa noite mais desinspirada de Pavlidis – apesar de todo o trabalho sem bola.
E mesmo com vários períodos sem grande acutilância ofensiva, o Benfica foi sempre o adulto da sala, com a lição bem estudada e pronta para banalizar um adversário que ombreia com os melhores da Europa. Pavlidis, um prenúncio para a segunda parte
Só Samuel Lino, o ex-Gil Vicente, foi capaz de causar calafrios a Trubin, num lance até involuntário. Do outro, Pavlidis esteve perto do 2-0 em cima do intervalo. Um prenúncio do que aí vinha.
Simeone fez três alterações ao intervalo, sacrificou inclusivamente Griezmann, e o Atlético só piorou. Ao mesmo tempo, claro, o Benfica melhorou.
Di María fez o segundo de penálti aos 52 minutos, e a partir daí foram 38 minutos e uns pozinhos de uma noite europeia à Benfica, a tal que Lage tinha pedido, e que só não teve outros contornos porque houve algum desperdício.
Adeptos pediram, Bah e Kökcü responderam
A Luz voltou a ser Luz, gritaram-se olés, pediram-se mais golos. Bah e Kökcü, este de penálti, acederam ao pedido, por entre um par de lances em que Oblak evitou males maiores.
Se este era o maior teste – até à data – do novo Benfica de Lage, foi ultrapassado, e com distinção. A águia soma seis pontos em seis possíveis e junta-se ao grupo de líderes da nova Champions League.
Isto na noite em que a Luz voltou a ser Luz e o Benfica voltou a ser o Benfica europeu. Bruno Lage pediu, as águias entregaram.
MF/MS
Foi preciso ir a Bragança
Na primeira parte e nos minutos iniciais da segunda em Eindhoven, o Sporting foi uma sombra de si mesmo. Os leões estiveram presos num colete de forças até à entrada em campo do jogador que Ruben Amorim diz ser o mais injustiçado desde que está no Sporting.
Eque, vendo bem agora as coisas, terá começado, injustamente, o jogo no banco.
O campeão nacional parecia ser aquilo que os adversários são habitualmente perante ele: presas com dificuldades para sobreviverem perante tamanha asfixia dos homens do meio-campo e do ataque do PSV, que se colocou na frente do marcador aos 15 minutos quando Schouten, aproveitando um passe de risco de Debast e o desequilíbrio posicional dos leões, colocou os neerlandeses em vantagem. Essa foi uma das más notícias na primeira parte. A outra foi a lesão de Diomande no tornozelo esquerdo.
A segunda parte começou com o PSV a ser uma extensão dos 45 minutos iniciais. Pressão alta, agressividade sobre o portador da bola e ainda mais perigo a rondar a baliza de Franco Israel. Saibari, Til, Tillman.
Foi preciso ir a Bragança
O leão cambaleava, mas aguentava-se de pé. Até que a entrada de Daniel Bragança, aos 52 minutos, aproximou a equipa de Ruben Amorim daquilo que ela é quase sempre: dominadora.
Mais do que permitir ao Sporting ganhar ascendente no meio-campo, Bragança foi o
elo de ligação que faltara ao ataque na primeira parte e naqueles seis minutos a mais da segunda que se jogaram sem ele. Geny Catamo tinha dificuldades para subsistir, Trincão aparecia a espaços e Gyökeres era alvo de marcações impiedosas de Flamingo e Boscagli.
Com tremendas dificuldades para ligar os setores na primeira parte, turnovers e demasiadas unidades em sub-rendimento os leões passaram finalmente a ser uma equipa como um todo, pela inteligência posicional do 23 do conjunto de Amorim, mas também porque a pressão dos jogadores do PSV sobre o portador da bola já não tinha
a mesma eficácia. E isso permitiu que, com mais espaço e tempo de execução, os erros (forçados e não forçados) do Sporting caíssem, jogadores como Hjulmand e Morita crescessem no meio-campo e Gyökeres fosse mais alimentado.
Num espaço de dez minutos, Bragança (duas vezes) e Eduardo Quaresma tiveram ocasiões para marcar. O defesa, numa infiltração desde a defesa que terminou com uma inacreditável escorregadela – foram, estranhamente, muitas dos jogadores do Sporting – na cara do guarda-redes do PSV quando tinha tudo para fazer o empate. É preciso dizer que, apesar do cresci-
mento evidente em campo, a equipa de Ruben Amorim continuou a sentir dificuldades para lidar com a mecânica dos neerlandeses do meio-campo para a frente. Ao fogo do Sporting, o PSV respondia com fogo numa reta final de jogo frenética. E ameaçava o 2-0 que sentenciaria o duelo em Eindhoven, o que não aconteceu por manifesta incompetência de Bakayoko, que intercetou um mau atraso de Eduardo Quaresma para Franco Israel, mas depois rematou ao lado após contornar o guarda-redes uruguaio. Por essa altura já estavam em campo Maxi Araújo e Conrad Harder. Um aumentou a força na frente obrigou os defesas do PSV a desdobrarem-se perante dois nórdicos possante e o outro deu mais qualidade ao meio-campo ofensivo.
Em dois minutos, o Sporting criou duas oportunidades. Na segunda, depois de uma de Harder, Bragança, Gyökeres e Maxi Araújo combinaram na perfeição até ao desvio certeiro de pé direito do médio na pequena-área neerlandesa.
O jogo estava com 84 minutos e nele havia duas equipas declaradamente em busca dos três pontos. Que assentariam melhor ao PSV, mas podiam perfeitamente ter viajado com o Sporting para Portugal, tivesse Conrad Harder sido mais feliz naquela última tentativa já em tempo de compensação. Ainda assim, os leões arrancam um ponto em casa de um adversário da «mesma Liga», o que é sempre positivo na luta por um lugar de acesso direto aos oitavos de final da Champions ou de play-off. MF/MS
UEFA
Portugal sobe à liderança do ranking da UEFA em 2024/25
Foi uma quarta-feira (2) sorridente a nível europeu, e que permitiu a Portugal subir à liderança da época no ranking da UEFA.
Benfica e Vitória de Guimarães triunfaram nos respetivos jogos e garantiram mais 800 pontos para Portugal: com isso, deu-se a ultrapassagem à Chéquia, até agora líder.
Um primeiro posto à condição, claro, mas que poderá ser importante no final da temporada, já que os países que terminem nos dois primeiros lugares ganham uma
equipa extra nas competições europeias em 2025/26.
Portugal chegou assim aos 6800 pontos, contra os 6500 da Chéquia: no entanto, os checos ainda têm três representantes a entrar em ação esta quinta-feira, ao passo que Portugal será representado por FC Porto e Sp. Braga na Liga Europa.
No ranking geral, Portugal segue no sétimo lugar, com 52,816 pontos, atrás dos Países Baixos, com 56,233 pontos.
JN/MS
MUNDIAL
Organização lusa do Mundial 2030 em risco devido a impasse em Espanha
A Real Federação Espanhola de Futebol está sem presidente há mais de um ano, na sequência da polémica que levou à saída de Luis Rubiales, e a FIFA não quer esperar mais.
Pela voz do diretor Emílio García Silvero, o organismo que tutela o futebol mundial deixou esta quarta-feira um sério aviso: ou a Federação Espanhola inicia antes do dia 11 de dezembro o processo para eleição de um novo presidente ou a organização do Mundial 2030 fica em risco. Recorde-se que Portugal faz parte, juntamente com Espanha e Marrocos, da candidatura favorita para a organização do Mundial 2030, mas para que tal se possa consumar a Federação Espanhola tem de ter um presidente.
"A reunião [com o Conselho Superior de Desportos de Espanha] foi positiva e estamos convencidos de que o Conselho Superior de Desportos quer ajudar a realizar um processo eleitoral e a resolver um problema claro que existe há mais de um ano. A federação espanhola é uma das mais importantes do mundo, se não a mais importante, e tem de ter um presidente", referiu Silvero, diretor legal de FIFA. "No dia 11 de dezembro, o congresso da FIFA vai escolher a sede do Campeonato do Mundo de 2030, e serão as mais de 200 federações que terão de dar a sua confiança a um projeto a longo prazo, mas para que isso aconteça, a Federação [espanhola] tem de ter um presidente", acrescentou.
JN/MS
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Toronto FC face crucial showdown: Playoff push begins with back-to-back home games
It’s a big week for Toronto FC.
The club will square off against the New York Red Bulls on Wednesday night and then welcome Inter Miami CF to BMO Field on Saturday.
As the only team in the league not playing on October 19, the final match day of the regular season, TFC has these two home games this week to earn a place in the 2024 MLS Cup Playoffs.
“Just one game at a time,” said John Herdman on Tuesday afternoon. “Take what's in front of you, control what we can, which is two great opportunities at home.”
“That's what we've been saying to the players: put everything here, don't leak
any energy on anything else other than what you influence, which is what we've done here tactically today, the nutrition you put in your body, and how much sleep you get. That's probably about all we can really control,” he continued. “And then it's about the intensity and effort we're willing to show up with.”
“I keep saying, the teams we're playing against, these matches mean more to us than it does them. We've got a lot more to play for in these games than our opponents,” Herdman added. “We have to be able to show that.”
The side is up for the challenge.
“We’re confident,” said Matty Longstaff. “Our main concentration is on tomorrow, we know we've got to win and we’ve got players in there with a lot of experience.”
“I've been in something similar myself in the lower leagues in England. We had to win the last two games to get into the playoffs and we done it on the last day,” he recalled of his time with Mansfield Town. “We've got a good chance. We’ve just got to concentrate on tomorrow and make sure we win.”
Heading into the midweek round Toronto are one of three teams tied on 37 points jostling for the two play-in spots in the Eastern Conference. Three more teams are hot on their heels.
Toronto missed a chance to open up a two-point gap with the draw in Chicago on Saturday.
“It was really disappointing. We had the chances to kill them off and to concede the late goal the way we did was a killer,” said Longstaff. “If we [had] beat Chicago, it would have made it a bit easier for the
playoffs, but that's the way football goes sometimes, it doesn't always go your way.”
“We knew we had to reset and said we've got to get focused on Red Bulls now,” he continued. “We know they're on a tough run themselves, but they’re a good team, so we just had to make sure we’re ready to go tomorrow.”
The playoff permutations and the ramifications of this or that result at this time of the year can be overwhelming – Miami can clinch the Supporters’ Shield on Wednesday with a win in Ohio over the Columbus Crew – so better to just keep it simple.
“I've not even put my focus out on that side,” explained Herdman. “I made a promise to myself just to avoid looking at all of these different variations of what could happen.”
“For the last few weeks, I haven’t really been looking at what other teams have been doing [in the standings], it's just been what was ahead of us,” he continued. “It was Charlotte, then it was Orlando, then it was Charlotte, and then it was New York. We were chasing those. We weren't even really trying to look at what was behind us, but obviously when teams have landed on the same points, it's a realization we’ve got to take care of business now at home.”
“We get two wonderful opportunities in this stadium. If Miami win [midweek], great, well done, they've been brilliant this season. And if they don't, it just doesn't matter,” Herdman underlined. “We have to be ready for whatever comes on Saturday and realistically we've got to win. That's the plan.”
The out of town scoreboard is secondary to the one in Toronto.
“The thing we’ve learned is the results can go your way, but if you don't take care of business it doesn't do anything for you,” levelled Longstaff. “We know we've got to win tomorrow night. We've got to put points on the board, so that's all we're concentrating on.”
Wednesday will be the third meeting of the season against the Red Bulls. Sandro Schwarz’ side won the MLS meeting in June 3-0 in New Jersey, but Toronto battled to a scoreless draw at Red Bull Arena in the Leagues Cup encounter at the end of July before taking the result in a shootout.
“They're a hard team to play against,” said Herdman. “We know that it'll be difficult conditions. The pitch is going to be a little bit bumpy, so it fits their style, which is an aggressive, transitional style. The last time we played, we [had] like 68% possession, a lot of opportunities, but they just find a way to keep hitting you in transition and are very good at it.”
New York are coming off a heavy defeat at home against NYCFC and are winless in their last six. Lewis Morgan leads the side with 12 goals on the season; Dante Vanzeir has chipped in with 10 assists.
“They're a high pressing, high energy team,” said Longstaff. “We know what they're going to bring.”
“They're going to bring the intensity, they're going to fight, and coming off the back of getting beat in a derby 5-1 we know there’s going to be a reaction there,” he closed. “All we can do is concentrate on ourselves, make sure we're at it, perform how we need to, and I'm sure we'll take care of business.”
TFC/MS
NBA Raptors' Barrett
The kid from Mississauga, who is the scion of Canadian basketball royalty, has only ever shown love for the opportunity he’s had to play for his hometown Toronto Raptors, and the feeling has been mutual.
Even standing before a line of cameras with a bushel of microphones in front of him hasn’t quite gotten old yet. Give it time, I’d say, but so far Barrett has embraced being one of the most visible members of the Raptors since joining the team via trade midway through last season.
“I love it. It's fun. This right here, it's crazy to me to even be in this interview,” he said as the Raptors put the finishing touches on the second day of training at the University of Quebec at Montreal. Barrett felt so engaged he did half of his interviews in French, which he picked up while his father and fellow Canadian Olympian Rowan Barrett Sr. was playing professionally in France. “I used to watch this (Rap-
tors media scrums) on TV. It's just fun man, I love it. I think I have a little bit more pride for it. So I think I'm going out there, just give my whole heart to this, give everything.”
He certainly did his part after arriving from the Knicks last season. Even though he acknowledged that the transition was so quick that he barely had time to learn head coach Darko Rajakovic’s playbook or completely mesh with a revolving door of teammates, Barrett played some of the best basketball of his career with the Raptors.
He averaged 21.8 points, 6.4 rebounds and 4.1 assists in 32 starts in Toronto, while shooting 55.3 per cent from the floor overall and 39.2 per cent from three.
It was a remarkable performance, not only because it was so much better than Barrett had managed before in his career — he averaged just 18.2 points, 4.3 rebounds and 2.4 assists on 42.3/33.1 shooting splits in his 26 games with the Knicks prior to the trade, for example — but because extrapolated over an entire season, it would put Barrett among the most productive and efficient players in the league.
Only 10 players averaged at least 21/6/4 last season with 50 or more games played, and they included the likes of Nikola Jokic, Giannis Antetokounmpo, Luka Doncic, LeBron James and Jayson Tatum. Factor in Barrett’s efficiency — his effective field goal percentage as a Raptor was 60.1, compared with his career average of 48.8 — and the list grows even more exclusive, as only Jokic and Antetokounmpo, with five MVP awards between them, had higher eFG numbers.
It was a remarkable homecoming, even if Toronto was just 12-20 with Barrett in the lineup.
But with a full off-season as a Raptor under his belt and a full training camp and exhibition season to come, the expecta-
tions are for Barrett to continue to improve as he heads into his sixth NBA season.
Even coming close to matching his offensive production would be nice, but the message internally and externally is that Barrett needs to be a significantly improved defender.
That he’s not considered a plus defender — and the fact that Barrett has averaged barely one steal and block combined over the course of his career is a crude metric for his lack of activity — says more about his level of off-ball engagement than his ability.
As a solidly built six-foot-seven wing with good length, he profiles as someone who should be formidable on and off the ball, but he’s too often not, particularly when he’s not defending at the point of attack.
As one example, per BBall Index, Barrett ranked in the 10th (lowest) percentile in ball-screen navigation, 20th percentile in passing lane defence and 40th percentile as a chaser around and over screens when off the ball.
Improving that awareness and effort has been a focus of the Raptors' messaging this past off-season.
“I think RJ's defensive effort and importance on defence this year has to rise just because of the needs of our team and our desire to improve our defence,” said Rajakovic. “… I think he understands what it takes to win. And for me, that's very important. For any team in this league, any coach in this league, everybody wants two-way players. And he understands the importance of that. He understands the stakes for us in our team. We talk a lot. I'm calling him out in a lot of situations that he needs to be better. He's responded really well. It's great to see him when he gets a stop or does good stuff defensively that he's celebrating, and he feels energy. That's winning. That's about winning. So we need him to
fall in love with defence, be as good of a player as he is offensively.”
For Barrett, it’s a mindset rather than a lack of ability or interest and part of the maturation process for a lifelong bucket-getter who is still just 24 years old, even if he does have five seasons and 329 games under his belt.
“If you want to win, it starts with defence. And I've been practising it, working on it, especially during the summertime,” he said. “That was huge for me to just get reps defensively, and now just keep working on it. Every day, you know, coaching, drills, playing, keep that mindset of defending and keep going that way. I could also get, if I'm playing defence, I can get on other guys to play defence too.”
For Barrett, there are plenty of incentives. He’s only one season away from being eligible for an extension on the fouryear, $107-million deal he signed when he was with the Knicks. Otherwise, he’ll be a free agent when he’s 27, following the 2026-27 season. With the upward trajectory of the NBA salary cap, Barrett’s next deal could secure an extraordinary payday if he can come close to replicating his offensive performance since joining the Raptors and even more if can do it while playing effectively on both ends.
Perhaps more importantly, Barrett’s continued development would have a significant impact on the Raptors' overall fortunes, and his overall experience playing for the team he grew up watching.
“This is my home. I have an extra desire, extra passion for it every single day,” Barrett said. “Just me being me, I'm going to wake up and compete every day. So this (playing for the Raptors) is perfect for me.”
Playing at home is great, but winning at home would be even better and as Barrett said, winning starts with defence.
SN/MS
8 Blue Jays players who
As both fans and players of the Toronto Blue Jays sit at home watching this year's playoffs, there's a whole lot of reflection going on surrounding this team. There's not a whole lot of positive takeaways from the 2024 regular season and if upper management keeps giving press conferences like the one they had on Wednesday, it'll be a while before there's any hope for a turnaround.
Now that all is said and done for these Blue Jays, it's fair to say that things didn't go as expected for them this year. Armed with an offense that was supposed to consist of George Springer, Vladimir Guerrero Jr. and Bo Bichette all producing at the same time; paired with one of the top starting rotations in baseball - this club was supposed to go somewhere this season.
Ultimately, the only place they went was from out of contention, to sellers at the trade deadline, to the very bottom of the AL East. They spent the vast majority of the second half of the season in last place, failing to ever fully catch up to either the Rays or the Red Sox in the standings.
During the upcoming offseason, there's going to be a lot of changes made, and it'll be interesting to see which route Mark Shapiro, Ross Atkins and Co. end up going. There's sure to be a ton of players from this year's roster not returning and being replaced by some new blood, perhaps in the form of multiple free agents.
Let's focus on the players who have already played their last game on the Blue Jays. Their respective time on the roster has come to an end and it's time for their roster spot to be upgraded. It remains to be seen how the Blue Jays go about this, but there are multiple avenues the following
players could be moved by; whether it's in the form of a trade or simply a non-tender. Le's dive in.
Bo Bichette
We've spent months and months talking about Bichette and his struggles this season. He spent a ton of time on the injured list and when he was healthy, he looked absolutely nothing like the player he was as recently as last year. Multiple injuries limited him to just 81 games this year and when he took the field it wasn't pretty.
All told, Bichette hit just four home runs with 31 RBI, a .225 batting average and 71 OPS+ along the way. His numbers in practically every single offensive category dipped and he looked lost, if not disinterested while playing. Rumors swirled all year long that he wasn't happy in Toronto and on many days, that could be seen on his face.
Recently, Bichette made an attempt to silence those rumors. Speaking to the media, the six-year veteran said that he wants to stay in Toronto and to win a World Series with Vladdy, a close friend of his. While this was an admirable approach, it feels like Bichette has already played his last game on the Blue Jays.
All along, it has felt like the Blue Jays were either going to extend Guerrero or Bichette. There was a point where it felt like both could land new contracts, but now things are leaning much more toward the former than the latter. So, we're saying Bichette gets traded this offseason.
Poor results be damned, there are bound to be multiple competitive teams out there that feel like they'll be the ones to "fix" Bichette. Since he'll be a pure rental head ing into next year, a team like the Dodgers makes a ton of sense on paper. They can
afford the hefty trade demand with the Blue Jays and they can also afford to extend Bichette if he manages to turn things around for them.
For what it's worth, in a recent episode of his At The Letters podcast, Blue Jays insider Arden Zwelling of Sportsnet said he'd like to see the Jays trade Spencer Horwitz and then turn around and sign infielder Ha-Seong Kim, who is a slick defender at shortstop with one hell of a bat. That exact scenario is what we're banking on here. Bichette out, Kim in.
Ryan Burr
To his credit, Burr did a solid job of filling whatever role the Blue Jays asked him to fill during his time on the club. He did a fine job, posting a 4.13 ERA across 34 outings (four as an "opener"), striking out 47 batters and walking 12 in 32.2 innings of work.
At the end of the day, Burr is not a needle-mover, which is what the Jays will need if they intend to truly revamp their bullpen for next season. He raised his strikeoutsper-nine from between 7.0-9.0 to 12.9 in a Blue Jays uniform, so he may have turned himself into an attractive trade chip more than anything else.
To be clear, Burr is not the type of player that will demand a significant return in any trade. He's on the wrong side of 30, has little to no big league track record and is prone to a blow-up outing here and there. He showed that a few times during his tenure in Toronto.
Watching Cabrera was a stressful event throughout this entire season. The lefthander made a whopping 69 appearances for the Blue Jays but so few of them were easy and stress-free. His strikeout rate dipped a bit, his walks were elevated and he allowed base hits and home runs more than he had in the recent past.
Cabrera is going to be arbitration-eligible this offseason and could be a casualty of the previously mentioned bullpen purge that's coming up. The soon-to-be 28-yearold has the potential to get things turned around, but if the Blue Jays really want to aggressively get back in the win column next year, there's not going to be a spot for Cabrera.
This is without mentioning the emergence of Brendon Little, who turned himself into one of John Schneider's most oftused weapons this year. The Blue Jays sent Tim Mayza packing and relied on Cabrera and Little as their two southpaws out of the bullpen, eventually adding Ryan Yarbrough to the mix as well. Should they make the right choice and re-sign Yarbrough, the club could easily go with a Little-Yarbrough tandem next year while going the non-tender route on Cabrera.
Tyler Heineman
The Blue Jays happily continued their complicated multi-year relationship with Heineman this year simply because they needed a body (preferably a familiar one) behind the plate to pair with Alejandro Kirk. Since Heineman hit .276 in 19 games for the Jays just last year, it made sense why the club chose to acquire him for the third time as this year wound down.
True to form, the 33-year-old went 1-for-10 (.100) with a .408 OPS and 25 OPS+. He's never been much of a hitter, so this type of output is more like what's expected from him than the 129 OPS+ he had last season in his brief stint.
Like I said, Heineman is a familiar face who has experience with a lot of the players on the Blue Jays. It makes sense why he'd be in the organization, but he doesn't exactly scream "big leaguer" at this point. He has a very specific set of skills, but they'd best fit in a mentorship role down in Triple-A. The Blue Jays have an obvious need at catcher this offseason, so we're calling it now: Heineman is DFA'd, sent outright to Triple-A and replaced in the big leagues by a better offensive option.
Spencer Horwitz
There are not enough words to properly describe how important 2024 was for Horwitz. Not only did he emerge as one of the best rookies in baseball, but he also picked up a new position on the fly and turned himself into one hell of a trade chip in the process.
Horwitz gained a ton of popularity amongst Blue Jays fans this year as he possesses a unique ability to get on base all. the. time. He is a walk machine, he has strong gap power and can muscle one over the fence with semi-regularity as well. He hit 12 home runs with 19 doubles, 40 RBI and a 125 OPS+ through 97 games this year. That'll play.
Since Guerrero is the long-term figure at first base, Horwitz will be stuck playing second base or DH'ing moving forward. Ask anyone who has watched him play second base at the big league level, he's not cut out to play there full-time. That's not
meant to disrespect Horwitz, who played the position at a perfectly decent clip, but he pales in comparison to nearly every other second base-capable option in the organization.
As of right now, it feels like one of Will Wagner or Orelvis Martinez breaks camp in 2025 as the starting second baseman. Horwitz's defensively limited profile and strong bat make him an above-average trade chip, and that aforementioned podcast of Arden Zwelling predicted he'd be flipped to the Oakland A's for Brent Rooker this offseason. Sign us up.
Tommy Nance
There was a period of time where it seemed like Nance and his incredible curveball was going to be one of the only reliable faces in the Blue Jays' bullpen.
Through his first six outings and 6.1 innings (yeah, yeah, yeah - small sample size), the right-hander had a 1.42 ERA and batters hit just .143 off of him in that span.
At that point, Blue Jays fans were already giving their stamps of approval to Nance's acquisition. A rough outing on Aug. 22 (two innings, three earned runs) inflated his ERA to 4.32 and he never fully recovered from that. Nance made 14 more appearances down the stretch for the Jays, posting a 5.17 ERA and .250 average against in that stretch.
Much like Burr, Nance is not a bad pitcher, but he belongs much more on the 2024 Blue Jays than the 2025 Blue Jays. While not many do, I have faith that the Jays are going to go out and make multiple top tier upgrades to their 'pen this offseason, so Nance is going to be one of the faces squeezed out of the mix.
Despite the fact that he's 33 already,
Nance can be kept around until the conclusion of the 2027 season. That control is valuable, so look for him to be DFA'd at some point, perhaps to make room for some of the Rule 5-eligible prospects, at some point this offseason. He'll be sent outright to Triple-A and will likely remain on hand as high-minors depth, but his time in Toronto is done.
Zach Pop
During Burr and Nance's time on the Blue Jays, there were stretches where they performed like respectable big league-caliber arms. The same cannot be said for Pop, who limped to the finish line this year with easily the worst stats of his career.
Pop, originally acquired at the 2022 trade deadline, was excellent in the second half of that year and not so great last season. A lot of that could be contributed to multipe injuries he battled through, so he had the benefit of the doubt entering the current campaign.
Instead of making good on that, the 27-year-old had essentially a year-long implosion. He made 58 appearances for the Jays, but he finished his season with a 5.59 ERA. 5.53 FIP and 73 ERA+. The fact that both his ERA and FIP were so high and so close together suggests that he was entirely deserving of the inflated ERA numbers he posted. It just wasn't pretty for him at any point this year.
Pop will be arbitration-eligible for the first time in his pro career, and it's likely to end in a non-tender. The Blue Jays can afford to re-up with all of their arb-eligible players, but it's not a matter of being able to afford it; it's a matter of whether or not these players even have a future on the Jays. Most of them do. Pop does not.
Based off of full-season numbers alone, Erik Swanson got some consideration for this spot in the list, but his second-half surge likely buys him another year on the Blue Jays. A 2.55 ERA through 27 secondhalf outings is nothing to scoff at.
Instead, we're going with one of the newest members of the Jays, one that also only got four looks at the big league level before the season came to a close. Tate, 30, spent the first five-plus years of his big league career as a member of the division rival Orioles, so the Jays knew plenty about him when he first came over via waiver claim.
The right-hander appeared in 3.1 innings in the bigs for Toronto, surrendering two earned runs and three walks on four hits (5.40 ERA), striking out four in the process. John Schneider said early on that he liked what he saw from Tate, but ultimately he's another arb-eligible pitcher that the Jays feel likelier to move on from than to re-up on a new deal.
The Blue Jays are likely preparing for a major gutting of their bullpen. Any pitcher not named Little, Green and Romano is in danger of losing their respective roster spots.
With so many pitchers residing at the bottom of the 40-man roster, this spot on the list could've gone to a multitude of them. Nick Robertson, Brandon Eisert, Brett de Geus, Emmanuel Ramirez, Luis Frias and Easton Lucas all have minor league options and are not yet eligible for a raise, so they're going to stick around. Tate, on the other hand, is going to be cut instead of paid.
Luis Camara Secretar y Treasurer
Marcello Di Giovanni
Recording Secretar y
Jack Oliveira Business Manager
Jaime Cor tez E-Board Member Nelson Melo President
Bernardino Ferreira Vice -President
Pat Sheridan E-Board Member
Housing starts up in six largest cities but construction still not closing supply gap
The Canada Mortgage and Housing Corp. says construction of new homes in Canada’s six largest cities rose four per cent year-over-year during the first half of 2024, but housing starts were still not enough to meet growing demand.
The agency said the growth in housing starts was driven by significant gains in Calgary, Edmonton and Montreal, while Toronto, Vancouver and Ottawa saw declines ranging from 10 to 20 per cent from the same period last year.
A total of 68,639 units began construction, the second strongest figure since 1990. However, the rate of housing starts per capita meant activity was around the historical average and not enough “to reduce the existing supply gap and improve affordability for Canadians.”
Housing starts in Canada’s two largest markets, Toronto and Vancouver, were plagued by “traditional problems” such as high costs and regulatory delays, but also faced the additional hurdle of high interest rates in the first half of the year, CMHC deputy chief economist Aled ab Iorwerth said.
“Building some of these tall structures is very sensitive to interest rates, and that’s put a bit of a drag on particularly the condominium apartments,” he said in an interview.
“Individual buyers, individual investors are reluctant to put money down, and so that’s led to a pause in the construction of condominium apartments.”
The Bank of Canada starting cutting its key policy rate in June and has slashed it by a quarter percentage point three times to bring it to 4.25 per cent. The cost of fixed rate mortgages has also been trending lower in recent months.
Apartment starts in the six regions examined increased 2.5 per cent to reach 49,117, according to the report, driven by construction of new units for rent, as nearly half of the apartments started in the first half of 2024 were purpose-built rentals.
But condominium apartment starts fell in the first six months of the year in most cities, a trend which the agency predicts will continue amid soft demand as developers struggle to reach minimum pre-construction sales required.
In the Greater Toronto Area, a combination of high interest rates and an uptick
in new condo completions has meant that sales activity isn’t absorbing supply fast enough.
“We need a lot of purpose-built rentals in Toronto, but we also need a lot of those apartment structures for individual investors or for buyers to be built as well,” ab Iorwerth said.
“My concern at the moment is that we haven’t seen the end of it. There are a lot of lags in the housing system — it takes time to get approvals, it takes time to get financing — so I have to admit to being a little bit concerned that the situation in Toronto will not turn around quickly.”
Meanwhile, housing has been a top issue in the B.C. election campaign amid high rents and property listings in that province.
The CMHC report said a decline of new construction in Vancouver was driven by slow sales and high financing costs that reduced profitability. Rental construction continued to make up a growing share of new apartment builds, supported by government policies and incentives.
But the report noted changes to provincial and municipal zoning policies aimed at increasing density could create more opportunities for future housing supply.
More purpose-built rentals under construction would help with affordability challenges down the road by increasing the vacancy rate and keeping rents in check, ab Iorwerth SAID.
“Toronto and Vancouver have become so expensive if you want a place to buy, that finding a place to rent is incredibly important for people,” he said.
“If they want to get a job in Toronto and Vancouver, they will probably have to be in the rental system, so the fact that more and more of these units are being built is really important.”
The economist added that with forecasts of borrowing costs continuing to fall into mid-2025, “there will be a new impetus for building more structures.”
“The demand is there, but obviously the maths need to work,” said ab Iorwerth.
“Developers are willing to build, but they need to keep their costs under control and lower interest rates will be one way of doing that.”
DCN/MS
Without bold steps, housing crisis in the GTA is going to get far worse: BILD CEO
A new housing study found the number of new homes built in the Greater Toronto Area (GTA) is lagging significantly behind population growth and the region is seeing a serious decline in development applications which foreshadows a further deterioration of housing supply.
The latest Municipal Benchmarking Study developed by Altus Group Economic Consulting for the Building Industry and Land Development Association (BILD) also shows each month of delay adds $2,673 to $5,576 in added cost per unit per month. Based on average approval timeframes, this adds between $43,000 and $90,000 to the cost of a new home.
This is the third Municipal Benchmarking Study since 2020. The 2024 study identifies that, on average, municipal approvals for new housing in the GTA take 20 months.
The study also quantifies the fees and charges that municipalities add to the cost of a new home. In the GTA, fees, taxes and charges from all levels of government account for almost 25 per cent of the cost of a new home for the new homebuyer. Municipal fees and charges are a significant portion of that. According to the study, municipal fees rose by an average of $42,000 per unit on low-rise developments and $32,000 on highrise units since 2022. On average, municipal fees now add
$122,387 to the cost of a condominium and $164,920 to the cost of a single-family home in the GTA.
“The study shows that the gap between housing stock and population growth in the GTA is the widest it has been in over 50 years,” said David Wilkes, president and CEO of BILD, in a statement. “This a bright red warning light on dashboard for all levels of governments. Without bold steps, the housing crisis in the GTA is going to get far worse in the years ahead.”
The study looked at 16 different GTA municipalities over a two-year term: Toronto, Vaughan, Markham, Richmond Hill, Brampton, Mississauga, Caledon, Oakville, Burlington, Milton, Whitby,
Oshawa, Clarington, Barrie, Innisfil and Bradford West Gwillimbury.
“The GTA housing market faces structural challenges that have driven up construction costs, including unattainably high government fees and taxes – which are among the highest in Canada,” Wilkes noted. “To improve housing affordability, governments must act to accelerate approvals and reduce the overall tax burden they are placing on new home buyers. Without bold and immediate action, the region’s housing crisis will be exacerbated, leading to fewer housing starts, reduced jobs, and compounded affordability issues in the years ahead.”
Alzheimer A doença e a esperança
Ainda não se conhecem as causas exatas da doença de Alzheimer, embora constitua uma das prioridades para a ciência médica. O que se sabe ao certo é que, quanto mais cedo for detetada, mais efetivos são os tratamentos.
Que doença é esta?
Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crónica, que se caracteriza pela perda progressiva das funções cognitivas cerebrais, como a memória, o juízo, o pensamento abstrato e a linguagem, bem como pelo aparecimento de problemas psicopatológicos e comportamentais.
Esta doença provoca um elevado grau de incapacidade para o doente, condicionando fortemente a sua vida e, também, a dos seus familiares ou cuidadores.
A doença de Alzheimer é a causa de demência mais frequente entre os idosos. Nos jovens, é extremamente rara, sendo meramente ocasional entre pessoas de meia-idade. Torna-se mais frequente, isso sim, à medida que a idade avança.
Fatores de risco
Uma questão que os investigadores continuam a colocar é: como se desencadeia a doença de Alzheimer?
O desconhecimento da causa concreta desta patologia está rodeado de misté-
rio, existindo muitas teorias diferentes, embora nenhuma concludente.O que se conhece são os fatores que podem influenciar o seu desenvolvimento e, provavelmente, acelerá-lo.
• Idade – É o fator de risco mais evidente. A partir dos 65 anos, a probabilidade de sofrer Alzheimer aumenta notavelmente. As pessoas que ultrapassam esta idade têm cerca de 10% de probabilidades de sofrer Alzheimer; a partir dos 75 anos, a probabilidade aumenta para 20%; a partir dos 85, para 40% e assim sucessivamente.
• Género - Especialistas assinalam, ainda, que as mulheres são mais vulneráveis à enfermidade, não porque a probabilidade de sofrê-la seja maior, mas porque têm uma esperança de vida mais alargada.
• Herança genética – As pessoas com antecedentes familiares de Alzheimer podem apresentar um maior risco de desenvolver esta doença, embora não seja um fator muito importante em termos absolutos, já que depende da confluência de outros fatores. De acordo com as estatísticas, apenas 1% dos casos de Alzheimer têm antecedentes familiares.
• Educação – Ter uma mente ativa e um elevado nível de escolaridade – e,
portanto, de estímulos cerebrais – pode influenciar como fator de proteção.
• Vida saudável – Os fumadores, os hipertensos, os diabéticos e as pessoas com colesterol elevado têm maiores probabilidades de desenvolver Alzheimer ou qualquer outra demência.
A esperança
Uma equipa internacional de investigadores liderada por Maria José Diógenes, Professora Associada, farmacêutica e investigadora do Instituto de Farmacologia e Neurociências da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), abriu uma nova porta na luta contra a doença de Alzheimer (DA), ao descobrir uma nova abordagem muito promissora com eficácia e ausência de toxicidade. O trabalho desenvolvido, recentemente publicado na revista Molecular Therapy, focou-se na criação e avaliação de um composto inovador desenvolvido pela equipa de Maria José Diógenes que explicou - “a nossa equipa conseguiu desenvolver um composto, com um mecanismo de ação inovador, que melhora a função das sinapses (conexões entre os neurónios) e o desempenho cognitivo de ratinhos modelo da doença de Alzheimer. Muito importante, este composto, previne alterações moleculares patológicas no cérebro dos ratinhos.
Estes resultados são promissores e abrem portas para novas abordagens terapêuticas que podem vir a ser aplicadas clinicamente.” Este estudo demonstrou, também, eficácia na prevenção de sintomas, melhoria do desempenho cognitivo e na redução da progressão da doença.
A invenção
Os investigadores criaram um composto que designaram de TAT-TrkB que impede que uma proteína importante no cérebro, a TrkB-FL, seja destruída pela Doença de Alzheimer. Esta proteína é essencial para que as células cerebrais comuniquem corretamente entre si de forma adequada. Quando a doença danifica essa proteína, as células do cérebro têm mais dificuldade em funcionar corretamente. O novo composto TAT-TrkB protege essa proteína de ser destruída, permitindo que as células do cérebro continuem a comunicar como deveriam, impedindo alterações na memória.
O estudo, que contou com a colaboração de investigadores de várias instituições nacionais e internacionais, não encontrou evidências de toxicidade hepática ou renal após a administração prolongada do novo composto, o que reforça o seu potencial como fármaco seguro modificador da doença para o tratamento da Doença de Alzheimer.
No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, a escolha do Prémio de Mérito e Excelência dos Globos de Ouro não poderia ter sido mais certeira. Afinal, mesmo que Paulo de Carvalho não o soubesse, foi uma canção sua – E Depois do Adeus, com letra de José Niza e música de José Calvário, que o levou ao Festival da Eurovisão no dia 6 de abril de 1974 – a primeira senha que deu origem ao movimento dos Capitães de Abril.
PIRATA SOLIDÁRIO FIM! OU QUASE...
Johnny Depp voltou a encarnar em Jack Sparrow, a sua icónica personagem na saga Pirata das Caraíbas para uma missão especial. Na quinta-feira, 26 de setembro, o ator, de 61 anos, visitou as crianças internadas no Hospital Universitário Donostia, em San Sebastián, no País Basco, em Espanha. A sua visita às unidades de pediatria e oncologia foi recebida com enorme alegria não são pelos mais novos, mas também pelas suas famílias, que ficaram encantadas por poderem proporcionar este momento de alegria aos filhos.
OUTUBRO ROSA
GLOBOS DE OURO CRIME
UP AGAINST TIME
No âmbito da sua agenda institucional, o príncipe William encontrou-se ontem, 1 de outubro, com David Beckham, para uma ação especial e de caráter solidário. Juntos, o príncipe de Gales e o antigo jogador de futebol ofereceram dois helicópteros à instituição de caridade London’s Air Ambulance.
Esta nova aquisição é o culminar da bem-sucedida campanha de angariação de fundos Up Against Time, que permitiu angariar mais de 18 milhões de euros para financiar dois novos helicópteros H135. O príncipe e a antiga estrela do futebol assinaram os helicópteros e posaram nos mesmos e, depois, na companhia da equipa de assistência médica dos bombeiros.
“De volta ao meio”, escreveu William numa alusão à altura em que o príncipe pilotou helicópteros na Força Aérea. Por seu lado, David Beckham quis deixar uma mensagem de agradecimento: “Obrigado. Voa com segurança. Com amor, David Beckham“.
Neste encontro e depois de conversar com a equipa especializada de bombeiros, o príncipe teve a oportunidade de aprender como é que as novas aeronaves vão melhorar o trabalho dos profissionais. William teve ainda a oportunidade de partilhar a experiência com os engenheiros envolvidos na conceção e desenvolvimento dos helicópteros e alguns doadores e apoiantes que contribuíram para a campanha.
Assinala-se em outubro o mês de sensibilização sobre o cancro de mama, uma das doenças mais mortais entre as mulheres. E pelo 16.º ano consecutivo, a princesa Victoria da Suécia é a patrona oficial da campanha do Laço Cor-de-Rosa da Sociedade Sueca contra o Cancro, que decorre durante todo este mês e é conhecido por “Outubro Rosa”. “Juntos, podemos fazer a diferença para que menos pessoas sejam afetadas e mais possam viver uma vida longa e saudável após o tratamento.”, lembrou a princesa herdeira na conta oficial de Instagram da Casa Real sueca.
Chris Martin anunciou recentemente que o 12.º álbum de estúdio lançado em conjunto pelos Coldplay, previsto para 2025, será o último realizado em conjunto pela banda. “O catálogo dos Coldplay, por assim dizer, acaba ” , afirmou o vocalista durante uma entrevista à Radio 2 do Reino Unido. Contudo, o cantor, de 47 anos, garante que não será “o fim da banda” e que provavelmente “continuarão a realizar digressões” mesmo sem lançar músicas novas. “O nosso último disco propriamente dito sairá em 2025 e, depois disso, acho que só faremos digressões.”, começou por explicar Chris Martin. “E talvez façamos algumas coisas em colaboração, mas o catálogo dos Coldplay, por assim dizer, termina nessa altura.”, garantiu, para tristeza dos fãs da banda britânica. A banda planeia lançar ainda este mês o 10.º álbum de estúdio Moon Music e o vocalista explica que já pretendiam terminar o número de álbuns em 12, de forma significativa.
“Só há sete ‘Harry Potters’. Só há 12 ½ álbuns dos Beatles, o mesmo para Bob Marley, portanto todos os nossos heróis”, explicou Martin na entrevista ao Apple Music, revelando assim que a ideia de terminar em 12 foi inspirada em algumas das maiores influências da banda.
Acusado e detido por tráfico sexual e extorsão em setembro, o rapper Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, foi confrontado com mais 120 denúncias de agressão sexual desde sua detenção. As vítimas são homens e mulheres na faixa etária dos nove aos 38 anos, como relatou um dos principais advogados do caso, nesta terça-feira, dia 1. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que na verdade não era segredo nenhum, foi finalmente revelado ao mundo. O muro do silêncio foi agora quebrado”., revelou Tony Buzbee, um dos principais advogados, numa conferência de imprensa no Texas, Estados Unidos da América.
No total foram mais de 3 mil as chamadas para a polícia a denunciar as agressões de Diddy desde que este foi detido, tendo sido confirmadas as 120 novas acusações, decorridas principalmente nas décadas 2000 e 2010, sendo que 25 das vítimas eram menores de idade à data dos acontecimentos.
Os advogados e a polícia terão recolhido fotografias, vídeos e mensagens que comprovam a acusação de Diddy, que se encontra em vigilância apertada numa prisão de Nova Iorque dado ao risco de possível suicídio. E garantem ainda que Diddy não cometeu os seus crimes sozinho. “Vai chegar o dia em que vamos dar outros nomes além de Sean Combs. E há muitos nomes para dar. Já é uma lista longa, mas devido à natureza do caso, vamos garantir que estamos certos antes de avançar. A lista é chocante” acrescentou.
artesonora
GANSO
"Ganso: A Simplicidade do Nome, a Complexidade da Música"
A banda Ganso, conhecida pelo estilo indie rock, tem conquistado cada vez mais espaço no cenário musical português. Com uma carreira que começou com o álbum Sorte a Minha, os membros da banda passaram por diversas fases criativas até chegarem ao lançamento de Vice Versa, o mais recente projeto. Numa conversa exclusiva, os músicos falam sobre o caminho percorrido, as influências musicais e o futuro da banda.
Ganso conquistou uma base de fãs desde o lançamento de Sorte a Minha. O álbum trouxe um som que equilibra o rock tradicional com nuances modernas e letras que falam sobre amor, intimidade e experiências cotidianas. Quando questionados sobre o caminho percorrido entre Sorte a Minha e o novo álbum Vice Versa, a banda diz que a evolução foi natural, mas também cheia de desafios criativos. "Cada disco representa uma fase, e sentimos que amadurecemos tanto como músicos quanto como pessoas ao longo desses anos", comenta o vocalista. “Mas sempre tentamos manter nossa essência em cada trabalho.” Algo que surgiu inesperadamente para a banda, foi quando a faixa
Sorte a Minha tornou-se viral no TikTok. A música, envolvente e um refrão contagiante, foi ouvida por milhões de pessoas que usam essa plataforma. "Foi algo que não esperávamos, mas ver a nossa música viralizar foi uma experiência incrível. Claro, isso trouxe uma visibilidade muito maior para o nosso trabalho", disse o baixista. Embora o fenômeno viral tenha aumentado a audiência da banda, eles negam que isso tenha mudado drasticamente o processo criativo para Vice Versa. "Sempre seguimos nossa intuição.
A popularidade no TikTok foi incrível, mas não deixamos isso influenciar diretamente o que fazemos em estúdio", acrescenta o guitarrista. Os Ganso têm a capacidade de traduzir emoções humanas em letras profundas. "Acreditamos que as pessoas se ligam se com a nossa música porque falamos sobre temas universais como amor e intimidade, mas de uma forma única. Em Sorte a Minha, isso ficou mais evidente, e sentimos que nosso público respondeu de maneira diferente em comparação aos discos anteriores", comenta o vocalista. A editora Cuca Monga têm um papel importante no crescimento de Ganso. Ao longo dos anos, a colaboração com a editora permitiu
que a banda explorasse sonoridades diversas e experimentasse mais em estúdio.
A parceria entre Ganso e a Cuca Monga trouxe uma combinação única de liberdade criativa e apoio estrutural, permitindo à banda desenvolver-se ao seu próprio ritmo. Ao olharem para trás, os membros da banda reconhecem o quanto aprenderam ao longo dos últimos discos. A banda acredita que esse processo de aprendizagem contínua é o que mantém a criatividade sempre viva. O título do novo álbum, Vice Versa, reflete uma dualidade que a banda queria explorar. As letras do novo álbum são carregadas de referências a emoções, sempre com o toque poético característico da banda. Em termos de influências musicais, Vice Versa é um álbum que se nutre de uma vasta gama de sons, incorpora mais sintetizadores e explora sonoridades que nunca tinham usado antes, Gravar em Paris foi uma experiência nova para a banda. Gravar fora do país deu uma nova perspectiva. A colaboração com o engenheiro de som Anthony Cazade, conhecido por seu trabalho com os Arctic Monkeys e Nick Cave, foi um dos pontos altos do processo. Algumas faixas de Vice Versa já foram apresentadas ao vivo, e a recepção tem sido
extremamente positiva. A banda destaca como as novas faixas têm uma energia especial quando tocadas ao vivo, o que os deixa ainda mais animados para a turnê. Depois do lançamento de Vice Versa, Ganso já tem planos para o futuro. Querem continuar a evoluir e explorar novas sonoridades. A banda menciona o desejo de trabalhar com outros artistas da cena indie portuguesa e até internacional. Manter a criatividade ao longo dos anos é um desafio que Ganso abraça com entusiasmo. Acreditam que a chave para se manterem criativos é nunca parar de experimentar. Cada álbum é uma oportunidade de se reinventar, sem perder o que os torna Ganso. A escolha do nome "Ganso" sempre gerou curiosidade. Escolheram o nome por ser algo leve e que chamasse atenção. “Um ganso é uma ave meio peculiar, e sentimos que isso combina com o nosso som, que também é único e um pouco fora do comum", explica o vocalista. Ganso continua o seu caminho de forma ousada e criativa, solidificando um lugar na cena indie portuguesa e a deixar a sua marca. O futuro promete ser tão emocionante quanto o caminho percorrido até agora.
cultura | tradição | histórias | lugares
Saturdays 7:30 am
Saturday 10:30 am
Sundays 10:00 am
Palavras cruzadas Sudoku
O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.
1. Expressar-se vocalmente por meio de (frases melódicas)
2.Fazer estimativa de; avaliar, calcular
3.Tornar(-se) seco, retirar de ou perder a umidade; enxugar(-se)
4.Coordenar a execução de; conduzir, liderar
5.Entregar em troca; permutar
6.Transportar, levar (alguém ou algo) em direção ao lugar onde está quem fala ou de quem se fala
7.Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico
8.Extrair ou raspar os pelos de
Jogo das 10 diferenças
9.Reunir em uma só todas as partes que não têm ligação natural entre si
10. Escolher uma pessoa ou coisa entre outras; decidir-se por 11.Pôr para trás, fazer recuar; retrasar
12. Transferir (bem ou mercadoria) para outrem em troca de dinheiro
13. Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade
14. Voltar ao lugar de onde partiu; regressar
15. Exprimir por meio de palavras
G T D T V X L S L I V E N E P
H U Z A M X O R R A C I E C S
S T G B E C V Q T F V D O B A
A R D A G G I T R V V V T B X
D A I C A Q D Q A O N X S H A
I D R O T Y A O N H I J O R T
B U E D R C R O S L K Z P A M
E M C L O A D V P A N K M I R
B E I O P E X W O B P N I L T
N W O W R C I Y R A B O D I H
I Y N X U D P E T R V O A X I
P G A Y P G U F E T B B D U H
W W R Q M N C O B R A R N A V
M G H A I G R E N E P S E L K
G F A F K E A A N S
MUDAR
VIDA
DIRECIONAR
AUXILIAR
IMPOSTO
COBRAR
TRABALHO
TRANSPORTE
ENERGIA
TABACO
TAXAS
BEBIDAS
PORTAGEM
RENDA
CARRO
Culinária por Rosa Bandeira
Perna de Porco assada
Ingredientes
• 2 kg de perna de porco sem osso
• 3 dentes de alho
• 2 dl de vinho branco
• 2 dl de de azeite
• 1 colher de colorau doce
• 500 grs. de batatas pequenas descascadas
• 100 grs. de castanhas descascadas
• Sal e pimenta q.b.
• 1 limão (sumo)
Modo de preparação
Temperar a carne com o alho, sal, pimenta, colorau, o sumo de limão, o vinho branco e o azeite deixar durante 24 horas.
Ligar o forno a 200 graus, colocar a carne num tabuleiro cobrir com papel de alumínio e levar ao forno durante 40 minutos, retirar e colocar as batatas pequenas descascadas e as castanhas e deixar mais 50 minutos. Quando estiver pode servir. Bom apetite!
Semifrio de bananas e doce de leite
Ingredientes
• 4 bananas
• 1 lata de leite condensado cozido(dolce de leche)
• 1 pacote de bolacha manteiga
• 100 grs. de manteiga sem sal
• 2 pacotes de natas
• 100 grs. de açúcar
• 50 grs. de cacau
Modo de preparação
Moer as bolachas adicionar a manteiga derretida ate ficar uma massa úmida para forrar uma forma com fundo amovível. Quando a forma estiver forrada levar ao forno durante 10 a 15 minutos. Retirar do forno e deixar arrefecer. Colocar a lata de leite condensado sobre a bolacha, as bananas cortadas ao meio.
batedeira colocar as natas e o açúcar e
OLHAR COM OLHOS DE VER
CARNEIRO 21/03 A 20/04
Marte poderá favorecer algum assunto de carácter familiar ou até mesmo legal. Poderá sentir necessidade de se isolar um pouco, de se refugiar no conforto do seu lar, de usufruir da intimidade dos que lhe estão mais próximo, de analisar mais profundamente os seus sentimentos ou as suas atitudes.
TOURO 21/04 A 20/05
Sentirá, nesta altura, uma grande segurança nas suas convicções, causando mesmo um certo impacto na exposição das suas opiniões, que em regra, serão bem aceites e aproveitadas. No entanto, e para defesa dos seus pontos de vista, poderá ser tentado a distorcer os argumentos dando azo a pormenores errados que lhe poderão tirar a razão.
GÉMEOS 21/05 A 20/06
Ao longo desta semana sentirá uma forte necessidade de enriquecimento mental mesmo durante atividades totalmente lúdicas como sejam os jogos que exijam agilidade de raciocínio. Não considere que está a perder tempo pois ao desenvolver a sua mente e criatividade colherá sempre proveitos para futuras atividades.
CARANGUEJO 21/06 A 20/07
Este é um período em que a introspeção e a análise serão uma boa maneira para encontrar respostas no domínio dos sentimentos e emoções. Neste momento exprime de forma sensível e com profundidade aquilo que sente. Pode sentir o desejo de esclarecer alguma situação menos clara da sua infância, família ou passado.
LEÃO 22/07 A 22/08
Está numa fase em que sente necessidade de proteger os outros ou de ser protegido por eles. Vai sentir vontade de se dedicar mais à sua vida familiar, íntima, e ao seu lar. Está mais sensível neste momento. Situações não resolvidas da sua vida passada podem surgir agora para serem analisadas e solucionadas.
VIRGEM 23/08 A 22/09
Nesta fase está capaz de tornar mais harmonioso, mais agradável e leve o ambiente da sua vida quotidiana. Contacta com os outros de uma forma simpática. Nesta altura poderá ter alguma tendência para se dispersar. Desejará rodear-se de coisas bonitas e apreciar o que de belo existe à sua volta. Conseguirá expressar- se de um modo mais emocional.
BALANÇA 23/09 A 22/10
Nesta fase, em que o Sol transita pela sua Casa I, é natural que se sinta mais centrado em si, naquilo que é e no que faz. É um bom período para deitar mãos à obra a trabalhos que requeiram ser finalizados com urgência e para cuidar mais da sua saúde. Aproveite para fazer uma sauna ou uma cura de águas.
ESCORPIÃO 23/10 A 21/11
Durante este trânsito de Mercúrio pode tomar iniciativas, mas prepare-se para defender as suas ideias com unhas e dentes. Da sua convicção e determinação poderá nascer a vitória. A insatisfação e intranquilidade que agora sente é passageira, ainda assim, no entanto, preferirá o isolamento e a reflexão ao convívio.
SAGITÁRIO 22/11 A 21/12
Saia de casa, divirta-se! Neste momento a solidão não é boa conselheira. Procure a companhia dos seus amigos, integre-se em grupos ou participe em atividades coletivas. Prepare-se, pois é possível que durante o atual trânsito de Mercúrio lhe aconteçam coisas imprevistas e excitantes, que afastem a rotina.
CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01
É um bom período para investir na sua carreira, para mostrar as suas capacidades de trabalho ou para concretizar um plano de longa data. É possível que sinta que as suas atitudes têm um maior impacto do que o habitual no mundo exterior. A sua vida profissional poderá proporcionar-lhe um envolvimento afetivo.
AQUÁRIO 21/01 A 19/02
Durante este período irá procurar melhorar a sua posição profissional e social, para o que terá o apoio de pessoas mais velhas e experientes e que fazem parte do seu círculo de relações. Destes contactos mais estreitos poderão advir benefícios profissionais, como também podem estar na origem de uma nova relação afetiva.
PEIXES 20/02 A 20/03
É uma época propícia à sua afirmação pessoal e criativa, o que lhe trará grande satisfação. Uma paixão forte poderá surgir nesta altura e a sexualidade poderá ser vivida de forma muito intensa. Escoe o excesso de energia praticando desporto ou participando em atividades lúdicas. Procure envolver nelas os seus filhos.
Soluções
Agenda comunitária Classificados
Associação Cultural do Minho de Toronto
Porto de Honra
165 Dynevor Road 11 Oct - 7 pm
Save the date and celebrate come to be part with u. More informations (416) 781-9290
CASA DO ALENTEJO
Reunião Especial do Núcleo de Leitura
Com a participação, via Zoom, do escritor Pedro Almeida Maia (residente em Ponta Delgada) 6a feira, 11 de outubro, das 18h às 20h Sessão Presencial na CAT e Virtual por ZOOM* *Para obter a senha/password do Zoom contacte-nos por email: nucleodeleituracat@ gmail.com
Magellan Community Charities
Telethon/Radiothon
640 Lansdowne Av. Toronto - Oct 19 - 9 am
More information coming soon. Contact (437) 914-9110
Irmandade Açoriana Do Divino E.S.
Matança do Porco
1621 Dupont Street Toronto - 19 Oct. 6 pm
Jantar tradicional matança do porco com atuação do DJ Gil. Reservas (905) 5072869 ou (416) 533-3095
Associação Migrante de Barcelos
26º Aniversário Associação Migrante Barcelos
LiUNA Local 183 1263 Wilson Ave, Toronto - Oct 19
Guarde na sua agenda e comemore o 26º Aniversário da Associação Migrante de Barcelos. Para mais informações (416) 652-6354
Associação Cultural do Minho de Toronto
47º Aniversário da Associação Cultural do Minho de Toronto
1407 Dundas St W, Toronto 19 Oct - 7 pm
Save the date and celebrate come to be part with u. More informations (416) 781-9290
Magellan Community Charities Gala
Universal Event Space - Nov 2nd - 6pm. More information coming soon. Contact (437) 914-9110
Casa do Alentejo Halloween Party
1130 Dupont St. Toronto- Nov 2nd - 7pm. Uma noite para participar e divertir ao som da música e convívio. Vista-se apropriado e participe no concurso. Contact (416) 537 7766
First Portuguese 60 anniversary
LiUNA Local 183 1263 Wilson Ave, TorontoNov 02 - 7 pm
Guarde na sua agenda e comemore os 60 anos do Portuguese Canadian Community and Senior Centre. Para mais informações (416) 531-9971
Aluga-se na Dufferin e Davenport o piso prin cipal de um bungalow. Dois quartos, uma casa de banho, sala de estar e cozinha. Para um casal ou dois homens. Não aceita animais de estimação. (647) 292-3820
Hiring Part-time Spa Receptionist email re sumes to info@studiosdisavis.com
Apartment for rent Dufferin & Lawrence. One bedroom with laundry and one parking space. Internet and all utilities included. No children, pets or smokers. $1900. Available November 1. Jack 416-418-2129
Aluga-se apartamento, no primeiro piso, na àrea da Dufferin e Lawrence. Um quarto de cama, lavandaria e estacionamento para um carro. Internet, eletricidade e gás incluídos. Não se aceitam crianças, animais e fumado res. $1900.00. Ligar para 416-418-2129
Churrasqueira em Toronto procura alguém para trabalhar em part-time. A pessoa tem que saber trabalhar ao balcão e ajudar um pouco na cozinha Tem que falar inglês e por tuguês. Tem que trabalhar ao fim da tarde e fins de semana. Seria bom ter experiência, mas podemos treinar. Para mais informa ções ligufabie para (416) 562-3641.
Cabeleireira licenciada Manuela - está dis ponível para realizar serviço ao domicílio. com 20 anos de experiência. Fala português. Atende pessoas idosas, crianças, homens e mulheres. Especializada em corte, cor e madeixas. Área de Toronto. Contacte para todas as necessidades com o cabelo: (647) 761-9155
One bedroom for rent on 1st floor. Area of Keele and Wilson with parking lot included. Contact 416-660-8370
Job offer - Abrigo Centre’s Cook will work three days a week (Tuesday, Wednesday, Thursday) from 9:00 a.m. to 3:00 p.m. curating, preparing and delivering nutritious lunch meals to Abrigo clients in the Life and Hope seniors’ program. As an experienced cook or chef preparing Portuguese-inspired meals, this position will provide lunch to up to 60 clients each day and oversee a team of experienced volunteers who will support the Cook daily in this new role. Send your resume and covert letter by email with Cook in the Subject line to: Hiring Committee, Abrigo Centre, at info@abrigo.ca