MILÉNIO STADIUM 1717 - 1 DE NOVEMBRO

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É um mundo maravilhoso

O dia “D” das eleições nos Estados Unidos está a aproximar-se rapidamente. Os candidatos estão a correr pelo país a tentar convencer as pessoas de que o Armagedão está ao virar da esquina se o outro partido político ganhar. No final, a eleição será ganha ou perdida com base nos resultados de alguns estados e na confirmação pelo colégio eleitoral de quem detém o equilíbrio do poder.

Como leitor que vive na região da Grande Toronto, pode perguntar-se por que razão um jornal comunitário dedica uma reportagem de capa a uma eleição nos Estados Unidos. A resposta é simples, mas as questões são complexas e precisam de ser esclarecidas porque o resultado afetará certamente o nosso modo de vida, independentemente do local onde se vive. Se reduzirmos a geopolítica à América do Norte, que inclui o Canadá como o maior vizinho e o maior parceiro comercial dos EUA, podem ser feitas várias suposições sobre os resultados das eleições e as consequências económicas e sociais da

escolha para Presidente dos Estados Unidos. Na minha opinião, a eleição não é uma disputa entre dois indivíduos inaptos, homem ou mulher, ou um posicionamento ético, mas sim sobre ideologias erróneas acerca do que deve ser o país mais forte do mundo. Como vizinho dos EUA, o Canadá é um dos principais destinos dos migrantes. De acordo com estatísticas recentes, quase um quarto da sua população nasceu no estrangeiro, com 19% dos recém-chegados provenientes da Índia e 11% das Filipinas como os maiores grupos. A América também tem um dos maiores grupos de população nascida no estrangeiro do mundo, com cerca de 54 milhões de pessoas. Estes números estão a alterar o equilíbrio do poder de voto, nem sempre para melhor, e as opiniões tribais trazidas para um país nem sempre refletem o tecido com que uma nação foi criada. A América do Norte continua a ser atraente devido à relativa estabilidade e às oportunidades económicas, mas será que estas oportunidades não estão a desaparecer e as populações residentes não estão a resistir às tendências migratórias contínuas que estão a pôr em causa o nosso modo de vida? O Canadá tem quatro das 173 cidades no topo da tabela dos índices de habitabilidade: Calgary, Vancouver, Toronto e Montreal. Em comparação, a cidade mais bem classificada nos EUA é

Honolulu, em 23º lugar, e Nova Iorque, em 70º. Estes índices baseiam-se numa série de fatores que eu considero imperfeitos, com base nas minhas experiências de vida em Toronto e no Canadá, que considero serem socialmente desafiantes em muitos dos aspetos básicos da vida. Como leitor, pode perguntar-se o que é que estas estatísticas têm a ver com as eleições americanas. Para algumas das respostas, veja os acontecimentos atuais em Lisboa, Portugal, onde o oportunismo étnico está a ganhar apoio político em alguns quadrantes, justificando e promovendo as forças destrutivas da migração quando combinadas com a pobreza. A migração mal gerida, que é uma questão importante na América do Norte, não se tornou um ato de compaixão, mas uma oportunidade para introduzir o caos nas nossas vidas.

No último ano, o mundo observou o circo com que a nação mais poderosa do mundo conduziu os negócios da política. O caos que daí resultou não deu qualquer esperança de que o mundo estará mais protegido depois das eleições e, de facto, o mundo poderá enfrentar uma convulsão como nunca antes.

As guerras ideológicas estão a dominar a maioria dos principais países do mundo, com muito poucas concessões entre os seus líderes. Os atos de prostituição política que

se observam são semelhantes a uma troca contínua de poder, tentando vender ideologias que não se alinham com as nossas vidas. O mundo está a entrar numa fase diabólica, agravada por uma eleição que servirá como catalisador de tudo o que está errado na sociedade, usando a emancipação para justificar os meios.

A pergunta que precisamos de fazer é “serei mais feliz com Kamala ou Donald como Presidente dos Estados Unidos?”. Suspeito que a maioria de vós não dirá nada, ao avaliar a personalidade e a ideologia de cada um.

Trump tem-se desviado frequentemente para uma retórica fascista, que será implementada na política se ele ganhar, e o vazio intelectual de Kamala não oferece qualquer conforto pelo facto de, finalmente, uma mulher de cor ganhar, elevando o estatuto das mulheres a outro nível.

“A luta desta eleição não é sobre a democracia e o estado de direito versus o autoritarismo, mas sobre o bem versus o mal” - Kenneth Werner. Para alguns evangelistas, o Sr. Trump, escolhido por Deus, representa a última oportunidade de livrar a América das influências demoníacas. Até onde nos pode levar o privilégio demoníaco?

Ano XXXII- Edição nº 1717

1 de novembro de 2024

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

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Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com

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Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo. Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos,

Pegado, Paulo Perdiz,

Vincent

Traduções: David Ganhão

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Manuel DaCosta Editorial
Francisco
Raul Freitas, Rosa Bandeira,
Black, Vítor M. Silva.

A decisão dos eleitores será revelada depois de terça-feira, dia 5 de novembro – Kamala Harris ou Donald Trump? Neste momento em que escrevo, com base nas projeções de várias proveniências, ainda está tudo em aberto, o ponto de interrogação continua.

Para tentarmos entender o que está em causa nestas eleições, não apenas para os Estados Unidos da América, mas para o resto do mundo, vamos começar por vos deixar, as principais linhas que marcam as propostas de um e outro candidato, sublinhando também o que tem acendido a polémica em torno das respetivas campanhas.

Os EUA vivem hoje uma perigosa divisão interna, com consequências imprevisíveis no pós-eleições. Na memória de todos ainda está bem vivo tudo o que aconteceu no dia 6 de janeiro no Capitólio e as ameaças veladas de que a revolta pode voltar a acontecer não têm saído de cena.

Quanto ao impacto que se sentirá fora das fronteiras dos EUA... bem, o Canadá pode vir a ser um dos países mais afetados, caso o protecionismo económico e as políticas de imigração de Trump saiam vitoriosas. Convido-vos a lerem as entrevistas que integram este jornal, sobre o nosso tema de capa, para perceberem melhor, como o que está a acontecer no país vizinho do Canadá pode vir a marcar o futuro de quem vive deste lado da fronteira.

Quanto ao resto do mundo, é convicção de muitos analistas políticos de que a ameaça à paz pode sair muito fortalecida do resultado eleitoral, o que faz com que estejamos todos, mais do que nunca, nas mãos dos cidadãos/eleitores dos EUA.

Resta-nos esperar pelo resultado final...

Harris e Trump em questões polémicas

Num vasto leque de questões-chave que afetam a vida quotidiana dos americanos e a con guração do sistema político do país, a vice-presidente Kamala Harris (à esquerda) e o antigo presidente Donald Trump (à direita) têm registos e planos muito diferentes.

Apoia a despesa em infraestruturas e energias renováveis.

Defende a proibição da manipulação de preços, quer construir 3.000.000 de novas casas e dar subsídio de $25.000 para os compradores de casas pela primeira vez.

Aumento do salário mínimo, benefício fiscal de $50.000 para novas pequenas empresas.

Aumentar os impostos sobre as empresas e os americanos ricos.

Apoia uma via de acesso à cidadania, mas pretende colmatar as lacunas e reduzir as restrições aos requerentes de asilo, uma vez que as travessias ilegais das fronteiras atingem níveis recorde.

Afirma que Israel tem o direito de se defender e que os EUA devem continuar a enviar armas, apelando simultaneamente ao cessar-fogo e dando maior ênfase à crise humanitária em Gaza. Apoia a solução de dois Estados.

Apoia o direito federal ao aborto. Apelou ao Congresso para restaurar as proteções depois de 50 anos de Roe v. Wade terem sido revertidos em junho de 2022.

Apela a leis de bandeira vermelha a nível nacional, verificação universal de antecedentes e proibição de armas de assalto.

Gastar milhares de milhões de dólares em reduções de impostos e decretar tarifas abrangentes sobre todos os 3 mil milhões de dólares de importações para os EUA, incluindo 60% de tarifas sobre as importações da China e 10% de tarifas gerais sobre as importações de outras nações. Diz que não vai cortar os benefícios da Segurança Social ou do Medicare.

Quer concluir o muro na fronteira entre os EUA e o México, reativar o programa “Permanecer no México” e as restrições de asilo. Quer “realizar a maior operação de deportação doméstica da história americana” de imigrantes sem documentos.

Afirma que nem a guerra Israel-Hamas nem a guerra Rússia-Ucrânia teriam começado se Trump fosse presidente. Reduzirá a ajuda dos EUA a Kiev. Duvida que a solução de dois Estados seja possível no Médio Oriente.

Os Estados devem ser autorizados a impor as restrições que entenderem. Depois de o Supremo Tribunal ter anulado Roe v. Wade, foram promulgadas 563 disposições para restringir o acesso ao aborto em 22 estados.

Argumenta que as armas não são as culpadas pelos tiroteios em massa, mas sim os problemas de saúde mental.

Madalena Balça / David Ganhão
Qualquer coisa que diminua a democracia americana prejudicará a causa da democracia em todo o mundo
- Stephen L. Newman

A luta está renhida, disputada taco a taco e ninguém pode dizer hoje (dia 1 de novembro), com certeza absoluta, quem irá ganhar as eleições nos Estados Unidos da América. As sondagens apontam valores entre os 47/49 por cento para cada candidato, deixando para a chamada margem de indecisos a palavra final. Num quadro de tanta incerteza, aumentam os receios de que uma vitória pela margem mínima possa desencadear um cenário de instabilidade social de consequências inimagináveis.

Stephen L. Newman é professor emérito do Departamento de Política da Universidade de York, e um cientista político de mérito reconhecido internacionalmente e ajudou-nos a entender o que está em causa nestas eleições dos EUA, não apenas para o povo americano, mas também para o resto do mundo.

Milénio Stadium: Nos Estados Unidos, a campanha eleitoral dividiu o país. As sondagens apontam para uma luta muito renhida em torno do resultado final. O que é que se pode dizer para justificar esta divisão acentuada?

Stephen L. Newman: Não foi a eleição que provocou a divisão. O eleitorado americano é altamente polarizado e já o é há algum tempo. A primeira campanha de Trump, em 2016, contribuiu certamente para esta polarização, tal como a sua campanha de 2024. Mas penso que é mais correto dizer que Trump capitaliza uma divisão pré-existente no seio do eleitorado americano. Apela à raiva e ao ressentimento sentidos sobretudo pelos eleitores brancos, especialmente, mas não exclusivamente, pelos eleitores brancos da classe trabalhadora, que perderam a segurança económica e o estatuto social em resultado da deslocalização da produção resultante das políticas neoliberais promulgadas ao longo de cinco décadas pelas administrações republicana

e democrata. Ele também se alimenta e contribui para a guerra cultural que opõe os tradicionalistas religiosos aos vários atores que promovem a secularização da sociedade americana.

MS: A campanha de Trump, quando ainda tinha Biden como adversário, realçou a situação algo incapacitante de Biden. Agora, Trump deu alguns sinais de que também não está a 100% da sua capacidade. Poderá este fator, que tem sido utilizado na campanha de Harris, pesar no resultado final?

SLN: Trump está a mostrar cada vez mais a sua idade à medida que a campanha avança. Ele balbucia as palavras, não consegue completar as frases e perde a noção do que está a dizer quando não lê o seu discurso no teleponto. Mas continua a falar com grande vigor e em voz alta, o que faz com que pareça mais robusto do que Biden quando se atrapalhou no debate com Trump no início do verão. A campanha de Harris está claramente à espera que o declínio evidente de Trump funcione contra ele, mas não é de todo claro qual o impacto que isso terá. É preciso ter em conta que a base MAGA de Trump o apoia firmemente e não o abandonará, aconteça o que acontecer. Outros eleitores que se inclinam para Trump, no entanto, podem ser desencorajados pela sua idade avançada e estado mental duvidoso. Numa eleição renhida, se mesmo um pequeno número de eleitores de Trump mudar de ideias, isso poderá ter um impacto.

MS: Quando Trump perdeu as últimas eleições, não aceitou a derrota e contribuiu para o que aconteceu no Capitólio dos Estados Unidos. Se voltar a perder agora, em princípio por uma margem mínima, o que poderá acontecer?

SLN: A campanha de Trump não fez segredo da sua intenção de contestar os resultados das eleições se ele perder. Não importa se perde numa esmagadora maioria ou por uma margem mínima. Começará por inter-

por recursos judiciais, como fez em 2020. Acredito que também fará um esforço para que as legislaturas estaduais controladas pelo Partido Republicano anulem o voto popular e lhe atribuam os votos do Colégio Eleitoral dos seus estados. Ele também tentou fazer isso em 2020. Finalmente, se os republicanos controlarem o Congresso a 6 de janeiro de 2025, ele tentará que os seus aliados na Câmara e no Senado anulem os resultados das eleições. Mais uma vez, ele tentou fazer isso em 2020. O problema que ele enfrenta é que o que não teve sucesso em 2020 provavelmente falhará novamente. Os tribunais não anularão uma eleição a menos que haja provas claras e convincentes de fraude. Trump não conseguiu estabelecer isso em 2020 porque não havia tais provas, e não há razão para pensar que em 2024 será diferente. As legislaturas estaduais e o Congresso não têm base constitucional ou legal para anular os resultados de uma eleição presidencial. Trump pode querer acreditar no contrário, mas o facto de o desejar não faz com que seja assim. Há uma pequena hipótese de os apoiantes MAGA de Trump, por si próprios ou incitados pelo próprio Trump, ameaçarem com violência numa tentativa de fazer com que os tribunais, as legislaturas estaduais ou o Congresso anulem os resultados das eleições e o instalem como presidente, mas se isso acontecer é pouco provável que tenha sucesso.

MS: Kamala Harris foi acusada pelos apoiantes de Trump de ter feito parte de uma administração que conduziu o país a uma situação económica difícil. Se ela perder, poderá a sua derrota ser atribuída à sua gestão do país nos últimos anos?

SLN: Em primeiro lugar, Harris não esteve à frente da administração Biden. Ela era a segunda em comando de Joe Biden. Por isso, partilha a responsabilidade pelo que aconteceu durante o seu mandato, mas é um grande exagero dizer que tudo o que

correu mal é culpa dela. Em segundo lugar, não é verdade que a economia americana tenha tido um mau desempenho durante a administração Biden-Harris. Pelo contrário, segundo a maioria dos indicadores, a economia saiu-se muito bem. Muito melhor, de facto, do que qualquer outra democracia ocidental. E a administração conseguiu aprovar uma série de leis que criaram novos empregos e financiaram o desenvolvimento de novas indústrias que tornarão a economia ainda mais forte nos próximos anos.

Infelizmente para Harris, a inflação foi elevada durante a maior parte dos últimos quatro anos, afetando o preço dos artigos de uso diário, como os produtos de mercearia. Isto explica a insatisfação popular com a economia, que a campanha de Trump explorou culpando Harris pelos preços elevados e exaltando a reputação de Trump como empresário de sucesso para argumentar que ele fará um melhor trabalho na gestão da economia. É claro que a reputação de Trump é, na realidade, um mito cuidadosamente cultivado. Ele é uma estrela de Reality TV que interpretou um homem de negócios de sucesso em The Apprentice. Como homem de negócios, ele bateu mais vezes para fora do que para dentro.

MS: Na sua perspetiva de cientista político, que avaliação pode ser feita da candidata Kamala Harris?

SLN: Ela fez uma campanha extraordinariamente eficaz, tanto mais notável por ter sido organizada num curto espaço de tempo. Foi útil para ela o facto de a liderança sénior dos democratas ter reconhecido a fraqueza de Biden como candidato e se ter unido para trabalhar nos bastidores para o convencer a afastar-se. Nem Harris nem qualquer outro potencial candidato teriam tido hipóteses de se tornar o candidato democrata se tal não tivesse acontecido. Ela também beneficiou da rapidez com que os potenciais rivais, a direção do partido e as

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bases do partido se uniram em torno da sua candidatura. Também aqui, a mão da liderança sénior do partido é evidente. A própria Harris merece crédito por ter feito uma campanha enérgica e bem falada. Acho que ninguém sabia bem o que esperar. A sua candidatura à nomeação democrata em 2020 não revelou que ela fosse um destaque nos palanques. Atualmente, faz muito melhor campanha. E fez de Trump um alvo fácil no único debate que tiveram. O contraste com o desempenho de Biden no debate é impressionante.

MS: Dada a proximidade do Canadá e as relações comerciais que existem entre os dois países, que consequências ou impacto poderá ter o resultado final destas eleições na vida dos canadianos?

SLN: Se Trump ganhar e impuser as tarifas elevadas de que tem falado, as consequências poderão ser catastróficas. Estamos a falar de uma recessão a nível mundial. Mesmo que Trump renuncie aos direitos aduaneiros, o que parece improvável, tendo em conta o papel central que têm desempenhado na sua campanha, o Canadá ver-se-á como um parceiro de negociação muito mais difícil. As indústrias canadianas que dependem do comércio transfronteiriço com os EUA serão provavelmente afetadas.

MS: Pessoas que faziam parte do círculo mais próximo da administração Trump alertaram para o perigo de se voltar a dar-lhe poder. Alguns chegaram mesmo a classificá-lo de fascista. Na sua opinião, existem razões para que não só os EUA, mas também o mundo, devam temer Trump?

SLN: Devemos temer Trump porque ele é um fascista. Não creio que ele seja movido por uma ideologia fascista. Trump não é um leitor nem um pensador profundo. Mas é atraído para o autoritarismo por temperamento e inclinação. Reconheceu instintivamente que podia acumular seguidores

demonizando os imigrantes e as minorias raciais. Explora o “valor de entretenimento” que pode encontrar ao denegrir os seus opositores na linguagem mais vulgar e ao apelar à sua prisão e mesmo à sua execução, simplesmente porque se opõem a ele. Ao fazê-lo, normaliza ideias não democráticas e antidemocráticas. Sabemos, pelo que disse, que Trump não respeita a Constituição dos EUA. De facto, apelou ao seu fim para poder fazer o que lhe apetece enquanto presidente. Sabemos que ele não respeita o Estado de Direito nem as instituições e práticas democráticas, porque fomentou um golpe de Estado num esforço falhado para se manter no poder depois de ter perdido umas eleições livres e justas. Desde então, tem-se queixado de que as eleições lhe foram roubadas pelo seu adversário, que ameaçou prender se voltasse ao poder em 2024. Os americanos têm todas as razões para acreditar que Trump tentará governar autocraticamente se voltar ao poder. Poderá não o conseguir. Ainda existem controlos e equilíbrios para o condicionar. Mas os poderes da presidência americana são enormes e ele poderá causar muitos danos às normas e instituições democráticas da América antes do fim do seu mandato.

Como a mais longa experiência de auto-governo democrático do mundo, a América é um símbolo importante para o mundo. Qualquer coisa que diminua a democracia americana prejudicará a causa da democracia em todo o mundo. Mas uma segunda presidência de Trump terá um impacto muito mais substancial no mundo. É provável que Trump ponha fim ao apoio americano à Ucrânia e faça vista grossa à invasão de Putin. Poderá voltar a ameaçar retirar os EUA da NATO, perturbando a aliança ocidental. O caso amoroso de Trump com os ditadores fortalecerá a sua mão e enfraquecerá a resistência ao regime autocrático. Enquanto a administração Biden pressionou o governo de Netanyahu a pôr fim à sua guerra contra o Hamas e o

Hezbollah e, entretanto, a permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, pode ter a certeza de que uma administração Trump dará carta branca ao governo de Netanyahu para fazer o que lhe apetecer.

MS: O que é que Trump tem, que atrai os eleitores?

SLN: Como já disse quando respondi à primeira pergunta, Trump apela à raiva e aos ressentimentos dos eleitores maioritariamente brancos, especialmente dos eleitores brancos da classe trabalhadora, que perderam a segurança económica e o estatuto social graças às políticas neoliberais das administrações anteriores, tanto republicanas como democratas. Ele apela aos tradicionalistas religiosos politicamente mobilizados pela guerra cultural contra os valores seculares. Os eleitores de Trump são definidos não pelo que são a favor, mas antes pelo que são contra. São contra a imigração, apesar de a maioria deles ser descendente de imigrantes. São contra os liberais “acordados” que dominam a academia e a indústria do entretenimento. São contra o aborto. São contra a liberdade que o aborto representa para as mulheres, especialmente para as mulheres que não querem fazer parte da família patriarcal tradicional. São contra as minorias raciais que estão a transformar a América num país de maioria minoritária (um país onde há menos pessoas brancas do que pessoas de cor). Trump dá permissão aos seus apoiantes para serem donos da sua raiva e dos seus ressentimentos. Dá-lhes permissão para dizerem em voz alta as coisas vulgares e odiosas que a maioria das pessoas tem demasiada vergonha de dizer à frente dos outros.

MS: E o que é que Kamala Harris tem, que cativa os eleitores?

SLN: Harris começou a sua campanha apostando que a maioria dos americanos está pronta para virar a página, que a maio-

ria das pessoas está cansada do espetáculo de Donald Trump e anseia por uma política menos zangada, menos preocupada com queixas e mais interessada em soluções pragmáticas para os problemas que enfrentam. Estamos a falar de problemas como o elevado custo das compras, a dificuldade em encontrar habitação a preços acessíveis, as estradas e pontes em ruínas em todo o país que precisam desesperadamente de ser reparadas, lidar com as consequências das alterações climáticas... todos estes e outros figuraram de forma proeminente na campanha de Harris. Só agora, nas últimas semanas da sua campanha, é que ela está a fazer da preservação da democracia face ao perigo representado pelas tendências autocráticas de Trump uma questão importante. Conseguirá ela convencer um número suficiente de pessoas a virar a página da era Trump? Para o bem da América e do mundo, espero que sim. Mas não saberemos ao certo até que todos os votos sejam contados, e talvez nem mesmo nessa altura.

MB/MS

Stephen L. Newman. Créditos: DR.
Credito: DR

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O estado de espírito atual diz-nos que o caminho que temos pela frente pode ser difícil - Dave Saraiva

Dave Saraiva é um músico luso-americano, co-fundador dos International Portuguese Music Awards. Segue com natural interesse e até alguma apreensão tudo o que está a envolver o ambiente de campanha eleitoral e que está a evidenciar uma profunda divisão no país. As opiniões extremadas, as ofensas pessoais, as cisões em assuntos de interesse nacional como a imigração, o aborto, a questão das armas... têm levado o debate político para níveis que ultrapassam muito o limiar do bom-senso.

Com esta conversa com Dave Saraiva, quisemos entender como está o cidadão dos Estados Unidos da América a olhar para tudo o que se está a passar. Quais são as expectativas e receios que têm relativamente ao período pós-eleitoral? Percebemos que a tranquilidade é um sentimento que está a viver bem longe do território americano, nos últimos tempos. Milénio Stadium: A imagem que passa a quem está fora dos EUA e vai acompanhando a campanha é que há uma séria divisão no país, que poderá ir muito além da eleição. Quem vive nos Estados Unidos tem a mesma perceção? Tem receio do que possa acontecer após serem conhecidos os resultados eleitorais?

Dave Saraiva: Olhando para o estado atual do país, é difícil não reparar em como as

coisas parecem divididas. Não se trata apenas de uma observação pessoal, mas de algo com que penso que muitas pessoas nos Estados Unidos concordariam. Recentemente, uma sondagem da Scripps News e da Ipsos mostrou que 62% dos americanos acreditam que há uma boa probabilidadeou “um pouco” ou “muito provável” - de assistirmos a violência depois do dia das eleições. É um número bastante surpreendente e mostra bem como as coisas estão tensas neste momento. Para além disso, um artigo do The Washington Post salientou que apenas cerca de um terço dos apoiantes de Trump aceitaria uma derrota por pouco nesta eleição, o que poderia tornar as coisas ainda mais complicadas. Em suma, estas sondagens e relatórios refletem um país que enfrenta uma profunda desconfiança e ceticismo à medida que nos aproximamos das próximas eleições. Muitos de nós esperam um processo pacífico, mas o estado de espírito atual diz-nos que o caminho que temos pela frente pode ser difícil.

MS: Dos programas eleitorais propostos, qual é a área que está a gerar maior divisão, na sua opinião?

DS: Atualmente, a imigração e o aborto parecem ser as grandes questões que dividem realmente as pessoas. A imigração traz à tona debates sobre segurança e identidade, enquanto o aborto toca em crenças pessoais e morais. Estes são temas em que as pessoas

tendem a manter-se firmes, pelo que não é de surpreender que estejam a gerar muita da tensão a que assistimos em todo o país.

MS: Tanto quanto se apercebe, as pessoas sabem realmente o que cada candidato propõe e estão a decidir com base em opiniões bem sustentadas?

DS: Como Kamala Harris só teve alguns meses para fazer campanha, algumas pessoas podem sentir que não sabem realmente qual é a sua posição, especialmente em questões em que as suas opiniões podem diferir das do Presidente Biden. É difícil para os eleitores terem uma noção completa da sua plataforma em tão pouco tempo. Por outro lado, Donald Trump pode parecer um pouco mais familiar para as pessoas - ele está a concorrer com muitas das mesmas políticas das suas campanhas anteriores, e tivemos anos de exposição às suas posições. Esta diferença de familiaridade pode definitivamente moldar a forma como os eleitores veem as escolhas que têm pela frente.

MS: O que tem Trump para atrair cerca de 48% dos votantes (segundo as projeções)?

E Kamala? Quais são as razões para também cerca de 48% a escolherem com sua candidata?

DS: Durante muito tempo, o nosso país esteve dividido de forma bastante equilibrada ao longo das linhas partidárias, e este ano

eleitoral não é diferente - embora esta corrida pareça mais apertada do que qualquer outra na memória recente. Muitas pessoas que votam em Kamala Harris estão provavelmente à procura de uma continuação das políticas de Biden, enquanto outras podem simplesmente estar a votar contra Trump, tornando-se um voto anti-Trump. Do lado de Trump, a sua base continua forte e, com o país ainda muito dividido, cada voto contará no que poderá ser um final incrivelmente renhido.

MB/MS

Dave Saraiva. Créditos: DR.
Credito: DR

“Estou aqui hoje para apoiar Kamala Harris e Tim Waltz para presidente e vice-presidente dos Estados Unidos e para me opor a Donald Trump e J.D. Vance. Eis a razão: quero um presidente que respeite a Constituição, que não a ameace, que queira proteger e guiar a nossa grande democracia, que acredite no Estado de direito e na transferência pacífica do poder, que lute pelo direito de escolha das mulheres e que queira criar uma economia de classe média que sirva todos os nossos cidadãos."

- Bruce Springsteen

Trump mobilizará todos os poderes federais e estatais necessários para instituir a maior operação de deportação de criminosos ilegais, traficantes de droga e traficantes de seres humanos.

- Karoline Leavitt (porta-voz da campanha de Trump)

Eu entendo porque as pessoas estão a procurar agitar as coisas. Eu entendo que as pessoas se sintam frustradas. O que eu não consigo entender é por que alguém pensaria que Donald Trump vai agitar as coisas de uma forma que seja boa para alguém.

- Barak Obama

Trump é um nova-iorquino falastrão. Exagera. Mas acho que é inegável que conseguiu fazer muitas coisas. E que nenhum dos cenários apocalípticos que os media previram após sua eleição se concretizou. O legado mais importante de Trump é que seu mandato pode ter marcado o começo da reorientação do Partido Republicano numa direção mais populista e nacionalista, por ter mostrado uma solidariedade genuína pela classe trabalhadora e pela classe média."

- David Azerrad (cientista político)

Peço aos homens, principalmente os negros, que votem em Kamala. Se Donald Trump vencer, há vidas femininas que estarão em risco. Peço-vos, do fundo do meu ser, que levem as nossas vidas a sério. Por favor, não coloquem as nossas vidas nas mãos de políticos, a maioria homens, que não têm a mínima ideia do que estamos a passar.

- Michelle Obama

Em Springfield, eles [imigrantes] estão a comer os cachorros. Eles estão a comer os gatos. Estão a comer os pets das pessoas que moram lá.

- Donald Trump

Quem é Kamala Harris?

Kamala Devi Harris, nascida em Oakland, Califórnia, a 20 de outubro de 1964, é uma política e advogada norte-americana que é a 49.ª e atual vice-presidente dos Estados Unidos desde 2021, tendo servido sob o comando do Presidente Joe Biden. Harris é a primeira mulher, a primeira afro-americana e a primeira asiático-americana a ser vice-presidente, devido à sua ascendência afro-jamaicana e indiano-americana. É a mulher mais graduada da história dos Estados Unidos. Harris licenciou-se na Howard University e na University of California, Hastings College of the Law. Começou a sua carreira de advogada no gabinete do procurador distrital do condado de Alameda. De 2017 a 2021, representou a Califórnia no Senado dos Estados Unidos. Antes disso, foi procuradora-geral da Califórnia.

Imaginem nossas filhas crescerem, verem o que é possível, sem limitações. Imaginem as nossas avós. Imaginem o que elas sentem neste momento, elas que viveram para vermos esse dia histórico. - Beyoncé

Trump é puro e um patriota. Harris diz o que tiver que dizer para ser eleita. Estou farto de a ouvir falar dos seus vizinhos.

- Joe Germanotta (pai de Lady Gaga)

Há pessoas que querem que você veja nosso país como uma nação de nós contra eles, pessoas que querem assustá-lo, que querem governá-lo, pessoas que querem que você acredite que os livros são perigosos e as armas de assalto são seguras. Que há uma maneira certa de adorar e uma maneira errada de amar. Pessoas que buscam primeiro dividir e depois conquistar. Mas aqui está a questão — quando estamos juntos, é impossível conquistar-nos. - Oprah Winfrey

Harris tem um historial miserável e o QI de um poste.

- Mel Gibson

Quem é Donald Trump?

Donald John Trump nascido em Nova Iorque, a 14 de junho de 1946, é um político americano, personalidade dos media e empresário, que foi o 45º presidente dos Estados Unidos da América de 2017 a 2021. Trump e as suas empresas foram autores ou réus em mais de 4.000 ações judiciais, incluindo seis falências de empresas. Foi considerado culpado de 34 acusações de falsificação de registos comerciais relacionados com o pagamento de um “hush money” a Stormy Daniels, numa tentativa de influenciar as eleições de 2016, tornando-o o primeiro ex-presidente dos EUA a ser condenado por um crime. Em processos civis, Trump foi considerado responsável por abuso sexual e difamação em 2023, difamação em 2024 e fraude financeira em 2024.

Kamala está no Texas para aparecer com celebridades 'woke'. Mas ela não se reunirá com nenhuma das vítimas de crimes cometidos por migrantes.

- Donald Trump

Voto em Kamala Harris porque ela luta pelos direitos e causas que acredito que precisam de uma guerreira para os defender.

- Taylor Swift

O ex-presidente Trump não é um "bully" e quero elogiar os seus apoiantes por permanecerem fortes apesar de serem cancelados, intimidados, marginalizados, excluídos ou mesmo demitidos ou boicotados.

- Dr. Phil McGraw

Esta eleição é mais do que apenas uma escolha entre dois partidos e dois candidatos diferentes. É uma escolha entre termos um país enraizado na liberdade para todos os americanos ou governado pelo caos e pela divisão.

- Kamala Harris

Estados (Des) Unidos

Olá, bom dia. Cá estamos e, assim como não se quer a coisa, ufffff, mais um mês, mais uma folha arrancada deste calendário veloz do tempo.

Hoje é dia de todos os Santos, há que lembrar e celebrar as almas que já não se encontram por entre nós e esperar que estejam em paz.

Quanto ao tema em cima da mesa, este é bastante peludo não sei se existem no mundo máquinas de laser que cheguem para os

sanar. Estados (Des)Unidos assim estamos. Eleições à porta e que futuro nos espera?

Pois porque nós somos logo os primeiros a serem afetados com esta desgraça estatal. Bem, não sou de muitas políticas, mas para se viver há que lidar com elas a todos os níveis. Pergunto-me eu: Não há candidatos capazes num país com tantos milhões de cidadãos? Ou e um “Grito” solene de desespero que ninguém já quer saber da terra “ Of the brave and the free”?

Bem vamos por partes...

Temos um homem completamente desprovido de senso comum, criminoso (provado), em várias áreas da lei, cadastrado por assédio e abusos sexuais a mulheres das mais várias condições e idades, burlas, incumprimento ao fisco. Etc etc etc. A lista é exten-

sa. Não obstante e com aquela cara de Pato Donald em drogas baratas, desculpem-me a sinceridade, lá está ele, mano a mano, a professar a salvação para o seu país. E no resto do mundo? Em que ficamos? Mais 4 anos desta insanidade mental e económica?

Nem sei mais que vos dizer.

Do outro lado da moeda, temos a Sra Dra. Kamala Harris, que até então era e creio ainda ser vice-presidente, pessoa que pouco ou nada dizia, conhecedora das leis do seu país sim, quero acreditar que sim, até porque estudou e se formou em direito, mas será que tem a pujança que se precisa?

Será que a vão levar a sério? Ou será mais uma de tantas outras marionetas na política? E mulher. E de raça negra, com todo o respeito, e isto tudo está na moda. Con-

tra mim falo. Adoraria ver uma dama com pulso de ferro, à prova de mísseis, porque de bala já é para meninos no poder. A ver o que o futuro nos traz. Já dizia a minha falecida mãe... uma e tanta vez.

“Adeus mundo, cada vez pior”

Até já e bom fim de semana. Ah hoje também é feriado em Portugal grande nação onde os feriados e fins de semanas longos são reis e senhores.

É o que é e vai sempre valer o que vale. Às 6, horas de cá, claro está, assistam a mais um Roundtable, onde a falar é que a gente se entende, com Vince Nigro e seus convidados.

Até já, Cristina

Esta semana

Conhecemos Maria João Ruela atual assessora da Presidência da República e ex-jornalista

Vamos aos fados no encerramento da Semana

Cultural Alentejana em Toronto

Inauguramos as novas instalações da LiUNA Local 183

Propomos uma alimentação e vida equilibrada no Healthy Bites

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Percebemos o que se passa no mundo no Here’s The Thing

E analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable

Apps disponíveis

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Cristina da Costa Opinião
Photo: DR

It’s a wonderful world

The “D” day for the election in the United States is quickly approaching. The contenders are sprinting across the country trying to convince people that Armageddon is around the corner if the other political party wins. In the end, the election will be won or lost based on the results of a few states and confirmations by the electoral college who holds the balance of power.

As a reader living in the Greater Toronto Area, the question may be asked why a community based newspaper would be dedicating a cover story about an election in the United States. The answer is simple, but the questions are complex and in need of clarity because the result will most certainly affect our way of life regardless of where you live. If we reduce geopolitics to North America, which includes Canada as the largest neighbor and

biggest trading partner of the USA, various assumptions can be made about the election results and the economic and social consequences of the choice for President of the United States. In my view, the election is not a contest between two unfit individuals, man or woman or ethical positioning but about flawed ideologies about what the strongest country in the world should be. As a neighbor of the U.S., Canada is a top destination for migrants. According to recent statistics, nearly a quarter of its population was born abroad, with 19% of newcomers coming from India and 11% from the Philippines as the largest groups. America also has one of the largest foreign born groups of populations in the world with about 54 million people. These numbers are changing the balance of voting power and not always for the better and tribal opinions brought into a country are not always reflective of the fabric by which a nation was created. Still the attraction to North America is appealing due to relative stability and economic opportunities, but are these opportunities not disappearing and are resident populations not resisting continued migratory tendencies which are challenging our way of life? Canada has four cities out of 173 at the top of the charts of livability indexes being, Calgary, Vancouver, Toronto and Montreal. By comparison, the highest rated city in the USA is Honolulu at 23rd and New York at 70. These indexes are based on a number of factors which I view as flawed based on my experiences living in Toronto and Canada which I feel are socially challenged in many of the basics of life. As a reader, you may question what these statistics have to do with the American election. For some of the answers, look at the current events in Lisbon, Portugal where ethnic opportunism is gaining political support in some quarters, justifying and promoting the destructive forces of migration when combined with poverty. Poorly managed

migration, which is a major issue in North America, has not become an act of compassion but an opportunity to insert chaos into our lives.

In the last year, the world has observed the circus by which the most powerful nation in the world has conducted the business of politics. The resulting chaos has not provided any comfort that the world will be better protected after the election and in fact the world may face upheaval like never before.

Ideological wars are ruling most major countries in the world with very little concessions being found amongst its leaders. The acts of political prostitution being observed are akin to continuous bartering of power by attempting to sell ideologies which do not align with our lives. The world is entering a diabolical phase compounded by an election which will serve as a catalyst for everything that is wrong with society, using emancipation to justify the means.

The question we need to ask is “will I be happier with Kamala or Donald as President of the United States?” I suspect that most of you will say neither as you assess each other's personality and ideology.

Trump has often veered into fascist rhetoric, which will be implemented into policy if he wins, and Kamala’s intellectual emptiness provides no comfort that finally a woman of colour will win bringing the status of women to another level.

“The struggle of this election is not about democracy and the rule of law versus authoritarianism but about good versus evil” – Kenneth Werner. For some evangelists, Mr. Trump, chosen by God, represents the last chance to rid America of demonic influences.

How far can demonic privilege take us?

Apresentador Vince Nigro

Convidados Nellie Pedro Paulo Pereira

Tema da semana: Discussão de temas da atualidade

As eleições nos EUA e o impacto no Canadá e resto do mundo.

sexta-feira às 18h

Photo: DR

DON’T KID YOURSELF

We are all living in times, where trouble that develops on the other side of the world has a direct, even brutal, impact on our daily lives. We’ve all been connected, especially economically, in a way that we all go through the hardship to varying degrees.

The of the upcoming elections in the United States will certainly have an impact on most of the countries on Earth. I’m of the opinion that most of the voters in the US aren’t even aware of the scope of their countries’ global influence and control. In a way, why should they? After all, they’re voting for their own causes and values, which can turn out to be unfortunate for the rest of us. Because they are the world’s largest economy, and the original instigators and main players in the global economy, when they say “jump”,

we say “how high”. Any glitch in the Matrix in Washington reverberates to the rest of us at the speed of light. Canada is caught. Sharing its southern border with the Americans has been both a blessing and a curse, which is normal for a relationship between a country with ten percent of the population of its powerful partner. Most of Canada’s trade is with America, and when it comes to arguments with regard to said matters, our opponents usually come out on top, it’s difficult to fight a giant. But Canada won’t be alone, the US has many agreements around the world that may not be around soon after November.

It’s not like we can prepare for whatever the outcome of the American election, but we all could stand being on the same page. No matter what political spectrum you feel you prefer, in the end, we all sense the impact, good or bad. My prime con-

cern is for the American people. The division in the country seems to be, from the outside, dangerous. The threats over nullifying votes and contesting results have been amplifying. It seems there might be trouble in trying to even implement the shaky democracy they currently have. If you can’t at least do that, what’s going to happen after? It’s a country of weapons, available to all. Some look to be as fundamentalist as the enemy they so fear. But we all have to believe that good sense will prevail, and that the hate that has emitted out of this election race so far will all end up being nothing but the usual lies we’re used to hearing from politicians running for office. This kind of sentiment has also opened many windows, (and consequently doors), around the world, especially Europe, where division seems to be growing, and although extremism is still being pushed

back, it’s gaining ground. I’m hoping this kind of push holds firm in the US. We need to move forward, not back, and the latter is being met with resistance. In business terms, it means growing and profiting, this can be done without ever really improving the lives of those who toil in order for business to ‘move forward’. This could be a reason why in hard times, profits boom. Division and unrest create huge gains for corporations and their shareholders. Whatever the result, the money gods will use the excuse to add a little more weight to our load. That's probably the only guarantee I have at the moment. In any regard, we have no say in a contest that involves all of us. Let’s hope they minimize the collateral damage.

Fiquem bem.

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The 2024 U.S. Election Showdown Between Trump and Harris

As the United States gears up for the 2024 presidential election on November 5, the political landscape is charged with anticipation. The race is shaping up to be a high-stakes contest between former President Donald Trump and current Vice President Kamala Harris. With the backdrop of deep political divisions and pressing national issues, this election promises to be one of the most consequential in recent history.

Who Will Win?

Predicting the winner of the 2024 election is a challenging endeavor. Both candidates bring distinct strengths and weaknesses to the table. Trump, a polarizing figure, has maintained a loyal base and continues to galvanize support with his populist rhetoric and promises of a strong economy. His focus on issues like immigration, crime, and economic growth resonates with many voters who feel left behind by the political elite.

On the other hand, Harris represents a more progressive vision, emphasizing social justice, climate change, and healthcare reform. Her candidacy appeals to younger voters and those seeking a more inclusive approach to governance. While she faces the challenge of navigating her administration’s mixed approval ratings, she has

positioned herself as a champion of the marginalized.

Polling data leading up to the election suggests a tight race, with key battleground states likely to determine the outcome. Factors such as voter turnout, the impact of third-party candidates, and external events leading up to Election Day will play pivotal roles in shaping the results.

Why Is This Election Different?

The 2024 election is notable for several reasons... if elected, Harris would be the first woman and first woman of color to hold the presidency. This would mark a significant milestone in U.S. history, challenging traditional power structures and inspiring a new generation of political leaders. The current political climate is more polarized than ever. Voter sentiment is divided not only along party lines but also within parties themselves. Issues like abortion rights, gun control, and economic inequality have spurred intense grassroots movements, shaping campaign strategies and voter mobilization efforts.

The role of social media is more pronounced in this election cycle. Candidates are using platforms like TikTok and Instagram, to reach younger voters, while misinformation campaigns and “fake news” continue to pose challenges for informed voting. The aftermath of the COVID-19 pandemic has left lasting effects on the economy and public health. Candidates’ responses to these issues will be crucial in swaying public opinion.

Several key issues are likely to dominate discussions as the election approaches

such as abortion rights. Following the Supreme Court’s decision to overturn Roe v. Wade, abortion has become a critical issue for many voters. Harris has consistently advocated for reproductive rights, while Trump’s stance reflects a more conservative viewpoint, appealing to his base but alienating moderates.

With increasing awareness of climate change, environmental policies are at the forefront of this election. Harris’s administration has focused on green energy initiatives, while Trump has emphasized energy independence and deregulation. Economic performance and recovery from inflation will be pivotal in shaping voters’ sentiment. Harris’s focus on job creation and support for small businesses contrasts with Trump’s promise to tax cuts and deregulation to stimulate growth. The ongoing debate over voting rights, with various states implementing stricter voting laws, has mobilized activists on both sides. Harris has been a vocal advocate for protecting voting rights, while Trump has continued to push claims of election fraud, which could influence voter turnout.

The economy is not just a numbers game, it’s also a narrative. Trump’s emphasis on “America First” could resonate with voters feeling the pinch of globalization and economic shifts. Harris’s focus on sustainable economic practices may attract those concerned about long-term viability and climate issues. The differing economic narratives will be pivotal in shaping voters’ perceptions as they assess their own financial situations.

A Trump vs. Harris election could also test Americans’ appetite for change versus continuity. Trump would likely argue that Biden’s administration has been too progressive or ineffective, promising to restore “American greatness” with a renewed conservative vision. Harris might frame herself as a stable, future-focused candidate in contrast to what she could portray as Trump’s unpredictable leadership style. Ultimately, a Trump vs. Harris election would symbolize a choice between two very different visions for America. Trump’s re-emergence would raise questions about the U.S.’s role on the world stage and its internal cohesion, while a Harris win could reshape expectations for progressive leadership and representation.

As the election approaches, the battle between Trump and Harris presents a microcosm of the broader issues facing the nation. Voters will have to navigate a complex landscape of policies, personalities, and pressing societal issues. Whether the country opts for familiar cadence of Trump’s leadership or the progressive vision of Harris, the outcome of this election will undoubtedly shape the trajectory of the United States for years to come. As November 5 approaches, the world watches closely, knowing that the stakes have never been higher.

Given the stakes, this election will be one of the most consequential in recent American history and beyond.

Saturdays 7:30 am

Saturday 10:30 am Sundays 10:00 am

Vincent Black Opinion
Uncovering the why, where and how things unfold with Vince Nigro

Trump ou Kamala para um Futuro Mais Justo?

Qual deles o melhor para Futuro Presidente do País mais Poderoso do Mundo?

Augusto Bandeira Opinião

É já no dia 5 de Novembro que pode e, vai acontecer, uma mudança na política nos Estados Unidos. Entre os dois candidatos, qual deles o melhor? As eleições nos Estados Unidos sempre foram um evento de impacto global, e as próximas não serão diferentes, por isso é que a escolha entre Donald Trump e Kamala Harris representa uma divisão profunda entre dois lados opostos do fantasma político, levanta questões sobre o futuro do país e a liderança, até para o mundo. Muita coisa vai e pode mudar com esta eleição, não parece, mas o mundo está à espera do resultado. São dois candidatos muito diferentes, mas qual deles o melhor?

Não são os partidos, mas sim as pessoas que lideram os partidos. Trump, associado à extrema-direita, defende políticas nacionalistas, promete colocar a América em primeiro lugar, com uma abordagem que, segundo ele, fortalece a economia e a segurança nacional. Desculpem, mas difícil de acreditar, no entanto, essa postura tem gerado

críticas em relação ao tratamento dado a temas como a emigração.

Além de uma política que vai ao extremo e pode prejudicar muita gente, muitos de nós somos emigrantes e sabemos o que custa chegar a um país e começar do zero. Segundo consta, Trump tem ideias que vão prejudicar muito bom ser humano, mas sabe-se que tem apoio entre muitos conservadores, mas não podemos esquecer que este tipo de atitudes mais popularista levanta preocupações sobre a estabilidade interna dos Estados Unidos.

Enquanto Kamala Harris, representa a ala progressista do Partido Democrata, ela mais extrema-esquerda, aliás muito da esquerda, prejudica o partido, mas aposta em políticas sociais mais inclusivas, com foco em justiça social, mudanças climáticas e ampliação do sistema de saúde, para muitos. Kamala traz uma visão mais liberal para o país, na procura de uma política de inclusão e cooperação internacional, no entanto, alguns críticos argumentam que a política de Kamala pode ser vista como muito radical, e trazer custos altos para a economia e uma dependência maior do governo.

Na minha opinião, os Estados Unidos, sendo uma potência mundial, mereciam um candidato com mais perfil e mais democrata, mais um centro de direita, mereciam uma liderança que dê prioridade à

coesão nacional e relevância global, devia haver um equilíbrio, o que os dois candidatos parece que têm dificuldade em alcançar. Mas, entre os dois, Kamala na minha opinião pode representar uma mudança necessária para uma sociedade mais justa e sustentável, enquanto Trump pode representar continuidade em algumas áreas económicas e de segurança.

Com esta eleição o mundo fica a ganhar, mas com este tipo de candidatos, não mui-

to se pode esperar. Ambos os candidatos têm prós e contras, mas, olhando para o futuro e as questões sociais e climáticas, Kamala pode oferecer uma visão mais progressista e cooperativa, essencial para o mundo de hoje.

No dia 5 de novembro que ganhe quem o eleitorado escolher, se servir para eles de certeza que vai ter de servir para o resto do mundo. Bom fim de semana.

Abolir a propina no Ensino de Português no Estrangeiro

O Ensino de Português no Estrangeiro constitui uma modalidade especial de educação escolar de ensino, facultativa, particularmente dirigida aos filhos dos portugueses residentes no estrangeiro, que tem como objetivo a valorização pessoal e a valorização e promoção da língua e da cultura portuguesa, bem como a sua difusão internacional.

Alíngua portuguesa constitui um importante fator de afirmação da presença portuguesa no mundo e um elemento central da política externa nacional. Associado à língua está também a cultura e a economia, a identidade e a ligação a Portugal. Por isso, e como estabelece a Constituição e as respetivas leis que enquadram a sua implementação, como o Decreto-Lei nº 165/2006 e a Lei de Bases do Ensino, a Língua e a cultura devem ser valorizadas em todas as dimensões e em todos

os graus de ensino, o acesso aos cursos deve ser facilitado e a sua expansão e melhoria pedagógica deve ser promovida.

Logo após a introdução, em 2012, pelo Governo do PSD/CDS, de uma taxa de frequência, vulgo, propina, que nunca antes existira, o Grupo Parlamentar do PS defendeu a sua abolição, como forma de atenuar as diferenças nos perfis de ensino nos países onde é lecionado, fruto de diferentes práticas administrativas e orientações educativas. Agora, em coerência com o que defendeu no seu programa eleitoral e na campanha, o Partido Socialista volta a propor o fim da propina nos cursos tutelados pelo Instituto Camões, através de um Projeto de Lei já apresentado no Parlamento. Deve referir-se que, mesmo sem haver estudos que o comprovem, é de admitir que o pagamento da propina possa constituir-se como fator dissuasor para a inscrição de jovens nos cursos tutelados pelo Instituto Camões. Tem sido esta, pelo menos, a posição de inúmeros responsáveis das comunidades, entre sindicatos, professores, associações de pais e Conselho das Comunidades Portuguesas. O caso da França é paradigmático, devido à cogestão dos cursos com o Ministério

Vítor Fernandes novo livro

francês da Educação e as mairies, persistem tanto os cursos tutelados pelo Instituto Camões, que são gratuitos e certificados, como um ensino associativo bastante disseminado, que é pago mas não é certificado, e a que, por vezes, falta a necessária qualidade.

Ao longo do tempo, os cursos de português no estrangeiro têm ganho prestígio e solidez devido à qualidade dos conteúdos e à certificação dos cursos, tornando-se cada vez mais um importante instrumento de valorização pessoal e profissional, cumprindo ao mesmo tempo o desígnio de reforçar a ligação afetiva a Portugal e de projetar de forma mais enfática o país a nível global.

Dada a sua projeção a nível global e a sua presença em várias dezenas de instituições internacionais, a Língua Portuguesa e o seu ensino devem ser encaradas com mesmo tipo de ambição que outras línguas amplamente faladas, como o Inglês ou o Castelhano, deixando assim definitivamente para trás a perceção redutora da Língua Portuguesa como Língua de emigração.

Por isso mesmo, deve continuar a ser feita a aposta na introdução de outras tipolo-

O meu fiel amigo em Angola – Kali, um cão de guerra

Depois de «Kali, um cão de guerra paraquedista» (2022), Vítor Fernandes assina este novo livro de 164 páginas (Editora No Tag, Revisão: Júlia Guimarães Ribeiro). São 39 narrativas de guerra incluindo, ao mesmo tempo, algumas reflexões.

Oponto de partida é uma advertência («Não vou entrar numa escrita tipo terapia de grupo») embora se perceba que, como refere a página 60, o «ontem» continua presente. Seja na gramática de guerra («a guerra é assim com feridos mortos e sobreviventes e nós nunca abandonámos um inimigo na mata, ferido!»), seja no humor («Que raio, calor

gias de ensino, sempre com natureza complementar, de que é exemplo a experiência de ensino on-line em Bordéus e Estrasburgo, de forma a tentar alcançar os jovens que estão mais longe dos centros urbanos com maior aglomeração de portugueses. Tudo o que for feito politicamente pela Língua e cultura portuguesas ensinadas no estrangeiro através dos cursos tutelados pelo Instituto Camões, deve ser no sentido de valorizar e fortalecer a sua presença no mundo, melhorando os meios didáticos e pedagógicos, dando resposta aos milhares de pedidos para a abertura de cursos ou frequência de aulas, apostando sempre na integração dos cursos nos currículos escolares locais e aumentando o número de alunos e professores, motivando uns e outros. É, por isso, importante assegurar que a Língua portuguesa seja transmitida com a maior qualidade pedagógica e eficácia possível, nunca perdendo de vista que ela poderá ser falada por mais de 350 milhões de pessoas em 2050, particularmente devido ao crescimento demográfico na África lusófona.

e humidade? Até parecia que estávamos em África!»), seja na comoção: «Já não tenho lágrimas para chorar por eles e apenas choro com o coração. Recordo-os, ainda hoje». O autor usa uma escrita límpida, sincera e eficaz no modo como transmite a sua visão da História, num testemunho qualificado porque é experiência viva. Parte de uma ideia-chave («Não foi fácil ser Caçador-Paraquedista»), não esquece as dificuldades iniciais («Fui apelidado de «copo de leite» e de «pastel de nata por ter nascido em Lisboa») e inscreve o seu orgulho («Orgulho-me de um dia ter tido medo e sido cobarde, por não ter tido a coragem de partir») ao lado da sua tristeza: «Também errámos, também somos humanos mesmo sendo paraquedistas e, também em tantos anos de guerra, por uma única vez falhámos e deixámos um camarada ser capturado pelo IN.»

Paulo Pisco Opinião

Bodas de diamante

É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras.

Eugénio de Andrade

Pisei chão de Toronto pela primeira vez em 1989, faz precisamente este outono 26 anos. Iniciar uma nova vida em terra estranha, exige uma adaptação e integração que passam, não só pelo ambiente e condições de trabalho, mas também, e não menos importante, por todo um processo de socialização que obriga a fazer novos amigos.

Tive a felicidade de ter conseguido, através da amiga onde temporariamente fiquei hospedada, fazer uma rede sólida de amizades que se mantêm até ao presente. Entre elas, destaco hoje o casal Frank e Lola Alvarez que, desde a primeira hora, sempre me acarinharam. Cruzámo-nos, como é habitual para quem vive em contexto diaspórico, num dos muitos eventos que se realizam na pujante comunidade portuguesa torontina, sem que nos tivéssemos ficado apenas pelos cumprimentos circunstanciais. Pelo contrário, devido à minha função (Leitora de Português) e ao facto de Frank Alvarez, através da estação de rádio de que era pro-

prietário, a CIRV Radio FM, ser um dos responsáveis pela defesa e divulgação da Língua Portuguesa, de imediato nos sentimos unidos por uma causa comum. Seguiu-se, depois, a criação do semanário “Milénio” de que me tornei colaboradora regular, mesmo depois de este ter mudado de mãos.

A convivência regular com o casal manteve-se não só em Toronto, mas também em Portugal, tendo-se estendido até Arbo, na Galiza, a terra natal de Frank Alvarez. Durante estas décadas, pude sempre testemunhar a intimidade de uma convivência familiar, que foi sempre um exemplo de como se constrói uma ligação afetiva de mútuo respeito. Deve ter sido esse o segredo que permitiu ao casal manter-se unido durante os 60 anos de vida comum que hoje celebram. É esta a data marcante (1 de novembro) que me faz estar esta semana novamente em terras canadianas. A convite do casal, regresso para, entre familiares e amigos, com eles festejar as suas Bodas de Diamante.

A palavra boda vem do latim “votum” que significa “promessa”, “compromisso”, mas todos sabemos como é difícil cumprir promessas. Frank e Lola, contudo, são bem o símbolo do casal que soube honrar o compromisso inicial de se manterem fiéis um ao outro, de se amarem e respeitarem na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias das suas já longas vidas, como

Comendador Manuel Eduardo Vieira

juraram no dia em que, na igreja, celebraram o sagrado sacramento do matrimónio. Num tempo em que as relações conjugais são cada vez mais efémeras, e os casais facilmente desistem de si e da sua relação à mínima contrariedade, é bonito poder assistir à longevidade de uma relação que se mantém tão forte que não permitiu ao tempo que a desgastasse.

Antoine de Saint Exupéry escreveu que “O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos na mesma

direção”. Eu arriscaria dizer que talvez se encontre nesta frase a razão de se resistir, de forma saudável e harmoniosa, à passagem do tempo: o terem sabido olhar juntos na mesma direção em função dos sonhos e projetos que definiram para uma vida a dois, rendidos a um amor que tudo venceu. É em nome desse amor que os envolvo num abraço amigo, acompanhado de sinceros votos de que assim continuem - unidos para sempre!

Uma visão empreendedora e humanista luso-americana

A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), cuja presença no território se adensou entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, destaca-se hoje pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.

No seio da numerosa comunidade lusa nos EUA, segundo dados dos últimos censos americanos residem no território mais de um milhão de portugueses e luso-americanos, destacam-se vários percursos de vida de compatriotas que alcançaram o sonho americano ("the American dream”).

Entre as várias trajetórias de portugueses que começaram do nada na América e ascenderam na escala social graças a capacidades extraordinárias de trabalho e mérito e resiliência, destaca-se o percurso inspirador do comendador Manuel Eduardo Vieira. Natural da Silveira, povoado da ilha do Pico, arquipélago dos Açores, Manuel Eduardo Vieira antes de se fixar na América, emigrou em 1962, no início do deflagrar da Guerra do Ultramar, para o Rio de Janeiro. A estadia no Brasil, que durou cerca de

uma década, serviu de trampolim para um percurso de self-made man que encetou no começo dos anos 70 no estado norte-americano da Califórnia.

Com uma trajetória de notável mérito e trabalho hercúleo, tornou-se, a partir do Vale de São Joaquim, através da sua empresa A.V. Thomas Produce no maior produtor de batata-doce biológica do mundo. Contexto que, levou inclusive, na década de 90 a cadeia de supermercados Safeway a oferecer a Manuel Eduardo Vieira uma placa de matrícula personalizada com as palavras King Yam “Rei da Batata-Doce”. O empreendedor luso-americano, que tem mantido um constate apego ao seu torrão natal através de um extraordinário sentimento filantropo, plasmado na decisão, em 2017, da Câmara Municipal das Lajes do Pico em homenageá-lo com uma estátua na praceta do Centro Social da Silveira, tem sido uma figura muito requisitada pelos órgãos de informação nacionais para abordar as cada vez mais próximas eleições americanas de 5 de novembro.

Uma das figuras mais gradas da imensa comunidade portuguesa na Califórnia, latitude da diáspora onde se encontra radicado há meio século, quer na entrevista concedida à CNN Portugal, no início de setembro, como na mais recente facultada à Agência Lusa, o conhecido emigrante açoriano tem sido um genuíno arauto do papel relevante no passado, presente e futuro da comunidade lusa nos EUA.

Num período desafiante e complexo, em que é notória a polarização do eleitorado norte-americano, revelador da profunda divisão que perpassa a sociedade da prin-

cipal potência mundial. E cujos resultados terão enormes reflexos políticos, económicos e sociais na América, e no mundo globalizado, a voz civilizada, serena e portadora de esperança do comendador Manuel Eduardo Vieira tem sido um lenitivo perante as incertezas no horizonte.

Um dos aspetos mais relevantes das suas intervenções públicas, são indubitavelmente as melhores condições que defende para os imigrantes, assim como a ideia de legalização dos ilegais que já estão na América, trabalham, pagam impostos e têm famílias. Com cerca de 1.500 pessoas a trabalharem na sua fábrica, maioritariamente imigrantes, a visão pragmática e humanista do emigrante picoense, testemunha o papel crucial dos imigrantes na força laboral nos EUA.

Ao contrário dos crescentes discursos anti-imigração que campeiam em várias nações, como é o caso dos Estados Unidos, cujos pilares, ironicamente construídos ao longo da sua história pela dinâmica da imigração são agora arremetidos por tentações cada vez maiores de construção de barreiras fronteiriças e ideológicas. O entendimento do empresário benemérito sobre o impacto positivo do fluxo migratório na demografia e na economia norte-americana, assente em bases de integração, responsabilidade e solidariedade, realenta a expressão queirosiana “força civilizadora”.

Um dos mais destacados empresários da diáspora, as recentes intervenções públicas do comendador Manuel Eduardo Vieira em órgãos de informação de referência no panorama nacional, não deixam de ser igualmente um sinal de reconhecimento e

valorização das várias gerações de compatriotas que, por razões muito diversas, saíram de Portugal, e têm dado um contributo fundamental no desenvolvimento das pátrias de acolhimento e de origem. Um sinal de reconhecimento e valorização dos emigrantes portugueses, os mais genuínos embaixadores da nação, que partiram e se instalaram pelo mundo, merecedores de toda a consideração e respeito. Como é o caso paradigmático do comendador Manuel Eduardo Vieira, um paladino da portugalidade na Costa Oeste dos Estados Unidos da América.

Daniel Bastos Opinião
Comendador Manuel Eduardo Vieira. Céditos: DR.
Aida Batista Opinião

O respeito pela língua

Há uns dias, no Parliament Hill, em Otava, um deputado federal Liberal optou por responder a uma pergunta de um deputado federal conservador em francês, à qual ele respondeu: “The question is in English, but I digress.”. Isto é um insulto a todos os canadianos bilíngues, e uma falta de respeito tremendo pela língua e pela escolha que cada um livremente tem para se expressar.

No Canadá, o bilinguismo é um princípio fundamental do país, mas esta falta de consideração pela língua não é infelizmente um ato isolado da oposição canadiana. Atente-se ao que se está a pas-

sar na coordenação do Ensino do português em Toronto. Não será o vazio coordenativo desta importante valência uma gravíssima falta de respeito pela língua portuguesa e pelos portugueses da parte do Governo da República Portuguesa, liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro? É verdade que o Consulado Geral de Portugal em Toronto, outrora alvo de grande contestação, mais ou menos justa, ultrapassa um momento em que todos temos de concordar estar a funcionar com excelência, mas não é mérito deste Governo e sim da excelente Cônsul-Geral, Dra. Ana Luísa Riquito que tem administrado este Consulado com uma gestão e mestria portentosas. Já agora, tem este Consulado-Geral excelentes recursos humanos o que também ajuda substancialmente no bom desempenho do qual falo atrás. Note-se que a nomeação da Cônsul-Geral e o aumento de funcionários deste posto consular foram ainda obra do

anterior Governo do Partido Socialista. Ao contrário, a saída ainda não explicada por ninguém do Dr. José Pedro Ferreira, e a sua não substituição, é claramente um sinal do desinvestimento do Ensino da língua portuguesa e um claro desinteresse pelos portugueses que vivem no Canadá. O Centro de Língua Portuguesa de Toronto foi criado por nesta região viver o maior número da comunidade portuguesa residente no Canadá. Desde agosto que nada se sabe e ninguém explica a ausência do referido coordenador. O que fazem agora todos os interessados em aprender a língua e cultura portuguesa? Onde está a coordenação ao apoio de alunos e professores de línguas no seu processo de aprendizagem? Quem tem a obrigação primária de promover as atividades culturais de língua portuguesa para a comunidade em geral? Passaram 3 meses e ninguém ouviu falar de nada organizado pelo Instituto Camões

fossem palestras, seminários, encontros de cariz profissional, exibição de filmes, exposições ou cursos extracurriculares. O Senhor Secretário de Estado das Comunidades visitou 2 vezes Toronto num espaço de 6 meses, mas não deu uma palavra sobre esta infeliz ideia do abandono a que estão a deixar a língua e os portugueses. Os jovens portugueses nas comunidades, e concretamente aqui em Toronto, querem aprender português para terem mais uma língua no seu currículo e quem sabe não conseguirem mais facilmente entrar no mercado de trabalho, e quem já trabalha quer aprender mais para potencialmente ser promovido. A boa notícia é que muitos querem aprender, a má notícia é o desinvestimento deste governo de Portugal no Ensino da nossa amada língua. Não nos restará outra opção que não seja o protesto veemente numa manifestação pública chamando a atenção para este problema gravíssimo da falta de coordenador da língua portuguesa em Toronto.

“Minha pátria é a língua portuguesa” –Fernando Pessoa

Crédito: DR.
Vítor M. Silva Opinião

COMUNIDADE

Semana Cultural Alentejana encerra com Fado na Casa do Alentejo de Toronto

No sábado, dia 26 outubro, a Casa do Alentejo de Toronto recebeu a fadista Alexandra, que trouxe o seu fado para juntos celebrarmos a Semana Cultural Alentejana, promovida pela Casa do Alentejo Community Centre. Foi uma noite de gala com uma casa cheia onde os presentes participaram do encerramento da semana cultural com uma das vozes mais talentosas do fado.

Ocentro cultural celebrou assim, a 39ª edição que aconteceu de 18 a 26 de outubro sob o tema: Distância sem Limite. “Sinceramente, tenho muita pena que acabe. Para quem conhece e percebe a Casa do Alentejo, sabe que é uma instituição cultural que tem o prazer de apresentar coisas genuínas, e coisas genuínas vindas do Alentejo. Nós também representamos as outras partes e culturas de todo o Portugal, mais o Alentejo em primeiro lugar. Parabéns à comunidade que hoje está connosco em massa, uma casa brilhante, uma casa

linda que foi lisonjeada por quase todas as pessoas aqui presentes. Espero que estejam sempre com o nosso centro sem esquecer as outras orgânicas e os clubes culturais”. Falou Jaime Nascimento, presidente da direção da Casa do Alentejo.

O dirigente falou ainda que “a Casa do Alentejo irá continuar e jamais encerrar, a menos que aconteça uma catástrofe, que espero que não aconteça”

A artista plástica Delfina Freire trouxe uma das suas obras mais icónicas, o busto da diva do Fado, Amália Rodrigues que esteve exposta no palco durante o espetáculo. “A Casa do Alentejo é uma porta aberta para a cultura portuguesa e é um prazer estar aqui com a minha escultura. Agradeço pela oportunidade e espero que haja muito mais casas do Alentejo que tragam noites de fado espetaculares como a de hoje”.

Quem também esteve presente e partilhou o momento, foi a Paula de Medeiros, deputada da Assembleia da República, “para mim significa muito, enquanto pes-

Casa da Madeira Community Centre

soa, enquanto política, enquanto portuguesa, enquanto luso-canadiana. Estar aqui numa casa que sempre me recebeu bem, sempre me ajudou e que da qual eu também sou fruto, é algo que me deixa sempre arrepiada e muito emocionada. E hoje estar em cima do palco foi uma sensação de retribuição a todos que apostaram em mim. Eu finamente consegui olhar hoje nos olhos da comunidade portuguesa e dizer obrigado por terem apostado em mim e podem contar comigo para o que der e vier, no que tiver ao meu alcance eu estarei aqui independentemente da situação que for. Enquanto política, enquanto Paula, não interessa, eu estou aqui sempre com a minha comunidade porque foram eles que me ajudaram a crescer e me deram a mão e são eles que estão no meu coração”.

Também Alexandra, fadista e artista do dia, vinda de Portugal, falou com a nossa equipa o quanto foi prazeroso fazer parte deste momento cultural - “Nós sempre quando vimos cantar para os nossos com-

Angariação de fundos para a Magellan Community Foundation

A Casa da Madeira Community Centre em Toronto, organizou no passado sábado, 26 de outubro, um jantar e baile beneficente, especial, para ajudar a Magellan Community Foundation, que tem como propósito angariar fundos para a construção do Magellan House (Casa Magalhães), um projeto da comunidade para a comunidade.

ACasa da Madeira ouviu o chamado feito a todos os clubes e associações e reuniu a comunidade para uma noite dançante com atuações ao vivo de Delia Machado, João Marques, Leo Pratta, Miguelito e Zé Nandes.

“Hoje estamos a celebrar um jantar e baile beneficente para ajudarmos a Magellan Community Foundation na construção do lar da terceira idade. Foi uma iniciativa de um dos membros e, em duas semanas, conseguimos organizar este evento. A construção do centro será uma mais-valia para todos nós e quem sabe eu ou alguns de nós estaremos neste centro em alguns anos”. Disse Paulo Ferreirinha, presidente da Casa da Madeira de Toronto.

O dirigente agradeceu a nossa presença e fez votos para que outras organizações façam o mesmo.

Vitor Silva em representação do Magellan Community Foundation mostrou-se feliz com o evento “depois de uma semana em que foi possível angariar 520.000 através do radiothon-telethon, ter a Casa da Madeira a organizar mais uma angariação de fundos para ajudar o Magellan, deixa-nos naturalmente a mim e a todos os membros da direção do Magellan satisfeitos. Depois de vermos os órgãos de comunicação e a comunidade unida em volta da causa e agora os clubes e associações comunitárias, deixamos muito felizes. Afinal, este é o projeto mais importante dos últimos 70 anos da comunidade”.

O responsável máximo da Casa da Madeira fez um apelo à comunidade e partilhou o seu maior sonho: “para os responsáveis deste projeto, eu peço que não parem e espero que brevemente eu possa passar pela Lansdowne Ave e consiga ver a construção do centro. Este é um dos meus sonhos” realçou Paulo Ferreirinha, presidente da Casa da Madeira de Toronto.

Recordando que o Magellan Centre, estará localizado no 640 Lansdowne Ave, bem no centro da comunidade portuguesa em Toronto. Será construído um edifício com 256 camas, 57 unidades de habitação a preços acessíveis, estando ainda prevista a construção de um centro comunitário, espaços comerciais e outras comodidades. Caso queira saber mais sobre este projeto, por favor, visite o magellancommunityfoundation.com

Francisco Pegado/MS Fotos: Enerson da Silva

patriotas sentimos uma certa emoção porque nos recebem muito bem. Eles sentem saudades de Portugal e dão-nos todo o carinho e eu também gosto de vir cantar para os nossos compatriotas por todo este carinho e trazer o calor de Portugal até eles”. Perguntamos o que diria a todos os participantes da Semana Cultural do Alentejo e a fadista agradeceu por mais uma vez ser recebida com muito amor e carinho na cidade de Toronto. Alexandra também agradeceu em nome dos colegas de profissão que adoram mostrar a sua arte neste lado da América do Norte.

Alexandra subiu ao palco e com sua voz cheia de emoção, marcou cada um dos presentes no último dia da Semana Cultural Alentejana de Toronto.

Sobre a Casa do Alentejo

As atividades na Casa do Alentejo têm funcionado como o eixo de um espaço cultural polivalente. Acontece na Casa do Alentejo de tudo um pouco, mas a defesa da cultura portuguesa é o ponto comum. Nesta Casa há apresentações de livros, sessões de poesia, exposições temporárias, conferências temáticas, semanas gastronómicas, concursos nas áreas das artes plásticas, letras e fotografia, exposições de artesanato, semanas dedicadas aos concelhos alentejanos, tardes culturais aos sábados, bailes e outras atividades sociais. Desde a sua fundação, a instituição tem sabido adaptar-se ao longo dos seus 41 anos de existência, continuando a divulgar as tradições e cultura da região alentejana em Toronto. Francisco Pegado/MS

Foto: Enerson da Silva/CamõesTV

A loja da Ray

Recorro de vez em quando aos serviços de alguém que saiba costurar. Quis completar um jogo de almofadas cujo bordado da fronha branca deixa entrever um forro amarelo-torrado. Peguei numa delas e percorri algumas lojas, em vários pontos da cidade, para encontrar o mesmo tecido, comprado há anos, sem resultado.

Foi assim que, em 2011, descobri a loja de tecidos na St. Clair W. Avenue, de nome B. Textile. A dona, uma senhora de idade, depois de examinar a almofadita, esbracejou num mar de tecidos na parte detrás da loja, trazendo de volta uma peça do mesmíssimo pano, o que me pareceu ter sido um pequeno milagre de parte a parte: o ela tê-lo encontrado e eu também!

A minha curiosidade ficou espicaçada. Mas então há quanto tempo fazia esta loja parte do tecido comercial da cidade?

A Ray dispôs-se a responder a algumas das minhas perguntas durante as curtas visitas que lhe fui fazendo depois dessa compra. Oriunda da Itália, veio para o Canadá com vinte e poucos anos e cá conheceu o marido polaco, mais velho e experiente. Ray tinha jeito para línguas e aprendeu a dele, como teria gostado então de aprender português; fazia-lhe falta para comunicar com as clientes. Tinham aberto a loja há cinquenta anos e dois ajudantes.

Nesse tempo, comentou ela com os olhos cobrindo-se de uma finíssima musselina nostálgica, o povo andava apinhado na avenida e modistas não faltavam. Também com a televisão e as grandes companhias de teatro do Ontário, como a de Stratford e a Shaw, em Niagara, não tinham mãos a medir, tantas eram as encomendas para roupagens teatrais. A loja da Ray e do Sr. B. era conhecida por vender todo o tipo de tecidos, assim como pela seriedade nas transacções e a atenção dispensada aos clientes. É sabido que as modistas se tornaram raras e os custos de produzir programas televisivos proibitivos, mas as duas companhias de teatro aonde teriam passado a ir buscar os tecidos? Ficou-nos a interrogação suspensa como um cortinado pesado sobre um mundo que se modernizou e cujas equipas de encenação já tinham esquecido a loja da Ray. Possivelmente a favor de uma cadeia modernaça e cara de tecidos da especialidade, com portal e encomendas pela Net. Havia vinte e um anos, a tragédia bateu forte à porta do casal. O marido da Ray, súbita e inexplicavelmente, adoeceu. Nunca se soube que doença lhe causou a morte, nem mesmo o filho do casal, que se tinha formado em Medicina. Ray caiu numa depressão profunda e deixou de vir à loja durante três meses, que permaneceu fechada. Mas, a comunidade comercial de St. Clair movimentou-se para a ir visitar e a convencer a voltar a abri-la. Ficar sentada em casa a costurar desespero em nada iria ajudar. Ray deixou-se persuadir. Voltou à loja apoiada na almofada do carinho. Na altura em que falámos, se pudes-

se, teria ido visitar os comerciantes que a apoiaram na Vila Colombo, a casa dos idosos ítalo-canadianos da área. Mas a Ray já não podia. Limitava-se a vir de casa para a loja e vice-versa, por transporte público ou de táxi, apoiada na bengala, mantendo um horário encurtado, já que trabalhava sem ajuda, o que não lhe permitia manter o aspeto exterior cuidado que a loja em tempos teve.

Ainda assim, num dia de primavera, encontrei-a à porta da loja, com aspeto cansado e saudei-a parando, para dois dedais de conversa. Algo refulgia nas montras, mais forte que o cansaço nos olhos dela: eram os tecidos da nova estação, que caiam em leques garridos de arames ou fios quase invisíveis. Disse-me: “acabei de fazer isto, custou-me muito mas ainda consegui!” Gabei-lhe o esforço, os resultados estavam à vista. No outono presenciei o mesmo esforço e os resultados.

Mas a realidade é hirta como tela: quase ninguém vinha comprar – “o que vou fazer com tanto tecido?” Perguntava-me. Felizmente o edifício pertencia-lhe, os impostos moem mas não tinha renda a pagar e a matar-lhe o balancete, obrigando-a a fechar as portas na tão malograda St. Clair. Como sabemos, nessa avenida larga onde nasce e se põe o sol, muitos negócios têm vindo a fechar ao longo dos anos. Ray tem boas razões para se queixar. Apenas um episódio que me contou lhe encheu a cara de pregas de riso. Foi o ter-se deixado convencer, por uma vizinha modista, a fazer muitas centenas de bandeiras italianas na expectativa de a equipa do seu país ganhar a taça mundial de futebol. Em

1982, venderam-se todas. St. Clair encheu-se com um mar de ítalo-canadianos em festa. Da segunda vez, em 2006, foi igual. Mas em 2008 a Itália foi eliminada na “prima volta” e a Ray viu-se “embandeirada” sem saber como dar vazão à mercadoria. A Vila Colombo encomendou-lhas para o seu “bazar” anual. Só que a Ray se esqueceu de pedir um depósito, pelo que o esquecimento passou por intenção de donativo!

A par da queda do ramo têxtil a nível retalhista, Ray tinha que tomar um cuidado especial para evitar as quedas, já que os panos dos anos lhe enrodilhavam as pernas, um perigo para quem trabalha a sós. “What to do, lady?” Perguntou-me ela, sentada, os olhos interrogativamente postos em mim, a mão com anel vistoso dobrada no regaço. “Não sei, Ray”, respondo-lhe sinceramente. Mas pensei: ir abrindo a porta dia após dia até poder e ir desdobrando esta peça de tecido com que talhamos as roupas para entrar e sair do palco da vida.

Epílogo

Depois de vários anos a passar em frente da loja fechada da Ray, sem nada saber dela, tive a sorte de encontrar uma bonita e alta mulher à porta da loja, onde se podia ler “Textile Sale”.

Apresentei-me para saber notícias da Ray e lhe dizer que tinha sido cliente e escrito um artigo, que traduzi para inglês e lhe tinha entregado para o filho ler. A bela mulher, Lisa, a nora da Ray, estava certa que o marido nunca soube disto…

A Ray, cujo nome era Rywka, depois de viver alguns anos com a nora e o filho, acabou por falecer num lar, a 1 de abril de 2024, na casa dos 90. Infelizmente, o seu filho médico, Jake, também faleceu inesperadamente a 5 de setembro, deixando a Lisa viúva e como a Ray, também a tarefa de esvaziar a loja.

Visite a B. Textile no 1306 da St. Clair Ave. W.! Estará a visitar uma loja com história.

Ilda Januário Opinião

CANADÁ

Algumas rendas no Canadá fazem parte de um esquema de

Desde 2022, que Cynthia Black, residente de Toronto, afirma ter enfrentado, por duas vezes, aumentos anuais de renda de sete ou 11% - dependendo do tipo de arrendamento que lhe foi proposto - em dois edifícios de Livmore propriedade da GWL Realty Advisors, uma divisão da Canada Life.

Os edifícios foram construídos depois de 2018, o que significa que estão isentos dos controlos de rendas do Ontário, que estão atualmente fixados num aumento anual de 2,5 por cento.

“Os aumentos nunca fizeram qualquer sentido. E quando eu e outros inquilinos nos sentámos e pedimos [à GWLRA] que parasse de aumentar as rendas tão alto, disseram-nos que usavam um software chamado YieldStar para ajudar a determinar as nossas rendas”, disse ela. Black nunca tinha ouvido falar do YieldStar e diz que não lhe deu muita importância. “Não consegui negociar a minha renda de forma alguma”, disse Black.

Mas, em junho, diz que a YieldStar voltou a surgir - só que desta vez foi notícia, pois o FBI estava a investigar a empresa proprietária, a RealPage, e os senhorios que a utilizam por alegado conluio, fixação de preços e inflação artificial das rendas nos EUA. Essa investigação acabou por levar o Departamento de Justiça dos EUA a anunciar uma ação judicial contra a RealPage em agosto passado. Numa declaração, o DOJ afirmou: “Os americanos não devem ter

fixação de preços?

de pagar mais em rendas simplesmente porque uma empresa encontrou uma nova forma de esquematizar com os senhorios para violar a lei”.

Black disse à CBC News que ficou furiosa quando se apercebeu do que estava a acontecer. “Como é que o meu senhorio se atreve a usar este software que está a ser investigado por fixação de preços nos Estados Unidos?

Quando a CBC abordou pela primeira vez a GWLRA - que possui milhares de propriedades em todo o Canadá - no início de outubro para saber mais sobre a sua utilização do YieldStar, a empresa não respondeu a perguntas sobre o software. A GWLRA sublinhou, no entanto, que apenas aumentou as rendas a uma taxa média de 3,5 por cento ao ano, em toda a sua carteira de imóveis. Mas no final de outubro, o proprietário corporativo contactou a CBC com uma declaração por e-mail, dizendo: “Após uma revisão interna, a GWLRA decidiu terminar a utilização do YieldStar”.

A GWLRA não respondeu às perguntas da CBC sobre o motivo desta decisão.

Cynthia Black continua preocupada com os aumentos de renda que já se verificaram. Ela e outras pessoas do seu prédio também participaram num protesto com bandeiras vermelhas - pendurando bandeiras nas varandas para avisar os inquilinos sobre os aumentos das rendas. “Continuamos a precisar de uma investigação”, disse ela.

CBC/MS

Interferências estrangeiras com Poilievre Trudeau pediu às agências de espionagem para partilharem

informações

O Primeiro-Ministro Justin Trudeau disse que pediu aos serviços secretos para encontrarem uma forma de informar Pierre Poilievre sobre as alegações de interferência estrangeira que envolvem o seu partido - e possivelmente para partilhar “alguns nomes” com o líder conservador.

“Pedi aos serviços de segurança para encontrarem uma forma de dar alguma informação ao líder da oposição para que ele possa cumprir a sua responsabilidade de proteger os canadianos, incluindo os que pertencem à sua bancada”, disse Trudeau durante o período de perguntas na quarta-feira (30). “Seria mais fácil se ele obtivesse a sua autorização de segurança, mas pedi-lhes que lhe dessem algumas informações”.

Os seus comentários prolongam um contínuo e amargo vai-e-vem sobre a interferência política estrangeira e a recusa de Poilievre, até à data, de passar pelo processo de seleção para obter uma autorização de segurança.

O debate foi reavivado no do mês de outubro, quando Trudeau disse ao inquérito sobre a interferência estrangeira que tinha tido conhecimento de informações sobre deputados conservadores e membros do partido que estavam envolvidos ou eram vulneráveis à interferência estrangeira.

Poilievre respondeu que, se Trudeau quiser divulgar os nomes, “pode fazê-lo legalmente agora, no plenário da Câmara dos Comuns”.

O líder da oposição há muito que se opõe à obtenção dessa autorização, afirmando que ficaria sujeito a leis de sigilo e não poderia falar abertamente nem desafiar o governo.

Na semana passada, a líder do governo na Câmara dos Comuns, Karina Gould, acusou Poilievre de “esconder algo dos canadianos” por se recusar a obter a autorização de segurança nacional necessária para analisar documentos confidenciais.

“Será que ele pensa que pode não conseguir obter uma autorização de segurança, ou será que sabe alguma coisa e está a tentar escondê-la? Ou há alguma coisa que ele está a tentar proteger?”

O porta-voz do Partido Conservador, Sebastian Skamski, afirmou que Poilievre não está preocupado com o facto de ter de pas-

sar pelo controlo de segurança e salientou que já passou por esse processo enquanto ministro do Governo.

“Submeter informações pessoais privadas a uma verificação de segurança não é uma preocupação para o Sr. Poilievre, nem ele alguma vez expressou essa preocupação”, disse Skamski.

“Pelo contrário, a objeção do Sr. Poilievre é a de que será silenciado pelo governo liberal de Trudeau - uma opinião que ele tem repetidamente afirmado publicamente.”

Dan Rogers, diretor do Serviço de Informações de Segurança do Canadá (CSIS), afirmou perante uma comissão parlamentar que é preferível que os líderes partidários estejam “informados” sobre a interferência estrangeira.

“Do nosso ponto de vista, quanto mais informados estiverem os líderes partidários sobre a ameaça de interferência estrangeira, algumas das especificidades que vimos através dos nossos serviços de informação, mais conscientes estarão e mais poderão tomar medidas adequadas no seu próprio partido”, afirmou.

Ele disse que, se um líder não tiver uma autorização de segurança, o CSIS analisará outros mecanismos para reduzir uma ameaça.

“Se um dirigente optar por ter uma autorização, podemos ter uma conversa mais alargada com ele sobre os pormenores da ameaça e certos tipos de informações”, disse Rogers.

CBC/MS

Polícia de Alberta é punido por chamar “lixo” a colega que denunciou agressão sexual

Um agente da RCMP de Alberta admitiu a culpa de assédio e de conduta desacreditada por ter dito a uma colega que ela era um “pedaço de lixo à procura de dinheiro” por ter apresentado uma queixa formal de agressão sexual contra outro polícia da polícia montada.

OConst. Robert Jonathon Sinnott, do destacamento de Strathcona County, foi sancionado ao abrigo do código de conduta da RCMP por ter enviado uma série de mensagens de texto depreciativas à sua colega.

Numa decisão tomada na quarta-feira (30), o membro do Conselho de Conduta da RCMP Kevin Harrison, que presidiu à audiência, impôs uma série de sanções a Sinnott, que admitiu a má conduta. Foram-lhe retirados 25 dias de salário e não po-

derá ser promovido durante dois anos. Terá de completar uma formação antiassédio e apresentar uma carta formal de desculpas.

A agente que, entretanto, se reformou, apresentou uma queixa formal alegando agressão sexual em março de 2019. A queixa levou a uma investigação interna da RCMP e a uma investigação da Equipa de Resposta a Incidentes Graves de Alberta (ASIRT).

Sinnott escreveu e enviou as mensagens à agente em novembro de 2022, dois dias antes de ela ir testemunhar numa audiência sobre o código de conduta de outro membro da RCMP que também servia no destacamento do condado de Strathcona, a leste de Edmonton.

Nas mensagens de texto não solicitadas, Sinnott depreciou a mulher, descrevendo-a como um membro que queria “kamikaze a toda a gente” e “gritar lobo” contra

outros agentes. “Boa sorte e boa sorte esta semana. Aconteça o que acontecer, fica a saber que a maioria das pessoas sabe que és um lixo”, escreveu Sinnott. “Todos te veem pelo que és.”

O Conselho de Conduta considerou que as mensagens de Sinnott interferiram com o processo de revisão, insinuando que a agente estava a mentir e fazendo-a temer pela sua segurança.

Sinnott disse à mulher que os seus colegas acreditavam que ela estava “a mentir” e afirmou que ela devia ter vergonha de fazer uma acusação contra um oficial superior. “Tome nota do facto de que quase toda a gente pensa que você é um pedaço de lixo à procura de dinheiro”, escreveu Sinnott.

Credito: DR Credito:
Credito: DR

Toronto Caribbean Carnival Precisa de $2 milhões de fundos de emergência para cobrir custos

O Toronto Caribbean Carnival poderá ser cancelado no próximo ano se os três níveis de governo não conseguirem disponibilizar 2 milhões de dólares de financiamento de emergência, segundo a diretora-executiva do comité de gestão do festival.

Mischka Crichton disse que o comité enfrenta a “difícil possibilidade” de cancelar totalmente o festival, ou vários eventos separadamente, se os organizadores não conseguirem obter mais fundos. Os eventos em risco incluem o desfile dos reis e rainhas juniores e o desfile de Carnaval dos juniores, disse ela. Crichton afirmou que o cancelamento do festival teria um “profundo impacto económico e cultural” em Toronto.

O evento custa cerca de 3 milhões de dólares por ano para ser produzido, mas recebe menos de 1 milhão de dólares anualmente dos três níveis de governo juntos, de acordo com uma petição no sítio Web do Toronto Caribbean Carnival.

“Assegurar o financiamento agora é essencial para começarmos os preparativos para o festival do próximo ano, incluindo marketing, acordos com fornecedores e artistas, e fornecimento de material para bandas e fatos. As dotações orçamentais devem ser definidas com bastante antecedência para garantir que podemos proporcionar a experiência de alta qualidade que os visitantes esperam”, afirmou Crichton numa mensagem de correio eletrónico.

“Com o aumento contínuo da inflação e dos custos de produção, o apoio financeiro atempado é crucial para manter o legado e o impacto do Carnaval.”

A petição afirma que os 2 milhões de dólares são necessários para cobrir os custos operacionais do Carnaval de 2024. O comité de gestão do festival tentou reduzir os custos em 10 por cento em 2023 e 2024, mas continua a enfrentar um défice financeiro. A petição solicita um financiamento anual de 1,5 milhões de dólares dos governos federal e provincial para manter o evento, para além do financiamento de emergência. Pede também o financiamento de um centro cultural que se dedique a promover e preservar a herança caribenha da cidade.

Crichton afirmou que os governos federal, provincial e municipal estão atualmente a finalizar os orçamentos para o próximo ano fiscal, pelo que esta é uma boa altura para garantir o financiamento necessário para planear o evento.

De acordo com Crichton, o Toronto Caribbean Carnival traz mais de dois milhões de visitantes à cidade, gera uma atividade económica estimada em $467 milhões e $182,7 milhões em receitas fiscais, apoia a política federal de multiculturalismo e promove a diversidade e a equidade no Canadá.

CBC/MS

Toronto revela plano de manutenção de estradas para este inverno

Os funcionários municipais estão a preparar-se para o inverno, procurando obter mais dinheiro para a manutenção das estradas, implementando uma nova tecnologia de IA e utilizando um regulamento alterado para se prepararem melhor para as grandes tempestades.

Embora o inverno do ano passado tenha sido ameno, os preparativos habituais estão em curso, disse Vincent Sferrazza, diretor de operações e manutenção de transportes da cidade. “Temos que estar preparados para qualquer eventualidade”, disse ele.

As autoridades disseram que o orçamento proposto pela cidade para a manutenção de inverno aumentará de $140 milhões no inverno passado para $160 milhões, se aprovado, para 2025. Mais de 50 milhões de dólares permanecem do orçamento deste ano, disse Barbara Gray, diretora geral dos serviços de transporte.

Isto acontece depois de o auditor geral da cidade ter descoberto que Toronto ultrapassou o orçamento em 26 milhões de dólares para a limpeza de neve em 2022, com

um processo de contrato controverso que pode ter aumentado os custos em mais de 24 milhões de dólares.

Sferrazza disse que os $ 20 milhões extras no orçamento proposto deste ano se devem a uma combinação de fatores, como inflação, estimativas sobre quantas tempestades de inverno a cidade pode enfrentar e aumentos nos contratos e salários dos funcionários.

Em relatórios separados de 2023, o auditor geral da cidade levantou questões sobre a qualidade do trabalho efetuado por duas empresas que receberam quase 1,5 mil milhões de dólares ao longo de uma década.

Na conferência de imprensa, Gray afirmou que haverá multas cada vez mais elevadas para os empreiteiros que não cumpram os níveis de serviço em domínios como a limpeza da neve e a salga.

Sferrazza disse que a cidade também alterou os seus estatutos para poder declarar um “evento climático grave” dias antes do seu início. Quando essas declarações estão em vigor, os torontonianos não podem estacionar nas estradas designadas como rotas de neve durante 72 horas, ou até que a

declaração termine, para permitir a remoção da neve.

No passado, a cidade só podia declarar um grande evento de inverno quando uma certa quantidade de neve já se tinha acumulado, disse Sferrazza. “Esperar até que a neve caísse não servia os residentes em geral... nem nos ajudava em termos de remoção da neve”, disse.

Mais de 1.400 veículos de limpeza estarão prontos a ser utilizados quando a neve atingir o solo, disse Sferrazza, e um ou dois veículos estarão equipados com sensores de IA para ajudar a espalhar o sal. A tecnologia, que Sferrazza diz já ser utilizada na Europa e em alguns estados dos EUA, pode avaliar informações como a quantidade de neve que está a cair, a temperatura na estrada e a tração dos pneus para determinar a quantidade certa de sal a deitar.

Os funcionários disseram que a cidade também instalou duas novas estações meteorológicas, elevando o total para 10. Estas estações fornecem dados sobre os locais onde é necessário equipamento de manutenção em toda a cidade.

Alegado fogo posto em Oshawa

4 raparigas acusadas

Quatro raparigas, com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos, enfrentam acusações criminais depois de um alegado fogo posto ter danificado gravemente várias casas em Oshawa no início deste mês.

Oincêndio deflagrou por volta das 5 da manhã de 6 de outubro numa residência na zona de Eddystone e Okanagan paths, informou a Polícia Regional de Durham num comunicado de imprensa na terça-feira.

A casa estava ocupada na altura. Todas as pessoas que se encontravam no interior conseguiram escapar em segurança e não foram registados feridos, informou a polícia.

Estima-se que o incêndio tenha causado mais de 2 milhões de dólares em danos a várias propriedades, segundo a polícia.

As quatro raparigas, todas de Oshawa, foram detidas no domingo (27).

Três das raparigas, com idades entre os 12, 15 e 16 anos, enfrentam uma acusação cada uma de fogo posto com negligência pela vida humana, danos de valor inferior a 5.000 dólares e intimidação por ameaças de violência. Entretanto, uma outra rapariga de 15 anos foi acusada de fogo posto com negligência para com a vida humana e de danos de valor inferior a $5.000.

Todos as quatro foram detidas para uma audiência de fiança, disse a polícia.

O polícia de Durham, Const. Nicholas Gluckstein disse que um incêndio começou perto das portas de correr invertidas de uma residência, acabando por se propagar a toda a casa e a várias outras casas.

Os danos patrimoniais superiores a 2 milhões de dólares enquadram-se nas acusações de fogo posto, disse ele, enquanto as acusações de danos inferiores a 5 000 dólares consideram os danos causados nas traseiras da casa.

“Não creio que fosse intenção de ninguém que o fogo tomasse conta de toda a residência, no entanto, atear um fogo em qualquer capacidade é obviamente ilegal”, disse Gluckstein. “Estes foram os resultados infelizes dessa maldade”.

Gluckstein disse que houve uma altercação entre as quatro raparigas acusadas e os proprietários da casa antes do incêndio. Joshua Sonnylal, que vive em Eddystone Path, disse que as raparigas atiraram ovos à casa visada e uma pedra à porta do pátio antes de atearem o fogo.

Ele disse que a comunidade está chocada com a idade das raparigas.

“Sabíamos que eram jovens, mas não sabíamos que eram assim tão novas. Muitas pessoas estão sem palavras”, disse Sonnylal. Ele disse que a administração da propriedade contratou seguranças para patrulhar a área à noite após o incêndio.

CBC/MS

Credito:

Investigação

Procurador-geral da República quer acelerar perícias à morte de Odair Moniz

O procurador-geral da República quer acelerar a investigação à morte de Odair Moniz, na Amadora. Amadeu Guerra, disse que já falou com magistrados e Polícia Judiciária nesse sentido.

“Eu e o diretor da Polícia Judiciária falamos no sentido de acelerar a investigação o máximo possível”, adiantou o procurador-geral da República. O responsável também “disse aos procuradores que deviam dar uma celeridade grande ao processo” e espera que Instituto de Medicina Legal faça as perícias necessárias “com rapidez”. A intenção é que "o despacho final saia o mais rapidamente possível”, explicou. Questionado pelos jornalistas, Amadeu Guerra disse não ter “conhecimento” se está ou não em curso uma investigação da PJ a eventual falsificação de provas na morte do cidadão cabo-verdiano, baleado pela PSP a 21 de outubro, durante uma operação policial no bairro da Cova da Moura.

A situação tem provocado uma onda de tumultos. Levou, também, à apresentação de uma queixa-crime contra dirigentes do Chega, por se considerar que proferiram declarações de incitamento à violência.

O caso relançou a discussão sobre a utilização de câmaras corporais (bodycam) por parte dos agentes policiais. A este respeito, Amadeu Guerra disse estar a tentar perceber porque não estão a ser utilizadas, considerando que “é um instrumento útil, essencialmente para defesa da PSP”.

Outros processos

Em Aveiro, o procurador-geral da República, que tomou posse a 12 de outubro, confirmou que o anterior primeiro-ministro, António Costa, “não é arguido” na chamada Operação Influencer, mas continua a ser “investigado”. Há já um ano que correm quatro inquéritos-crime com origem nesta operação, que levou à queda do anterior Governo. Amadeu Guerra disse que a documentação que foi apreendida “está a ser analisada".

Sobre a recente reunião com o homólogo de Angola, o PGR disse que não foi abordado o caso concreto de Isabel dos Santos, a empresária angolana acusada de vários crimes na altura em que liderava a petrolífera Sonangol.

O encontro serviu para se discutir “cooperação recíproca” em diversas áreas, nomeadamente na de branqueamento de capitais. “As dificuldades de acesso a informação, nomeadamente nos crimes económico-financeiros, é conhecida”, disse Amadeu Guerra a propósito da morosidade deste tipo de processos. “Demora algum tempo, até porque a informação que é recolhida nem sempre nos dá o caminho do dinheiro”, sendo necessário seguir o rasto por vários países, o que faz com que os processos demorem muito tempo.

Turismo

Dormidas no turismo sobem 2,4% em setembro

O alojamento turístico registou 3,3 milhões de hóspedes e 8,4 milhões de dormidas em setembro, mais 2,8% e 2,4% em termos homólogos, respetivamente, devido ao crescimento do mercado de não residentes.

De acordo com as estatísticas rápidas da atividade turística do Instituto Nacional de Estatística (INE), em setembro, as dormidas de residentes registaram "um ligeiro decréscimo" (-0,3%, após +4,7% em agosto), totalizando 2,3 milhões, enquanto os mercados externos cresceram 3,5% (+3,4% em agosto), para 6,1 milhões de dormidas.

"A atividade turística manteve [a] trajetória de crescimento, mas voltou a dar sinais de abrandamento", nota o instituto estatístico.

Considerando o terceiro trimestre de 2024, as dormidas aumentaram 3,0% (+2,9% no segundo trimestre), com as dormidas de residentes a crescerem 1,1% (-0,7% no segundo trimestre) e as de não residentes a aumentarem 3,9% (+4,3% no trimestre anterior).

O INE ressalva, contudo, que os resultados do segundo trimestre foram influenciados pelo efeito do período de férias da Páscoa, que este ano se repartiu entre março (primeiro trimestre) e abril (segundo trimestre), enquanto no ano anterior se concentrou apenas no segundo trimestre.

Já no acumulado dos primeiros nove me-

ses do ano, as dormidas aumentaram 3,9%, com subidas de 1,3% nos residentes e de 5,0% nos não residentes.

Em setembro, os 10 principais mercados emissores representaram 77,3% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (19,8% do total das dormidas de não residentes) e a registar um aumento de 0,2% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em setembro (11,9% do total), diminuíram 1,9%, seguindo-se o mercado norte-americano na terceira posição (quota de 10,7%), com um crescimento de 13,5%.

O INE detalha que, no grupo dos 10 principais mercados emissores em setembro, o canadiano foi o que registou o maior crescimento (+14,6%), enquanto, em sentido contrário, se destacaram os decréscimos dos mercados brasileiro (-5,9%) e francês (-1,5%).

Em setembro, todas as regiões do país registaram acréscimo de dormidas, tendo os maiores aumentos acontecido na Região Autónoma dos Açores (+9,0%), no Centro (+6,2%) e no Norte (+4,6%).

Em sentido inverso, a Região Autónoma da Madeira e o Algarve apresentaram crescimentos "mais modestos" (+0,1% e +0,9%, respetivamente).

A Associação de Profissionais de Artes

Cénicas Plateia criticou a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), lamentando o que considera ser a ausência de verbas suficientes para o desenvolvimento do setor cultural.

APlateia salientou que "as verbas para as artes mostram um crescimento muito ténue" face ao ano anterior, sendo surpreendente "o facto de nenhuma das 25 medidas apresentadas por este ministério em vésperas da entrega da proposta do OE esclarecer sobre o reforço ou a diversificação dos programas de financia-

mento às artes performativas da [Direção-Geral das Artes]".

"Não encontrámos, também, na proposta do governo qualquer medida que promova as boas práticas laborais e combata a precariedade, nomeadamente nas instituições públicas, nem referências ao Estatuto dos Profissionais da Área da Cultura, que precisa de ser melhorado. A fragilidade social com que nos deparámos na pandemia e que é hoje amplamente reconhecida não será resolvida sem investimento concreto nas mudanças necessárias", alertou a associação que reúne mais de 300 profissionais do setor.

A Plateia lamentou ainda "as cativações e a não-execução orçamental na área da cultura", que classifica de "cortes encapotados", assinalando que "dos 518,3 milhões de euros perspetivados no OE de 2024, o atual governo estima que apenas sejam gastos 475,7 milhões".

O Ministério da Cultura vai dispor em 2025 de uma dotação de despesa total consolidada de 597,3 milhões de euros, valor superior em 80 milhões à dotação aprovada para 2024 para os organismos do setor.

Credito: JN
Credito: JN
Credito: JN

Panteão Nacional

Restos

Os restos mortais do escritor Eça de Queiroz vão ser transladados para o Panteão Nacional no dia 8 de janeiro, decisão tomada após resolvida a contenda judicial, disse hoje à agência Lusa fonte oficial do parlamento.

Em janeiro de 2021, a Assembleia da República aprovou por unanimidade um projeto de resolução do PS para "conceder honras de Panteão Nacional aos restos mortais de José Maria Eça de Queiroz, em reconhecimento e homenagem pela obra literária ímpar e determinante na história da literatura portuguesa".

No entanto, a seguir, um grupo de bisnetos de Eça de Queiroz começou por apresentar uma providência cautelar para

impedir a trasladação dos restos mortais do escritor para o Panteão Nacional. Este grupo de herdeiros acabou por levar esse processo até ao Supremo Tribunal Administrativo.

Dos 22 bisnetos do escritor, 13 concordaram com a trasladação para o Panteão Nacional, havendo ainda três abstenções. Também a Fundação Eça de Queiroz se manifestou favorável à trasladação.

Em 25 de janeiro deste ano, o Supremo Tribunal Administrativo (STA) rejeitou o recurso dos seis bisnetos do escritor Eça de Queiroz, que contestam a sua trasladação para o Panteão Nacional, permitindo que a homenagem apoiada pela maioria dos descendentes se concretize.

Eça de Queiroz morreu em 16 de agosto de 1900 e foi sepultado em Lisboa. Em setembro de 1989, os seus restos mortais foram transportados do Cemitério do Alto de São João, na capital, para um jazigo de família, no cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião.

A resolução aprovada em 2021 surgiu em resposta a um repto lançado pela Fundação Eça de Queiroz, nos termos da lei que define e regula as honras de Panteão Nacional, destinadas a "homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária,

científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade". Eça de Queiroz, nascido na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, em 1845, foi autor de contos e romances, entre os quais "Os Maias", que gerações de críticos e investigadores na área da literatura consideram o melhor romance realista português do século XIX.

A sua vasta obra inclui títulos como "O primo Basílio", "A cidade e as serras", "O crime do padre Amaro", "A relíquia", "A ilustre casa de Ramires" e "A tragédia da Rua das Flores".

JN/MS

"Rezo por eles": Papa envia mensagem aos afetados pelas

O Papa Francisco expressou, na quinta-feira (31), a sua proximidade com as pessoas afetadas pelo mau tempo que atingiu várias zonas de Espanha, especialmente em Valência, e que fizeram pelo menos 95 mortos e inúmeros desaparecidos.

Francisco manifestou o seu pesar num vídeo dirigido ao bispo de Valladolid e presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Luis Javier Argüello. "Monsenhor Luis Arguello, querido irmão, gostaria de expressar a minha proximidade com as pessoas de Valencia, a partir de Valladolid, tu a faças chegar. Estou próximo deles neste momento de catástrofe e rezo por eles. Que Deus vos abençoe", afirmou o Papa no vídeo, divulgado pela CEE. Pelo menos 95 pessoas morreram em Espanha por causa das chuvas torrenciais e inundações que atingiram o leste e o sul do país, segundo o balanço mais recente.

A Comunidade Valenciana foi a mais afetada pelo temporal tendo o governo regio-

Valência

cheias em Espanha

nal confirmado até ao momento 92 mortos. Há mais dois mortos confirmados em Castilla-La Mancha e outro na Andaluzia.

Entretanto, a Agência Estatal de Meteorologia de Espanha (AEMET) elevou para o nível vermelho o aviso no interior norte da província de Castellón, sobretudo na zona da costa (Azahar) porque as chuvas podem acumular 180 litros por metro quadrado em doze horas.

A ministra da Defesa de Espanha, Margarita Robles, estabeleceu como prioridade as operações de busca a pessoas que continuam desaparecidas, na sequência da tempestade que afetou sobretudo a região autónoma de Valencia.

A ministra sublinhou que não se conhece com exatidão o número de desaparecidos tendo especificado que as localidades de Paiporta e Masanasa, na região autónoma de Valencia, "foram particularmente afetadas pela Dana".

JN/MS

Polícia espanhola detém 39 pessoas por furtos nas zonas afetadas pelas cheias

A Polícia espanhola deteve 39 pessoas, entre elas vários menores de idade, por furtos nas zonas conerciais afetadas pelas cheias em Valência.

De acordo com as autoridades, foram recuperados muitos artigos furtados.

As detenções começaram na quarta-feira (30), e os furtos aconteceram maioritariamente no centro comercial Aldaia. Várias regiões de Espanha estão desde terça-feira (29) sob a influência de uma "depressão isolada em níveis altos", um fenómeno meteorológico conhecido como DANA em castelhano, que causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos do país, sobretudo na costa do Mediterrâneo. O último balanço dá conta de quase 100 mortes.

A região mais afetada foi a Comunidade Valenciana, no leste do país, com chuvas com níveis inéditos, que fizeram acionar os alertas e avisos mais graves da proteção civil e da meteorologia na terça-feira (29) à noite.

Comércio

Bruxelas abre processo contra chinesa Temu por venda de produtos ilegais

A Comissão Europeia abriu um processo contra a empresa de comércio eletrónico Temu por quebrar a Lei dos Serviços Digitais da União Europeia através da comercialização de produtos ilegais e pelo caráter viciante da plataforma.

Em comunicado, o executivo comunitário anunciou que decidiu iniciar um processo para avaliar uma quebra da Lei dos Serviços Digitais por parte da plataforma chinesa.

De acordo com a informação disponibilizada pela Comissão Europeia, a Temu terá infringido a legislação comunitária através da venda de produtos que não podem ser comercializados na União Europeia e alegadamente faltam mecanismos para evitar que esses produtos e os seus vendedores apareçam a consumidores europeus.

Um porta-voz da Comissão Europeia explicou que os produtos em causa são, por exemplo, produtos farmacêuticos que não

Carros elétricos

podem ser comercializados nos Estados-membros da UE.

Bruxelas também suspeita do modelo utilizado pela plataforma para viciar os utilizadores, com "programas, como jogos, que oferecem recompensas", que podem ter "consequências negativas na saúde mental e física das pessoas".

A Comissão Europeia acusou também a Temu de não ser transparente sobre o modo como faz recomendações para os utilizadores que utilizam aquela plataforma e não facilitou o acesso aos dados disponíveis a investigadores e analistas.

O executivo comunitário vai solicitar informações adicionais à empresa de comércio eletrónico e fazer entrevistas para recolher dados suficientes.

A Temu foi designada em 31 de maio de 2023 como uma grande plataforma digital.

Vendas trimestrais da chinesa BYD superam pela primeira vez as da Tesla

A maior fabricante de veículos elétricos chinesa, a BYD, registou, pela primeira vez, receitas superiores às da rival norte-americana Tesla, apesar de a guerra de preços na China ter prejudicado as margens de lucro.

As receitas da BYD no terceiro trimestre ascenderam a 201 mil milhões de yuan, ultrapassando os 25,2 mil milhões de dólares em vendas que a Tesla reportou na semana passada.

O fabricante chinês de automóveis vendeu um recorde de 1,1 milhão de carros entre julho e setembro, impulsionado por novos subsídios atribuídos pelo Governo chinês para a compra de veículos elétricos.

O aumento de 24% nas vendas foi, no entanto, alcançado às custas de uma queda das margens brutas da BYD, de 22,1%, no ano passado, para 21,9% no terceiro trimestre. O lucro líquido fixou-se em 11,6 mil milhões de yuan (1,5 mil milhões de euros), um aumento de 11,5%, em termos homólogos.

Em vez de oferecer descontos diretamente, a BYD lançou nos últimos meses modelos de gama mais alta equipados com características mais avançadas a preços mais baixos do que as versões antigas.

Esta estratégia ajudou a BYD a consolidar

a liderança no mercado, numa altura de concorrência feroz, mas fez baixar o lucro líquido do grupo por veículo, de acordo com analistas.

A guerra de preços no maior mercado automóvel do mundo está a afetar as margens de lucro das marcas chinesas e dos fabricantes de automóveis estrangeiros.

Devido a um elevado nível de integração vertical, incluindo o controlo sobre a produção de baterias e "chips" semicondutores, a margem bruta da BYD de 21,9% ainda está muito à frente dos 17% da Tesla e dos rivais chineses Zeekr, com 14,2%, e Xpeng, com 6,4%.

Analistas defenderam que a expansão no estrangeiro será fundamental para o crescimento futuro da BYD, num contexto de crescente protecionismo ocidental.

Na terça-feira, a União Europeia (UE) decidiu impor taxas alfandegárias adicionais de 17% sobre as importações de veículos elétricos da BYD, para além das taxas de 10% já existentes.

Apesar de a BYD ter aberto recentemente uma fábrica na Tailândia - a primeira base de produção fora da China - as vendas no estrangeiro representaram apenas 7,9% do total das vendas mensais em setembro, face a 9,8% no ano anterior.

Papa Francisco
Creditos: DR

Plano dos Açores prioriza recuperação do hospital de Ponta Delgada

O Plano dos Açores para 2025 prevê um investimento público de 819 milhões de euros e pretende priorizar a execução dos fundos europeus e a recuperação do hospital de Ponta Delgada, anunciou o Governo Regional.

"As grandes prioridades do Plano de Investimento para 2025 são a execução do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], a execução do Açores 2030 e a recuperação do HDES [Hospital Divino Espírito Santo], fruto do infortúnio que aconteceu em maio passado. Isso, naturalmente, implica mais investimento", disse o secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas que falava em conferência de imprensa, na Horta, após a entrega das propostas de Plano e Orçamento da região para 2025 ao presidente da Assembleia Legislativa Regional.

O Orçamento dos Açores para 2025, que define as linhas estratégicas do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM para o próximo ano, atinge os 1.913 milhões de euros, dos quais cerca de 819 milhões são destinados aos investimentos previstos no Plano.

Duarte Freitas realçou o "reforço acentuado das verbas" previstas para a saúde (50 milhões de euros) e educação (20 milhões de euros) e elogiou o "momento muito robusto da economia dos Açores", que "está a crescer há 40 meses consecutivos".

O secretário regional salientou ainda a manutenção das "opções políticas" do Governo dos Açores relacionadas com a con-

tinuidade da Tarifa Açores, do diferencial fiscal e do fim dos rateios na agricultura.

O Governo Regional estima um crescimento de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Açores em 2025, acima das previsões para o país (2,3%) e da União Europeia (1,6%).

O governante voltou a lembrar que a região tem uma "necessidade de financiamento prevista de 150 milhões de euros", ao contrário do que aconteceu em 2023 e 2024, quando o executivo açoriano adotou uma política de endividamento zero.

As propostas de Plano e Orçamento dos Açores vão ser discutidas e votadas entre 25 a 29 de novembro na Assembleia Regional.

NM/MS

Associação de Promoção da Madeira diz que TdC não detetou "atos ilícitos"

A Associação de Promoção da Madeira afirmou que, apesar de o Tribunal de Contas considerar que o sistema de controlo interno dos procedimentos de gestão foi de "fraca fiabilidade" no biénio 2020-2021, atestou não haver atos ilícitos.

"O Tribunal de Contas (TdC), no âmbito dos seus poderes de auditoria (diferentes dos poderes judiciais que também tem), aos atos e aos procedimentos da gestão financeira da Associação de Promoção, concluiu pela inexistência de quaisquer atos que constituam ilícitos financeiros suscetíveis de gerar responsabilidade financeira, sancionatória ou reintegratória de quem quer que seja ligado à Associação", o que constitui um "motivo de satisfação", lê-se na reação desta instituição ao relatório divulgado.

O TdC alertou para a "fraca fiabilidade" do sistema de controlo interno da Associação de Promoção da Madeira, que recebeu um financiamento público de 27,8 milhões

de euros, mas não reportou todos os apoios concedidos. Em nota de imprensa, o TdC indicou que o financiamento, no biénio 2020-2021, foi suportado em 23,7 milhões de euros (ME) pelo Governo Regional da Madeira, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, sendo o restante sido suportado pelo Turismo de Portugal.

Depois de vários reparos, o TdC recomendou aos membros da associação que "diligenciem pelo cumprimento das regras consagradas no Código dos Contratos Públicos e que cumpram as regras previstas no Código do Procedimento Administrativo".

A submissão dos contratos celebrados ao crivo do TdC para efeitos de fiscalização é outra das recomendações, bem como que se diligencie pela "melhoria do sistema de controlo interno da atribuição de apoios".

"Ressalva-se que não foi cometido qualquer ilícito, mas, evidentemente, a AP-M respeita o relatório da auditoria do Tribunal de Contas e acolhe as recomendações contidas no mesmo", conclui.

NM/MS

Açores recebe cimeira dos governos da República e Regiões Autónomas

Os Açores vão receber a 12 e 13 de novembro a cimeira do Governo da República e dos Governos Regionais dos Açores e Madeira, revelou esta terça-feira o presidente do PSD/Açores e líder do executivo açoriano de coligação PSD/ CDS-PP/PPM.

"Vamos ter uma cimeira dos três governos. O Governo de Portugal, liderado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, o Governo Regional da Madeira, com Miguel Albuquerque, e eu próprio, aqui nos Açores, já nos próximos dias 12 e 13 de novembro", disse o social-democrata José Manuel Bolieiro em entrevista à RTP-Açores. Segundo o líder do PSD/ Açores e do executivo açoriano, o encontro entre os três líderes será realizado em São Miguel e "será um espaço onde, verdadeiramente, teremos negociação entre os três governos em relação ao Orçamento do Estado e não só."

Na entrevista à RTP-Açores, Bolieiro referiu que não está de acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2025 "submetida pelo Governo da República à Assembleia da República, no que diz res-

peito às Regiões Autónomas" dos Açores e da Madeira. Assim, na sua opinião, o que há a fazer é, em sede de especialidade, existirem propostas de alteração "que possam aproximar-se exatamente daquela que é a posição das Regiões Autónomas e, portanto, o entendimento do esforço que o Orçamento do Estado tem de fazer para a coesão territorial".

O líder do PSD/Açores também lembrou que tem chamado a atenção da República "para as suas responsabilidades do desenvolvimento do país e, portanto, não voltar aos tempos do isolacionismo e do esquecimento e abandono das Regiões Autónomas, porque a autonomia complementa, a autonomia não substitui o Estado, a autonomia é o Estado na Região Autónoma dos Açores".

No discurso de encerramento do congresso social-democrata, Bolieiro desafiou o presidente do partido e primeiro-ministro, Luís Montenegro, a assumir a revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas como um assunto prioritário.

NM/MS

Madeira quer "fundos de compensação" da UE para manutenção de reservas

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu que a União Europeia (UE) deveria atribuir "fundos de compensação" às regiões ultraperiféricas para ajudar na manutenção das reservas naturais, como as ilhas Selvagens e as Desertas.

"Nós decretámos as reservas e depois é fundamental que esse esforço de uma região ultraperiférica, com poucos recursos, tenha fundos de compensação na União Europeia para a sua manutenção", afirmou, vincando que a Madeira e os Açores têm algumas das reservas mais importantes da Europa. Miguel Albuquerque (PSD) falava à margem da apresentação do projeto "Twilighted", no Funchal, que integra o programa Horizonte Europa, de promoção da investigação científica na União Europeia focada no mar profundo. O chefe do executivo madeirense sublinhou que as reservas criadas na região, como as ilhas Selvagens e as ilhas De-

sertas, são "espaços de preservação e de investigação ao serviço da humanidade", mas acarretam custos. "Esse esforço político que nós fazemos [na criação de reservas naturais] devia ter fundos de compensação para ajudar à sua manutenção", defendeu, lembrando, como exemplo, que as Selvagens, um subarquipélago da Madeira localizado a cerca de 300 quilómetros a sul do Funchal, constituem a maior área marinha com proteção integral do Atlântico Norte, com 2.677 quilómetros quadrados. Em relação ao projeto 'Twilighted', o objetivo é promover a investigação em mar profundo. É coordenado pela unidade da Madeira do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente -- MARE, integrado na Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação (ARDITI), em parceria com a GEOMAR (Alemanha) e a NTNU (Noruega).

Creditos: DR
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Fotos: Fa Azevedo, Jacque Heri, Madalena Balça

ÁFRICA

Mondlane pede uma semana de greve e marcha nacional para Maputo

O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou a uma greve geral de uma semana em Moçambique, manifestações nas sedes distritais da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e marchas para Maputo em 7 de novembro.

“Uma semana [até 07 de novembro] é suficiente para sairmos todos dos nossos distritos, das nossas localidades, para Maputo“, afirmou Venâncio Mondlane, que contesta os resultados das eleições gerais de 9 de outubro, numa intervenção a partir da sua conta oficial na rede social Facebook.

Na intervenção, Mondlane apelou a manifestações junto das estruturas locais da CNE e sedes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder) a partir de quinta-feira, 31 de outubro, para quem não tem capacidade para se movimentar, pedindo aos restantes, de todo o país, para iniciarem a viagem para Maputo até 7 de novembro. “Vamos encher toda a cidade de Maputo e estou a prever quatro milhões de moçambicanos (…), uma enchente nunca vista”, apelou, reconhecendo estar a pedir “um sacrífico” à população.

Este será o que Venâncio Mondlane classificou de terceira etapa da contestação, que nas anteriores já envolveu confrontos violentos entre apoiantes e a polícia.

“Paralisação durante uma semana. Desta vez é coisa para doer. Temos de nos

A

ascensão dos

sacrificar pelo nosso país“, disse, insistindo: “A partir de quinta-feira, que é dia 31 de outubro, marquem esta data. Vamos começar um novo ciclo, paralisação total, greve, manifestações públicas, na rua”.

“Vamos iniciar um ciclo muito pesado. Eu, tu, temos de fazer alguma coisa por este país”, disse, na mesma intervenção.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique anunciou na quinta-feira a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República de 9 de outubro, com 70,67% dos votos.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas afirma não reconhecer estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.

A Frelimo reforçou ainda a maioria parlamentar, passando de 184 para 195 deputados (em 250), e elegeu todos os 10 governadores provinciais do país.

Além de Mondlane, o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, atual maior partido da oposição), Ossufo Momade, um dos quatro candidatos presidenciais, disse que não reconhece os resultados eleitorais anunciados pela CNE e pediu a anulação da votação.

Ministro do Interior diz que Mondlane está na África do Sul

O ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, acusou esta terça-feira o candidato presidencial Venâncio Mondlane de “comandar”, a partir da África do Sul, a “manipulação da opinião pública”, incitando à violência.

“Os senhores sabem, nós sabemos, o Venâncio Mondlane é o autor moral destas manifestações. Ele é que se move com isto. Ele não está aqui agora, está na África do Sul, mas de lá comanda, usa as redes sociais, em que nós, como usuários dessas redes sociais, não devíamos permitir isso, porque manipula a opinião pública e causa destruições”, afirmou Pascoal Ronda, em declarações aos jornalistas na sede do Ministério do Interior, em Maputo.

“Há muita família que está a chorar pelos danos que são causados. Pessoas que são arrastadas a participar disso, mas depois, mais tarde, é que se arrependem disso. O que é que ganhamos com isso? Para quê”, questionou o ministro.

A intervenção de Pascoal Ronda foi feita cerca de uma hora antes de Venâncio Mondlane ter apelado à greve geral de uma semana a partir de quinta-feira, manifestações nas sedes distritais da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e marchas para Maputo em 7 de novembro.

OB/MS

pagamentos, transferências e cartões bancários digitais: a transição na Argélia

A Argélia está a avançar gradualmente em direção a um sistema de pagamentos digitais. O país assistiu a um aumento de 71 % nas transações financeiras digitais no primeiro trimestre de 2024.

Ogoverno insiste na criação de uma infraestrutura financeira mais moderna para melhorar a eficiência e a transparência das transações. No entanto, a segurança de dados e a confiança do

público continuam a ser questões determinantes.

O panorama em evolução dos pagamentos na Argélia representa um passo importante em direção a uma economia mais digital e sem dinheiro físico.

EU/MS

Cabo Verde leva propostas para extensão de mobilidade a reunião da CPLP

"Nós estaremos a apresentar também junto dos outros parceiros as nossas ideias e propostas sobre a extensão do acordo de mobilidade laboral a todos os países, principalmente os nossos países amigos africanos de língua oficial portuguesa", referiu Carlos Santos, citado pela Inforpress - Agência Cabo-verdiana de Notícias.

As propostas serão apresentadas na XII Reunião de Ministros do Turismo da CPLP, num momento em que a capacitação de mão-de-obra é um dos assuntos mais debatidos no setor. "Temos estado a considerar em todos os fóruns que nós participamos, que este pode ser um excelente instrumento de combate à pobreza e essa é uma das mensagens que nós queremos deixar, para além de outras propostas que nós iremos levar para este encontro", acrescentou.

O assunto tem suscitado discussão no meio político.

No final de setembro, Olavo Correia, vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, criticou a falta de mobilidade dentro do espaço da CPLP, ao mesmo tempo que propôs regulamentação da emigração dentro da comunidade, que caracterizou como uma "grande oportunidade" para todos os Estados-membros. "Os acordos de Brasília [assinados em 2021] para facilitação da circulação entre os países da CPLP continuam, no essencial, não direi 'letra morta', mas de pouca utilidade; as dificuldades e restrições à circulação de bens, serviços e capitais mantém-se e, em alguns casos, até ficaram agravadas", criticou Olavo Correia, numa apresentação no Segundo Fórum de Economistas da ALECONAssociação Lusófona de Economia, em Lisboa. "Enquanto líder da CPLP e da lusofonia, quando vejo artistas, empresários, jovens talentosos que não conseguem obter um visto para circular no espaço da CPLP, quase que mendigam para obter um visto - e nós aqui a falar da CPLP como espaço de liberdade - há aqui uma grande contradição", acrescentou o governante cabo-verdiano. Fundada em 1996, a CPLP integra atualmente nove países - Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. NM/MS

Credito:

Após a morte do cão Joca, governo anuncia diretrizes para transporte de pets em aviões

O governo federal apresenta nesta quarta-feira (30) um conjunto de diretrizes para tornar mais seguro o transporte de animais em aviões comerciais no Brasil, buscando alinhamento com práticas internacionais.

O programa, chamado de Plano de Transporte Aéreo de Animais (PATA), foi elaborado após a morte do cachorro Joca, um golden retriever que faleceu em abril durante o transporte aéreo pela empresa Gol .

As normas não têm caráter mandatório, mas, como foram elaboradas com base em diretrizes internacionais, contam com a adesão das companhias aéreas do país.

• Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o Brasil transporta, anualmente, cerca de 80 mil animais.

Desses, aproximadamente 8% são de médio ou grande porte, por isso, viajam no porão das aeronaves.

O programa foi desenvolvido em colaboração com especialistas, entidades de proteção animal, companhias aéreas e a sociedade civil.

Entre os principais pontos da medida, estão:

• Rastreabilidade dos animais durante o transporte, com sistema que permite o acompanhamento em tempo real;

• Suporte veterinário em aeroportos, para assistência emergencial aos animais transportados;

• Canal de comunicação direta com tutores, para tratar de regras de transporte e fornecer atualizações sobre a situação do voo;

• Padronização das práticas de transporte, com foco no bem-estar e segurança dos pets em todo o trajeto;

• Implementação de serviços específicos de segurança, visando a prevenção de incidentes e proporcionando mais tranquilidade aos tutores.

G1/MS

Brasileiro lidera

pesquisa que muda radicalmente a forma de combater as células de câncer

Um biomédico brasileiro está liderando uma pesquisa que muda radicalmente a forma de combater as células de câncer.

Aluta contra o câncer é sempre uma batalha contra células que começam a se multiplicar desordenadamente, gerando tumores e outros danos no organismo. Matar essas células doentes é o objetivo dos tratamentos mais conhecidos. Quando diagnosticada no início ou quando a doença é menos agressiva, a chance de sucesso é imensa, mas o câncer é desafia-

dor quando se espalha e resiste às terapias conhecidas. E é para esses casos que uma abordagem inovadora vem avançando com a ajuda de um cientista brasileiro. Para frear a doença, os pesquisadores fazem o oposto dos tratamentos convencionais: aceleram tanto a multiplicação das células que elas acabam estressadas e mortas.

O biomédico Matheus dos Santos Dias fez doutorado na USP, pós-doutorado no Instituto Butantan e, há cinco anos, continua suas pesquisas no Instituto Holandês do Câncer em Amsterdã.

Imagens de microscópio mostram como células de câncer normalmente se multiplicam. Do outro lado, as células que receberam a combinação de medicamentos. Elas até tentam, mas já não conseguem se multiplicar.

Os testes em pacientes na Holanda devem começar no início do ano que vem. Segundo Matheus, o caminho ainda é longo, mas ele e muitos médicos já enxergam um horizonte promissor adiante.

G1/MS

Exposição ‘Castelo Rá-Tim-Bum

A TV Cultura colore o Solar Fábio Prado com essa super exposição que promete fazer os corações dos fãs baterem mais forte! Saiba tudo:

Aexposição “Castelo Rá-Tim-Bum” já tem nova data para estrear e fazer a alegria dos fãs da série! A mostra, que havia sido suspensa devido a um incêndio na estrutura tubular da exposição do lado de fora do espaço, não sofreu danos internos e abre ao público 18 de outubro!

Os ingressos já estão liberados para venda, e quem já havia comprado sua entrada entre os dias 10 e 17 de outubro pode reagendar uma nova data em qualquer dia da semana.

Para comemorar os 30 anos do amado seriado “Castelo Rá-Tim-Bum“, a TV Cultura traz uma super exposição que promete fazer os corações dos fãs baterem mais forte! O Solar Fábio Prado, em São Paulo, vai se transformar em um verdadeiro castelo mágico com mais de 600 metros quadrados de diversão, incluindo 18 ambientes temáticos e uma fachada de 17 metros de altura.

Depois de brilhar em edições anteriores no MIS e no Memorial da América Latina, a nova exposição promete surpresas até para quem já conhece as versões anteriores.

Com salas inéditas que revelam os bastidores da produção, homenagens a quem

fez o Castelo acontecer e cenários icônicos como o Hall do Castelo e a Sala de Música, os visitantes vão se sentir dentro da magia do programa. É uma chance imperdível de relembrar momentos especiais da infância na expo do ‘Castelo Rá-Tim-Bum’.

Quanto custa?

Terças as sextas: R$40 (inteira) e R$20 (meia); Sábados, domingos e feriados: R$60 (inteira) e R$30 (meia)

Datas e horários: até 30 de novembro

Terças a sextas, das 12h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h

Acessibilidade: recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados

Endereço e contato: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano, São Paulo - SP, Brasil

Catraca livre/MS

Credito: DR

RUBEN AMORIM RUMA AO MANCHESTER UNITED

Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.

Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.

Não fique Fora de Jogo.

entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.

Leão faminto de pontos passa no Minho com distinção

O leão continua com fome de pontos e voltou a passar com distinção no Minho. No sempre difícil reduto famalicense – nas cinco últimas deslocações, o Sporting venceu apenas dois jogos pela margem mínima –, a equipa de Ruben Amorim voltou a vencer, somando por vitórias os nove jogos disputados no campeonato.

OFamalicão quase não existiu em jogo e só deu ar da sua graça, mesmo que tímido, quando já perdia por dois. Gyokeres teve o condão de desbloquear uma partida que se poderia tornar difícil, apesar o domínio quase por completo do encontro, marcado pelo regresso ao onze de Pedro Gonçalves.

Gyokeres abriu o marcador, já na segunda metade, Geovany Quenda ampliou a vantagem, cinco minutos depois, e Gonçalo Inácio fechou a contagem, já perto do final. O Sporting leva já 30 golos marcados e sofreu apenas dois. Registo impressionante.

Muitas mudanças dos dois lado

Rúben Amorim fez quatro alterações em relação ao jogo da Liga dos Campeões com o Sturm Graz. Saíram Ricardo Esgaio, Maxi Araújo, Geny Catamo e Hjulmand e entraram Diomande, Geovany Quenda, Morita e Pedro Gonçalves, que não era titular desde a 5.ª jornada. Já Armando Evangelista mudou cinco peças depois do triunfo para a Taça de Portugal com o Lagoa. Carevic, Ibrahima Ba, Riccieli, Mathias de Amorim e Mario González saltaram do onze e foram rendidos Zlobin, Mihaj, Justin de Haas, Gustavo Sá e Óscar Aranda.

A formação leonina dominou toda a primeira parte. Com muita mobilidade na

frente, os leões iam confundindo a defensiva famalicense e chegando às imediações da área. Daniel Bragança teve nos pés a primeira boa ocasião, mas o remate já no interior da área esbarrou em Justin de Haas. Perto do quarto de hora o Sporting marcou mesmo, mas o golo acabou invalidado por fora de jogo.

Nuno Santos recebeu na esquerda, deu de primeira para Gyokeres que assistiu Pedro Gonçalves para golo. Festa verde e branca que durou pouco, já que o VAR viu

que Pote estava 36 centímetros adiantado. O Famalicão sentiu muitas dificuldades para passar a linha do meio-campo e só depois de sofrer este abalo é que conseguiu soltar as amarras e chegar à área de Franco Israel. Os famalicenses também colocaram a bola na baliza, contudo Aranda também estava em off-side.

Os dois técnicos tiveram contrariedades no decorrer dos primeiros 45 minutos. Gustavo Sá sai lesionado aos 44 e Nuno Santos saiu de maca já no período de com-

pensação. E foi nos descontos que os leões voltaram a estar perto de marcar. Trincão recebeu o esférico na área e rematou para defesa de Zlobin. Na recarga, o extremo leonino viu Mihaj impedir o golo quase em cima da linha de baliza.

Gyokeres desbloqueou

O Sporting voltou a reentrar muito forte e ficou perto de marcar logo após o reatamento, valendo Zlobin. Na mesma jogada, o guardião russo parou o remate de Trincão e de Daniel Bragança. Só dava leão e o golo acabou por surgir ainda dentro do primeiro quarto de hora pelo inevitável Gyokeres. Quenda descobriu Morita na área que deu para o avançado sueco bailar sobre um defesa e atirar a contar.

O leão estava com fome de golo e, cinco minutos depois, voltou a marcar. Trincão recebeu o esférico na esquerda, rematou para defesa de Zlobin e, na recarga, Geovany Quenda rematou para o fundo das redes. Estava feito o segundo e Ruben Amorim respirava de alívio.

Armando Evangelista deu mais força ao ataque e o Famalicão apareceu em jogo. Topic deu o primeiro aviso com um forte remate à entrada da área para grande defesa de Israel. Pouco depois, na melhor jogada coletiva dos minhotos, Liiimatta apareceu na cara do golo a rematar contra o colega de equipa Mario González que também aparecia para finalizar.

A reação famalicense foi tímida e até ao final foi o Sporting que voltou a marcar. Cruzamento da direita e Gonçalo Inácio a aparecer na cara do golo a cabecear para o terceiro. O leão conquista mais três pontos e segue com fome de pontos.

MF/MS

Dragão voa nas asas de Samu

Hat-trick perfeito em 14 minutos a fechar a primeira parte e questão resolvida com 4-0 antes do intervalo.

Antes, Nico González desfez o nulo e, quando a vitória já morava no Dragão, Rodrigo Mora fechou a noite com a mão cheia, na estreia a marcar pela equipa principal.

Se por vezes se dá 45 minutos de avanço, o FC Porto fez exatamente o contrário. Ao intervalo, já vencia por 4-0. Foi uma primeira parte de alto nível. Seguiu-se uma segunda de gestão, não tão bem jogada, mas que teve em Rodrigo Mora um brilho final.

Isto numa noite que começou ao ritmo do paso doble. Com um toque muito espanhol. E Samu em grande.

O avançado fez hat-trick em menos de um quarto de hora e deu corpo ao triunfo iniciado na cabeça de Nico González, numa noite em que a estreia a titular de Fábio Vieira na Liga foi aposta ganha, pela bela dupla que fez com Martim Fernandes pela direita. Na esquerda, Pepê esteve em evidência. Foi, aliás, destes três homens que surgiram as assistências desses quatro golos.

Além de Fábio Vieira, Vítor Bruno apostou no regresso de Namaso ao onze (não era titular desde 15 de setembro) e sentou Galeno e Iván Jaime. Desde cedo, as dinâmicas ofensivas que o FC Porto instalou foram encostando o AVS ao seu meio-campo. Pepê, pela esquerda e pelo meio, ia criando espaços, com Moura bem no apoio. Pela direita, Martim Fernandes e Fábio Vieira parecia que se conheciam desde miúdos. Nico e Alan Varela iam controlando no meio-

-campo e Namaso, perto de Samu e a dar soluções de passe aos extremos, era bónus.

Aos nove e aos 13 minutos, as duas bolas aos ferros – a primeira de Roux que quase dava autogolo e a segunda de Pepê à trave – eram os indicadores de que o golo do FC Porto parecia uma questão de tempo. Fábio Vieira ficou perto de um golo acrobático aos 20 minutos, mas foi Nico González a desatar o marcador, a cruzamento do português, na insistência após um canto, dois minutos depois.

Samu: hat-trick perfeito, dos pés à cabeça

Depois disto, foi dar asas a Samu, rumo a um hat-trick perfeito: primeiro com o pé

direito, depois de cabeça e a seguir de pé esquerdo.

O 2-0 surgiu aos 33 minutos, num lance de apatia defensiva do AVS. O FC Porto fez o que quis, Martim Fernandes cruzou e Samu, nas costas de Fernando Fonseca, dominou de peito e bateu Ochoa. A permissividade do AVS ficou patente neste lance, quando se vê Zé Luís a alertar John Mercado para acompanhar Moura, sozinho nas costas de Samu se fosse preciso receber.

Cinco minutos depois, Martim Fernandes tabelou com Fábio Vieira – o passe de primeira é delicioso – e cruzou para Samu cabecear para o 3-0. Bis do avançado em golos, bis do lateral em assistências.

Mas Samu quis mais e, depois de Nico lançar Pepê, recebeu a bola nas costas

Creditos: DR

de Roux, contornou Ochoa e fez o 4-0 (45+1m).

O AVS mal incomodou Diogo Costa na primeira parte. Só John Mercado, que já não voltou para a segunda parte, teve uma arrancada (31m) e um remate por cima (45m) que em nada feriram o dragão.

Dragão com mudanças abaixo e Mora acaba a sorrir

Com a vantagem volumosa para a segunda parte, o FC Porto controlou os segundos 45 minutos a uma velocidade bem mais baixa, mas nem tudo foram rosas para Vítor Bruno, que não escondeu insatisfação com o amarelo visto por Alan Varela e depois de uma má ação de Rodrigo Mora. Mas o futebol muda rapidamente... e o jovem de 17 anos fecharia o resultado em 5-0 (88m), numa noite que, por certo, não irá esquecer com este golo.

Isto perante um AVS que voltou para a segunda parte já sem Akinsola, Mercado e Gustavo Assunção (o médio ia voltar para a segunda parte, mas acabou por sair a coxear) e com Vasco Lopes, Kamate e Lucca. Já com o jogo perdido, os avenses ainda tentaram ferir o dragão, mas sem qualquer sucesso apesar de algumas aproximações. Foi uma segunda parte sem grande história.

O dragão levantou rapidamente voo nas asas de Samu. No fim, Rodrigo disse “já lá Mora” e o FC Porto fechou de mão cheia a oitava vitória em nove jornadas, recolocando-se a três pontos do líder Sporting. MF/MS

Na Vila das Aves, o FC Porto voou nas asas de Samu.
Creditos: DR

Expelliarmus de Aktürkoglu em noite de resposta de mão-cheia

Dois feitiços disparados quase de rajada por Aktürkoglu deitaram por terra o fantasma do jogo menos conseguido com o Feyenoord a meio da semana e deixaram desarmado, bem cedo, um Rio Ave que foi sempre presa fácil do Benfica no Estádio da Luz.

Depois dos sinais preocupantes deixados a meio da semana, os encarnados voltaram a dar uma prova de vitalidade, tendência desde o regresso de Bruno Lage à Luz.

O técnico das águias desfez o trio do meio-campo – saiu Florentino – e aproximou o desenho da equipa daquele que se vira na época da reconquista: um 4x2x3x1 de vocação amplamente ofensiva, com Beste no lado esquerdo do meio-campo e Aktürkoglu a desempenhar o papel de segundo avançado.

I LIGA - CLASSIFICAÇÃO

Habituado a aparecer em zonas de finalização mesmo a partir da esquerda, o internacional turco beneficiou neste domingo do novo posicionamento e aos 16 minutos já tinha marcado por duas vezes.

Com poucos recursos para travar o virtuosismo dos encarnados e quase inexistente no plano ofensivo, a equipa de Luís Freire foi demasiado permissiva, talvez porque não tenha adotado na Luz a estratégia defensiva de tantas outras equipas ou, talvez, porque os golos madrugadores do Benfica a tenham obrigado a deixar cair parte do plano inicial que passaria por criar intranquilidade num adversário ainda combalido pelo desaire na Champions.

A inteligência de Aursnes, a criatividade de Di María e a capacidade de finalização de Aktürkoglu destruíram por completo os vilacondenses, erráticos a defender – a

começar pelo guarda-redes – e pobres com bola durante os 90 minutos.

Em cima do intervalo, Aktürkoglu assinou o hat-trick e para trás até tinham ficado várias ocasiões desperdiçadas - uma do turco, outra de Di María e mais uma de Pavlidis - que impediram que o resultado, já desnivelado, não tivesse contornos maiores.

Os vilacondenses voltaram para a segunda parte com duas alterações, mas a tendência do jogo manteve-se. Com Aktürkoglu mais discreto, foi o 11 do Benfica a reclamar protagonismo: se o turco foi o homem do jogo, Di María foi quem mais tempo esteve num nível exibicional elevadíssimo. Além das duas assistências, entregou mais um par delas (não concretizadas) e esteve perto do golo em pelo menos duas ocasiões.

Casa

Nacional

Santa Clara 2-1 Gil Vicente

Estoril 4-1 Arouca

Boavista 0-2 Moreirense

Famalicão 0-3 Sporting Braga 2-0 Farense

Benfica 5-0 Rio Ave

Estrela 2-2 Vitória SC AVS 0-5 Porto

10ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

1 de novembro

Sporting 20:15 Estrela

2 de novembro

Rio Ave 15:30 Casa Pia

Farense 18:00 Benfica

Gil Vicente 20:30 Boavista

3 de novembro

AVS 15:30 Famalicão

Vitória SC 18:00 Moreirense

Arouca 18:00 Braga

Porto 20:30 Estoril

4 de novembro

Nacional 20:15 Santa Clara

Gradualmente, a pressão da águia foi baixando, até Lage incutir mais frescura e verticalidade com as entradas de Arthur Cabral e Amdouni. O avançado brasileiro quase marcou na primeira ação em campo e o suíço desperdiçou uma oferta de Di María com embrulho e lacinho, antes de fazer o 5-0 final já depois do recém-entrado Schjelderup se ter estreado a marcar pela equipa principal do Benfica. O Benfica reage com uma exibição de mão-cheia à derrota na Europa. Pela qualidade e pelos números, numa noite em que a equipa de Bruno Lage deu mais uma prova de que nunca lhe faltaram recursos mesmo nas noites mais negras. Faltava, sim, quem a compreendesse.

MF/MS

Açorianos usam a cabeça para regressar às vitórias

Sidney e Diogo Calila marcaram de cabeça os golos que conduziram o Santa Clara ao regresso aos triunfos na Liga ante o Gil Vicente (2-1). Santi levantou o estádio com um golaço, mas reação gilista ficou curta.

Vitória justa do Santa Clara, que soube ser mais eficaz do que o adversário. Num jogo em que os açorianos entraram com cães do canil de Ponta Delgada, Gabriel Silva deixou a criatividade sem trela e foi decisivo no

da 9.ª jornada.

Leixões vence FC Porto B com três golos sem resposta

O Leixões recebeu e venceu o FC Porto B por 3-0, na tarde deste domingo, no Estádio do Mar, em jogo da 9.ª jornada da II Liga.

Aequipa de Matosinhos chegou ao intervalo a vencer por 2-0, com golos de Rafael Martins (36m) e de Werton (45+3m).

Na segunda parte, Rodrigo Martins fez o 3-0 aos 87 minutos, completando o re-

sultado a favor da equipa treinada por Carlos Fangueiro. O FC Porto B ainda marcou no final do tempo de compensação, por Anhá Candé, mas o golo acabou anulado por fora-de-jogo.

Na classificação, o Leixões soma agora 15 pontos e é 4.º classificado. A equipa B do FC Porto mantém-se com sete pontos e é 15.ª classificada.

MF/MS

O Mafra recebeu e venceu a U. Leiria por 2-1, num jogo a contar para a 9.ª jornada da II Liga.

Àprocura de deixar o fundo da tabela e com apenas um triunfo em oito jornadas, a equipa da casa contou com a inspiração de Stanley Iheanacho, que apontou um «bis». Aos 34 minutos deu vantagem ao Mafra e o resultado manteve-se até ao intervalo.

Já na segunda parte, o avançado nigeriano voltou a fazer o gosto ao pé (47 minutos)

II LIGA - CLASSIFICAÇÃO

e pouco depois, o conjunto de Leiria reduziu, por intermédio de Crystopher.

Até final, os visitantes ainda podiam ter chegado ao empate, não fosse Daniel dos Anjos ter desperdiçado uma grande penalidade, praticamente em cima do minuto 90. Com este resultado, as duas equipas somam agora nove pontos, sendo que o Mafra ocupa a 13.ª posição.

JN/MS

RESULTADOS - 9.ª JORNADA

Paços Ferreira 1-1 Vizela

Penafiel 0-2 Viseu

UD Oliveirense 0-3 Chaves

Feirense 1-1 Portimonense

Benfica II 1-3 Tondela

Torreense 1-0 Alverca

Felgueiras 1932 1-3 Marítimo

Leixões 3-0 Porto II Mafra 2-1 União de Leiria

Marítimo vence em Felgueiras e aponta ao topo

O Marítimo triunfou, na tarde deste domingo, sobre o Felgueiras, por 1-3. Na nona ronda da II Liga, e na estreia de Rui Duarte (treinador ex-Sp. Braga) ao leme dos madeirenses, os forasteiros arrecadaram a vantagem aos 9 e 12 minutos.

Ao golo de Fábio China seguiu-se um momento de brilho de André Rodrigues, avançado ex-Felgueiras e que este domingo regressou à cidade natal. Antes do intervalo, aos 45+2m, Carlos Eduardo reduziu diferenças no marcador.

JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

1 de novembro

Alverca 18:00 Feirense

2 de novembro

Portimonense 11:00 Vizela

Marítimo 14:00 Penafiel

Chaves 15:30 Paços Ferreira

3 de novembro

Viseu 11:00 Benfica

Felgueiras 1932 14:00 Mafra

Porto II 15:30 Torreense

União de Leiria 15:30 Leixões

4 de novembro

Tondela 18:00 UD Oliveirense

Todavia, no segundo tempo, entre trocas e faltas, o central Rodrigues Borges sentenciou a contenda, aos 76m.

Desta forma, e ao alcançar a terceira vitória consecutiva na II Liga, o Marítimo ascendeu ao quarto posto, com 15 pontos. O líder Tondela está a quatro pontos.

Segue-se a receção ao Penafiel (2.º), na tarde do próximo sábado (14h). Quanto ao Felgueiras, é 11.º colocado, com 11 pontos, em igualdade com Paços de Ferreira (12.º), Vizela e Feirense (9.º). Na décima ronda receberão o Mafra (17.º), na tarde de domingo (14h).

Creditos: DR
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TRANSFERÊNCIA

Ingleses dizem que Ruben Amorim é negócio fechado, Sporting nega

A Imprensa inglesa relatou, esta quinta-feira (31), que a transferência de Ruben Amorim para o Manchester United é negócio fechado e poderá ser oficializada hoje. Porém, fonte oficial do Sporting nega que o acordo esteja concluído.

Amudança de Ruben Amorim para o Manchester United está para breve mas ainda não será negócio fechado. Fonte oficial do Sporting refere, ao JN, que os leões ainda não chegaram a qulquer acordo para a saída do técnico e que ainda não receberam qualquer valor respeitante à cláusula de rescisão.

No entanto, de acordo com a Sky Sports, os dois clubes já finalizaram os pormenores do acordo e o treinador português deverá mesmo ser oficializado hoje, embora per-

maneça no comando do Sporting até à paragem das seleções.

A mesma fonte informa que o CEO do Manchester United Omar Berrada e o diretor desportivo Dan Ashworth viajaram na quarta-feira à noite novamente para Inglaterra, depois de terem fechado o acordo. O técnico assina um contrato válido por duas épocas e meia, com mais uma de opção.

O United paga os 10 milhões de euros de cláusula de rescisão ao Sporting, mais um milhão por compensação relativa ao staff. Ruben Amorim pretende levar para Manchester os adjuntos Emanuel Ferro, Adélio Cândido e Carlos Fernandes, o treinador de guarda-redes Jorge Vital e, por fim, o cientista desportivo Paulo Barreira.

JN/MS

Ruben Amorim: "Prometo que falo sobre o Manchester United depois do jogo"

O Sporting recebe, esta sexta-feira (1), o Estrela da Amadora, em mais um jogo marcado pelas notícias da saída de Ruben Amorim para o Manchester United.

Ruben Amorim remeteu tudo para depois do jogo do Sporting contra o Estrela da Amadora, marcado para esta sexta-feira. "Vamos deixar isso [Manchester United] para o fim do jogo. Quero que a equipa se foque e prometo que no final do jogo irei falar sobre isso e ficará tudo mais esclarecido. Falarmos mais agora seria uma destabilização do plantel", começou por referir o técnico.

O treinador do Sporting, a caminho do Manchester United, garantiu que "não há guerra nem paz podre" nos leões, confirmando, ainda, que "não houve revolta nenhuma" no seio do plantel. "Não houve revolta nenhuma nem precisei que o Morten segurasse os colegas. Eles conhecem-me tão bem... Já provei que os defendo até ao último minuto. Mas há coisas que não controlo".

Questionado qual o motivo para demonstrar algum nervosismo na conferência de imprensa, Amorim disse, entre risos, que é "óbvio" o motivo pelo desconforto. "Não digo que me sinto propriamente nervoso, mas sim algum cansaço. Não sei o que dizer ou o que se pode dizer nestas alturas e isso cria-me incerteza. Está a acabar a novela", acrescentou.

Ruben Amorim, que no passado tinha dito que gostaria de sair a bem do Sporting, voltou a reforçar que será esse o caso, caso a mudança se confirme. "A saída a bem será o objetivo... se eu sair [risos]".

O técnico disse entender o papel do presidente Frederico Varandas em torno da negociação com o Manchester United. "Não me parece que o presidente tenha forçado a minha saída de imediato. Está a defender os direitos do clube e não me meto nisso, nunca o faria. Acho que no fim do jogo vão todos ficar muito esclarecidos", garantiu.

JN/MS

Creditos: DR
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No silêncio da noite, a festa fez-se em tom nórdico

O Sporting recebeu e venceu o Nacional por 3-1, num jogo a contar para os quartos de final da Taça da Liga.

No Estádio José Alvalade, a entrada de Ruben Amorim em campo foi merecedora de um forte aplauso, mas que rapidamente se transformou num silêncio ensurdecedor. Parecia até que os tempos da pandemia tinham voltado, tal foi o silêncio que se fez sentir, sobretudo por causa de um boicote das claques leoninas.

Ainda assim, dentro de campo a equipa não cedeu à pressão do momento e as oportunidades começaram a surgir com a naturalidade do costume.

Destaque claro para a importância de Fresneda e Geny Catamo em ambas as alas, sendo que o espanhol atuou pela primeira vez do lado esquerdo, tal como Amorim tinha referido na antevisão ao encontro.

Outro dos pontos altos da noite foi o regresso à competição de Marcus Edwards, uma de nove novidades no onze leonino, face ao que alinhou de início diante do Famalicão.

Ora, no primeiro tempo tivemos um jogo praticamente de sentido único, com os leões a tomarem conta das operações. Bola cá, bola lá, o Nacional apenas criou algum perigo através de contra-ataques, ainda que quase sempre estancados pela defensiva leonina.

Nas bancadas, o mais audível dos silêncios tornou o primeiro tempo muito menos interessante, sendo que o mesmo é espera-

do acontecer ao longo desta primeira série de encontros na Taça da Liga, devido ao boicote das claques.

Apesar do maior domínio do Sporting, o resultado não sofreu qualquer alteração até ao intervalo e as equipas regressaram dos balneários com o nulo no marcador.

Para a segunda parte, Amorim trouxe três «pesos pesados» e soltou Gyökeres na frente de ataque, apoiado por Harder e Trincão. A alteração trouxe mais músculo à formação leonina e o estádio começou a reagir. Foi apenas preciso esperar até ao minuto 53 para essa reação dar frutos, tudo por

causa de uma bola «morta» no interior da área. Completamente solto de marcação, Morten Hjulmand não pediu licença e rematou de pé direito, para o fundo da baliza insular.

Este momento foi o chamado «abre-latas», através de um herói improvável, mas serviu também de gatilho para que o mais óbvio quisesse repetir a receita. Num lance que o próprio construiu, Gyökeres acabou derrubado no interior da área e assumiu a marcação do castigo máximo. Com frieza atirou ao meio da baliza e dobrou a vantagem leonina.

As bancadas começaram a ser o reflexo do que acontecia em campo e os adeptos ficaram mais entusiasmados. Pelo meio, um desvio em Rúben Macedo acabou por trair Kovacevic, que perante a audácia de Luís Esteves, não conseguiu impedir o golo insular.

Só que quem marca, quer repetir e o ditado (adaptado) serviu na perfeição a Gyökeres mostrou que é «pau para toda a obra». Através de um pontapé de livre, algo que não constava do livro de apresentação do sueco, assinou um autêntico golaço, levando à loucura os adeptos presentes em Alvalade.

Até final, o resultado não se alterou, o Sporting segue para as meias-finais da Taça da Liga e Ruben Amorim prepara-se para seguir para a Liga Inglesa. MF/MS

Saca-rolhas estava no banco

Bruno Lage teve de ir ao banco buscar Di María e Pavlidis para bater o Santa Clara e reservar um lugar na Final Four da Taça da Liga. O treinador tinha promovido quatro alterações no onze inicial, mas o Benfica perdeu velocidade e os automatismos que tinha exibido frente ao Rio Ave e chegou ao intervalo com apenas uma oportunidade clara de golo. Com o argentino e o grego em campo, na segunda parte, o Benfica desbloqueou o marcador em dois tempos e ainda chegou a ameaçar nova goleada na Luz.

Bruno Lage promoveu apenas quatro alterações, com destaque para a estreia de Renato Sanches como titular, mas foram mexidas suficientes para retirar automatismos e velocidade à equipa, numa comparação com a goleada que a equipa aplicou, há apenas três dias, ao Rio Ave. O Benfica entrou no jogo com posse de bola, mas com um ritmo muito baixo, permitindo ao Santa Clara solidificar posições em redor da área de Gabriel Batista. Com um jogo paciente, por vezes em demasia, o Benfica procurava profundidade pelas alas, com Carreras a juntar-se a Beste sobre a esquerda, e Alexander Bah também a subir no corredor, ao encontro de Amdouni, com Aktürkoglu, mais solto, a jogar nas costas de Arthur Cabral. O início até foi promissor, com uma grande bola de Amdouni a permitir a Beste uma cabeçada com selo de golo, mas com Gabriel Batista a responder com reflexos impressionantes e a afastar a bola com uma sapatada. O Benfica, com um bloco bem subido, não deixava o Santa Clara sair a jogar, mas depois também não encontrava espaços, numa curta faixa de terreno muito congestionada. Sem acelerar o jogo, sem conseguir provocar desequilíbrios, o jogo do Benfica foi-se engasgando, na mesma medida em que o Santa Clara foi ganhando confiança para ensaiar as primeiras transições. Vasco

Matos promoveu oito alterações em relação à última vitória sobre o Gil Vicente, mas a equipa manteve-se fiel aos princípios que, na época passada, lhe permitiram conquistar o direito de regressar ao primeiro escalão, ocupando, atualmente o quarto lugar na Liga, a apenas um ponto do Benfica.

Uma equipa muito bem organizada em termos defensivos que foi procurando esticar o jogo, empurrando, de forma invisível, o Benfica que, sem dar por ela, estava a jogar cada vez mais longe da baliza de Gabriel Batista. Bruno Lage desesperava junto à linha lateral, pedindo constantemente à sua equipa, especialmente a Amdouni, para subir no terreno. A verdade é que o Santa Clara, cada vez mais confiante no seu processo defensivo, foi arriscando mais no ataque. António

Silva, com uma rosca, que fez a bola subir e passar perto da barra de Trubin, provocou um primeiro susto, mas logo a seguir voltou a comprometer, ao ser ultrapassado por Kinsmahn, num lance que quase acabou com um golo de Alisson Safira.

Entram Di María, entra Pavlidis e começa um jogo novo

O intervalo chegou a voar, numa primeira parte jogada a um ritmo demasiado baixo, com muitas interrupções e apenas uma oportunidade evidente para cada lado. Bruno Lage não podia star satisfeito e, prova disso, é que logo a abrir a segunda parte, lançou Kokçu e Angel Di María para a contenda, em detrimento de Renato Sanches e Amdouni. O futebol do Benfica mudou da noite para o dia, desde logo, com o argen-

tino a dar vida ao flanco direito que, com Amdouni, praticamente não existiu na primeira parte.

Com Kokçu ao lado de Aursnes, o Benfica também ganhou consistência no meio-campo e também acelerou o jogo por aí. O Santa Clara voltou a sentir dificuldades, voltando a recuar em bloco para a defesa da sua área. Di María, sempre muito em jogo, foi abrindo caminhos pela direita e recuperou o ânimo dos adeptos nas bancadas, mas o Benfica ainda apanhou um grande susto, quando Klinsmahn, com um grande passe, lançou Gabriel Silva que correu meio-campo e tentou bater Trubim com um chapéu que passou perto da barra.

Um susto, numa altura em que o Benfica estava a crescer a olhos vistos. Bruno Lage acabou por lançar ainda Pavlidis para o lugar de Beste e o grego acabou por ser determinante na abertura do marcador. Um lance que começa em Carreras, com o avançado grego a levar a bola para a linha de fundo e a cruzar in extremis sobre a linha para o remate espetacular, de primeira, de Di María a levantar o estádio. Um golo muito comemorado por toda a equipa que estava a ver o tempo a correr sem conseguir desfazer o nulo. Um golo que colocava o Benfica em vantagem e mudava o jogo de forma significativa.

O Santa Clara estava obrigado a reagir, mas tinha agora pela frente um Benfica embalado que, em dois tempos, chegou ao segundo golo, desta vez com Álvaro Carreras a romper pela esquerda e a cruzar para a cabeça de Pavlidis que, depois da assistência, também marcou. Mais cinco minutos e novo golo do grego, agora com assistência de Otamendi.

Estava feito. Um jogo que chegou a parecer muito difícil para o Benfica, tornou-se num jogo mxxuito fácil com a entrada de dois jogadores: Di María e Pavlidis. MF/MS

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Buta dinamitou a muralha verde e dragão garante «final-four»

Em noite pródiga em disfarces e sustos, o derradeiro encontro dos quartos de final da Taça da Liga revelou o provável cenário no caso de a prova emigrar para palcos além-fronteiras. Na noite desta quinta-feira, no Municipal de Aveiro, as bancadas estiveram despidas, em parte pelo boicote das claques.

Num serão chuvoso que por várias vezes lembrou dos meses da pandemia, Vítor Bruno promoveu sete trocas. Depois da goleada na Vila das Aves (0-5), para a Liga, Cláudio Ramos, João Mário, Zé Pedro, Eustáquio, Galeno, André Franco e Gül foram as novidades.

Entre os cónegos, César Peixoto também surpreendeu, operando uma revolução depois do triunfo na visita ao Boavista (0-2), certamente a pensar na gestão física. Assim, o timoneiro do Moreirense apostou em Caio Secco, Fabiano, Maracás, Buta, Sidnei, Pedro Santos, Gabrielzinho e Asué.

Numa toada morna, Leonardo Buta viu-se implicado no marcador aos 34 minutos, traindo o Moreirense e estendendo a passadeira para os dragões desfilarem até à «final-four». Já lá vamos.

Recorde a história do duelo no Municipal de Aveiro.

O esforço vocal dos três milhares de adeptos afetos ao FC Porto demorou a motivar os comandados de Vítor Bruno. Por isso, só ao 13.º minuto surgiu o primeiro suspiro, quando João Mário encheu o pé à entrada da área, tirando tinta ao poste esquerdo de Caio Secco.

De cruzamento em cruzamento, os azuis e brancos revelaram-se ineficazes e até desinspirados para contornar a muralha verde. Em simultâneo, o desgaste do relvado

– expectável, diga-se – frustrava a construção ofensiva.

Curiosamente, o marcador mudou quando o Moreirense se mostrou confortável no encontro. Ao respirar em meio-campo ofensivo, os pupilos de César Peixoto mostraram-se surpreendidos e sem saber o que construir. Por isso, rapidamente perderam a posse e permitiram um veloz contra-ataque.

Da direita para a esquerda, e pelo pé de Nico, Galeno e Francisco Moura, o cruzamento do lateral procurava a felicidade de Gül. Todavia, a trajetória do esférico encontrou Leonardo Buta, que desviou –com estrondo – para a própria baliza. Estavam decorridos 34 minutos.

Resposta, ajustes e sentença

Na reação, três minutos volvidos, Cláudio Ramos viu-se, por fim, obrigando a intervir. Pela esquerda, Buta agradeceu a distração defensiva para rematar rasteiro e cruzado. Em todo o caso, o guardião mostrou por que motivo é sucesso natural de Diogo Costa.

Antes da pausa, Gül assinou a melhor oportunidade de golo, na cara de Caio Secco. Mas, tanto quis desviar a bola, que acabou por atirar para cima. A combatividade deste jovem nórdico exige outro primor técnico, sobretudo quanto ao passe.

Ora, para o segundo tempo apenas mudaram duas peças no Moreirense – Ismael e Benny, por Ofori e Alan – uma vez que a toada prevaleceu.

Até ao segundo golo dos dragões – algo que parecia uma questão de tempo – Dany Namaso insistiu em acumular créditos, ainda que o guardião do Moreirense aproveitasse para encher o olho de César Peixoto.

Resignado com o destino, o avançado inglês – que esta noite atuou nas costas do ponta de lança – serviu Galeno, aos 61 minutos. Pela esquerda, o avançado acelerou,

enganou a defesa e encontrou Eustáquio no coração da área. E assim surgiu o 2-0, aos 61 minutos.

Entre trocas, Pérez, Samu, Rodrigo Mora, Gonçalo Borges e Galeno também obrigaram Caio Secco – o menos culpado pela derrota – a aplicar-se.

Desta forma, o FC Porto agendou duelo com o Sporting nas meias-finais da Taça da Liga, a 7 de janeiro, no Municipal de Leiria. Na outra eliminatória estão Benfica e Sp. Braga. Quanto ao calendário dos dragões, segue-se a receção ao Estoril, para a Liga, e a visita à Lazio, na quarta ronda da Liga Europa. Por sua vez, o Moreirense visitará o Vitória de Guimarães, na tarde de domingo (18h). MF/MS

Bruma numa estrada de onze metros para a final four

O Sp. Braga embarca para nova participação na final four da Taça da Liga, marcando presença em Leira na defesa do troféu do qual é detentor. Bateu o Vitória de Guimarães em casa (2-1) com dois lances de bola parada, operando a cambalhota no marcador. Niakaté e Bruma apontaram os golos do triunfo guerreiro.

No segundo round do dérbi minhoto esta temporada – o Vitória venceu na pedreira para o campeonato –faltou perfume ao duelo que normalmente põe o Minho a fervilhar, mas esta noite esteve órfão do ambiente dos grandes jogos. Com as claques em protesto e numa casa que não chegou aos 10 mil espetadores, o ambiente foi diferente.

Entre anotações menos abonatórias à Taça da Liga, e mesmo o jogo inserindo-se num ciclo exigente de parte a parte, a realidade é que quer Carlos Carvalhal e Rui Borges não operaram tantas mudanças no onze como, à partida, seria de esperar. O Braga mexeu duas peças – Moutinho e Roberto foram as novidades – enquanto que do lado do Vitória foram três as caras novas – Charles, Alberto e João Mendes.

Niakaté anula Nuno Santos

Mesmo pondo em campo os principais protagonistas, a realidade em que faltaram muitos dos ingredientes normais destes embates entre guerreiros e conquistadores. O tal ambiente não era o mesmo, e isso extravasa de fora das quatro linhas para o terreno de jogo.

Mais acutilante na entrada em jogo, assumindo as despesas, o Sp. Braga viu os vimaranenses responder com um golo logo

aos dez minutos. Processos simples, poucos toques e um grande golo de Nuno Santos com um remate em arco já no interior da área.

Teve de correr atrás do prejuízo a equipa de Carvalhal, intensificar ainda mais o domínio no elaborar das suas movimentações ofensivas, perante a expetativa de gizar ataque cirúrgicos por parte do conjunto de Rui Borges. A reposta deu em golo a meio da primeira metade, num pontapé de canto, com Niakaté a aparecer no sítio certo para corresponder ao pontapé de canto tenso de Roger.

Bruma, numa estrada de onze metros para a final four

O jogo estava encaixado, nenhuma equipa se destaca na segunda metade e o cronómetro evoluía. Já após ter atirado uma bola ao poste, na primeira metade por Bruma, os guerreiros viram o ferro devolver nova tentativa de golo a meio da segunda metade.

Mas, o lance não estava esgotado. Alertado pelo VAR, Fábio Veríssimo assinalou castigo máximo para os guerreiros. A reação de Borevkovic valeu-lhe o segundo cartão amarelo, e consequente expulsão, com o Sp. Braga e ficar com possibilidade de passar para a frente do marcador.

Foi o que aconteceu. Charles ainda parou um primeiro remate, mas deu um passo em frente na linha de golo, dando a Bruma bola extra. O internacional português não desperdiçou e faz o Sp. Braga, detentor do troféu, seguir para Leiria para disputar novamente a final four da Taça da Liga..

SURF

Provas de surf em Peniche e Nazaré geram receitas de 23 milhões de euros

A etapa portuguesa do circuito principal da Liga Mundial de Surf (WSL), disputada em Peniche, e o evento de ondas gigantes na Nazaré produziram receitas acima de 23 milhões de euros em 2024, segundo um estudo hoje divulgado.

Aprova que reúne a elite do surf mundial na praia de Supertubos, que decorreu entre 06 e 16 de março, movimentou mais de 20 milhões de euros, enquanto o campeonato de ondas gigantes, disputado na praia do Norte, em 22 de janeiro, gerou receitas superiores a três milhões de euros, de acordo com o estudo do impacto sócio-económico destes dois eventos da WSL em Portugal, elaborado por Diogo Melo, estudante de mestrado do ISEG, Lisbon School of Economics & Management.

A 'fatia de leão' das receitas são relativas ao consumo de mercadorias e serviços durante as estadias para observar os eventos, com os espetadores de Peniche a gastarem

13,3 milhões de euros e os fãs da Nazaré 1,7 milhões (num único dia).

No que toca a Peniche, o alojamento movimentou 4,5 milhões de euros, o transporte 2,5 milhões de euros e a alimentação 2,8 milhões de euros, enquanto 3,5 milhões de euros são provenientes de outros setores de atividade, num total de 13,3 milhões de euros.

Já na Nazaré, o transporte gerou 671 mil euros, a alimentação 592 mil euros, o alojamento 567 mil euros e os outros 601 mil euros, num total de 1,7 milhões de euros.

Quanto às despesas de organização das provas, a etapa de Peniche ascendeu a 3,5 milhões de euros e a da Nazaré a 800 mil euros.

Segundo o estudo apresentado hoje na sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste, e que contou com a presença de vários responsáveis, entre os quais o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, o impacto direto (volume de negócios) em Peniche foi de 16,5 milhões de euros, a que

se somam 3,4 milhões de euros do impacto indireto e induzido, perfazendo o total superior a 20 milhões de euros.

Quanto ao campeonato da Nazaré, o impacto direto calculado foi de 2,5 milhões de euros e o impacto indireto e induzido de 520 mil euros, num total acima de três milhões de euros.

Em ambos os casos não foi contabilizado o valor despendido pelos patrocinadores do evento, nem contemplados os impactos económicos relativos à imagem em consequência da exposição mediática (comunicação social escrita, rádio, televisão e internet).

Sobre a última rubrica, o estudo aponta para um montante de 46 milhões de euros relacionado com a prova de Peniche e de quase nove milhões de euros com o evento da Nazaré.

A estimativa da receita fiscal gerada pelos eventos foi de seis milhões de euros em Peniche e de 900 mil euros na Nazaré. Destes montantes, a receita fiscal direta

gerada pelos eventos foi de 595 mil euros em Peniche (320 mil euros relativos a IVA Custos Operacionais e 275 mil euros de retenção na fonte referente a prémios), e de 110,1 mil euros na Nazaré (85,1 mil euros de IVA Custos Operacionais e 25 mil euros de retenção na fonte referente a prémios).

Foram ainda divulgados os números de espetadores de ambas as provas, que rondaram os 120 mil em Supertubos (acumulado de 1,4 milhões desde 2009) e os 25 mil na praia do Norte (acumulado de 150 mil desde 2017).

Em Peniche, 36,5% dos visitantes foram estrangeiros, enquanto que a percentagem subiu para 69,5% na Nazaré.

No que toca à origem dos visitantes estrangeiros, os brasileiros lideram em ambas as provas, seguidos por alemães, espanhóis, franceses e norte-americanos em Peniche, e por norte-americanos, espanhóis, franceses e polacos na Nazaré. MF/MS

Miguel Oliveira vai falhar GP da Malásia de Moto GP

Miguel Oliveira (Aprilia) ainda está em recuperação da lesão sofrida no braço direito, contraída na Indonésia, em setembro, e vai falhar o GP da Malásia de Moto GP, segundo informou a equipa do piloto português.

De acordo com a equipa norte-americana Trackhouse, a recuperação do piloto natural de Almada "está a evoluir favoravelmente" depois da queda sofrida nos treinos livres do Grande Prémio da Indonésia, em 29 de setembro, que provocou múltiplas fraturas no braço direito.

"A reabilitação está a correr bem, depois da cirurgia às múltiplas fraturas no pulso direito que o Miguel sofreu na sessão de treinos livres do GP da Indonésia", sublinhou a equipa, no comunicado de antevisão da prova malaia deste fim de semana.

De acordo com a Trackhouse, "ainda

não há confirmação para o regresso [do piloto português] à competição" mas "todos na equipa esperam vê-lo a pilotar novamente em breve".

Depois do Grande Prémio da Malásia, o campeonato para duas semanas, regressando em Espanha, com o Grande Prémio de Valência, de 15 a 17 de novembro, última prova do campeonato.

Esta será a quinta prova que Miguel Oliveira falha este ano devido a esta lesão. Além de já não ter corrido na Indonésia, o piloto de 29 anos esteve ausente das jornadas no Japão, na Austrália e na Tailândia. Ainda assim, Oliveira, que na próxima temporada se mudará para a equipa Pramac, com a Yamaha, ocupa a 15.ª posição, com 71 pontos.

O espanhol Jorge Martin (Ducati) é o líder, com 453, mais 17 do que o italiano Francesco Bagnaia (Ducati).

PSG impõe segunda derrota na Champions ao

Frente a um dos líderes do Grupo A, o Sporting não demorou a sentir dificuldades no ataque e, quando conseguia superar a defesa do PSG, dava de caras com um gigante Jannick Gree e o guarda-redes dinamarquês terminou a primeira parte com uma estatística impressionante: sete defesas em 21 remates.

Os franceses estiveram quase sempre no comando do marcador, embora os leões tenham conseguido empatar a 11, muito graças ao desempenho ofensivo de Kamil Spyrzak e Elohim Prandi, cuja eficácia justificou, em grande parte, o 16-14 que se registava ao intervalo.

Sporting

A tendência não se alterou na segunda parte, muito embora a equipa portuguesa tenha melhorado o rendimento na defesa, muito por "culpa" do guarda-redes Andrè Kristensen. As defesas do norueguês contrastavam com algumas perdas sem remate no momento ofensivo, mas a verdade é que a formação de Ricardo Costa nunca desistiu. Depois de ter estado a perder por quatro (25-21), os leões foram recuperando e, a um minuto do final, estavam a apenas um golo dos gauleses (29-28), mas uma falta ofensiva e uma bola ao poste impediram os campeões nacionais de assegurar pelo menos um ponto.

Benfica 'esmaga' Presov e fica perto da Ronda Principal da Liga Europeia

O Benfica deu hoje um passo importante para se apurar para a Ronda Principal da Liga Europeia de andebol, ao bater em casa os eslovacos do Tatran Presov por expressivos 36-23, na quarta jornada do Grupo C.

Os ‘encarnados’, que já tinham vencido por 24-16 em casa do rival eslovaco, contabilizaram o quarto triunfo em outros tantos jogos e, a duas jornadas do final, passam a contabilizar oito pontos, contra quatro do Limoges e do Kadetten, precisamente os dois próximos adversários da formação benfiquista. Os franceses bateram hoje os suíços por 39-29. Já o Presov ainda não pontuou, num modelo em que se qualificam para a Ronda Principal os dois primeiros classificados de cada um dos oito grupos.

Frente ao último classificado do Grupo C, um parcial de 4-0 logo a abrir, que forçou o técnico contrário ao primeiro desconto de tempo, anunciou a tendência de um encontro que não teve história, além da

supremacia total dos portugueses, que foram rodando a equipa e tiveram todos os jogadores de campo a marcar.

Os pupilos de Jota González tiveram um desafio tranquilo e, ao intervalo, já lideravam por 10 golos, nomeadamente 22-12.

O espanhol Ander Izquierdo, com seis golos, foi o melhor marcador das ‘águias’, porém o mais produtivo do encontro foi um português, mas do Presov, nomeadamente Jorge Silva, com oito tentos.

O Benfica volta a jogar em 19 de novembro, recebendo o Kadetten Schaffhausen, terminando esta fase sete dias depois, em 26, com a visita ao Limoges.

Na Ronda Principal, as 16 equipas serão divididas em quatro ‘poules’ de outras tantas formações.

Os quatro vencedores dos grupos seguem diretamente para os quartos de final, enquanto os segundos e terceiros disputam os play-offs, para definir os restantes quatro apurados para a fase seguinte.

FC Porto ganha ao Vardar para a Liga Europeia de andebol

O FC Porto conseguiu em casa uma vitória clara sobre o Vardar, por 37-24, para o Grupo C da Liga Europeia de andebol, ficando mais perto do apuramento para a Ronda Principal da competição.

Os 'dragões' dominaram amplamente no Dragão Arena, com a formação macedónia a perder já por sete golos ao intervalo, quando o marcador registava 17-10.

O jogo, da quarta jornada desta fase de acesso à 'main round', deixou o FC Porto com cinco pontos, na segunda posição, atrás dos já apurados alemães do MT Melsungen, que têm oito. Mais atrás, o Vardar tem dois pontos e o Valur, da Islândia, um apenas.

O primeiro golo de hoje foi para os macedónios, mas a equipa da casa reagiu rápido e passou para a frente com 3-1. Depois, o melhor que o Vardar conseguiu foi estar a um golo de distância, para depois ver a diferença cavar-se de novo, com 10-6.

A primeira vez que os 'dragões' conseguiram afastar-se por cinco golos foi com o 13-8, numa fase de jogo em que Diogo Rêma era essencial para a equipa. O guarda-redes viria a ser a figura da noite, com 15 defesas e 43% de eficácia.

Na parte final do primeiro tempo, os pupilos de Magnus Andersson estiveram ainda mais fortes e subiram a diferença para os oito golos, sete ao intervalo.

Os 'azuis e brancos' mantiveram a toada no segundo tempo e chegaram aos 10 golos de diferença, com 25-15. Sem grandes surpresas, o marcador foi subindo ainda mais, até ao 37-24 final, com os 'dragões' a superaram o adversário macedónio por muito claros 13 golos.

O cubano do FC Porto Pedro Valdés, com 11 golos, foi hoje o melhor anotador no Dragão Arena.

ANDEBOL
JN/MS
Creditos:

NHL Maple Leafs trade Timothy Liljegren to Sharks for two picks, Matt Benning

The Toronto Maple Leafs have traded defenceman Timothy Liljegren to the San Jose Sharks in exchange for a 2025 third-round pick, 2026 sixth-round pick and defenceman Matt Benning.

San Jose currently holds the thirdround selections previously held by the Edmonton Oilers and Colorado Avalanche. The Maple Leafs will receive the highest of the picks.

The Maple Leafs clear more than $1.5 million in salary cap space with the move that sets the table to activate free agent signing Jani Hakanpää off long-term in-

NHL

jured reserve. Liljegren is making $3 million and Benning $1.25 million, with each player under contract through next season.

The Leafs added Hakanpää and Chris Tanev to their blue line this off-season, looking to bulk up after another firstround playoff exit, and the 30-year-old Benning brings more size and physicality.

A Liljegren trade has been long speculated for Toronto this season, as the 25-yearold defenceman fell out of favour with new head coach Craig Berube.

Originally a first-round pick by the Maple Leafs in 2017, Liljegren has dressed in just one game this season.

It was becoming clear that Liljegren was not in the top six when he wasn't featured regularly with the main group during pre-season. When asked why things didn't go his way during camp, the young defenceman couldn't offer a reason.

"I tried my best, but it didn’t go my way," Liljegren said at the time. "I’ve just been trying to come in and work hard."

Over six seasons in Toronto, the rightshot Liljegren has played in 197 games, scoring 14 goals and 65 points.

The Maple Leafs signed Liljegren to a two-year, $6 million contract in the off-season.

Benning, 30, has played in 464 career games over nine NHL seasons. He originally broke into the NHL with the Oilers in 2016-17 and has since spent time with the Nashville Predators and Sharks.

The six-foot-one, right-shot defenceman hasn't registered a point in seven games with San Jose this season and owns a minus-five rating.

An Edmonton native, Benning was drafted by the Boston Bruins in the sixth round of the 2012 draft.

AP/MS

Maple Leafs remain most valuable NHL team

The Toronto Maple Leafs sit atop the Sportico's NHL team valuations(opens in a new tab) for a fourth straight season with an estimated value of $3.66 billion.

The New York Rangers were second at $3.25 billion, with the Montreal Canadiens third at $2.93 billion. The Boston Bruins

($2.67 billion) and Los Angeles Kings ($2.5 billion) rounded out the top five.

After reaching the Stanley Cup Final in the spring, the Edmonton Oilers rose up to seventh on the list at $2.4 billion, a 51 per cent rise in value from 2023.

The average valuation of an NHL team

rose to $1.8 billion this year, according to Sportico, up 37 per cent form a year ago.

Among other Canadian teams, the Vancouver Canucks were 13th overall at a $1.73 billion evaluation, the Calgary Flames ($1.58 billion) were 18th, with the Ottawa Senators ($1.14 billion) 29th,

and the Winnipeg Jets ($1.1 billion) sitting ahead of only the Columbus Blue Jackets at the bottom of the league. TS/MS

NBA Raptors’ rookies go through some growing pains in tough loss in Charlotte

The Toronto Raptors started Wednesday’s game against Charlotte Hornets looking very much like a team missing its two best decision-makers on the court.

With both Scottie Barnes and Immanuel Quickley sidelined, a makeshift starting unit deployed by Toronto looked discombobulated and out of sync early in the game — with seven turnovers in the first quarter proving costly and burying the team into a 30-16 hole, their lowest scoring output in the opening frame for the season.

Despite a hard-fought effort by the team to get back in the game, the Raptors would go on to drop a hard-fought 138-133 decision and fall to 1-5 on the season.

But in a season where growth and development is the priority, credit the Raptors for fighting back and proving head coach Darko Rajakovic’s earlier assessment of the young team right:

“One thing that I do like about our rookies in our team, they’re not afraid … of the moment. They’re not afraid to step on the court and play hard,” Rajakovic said days earlier. “And when you play hard and when you have your heart in the right place to play for a team, good things happen.”

Everybody started playing well, and the Raptors even grabbed a lead briefly after trailing by as many as 23 points.

A 12-0 Hornets run to end the third unfortunately saw the momentum swing the other way. The Raptors would never fully recover from that.

There will be a number of key positives to take from this one: sophomore Gradey Dick continued to show his ascendance, notching a career-high 30 points. Centre Jakob Poeltl was once again a doubledouble machine with 20 points and 16 rebounds. RJ Barrett chipped in a solid 31 points and eight assists.

Rookie Jonathan Mogbo, who stepped in the starting unit for the first time in his career, scored 11 points, four rebounds and two blocks.

But the growing pains were there for all to see, as the Raptors were mainly done in by turnovers (14 leading to 29 Hornets points). They also went 20 for 30 from the free throw line.

Rajakovic called the whole experience with the youngsters “a learning curve.”

“There are moments where they are doing a really good job and it looks like what it should look like, and then we make some silly mistakes on offence, either a turnover or poor spacing or tim-

ing, and on the defensive end it might be not knowing the coverage that we need to be in,” he said following Wednesday’s loss.

“But a lot of guys got an opportunity to step on the floor tonight to learn and contribute. Rookies (played) tonight and it’s a very valuable experience for them.”

Tre Mann (27 points) and Cody Martin (25 points) led the Hornets’ scoring off the bench. Nick Richards had a 24-point and 14-rebound double double.

Bench Mob 2.0?

Heading into Wednesday’s games, the Raptors held the fourth highest bench production in the league with an average of 41.5 points per game, according to Statmuse. They trail only the Golden State Warriors, Memphis Grizzlies and Indiana Pacers in bench productivity (worth noting that Ochai Agbaji played one of the four games off the bench).

Jamal Shead has been leading the pack, averaging 8.5 points and 4.8 assists in 20.3 minutes per game, while Jamison Battle (7.8 points and 3.8 rebounds in 15.5 minutes per game) and Jonathan Mogbo (6.8 points and 3.8 rebounds in 14.3 minutes a game) follow closely.

Even veteran Chris Boucher has been energizing, averaging 7.5 points and 4.3 rebounds in 17.3 minutes a game.

With injuries piling up early, many of these role players can expect to see extended playing time for the foreseeable future.

“It’s next man up mentality. That’s what we always do and we always focus on that. Some other guys will get opportunities for more minutes; they’ve got to step up and take advantage of the situation,” coach Rajakovic said prior to Wednesday’s tipoff. Injury bug

The Raptors announced Wednesday that Barnes will be out for at least three weeks, following a right orbital fracture he sustained during Monday’s game against Denver Nuggets. He joined Quickley on the shelf, with the point guard missing his fourth game after he suffered a back injury during the season opener against Cleveland Cavaliers.

Barnes, Quickley and Barrett have not shared the court since last March.

Still out of the rotation: Kelly Olynyk (back) and Bruce Brown (knee). Rookies Ulrich Chomche and Ja’Kobe Walter are on G League assignment with The 905. TS/MS

Credito: DR

Luis Camara Secretar y Treasurer

Marcello Di Giovanni

Recording Secretar y

Jack Oliveira Business Manager

Jaime Cor tez E-Board Member Nelson Melo President

Bernardino Ferreira Vice -President

Pat Sheridan E-Board Member

RCCAO emphasizes importance of immigration to construction sector

The Residential and Civil Construction Alliance of Ontario (RCCAO) has issued a statement in response to recently announced federal reforms to immigration, saying it supports the important role immigration plays in bolstering Ontario’s construction industry.

Immigrants account for 23 per cent of all general contractors and builders, stated RCCAO executive director Nadia Todorova, and helps to meet rising demand for skilled trades across the province. Over 100,000 construction workers are expected to retire over the next decade.

The RCCAO was responding to an Oct. 24 announcement by the federal government that it will reduce the projected number of new permanent residents from 485,000 to 395,000 in 2025, with further cuts to 380,000 in 2026 and 365,000 in 2027.

Prime Minister Justin Trudeau and Immigration Minister Mark Miller said 40 per cent of all new permanent residents will come from those temporary residents who are already in Canada.

There will also be a reduction in temporary residents to less than five per cent of the general population. Canada plans to welcome 445,901 temporary

residents by 2025, with a reduction to 445,662 in 2026.

While the federal government’s goal to transition more workers currently in Canada to permanent residency is encouraging, stated Todorova, the allocations for targeted programs like the Ontario Immigrant Nominee Program (OINP) should be “protected and expanded to ensure that effective pathways remain available.”

Additionally, says the RCCAO, successful initiatives like the pilot program for outof-status construction workers in the GTA should be made permanent and expanded to retain essential construction workers already contributing to Ontario’s economy.

“We also support measures to re-evaluate National Occupation Classification codes to better align federal immigration programs with long-term labour market needs, particularly in key sectors like the skilled trades,” said Todorova.

“The RCCAO urges a balanced approach to immigration policy that strengthens effective programs like OINP through enhanced federal-provincial collaboration, builds on successful initiatives, and supports Ontario’s economic future through strategic workforce planning.”

Building investment edged up in August

Statistics Canada has reported that investment in building construction edged up 0.2 per cent to $21 billion in August, after a 1.6-per-cent decrease in July.

The residential sector edged down (0.1 per cent) to $14.6 billion, while the non-residential sector was up 1.0 per cent to $6.4 billion. Year-over-year, investment in building construction grew 7.2 per cent in August.

On a constant dollar basis, investment in building construction was virtually unchanged at $12.8 billion in August compared with the previous month, but grew 4.2 per cent year- over-year.

Monthly decreases were recorded in four provinces, led by Quebec (down $126.4 million). These declines were tempered by increases in six provinces and the three territories, with Ontario leading the gains.

Single-family home investment edged up 0.1 per cent ($9 million) to $6.7 billion in August, following a decline of 2.2 per cent in July. Monthly declines in five provinces, led by Ontario ($29.9 million), were offset by gains observed in the remaining provinces and the three territories.

Investment in multi-unit construction fell 0.3 per cent ($23.1 million) to $7.9 billion in August, which offset the slight growth in the single-family component.

Declines were recorded in five provinces, with Quebec (minus $121.9 million) leading the way and marking its second consecutive monthly decrease. These declines were mitigated by growth in Ontario ($125.5 million), which recorded its third monthly increase in a row.

Investment in non-residential construction reached $6.4 billion in August, setting a record high level for the sector.

Institutional construction investment rose 1.3 per cent (up $24.2 million) to reach a record high of $1.8 billion in August, driven by Ontario (up $18.3 million) and with increases also recorded in six other provinces and territories. Ontario recorded its 14th straight monthly growth in the sector.

The industrial component grew 1.9 per cent (up $25.3 million) to $1.4 billion in the month, led by British Columbia (up $14.5 million). Ontario (plus $11.6 million) and Alberta (up $6.1 million) also contributed to a rise in the industrial component.

Commercial construction investment grew 0.4 per cent (plus $13.7 million) to $3.2 billion in August, driven by British Columbia ($12.0 million) and Ontario ($11.5 million).

Menopausa: uma visão alternativa e natural

O turbilhão de emoções e de sensações físicas provocadas pela menopausa não tem de ser um pesadelo para a mulher. Embora seja um processo normal, as alterações associadas à menopausa apresentam um importante impacto em diversos aspetos da vida da mulher, podendo fazer desta etapa um período bastante difícil, com imensas mudanças tanto a nível físico como a nível emocional e mental.

Sintomas como distúrbios do sono, problemas urinários, alterações vulvovaginais, dores de cabeça, alterações de humor, depressão e ansiedade, alteração na memória, perda de densidade óssea, função sexual afetada, secura na pele, boca e olhos, e fadiga podem estar presente na vida da mulher com menopausa.

Todas estas alterações, tanto ao nível emocional, como ao nível físico, não têm de ser um pesadelo para a mulher. É possível encontrar uma maneira mais ligeira e com equilíbrio para enfrentar esta fase da vida. Com ajuda de um profissional na

área, pois cada caso é único, é possível encontrar uma boa sinergia entre o estado físico e emocional da mulher. Suplementos, exercício físico e pequenas alterações na alimentação fazem uma grande diferença e valem a pena!

IMPORTÂNCIA DOS FITOESTROGÉNIOS

A nível alimentar, deve reduzir-se o consumo de gorduras saturadas (queijo, manteiga, carne de porco, etc.), bem como reduzir a ingestão de farinhas refinadas, açúcar e sal.

Há que aumentar, no entanto, o consumo de frutas, vegetais e legumes, especialmente da época (soja, nozes, amêndoas) e de peixes de água fria, como salmão, atum e sardinhas. O azeite deve ser a gordura de eleição.

Os fitoestrogénios presentes em determinados alimentos são da maior importância na menopausa. A soja é um dos alimentos mais ricos em fitoestrogénios, e dos mais relevantes na menopausa, pois melhora os afrontamentos, previne vaginites e reduzir

no risco de cancro da mama. Por exemplo, um copo de feijões de soja equivale a 300mg de isoflavonas.

O exercício físico deve estar presente na vida de todos nós, mas nesta fase da vida da mulher deve ser interpretado, não só como um benefício para a saúde, mas também e principalmente como uma terapia de bem-estar mental. As caminhadas, a natação e os exercícios físicos sem impacto são os ideais.

FITOTERÁPICOS ESPECIAIS

Os fitoterápicos são produtos elaborados exclusivamente de matéria-prima vegetal, que possuem efeitos comprovados na saúde dos seres humanos. Alguns deles possuem características especialmente benéficas para a mulher. Destaco quatros dos mais importantes:

Angelica sinensis – Ameniza os afrontamentos, cãibras menstruais, falta de menstruação ou menstruação frequente e dismenorreia (dores durante a menstruação).

Valeriana officinalis – Recomendada no tratamento da insónia, ansiedade e irritabilidade, ao mesmo tempo que diminui o tempo para adormecer.

Cimicifuga racemosa – Rica em fitoestrogénios, ajuda a compensar as deficiências hormonais e, desta forma, moderar os sintomas de sua diminuição. Indicado na menopausa, nas palpitações, nervosismo, irritabilidade, distúrbios do sono, afrontamentos e depressão.

Ginseng – Recomendada para contrariar sintomas de fraqueza, perda de massa muscular e decréscimo da função sexual. Melhora a performance física e mental.

Todos estes conselhos e produtos naturais poderão ajudar a superar os desafios da menopausa, mas caso esteja a sentir os efeitos desta fase da vida e sinta que o seu corpo não está a reagir da melhor forma, não deve hesitar em recorrer a ajuda médica.

SBE/MS

GISELE GRÁVIDA

Juntos há um ano, Gisele Bündchen e o namorado, o instrutor de Jiu-Jitsu Joaquim Valente, vão ser pais pela primeira vez. Para a modelo brasileira, de 44 anos, este será o seu terceiro filho e vem juntar-se a Benjamin, de 14, e Vivian, de 11, fruto do casamento com o ex-jogador de futebol americano Tom Brady, de quem se divorciou em 2022, ao fim de 13 anos de casamento. Segundo alguma imprensa, a modelo brasileira partilhou a novidade com o ex-marido antes de a divulgar nos media, num gesto de enorme respeito pelo pai dos seus filhos.

SEXUALIDADE

O cantor canadiano – de ascendência portuguesa – Shawn Mendes, de 26 anos, revelou durante um concerto no Colorado, Estados Unidos da América, que está a descobrir a sua própria sexualidade. “A verdade sobre a minha vida e a minha sexualidade é que estou apenas a descobrir as coisas, como toda a gente. Estou a tentar ser corajoso e permitir-me ser humano e a sentir coisas. É só isso que quero dizer por agora”, afirmou para surpresa do público, que o ouviu atentamente, até porque o Shawn Mendes nunca se tinha pronunciado anteriormente sobre o assunto.

ADEUS A MARCO PAULO

NAMORO NO DOURO

Cristina Ferreira e João Monteiro escolheram o último fim de semana, 26 e 27 de outubro, para uma escapadinha romântica ao norte do país, mais precisamente a zona do Douro, onde ficaram instalados no luxuoso Six Senses Douro Valley. Prometo voltar. Prometo sempre. Há paz no sixsensesdourovalley . Há uma paisagem avassaladora. Há uma equipa extraordinária. O melhor pequeno-almoço do mundo. A cama que é uma nuvem. E a sensação de casa. Não há melhor“, escreveu Cristina na publicação no Instagram, onde partilhou vários registos do seu fim de semana no hotel. Cristina e João Monteiro iniciaram o seu romance no final de 2023 e a apresentadora confirmou os rumores durante uma sessão do Cristina Talks, durante a qual se declarou ao novo namorado. Mas só algum tempo depois, em janeiro de 2024, é que surgiu a primeira foto juntos nos perfis de Instagram de amigos comuns. De seguida, oficializaram o namoro durante uma viagem às Maldivas. O casal tem mantido a relação de forma discreta, mas sem se esconderem, aproveitando ao máximo a fase feliz que ambos estão a viver. Recorde-se que depois da separação de António Casinhas, ao fim de 15 anos e um filho em comum, Tiago, agora com 16 anos, a apresentadora não voltou a assumir publicamente nenhuma relação.

FOTOS INÉDITAS PRÉMIOS

Os reis de Espanha e as filhas, a princesa Leonor e a infanta Sofia regressaram a Oviedo para a 44.ª edição da entrega dos Prémios Princesa das Astúrias, que promovem os valores científicos, culturais e humanísticos. Este ano, Letizia e Felipe VI foram também acompanhados pela rainha emérita Sofia, numa edição que ficou também marcada por ser a primeira da futura rainha de Espanha, presidente Honorária da Fundação, princesa Leonor, já depois de ter feito os 18 anos e jurado a Constituição.

A Basílica da Estrela foi pequena para os muitos – famosos e fãs – que quiseram estar presentes na missa de corpo presente de Marco Paulo, no último sábado, 26 de outubro, antes do cortejo fúnebre para o Cemitério dos Prazeres, onde foi sepultado. E nem a chuva nem o frio afastaram os fãs do cantor, que morreu no dia 24, aos 79 anos, vítima de cancro, que trouxeram rosas encarnadas e cantaram muitos dos maiores sucessos de Marco Paulo. Também durante a missa foi possível ouvir temas como Eu Tenho Dois Amores e Ninguém, Ninguém. assim como Nossa Senhora, interpretado pelo Saint Dominic’s Gospel Choir. Foram também muitos os famosos como Cinha Jardim, Luciana Abreu, Bárbara Guimarães, Lili Caneças ou Ana Marques, entre outros, que estiveram presentes no último adeus a Marco Paulo. A pedido do afilhado do cantor, Marco António, que esteve sempre acompanhado pela namorada Aleksandra, Ana Marques leu um texto que Marquinho, como era carinhosamente tratado por Marco Paulo, dedicou ao padrinho: “Não vais limpar as minhas lágrimas, não vais poder mais agarrar a minha mão, como agarravas quando era criança. Disseste que tinhas medo de me perder. Não tenhas receio: nunca nos vamos perder, é impossível. O nosso amor é grande, é do tamanho dos sonhos, da vida e do céu. Estás em mim… és a pessoa, o homem, o amigo mais importante da minha vida, és o meu exemplo de força e sobrevivência, és inspiração de amor em amor. Descansa no colo dos braços da tua mãe. Amo-te muito, padrinho.”

O drama dos sem-abrigos no Reino Unido é uma causa muito importante para o príncipe William, que a herdou da mãe, a princesa Diana. Isto porque, desde muito novos, e quase sempre longe dos holofotes, William e Harry, acompanharam a mãe a alguns centros de abrigo, em Londres, onde puderam ver uma realidade bem diferente daquele que viviam protegidos no palácio. Uma herança que levou o príncipe de Gales a criar, em junho de 2023, a Homewards, uma iniciativa que visa ajudar precisamente estas pessoas cujas vidas os levaram a fazer da rua a sua casa.

E foi precisamente por causa desta nobre causa que William, num documentário do canal televisivo britânico ITV, que foi transmitido em duas partes nos dias 30 e 31 de outubro, que William recordou alguns desses momentos com a mãe e o irmão, e revelou ainda algumas fotos inéditas dessas visitas aos centros de apoio aos sem-abrigo.

“Quando eu era pequeno a minha mãe começou a falar-me dos sem-abrigo, como faço agora com os meus filhos quando os levo à escola e vemos pessoas a dormir na rua”, afirmou William, referindo-se aos ensinamentos que procura transmitir a George, de 11 anos, Charlotte, de nove, e Louis, de seis, fruto do casamento com a princesa Kate.

O príncipe de Gales recordou como a simpatia e naturalidade da mãe tornaram esses momentos em algo divertido e leve: “Fez com que todos se sentissem descontraídos, riu e brincou com toda a gente”, explicou. Com a ajuda da mãe, William e Harry compreenderam que “há outras pessoas que não têm a mesma vida que nós”.

Credito: DR
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Mundo Segundo e Sam the Kid A criação e a evolução do Hip-Hop

Com uma carreira com mais de duas décadas, Mundo Segundo e Sam the Kid estão no ativo e é impossível não admirar a componente artística que ambos mantêm dentro do hip-hop português. Partilham uma grande amizade e parceria, mas também o compromisso de uma autenticidade musical e a resistência ao mercado de um sucesso instantâneo. Os dois artistas mostram como a música pode, sim, encontrar a felicidade e a verdade. Sabem que tem um papel importante no hip-hop em Portugal.

Mundo Segundo e Sam the Kid, ao longo das suas carreiras, ambos os artistas resistiram ao caminho fácil do sucesso, construindo as suas carreiras com paciência e autenticidade. Cada faixa construída passa por um intenso processo de aperfeiçoamento, muitas vezes durando mais de um ano. Isso mostra respeito pelo público, mas também pelo próprio trabalho. Na indústria da música, onde a tendência é lançar hits rápidos e seguir tendências, Mundo Segundo e Sam the Kid preferem investir no detalhe e na qualidade das suas composições. Eles são, nas palavras de Sam, “fogo de vista, o solista na minha lista, o sovina capitalista”, um manifesto de resistência à pressão comercial. Esse processo de criação musical pode ser entendido como uma encontrar uma felicidade genuína que reside em cada verso e beat, e não no sucesso imediato. Assim como

uma relação amorosa que é mantida com base na saudade e admiração, o hip-hop de Mundo Segundo e Sam the Kid é cultivado pela distância e pela paciência. É o tipo de felicidade que só se atinge com dedicação e respeito ao próprio processo, sem a rapidez da indústria. Mundo Segundo e Sam the Kid conheceram-se no final dos anos 90, uma época em que o hip-hop português ainda era uma subcultura desconhecida para muitos. Essa amizade foi ficando cada vez mais forte ao longo dos anos, enquanto ambos partilhavam experiências, ideias e inspirações. Segundo eles, é essa base sólida de amizade que sustenta e fortalece o trabalho que desenvolvem juntos.

A confiança e a cumplicidade ajudam que cada um traga as suas ideias e se arrisque nos processos de tentativa e erro, garantindo que cada produção seja aprimorada com o tempo. A sua amizade serve como uma metáfora para o próprio hip-hop, que teve origem na coletividade e na união de indivíduos com as mesmas inquietações e desejos. A colaboração de Mundo Segundo e Sam the Kid traz à tona a essência dessa cultura, onde a individualidade de cada artista é respeitada, mas o trabalho em conjunto é celebrado. A parceria entre estes dois ícones prova que a verdadeira arte tem que ter confiança mútua e colaboração e nunca com rivalidade. Mundo Segundo e Sam the Kid foram testemunhas da evolução do hip-hop em Portugal. Quando começaram, a cena era limitada, e a maioria das pessoas nem sabia o que era rap. Hoje,

o hip-hop está presente em quase todos os festivais, encabeçando line-ups e alcançando grande público. A transformação da cultura hip-hop reflete uma maior aceitação, mas também uma série de desafios, como a tentação de seguir tendências e modelos que possam descaracterizar a essência original do estilo.

Os dois artistas são extremamente cuidadosos com isso. Abraçam as mudanças que lhes agrada, mas resistem a adotar qualquer “ferramenta que está na moda” apenas pelo desejo de seguir a corrente. Para eles, cada novidade deve ser avaliada com critério, o que permite que as suas músicas mantenham uma estética própria, sem serem confundidas com o que está “na crista da onda”.Apesar de uma postura crítica em relação ao modelo que quase obriga os artistas a seguir, Mundo Segundo e Sam the Kid mantêm as mentes abertas para novas influências e sons.

O conceito de cada música é falado pelos dois e ajustando detalhes das faixas meses após as gravações iniciais. O processo criativo dos dois é uma mistura de planos e improviso, onde cada detalhe pode ser discutido e aperfeiçoado, até que ambos estejam satisfeitos com o resultado final. Mundo Segundo e Sam the Kid estão felizes de ver o hip-hop a se expandir e a se diversificar, uma satisfação que vai além da realização pessoal. O compromisso com a cultura hip-hop, tanto com as suas raízes quanto nas suas evoluções, reflete o desejo de contribuir positivamente para algo maior que as

suas próprias carreiras.Eles estão a “cozinhar algo para breve” e que o próximo single deve ser lançado ainda este ano. Essa ideia de “cozinhar” a música indica que a arte é, para eles, algo a ser saboreado lentamente, um processo onde o próprio ato de criar é uma fonte de felicidade, e não apenas o resultado final.

Já atuaram nos Estados Unidos e no Brasil, e a perspectiva de levar o hip-hop português a novos territórios, como o Canadá, é algo que os desejam. Eles percebem que seu papel na cultura hip-hop transcende as fronteiras de Portugal e que podem inspirar outros a seguirem o mesmo caminho. A importância de manter a chama do hip-hop acesa nas suas formas mais diversas é uma responsabilidade que ambos abraçam, sabendo que o seu trabalho pode influenciar novas gerações de artistas, tanto em Portugal quanto no exterior. Ao olharmos para o futuro, a persistência de Mundo Segundo e Sam the Kid serve como exemplo para aqueles que estão começando no mundo da música.

Para eles, a música é um caminho de constante evolução e autodescoberta, onde a felicidade é encontrada não apenas no sucesso externo, mas também na realização interna de fazer algo grande. São a prova que o hip-hop é muito mais que um gênero musical; é uma expressão cultural que abrange identidade e amizade. Procuram pelo melhor de si mesmos numa satisfação duradoura nas suas rimas e batidas.

Paulo Perdiz
Credito: DR

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1. Fricção entre dois corpos duros ou ásperos, roçando um no outro

2. Forma de aflição ou sofrimento agudo, de origem física ou moral

3. Qualquer meio utilizado na difusão de informações jornalísticas

4. Casa em que se admitem hóspedes pensão, hospedaria

5. Indivíduo do sexo feminino

6. Aquele que frequenta regularmente um curso em alguma instituição ou qualquer outro curso livre

7. Comportamento que tende a negar à mulher a extensão de direitos do homem

8. Impresso que acompanha medicamento e contém informações sobre ele

9. Propriedade rural de dimensões consideráveis, de lavoura ou de criação de gado

10. Móvel composto de um tampo horizontal, geralmente se destina a refeições, jogos, apoio etc

11. Parte exterior da cavidade bucal o contorno dos lábios

12. Peça contendo elementos letras, números ou figuras em relevo, usada para marcar ou autenticar documentos

13. Recipiente geralmente cilíndrico, usado para beber.

14. Sentido com que se distinguem os odores cheiro, faro

15. Claridade que aponta o início da manhã, antes do nascer do Sol

C A N G U R U O O H V I F V L

J K L I B K L C A L J C A K O

P R W N U O V O A M M E O A J

I I R P A I S I L A L E R A C

R G I O V Z A O T C L A C N F

A I R O E U I T P C B A S Y H

F A R E S A I E A U R A S E A

A L P A T Z C Z T E S N A S I

R F T A R E Z P A N O C G N E

I A L I U I O V E L H A U A R

G L B A Z A R B E Z R N I I P

E C A M N I X O S R U T A R M

A A C T X M C O A O L L A G A

A O S A T U M A E R G I T O L

X I C I I R D A B A D C J I A

JACARÉ

OVELHA

FALCÃO

URSO

CANGURO

SALMÃO

ZEBRA

ÁGUIA

ATUM

LAMPREIA

TIGRE

GIRAFA

TUBARÃO

COIOTE

AVESTRUZ

Bacalhau com camarão gratinado

Ingredientes

• 1 cebola picada

• 2 dentes de alho

• 200 grs de bacalhau desfiado

• 250 grs de miolo de camarão

• 200 grs de batata palha

• 200 ml de bechamel

• Queijo ralado

• Pimenta e sal q.b.

• Salsa q.b.

Modo de preparação

Refogar a cebola e o alho com um fio de azeite, adicionar o bacalhau desfiado e o miolo de camarão, adicionar um pouco de pimenta e deixar cozinhar durante 15 minutos, adicionar a batata a palha e o molho bechamel, envolver tudo e deixar cozinhar mais 5 a 10 mi-

nutos, retificar de sal. Dispor num tabuleiro e polvilhar com queijo ralado e levar ao forno a 200 graus e deixar gratinar. Retirar e decorar com salsa. Bom apetite!

Ingredientes

• 100rs de bolacha inglesa(shortbread)

• 100grs de manteiga

Recheio

• 100ml de baileys

• 300grs de philadelphia

• 250 natas,

• 100grs de pecans picados

• 200ml de caramelo

Modo de preparação

Picar as bolachas adicionar a manteiga e mexer com um garfo, colocar numa forma redonda amovível.

Bater as natas ate ficarem espessas, adicionar o queijo e bater bem ate ficar tudo envolvido adicionar o baileys, envolver tudo e deve ficar um creme consistente.

Colocar em cima da bolacha levar ao frigorifico durante 10 minutos

Retirar e colocar o caramelo e salpicar por cima com os pecans picados levar de novo ao frigorifico durante 2 horas.

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças
Caça palavras
Massa

OLHAR COM OLHOS DE VER

Second language issue. Créditos: Isabel Ganhão
Port Stanley Jail. Créditos: Stella Jurgen
Halloween still. Créditos: Fa Azevedo

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Durante este trânsito a sua sensibilidade estará especialmente desperta para novos encontros através dos quais poderá ter uma consciência mais ampla da vida. É altura de visitar exposições de arte, ir a concertos, ao teatro ou mesmo visitar locais novos que lhe deem a conhecer novas filosofias de vida.

LEÃO 22/07 A 22/08

Nesta semana poderá sentir o desejo de se afastar mais da sua vida social e partilhar, em família, momentos mais íntimos e tranquilos. Talvez seja a altura indicada para escutar com mais interesse os desabafos de alguém que lhe é chegado ou partilhar com esse alguém as suas preocupações.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Neste período poderá sentir que sofre alguma contestação por parte de outras pessoas em relação às suas iniciativas. Não tenha receio em confrontá-las e fazer valer os seus pontos de vista. Calar-se seria admitir a sua própria derrota. Verá que é uma época de lutas passageira e que tempos mais tranquilos virão.

Soluções

TOURO 21/04 A 20/05

A sua capacidade de comunicação e de relacionamento com os outros estará muito realçada neste período. É altura de debater ideias e trocar pontos de vista com amigos. Aproveite os eventos sociais para reativar antigos conhecimentos e estabelecer novos contactos que lhe poderão vir a ser úteis no futuro.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Se a sua situação financeira é, neste momento, desafogada, irá sentir nesta fase uma maior segurança e à-vontade. Não se deixe desmoralizar se, pelo contrário, as finanças não vão bem. Use a sua força e perseverança para atingir os níveis que deseja e, sobretudo, não faça gastos desnecessários só para provar aos outros o seu status.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

É uma boa altura para prestar atenção ao seu corpo. Sente-se portador de uma grande energia física, mas poderá sentir que tem momentos de grande energia alternados com outros de grande fadiga. Aproveite para canalizar essa energia para a área profissional e verá que pode alcançar resultados proveitosos.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Apetece-lhe algo diferente? Quebre a rotina e, sem receios, ponha em prática aquela ideia de mudar de ambiente por uns tempos. Uma pequena viagem ou a visita a uns parentes poderão ser-lhe bastante benéficas, num momento em que estão favorecidos os contactos com terceiros. Sair da sua própria concha será, esta semana, uma experiência gratificante.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Marte a transitar pela Casa X faz com que se sinta muito bem. As suas energias estão fortificadas. O seu espírito de iniciativa está no auge, a sua vontade de desenvolvimento a todos os níveis também. Aproveite para dar um salto positivo na sua vida. Momento propício para iniciar projetos novos ou acabar aqueles que tem em mão.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Sente uma grande necessidade de comunicação, mas pode estar com tendência para o fazer de forma impulsiva dizendo primeiro e pensando só depois nas consequências. A forma clara, espontânea e convincente que tem de transmitir aos outros as suas ideias faz que este seja um bom momento para levar adiante um plano.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Durante este trânsito sentirá uma grande vontade de se dedicar a ajudar os outros de uma forma desinteressada e altruísta colaborando a qualquer nível. Os laços que se vão estabelecer, sem segundas intenções, durante essa convivência poderão ultrapassar a simples amizade dando origem a amor e dedicação.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Durante este trânsito procure conviver com os amigos, integrar-se em grupos ou participar em atividades coletivas. Da amizade existente, nova ou antiga, poderá surgir um relacionamento afetivo mais profundo. Não é o momento de estar só, embora não saindo do seu caminho, deixe que os outros venham ter consigo.

PEIXES 20/02 A 20/03

Vai atravessar uma fase de reforço da sua autoconfiança, que poderá projetar na sua relação com a sociedade. Assim, esta é uma boa altura para fazer um pedido a alguém ou, simplesmente, para fazer contactos a nível profissional e social. Terá a possibilidade de conhecer pessoas particularmente interessantes, sobretudo em viagem.

Agenda comunitária Classificados

Magellan Community Charities

Gala

Universal Event Space Nov 2 - 6pm.

More information coming soon. Contact (437) 914-9110

PCCM

Festa do São Martinho

53 Queen Street North, Mississauga Nov 2 - 18h30

Celebrate São Martinho at the PCCM on November 2nd. For the first time at PCCM the due Eddie Sousa and Tony Mikael from Montreal, and from our community, the talented Cesar Russo. Contact us for more information and reservations.Contact (905)286-1311

Associação C. do Minho de Toronto

São Martinho

165 Dynevor Road, Toronto Nov 9 - 19h

Comida tradicional e DJ para animar a noite. Contact (416) -781-9290

Casa do Alentejo

Halloween Party

1130 Dupont St. Toronto Nov 2 - 7pm.

Uma noite para participar e divertir ao som da música e convívio. Vista-se apropriado e participe no concurso. Contact (416) 537 7766

Associação Migrante de Barcelos

Jantar Minhoto

1621 Dupont Street Toronto - Nov 16

Rojões à moda de Barcelos, papas de sarrabulho e uma noite com a atuação do Duo Raça Latina. Reservas (416) 652-6354

Northern Portugal Cultural Centre Wine tasting

40 Albany Street, Oshawa - Nov 2 -6:30 pm

Join us at the Northern Portugal Cultural Centre for a special evening exploring DOC wines from Portugal. Sample selections from the north to the south, some so exclusive they can’t even be found at the LCBO! Enjoy light snacks and appetizers as you sip and savour the taste of Portugal. Admission (19+): Bring a non-perishable food item for Feed the Need Durham OR Pay $10 (all proceeds support Feed the Need Durham). Discover a new favourite? Place your wine orders during the event for pick-up at a later date! Limited seating available – arrive early to secure your spot! Reservas (416) 731-3255

Northern Portugal Cultural Centre Magusto

40 Albany Street, Oshawa, ON - Nov 23 Feijoada OR Chicken with fries, rice, salad & dessert. Performances by: Rancho do Minho de Oshawa, Rancho Folclórico de Nazaré & Karma Band. Reservas (416) 731-3255

Associação C. do Minho de Toronto

Santa's First Stop

165 Dynevor Road, Toronto Dec 15 - 10h O Santa estará na associação e todos são bem vindos. Mais informações (416) 781-9290

Oportunidade - pequena companhia landscaping para venda - Para quem quer começar o seu próprio negócio. Vendo pequena companhia de manutenção de jardins com Clientes fixos semanais (possibilidade de crescimento da carteira de clientes), Máquinas e uma Carrinha fechada. Pronto a começar, com todas as ferramentas para iniciar este negócio. Os interessados podem ligar para 6479632512 ou enviar mensagem para o email - newtimesbiz@gmail.com.

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Cabeleireira licenciada Manuela - está disponível para realizar serviço ao domicílio. com 20 anos de experiência. Fala português. Atende pessoas idosas, crianças, homens e mulheres. Especializada em corte, cor e madeixas. Área de Toronto. Contacte para todas as necessidades com o cabelo: (647) 761-9155

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Job offer - Abrigo Centre’s Cook will work three days a week (Tuesday, Wednesday, Thursday) from 9:00 a.m. to 3:00 p.m. curating, preparing and delivering nutritious lunch meals to Abrigo clients in the Life and Hope seniors’ program. As an experienced cook or chef preparing Portuguese-inspired meals, this position will provide lunch to up to 60 clients each day and oversee a team of experienced volunteers who will support the Cook daily in this new role. Send your resume and covert letter by email with Cook in the Subject line to: Hiring Committee, Abrigo Centre, at info@ abrigo.ca

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