Política Canadiana Marionetas em Movimento
Manuel DaCosta Editorial
Os seres humanos são fundamentalmente bons ou maus? As pessoas são maioritariamente generosas ou egoístas? Estas duas questões podem ser colocadas hoje em dia, no que se refere à situação da política canadiana. O nosso primeiro-ministro está a confirmar a teoria maquiavélica de que é enganador, ingrato e cobiçoso, porque se posicionou como a única pessoa que pode governar o Canadá e, quando o Canadá lhe pediu graciosamente que se afastasse, ele acabou por se afastar, a 6 de janeiro, mas com condições que podem prejudicar o nosso país economicamente.
Porquê a abordagem de perseguir implacavelmente o seu interesse próprio, considerando que o bem-estar económico deste país está em risco? Há estudos que sugerem que apenas 30% dos americanos confiam nas pessoas que os rodeiam, o que nos leva a concluir que o Sr. Trudeau não confia nos canadianos nem
em si próprio para fazer o que é correto para este país.
Uma conclusão bem estabelecida da investigação no domínio das ciências sociais revela que os Conservadores são mais felizes do que os Liberais. Esta investigação pode ter chegado a esta conclusão porque os Liberais conduziram a sociedade para a beira de um abismo ao promoverem comportamentos sociais que são destrutivos em vez de construtivos. A promoção de comportamentos sociais democráticos pode ser politicamente apelativa durante algum tempo, mas a complacência das pessoas que abusam dos sistemas, usando o credo de que os governos foram criados para cuidar dos seus cidadãos, acaba não só por espalhar filosoficamente retóricas destrutivas, mas também por dar plataformas a culturas autocráticas para espalharem o seu lixo. O neuroticismo Liberal está agora a ser visto como uma força nociva de valores intransigentes, que não se coadunam com o tempo em que vivemos. O atual governo Liberal continua a promover as políticas que estão a destruir economicamente este país, ao mesmo tempo que pede ao líder que implementou essas políticas para sair, mas sem ninguém para o substituir, o que é uma abordagem oportunista e de dois pesos e duas medidas que não faz qualquer
sentido. Os cobardes que apoiaram a destruição económica do Canadá, em particular Jagmeet Singh, devem ser severamente punidos nas próximas eleições, mas não antes de a sua pensão de dois milhões de dólares estar a salvo. Em qualquer nível de governo, a geopolítica tem a ver com as pessoas que elegemos para cargos de governação, muitas vezes sem investigar as suas capacidades.
Quando as nossas expectativas em relação a essas pessoas não correspondem às nossas realidades, não questionamos as nossas decisões, apenas as escolhas que estão a fazer, não compreendendo que a política é pessoal e que a transparência desaparece quando os indivíduos estão no poder. O Canadá é um país grande, em que cada região tem o seu próprio raciocínio para determinar o que é melhor para si. Não é fácil chegar a um compromisso com cada região devido às diferenças de necessidades. A governação através da constante negociação e acomodação de grupos de interesses provinciais, municipais e especiais cria constantes mini-conflitos que, se não forem tratados por uma liderança baseada em pontos de vista universais, os desacordos tornam-se o foco constante. Podemos dizer que o Canadá é atualmente um país ingovernável devido aos conflitos de regi-
me? Eu diria que sim e que, independentemente do partido no poder, as lutas serão os fatores dominantes nos próximos anos. A evolução demográfica não ajudou a causa do Canadá devido ao rápido aumento da população e à falta de inclusão no modo de vida canadiano. As lutas contra os conflitos políticos importados com os novos cidadãos para o Canadá desempenharão um papel importante na forma como este país se irá posicionar nos próximos anos. Enquanto esperamos que um governo liberal vacilante decida o que o Canadá vai enfrentar a seguir, preocupemo-nos também com a descida do nível de vida nos grandes centros urbanos devido à fome contínua de mais dinheiro dos nossos impostos e, a nível provincial, esperemos a dança dos políticos enquanto aguardam a sua próxima canção para tocar. Se ao menos nos pudéssemos dar bem, independentemente das nossas filiações políticas... ou podemos tornar-nos marionetas de Trump e eleger Elon Musk como o nosso próximo primeiro-ministro, governando outro estado para os EUA.
Ano XXXII- Edição nº 1727
10 a 16 de janeiro de 2025
Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!
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Madalena Balça
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Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com
Edição Gráfica: Fabianne Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com
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Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Francisco Pegado, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.
Traduções: David Ganhão e Madalena Balça Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias
A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.
2008-2013:
De deputado de bancada a líder do partido Trudeau chegou a dizer que “nunca” seria político, depois de ter visto o que o seu pai, Pierre Elliott, passou enquanto primeiro-ministro.
→ 2008 - ganhou o lugar de candidato pelo círculo de Papineau, no Quebeque e foi para a Câmara dos Comuns.
→ 2009 a 2011 - anos de deserto político para o Partido Liberal
→ 2012 - Trudeau lançou a sua candidatura à liderança.
→ Em abril de 2013, aos 41 anos de idade, conquistou o lugar de líder do partido com quase 80% dos votos.
2014-2015: De terceiro partido a primeiro-ministro
→ 19 de outubro de 2015 - os Liberais conquistaram 184 dos 338 lugares no Parlamento Federal.
2015-2019: Da maioria para a minoria
Os Liberais começaram a mostrar sinais de incapacidade crónica de equilibrar o orçamento.
→ Foram gastos milhares de milhões para comprar o oleoduto Trans Mountain.
→ Trudeau foi alvo de acusações de interferência política no escandaloso caso SNC-Lavalin.
→ Em 2019 a revista Time publicou fotografias suas, de quase duas décadas antes, com o rosto castanho numa festa temática das Noites Árabes na escola onde lecionava.
→ Nas eleições contra o então líder conservador Andrew Scheer, os canadianos decidiram dar a Trudeau uma segunda chance.
2020-2022: governar durante uma pandemia global
Em março de 2020 uma pandemia global expôs fraturas ainda mais profundas na federação.
→ Trudeau anunciou o encerramento das fronteiras, o lançamento do Benefício de Resposta a Emergências do Canadá (CERB) e um subsídio salarial para as empresas e a assinatura de novos acordos para a aquisição de vacinas contra a COVID-19.
2021: Eleições antecipadas
Trudeau convocou eleições antecipadas, a meio do seu segundo mandato. Os Liberais não conseguiram garantir a maioria que esperavam.
→ Nesse inverno, o “comboio da liberdade” entrou em cena, bloqueando a capital do país durante semanas em oposição às políticas da COVID-19.
→ Trudeau tomou a decisão histórica de invocar a Lei de Emergências.
2023-2024: Um líder em apuros
Em meados de 2020, surgiu outro escândalo da era Trudeau.
A controvérsia da WE Charity envolveu a decisão do governo Liberal de contratar a organização para administrar a Canada Student Service Grant (CSSG), no valor de quase mil milhões de dólares, e alegações de conflito de interesses devido aos laços estreitos e ao trabalho com os Kielburgers por parte de membros da família e do círculo íntimo de Trudeau.
→ Vladimir Putin invadiu a Ucrânia. Trudeau apoiou Zelenskyy enviando milhares de milhões de dólares de ajuda.
→ Trudeau e o líder do NDP, Jagmeet Singh, assinaram um acordo de confiança, com o lema “Delivering for Canadians Now”.
A história dos últimos anos do mandato do primeiro-ministro foi marcada pelo aumento do custo de vida após a pandemia, o imposto sobre o carbono e falta de habitação acessível.
→ A Ministra das Finanças, Chrystia Freeland, passou a enquadrar uma série de apoios sociais ligados ao pacto Liberal-NDP - como os cuidados infantis, os cuidados dentários e os cuidados farmacêuticos - como ajudas à acessibilidade.
→ Surgem relatórios bombásticos e fugas de informação que alegavam a interferência estrangeira chinesa nas eleições de 2019 e 2021.
→ Trudeau no dia de abertura da sessão do outono de 2023 acusou a India de ter um papel na morte extrajudicial de um líder sikh canadiano.
6 de janeiro 2025
2024-2025:
Os últimos meses de Trudeau como líder
→ Singh anuncia que tinha “rasgado” o acordo Liberal-NDP.
→ Trudeau enfrentou uma revolta interna da sua bancada.
→ Donald Trump venceu as eleições presidenciais nos EUA. Trudeau enfrentou uma série de golpes nas redes sociais de Trump.
→ Em meados de dezembro, Chrystia Freeland demitiu-se do Governo condenando os “artifícios políticos dispendiosos” numa altura de considerável insegurança económica.
→ Mais de nove anos depois de ter prometido unir o país, Trudeau anunciou a renúncia aos cargos de líder do Partido Liberal e Primeiro-Ministro.
Ter um primeiro-ministro em modo “pato manco” não coloca o Canadá numa posição muito forte face a Donald Trump - Daniel Béland
Justin Trudeau cumpriu um dos mais longos mandatos de PM dos últimos 75 anos, como se pode ver no gráfico que publicamos nesta página. A sua liderança ficou marcada, pelo desafio significativo imposto pela pandemia de COVID-19 e a crise subsequente que levou a uma perda de confiança entre os canadianos de várias origens. Para além disso, questões fundamentais como a acessibilidade da habitação, o aumento do custo de vida e os elevados níveis de imigração contribuíram para uma desilusão generalizada. Esta frustração crescente levou a que os próprios apoiantes liberais de Trudeau começassem a pedir a sua demissão.
Ademissão abrupta da Ministra das Finanças, Chrystia Freeland, a 16 de dezembro, veio complicar ainda mais o panorama político de Trudeau e desorganizar o seu Partido Liberal, reavivando os apelos à sua demissão.
Numa carta de demissão explosiva publicada online, Freeland disse que ela e o primeiro-ministro tinham ficado “em desacordo sobre o melhor caminho a seguir para o Canadá”.
Acresce que, no princípio de setembro, Jagmeet Singh já havia rasgado o acordo que permitiu a sobrevivência do Governo Liberal minoritário durante quase dois anos e meio e, cereja no topo do bolo, as sondagens começaram a mostrar de forma muito clara o caminho de derrota implacável nas próximas eleições.
Na segunda-feira, dia 6 de janeiro, depois de umas retemperadoras férias de inverno, Justin Trudeau falou ao país, comunicando a sua renúncia aos cargos de líder dos Liberais e primeiro-ministro do Canadá.
Daniel Béland é professor no Departamento de Ciência Política da McGill University e aceitou partilhar a sua opinião sobre a situação política atual do Canadá.
Milénio Stadium: Como avalia a atual situação política no Canadá? O que podem os canadianos esperar do futuro?
Daniel Béland: A situação atual é bastante incerta, porque ainda não sabemos quem será o próximo líder Liberal e, por conseguinte, primeiro-ministro, e quando se realizarão as próximas eleições federais embora seja cada vez mais provável a realização de eleições na primavera.
MS: Com a pressão a que tem estado sujeito dentro do seu próprio partido para se demitir, porque é que Trudeau demorou tanto tempo a abandonar a liderança dos liberais?
DB: Definitivamente, ele esperou demasiado tempo para se demitir, deixando muito pouco tempo para o seu sucessor liberal, ainda por selecionar, para se preparar para as próximas eleições. Penso que ele pensou que poderia ficar até às próximas eleições, mas a dramática demissão de Chrystia Freeland a 16 de dezembro e a multiplicação dos apelos à sua demissão por parte dos seus próprios deputados impossibilitaram-no de ficar.
MS: No meio de tudo isto, o Canadá tem estado a ser atacado pelo Presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Que consequências poderá ter a falta de liderança do país numa altura crucial da sua relação com o novo Presidente dos EUA?
DB: O facto de o Canadá ter um primeiro-ministro em modo “pato manco” e um parlamento em prorrogação até 24 de março não colocam o Canadá numa posição muito forte face a Donald Trump, que chama a Trudeau um “governador” e afirma nas redes sociais que o Canadá deveria tornar-se o 51º estado dos EUA.
MS: Quem, de entre os liberais, está em boa posição para assumir a liderança do partido? Chrystia Freeland?
DB: Chrystia Freeland e Mark Carney são os dois nomes mais frequentemente mencionados.
MS: O que é que o país pode esperar de Pierre Poilievre se for eleito Primeiro-Ministro do Canadá?
DB: Poilievre iria mudar as políticas públicas para a direita do espetro político, controlando a despesa pública, abolindo o imposto federal sobre o carbono, implementando respostas pró-mercado à crise da habitação e adotando uma abordagem “dura contra o crime”.
MS: O que é que o NDP ganha com a perspetiva de eleições antecipadas?
DB: O NDP está numa situação difícil, uma vez que os números das sondagens também são maus para eles e é pouco provável que ganhem alguma coisa com a perspetiva de eleições antecipadas.
MB/MS
Num momento particularmente difícil para o Partido Liberal, Charles Sousa, membro do Partido, atual deputado federal e antigo ministro das Finanças do Governo de Ontário, aceitou dar-nos a sua perspetiva sobre o acontecimento político que domina a atualidade no Canadá – a demissão de Justin Trudeau. Com as sondagens de opinião a apontarem para uma potencial e esmagadora derrota nas próximas eleições, Charles Sousa expressa a sua confiança de que, no momento certo, os canadianos vão reconhecer que os Conservadores, liderados por Poilievre vão fazer regredir o Canadá, caso cheguem ao poder. Charles Sousa acredita que a história irá fazer jus a Trudeau que, segundo o luso-canadiano, deixa um legado que nos deve orgulhar.
Milénio Stadium: Como avalia a atual situação política no Canadá? O que podem os canadianos esperar do futuro?
Charles Sousa: Este é um momento emocionante na história do nosso país, bem como para o nosso partido - as corridas à liderança são sempre um momento de renovação.
MS: Com a pressão que tem sofrido dentro do seu próprio partido para se demitir, porque é que Trudeau demorou tanto tempo a deixar a liderança dos Liberais?
CS: O primeiro-ministro tomou esta decisão porque considera que é do interesse do Canadá que o Parlamento tenha uma nova composição e no melhor interesse do nos-
so partido antes das próximas eleições. Ele é um lutador - foi por isso que ganhou três eleições consecutivas. E eu sei que ele continua a lutar. Mas a sua decisão foi motivada pelo que é melhor para o Canadá, o que nos colocará na melhor posição para combater a ideologia conservadora regressiva nas próximas eleições.
Acredito que a história olhará com carinho para o mandato do primeiro-ministro Trudeau. Sob a sua liderança, o nosso governo Liberal retirou centenas de milhares de crianças da pobreza com o subsídio para crianças canadianas, fez progressos significativos em matéria de reconciliação, lançou programas nacionais de cuidados infantis, cuidados dentários e cuidados farmacêuticos, defendeu com êxito os interesses do Canadá durante a renegociação do NAFTA e conduziu o Canadá através de uma pandemia global que só se verificou uma vez no século. Somos o primeiro governo a fazer crescer a economia e a reduzir as nossas emissões - é um legado de que todos nos devemos orgulhar.
MS: No meio de tudo isto, o Canadá tem estado a ser atacado pelo Presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Que consequências poderá ter a falta de liderança do país numa altura crucial da sua relação com o novo Presidente dos EUA?
CS: O primeiro-ministro deixou bem claro: os canadianos são simpáticos, mas não toleraremos quaisquer ataques à nossa soberania. Durante a última renegociação do NAFTA, os conservadores queriam fazer
Um legado de que todos nos devemos orgulhar
- Charles Sousa
concessões e sacrificar a nossa indústria de lacticínios. Mantivemo-nos firmes e não vendemos o Canadá nessa altura, e não o faremos agora.
Um governo não é composto apenas por uma pessoa. Embora o primeiro-ministro permaneça no cargo até à escolha de um novo líder, a nossa abordagem da Equipa Canadá é composta por membros do Governo, deputados, primeiros-ministros, presidentes de câmara e funcionários governamentais, tanto aqui como nos EUA. Esta semana, o comité do gabinete Canadá-EUA reuniu-se várias vezes, o Primeiro-Ministro teve reuniões virtuais com os primeiros-ministros e tivemos uma discussão aprofundada sobre a situação atual com o primeiro-ministro nas nossas reuniões de bancada esta semana. Na próxima semana, o primeiro-ministro terá uma mesa-redonda com todos os ministros do Governo e alguns deslocar-se-ão aos Estados Unidos para se reunirem com os seus homólogos americanos.
Não há falta de liderança e a nossa equipa está a trabalhar mais do que nunca para defender os interesses do Canadá.
MS: Quem, de entre os liberais, está em boa posição para assumir a liderança do partido? Chrystia Freeland?
CS: Esta é uma oportunidade para as pessoas apresentarem as suas novas ideias e perspetivas para que o Canadá possa continuar a crescer e a ter sucesso. Haverá muitas pessoas talentosas que se vão can-
didatar. Estou entusiasmado com uma eleição de liderança robusta e vou encorajar os membros da minha comunidade a envolverem-se no processo.
MS: O que é que o país pode esperar de Pierre Poilievre se ele for primeiro-ministro do Canadá?
CS: Os canadianos sabem quem é Pierre Poilievre. Sabem que ele quer dividi-los e explorar as suas diferenças para obter ganhos políticos. É por isso que ele continua a insistir na mentira de que o Canadá está falido, porque pensa que isso lhe dará cobertura para cortar os nossos programas sociais e retirar fundos às nossas instituições públicas.
Ele não vai mudar o seu tom nem reduzir a sua retórica odiosa. Enquanto ele quer fraturar a nossa nação através de truques e slogans, o nosso partido está pronto para combater essas tentativas de fazer o nosso país regredir.
MS: O que é que o NDP ganha com a perspetiva de eleições antecipadas?
CS: O NDP não tem sido capaz de fazer quaisquer incursões junto do público, nem de conseguir nada no Parlamento desde que Singh pôs fim ao acordo de fornecimento e confiança, por isso talvez pensem que não há mais nada a fazer antes de outubro, mas eu estou concentrado em regressar à Câmara a 24 de março para continuar a trabalhar nas prioridades dos canadianos.
MB/MS
Quais são as hipóteses de cada partido ganhar
Probabilidade de os conservadores obterem uma maioria •98%
Probabilidade de os liberais obterem o maior número de lugares <1%
Probabilidade de os conservadores obterem o maior número de lugares, mas não a maioria •1%
Probabilidade de o NDP ganhar o maior número de lugares <1%
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Fico com a impressão de que a sua imaturidade superou a sua competência
Carlos Miranda
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, anunciou na segunda-feira, dia 6, a sua demissão, após nove anos no poder, cedendo à pressão seus próprios pares alarmados com a péssima prestação do Partido Liberal nas sondagens pré-eleitorais.
Trudeau disse na conferência de imprensa que se manteria como primeiro-ministro e líder dos liberais até que o partido escolhesse um novo chefe dentro de meses. “Este país merece uma verdadeira escolha nas próximas eleições e tornou-se claro para mim que, se tiver de travar batalhas internas, não posso ser a melhor opção nessas eleições”, afirmou Trudeau.
Com o Parlamento suspenso até 24 de março é improvável que haja eleições antes de maio, pelo que Trudeau continuará responsável - pelo menos inicialmente - por lidar com a ameaça de tarifas paralisantes quando o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, tomar posse em 20 de janeiro.
As próximas eleições têm de ser realizadas até 20 de outubro e as sondagens mostram que os eleitores irritados com os preços elevados e a falta de habitação a preços acessíveis elegerão os conservadores da oposição e darão aos liberais uma derrota retumbante, independentemente de quem liderar o partido.
Carlos Miranda é um homem que se interessa pela política, é conhecida a sua ligação ao Partido Socialista (secção de To-
ronto) e aceitou falar com o Milénio sobre tudo o que se está a passar no Canadá. Carlos Miranda afirma que os tempos que estamos a viver são particularmente difíceis e com muitas incertezas. Na sua perspetiva, a imaturidade de Trudeau acabou por lhe marcar os caminhos políticos em que se foi movimentando.
Milénio Stadium: Como avalia a atual situação política no Canadá? O que podem os canadianos esperar do futuro?
Carlos Miranda: Má! Vivemos tempos difíceis onde abundam incertezas múltiplas e há, claramente, falta de líderes a comandar as diferentes forças políticas. O futuro a Deus cabe, mas não se avizinham tempos fáceis num futuro próximo. O contexto em que se encontra o mundo atual não ajuda, principalmente, na vertente económica.
MS: Com a pressão que tem sofrido dentro do seu próprio partido para se demitir, porque é que Trudeau demorou tanto tempo a deixar a liderança dos Liberais?
CM: Porque, à semelhança da maior parte dos políticos atuais, está agarrado ao poder. Decidiu ir pelo caminho errado e isso vai-lhe custar a carreira política. Fico com a impressão de que a sua imaturidade superou a sua competência. O futuro o dirá.
MS: No meio de tudo isto, o Canadá tem estado a ser atacado pelo Presidente eleito
dos EUA, Donald Trump. Que consequências poderá ter a falta de liderança do país numa altura crucial da sua relação com o novo Presidente dos EUA?
CM: O recém-eleito presidente Trump, usa como estratégia de governação o posso, quero e mando. Aliás, já lhe conhecemos essa faceta malabarista da primeira governação. O facto de estarmos à beira de eleições não trará qualquer consequência nefasta ao país até porque não estamos à venda. Simplesmente bluff do senhor Trump...
MS: Quem, entre os liberais, está em boa posição para assumir a liderança do partido? Chrystia Freeland?
CM: Talvez, mas não se vislumbra, nos corredores liberais, alguém forte enquanto líder, para as batalhas que se avizinham. O partido Liberal vai ter muitos problemas nos próximos anos devido à frouxa liderança do atual líder.
MS:O que é que o país pode esperar de Pierre Poilievre se este for eleito Primeiro-Ministro do Canadá?
CM: Pierre Poilievre vai ser eleito primeiro-ministro do Canadá, sem qualquer dúvida. Os canadianos querem uma mudança em Ottawa. Não terá a vida fácil! As promessas lançadas aos eleitores são muitas, mas lidar com a realidade da nação será um
desafio. Parece-me também muito imaturo e com um discurso desnivelado!
MS: O que é que o NDP ganha com a perspetiva de eleições antecipadas?
CM: Nada! Aliás, poderá até pagar caro por ter tirado partido do governo minoritário dos liberais, que suportou. O seu líder não convence o eleitorado e poderá perder assentos parlamentares. A campanha ditará o seu futuro na próxima legislatura.
Prefiro um líder moderado (ainda que fraco) que um líder populista forte! Laurentino Esteves
Laurentino Esteves da secção do Partido Social Democrata de Toronto, deu-nos também o seu olhar sobre a situação no país em que vivemos. Na sua opinião, de uma situação política que já era frágil, passamos para uma situação agravada com a demissão de Trudeau. Laurentino Esteves mostra-se preocupado com o futuro, até porque teme que o líder dos Conservadores, que se perfila para vir a ser o próximo primeiro-ministro, tenha na sua essência o populismo, o que não agrada a um defensor da democracia.
Milénio Stadium: Como avalia a atual situação política no Canadá? O que podem os canadianos esperar do futuro?
Laurentino Esteves: A situação política canadiana já era frágil e agravou-se consideravelmente com a demissão do Senhor primeiro-ministro, Justin Trudeau! O futuro é incerto e depende de muitas variantes, que em boa verdade vão muito além desta crise do partido Liberal do Canadá...
MS: Com a pressão que tem sofrido dentro do seu próprio partido para se demitir, porque é que Trudeau demorou tanto tempo a deixar a liderança dos Liberais?
LE: Bom quanto ao "timing, só poderia especular e isso não me parece muito sensato! Contudo é sabido que a popularidade do Senhor primeiro-ministro, Justin Trudeau, tem descido bastante nos últimos tempos! Podemos atribuir isso à forma como geriu a pandemia, à forma pouco clara como foram atribuídos subsídios para atenuar a mesma pandemia, a subida do custo de vida e o que tudo isso implica, o elevado custo e falta de habitação, o desgaste político é sempre um fator determi-
nante, e por último a pressão interna que sempre existiu e que se agravou com a demissão da Senhora ministra das finanças, Chrystia Freeland no passado mês de dezembro! Segundo a mesma, deixou a pasta por estar em desacordo com o rumo do governo na forma como despendia e até a atribuição de benefícios fiscais, muito pontuais e aparentemente contra a vontade da ministra que "bateu com a porta".
MS: No meio de tudo isto, o Canadá tem estado a ser atacado pelo Presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Que consequências poderá ter a falta de liderança do país numa altura crucial da sua relação com o novo Presidente dos EUA?
LE: Se anteriormente não quis especular, agora atrevo-me a dizer o seguinte - a eleição do Donald Trump veio de facto alterar o cenário geopolítico e o homem só toma posse no próximo dia 20 deste mês! Não restam dúvidas que o Trump é um "elefante numa loja de porcelana". Lidar com o novo inquilino da Casa Branca, vai ser muito difícil, mesmo assim, não creio que o Senhor Trudeau se demitiu por isso! Já mostrou, no passado, liderança e até alguma firmeza no plano internacional! Tenho que admitir que a atual fragilidade do Governo do Canadá é preocupante. Por exemplo, o Canadá assume este ano a presidência do G7. O Canadá será uma voz branda... Sabemos que uma delegação dos Premiers das Províncias, mais ou menos liderada pelo nosso Premier Ford, (mais uma fragilidade do Governo Federal) se dirigiu para Washington para encontros ao mais alto nível com oficiais americanos, parece que para conter a "fúria" do Trump! É sabido das suas ambições desmedidas, digo eu, ele pretende comprar o Canal do Panamá, mudar o
nome ao Golfo do México, "conquistar" a Gronelândia e por último, e o mais grave, anexar o Canadá!?
MS: Quem, entre os liberais, está em boa posição para assumir a liderança do partido? Chrystia Freeland?
LE: O partido Liberal do Canadá está em ebulição por tudo que já argumentei, depois o sistema politico canadiano é muito peculiar, o próximo líder do partido Liberal automaticamente será primeiro-ministro, ora os potenciais pretendentes terão que ponderar se querem ser primeiro-ministro por um muito curto espaço de tempo, pois logo de seguida terão que se submeter a eleições! Normalmente, os que têm pastas mais relevantes estão em alguma vantagem, ex, Negócios Estrangeiros, Finanças, Economia! Mas na realidade, não vejo ninguém que salte à vista com qualidades de liderança e tudo que se exige de um primeiro-ministro! Os próximos dias serão determinantes, embora a ex-ministra das finanças Chrystia Freeland (ainda que ligada à governação Trudeau) pode ser uma potencial candidata, pela experiência política internacional e financeira e a visibilidade, sempre um fator determinante...
MS: O que é que o país pode esperar de Pierre Poilievre se este for eleito Primeiro-Ministro do Canadá?
LE: Na verdade e na minha opinião muito pessoal, o líder da oposição, Pierre Polievre, para além de uns slogans ensaiados, ou umas frases feitas, não tem dito nada de novo ou estruturante para o país... o Axe the Tax, que tem repetido até à exaustão, além de sonante e pomposo, na prática quer dizer o quê!? Depois sinto ali uns laivos de populismo, pouco aconse-
lhável nos tempos que correm! Confesso que o Canadá é um país muito importante para a democracia e não quero ver o meu país, sucumbir ao populismo! Prefiro um líder moderado (ainda que fraco) que um líder populista forte!
MS: O que é que o NDP ganha com a perspetiva de eleições antecipadas?
LE: O NDP têm se abrigado debaixo das "asas" dos liberais, há quem afirme que essa aproximação, embora importante na manutenção dos mesmos no poder, deu algum protagonismo ao NDP, embora não me pareça suficiente para governar o país! Na minha modesta opinião, obrigou os liberais a governarem mais à esquerda e isso também enfraqueceu o Partido Liberal... Uma última nota - lamento que com a queda do governo, por inerência, perdamos 3 excelentes parlamentares, a Senhora deputada Alexandra Mendès e os Senhores deputados Charles Sousa e Peter Fonseca!Mas o ano ainda está a começar e quero acreditar que teremos que estar confiantes e expectantes, mas atentos. Isto diz respeito a todos nós!
Pierre Poilievre?
Pior do que aquilo que temos agora, de certeza que não vai ser
Fernando Rio
“Eu não me considero conservador. Eu sou simpatizante de gente competente.”
Com esta frase,, em jeito de ponto prévio começou a conversa com Fernando Rio, conhecido empresário da comunidade portuguesa residente na GTA. O tema era, naturalmente, a demissão de Trudeau e suas consequências e Rio logo tratou de sublinhar que desde há muito que percecionou no primeiro-ministro do Canadá “os defeitos que toda a gente está a ver agora nele”. O problema, afirma Fernando Rio, é que Justin Trudeau “é uma pessoa totalmente incompetente para ocupar aquela posição” e agora vê-se para onde ele levou o Canadá.
Caraterizando a situação atual como muito preocupante, entre outras razões pelo facto de o Presidente eleito dos EUA estar a fazer ameaças ao Canadá “estúpidas, a maior parte delas” e não se saber quem manda neste país, Fernando Rio acusa Trudeau de ter levado o Canadá para esta situação, porque priorizou os “interesses dele próprio e do seu partido, que, diga-se, ele destruiu completamente”.
A interrupção da atividade parlamentar, prorrogando a reabertura do Parlamento para 24 de março, na visão de Fernando Rio, mais não é do que uma estratégia para permitir a reorganização dos Liberais. Esta situação na visão de Rio torna os canadianos “reféns do Partido Liberal”.
Milénio Stadium: Na sua visão, o que é que fez Trudeau demorar tanto tempo para deixar a liderança partido e do governo?
Fernando Rio: O que sempre pensei do Justin Trudeau é que ele é um narcisista, ele pensa que ninguém mais neste país é capaz de governar o país, que ele é um imaculado, um todo-poderoso, que o país devia estar feliz e contente por ele existir para poder governar o Canadá. Toda a gente sabe que ele detesta o Pierre Poilievre e os conservadores, mas até dentro do partido dele ele nunca pensou, nem pensa, que há alguém capaz de fazer o trabalho brilhante que ele estava a fazer. E por isso ele continuou a ser teimoso e continuou a ficar lá, mesmo sabendo que não havia luz no fundo do túnel. Porque ele vê as sondagens todos os dias, como todos nós vemos. Só agora desistiu porque o próprio partido dele lhe retirou o apoio completamente e viu que não tinha alternativa nenhuma, porque o próprio partido estava contra ele.
MS: Olhando para estes nove anos e tal de Trudeau como primeiro-ministro - houve pontos positivos? Houve alguma fase da sua gestão que lhe tenha agradado?
FR: Infelizmente, não. Pessoalmente não sofri nada com a dinastia do Trudeau no poder, mas basta ver as estatísticas e os
números que estão disponíveis para toda a gente,. Na minha opinião, o Canadá perdeu uma década de desenvolvimento em comparação, por exemplo, com o país vizinho. Há dez anos atrás, nós tínhamos um PIB per capita, ao nível dos estados mais ricos dos Estados Unidos e hoje estamos pior que Alabama, que é o estado mais pobre dos Estados Unidos. Os canadianos perderam em dez anos 40% do valor que tinham, quer seja na troca da moeda versus o dólar ou o euro, quer seja no poder de compra. Portanto, nós estivemos estagnados durante nove anos na parte económica simplesmente por decisões feitas por ele. Mas o que o que me chateia mais neste aspeto é que ele sendo uma pessoa de esquerda, porque ele é um liberal, mas um liberal muito à esquerda, que que fala em defender os mais desprotegidos, em defender os marginalizados e os pobres, veja o que ele fez ao país. Os ricos do Canadá estão hoje muito mais ricos do que o que estavam quando ele entrou para lá e a pobreza aumentou a um nível desproporcional. Nós temos mais pessoas sem abrigo a dormir na rua, mais pobres a ir a bancos de alimentos buscar comida. Nós temos mais pobreza do que tínhamos, mais crime do que tínhamos. Portanto, alguém que me mostre uma estatística que prove que alguma coisa que ele fez a não ser legalizar droga. Alguma coisa positiva para este país. E as coisas positivas que ele fez, como por exemplo o Dental Care e o Pharma Care, Child Care, só fez porque foi forçado pelo NDP, para se manter no poder. Porque se não fosse isso, ele não fazia. E foi empenhar o país mais ainda para poder dar esses benefícios, porque não está a dar esses benefícios com dinheiro que tinha no orçamento disponível. É só empenhar o país cada vez mais. Todas as pessoas sabem a dívida do Canadá e ele contraiu mais dívida durante o termo dele de primeiro-ministro do que os outros primeiros-ministros todos desde o início da Confederação do Canadá. E isto não tem só a ver com a pandemia.
MS: Entre os liberais, quem é que acha que está em boa posição de assumir a liderança do partido?
FR: Na minha opinião, a única pessoa que tem um bocadinho de cadastro para tomar conta do partido dos que falam para mim é o Mark Carney, porque é uma pessoa que tem experiência no ramo de administração de empresas, de bancos e essa coisa toda e não está completamente ligado ao governo e às atrocidades que eles fizeram nos últimos nove anos. Eu sei que ele teve alguma coisa a ver nos bastidores, no plano económico e isso tudo, mas por exemplo, a Chrystia Freeland, a não ser agora este mês, depois dela se demitir, ela esteve com ele desde o princípio e compactuou com todas as decisões. O Dominique LeBlanc é amigo dele desde que ele nasceu e é uma pessoa
que acompanhou estes passos todos. Por isso, vai ser muito difícil para qualquer uma das pessoas que é agora membro do governo ou membro do Parlamento convencer o eleitorado de que não tem nada a ver com o que se passou até agora. Portanto, se o partido for inteligente vai trazer alguém de fora que tenha um cadastro mais ou menos limpo. Não é para fazer nada nestas eleições porque a não ser que haja um milagre nas próximas eleições, eles não vão a lado nenhum, mas pelo menos para preparar o partido para quatro anos depois.
MS: E o que é que o país pode esperar de Pierre Poilievre se ele vier a ser primeiro-ministro?
FR: Sendo eu um bocado conservador, como você sabe, Poilievre não era a minha escolha para líder do partido. A única razão para ele ter esta popularidade toda, na minha opinião, é o descontentamento do Canadá com o Trudeau do que propriamente o Poilievre. Porque ele, para mim, quando fala parece um reclame na televisão para vender um carro usado ou qualquer coisa. Eu não gosto de um político que usa slogans e que usa frases feitas, eu gosto mais de um político que olhe direto nos olhos das pessoas e responda as coisas nuas e cruas. A verdade como ela é. E eu acho que ele é um bocadinho teatro a mais para o meu gosto. Mas infelizmente é o melhor que nós temos agora. E nós precisamos de um partido que entre para o poder, que mude completamente o rumo que o Canadá tem tido até agora. Nós somos ricos neste país com os recursos naturais que nós temos e não estamos a utilizá-los por questões ideológicas deste governo que resolveu impor regulamentos e barreiras para todas as companhias que queriam investir no Canadá, no setor da energia. Temos que ter alguém que vá outra vez abrir a potência que nós temos para explorar os recursos naturais que nós temos para enriquecer este país, porque o petróleo quer a gente queira, quer não, vai fazer falta ainda por muitos anos. O gás vai fazer falta por muitos anos. Outros recursos, como o lítio e o cobalto, tudo aquilo que nós temos vai fazer falta ainda por muitos anos. E depois estamos a comprar a outros países que poluem muito mais do que nós, o que não faz sentido nenhum. Portanto, tem que haver uma maneira de nós usarmos aquilo que este país tem que faz enriquecer o país para benefício do povo que mora aqui.
MS: Disse no início que é simpatizante das pessoas competentes. Pierre Poilievre não é propriamente um líder que lhe agrade a 100%, mas confia que ele tem, pelo menos, a competência necessária para enfrentar o país neste momento?
FR: Não é só ele, eu não vejo só ele. Eu vejo ele e as pessoas que estão neste momento
no Partido Conservador à volta dele. O Partido Conservador neste momento tem uma data de gente com bastante experiência e bastante competência. Eu não acho que um líder tenha que ser uma pessoa que sabe fazer tudo ou que é super competente, desde que ele saiba rodear-se de gente competente e depois ouça a opinião dessas pessoas... Portanto, se o Poilievre tiver a inteligência de se rodear de gente competente, ministros competentes e ouvir a opinião, eu acho que ele é capaz de assumir o cargo. Mas pior do que aquilo que temos agora, de certeza que não vai ser.
MS: O NDP esteve como aliado de Trudeau durante dois anos e meio, mais ou menos. Quebrou o acordo há muito pouco tempo, o que é que o NDP ganha com a perspetiva de eleições antecipadas?
FR: Nada. Estiveram este tempo todo a apoiar e a suportar e a votar com os Liberais e agora fazem de conta que não tiveram nada a ver com o assunto? Isso é a maior hipocrisia de sempre. Mas isso vê-se nas sondagens, porque este país tem uma história que é assim - todas as vezes que os Liberais estão em baixo, o NDP sobe porque uma parte do voto da esquerda dos liberais vai para o NDP. Esta é a única vez em que os Liberais estão de rastos nas sondagens e o NDP não consegue subir. Até ainda está mais baixo do que estava nas últimas eleições. A única razão que o Jagmeet Singh está ainda como líder do NDP é por ele ser parte de uma minoria. Porque se ele não fosse parte de uma minoria, o próprio partido já o tinha posto na rua há muito tempo.
MB/MS
O século da loucura
Olá, muito bom dia, como está? Muito bem, assim o espero, com estas andanças e já vamos a meio do mês de janeiro que passe mesmo rápido porque este frio é brutal. Haja quem aguente. Nós, claro está. Ao que tudo indica, a partir do dia 10/01 os dias começam a ser mais longos, aos poucos. O mês de dezembro é realmente difícil, mas são das tais coisas a que nunca me vou habituar - dias curtos e noites super longas.
Estes últimos tempos, deste século 21, têm sido mesmo desafiantes. Tem acontecido de tudo. Também nunca ninguém disse que andávamos por cá a passear neste palco de “vida” só para gozar. Bem, isto para os que levam as coisas mais a séria, porque existem pessoas que efetivamente andam neste planeta, completamente obsoletas relativamente ao que acontece. Enfim...
Este ano já entrou a prometer. A Loucura de D. Trump em nos querer transformar no seu 51st estado. De querer controlar tudo e todos. A renúncia de Justin Trudeau que, convenhamos, já não deveria de ter sido re-eleito. Mas agora pergunto eu, tal como nos USA, há grande escolha? Podemos nós confiar nos líderes políticos deste século? Complicado. Não sei bem onde estamos, mas com toda a certeza nem imagino onde vamos nós parar.
Parece que o homem faz e destrói ainda com maior facilidade e destreza. Erros atrás de erros. Super egos. Loucura de génios à mistura. Agora até Elon Musk anda de braço dado com D. Trump. Bem, isto é mesmo muita informação. Ocorre-me uma ideia. Os Estados Unidos a serem pilotados pelos Teslas sem condutores e por Inteligência Artificial. Às tantas ia surtir mais efeito.
Ficamos atentos e só nos resta esperar que alguma destas cabecinhas se ilumine e coloque em cima da mesa de debate algo viável e menos nocivo para todos nós.
É o que é e vai valer sempre o que vale.
Até já e fiquem bem, Cristina
Aos sábados às 7:30 da manhã
Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã
Esta semana
Vemos lixo transformado em arte
Conversamos com o escritor Valter Hugo Mãe
Conhecemos a luso-canadiana Eva Fernandes
Propomos uma alimentação e vida equilibrada no Healthy Bites E viajamos pelos segredos do vinho com Celebrar a Bairrada
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Canadian Politics Puppetry in Motion
Are human beings fundamentally good or bad? Are people mostly generous or are they mostly selfish? These two questions can be asked today as they relate to the status of Canadian politics. Our Prime Minister is confirming the Machiavellian theory that he is deceitful, ungrateful and covetous because he has positioned himself as the singular person who can govern Canada and when Canada gracefully asked him to step aside he finally did on January 6th but with conditions which can damage our country economically.
Why the approach to relentlessly pursue his self-interest considering the economic well being of this country being placed at
risk? There have been studies that suggest that only 30 percent of Americans trust the people around them, which can lead us to conclude that Mr. Trudeau doesn’t trust Canadians or himself to do what is right for this country.
One well established finding of social science research found that Conservatives report being happier than Liberals. This research may have reached this conclusion because Liberals have guided society to the edge of a chasm by promoting social behaviours that are destructive instead of constructive. Promoting social democrat ic behaviours may be politically appealing for a while but the complacency of people who abuse systems using the creed that governments were created to look after
their citizens, end up not only philosophically spreading destructive rhetorics but giving platforms to autocratic cultures to spread their garbage. Liberal neuroticism is now being looked at as a harmful force of uncompromising values, which are not in step with the times we live in. The current Liberal government continues to promote the policies that are economically destroying this country while asking the leader that implemented the policies to leave but without anyone to replace him which is a double standard and opportunistic approach which doesn't make any sense.
his two million dollar pension is safe. At any level of government, geopolitics are about the people we elect into positions of governance, often without researching their capabilities. Once our expectations of those people don’t meet our realities, we don’t question our decisions, only the choices they are making, not understanding that politics are personal, and transparency disappears once individuals are in power. Canada is a large country with each region having its own reasoning for determining what’s best for them. It’s not easy to stand in compromise with each region because of differences of needs. The governance by constant negotiation and accommodation of provincial, municipal and special interest groups creates constant mini conflicts which, if not handled by leadership based universal viewpoints, disagreements become the constant focus. Can we say that Canada is now an ungovernable country because of regime conflicts? I would suggest yes, and regardless of the party in power struggles will be the dominant factors for years to come.
Demographic change has not helped Canada's cause because of rapid increases in population and lack of inclusion in the Canadian way of life. Struggles against political strife imported with new citizens to Canada will play an important part in how this country will stand in the next few years. While we wait for a teetering Liberal government to decide what Canada will face next, let’s also worry about lowering standards of living in large urban centers due to continuous hunger for more of our tax dollars and provincially expect the dancing of politicians as they await their next song to play. If we could only all get along regardless of our political affiliations…or we could become Trump’s puppets and elect Elon
Apresentadora Madalena Balça
Convidados Augusto Bandeira
Vítor Silva
Tema da semana: Discussão de temas da atualidade A demissão de Trudeau e as suas consequências
sexta-feira às 18h
Não foi surpresa para muitos. Para alguns, até pecou por ser tarde demais. Já se esperava algo parecido, mas não de forma tão forçada. Justin Trudeau insistiu em permanecer e garantir a recandidatura, mas alguém o convenceu a sair. A forma como tudo aconteceu, e o estado atual do país, contribuiu para que Trudeau saísse pela porta pequena. Sempre se disse que, ao sair, deve-se fazê-lo pela porta grande. Há tempo para tudo, e as lideranças não são eternas. Quando o tempo se esgota, a melhor decisão é erguer os braços e partir. Sair na hora certa garante que somos lembrados com respeito, mas permanecer no poder contra a vontade da maioria pode transformar admiração
em rejeição, e as memórias menos boas ganham destaque.
Justin Trudeau, que liderou o Governo do Canadá nos últimos nove anos, viu a sua governação mergulhar numa grande instabilidade após a demissão da ministra das Finanças, Chrystia Freeland, no passado dia 16 de dezembro. Trudeau não apenas renunciou ao cargo de primeiro-ministro, mas também à liderança do Partido Liberal. O seu mandato chegou ao fim. No entanto, a popularidade já estava em queda há bastante tempo. Nem mesmo o acordo com o NDP para manter o Governo se mostrou eficaz. Pelo contrário, prejudicou ainda mais o Partido Liberal. Muitos deputados, que tinham potencial, agora enfrentam dificuldades para ser reeleitos. A recuperação e confiança do Partido Liberal não será fácil a curto prazo. Quem vier a assumir a liderança está em posição muito delicada. A gestão do Gover-
no e as decisões impopulares são evidentes, e a responsabilidade recai sobre quem governou. A mudança pode ser positiva. Espera-se que o próximo líder tenha dedicação ao país e atue com responsabilidade e que coloque o país em primeiro lugar.
O Canadá é um país de imigração, mas recentemente não tem recebido os profissionais que realmente precisa. Com a entrada de pessoas sem controle o sistema de saúde enfrenta uma crise e a falta de mão de obra qualificada contribuiu para esse cenário. Houve momentos em que os hotéis estavam com lotação esgotada de pessoas a viver às custas do Governo, o que também ajudou pela negativa na sua popularidade. Tudo isso levou à queda nas sondagens e à perda de apoio.
A liderança de Trudeau também foi questionada pela forma como lidou com as ameaças do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Foi uma situação que gerou preocupação entre os próprios membros do
Partido Liberal, que passaram a pressioná-lo a sair. Com as sondagens a apontar apenas 21% de apoio, o partido continuava a perder força a cada dia que passava. Agora, o novo líder e o próximo primeiro-ministro vão enfrentar desafios significativos, incluindo as provocações de Trump, que chegou a brincar ao chamar o Canadá de "51.º Estado". O futuro líder também vai ter de lidar com a promessa de Trump de aplicar uma taxa de 25% sobre produtos canadianos e mexicanos que entrem nos EUA. Economistas já alertam que essas tarifas podem prejudicar gravemente a economia do Canadá.
O próximo capítulo da política canadiana está prestes a ser escrito. Resta saber se a nova liderança será capaz de enfrentar os desafios e reconquistar a confiança do povo. Como “quem muda Deus ajuda”, vamos esperar por melhores dias. Bom fim de semana.
The Trudeau games... and the future of the Liberal Party
As Justin Trudeau approaches the midpoint of his third term as Prime Minister of Canada, the landscape of Canadian politics is fraught with challenges that could determine not only his future but that the Liberal Party as a whole. With various factors influencing his leadership-ranging from public sentiment to internal party dynamics – Trudeau’s next moves will be critical.
Trudeau’s tenure has been marked by significant achievements and considerable controversies. The COVID-19 pandemic, climate change initiatives, and social justice reforms have defined his government. However, issues such as inflation, housing affordability, and indigenous rights have also sparked criticism. As Canadians grapple with these pressing concerns, Trudeau’s popularity has waned, putting his political future into question.
Trudeau’s political strategies have often been seen as a blend of pragmatism and idealism. He has adeptly navigated various crises, yet his recent maneuvers suggest a more tactical approach as he senses the growing discontent among voters. Some
analysts argue that he may resort to proroguing Parliament – a tactic he employed in 2020 – to reset the narrative and regain control over the legislative agenda. However, this strategy could backfire, as it may be perceived as an evasion of accountability, further alienating voters who seek transparency and action on pressing issues.
Alternatively, Trudeau could choose to resign, especially if the internal pressure builds within the Liberal Party. His departure could be framed as a strategic retreat, allowing the party to rejuvenate under new leadership before the next election. Such a move might stave off a more significant electoral disaster, but it would also leave a considerable legacy in limbo.
The fate of the Liberal Party is intricately tied to Trudeau’s decisions. If he chooses to remain in power and continue his current trajectory, the party risks being “wiped out” in the next election. Dissent within the ranks, coupled with a burgeoning Conservative Party and the rise of third-party movements, poses a real treat. Trudeau’s leadership style, which has often been characterized by a top-down approach, may not resonate with a base that is increasingly calling for grassroots engagement and progressive policies.
On the other hand, if Trudeau steps aside, the party faces the dual challenge of selecting a new leader while also attempting to mend fences with disillusioned voters. A new leader could invigorate the party and help reframe its narrative, but it
would require significant effort and unity within the party ranks.
Trudeau’s ability to connect with Canadians has been a hallmark of his leadership. However, recent polls indicate growing dissatisfaction, particularly among younger voters and those affected by economic pressures. To secure his political future, Trudeau must address these concerns head – on. Engaging authentically with constituents and demonstrating a commitment to meaningful change could help restore faith in his leadership.
The Liberal Party is at a crossroads. With increasing calls for new leadership and fresh ideas, Trudeau may face challenges from within. If he chooses to remain, he must foster unity and address the concerns of party members who feel marginalized or disillusioned. This includes actively collaborating with a diverse range of voices within the party to create policies that resonate with a broader electorate.
Trudeau’s future will also be shaped by the actions of the opposition. If the Conservative Party continues to gain traction and presents a solid alternative to voters, Trudeau may find himself in a precarious position. Conversely, if the opposition remains fragmented, it could provide an opportunity for Trudeau to consolidate support and maintain his position. With the next federal election slated for 2025, Trudeau’s timeline is critical. He can shape his legacy through decisive action in the coming months, particularly in the areas like
climate change, healthcare, and economic recovery. If he can demonstrate tangible progress on these fronts, he may bolster his chances for re-election.... highly unlikely, but if he stays, it’s the only hope.
Ultimately, Trudeau’s legacy will be a significant factor in his future decisions. If he steps down, he may want to ensure that he leaves a party capable of continuing his vision for Canada. This includes mentoring potential successors who can carry the torch, ensuring that the Liberal Party remains relevant and responsive to the evolving needs of Canadians.
The future of Justin Trudeau is a complex tapestry woven from public perception, party dynamics, and political strategy. Whether he chooses to prorogue the legislature, resign, or continue steering the ship, each decision carries significant implications for his legacy and the Liberal Party’s prospects. As Canada heads towards its next election cycle, the stakes are high, and the unfolding political drama will be closely watched by both supporters and critics alike. Only time will reveal whether Trudeau can adapt to the shifting tides or if he will become another footnote in Canada’s political history.
Trudeau finally pulled the plug and prorogued until March 24 when the Liberals will have a new leader with an election most likely scheduled for the first Monday in May 2025.
Good luck to the Liberals existence!
NEXT!
No doubt that over the last number of years world politics have been in a trend of upheaval. Few countries can boast these days of an even relatively stable political environment. In a world where billionaires rule the roost, governments are tending to spend more time defending themselves from the trash spoken on social media than working things out with their political counterparts.
Canada is no exception. With Big Brother south of the border, the once quiet, peaceful Great White North has had to contend with harsh accusations and inuendo, much of which has tended to stick with many Canadians. The mood of the land has shifted greatly to the darker side, turning a once reasonably united nation into one beginning to assimilate its neighbour to the South. The US wants Canada to be more like them, and it seems many Canadians are beginning to believe that they should be. Growing up in Canada, the moto was always that we were
two very distinct cultures, our similarities being the language and not really much else of significance.
But things have changed. The once tolerant Canada seems to be fading. The Canada that listened and discussed openly seems to be fading. Now Canada is divided and angry, not at all the Canada I grew up in, but it has been many years. Don’t get me wrong, Canada hasn’t been any better politically that most other nations of its caliber, we just seemed to handle things somewhat more quietly, and that, in a world of unfair advantages, was at least easier on the ears.
Globalization, an impressive title, has done nothing to help nations and its people, it only created a big shopping mall for the business class. This, in my opinion, is what’s causing the most suffering, to the most people.
We now tend to blame refugees and migrants, although, (maybe not in such great numbers), these people, (and many of us are these people, or at least descendants), have been a driving force for Western
economies for decades, if not centuries. Yet now, they’re the scapegoats, used as a very effective tool to divide an already unhappy populus, looking for someone, or something to blame. Yes, they’re causing strains on local economies, but that is mainly because our infrastructures have been allowed to crumble for decades. Even with a normal flow of people coming to live and work in Canada, the problems the country is now facing would still persist. Add to that the strain of prices constantly on the rise due to the “markets”, (in a system set up to feed the ultra rich, using the poor), compounded by wars and endless new virus threats, and not only are people ripe to be divided against each other, but also so malleable that they tend to believe anything, no matter how ridiculous it may sound, hence this current heyday of billionaire heroes. The power to change or even just adjust the system to allow for more uniformity and fairness lies in the hands of those who benefit from keeping things just the way they are, we have to be conscious of this at all times.
So now Canada has been in political turmoil for a long time, for reasons that I’ve mentioned above, and also because we have a political leader whose head is still in the past, where Canada was a country of respectful dialogue, even if it was long-winded. But that’s no longer relevant considering that Trudeau announced he would be resigning his post as soon as a new Liberal leader is chosen. I think the country needs someone who is fair and just, and has a backbone to say what he or she thinks is in the best interest for the country. Someone who can silence all the noise and move forward. That person doesn’t exist. Whomever ends up lying his or her way to the top will only be another in a line of cronies with their hands tied by big business. There is no magic wand or even hope for a better future for ourselves because nothing will change until its forced to.
Fiquem bem, Raul Freitas
Com o subtítulo de «Colectânea de Escritos Ocultistas» este é o décimo primeiro volume na colecção «Fernando Pessoa em porMENOR» de Nuno Ribeiro (n.1983) seu editor literário e apresentador (edição Apenas Livros).
Olivro tem 80 páginas e o seguinte plano em doze capítulos: Ocultismo, Teosofia, Cabala, Hermetismo, Magia, Alquimia, Astrologia,
Espiritismo, Comunicação Mediúnica, Reencarnação, Os Arcanos do Tarot e Regras. O ponto de partida desta aproximação de Fernando Pessoa ao ocultismo, nasceu da sua actividade de tradutor de textos teosóficos para a Livraria Clássica Editora.
Numa carta de 6-12-1915 a Mário de Sá-Carneiro está a explicação; «Eu nada, absolutamente nada, conhecia do assunto. Agora, como é natural, conheço a essência do sistema. Abalou-me a um ponto que eu julgaria hoje impossível, tratando-se de qualquer sistema religioso. O carácter extraordinariamente vasto desta religião-filosofia: a noção de força,
de domínio, de conhecimento superior e extra-humano que ressumam as obras teosóficas, perturbaram-me muito.»
A página 34 integra um texto sintético mas muito completo sobre o tema «Ocultismo» na visão de Fernando Pessoa: «A Caridade é a bondade em Cristo – o fazer o bem não por ter pena do homem como homem, mas do homem como irmão. A caridade é a bondade ungida, a compaixão feita amor. Somos iguais em Deus, irmãos em Cristo e livres no Espírito Santo.» Um livro espantoso na sua relativa pequenez.
JCF
10 a 16 de
(…) há séculos cada um diz na sua língua os outros eus que nos precederam os que fomos e somos e seremos em outros. Juan Vicente Piqueras, poeta espanhol
Entre a realidade e a memória
No que diz respeito à quadra que agora terminou, cresci entre duas realidades: aquela onde vivia e a que a minha imaginação criara. No lugar onde cresci e me conheci, o clima tropical com elevados índices de humidade brindava-nos com dias muito quentes e húmidos em dezembro, que contrastavam com as imagens dos cartões natalícios enviados pelos familiares e amigos que viviam na Europa.
Durante anos, debati-me com esta dicotomia que me confrontava com um tempo e um espaço que determinavam uma forma de estar e de celebrar as festividades da época, enquanto o meu imaginário me atirava para outras paragens. O calor que nos rodeava convidava à
nudez do corpo, despindo-nos de gorros, cachecóis, casacos e tantos outros adereços que anulavam o frio de quem nele vivia em conforto (deduzia eu das imagens que me chegavam). Eu nunca o havia sentido, mas imaginando-me assim vestida, achava que nada teria a temer. Sentia, por isso, que o meu Natal estava deslocado, vivido sem uma chaminé a fumegar aconchego numa casinha rodeada de pinheiros e muita neve. As primeiras estrofes do poema da balada da neve de Augusto Gil traziam-me o anúncio de um som que, não sendo chuva, nem vento, nem gente, caía e punha tudo da cor do linho, cuja alvura só conhecia de uma ou outra peça do enxoval de minha mãe. A minha inocência fazia perguntas e meus pais falavam-me dos cristais de sincelo suspensos de árvores que eu não conhecia. Pela descrição, associava-as sempre às casuarinas da orla litoral da nossa praia Morena, onde pousávamos as toalhas a marcar território de cada vez que íamos a banhos.
Tornei-me adulta sempre com estes referenciais de invernos por viver, até ao dia
João Inácio de Sousa
em que, ensarilhada nas malhas da História, fui atirada para uma paragem forçada em latitudes bem mais frias. O meu imaginário, confrontado com a realidade, pôde desfazer o mito romântico do conforto idealizado.
Muitas vezes me interroguei como é que criada no calor africano, tenha sempre sentido um enorme fascínio pela possibilidade de viver um natal europeu. Facilmente encontrei a resposta: ela está nas nossas raízes! Se os meus pais, ao emigrarem, não tivessem levado consigo o lastro das suas vivências e não mas tivessem transmitido, eu seria apenas o produto de uma construção em terra alheia, onde não caberiam as representações do clima, fauna e flora europeus, nem das tradições que lhes estão associadas. Na minha identidade africana, não teriam lugar as memórias dos rituais do madeiro aceso noites a fio a arder na praça da igreja, nem do cantar das janeiras porta a porta nas noites gélidas, nem das músicas tocadas e entoadas ao Deus Menino em troca de peças de fumeiro e outras iguarias.
É assim que quase sempre se passa no universo da imigração. Os que já nasceram no país de acolhimento continuam a ser alimentados com a seiva dos que os antecederam para darem corpo a uma identidade híbrida. Sem excluir a aquisição e incorporação de novas práticas ao quotidiano de cada um, é aceite e compreensível que aquela que faz parte da bagagem da ancestralidade se mantenha como uma reserva que perpetua as nossas origens.
Lembrando Ary dos Santos, eu direi, então, que o Natal não é apenas quando um homem quiser, mas, como qualquer outra efeméride, poderá ser “como” e “onde” um homem quiser, porque não são nem o tempo nem o lugar que o definem, mas a mensagem que lhe está subjacente. E a natividade, intemporal e transversal a qualquer outra cultura, festeja-se onde quer que haja um berço de esperança para embalar os homens de boa vontade.
Um memorável filantropo de origem açoriana na Califórnia
A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), cuja presença no território se adensou entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, destaca-se atualmente pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.
Atualmente, segundo dados dos últimos censos americanos, residem nos EUA mais de um milhão de portugueses e luso-americanos, principalmente concentrados em Massachusetts, Rhode Island, Nova Jérsia e Califórnia. É neste último estado, que vive e trabalha a maior comunidade luso-americana do país, constituída por mais de 300 mil pessoas, e cuja presença histórica no oeste dos EUA remonta à centúria oitocentista, aquando da corrida ao ouro, da dinamização da pesca da baleia e do atum, e mais tarde das atividades ligadas à agropecuária. É neste ciclo emigratório oitocentista, que se enquadra o percurso de vida do insigne filantropo luso-americano de origem açoriana, João Inácio de Sousa (1849-1925), cujo monumento em sua homenagem,
testemunho de gratidão da Santa Casa da Misericórdia de Velas, pontifica desde a primeira metade do séc. XX, na praça principal desta vila situada na ilha de São Jorge.
Natural da freguesia de Santo Amaro, município de Velas, John Enas como era conhecido nos Estados Unidos, almejou fortuna na área agrícola, petrolífera e bancária em Bakersfield, no condado de Kern. Foi nesta cidade do interior da Califórnia, onde veio a falecer e se encontra sepultado, que legou grande parte da sua fortuna à Santa Casa da Misericórdia de Velas e ao Asilo de Mendicidade de São Jorge, hoje denominado Casa de Repouso João Inácio de Sousa.
Segundo o obituário do jornal centenário
The Bakersfield Californian, cujas datas de nascimento e falecimento do benemérito luso-americano de origem açoriana diferem das que se encontram na Estátua de João Inácio de Sousa, em Velas (o diário californiano, aponta que o mesmo nasceu em 1852, e que faleceu em 1924, com 71 anos de idade). John Enas chegou aos Estados Unidos em 1861, mormente ao condado de Stanislaus, onde trabalhou na tosquia de ovelhas.
Em 1873, estabeleceu-se em Delano, no condado de Kern, onde adquiriu rebanhos e dedicou-se à criação de ovelhas. Já em 1881, fixou-se em Bakersfield, onde comprou grandes propriedades agrícolas, várias delas terras petrolíferas no campo do rio Kern, onde chegaram a ser explorados mais de uma dezena de poços de petróleo.
No início do séc. XX, o luso-americano associou-se à atividade bancária, ten-
do sido eleito vice-presidente e diretor do Banco Luso-Americano de São Francisco; administrador do Bank of Bakersfield; e ocupou um cargo no conselho de administração da empresa Security Trust até ao momento da sua morte.
Na esteira das informações constantes do obituário do jornal centenário The Bakersfield Californian, o proeminente banqueiro, militante do Partido Republicano e proprietário de Bakersfield de origem açoriana, deixou ao conselho de administração do fundo do Abrigo para Crianças do condado de Kern, 2.500 dólares. Ao bispo da diocese de Los Angeles e Monterey, o membro do capítulo de Bakersfield dos Cavaleiros de Colombo, a maior organização de católicos do mundo, testou 10 mil dólares.
Na linha do diário californiano, para o seu torrão natal, foi legado ao Hospital da Misericórdia das Velas, 100 mil dólares. E ao Asilo de Mendicidade de São Jorge, hoje denominado Casa de Repouso João Inácio de Sousa, mais de 100 mil dólares. O mesmo meio de comunicação, apontava ainda que a maior parte do património do capitalista luso-americano, avaliado em cerca de 700 mil dólares, seria para a sua única irmã, Ana Josefa, natural de Santo Amaro, na ilha açoriana de São Jorge. E que o mesmo nomeara como seu executor testamentário, JA Silveira, presidente do Banco Luso-Americano e da empresa Security Trust. Uma das figuras luso-americanas mais proeminentes do primeiro quartel do séc. XX, o exemplo e percurso de vida de João Inácio de Sousa, é indubitavelmente uma centelha inspiradora do passado, presente
e futuro das comunidades luso-americanas da Califórnia, o estado com maior diáspora de origem portuguesa nos Estados Unidos.
“Eu era estrangeiro e não me acolhestes”
Como pode a nossa sociedade estar com valores tão radicais, marcadamente racistas? O que aconteceu em Portugal no Martim Moniz, recentemente, deve proporcionar imediata reflexão. Imaginemos que alguém filma o desfile do dia 10 de junho na Dundas St, em Toronto, e nas redes sociais comenta que os portugueses invadiram o Canadá, não corresponde à verdade, como em Portugal não fomos invadidos por nenhum tipo de imigração como aliás bem atestam os números do INE. Como podem algumas fações da nossa sociedade ter este pensamento quando, praticamente todos nós, temos membros da família, avós, pais, irmãos, tios e primos, que emigra-
ram. Muitos de nós somos mesmo imigrantes. Não gostamos todos de ser bem tratados e que os nossos emigrantes tenham igual trato de dignidade? O papel da Polícia canadiana, ao lidar connosco que somos imigrantes no Canadá ou da Polícia portuguesa, com os que escolheram Portugal para viver, não deve ir além do papel que tem a desempenhar e deve dar tratamento a todos de maneira justa e com o máximo de respeito.
APolícia em Portugal não deve ser um instrumento nas mãos de nenhuma ideologia, nunca devemos esquecer que em Portugal se vive uma separação de poderes prevista claramente na constituição da República Portuguesa. A força policial nunca deve ser usada para fins políticos e o 25 de abril veio também clarificar isto mesmo, no entanto, estou severamente preocupado com as instituições policiais em Portugal no que diz respeito à sua autonomia.
Permanecem muitas questões por responder sobre o ataque ao mercado de Natal em Magdeburg, onde morreram cinco pessoas e duzentas ficaram feridas no final do ano passado, principalmente sobre o que motivou o suspeito a atropelar aquela multidão. Mas sabemos que simpatizava com a sigla de extrema-direita AfD. A mesma AfD que o bilionário Elon Musk (o novo imperador dos Estados Unidos da América) apoia. Este partido de extrema-direita alemã tem um discurso claramente voltado para a anti-imigração. Estas atitudes são a consequência de como está a mente humana que, a quatro dias do Natal, numa feira típica montada numa praça da cidade, onde centenas de famílias simplesmente desfrutavam das comidas tradicionais, bebidas quentes e do muito artesanato que é comercializado nesta altura do ano.
Não devemos ser guiados nunca por políticas de medo. Em Portugal, assim como aqui na nossa comunidade, temos uma grande maioria de cristãos. Talvez deva-
mos todos refletir sem hipocrisia neste texto que a seguir vos deixo e onde destaco: “Eu era estrangeiro e não me acolhestes”. «... Então dirá o rei: "Ide para longe de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, eu era estrangeiro e não me acolhestes, estava nu e não me vestistes, estava doente e na prisão e não me visitastes."
Então lhe responderão: "Senhor, quando te vimos esfomeado ou sedento ou estrangeiro ou nu ou doente ou na prisão e não te servimos?"
Então ele lhes responderá, dizendo: "Amén vos digo: quanto não fizestes a um destes mais insignificantes dos meus irmãos, a mim o não fizestes...»
Evangelho de S. Mateus
CANADÁ
Já não é uma piada
Ameaças de Trump de absorver o Canadá precisam de ser
O ministro das Finanças, Dominic LeBlanc, disse na quarta-feira (8) que as afirmações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o Canadá deveria tornar-se o 51º Estado devem ser levadas a sério, depois de inicialmente as ter considerado uma piada. “A brincadeira acabou”, disse LeBlanc. “O presidente e os seus aliados continuam a repetir isto - sabemos que não vai a lado nenhum - mas o facto de o repetir não é muito construtivo.”
LeBlanc juntou-se ao Primeiro-Ministro Justin Trudeau numa viagem à propriedade de Trump em Mar-a-Lago, na Florida, no final de novembro, depois de o Presidente eleito ter ameaçado atingir o Canadá com pesadas tarifas. Após a reunião, a Fox News noticiou que Trump disse que se o Canadá não conseguir lidar com os efeitos económicos de uma tarifa punitiva de 25% sobre os seus produtos, deverá tornar-se o 51º estado dos EUA. Quando questionado na altura sobre o comentário de Trump, LeBlanc disse que não era para ser levado a sério. “Numa noite de convívio de três horas na residência do
levadas a sério
Presidente na Florida, num fim de semana prolongado do Dia de Ação de Graças americano, a conversa ia ser leve. O Presidente estava a contar anedotas, o Presidente estava a provocar-nos, não se tratava, obviamente, de um comentário sério”, disse LeBlanc em dezembro. Mas desde essa reunião de novembro, Trump referiu-se repetidamente ao Canadá como o “51º estado” e a Trudeau como “governador” em várias publicações nas redes sociais.
O presidente eleito repetiu a sua afirmação de que os EUA deveriam absorver o Canadá durante uma conferência de imprensa na terça-feira e que consideraria usar a “força económica” para que isso acontecesse. “Isso seria realmente algo extraordinário”, disse ele em Palm Beach, Flórida. “Livramo-nos da linha artificialmente traçada e analisamos o seu aspeto, o que também contribuiria para uma segurança nacional muito melhor.”
Embora tenha afirmado que não está a considerar a possibilidade de recorrer à força militar contra o Canadá, não excluiu a opção de os Estados Unidos retomarem o controlo do Canal do Panamá e adquirirem o território dinamarquês da Gronelândia.
Os últimos comentários de Trump suscitaram uma reação mais enérgica de Trudeau do que a que tem dado nas últimas semanas. “Não há a menor hipótese de o Canadá se tornar parte dos Estados Unidos”, escreveu Trudeau numa publicação nas redes sociais na terça-feira (7).
Na quarta-feira, vários ministros do governo federal disseram que os comentários de Trump devem ser levados a sério. “Quando o presidente eleito Trump fala, temos de o ouvir e temos de o levar muito a sério”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, aos jornalistas. “Nunca encaro as suas ameaças de ânimo leve. Ao mesmo tempo, não podemos morder o isco”, afirmou.
O Ministro da Imigração, Marc Miller, disse que “não há hipótese nenhuma” de o Canadá se tornar parte dos EUA. “Primeiro, teriam de nos encontrar num mapa”, gracejou Miller. “É um disparate. É impróprio de um presidente, de qualquer presidente que diga isso. Mas temos de o levar a sério”.
CBC/MS
Lançada aplicação para ajudar os pescadores no gelo
Marc-André Galbrand diz que o gelo já não é o que era no rio Saguenay, no leste do Quebeque. O que antes era uma placa sólida e congelada, pontilhada de cabanas de pesca ao longo de partes do trecho de 100 quilómetros, tornou-se imprevisível e até “instável”. “Temos todas estas novas realidades”, disse Galbrand, diretor da Contact Nature, uma organização ambiental com sede em Saguenay, Quebeque. “O ano passado... foi o primeiro ano em que não conseguimos organizar as aldeias de pesca no gelo porque o gelo era demasiado fino.”
Esta semana, Marc-André Galbrand diz que o rio quase não tem gelo. “Com as alterações climáticas (...) perdemos quase 95 por cento do gelo”.
O derretimento do gelo e o perigo que representa para os pescadores é parte do que o inspirou a criar uma aplicação chamada Glaces du Fjord, concebida para ajudar a informar as pessoas e mantê-las seguras.
Trabalhando em estreita colaboração com a guarda costeira e os pescadores locais da zona, a aplicação compila informações sobre as marés, os horários das cargas e as condições do gelo, incluindo a sua espessura. Dá ainda aos utilizadores a possibilidade de comunicar alterações ou problemas enquanto estão na água.
Com lançamento previsto ao público na sexta-feira (10), Galbrand diz que a Contact Nature - a organização por detrás da aplicação - tem estado a trabalhar nesta ferramenta gratuita há meses. Ele diz que teve a ideia depois de ver produtos semelhantes concebidos para detetar a segurança nas montanhas e a prevenção de avalanches. Sendo o rio Saguenay um destino de pesca de inverno único e popular, Mathieu Aubin diz que a aplicação pode ajudar a aumentar a segurança.
CBC/MS
Meta está a acabar com o fact-checking nos USA Como vai ser no Canadá?
A decisão do gigante dos meios de comunicação social Meta de se afastar da verificação de factos e de aliviar as restrições de conteúdo nas suas plataformas como o Facebook e o Instagram poderá facilitar a interferência nas próximas eleições federais do Canadá e na corrida à liderança dos Liberais para suceder a Justin Trudeau, dizem os especialistas.
Embora a Meta afirme que a substituição da verificação de factos por parte de terceiros por “notas da comunidade” será lançada primeiro nos Estados Unidos nos próximos meses, diz que a flexibilização das restrições a tópicos incendiários entrará em vigor a nível mundial.
Os peritos afirmam que as alterações poderão permitir que a desinformação em linha e a interferência estrangeira atravessem a fronteira do Canadá. “Com as eleições para a liderança dos Liberais e as eleições federais no horizonte, esta notícia não podia chegar em pior altura para o Canadá”, afirmou Philip Mai, co-diretor do Social Media Lab da Universidade Metropolitana de Toronto. “Envia aos utilizadores uma mensagem clara e preocupante: Estão por vossa conta.... Sem moderadores treinados para fazer cumprir as regras ou combater os conteúdos nocivos, o Facebook e o IG tornar-se-ão um terreno ainda mais fértil para falsas narrativas, teorias da conspiração e retórica divisionista.”
Aengus Bridgman, diretor do Observatório do Ecossistema dos Meios de Comunicação Social, com sede em Montreal, afirmou que o anúncio de terça-feira (7) suscita preocupações quanto à possibilidade de continuar a haver um controlo adequado das plataformas Meta e de eliminar as tentativas de interferência estrangeira coordenadas por pessoas de fora do Canadá.
O Observatório está também preocupado com o facto de esta medida fazer parte de uma tendência maior das plataformas dos meios de comunicação social - reduzir ou eliminar a moderação em nome da liberdade de expressão. “As plataformas são cada vez menos susceptíveis de assumir qualquer grau de responsabilidade pelo conteúdo difundido nos seus sítios”, afirmou.
No entanto, a ministra das Instituições Democráticas, Ruby Sahota, apontou para o facto de o Facebook e outras plataformas de redes sociais terem chegado a um acordo voluntário com o governo federal, no período que antecedeu as eleições de 2019, no sentido de trabalharem para proteger as eleições contra interferências. Sahota disse que espera que as plataformas cumpram os termos desse acordo, a Declaração do Canadá sobre Integridade Eleitoral Online.
Ontário lança descontos para renovações e atualizações de casas com eficiência energética
O Ontário está a introduzir dois novos programas de eficiência energética, incluindo um que oferece descontos para determinados melhoramentos em casa.
OHome Renovation Savings Program (Programa de Poupança para Renovação de Habitações), lançado a 28 de janeiro, irá conceder aos proprietários de habitações descontos até 30% do custo de renovações e melhoramentos de eficiência energética, tais como novas janelas, portas, isolamento, vedação de ar, termóstatos inteligentes, bombas de calor e painéis solares no telhado e sistemas de armazenamento de baterias.
A província também está a alargar o programa residencial Peak Perks às pequenas empresas, dando-lhes um cartão de crédito virtual pré-pago de 75 dólares por cada termóstato inteligente elegível ligado a um sistema de ar condicionado central ou a uma unidade de bomba de calor, e mais 20 dólares por cada ano adicional no programa.
O Ministro da Energia, Stephen Lecce, disse que o programa de renovação de casas significará poupanças iniciais e a longo prazo para os ontarianos. “Uma família ... que pretenda manter-se quente durante o inverno melhorando o seu isolamento, as suas janelas e portas, receberá um descon-
to de até $8.900 pelo isolamento e $100 por cada porta, por cada janela que substitua”, afirmou numa conferência de imprensa. “Tomemos como exemplo um proprietário que invista $15.000 numa nova bomba de calor. Poderão ver um desconto de $4.500 à cabeça, enquanto beneficiam de uma poupança contínua de até 50 por cento na parte do aquecimento da fatura da eletricidade.”
O programa de renovação de casas é semelhante a um que o governo conservador progressista cancelou em 2018, embora Lecce diga que é diferente porque mais proprietários de casas se qualificarão e o novo programa tem um compromisso mais longo.
O governo afirma que, no âmbito do novo plano de eficiência energética que envolve os dois novos programas e os 12 que continuam, as despesas serão de cerca de 900 milhões de dólares por ano, em média, durante 12 anos, em comparação com um orçamento anual de 342 milhões de dólares, em média, nos últimos 13 anos.
O novo programa de renovação de casas e o novo programa Peak Perks para pequenas empresas custarão cerca de $60 milhões e $18 milhões por ano, respetivamente, durante os primeiros anos, segundo o governo.
CBC/MS
Toronto quadruplica o número de agentes de trânsito para combater o congestionamento
A cidade de Toronto planeia quadruplicar o número de agentes de trânsito nas suas ruas para ajudar a reduzir o congestionamento.
Em declarações aos jornalistas junto ao movimentado cruzamento da King Street com a University Avenue, na quinta-feira (9), a Presidente da Câmara, Olivia Chow, afirmou que a cidade irá gastar 3 milhões de dólares este ano para aumentar o número total de agentes para 100.
Os agentes de trânsito são destacados para zonas muito congestionadas da cidade - algo que é monitorizado em tempo real - orientando o fluxo de tráfego e evitando infrações de trânsito como o “bloqueio da caixa”, em que os condutores param no meio de um cruzamento quando o semáforo fica vermelho. “Em
qualquer lugar onde haja engarrafamentos, podemos esperar vê-los - para devolver o tempo aos torontonianos”, disse Chow. A cidade começou a expandir o seu programa de agentes de trânsito alguns meses depois de Chow ter entrado em funções. Atualmente, há 25 agentes em toda a cidade, disse Chow. No ano passado, segundo ela, o número total de horas trabalhadas pelos agentes de trânsito dobrou para 20.000. Isso ajudou a reduzir o congestionamento nos principais cruzamentos, disse Chow. Os agentes de trânsito tiveram uma taxa de sucesso de quase 100%, evitando que os veículos bloqueassem a caixa no movimentado cruzamento da King Street com a Spadina Avenue, disse Chow, e aumentaram a velocidade do elétrico da King Street em 33%.
CBC/MS
Para evitar as tarifas de Trump Ford apresenta um ambicioso plano energético
O Premier Doug Ford está a defender uma parceria energética reforçada entre o Canadá e os EUA, como parte de um esforço mais amplo para evitar as ameaças tarifárias do presidente eleito Donald Trump.
Falando na central nuclear de Darlington, na quarta-feira (8), Ford delineou a sua visão para uma “aliança estratégica renovada” que, segundo ele, veria aumentar as exportações de energia canadiana a sul da fronteira e uma rede elétrica mais integrada.
O plano abrangente incluiria aprovações aceleradas para novas centrais nucleares de grande dimensão e pequenos reatores nucleares modulares, informou a província num comunicado de imprensa. Um grupo de trabalho proposto, composto por legisladores canadianos e norte-americanos e por peritos da indústria, também exploraria formas de reduzir a burocracia para acelerar a construção de infraestruturas energéticas transfronteiriças, como linhas de transmissão e condutas.
Trump afirmou que tenciona impor tarifas de 25% sobre todos os produtos cana-
dianos depois de reassumir o cargo no final deste mês, a menos que o Canadá reforce a segurança nas fronteiras, com ênfase no tráfico de fentanil e nas travessias ilegais. Os economistas alertaram para o facto de tal medida constituir uma ameaça existencial para vários sectores-chave do Ontário. “Estas tarifas seriam devastadoras para as nossas duas economias”, afirmou Ford. “Eles interromperiam cadeias de suprimentos profundamente integradas, criariam uma enorme incerteza para os investidores, aumentariam os custos para as empresas e colocariam inúmeros empregos em risco em ambos os lados da fronteira.” Ford disse que a parceria proposta ajudaria a América do Norte a obter segurança energética à medida que os EUA “se separam da China e dos seus representantes globais”. “Isto não vai ser fácil. Exigirá uma reflexão a longo prazo. Exigirá dedicação. E, acima de tudo, exigirá amigos e aliados. O Canadá está aqui para ajudar”, disse Ford. “Trabalhando juntos, o Canadá e os EUA podem ser os países mais ricos, mais bem-sucedidos, mais seguros e mais protegidos do planeta.”
CBC/MS
Uma igreja de Richmond Hill está em maus lençóis - mais uma vez - por causa do cemitério histórico que supervisiona.
Tanto a Bereavement Authority of Ontario, que regula os cemitérios licenciados na província, como a cidade de Richmond Hill dizem que estão a investigar as condições da Igreja Ortodoxa da Natividade da Mãe de Deus, antiga Igreja Unida de Headford, na Leslie Street, em Richmond Hill.
Ao longo do limite norte do cemitério, são visíveis quatro pilhas de lápides - algumas obviamente partidas - com a relva à sua volta arrancada. Os arbustos foram removidos e os montes de terra estão agora alinhados no perímetro do cemitério. O parque de estacionamento também foi escavado e fechado, e um grande contentor de lixo está agora numa das extremidades. A escavação do parque de estacionamento é especialmente preocupante para Joyce Horner, historiadora local e ex-membro do comité do património de Richmond Hill, porque diz que pode significar que as
sepulturas de indigentes não identificadas foram perturbadas. “É devastador”, disse Horner. “Isto faz parte do património de Richmond Hill. São todos os meus amigos e vizinhos que estão aqui enterrados”.
Horner foi pioneiro no esforço, no final da década de 1990, que deu à antiga Igreja Unida de Headford e ao seu cemitério adjacente, estabelecido em meados do século XIX, a designação de património ao abrigo da Lei do Património do Ontário. A designação significa que uma propriedade não pode ser demolida ou significativamente alterada sem autorização especial do município. De acordo com a Lei, a alteração de um local de património sem aprovação municipal implica multas até $1 milhão. O proprietário também pode ser condenado a pagar o custo de repor a propriedade no seu estado anterior.
Um representante da igreja, identificado apenas como Rev. Pavlo, disse num e-mail à CBC Toronto que não tinha conhecimento de qualquer investigação sobre os acontecimentos na propriedade da igreja.
Morre-se mais de cancro nos Açores do que no resto do país
A doença oncológica representou 27% dos óbitos nos Açores entre 2017 e 2022, estimando-se que existam mais de 1.000 novos casos de cancro por ano, na Região, revelou o Tribunal de Contas (TdC).
“Entre 2017 e 2022, a doença oncológica constituiu uma das principais causas de morte nos Açores (27% dos 14.329 óbitos
registados naquele período), apenas superada pelas doenças do aparelho circulatório (29,3% daqueles óbitos)”, lê-se numa auditoria do TdC à Estratégia Regional de Prevenção e Combate às Doenças Oncológicas dos Açores, a que o nosso jornal teve acesso.
O tribunal alerta que os dados relativos à incidência de cancro no arquipélago estão
desatualizados, sendo “expectável que o número de novos diagnósticos ultrapasse os 1.000 casos por ano”, apesar de estarem registados na “plataforma do Registo Oncológico Nacional apenas cerca de 500 casos anuais”. “No que diz respeito à mortalidade por cancro, os Açores registaram as taxas (brutas e padronizadas) mais elevadas do país, apesar de apresentarem
um perfil populacional mais jovem”, sublinham os juízes.
O TdC alerta que “não existem evidências” acerca da monitorização do Centro de Oncologia dos Açores (COA) aos tempos máximos de resposta garantida e recomenda a inclusão daquela informação nos relatórios dos programas de rastreio.
“Não existem evidências formais comprovativas da monitorização exercida pelo COA relativamente aos Tempos Máximos de Resposta Garantida (TMRG) estabelecidos para as diversas etapas dos quatro programas de rastreio, em particular a primeira consulta, informação crucial para se aferir a eficácia das políticas públicas”, realçam. O tribunal destaca a importância de concluir o estudo adjudicado pelo Governo Regional em 2018 sobre os “fatores de risco específicos para o cancro nos Açores”, que poderá ser um “relevante contributo” para o combate ao cancro na região.
“O estudo ainda não foi concluído, continuando a invocar-se como fundamento para o atraso a pandemia de covid-19, quando o contrato foi celebrado pelo prazo de três meses, renovável. Contudo, de acordo com a informação prestada, estão a ser realizadas diligências junto do contratante, no sentido da conclusão do trabalho de campo”, é apontado na auditoria.
Em dezembro de 2018 foi assinado um protocolo entre a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), a Direção Regional de Saúde e a Universidade dos Açores tendo em vista a realização de um estudo sobre o cancro no arquipélago.
Segundo o Registo Oncológico Nacional, divulgado em Dezembro de 2024, o cancro foi a segunda causa de morte em Portugal em 2021, com registo de 27.577 óbitos, o que representa cerca de 22% do total das mortes naquele ano.
Em 2021 foram diagnosticados 60.717 novos casos de doença oncológica em todo o território nacional.
Doentes regressam na próxima semana ao HDES
A Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, anunciou que está concluída a ampliação da sala de espera da urgência do Hospital Modular do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, o que irá proporcionar um “maior conforto dos utentes”.
“Na preparação para o período do inverno e em antecipação do pico de afluência às urgências, o Governo dos Açores, em colaboração com o Conselho de Administração do HDES, procedeu à ampliação da sala de espera da urgência do Hospital Modular. Assegura-se, assim, um maior conforto dos utentes, evitando que os mesmos tenham de aguardar no exterior”, afirma a governante.
Segundo Mónica Seidi, “esta ampliação
reflete-se num aumento de capacidade de 16 para 80 utentes que podem aguardar confortavelmente nas instalações”.
Mónica Seidi elogiou o “empenho e dedicação de todos os profissionais de saúde, assim como de todas as entidades que, desde o primeiro minuto, têm ajudado o Serviço Regional de Saúde nesta fase”.
“Desde 4 de Maio do ano passado que o Governo dos Açores tem seguido à risca um plano de atuação que prioriza a segurança quer dos utentes, quer dos profissionais de saúde”, sustenta.
“Não podemos facilitar, e vamos continuar a tomar decisões que têm, naturalmente, sustentabilidade técnica associada”, lembrou Mónica Seidi, uma vez que “toda esta situação é de uma enorme complexidade”. A Secretária Regional da Saúde e Segurança Social informou ainda que, na
próxima semana, o Conselho de Administração do HDES comunicará à população o procedimento previsto para a saída de todos os serviços do HDES do Hospital CUF Açores, o regresso ao Campus Hospitalar do HDES e a abertura completa do Hospital Modular.
Segundo Mónica Seidi, “a manobra de saída do Hospital CUF Açores prevê-se complexa, mas está a ser a preparada minuciosamente para acautelar a segurança de todos os utentes e técnicos”.
“Apesar de todas as contrariedades resultantes de um acontecimento inédito no nosso país, o processo de recuperação do HDES está no caminho certo, a bem da população da ilha de São Miguel e dos Açores”, concluiu.
DA/MS
Pedro Ramos ainda não foi ouvido pelas autoridades judiciárias
O secretário regional de Saúde e Protecção Civil, cuja imunidade já foi levantada há algumas semanas, garante ainda não ter sido ouvido pelas autoridades judiciárias, no âmbito do processo 'Ab Initio', relacionado com a suspeita de corrupção que envolve outros elementos do Governo de Miguel Albuquerque. Aos jornalistas, Pedro Ramos disse estar à espera para ser ouvido, notando que não terá sido constituído arguido. "O que eu sei é que fui notificado, tal como os meus colegas Pedro Fino e Rogério [Gouveia] para prestar declarações ao Ministério Público", quando este assim o entender, clarificou. Acrescentou, também, que será o mesmo Ministério Público a decidir que acaba constituído arguido ou não no processo em causa. Para já, garente não ter conhecimento de nada.
DN/MS
PORTUGAL
Estradas
Ativista que hasteou bandeira da Palestina terá de pagar quase 11 mil euros à Câmara de Lisboa
O ativista pela Palestina acusado de dois crimes por ter hasteado a bandeira da Palestina na câmara de Lisboa e ter escrito a palavra "genocida" na fachada do edifício foi condenado esta quinta-feira (9) a uma multa de 2730 euros.
Na leitura da sentença, que decorreu no Tribunal de Pequena Criminalidade de Lisboa, a juíza Carolina Sebastian considerou provado que o ativista praticou os crimes de introdução em lugar vedado ao público e de dano qualificado, a 22 de dezembro de 2023, resultando numa pena de multa de 390 dias. O ativista não esteve presente hoje na leitura da sentença, tal como não esteve presente em nenhuma das sessões anteriores.
Brisa e administradores vão ser julgados por colapso na A14 na Figueira da Foz
A Brisa e outra empresa do grupo, assim como quatro administradores, vão começar a ser julgados este mês, no Tribunal de Coimbra, por suspeita de responsabilidades no colapso de um troço da A14, junto à Figueira da Foz, em 2016.
Os arguidos vão responder por um crime de infração de regras de construção, com o Ministério Público a acusá-los de ignorarem todos os avisos sobre o risco de colapso do troço da A14, autoestrada que liga Coimbra à Figueira da Foz, e de não tomarem as ações que seriam necessárias para evitar o aluimento do piso, que acabou por acontecer em 2 de abril de 2016.
No julgamento, que começa no dia 22, estará a Brisa e a Brisa Gestão de Infraestruturas (BGI), dois membros da comissão diretiva do grupo à data dos factos, bem como o administrador e diretor de departamento da empresa participada, respon-
sável pela gestão de infraestruturas da concessionária.
Segundo a acusação a que a agência Lusa teve acesso, o colapso do troço deveu-se às estruturas tubulares de aço utilizadas para passagens inferiores agrícolas ou hidráulicas, que precisam regularmente de reforço estrutural, face à oxidação do aço.
Para o Ministério Público, o caso só não tomou outras proporções e consequências para condutores, por “mera casualidade e em virtude da pronta intervenção dos passageiros dos primeiros veículos que ali circularam, e que imediatamente se colocaram junto à berma a acenar e a avisar de todas as formas possíveis os condutores para, pelo menos, reduzirem a velocidade e, assim, minimizarem o risco de passagem naquele local”.
O aluimento terá causado danos na A14 de cerca de um milhão de euros.
JN/MS
Todos os factos da acusação deduzida pelo Ministério Público foram tidos provados, com o tribunal a considerar que está em causa uma “conduta bastante censurável” e que o arguido sabia que, ao subir com a ajuda de uma corda para a varanda
da Câmara Municipal de Lisboa, estava a agir “contra a vontade do seu legítimo proprietário”.
Além da pena de multa, o ativista pela Palestina foi ainda condenado ao pagamento de uma indemnização de 10.855 euros à Câmara de Lisboa.
No dia 22 de dezembro de 2023, o ativista pela Palestina terá conseguido subir até à varanda do edifício da Câmara Municipal de Lisboa para trocar a bandeira do município pela bandeira da Palestina. Foi ainda colocada uma faixa com a frase "Palestina livre" e escrita a palavra "genocida" na fachada do edifício. O ativista acabou por ser travado por um polícia municipal e detido formalmente pela PSP.
Na altura, os atos foram divulgados e promovidos nas redes sociais pelos movimentos Climáximo, Greve Climática Estudantil e pelo Coletivo Pela Libertação da Palestina.
Football Leaks
Defesa de Rui Pinto acusa Ministério Público
Os advogados de Rui Pinto manifestaram, esta quinta-feira (9), “repúdio pela atitude do Ministério Público que levou à abertura do segundo processo judicial” contra o criador do Football Leaks, defendendo que este já foi julgado e condenado pelos mesmos crimes.
Em comunicado enviado à Lusa, os advogados Francisco Teixeira da Mota, Luísa Teixeira da Mota e William Bourdon referem que Rui Pinto “foi julgado no âmbito de um processo que se prolongou por três anos, tendo sido condenado a uma pena suspensa de quatro anos de prisão” em 11 de setembro de 2023, por nove crimes, uma decisão que foi confirmada na terça-feira pelo Tribunal da Relação de Lisboa.
O julgamento do segundo processo contra o criador do Football Leaks, no qual este responde por 242 crimes relacionados com
o acesso a emails do Benfica e de outras entidades, arranca na segunda-feira (13), às 14 horas.
Além de frisarem que este segundo processo dá origem a uma “eternização do percurso judicial de Rui Pinto, impedindo de forma absoluta a sua reintegração na sociedade”, os causídicos referem que se trata de “uma clara violação (…) da Convenção Europeia dos Direitos do Homem, viola não apenas os direitos de defesa de Rui Pinto, mas também põe em causa a credibilidade do sistema judicial português aos olhos da comunidade nacional e internacional”.
Desta forma, a defesa de Rui Pinto afirma que este caso “poderá estabelecer um perigoso precedente de abuso processual em detrimento dos direitos fundamentais dos cidadãos”, assegurando que irão interpor um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
de “estratégia perversa e ilegal”
Freguesias
Freguesias
Partidos propõem que 132 uniões
sejam desagregadas em 296 freguesias
A proposta conjunta para a reversão das freguesias agregadas em 2013, apresentada no Parlamento na quarta-feira (8), prevê que 132 Uniões de Freguesia sejam desagregadas em 296 freguesias nas próximas eleições autárquicas.
O Projeto de Lei, subscrito em conjunto na quarta-feira pelo PSD, PS, BE, PCP, Livre e PAN, propõe a desagregação de 132
Aborto
Uniões de Freguesia, mais oito do que as 124 que o Grupo de Trabalho – Freguesias considerou, há cerca de um mês, preencherem os critérios para a desagregação, em 296 freguesias, que voltam à situação administrativa em que estavam antes da fusão prevista pela "Lei Relvas", em 2013. A proposta prevê também a criação de Comissões de Instalação das novas freguesias e Comissões de Extinção das atuais
Uniões de Freguesia, que se manterão em plenitude de funções até à realização das próximas eleições autárquicas, previstas para setembro ou outubro próximos. Segundo o documento, “a manutenção da regularidade dos processos administrativos e operacionais das freguesias deve ser conduzida de forma faseada e criteriosa, assegurando a adequada desagregação das freguesias em causa. As operações de re-
partição de património, direitos, deveres e vinculação de pessoal devem decorrer em paralelo, garantindo a execução ordenada do processo de separação”. Em 2013, Portugal reduziu 1168 freguesias, de 4260 para as atuais 3092, por imposição da troika em 2012/2013.
JN/MS
Alargamento do prazo para o aborto regressa ao Parlamento
O alargamento do número de semanas para a realização de abortos e o fim do período de reflexão são matérias que vão ser discutidas nesta sexta-feira, dia 10, no Parlamento, num debate requerido pelo PS, com projetos de lei e de resolução de todos os partidos, menos do PSD, que deverá votar contra todas as propostas de alteração. CDS e Chega estão contra este alargamento e pretendem reforçar o período de reflexão.
Abancada parlamentar do Partido Socialista e do PCP defendem um aumento do prazo da realização de abortos para as 12 semanas de gestação, “por opção da mulher”, e para 14 semanas se existir “perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saú-
de física ou psíquica da mulher grávida”. O Bloco de Esquerda e o Livre são a favor do aumento da realização da Interrupção Voluntária da Gravidez para as 14 semanas e o fim do período de reflexão, diferenciando-se no número de semanas para casos de perigo, com o Bloco de Esquerda a apresentar 14 semanas e o Livre 16.
O processo para a realização de uma IVG neste momento, em Portugal, é constituído por 6 fases, sendo que o tempo do pedido de marcação para a consulta prévia, legalmente, pode chegar aos 5 dias; o período de reflexão dura 3 dias e a prestação de consentimento é efetuada 3 dias antes do procedimento. Este processo dificulta a realização da IVG dentro das 10 semanas legais. JN/MS
California
Paris Hilton, Tom Hanks e Billy Crystal perdem casas nos incêndios da Califórnia
Bairro de luxo Pacific Palisades ardeu na passada madrugada. Dezenas de famosos viram as suas mansões serem consumidas pelas chamas, enquanto outros foram retirados do local.
Os incêndios florestais que lavram na Califórnia, nos EUA, já queimaram mais de 25 mil hectares e obrigaram milhares de pessoas a fugir. A região tem sido afetada por ventos muito fortes e há registo de cinco mortos.
Para milhares de famosos que possuem casas em Pacific Palisades, bairro de luxo que foi fortemente atingido pelas chamas, os últimos dias têm sido de sofrimento, dor e angústia.
Gronelândia
Rússia
No Instagram, Paris Hilton revelou que perdeu a sua mansão em Malibu, onde criou "memórias preciosas", e deixou uma palavra de agradecimento aos "corajosos bombeiros e técnicos de emergência pré-hospitalar que arriscam as suas vidas" para proteger os habitantes. "Embora a perda seja avassaladora, estou a agarrar-me à gratidão por a minha família e os meus animais de estimação estarem seguros. O meu coração e as minhas orações vão para todas as famílias afetadas por estes incêndios", escreveu.
Tom Hanks, Leighton Meester e Mandy Moore estão também entre as pessoas que viram as suas casas serem destruídas pelo fogo.
"A Janice e eu vivemos na nossa casa desde 1979. Criámos aqui os nossos filhos e netos. Cada centímetro da nossa casa estava cheio de amor. Lindas recordações que não podem ser apagadas. Estamos de coração partido, claro, mas com o amor dos nossos filhos e amigos vamos ultrapassar isto", disse o ator Billy Crystal, em comunicado.
Jamie Lee Curtis, Ben Affleck e Mark Hamill estão entre os famosos que tiveram de abandonar o local. No Instagram, Hamill, estrela do filme "Star Wars", relatou que, após sair da mansão em Malibu, viu "pequenos incêndios dos dois lados da estrada".
Ariana Grande e Billie Eilish partilharam links para ajudar os mais afetados pelo desastre nas redes sociais, enquanto Vanessa
Hudgens mostrou a nuvem de fumo que cobre os céus de Los Angeles e agradeceu aos profissionais que combatem as chamas. Devido aos incêndios florestais, a Academia de Cinema dos Estados Unidos adiou o anúncio dos nomeados para a 97.ª edição dos Oscars para 19 de janeiro. "Muitos dos nossos membros e colegas da indústria vivem e trabalham na área de Los Angeles, e estamos a pensar em vocês", referiram em comunicado, enviado aos seus milhares de membros. A estreia do filme "The last showgirl", protagonizado por Pamela Anderson, foi cancelada, bem como a passadeira vermelha do musical "Better man", de Robbie Williams.
JN/MS
considera dramática
a
declaração
de Trump sobre a Gronelândia
A Presidência da Rússia afirmou esta quinta-feira (9) que está a seguir "muito de perto" o que considerou retórica dramática do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre intenções expansionistas.
Trump reiterou as declarações sobre a anexação da Gronelândia, território dinamarquês no Ártico, uma situação que já tinha colocado no primeiro mandato como chefe de Estado (2017-2021). "O Ártico é uma área do nosso interesse nacional, estamos presentes e continuaremos a estar. Queremos manter a paz e a estabilidade nesta região e estamos prontos a interagir com todas as partes para esse fim", disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas. "Estamos a acompanhar de perto o desenvolvimento bastante dramático da situação que, graças a Deus, até agora se tem mantido ao nível das declarações", continuou.
As rivalidades na região do Ártico estão a aumentar devido à importância estratégica e aos supostos recursos minerais. Os Estados Unidos têm uma base militar na Gronelândia.
Numa conferência de imprensa na terça-feira (7), Donald Trump recusou-se a excluir o uso da força para anexar este território autónomo da Dinamarca. Anteriormente já tinha declarado que o controlo da
Gronelândia era “uma necessidade absoluta" para "a segurança nacional e a liberdade em todo o mundo".
Estas declarações suscitaram o protesto das capitais europeias, que exigiram o respeito pela soberania da Dinamarca sobre o território, enquanto o Reino Unido se recusou a condenar as declarações do seu "aliado mais próximo".
Reagindo aos comentários dos europeus, Dmitri Peskov tentou estabelecer um paralelo com as quatro regiões ucranianas anexadas por Moscovo em 2022, na sequência de referendos que não foram reconhecidos no estrangeiro. "Se estamos a falar da necessidade de ter em conta as opiniões das pessoas, talvez devêssemos também recordar as opiniões dos habitantes das quatro novas regiões da Federação Russa. E mostrar o mesmo respeito pela opinião do povo" da Gronelândia, disse Peskov. JN/MS
Faixa de Gaza
Exército israelita pede aos soldados para evitarem mostrar cara à imprensa
O exército israelita pediu aos seus soldados para evitarem mostrar os rostos ou divulgar os respetivos nomes nos meios de comunicação social nacionais ou internacionais. A medida surge depois de um reservista israelita de férias no Brasil ter sido obrigado a abandonar o país após ter sido denunciado por alegados crimes de guerra em Gaza.
“Esta diretiva entra em vigor imediatamente, a partir de 8 de janeiro de 2025, até nova ordem”, afirmam as Forças Armadas num comunicado em que
pormenorizam as novas orientações para soldados rasos, reservistas e oficiais.
Todos os soldados com patente de coronel ou inferior só poderão aparecer nas gravações de costas, com a cara tapada e identificados apenas pela primeira inicial do seu nome. Além disso, nenhum militar de qualquer patente poderá ser vinculado a qualquer operação em que tenha participado.
Na semana passada, um juiz brasileiro ordenou à polícia que investigasse um reservista israelita de férias no país, depois de ter recebido uma queixa da Fundação Hind
Rajab, uma organização pró-palestiniana, que o acusava de envolvimento na demolição de casas de civis em Gaza. O reservista deixou o país com a ajuda dos serviços consulares israelitas.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, muitos soldados israelitas publicaram nas redes sociais vídeos em que aparecem a destruir casas ou a apelar ao extermínio de palestinianos, o que pode ser interpretado como prova de crimes de guerra.
A Fundação Hind Rajab, que recebeu o nome de uma menina palestiniana de cinco anos morta com a sua família num ataque
israelita ao veículo em que fugiam do norte de Gaza no início de 2024, afirma ter provas que incriminam cerca de 1.000 soldados israelitas.
Segundo os meios de comunicação social israelitas, foram apresentadas queixas contra soldados israelitas por alegados crimes de guerra em pelo menos 14 países, incluindo França, Sérvia, Bélgica, Irlanda, Tailândia e África do Sul. Até à data, não foram efetuadas quaisquer detenções.
JN/MS Guinness
Freira brasileira abençoada pelo Papa tem 116 anos e é a pessoa mais velha do Mundo
Inah Canabarro Lucas, uma freira brasileira de 116 anos, foi reconhecida como a pessoa viva mais velha do Mundo.
Oreconhecimento, confirmado pela organização internacional de especialistas em longevidade humana "LongeviQuest", foi atribuído após a morte da japonesa Tomiko Itooka em 29 de dezembro passado.
Nascida a 8 de julho de 1908 em São Francisco de Assis, no estado do Rio Grande do Sul, Inah Canabarro Lucas era tão magra que muitas pessoas pensavam que não sobreviveria à infância. Porém, aos 16 anos, iniciou o seu percurso religioso no in-
ternato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento. Foi batizada a 21 de abril de 1926 com 17 anos. Mais tarde, mudou-se para Montevideu, no Uruguai, onde foi crismada na Igreja Católica a 1 de outubro de 1929, aos 21 anos. Em 2018, ao celebrar o seu 110.º aniversário, foi abençoada pelo Papa Francisco.
Inah Canabarro Lucas é a segunda freira mais velha da História, ultrapassada apenas por Lucile Randon (Irmã André), de França, que morreu em janeiro de 2023 com 118 anos e 340 dias.
JN/MS
Saturdays 7:30 am
Saturday 10:30 am Sundays 10:00 am
INVERNO ENCANTADO: 12 FESTIVAIS
Niagara Icewine Festival
12 a 28 de janeiro
Niagara-on-the-Lake
Descubra o Niagara Icewine Festival, onde o famoso Icewine do Canadá é a estrela. Participe em degustações exclusivas, jantares gourmet e mercados locais, tudo num ambiente festivo que inclui o Cool as Ice Gala e o festival de humor Icebreakers. niagarawinefestival.com
Children’s Story Walk
25 de janeiro
Orillia
Junte-se a um passeio único na floresta! No Scout Valley, leia uma história sobre a natureza enquanto explora trilhas no Dia da Alfabetização Familiar, 25 de janeiro. Procure sinais de animais, descubra características naturais e termine na Regan House com cidra quente, artesanato e um sorteio especial. Diversão em família! couchichingconserv.ca/passport-to-nature
Hamilton Winterfest
1 a 7 de fevereiro
Wacky Winter Games
24 de janeiro
Hamilton
O Winterfest oferece eventos exclusivos, como apresentações ao vivo, música e o Winterfest POP. Visite o Winterfest Hub para instalações de arte, vídeos interativos, Frost Queens e o Family Day Extravaganza, entre outras atrações imperdíveis durante todo o festival. hamiltonwinterfest.ca
Orillia
Visite o Departamento de Família das 10h às 12h para desfrutar de competições, atividades, artesanato e muito mais, tudo inspirado na neve!
O programa é gratuito e aberto a todas as idades, sem necessidade de registro.
calendar.orillia.ca/Default/Detail/2025-01-24-1000-Wacky-Winter-Games
Quebec Winter Carnival
26 de janeiro a 11 de fevereiro
Quebec City
A melhor tradição de inverno para toda a família! Siga o Bonhomme pelas ruas da Velha Quebec e aproveite corridas de canoa no gelo, esculturas incríveis, escorregadores emocionantes e a maior luta de bolas de neve do mundo. Desfiles noturnos e atividades para todas as idades garantem uma experiência inesquecível!
carnaval.qc.ca/en
Full Moon Night Snowshoe
14 de fevereiro Hawkestone
Agasalhe-se e explore a magia do inverno no East Coulson Swamp (NCC) sob a luz da lua cheia! Caminhe com raquetes de neve enquanto guias especializados, Chase Moser e Jamie Ross, compartilham curiosidades sobre a ecologia local. Traga suas raquetes de neve e viva uma experiência única na natureza!
https://couchichingconserv.ca/passport-to-nature/
FESTIVAIS PARA AQUECER O SEU ESPÍRITO!
Stratford Winterfest
25 de janeiro
Fire & Ice Festival
Stradford
Este evento familiar oferece diversão para todos, com esculturas de gelo, food trucks, caça ao tesouro e muito mais! No Upper Queen’s Park, desfrute de shows, maple taffy, alpacas, jogos infantis, demonstrações de ferreiro, hockey shoot-out, corridas de esqui, caminhadas na neve e descidas de tobogã.
stratfordwinterfest.ca
Winterlude
31 de janeiro a 17 de fevereiro Ottawa
Descubra o melhor do inverno canadiano! Admire impressionantes esculturas de gelo criadas por artistas de todo o mundo, patine no famoso Rideau Canal Skateway e divirta-se no gigantesco parque de neve Snowflake Kingdom. Explore locais urbanos, museus e eventos especiais com programas sazonais e ligação à cultura indígena. A maioria das atividades são grátis. canada.ca/en/canadian-heritage/campaigns/winterlude.html
Winter in the Wild Festival
15 de fevereiro
Algonquin Park
Este festival familiar celebra o inverno no Parque Algonquin, com eventos indoor e outdoor em vários locais ao longo do Corredor Highway 60. Atividades incluem caminhada guiada para observação de aves, raquetes de neve, demonstrações de campismo, patinagem no gelo, fogueira, churrasco e caminhada noturna. Todas as atividades são gratuitas com o passe diário de veículo ou de campismo (exceto comida no churrasco). https://www.algonquinpark.on.ca/news/winter_in_the_wild.php
25 de janeiro
Bracebridge
O "FIRE" inclui apresentações de artistas de fogo, um espetáculo de fogos de artifício e fogueiras para aquecer, com um delicioso petisco Muskoka. O "ICE" oferece exposições interativas de gelo, esculturas, patinagem (com raquetes próprias, dependendo do tempo). O bilhete dá acesso à popular Downtown Tube Run, descendo a rua principal de Bracebridge.
fireandicebracebridge.com
Barrie Winterfest
1 a 2 de fevereiro
Barrie
Um dos principais festivais de inverno de Ontário inclui o mini tobogã de Snow Valley, a exposição "Speaking of Wildlife", infláveis, jogos, buskers, zona de aquecimento com fogueira, escultura de Siggi Buhler, mostra de pipas, assados à fogueira, Nature Play Trailer e mercado de vendedores.
barrie.ca/Winterfest
Winter Craft Beer Festival
17 a 18 de fevereiro
Toronto
Este festival é uma experiência única de inverno no centro de Toronto. Prove mais de 40 cervejas artesanais de Ontário, explore food trucks e aproveite o ambiente ao ar livre com clima de après-ski. Um evento imperdível para os amantes de cerveja!
craftbeerfest.ca
ÁFRICA
Venâncio Mondlane em segurança em
Maputo após intervenção da polícia
O candidato presidencial Venâncio Mondlane encontra-se em Maputo “em segurança”, disse à Lusa fonte próxima do político, depois da polícia ter dispersado, com tiros e gás lacrimogéneo, uma multidão que o ouvia, com pessoas atingidas. “Está em segurança, encontra-se hospedado em Maputo. Está bem”, disse à Lusa fonte próxima do candidato.
Na intervenção que fazia, na zona do Mercado Estrela, cerca das 10:00 locais, Venâncio Mondlane voltou a dizer, como o fez em declarações aos jornalistas à chegada ao aeroporto de Maputo, que vai até às últimas consequências pela reposição da verdade eleitoral, reafirmando-se vencedor das eleições gerais de 09 de outubro.
Ao fim de alguns minutos, ao falar aos apoiantes em cima de um carro de som, em que simbolicamente voltou a prestar juramento do que autointitulou tomada de posse, e depois de vários disparos e gás lacrimogéneo lançado na envolvente pela polícia, uma carga policial provocou a fuga generalizada, logo o após o apelo para desmobilização lançado por Venâncio Mondlane.
O candidato presidencial chegou na quinta-feira (9) a Maputo cerca das 08:20 locais, após dois meses e meio fora do país, seguindo depois para o centro da capital moçambicana com a sua comitiva rodeada de milhares de pessoas. Nas declarações aos
jornalistas no aeroporto, Mondlane acusou as autoridades moçambicanas de "uma espécie de genocídio silencioso" na repressão à contestação dos resultados das eleições gerais de 9 de outubro, mas manifestou-se disponível para o diálogo e para negociar. O candidato justificou o seu regresso com o facto de não poder continuar fora do país quando o povo “está a ser massacrado”. Confrontos entre a polícia os manifestantes já provocaram quase 300 mortos e mais de 500 pessoas baleadas desde 21 de outubro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo. O Ministério Público abriu processos contra o candidato presidencial, enquanto autor moral de manifestações que, só na província de Maputo terão causado prejuízos, devido à destruição de infraestruturas públicas, no valor de mais de dois milhões de euros. O Tribunal Supremo já afirmou, anteriormente, que não há qualquer mandado de captura emitido para Mondlane nos tribunais.
A 23 de dezembro, o Conselho Constitucional, última instância de recurso em contenciosos eleitorais, proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição presidencial, com 65,17% dos votos, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar.
JN/MS
João Lourenço e EUA condenam avanços
do M23 na RDC
Os esforços de mediação de Angola no conflito na República Democrática do Congo (DRC) encontram-se em perigo de colapso total após avanços do grupo rebelde M23, já condenados pelo Presidente João Lourenço e pelo Departamento de Estado americano.
No sábado passado (4) os rebeldes capturaram a cidade de Masisi, na província do Kivu Norte, numa ofensiva que Lourenço descreveu de “irresponsável” e o Departamento de Estado de violação “descarada” de acordos anteriores. "Esta ação irresponsável compromete gravemente os esforços de pacificação do conflito prevalecente na região leste da RDC e representa uma flagrante e inaceitável violação ao cessar-fogo que vigora desde 4 de agosto de 2024”, disse o Presidente angolano em comunicado divulgado na terça-feira, dia 7.
João Lourenço manifestou ainda "profunda preocupação face à escalada do conflito" e considera a tomada de Masisi pelos rebeldes "uma violação da integridade territorial e soberania da RDC, tal como estipula o Ato Constitutivo da União Africana e da Carta das Nações Unidas".
Em Washington, o Departamento de Estado americano disse em comunicado que “os Estados Unidos condenam as violações descaradas do cessar-fogo no leste da República Democrática do Congo pelo grupo armado M23, apoiado pelo Ruanda e alvo de sanções pelos Estados Unidos e pela ONU". “Os avanços contínuos do M23, in-
cluindo a tomada da cidade de Masisi neste fim de semana, prejudicam os esforços para alcançar uma paz negociada no leste da RDC, ao mesmo tempo que prejudicam e deslocam civis na área”, acrescentando o comunicado que sublinha que “o M23 deve cessar imediatamente as hostilidades e respeitar o cessar-fogo”.
Os Estados Unidos “reiteram o apelo de longa data para que o Ruanda retire da RDC, imediatamente, todo o pessoal e equipamento das Forças de Defesa do Ruanda”. “Para pôr fim ao conflito e ao sofrimento, é vital que tanto a RDC como o Ruanda cumpram os seus compromissos com o Processo de Luanda mediado por Angola e garantam que o mecanismo reforçado de verificação ad hoc esteja operacional”, conclui o comunicado do Departamento de Estado.
No mês passado, uma cimeira em que deveriam participar os Presidentes do Ruanda e da RDC, com mediação de João Lourenço em Luanda, foi cancelada após um impasse nas negociações. Havia grandes esperanças de que a cimeira terminasse com um acordo de cessar-fogo.
Dias depois, o Presidente angolano enviou uma mensagem ao seu homólogo do Ruanda, através do ministro das Relações Exteriores, Téte António, que viajou expressamente a Kigali com esse propósito, de acordo com uma nota da Presidência da República, que não revelou o teor da mesma.
VP/MS
Após mais de 20 meses de guerra, Sudão vive ‘a pior crise humanitária do mundo’
Por ocasião do 69º aniversário da independência do Sudão, em 1º de janeiro de 2025, o general Abdel Fattah al-Burhan, chefe do exército e presidente do Conselho Soberano, mais uma vez descartou qualquer coabitação com seu rival, o general Hemedti, chefe das Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares. “Não podemos aceitar a presença desses matadores, desses criminosos, e seus apoiadores entres nós”, declarou al-Burhan em discurso na televisão, em um pronunciamento que deu o tom das relações entre os dois lados, após mais de 20 meses de batalha.
Aguerra civil eclodiu em 15 de abril de 2023 entre o exército liderado por al-Burhan e as Forças de Apoio
Rápido (FSR) de dirigidas pelo general Hemedti, que já disputavam o poder desde o golpe de outubro de 2021. Desde então, o país segue dividido. De um lado, o FSR controla todo o oeste do território e várias províncias do Darfur, e os estados ao sul. Já o exército oficial controla o leste do país, os estados de Nilo Branco e Nilo Azul, Sennar, Gedaref e Kassala. Atualmente, a maior parte dos combates está concentrada em três áreas. Na capital, Cartum, que ainda está dividida em duas, mas onde o exército recuperou terreno nos últimos meses, bem como no enorme distrito de Bahri, ao norte do centro da cidade. Também houve combates ao sul da capital, nos estados de Sennar e al-Jazirah, essenciais para a produção de grãos do país, e onde a FSR é acusada de destruir dezenas de vilarejos nos últimos
meses. E, finalmente, el-Fasher, a capital de Darfur do Norte, na fronteira com o Chade. Última grande cidade de Darfur ainda nas mãos do exército, el-Fasher está sitiada por paramilitares há 8 meses e provavelmente está enfrentando os combates mais ferozes dessa guerra. Foi nessa região que a ONU declarou oficialmente a fome generalizada há alguns meses.
As Nações Unidas descreveram a situação no Sudão como sendo a pior crise humanitária do mundo. No final de dezembro, a agência de refugiados da ONU (Acnur) contabilizou mais de 8,7 milhões de sudaneses deslocados no país. A esse número somam-se 3,2 milhões de refugiados que deixaram o país e estão em nações vizinhas: 1,2 milhão no Egito, 900 mil no Sudão do Sul, 720 mil no Chade, além da Líbia, Uganda, Etiópia e Repúbli-
ca Centro-Africana. Esses movimentos populacionais em massa foram agravados pela falta de alimentos. Oficialmente declarada há poucos meses no campo de refugiados de Zamzam, no norte de Darfur, a fome já se espalhou por mais cinco regiões: três campos de refugiados do norte de Darfur, a região das montanhas Nuba e o sul do país. Uma situação que ameaça mais de 630.000 pessoas, de acordo com um relatório do IPC, um sistema de classificação de segurança alimentar usado pela ONU. Mais da metade da população sofre com a fome. De acordo com a Unicef, mais de 13 milhões de crianças precisam de ajuda humanitária.
RFI/MS
Lula politiza cerimônia em defesa da democracia
Dois anos após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o governo reintegrou nesta quarta-feira (8) ao acervo da Presidência da República obras de artes vandalizadas pelos extremistas. Ao todo, foram entregues 21 itens.
Entre as obras recuperadas estão um relógio de pêndulo do século XVII, uma ânfora italiana em cerâmica esmaltada e o quadro "As Multas", do pintor Di Cavalcanti.
Esses itens estavam no Palácio do Planalto quando foram danificados após a invasão do prédio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parafraseou o título do filme de Walter Salles "Ainda estou aqui" em seu discurso em defesa da democracia, durante a programação que marcou dois anos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Lula reafirmou que os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro de 2023 serão punidos,
inclusive os suspeitos de um plano para matar o petista, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
"A arte e a cultura, que as ditaduras odeiam, a história e a memória que sempre tentaram apagar. Estamos aqui porque é preciso lembrar para que nunca mais aconteça. Se hoje estamos aqui, é porque a democracia venceu. Hoje, estamos aqui para garantir que ninguém seja morto por causa da causa que defenda, estamos aqui em nome de todas as Marias, Clarices e Eunices. Democracia para poucos não é democracia plena. Por isso, democracia é sempre uma obra em construção".
Lula também afirmou que trabalha para que pessoas não sejam mortas por questões políticas, a exemplo do que ocorreu no passado do país.
G1/MS
Brasileiros vão precisar pagar por autorização de viagem para entrar no Reino Unido
Brasileiros vão precisar pagar por uma autorização de viagem eletrônica (ETA, na sigla em inglês) para entrar no Reino Unido a partir desta quarta-feira (8).
Oprocedimento custa 10 libras esterlinas (aproximadamente R$ 77, na cotação do dia 6 de janeiro) e vale por até dois anos. A medida vale para os portadores de todos os passaportes (comuns, oficiais e diplomáticos).
A novidade não é exclusiva ao Brasil. Todos os viajantes de países não europeus isentos de visto precisarão de um ETA para entrar no Reino Unido a partir de 8 de janeiro.
Esse sistema vem sendo implementado há algum tempo; quem viaja do Catar, por exemplo, já precisa dessa autorização desde outubro de 2023.
O ETA permitirá que os viajantes permaneçam no Reino Unido por até seis meses para os seguintes propósitos, segundo o governo do país:
• passeio, visita a familiares ou amigos, negócios ou curso acadêmico de curta duração;
• trabalho no setor criativo por até três meses sob a concessão de visto de trabalhador criativo;
• visita ao país para um trabalho remunerado permitido (pré-agendado e pré-aprovado);
Fernanda Torres ganha Globo de Ouro de melhor atriz e dedica prêmio a Fernanda Montenegro
A brasileira Fernanda Torres ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz em filme de drama, no último domingo (5), por sua atuação em "Ainda estou aqui".
Avitória é inédita para o país na categoria. Fernanda concorria com Nicole Kidman ("Babygirl"), Angelina Jolie ("Maria Callas"), Kate Winslet ("Lee"), Tilda Swinton ("O quarto ao lado") e Pamela Anderson ("The last showgirl").
Em "Ainda estou aqui", uma produção original do Globoplay dirigida por Walter Salles, a atriz revive a história real de Eunice Paiva, advogada e mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva. Eunice passou 40 anos procurando a verdade sobre Rubens (interpretado por Selton Mello), seu marido desaparecido durante a ditadura militar no Brasil.
Neste domingo, ao receber seu prêmio das mãos da atriz Viola Davis, Fernanda dedicou a vitória à mãe: "Quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm ideia... Ela estava aqui há 25 anos. Isso é uma prova de que a arte pode permanecer na vida das pessoas, mesmo em momentos difíceis, como os que Eunice Paiva viveu." No Globo de Ouro 2025, "Ainda estou aqui" também concorria na categoria de melhor filme em língua não inglesa, mas o prêmio foi para o francês "Emilia Pérez", maior indicado da noite, com dez nomeações no total.
• para fazer escala, mesmo que você não esteja passando pelo controle de fronteira do Reino Unido.
Como obter o ETA?
A autorização de viagem eletrônica poderá ser obtida por meio do aplicativo para iPhone ou Android, ou pelo site do governo britânico. A solicitação deve ser feita individualmente, mas pode ser realizada por terceiros, como no caso de crianças. O processo de solicitação dura cerca de 10 minutos e você vai precisar enviar uma foto do passaporte e do rosto do solicitante. Também será necessário responder algumas perguntas, mas não é preciso inserir detalhes da viagem.
Por fim, será preciso pagar a taxa, o que pode ser feito por cartão de crédito, de débito, Apple Pay ou Google Pay.
Se a autorização for aprovada, você receberá um e-mail confirmando que você tem um ETA e ele será vinculado ao passaporte com o qual você se inscreveu em cerca de três dias úteis.
Se você precisar viajar com urgência, é possível ir para o Reino Unido enquanto se aguarda uma decisão em relação ao ETA. Mas essa solicitação deve ser feita antes da viagem. A autorização foi divulgada em dezembro pelo Ministério das Relações Exteriores.
Essa é a primeira vitória do país no Globo de Ouro desde 1999, quando "Central do Brasil" venceu como melhor filme em língua estrangeira. O longa de 1998 é protagonizado pela mãe de Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, que também atua em "Ainda estou aqui".
Mas o Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira (8) os indicados para sua premiação anual, o SAG Awards 2025. Fernanda Torres, brasileira de "Ainda estou aqui", ficou de fora da lista do evento, um dos principais termômetros do Oscar. A expectativa por indicação da brasileira cresceu para o Oscar, após vitória no Globo de Ouro 2025.
G1/MS
MPU publica edital com 152 vagas e
salários
de até R$ 13,9 mil
O Ministério Público da União (MPU) divulgou, nesta quarta-feira (8), o edital com as regras para o novo concurso público. Estão sendo ofertadas 152 vagas, com remuneração inicial de até R$ 13,9 mil.
As oportunidades são de nível superior, para os cargos de Analista e Técnico em diferentes áreas. O processo seletivo está sendo organizado pela Fundação Getulio Vargas
A remuneração inicial para o cargo de Técnico é de R$ 8.529,65. Para Analista, de R$ 13.994,78. A jornada de trabalho dos aprovados é de 40 horas semanais. Do total de vagas a serem preenchidas, estão reservadas:
• 20% para negros (pretos e pardos);
• 10% aos candidatos com deficiência;
• 10% para minorias étnico-raciais (população indígena, quilombolas, ciganos, povos/comunidades tradicionais).
As inscrições deverão ser feitas via internet, no período das 16h do dia 13 de janeiro até as 16h do dia 27 de fevereiro.
Quem tiver dúvidas, poderá ter informações referentes ao concurso por meio do telefone 0800-283-4628 ou do e-mail concursompu2025@fgv.br.
G1/MS
Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.
Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.
Não fique Fora de Jogo.
entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.
Benfica-1/ SC Braga-2
Benfica só pode queixar-se do que não foi como equipa
Foram 61.750 os que estiveram na Luz para ver o Benfica-SC Braga, e quase 60 mil eram afetos à equipa da casa, que entrou em campo com o sabor doce na boca dos dois pontos que o Sporting tinha deixado em Guimarães, que colocavam os campeões nacionais ao alcance da águia. Porém, face ao Benfica, neste final de primeira volta, os leões acabaram por ganhar um ponto. O SC Braga – o maior poço de contradições desta Liga - foi a equipa mais esclarecida, mais adulta e mais fria, e soube aproveitar bem as alamedas que a estrutura defensiva do Benfica continua a construir para a progressão dos adversários, nomeadamente em ataques rápidos.
Bem vistas as coisas, logo aos 17 minutos, na sequência de uma perda de bola de Arkturkoglou, os minhotos tiveram todo o espaço e tempo para fazerem chegar a bola a Fran Navarro que sem grande oposição bateu Trubin; e aos 40 minutos, Bambu, após um pontapé de canto apontado por Ricardo Horta, foi o único jogador na área encarnada a saltar à bola para fazer, à vontade, o 0-2.
Na primeira parte, quantos remates enquadrados teve o Benfica? Zero. Apenas aos 8 minutos Pavlidis esteve perto do golo, mas acertou na malha lateral. Curto, para quem precisava de ter uma abordagem mais assertiva ao jogo, e revelou uma ansiedade que fez o esférico queimar os pés dos jogadores, subtraiu na dinâmica, e levou a que se notasse, à exaustão, a incapacidade de pressionar a saída de bola do adversário e, mais grave ainda, conseguir manter, de forma a mandar nos acontecimentos e não de ir atrás deles, o controlo da partida.
I LIGA - CLASSIFICAÇÃO
Após o intervalo, o Benfica regressou em 4x4x2, com o sacrifício de Aursnes para a entrada de Arthur Cabral, que se juntou a Pavlidis, passando o duplo pivot a ser assegurado por Barreiro e Kokçu. Mas as soluções dos encarnados pouco assustaram Matheus, e só aos 52 minutos enquadraram o primeiro remate, que saiu à figura do guarda-redes minhoto. E os males da primeira parte, no que respeita à vulnerabilidade defensiva mantiveram-se, embora, especialmente a partir da tripla alteração do Benfica, aos 67 minutos (Pavlidis/Amdouni, Arkturkoglou/ Schjelderup e Bah/Renato, passando Barreiro para a direita da defesa), o domínio territorial, também por escolha de Carvalhal, passasse a ser mais evidente, embora não melhorasse a lucidez, como vários passes sem rei nem roque de Renato Sanches mostraram.
Foi neste contexto de falta de soluções que Arthur Cabral, aos 78 minutos, tirou um coelho da cartola e, com um belo remate de meia-distância, reduziu para 1-2. Pela Luz passou a ideia de que os derradeiros 18 minutos (12 até aos 90 e mais seis de compensação) iriam ser de grande sofrimento para o SC Braga. Porém, não foi isso que sucedeu. Sem mexer no 5x4x1, Carlos Carvalhal foi ao banco, aos 82 minutos, em jogada de mestre, refrescar o ataque (Horta por Roger e Navarro por El Ouazzani), mantendo um Benfica que, já depois de Di María ter saído, apostava muitas fichas nos cruzamentos de Beste, Carreras e Barreiro, que procuravam Cabral, Amdouni e Otamendi, em contenção, sem que os donos da casa tivessem disposto de alguma oportunidade clara para empatar a partida. A Bola/MS
Vitória
Moreirense
Benfica
Santa
Casa Pia AC 1-1 FC Famalicão
Est. Amadora 2-4 Estoril Praia Gil Vicente 1-1 Rio Ave
Nacional 0-0 FC Porto
18ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)
Benfica 20:15
Famalicão 18 de janeiro
Santa Clara 15:30 Estoril Praia
Rio Ave 18:00 Sporting
Vitória SC 20:30 FC Arouca 19 de janeiro
Nacional 15:30 AFS
Moreirense 15:30 Farense
Est. Amadora 18:00 SC Braga
Gil Vicente 20:30 FC Porto 20 de janeiro
Boavista 20:15
Casa Pia AC
V. Guimarães exerce opção de compra por Kaio César
SAD do V. Guimarães investe 1,5 milhões de euros no avançado brasileiro, que assina um contrato válido por quatro épocas.
Kaio César fica no clube minhoto a título definitivo e, segundo apurou o JN, assina um contrato válido por quatro quatro temporadas.
O extremo brasileiro está cedido pelo Curitiba, mas a SAD liderada por António Miguel Cardoso vai exercer a opção de compra de 60% do passe do jogador pelo valor de 1,5 milhões de euros.
Com maior fôlego financeiro, fruto dos 10 milhões de euros já arrecadados na Liga Conferência e com a transferência de alguns ativos em andamento, os responsáveis minhotos foram céleres no processo de aquisição de Kaio César, um dos jogadores em destaque na Liga Conferência. Com um rendimento que despertou cobiça de clubes em Inglaterra, Itália, França e Grécia, os responsáveis minhotos foram rápidos na decisão de segurar um dos ativos de futuro e que é uma peça importante da equipa treinada por Daniel Sousa.
Liga anuncia a nova data para o Nacional - F. C. Porto, que foi interrompido na sexta-feira (3).
Ojogo entre o Nacional-F. C. Porto, interrompido ao fim de 14.30 minutos devido ao nevoeiro que se faz sentir na Choupana, será reatado no próximo dia 15 de janeiro, às 17 horas.
Segundo o comunicado da Liga, as "previsões meteorológicas adversas para este sábado" levaram a que a partida não ti-
vesse sido reatada no dia seguinte à data prevista, por "acordo alcançado entre os clubes". A nota diz ainda que, de acordo com os artigos 41.º, 46.º e 106.º do Regulamento de Competições, o reatamento do jogo será feito com os seguintes pressupostos:
• a ficha técnica pode ser alterada para incluir qualquer jogador que, encontrando-se regulamentarmente inscrito à data do jogo interrompido, dela não constasse inicialmente;
• os jogadores substituídos ou expulsos durante o jogo interrompido, bem como os que nele não podiam participar por motivo de sanção disciplinar, não podem ser utilizados;
• os jogadores que estavam em campo no momento em que o jogo foi interrompido não podem ser incluídos na ficha técnica como suplentes;
• as sanções impostas antes de o jogo ser interrompido continuam a valer para o restante tempo de jogo;
• os cartões amarelos exibidos antes de o jogo ser interrompido não contam para efeitos de sanção por acumulação [para os jogos seguintes] antes da conclusão do jogo interrompido;
• os jogadores expulsos durante o jogo interrompido não podem ser substituídos e o número de jogadores no alinhamento inicial será o mesmo de quando o jogo foi interrompido;
• os jogadores suspensos na sequência de um jogo disputado após o jogo interrompido podem ser incluídos na ficha técnica;
• as equipas podem fazer apenas o número de substituições a que tinham direito quando o jogo foi interrompido;
• o jogo deve reiniciar-se no mesmo local onde a ação decorria quando foi interrompido (ou seja, cobrança de livre, lançamento de linha lateral, pontapé de baliza, pontapé de canto, etc.). Se o jogo tiver sido interrompido em jogada corrida, o reinício ocorrerá com o lançamento de bola ao solo no local onde a mesma se encontrava;
• parte das despesas acrescidas do clube visitante poderão ser suportadas pelo Fundo de Garantia da Liga Portugal, após análise e validação do pedido;
• os portadores de bilhetes de ingresso têm direito a trocá-lo, até ao penúltimo dia útil que antecede a data da realização da conclusão do jogo, por um bilhete de igual categoria, contra a apresentação do bilhete de ingresso completo.
JN/MS
Coração vitoriano trava Sporting em loucura no Berço
No regresso de Rui Borges a Guimarães, o Sporting esteve a vencer por dois golos na segunda parte, permitiu a reviravolta dos minhotos e empatou no último suspiro.
Quejogaço a abrir o ano. O campeão nacional teve uma mão no triunfo, permitiu a reviravolta vitoriana e resgatou um ponto no penúltimo minuto de compensações, mas pode entregar a liderança do campeonato ao F. C. Porto e ser igualado pelo Benfica. No regresso de Rui Borges a Guimarães, o Sporting pareceu voar nas asas de um hat-trick de Gyokeres, mas a atitude, essa, foi toda do Vitória, que mostrou uma alma enorme na segunda parte e ficou a segundos de garantir os três pontos na última jornada da primeira volta. Após a vitória no clássico frente ao Benfica, na estreia pelo Sporting, Rui Borges bem tinha avisado que a visita à cidade Berço seria um jogo mais complicado e tinha toda a razão. O ex-técnico dos conquistadores entrou com o pé direito no D. Afonso Henriques, já que Gyokeres abriu o marcador logo aos dois minutos, mas o Vitória não demorou muito
a empatar, num livre direto marcado, com mestria, por Tiago Silva. O capitão do Vitória passou do céu ao inferno pouco depois, ao perder uma bola para Quenda e o extremo a servir, com uma assistência fantástica, para o segundo de Gyokeres.
Os minhotos bem procuraram novo golo até ao intervalo, mas seria o Sporting, sem muito fazer para isso, a ampliar a vantagem já na segunda parte. Depois de ter sido o melhor marcador do Mundo em 2024, com 62 golos, Gyokeres entrou em 2025 com um hat-trick, e o leão embalava para a vitória. Puro engano.
Já nos últimos 20 minutos, uma arrancada de Arcanjo ofereceu o 2-3 a Kaio César e o D. Afonso Henriques tornou-se um vulcão, que explodiu com o empate de João Mendes (82) e a reviravolta de Dieu Michel (85).
O campeão ia ao tapete, mas recusou o KO e Trincão, aos 90+5 minutos, resgatou, com um grande golo, um mal menor que, ainda assim, pode custar o primeiro lugar do campeonato ao Sporting.
JN/MS
tranca
a sete Chaves e é feliz em Trás-os-Montes
O ano é novo... mas o líder é o mesmo de 2024. O FC Penafiel visitou o GD Chaves e, numa partida de enorme sofrimento, acabou por triunfar 0-1. Manuel Baldé, com mãos de ferro, protagonizou uma enorme exibição e ajudou a garantir os três pontos. Os rubro-negros ficam, desta maneira, no primeiro posto da LP2 Meu Super (com mais dois jogos do que o segundo classificado, CD Tondela). A turma flaviense é sexta colocada. Num 4-2-3-1 bem definido, o emblema da casa optou por assumir as rédeas de uma partida que estava numa fase bastante inicial. Ora, os visitantes, em claro sinal de obstinação, avançaram alguns metros no terreno e obrigaram Vozinha a um par de defesas apertadas. A restante meia hora desenrolou-se de maneira bastante equilibrada, até com pouco futebol junto das balizas. Apesar disto, o marcador acabou por ser inaugurado. Num contra-ataque cínico e, acima de tudo, letal, Zé Leite fez o gosto ao pé. Sodiq Fatai lançou o extremo português na profundidade e o mesmo, já na cara
do guardião adversário, colocou o FC Penafiel na frente do resultado.
Ocronómetro do primeiro período acabaria por se esgotar, mas não iria findar sem que os valentes transmontanos voltassem a pôr Manuel Baldé à prova. Apesar deste renascer - tardio -, o GD Chaves desceu às cabines em desvantagem. No reinício, os comandados de Marco Alves mantiveram a toada e continuaram a testar a atenção de Manuel Baldé. Com os da casa ainda a carregar, Hélder Cristóvão, técnico adversário, foi 'obrigado' a olhar para o banco e tomar opções de maior cautela, nomeadamente no reforço do meio-campo. Manuel Baldé, com mais um par de defesas de enorme brilhantismo, continuava a evidenciar-se na baliza, auxiliando a sua equipa a agarrar a vantagem com unhas e dentes. Esta enorme resistência por parte do clube penafidelense acabou por prevalecer e, mesmo a sentir algum sufoco, a vitória acabou por não fugir. Quarto jogo seguido sem perder e liderança da II Liga! ZeroZero/MS
II LIGA - CLASSIFICAÇÃO
Equipas
FC Penafiel 35 17 10 5 2 28 20
CD Tondela 31 16 8 7 1 33 19
Benfica B 31 17 9 4 4 25 21
Torreense 28 16 9 1 6 20 15
Académico 25 16 7 4 5 25 19
GD Chaves 25 16 7 4 5 19 18
FC Alverca 24 16 6 6 4 25 21
UD Leiria 24 16 7 3 6 23 16
Feirense 23 17 5 8 4 14 10
Leixões 22 16 6 4 6 21 19
FC Vizela 20 16 5 5 6 19 18
Marítimo 19 17 5 4 8 23 29
FC Felgueiras 19 16 4 7 5 20 19
Paços de Ferreira 18 16 5 3 8 20 27
Portimonense 17 16 4 5 7 17 23
CD Mafra 15 17 3 6 8 16 24
FC Porto B 13 16 2 7 7 15 24
Torres manda no dérbi
A isto se chama um verdadeiro dérbi! O CD Mafra fez por merecer a vitória em Torres Vedras e foi a equipa mais perigosa, mas foi já no último suspiro, aos 90+5, que o Torreense fez o golo da vitória e o 1-0 final, continuando na luta pela subida. O primeiro dérbi do ano, a nível profissional, acontecia na zona Oeste, com o Torreense a receber o CD Mafra. A turma da casa apresentava algumas mudanças, com um sistema tático - 5x3x2 - diferente do habitual, mas mantinha a ideologia de construção em ataque organizado e ia tentando potenciar os movimentos - interiores na direita, exteriores na esquerda - dos seus alas. Contudo, ia faltando um pouco de apoio ofensivo e presença em zonas mais adiantadas, até porque Pozo baixava para ajudar a construir e deixava Talles Wander mais sozinho nesse missão adiantada. Do outro lado, por sua vez, tínhamos um CD Mafra de processos bem mais simples, mas nem por isso pouco atrativos. A turma mafrense foi procurando explorar a velocidade dos seus avançados, com Nibe e Gui Ferreira a fazer jogar os colegas, especialmente na esquerda, e foi quem criou mais perigo na 1ª parte. De resto, os comandados de Tiago Ferreira beneficiaram de uma penalidade aos 45', fruto de uma arrancada de Stanley
17ª JORNADA
Portimonense 1-0 FC Alverca
GD Chaves 0-1 FC Penafiel
Feirense 1-0 Leixões
CD Tondela 1-4 UD Leiria
UD Oliveirense 0-3 FC Felgueiras
Torreense 1-0 CD Mafra
FC Vizela 3-2 Marítimo
Paços Ferreira 4-3 Académico
Benfica B 2-1 FC Porto B
18ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL) 17 de janeiro
Benfica B 18:00 Leixões
GD Chaves 20:15 Académico 18 de janeiro
FC Alverca 11:00 FC Porto B
Portimonense 14:00 FC Felgueiras
Feirense 15:30 Torreense 19 de janeiro
FC Vizela 11:00 UD Leiria
Paços Ferreira 14:00 CD Mafra
CD Tondela 15:30 Marítimo
20 de janeiro
UD Oliveirense 18:00 FC Penafiel
OTorreense voltou do intervalo a conseguir incluir melhor os seus médios, especialmente David Costa, no ataque, mas pouco incisivo e Tiago Fernandes mexeu, colocando Mathys e Paraizo aos 58, para reformular e refrescar o ataque. Numa primeira instância, estas mexidas até fortaleceram o CD Mafra, que passou a ter mais espaço para ter bola e foi conseguindo crescer na partida. Falé chegou mesmo a ter o golo nos pés, na direita da área, mas Dani Bolt fez um corte in extremis. O nulo não se desfazia e eram os mafrenses quem mais insistiam na ponta final, com o técnico Tiago Ferreira - expulso, aos 76', por palavras - a alimentar esse ímpeto com vida vinda do banco. O Torreense passou por um mau bocado e Bjerre teve mesmo que salvar a sua equipa. Tudo apontava para o 0-0 final, mas foi já no último suspiro, aos 90+5, que Tobias Thomsen respondeu ao cruzamento de Mathys Jean-Marie na direita e surgiu, solto ao segundo poste, a fazer o 1-0 da vitória. Com esta vitória no Dérbi do Oeste, o Torreense continua na luta pela subida e está com os mesmos 28 pontos que o Benfica, 3º classificado, em lugar de play-off.
ZeroZero/MS
Oliveirense usa leite para marcar linhas do campo
Um momento inusitado marcou o futebol português recentemente. Durante um jogo contra o Felgueiras, o Oliveirense ficou sem tinta para marcar as linhas do campo e teve de recorrer a uma solução improvável: usar leite.
A improvisação gerou reações imediatas nas redes sociais, com muitos aplaudindo a criatividade do clube. No entanto, a solução inusitada não trouxe sorte ao Oliveirense, que acabou derrotado por 3-0.
Embora este tipo de improvisação seja raro no futebol profissional, o episódio mostrou como a criatividade pode surgir em momentos de necessidade. O clube garantiu que estará melhor preparado para evitar contratempos semelhantes no futuro, mas certamente este momento ficará na memória dos adeptos.
DG/MS
Unionistas implacáveis terminam invencibilidade do Tondela
À 17ª jornada da Liga Portugal 2 Meu Super 2024/25 chegou ao fim a invencibilidade do CD Tondela. A viver um bom momento na temporada, o UD Leiria foi até ao Estádio João Cardoso vencer (14) de forma convincente. Com vários
pontapés de canto pelo meio, o arranque da partida foi bastante dividido, apesar das claras pretensões de assumir as despesas, por parte do conjunto da casa. Mais na expectativa, os Unionistas foram ameaçando e, ao minuto
20', inauguraram o marcador. Jordan van der Gaag - em grande destaqueabriu o livro na área adversária e serviu Alisson Santos para o primeiro do jogo. Em desvantagem e a jogar em casa, a expectável resposta da turma beirã não apareceu e continuou a dar Leiria. Ainda antes do intervalo, os visitantes, uma vez mais pelos pés do avançado neerlandês, chegaram com perigo ao último terço e, num lance de enorme felicidade, a bola bateu na face de Sarpreet Singh e só parou no fundo das redes para o 0-2.
Insatisfeito com o que viu da sua equipa no primeiro tempo, Luís Pinto promoveu uma alteração ao intervalo. Rodrigo Ramos saltou do banco para os segundos 45 minutos, que arrancaram com o Tondela a pressionar desde cedo e com um par de ocasiões flagrantes logo a abrir.
Com algum cinismo, o conjunto orientado por Jorge Silas até estava a ultrapassar o seu pior período no encontro, mas, à passagem da hora de jogo, Sarpreet Singh bisou, num lance de grande insistência de João Resende.
Já nos últimos dez minutos, Rodrigo Ramos reduziu de grande penalidade, mas a cereja no topo do bolo ainda estava para vir. Juan Muñoz, o recém-entrado, levou a melhor no duelo fora da área com o guarda-redes adversário e marcou um enorme golo para selar o triunfo.
Com esta primeira derrota na Liga Portugal 2 Meu Super 2024/25, o CD Tondela manteve o segundo lugar, com 35 pontos. Já o UD Leiria, ascendeu ao oitavo lugar, com 24 pontos, menos quatro que o terceiro classificado.
ZeroZero/MS
Carlos Fangueiro deixa o comando do Leixões e José Mota avança
Carlos Fangueiro já não é o treinador do Leixões, cargo que ocupava desde a época 2023/24. José Mota será o substituto do técnico.
Carlos Fangueiro deixou o comando técnico do Leixões. O treinador não resistiu à série de maus resultados que o clube de Matosinhos atravessava e prepara-se para deixar o emblema do Mar. Em substituição vai entrar José Mota, antigo treinador do clube.
Nos últimos dois meses o Leixões apenas venceu dois jogos, tendo vencido apenas um nos últimos seis, encontrando-se na 10ª posição da Liga 2, num projeto que pretendia garantir a subida à Liga esta época.
Agora segue-se José Mota, despedido do Farense no final de setembro. O treinador regressa, assim, a uma casa que bem conhece, tendo orientado o Leixões em duas passagens: entre 2008 e 2010 e 2020 e 2022.
TAÇA DA LIGA
Benfica-Braga: três golpes de esquerda atiram minhotos ao tapete
Um Benfica dominador, pressionante e autoritário precisou apenas pouco mais de meia hora para arrumar o Braga e garantir a presença, pela nona vez, na final da Taça da Liga, marcando novo dérbi, no sábado, com o Sporting.
Pressionado por duas derrotas consecutivas e a fama de “chegar tarde” às discussões, desta vez, as águias mostraram uma vontade inequívoca de escrever a história e agarrar o destino desde o apito inicial. A classe e ginga de Di María e Carreras materializaram o ascendente ofensivo com três golpes de esquerda (pé utilizado nos três tentos), numa espécie de vingança, depois da derrota (1-2) no campeonato.
As águias revelaram vontade, mandaram no jogo e impuseram a lei perante um oponente que não passou de uma verdadeira sombra do encontro anterior. O Benfica teve todo o mérito, mas o Braga também aceitou a superioridade, sem grande resistência, e sucumbiu cedo.
O Benfica entrou pressionante com Aursnes a comandar a ação junto a Pavlidis e a limitar a saída. Os minhotos, sem problemas de consciência, não correram riscos, preferiram saídas limpas (bolas longas), baixaram linhas e tentaram suster a águia.
Tomás Araújo e Di María viram a barra e Marin adiarem o sucesso da equipa. Carreras gingou à Di María e Matheus ainda sus-
teve o remate do espanhol, mas já não fez o mesmo com o do argentino.
Ainda o Braga tentava levantar-se e já o lateral espanhol aplicava novo golpe. Dois choques consecutivos e duros para o onze de Carvalhal. A equipa minhota tentou reagir, mas a águia manteve-se confiante e Di María abriu novamente o frasco do perfume ao encostar quase de pantufas para o 3-0.
Numa posição confortável e com os índices anímicos elevados, os encarnados geriram a vantagem, embora faltasse quase uma hora da discussão.
Com a narrativa e história definida houve excesso de individualismo, algumas boas jogadas, mas pouco rigor competitivo. Schjelderup, Di María e Otamendi falharam o caminho da goleada. Bruma também esteve perto de marcar.
Análise
Sinal mais Di María e Carreras deram magia à equipa. Schjelderup concedeu sinais positivos, mas foi “menino” a rematar.
Sinal menos Bruma perdeu a chance de devolver esperança e Jónatas, infeliz, precisou apenas de cinco minutos para ser expulso.
Árbitro Aceitou quase sempre e bem as indicações da equipa (auxiliares e VAR), quer nos lances anulados, quer na expulsão de Jónatas.
JN/MS
Vítor Bruno lamenta falta de acutilância do F. C. Porto
Treinador portista defende que os dragões pecaram no ataque na meia-final da Taça da Liga com o Sporting. "Temos de dar mais do que estamos a dar", alerta.
Vítor Bruno mostrou-se desiludido com a derrota (1-0) e com a exibição do F. C. Porto na meia-final da Taça da Liga, frente ao Sporting. Para o treinador portista, os dragões deviam ter feito mais, principalmente em termos ofensivos. "A primeira parte parece boa, com situações para finalizar com outro critério, mas há que enquadrar os remates para fazer golos. Depois o Sporting nivelou e faz o golo numa fase precoce da segunda parte. Crescemos um pouquinho, mas não criámos nenhum lance de real perigo. É preciso fazer
o exercício no balneário de que temos de ser mais acutilantes ese calhar dar um bocadinho mais do que estamos a dar", disse Vítor Bruno, após o encontro.
Para o técnico dos azuis e branco, o clássico foi "decidido no detalhe". "O Sporting não tem nenhum lance claro de golo à exceção do golo que faz. Foi mais feliz, mas não foi superior", desabafou.
"A eliminar é preciso outro rigor e outros olhos. Estes jogos decidem-se em detalhes, o Sporting resolveu e lidou bem com a vantagem. Não serve de conforto fazer exibição melhor que com Benfica e Sporting no campeonato. Não desvalorizamos este objetivo, perdemo-lo e agora é olhar para o campeonato", completou Vítor Bruno. JN/MS
F. C. Porto foi superior na primeira parte, mas sem eficácia. Campeão reagiu e suspeito do costume decidiu o clássico. Sporting está apurado para a final da Taça da Liga e agora espera pelo vencedor do Benfica-Braga.
Aí está o primeiro finalista da Taça da Liga 2024/25. Um golo de Viktor Gyokeres bastou para o leão superar o F.C. Porto e reservar um lugar na final do próximo sábado, na qual vai defrontar o Benfica ou o Braga, que medem forças, hoje, também no Municipal da cidade do Lis. O terceiro clássico da temporada entre os dois clubes não foi propriamente uma ode ao futebol, mas houve entrega, luta e alguns bons momentos. Depois de uma vitória para cada lado – na Supertaça e no campeonato –, a partida de Leiria acabou por cair para o Sporting, que capitalizou uma grande entrada na segunda parte depois de o F.C. Porto ter sido superior na primeira. Os dragões até apanharam um susto logo nos primeiros segundos, mas a movimentação dos médios portistas entre linhas dei-
xaram o leão de cabeça à roda. Samu assinou uma grande jogada e apenas um corte no limite de Fresneda impediu a conclusão do espanhol, antes de um momento incrível de Rodrigo Mora ter permitido a Nico González um remate perigoso. O Sporting só reagiu já em cima do intervalo e quando chegou perto da baliza de Cláudio Ramos falhou por pouco a festa. O guarda-redes desviou um remate de Quenda e, pouco depois, Gyokeres bailou sobre Martim Fernandes e Nehuén Pérez antes de tirar tinta ao poste da baliza azul e branca. Depois do triunfo sobre o Benfica, no campeonato, o segundo clássico de Rui Borges no Sporting até começou azarado. Matheus Reis lesionou-se logo no primeiro quarto de hora e o técnico lançou Quenda, fazendo MaxiAraújo descer para lateral esquerdo, numa mudança que haveria de fazer o leão subir de rendimento até ao lance que decidiu a primeira meia-final da Taça da Liga. Aos 56 minutos, o bom trabalho de Geny e Morita permitiu a bola chegar a Quenda que olhou para um lado e passou para o outro: Otávio caiu na ar-
madilha, Gyokeres ficou na cara de Cláudio Ramos e não perdoou. A perder, Vítor Bruno lançou Zaidu – regresso após longa paragem por lesão – e Fábio Vieira, mas o F. C. Porto sentia muitas dificuldades em furar as duas linhas defensivas leoninas.
Trincão perdeu uma chance de ouro para o 2-0 e um erro de Maxi deu a última oportunidade ao dragão, mas Samu atirou por cima. OSporting vai disputar, pela oitava vez, a final da Taça da Liga.
PORTUGUESES NO MUNDO
Al Hilal, de Jorge Jesus, eliminado da Taça do Rei saudita
O Al Hilal foi afastado pelo Al Ittihad, após desempate por grandes penalidades, nos quartos de final da competição e não vai defender o troféu conquistado na época passada.
Regresso amargo à competição para o Al Hilal. A equipa comandada por Jorge Jesus foi eliminada da Taça do Rei saudita e falhou a presença nas meias-finais da competição que venceu na época passada.
Com João Cancelo e Rúben Neves no onze, o Al Hilal cedeu frente ao Al Ittihad no desempate por grandes penalidades, depois do
empate a dois golos após prolongamento.
A jogar em casa, o campeão saudita esteve a perder, recuperou e colocou-se em vantagem já no prolongamento, mas Benzema, que já havia feito o primeiro golo do Al Ittihad, voltou a empatar e levou a decisão para os penáltis. Aí, o Al Ittihad marcou os três penáltis a que teve direito (Danilo foi certeiro no terceiro), enquanto o Al Hilal desperdiçou três das quatro grandes penalidades marcadas.
Recorde-se que o Al Nassr, de Otávio e Cristiano Ronaldo, também já foi eliminado da Taça do Rei saudita.
JN/MS
Conceição quer dois extremos e o futuro de Ronaldo na Arábia
Sérgio Conceição está de olho em dois extremos para reforçar o AC Milan e um deles é português. Cristiano Ronaldo pode continuar na Arábia Saudita mas Estados Unidos são uma opção.
AC Milan: Sérgio Conceição quer reforçar o ataque no mercado de janeiro. A imprensa italiana avança que o Milan está interessado em Rashford e tem Trincão, do Sporting, como alternativa.
O irmão do inglês já estará em Itália para discutir os termos de um empréstimo junto do Manchester United. Já no caso do português, o negócio poderia fazer-se por 25 milhões de euros.
Arábia Saudita: Cristiano Ronaldo é um jogador livre para assinar por outro clube, uma vez que o contrato com o Al Nassr termina em junho. O português
poderá continuar na Arábia Saudita mas isso dependerá de um reforço do plantel e é aí que surge o nome de Casemiro.
O jornal "Marca" fala ainda da possibilidade de CR7 rumar ao Estados Unidos.
Benfica: As exibições de Tomás Araújo têm chamado à atenção de vários tubarões europeus e a imprensa britânica fala que o Chelsea colocou o português do Benfica na lista de alvos para janeiro.
West Ham: Julen Lopetegui deverá ser despedido esta quarta-feira do West Ham e o clube londrino avançará com Graham Potter para o cargo de treinador.
Itália: O Real Madrid estará interessado no médio Éderson, segundo o jornal AS.
O centrocampista atua na Atalanta e tem sido uma das figuras do clube esta época.
JN/MS
De França surgem relatos que o PSG estará agradado com Rodrigo Mora, do F. C. Porto, e está a analisar uma possível oferta aos dragões.
Rodrigo Mora tem vindo a evidenciar-se cada vez mais no F. C. Porto e os tubarões europeus não perdem tempo em observar o jovem talento. Agora, de França surgem relatos que o PSG estuda uma possível oferta.
De acordo com o portal "Sports Zone", o diretor desportivo do PSG Luís Campos está a analisar uma possível oferta ao F. C. Porto e já abordou os agentes de Rodrigo Mora para ter mais informações acerca do médio.
Rodrigo Mora tem vindo a ganhar mais peso no F. C. Porto nas últimas semanas e, com 17 anos, conta com três golos e três assistências.
JN/MS
Sérgio Conceição conquista Supertaça de Itália com reviravolta épica
De França surgem relatos que o PSG esAC Milan derrotou o rival Inter de Milão (2-3), na final da competição, depois de ter estado a perder por 2-0. Golo da vitória foi aos 90+3 minutos.
Sérgio Conceição conquistou, na segunda-feira (6), o primeiro troféu como treinador do AC Milan, confirmando o início de sonho como treinador “rossoneri”. Na Arábia Saudita, o AC Milan venceu a Supertaça de Itália, depois de recuperar de uma desvantagem de dois golos perante o rival Inter de Milão (2-3).
Ao fim de dois jogos no clube, Sérgio Conceição já tem o seu nome gravado no palmarés do AC Milan. Depois de eliminar a Juventus nas meias-finais, no jogo de estreia, o treinador português levou a melhor sobre o outro grande rival, o Inter, com Abraham
a garantir a vitória aos 90+3 minutos. Antes disso, outro ex-portista, Mehdi Taremi, esteve em destaque, primeiro a assistir Lautaro Martínez para o golo inaugural do encontro, em cima do intervalo, e depois a assinar o 2-0, logo após o reatamento.
A vantagem parecia confortável e decisiva, mas, tal como frente à Juventus, a reação milanista foi fortíssima e deu frutos, já com Rafael Leão em campo.
Aos 52 minutos, Théo Hernández reduziu e relançou a luta pelo troféu, mas foi apenas nos últimos minutos que a reviravolta aconteceu.
Pulisic empatou aos 80 minutos e Tammy Abraham, também ele lançado por Sérgio Conceição no decorrer da segunda parte, selou a conquista do troféu para o AC Milan. JN/MS
COMITÉ OLÍMPICO
Badminton, hóquei em campo e judo apoiam Fernando Gomes na corrida à liderança do COP
As federações de badminton, hóquei em campo e judo apoiam oficialmente Fernando Gomes nas eleições para a presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), informou à Lusa fonte da candidatura do atual presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
As federações daquelas três modalidades olímpicas juntaram-se às de atletismo, basquetebol, canoagem, râguebi, ténis e triatlo, cujo apoio Fernando Gomes disse que contava quando anunciou a candidatura à liderança do COP, em 20 de dezembro de 2024.
Com o apoio divulgado hoje, Fernando Gomes, que vai deixar a Federação Portuguesa de Futebol depois de cumprir o
limite de mandatos e foi o último candidato a avançar para a corrida eleitoral do COP, tem do seu lado nove federações olímpicas, o número mínimo necessário para formalizar a candidatura.
Além de Fernando Gomes, concorrem à liderança do COP o ainda secretário-geral José Manuel Araújo, Jorge Vieira, antigo presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Laurentino Dias e Alexandre Mestre, ambos antigos secretários de Estado do Desporto.
As eleições dos órgãos sociais do Comité Olímpico de Portugal (COP) para o mandato 2025-2029 estão marcadas para 19 de março de 2025.
LUSA/MS
TÉNIS DE MESA
João Monteiro e Tiago Apolónia eliminados em Doha
Ambos mesa-tenistas nacionais foram afastados por um sul-coreano 345.º do ranking mundial. Marcos Freitas e Jieni Shao apenas começam a jogar na ronda 64.
João Monteiro e Tiago Apolónia foram eliminados nas rondas de qualificação do WTT Star Contender Doha, competição que decorre no Lusail Sports Arena, em Doha (Qatar), e na qual Marcos Freitas e Shao Jieni tiveram entrada direta no mapa final.
Monteiro (87.º do ranking) e Apolónia (94.º) foram ambos afastados pelo sul-coreano Park Ganghyeon (345.º), respetivamente na 2.ª e na 3.ª ronda de qualificação. Antes Apolónia havia superado o francês Vincent Picard (182.º) por 3-0 na 2.ª ronda. Quanto a Marcos Freitas (50.º), vai agora defrontar o chinês Chen Yuanyu (55.º) e Jieni Shao (53.º) a indiana Diya Chitale (122.º), na ronda de 64 do mapa final.
A Bola/MS
MOTO GP
Miguel Oliveira convidado para '100 kms dos Campeões' de Valentino Rossi
Miguel Oliveira foi convidado para participar nos 100km dei Campioni –evento organizado anualmente por Valentino Rossi no seu rancho, em Tavullia - que se realizam nos dias 10 e 11 de janeiro. Além do português, que este ano irá competir no MotoGP pela Prima Pramac Yamaha, há vários outros pilotos da categoria rainha –como o bicampeão Francesco Bagnaia (Ducati), Pedro Acosta (Red Bull KTM) e Enea Bastianini.
Esta é um edição especial já que é o 10.º aniversário do evento que já é uma tradi-
ção em janeiro e que junta na pista de flat track do complexo principal do Rancho de Il Dottore pilotos oriundos das mais diversas disciplinas do motociclismo. Este ano a seleção recaiu em 46 nomes e Miguel Oliveira foi um dos eleitos para as 50 voltas da corrida. O primeiro dia é para as qualificações e o segundo o da prova, que é feita aos pares na pista oval. Os prémios são excentricidades do piloto italiano. No ano passado, venceu Rossi e o seu irmão Luca Marini e ganharam um presunto cada!
A Bola/MS
ATLETISMO
Vencedora da Meia Maratona de Lisboa suspensa provisoriamente por doping
Faith Chepchirchir Kiprotich, atleta queniana que em outubro de 2024 venceu a Meia Maratona de Lisboa, foi suspensa provisoriamente pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), devido a um controlo antidoping positivo a norandrosterona.
A vitória passará para a compatriota Faith Chepkoech, que cortou a meta em segundo, em 1:10.37 horas, subindo a etíope Alem Nigus e a também queniana Emily
Chebet aos segundo e terceiro lugares, respetivamente.
Susana Godinho (RD Águeda), que foi a primeira portuguesa a concluir a prova, ao ser sétima – 1:13.24 horas –, sobe ao sexto posto.
Pulisic empatou aos 80 minutos e Tammy Abraham, também ele lançado por Sérgio Conceição no decorrer da segunda parte, selou a conquista do troféu para o AC Milan. A Bola/MS
Alexandre Pinto e Bernardo Oliveira reforçam liderança no campeonato mundial de SSV
Alexandre Pinto e Bernardo Oliveira estão a dar que falar no Dakar 2025, consolidando-se como dois dos principais nomes da competição. O rally, uma das provas mais exigentes do mundo, tem sido palco para as suas impressionantes prestações, com os dois pilotos portugueses a reforçarem a sua liderança no Campeonato do Mundo de SSV (Side by Side Vehicle).
Alexandre Pinto, que já tem experiência nas edições anteriores do Dakar, tem estado em grande forma nesta edição de 2025. Recentemente, o piloto conquistou a sua terceira medalha nesta competição, um feito notável que demonstra a sua consistência e habilidade em terrenos extremamente desafiantes. As suas atuações nas últimas etapas foram um exemplo claro de técnica e resistência, e a sua evolução nas dunas e em condições adversas foi fundamental para alcançar este resultado.
Pinto tem mostrado grande destreza na condução do SSV, um veículo que exige não só velocidade, mas também controlo técnico e capacidade de tomar decisões rápidas. Este desempenho é ainda mais impressionante tendo em conta a competitividade do rally, com pilotos de todo o mundo a competir pelas primeiras posições. A sua posição no Campeonato do Mundo de SSV tem-se mantido firme, e Pinto continua a ser um dos favoritos para a luta pelo título final. Por outro lado, Bernardo Oliveira também se destaca nesta edição do Dakar. O piloto tem vindo a demonstrar uma crescente confiança e habilidades excepcionais nas diversas etapas da prova. Oliveira tem sido consistente nas suas prestações e é,
GINÁSTICA
Escândalo
Dois técnicos de um centro de treinos na cidade alemã de Estugarda são acusados de abusos físicos e mentais, obrigando as ginastas a competir com fraturas e humilhando-as.
As alegações de má conduta, por parte de várias ex-ginastas, num centro de treino em Estugarda na Alemanha levaram à suspensão temporária de dois treinadores, noticiaram os jornais 'Stuttgarter Zeitung' e 'Stuttgarter Nachrichten'. Nos últimos dias, surgiram várias acusações, lideradas pelas ex-ginastas Tabea Alt e Michelle Timm, que denunciaram problemas neste centro, incluindo «abusos físicos e mentais sistemáticos».
A alemã Tabea Alt, 24 anos, foi a mais recente atleta a vir a público denunciar as
sem dúvida, um dos nomes a seguir no futuro da competição. As suas performances nas etapas mais difíceis do rally mostraram que tem o que é necessário para se manter na frente, e a sua combinação de experiência e talento tem sido uma mais-valia para o desempenho de Portugal na prova.
A parceria entre Pinto e Oliveira tem sido fundamental para o sucesso de Portugal no Dakar 2025. Ambos os pilotos têm demonstrado grande respeito pela prova e pelos seus adversários, mas também têm mostrado uma rivalidade saudável que os impulsiona a melhorar a cada etapa. O foco e a determinação de ambos são evidentes, e o apoio da comunidade portuguesa tem sido um fator motivacional importante para os dois durante toda a competição. O Dakar 2025 é uma competição imensamente exigente, e os pilotos precisam de muito mais do que apenas habilidade ao volante. A resistência física, a estratégia e a capacidade de adaptação a diferentes terrenos e condições climáticas são cruciais para ter sucesso. Pinto e Oliveira têm mostrado ser mais do que capazes de enfrentar todos esses desafios, e, enquanto a competição avança, são esperados mais momentos de grande ação e resultados impressionantes de ambos.
A participação de Alexandre Pinto e Bernardo Oliveira no Dakar 2025 não só reflete o seu talento e a qualidade do desporto automóvel em Portugal, mas também coloca o país no mapa das grandes competições internacionais de rally. Com as próximas etapas do Dakar ainda por disputar, as expectativas são altas, e a luta pela liderança no Campeonato do Mundo de SSV promete ser acirrada.
Os dois pilotos portugueses continuam a fazer história no Dakar, com Pinto a consolidar-se como um dos grandes favoritos para o título e Oliveira a mostrar um enorme potencial. O futuro do desporto auto-
móvel em Portugal parece promissor, com esses dois nomes a darem provas do seu talento e dedicação em uma das competições mais prestigiadas do mundo.
humilhações sofridas por várias ginastas ao longo dos anos. A ex-atleta, que se retirou aos 21 anos, disse que tentou encontrar soluções internas e enviou uma carta a diferentes dirigentes. «Durante muito tempo hesitei em expressar-me publicamente sobre os abusos em Estugarda, e também na ginástica feminina alemã em geral. A ideia de abordar estas questões internamente pareceu-me mais segura (...). Há três anos, escrevi uma carta detalhada aos meus treinadores, ao responsável federal, ao presidente da DTB, ao médico da equipa e a outros responsáveis (...). Achei que esse era o primeiro passo para mudar, sem ter que expor as pessoas em público. Mas fui ignorada ou simplesmente não fui levada a sério», disse a antiga atleta.
A Bola/MS
HOCKEY
Hockey Canada left scratching their heads after quick exit (again)
Katherine Henderson, President and CEO of Hockey Canada, expressed shared disappointment after the national team's early exit from the World Junior Hockey Championship in Ottawa. This marks the second time in a year Canada has failed to reach the semifinals, a first for the program.
Henderson, speaking at a press conference ahead of the semifinals, acknowledged the high expectations Canadians have for their team to contend for medals
every year. “We take that expectation very seriously,” she said.
Alongside Henderson was Scott Salmond, Senior Vice President of High Performance and Hockey Operations. Despite Canada's back-to-back quarterfinal losses to Czechia, including a 4-3 defeat at home, Salmond remained publicly supported.
“We will discuss how to strengthen our programs for this important tournament,” Henderson said, pointing to past successes at other levels of hockey. Salmond also
YOUTH SPORT
A changing landscape in Canadian youth sports
The rise of soccer and the decline of hockey
For decades, hockey has been synonymous with Canadian identity, a sport woven into the fabric of the nation. Yet, in recent years, the popularity of hockey has started to wane, particularly among youth. Factors such as the increasing cost of equipment and the sport's competitiveness have contributed to a steady decline in participation, creating an opening for other sports, notably soccer, to rise in prominence.
Hockey, once the heart and soul of Canadian youth sports, is no longer the go-to sport for many families. In the 2022-23 season, fewer than 437,000 children under 18 played hockey at a junior level, according to Hockey Canada. This marked a significant 20% decrease from 2009, where over 523,000 youths played the game. While participation numbers have risen slightly in the 202324 season, they remain below pre-pandemic levels, indicating a sustained trend away from the sport.
Several factors contribute to this decline. The cost of hockey is a major barrier. Parents are now spending an average of $4,478 per year on hockey-related expenses, which can easily exceed $10,000 annually for competitive players. In com-
parison, sports like soccer are significantly more affordable, requiring little more than a ball and a pair of cleats. Martin Ross, a Toronto-based coach, notes that families struggling to afford housing simply cannot prioritize such a financial commitment to hockey, especially when cheaper alternatives like basketball and soccer are available.
Soccer, on the other hand, is seeing a surge in popularity. The 2023 survey by Solutions Research Group revealed that nearly 1 million Canadian youth, or 16% of the population aged 3-17, participate in organized soccer. Soccer’s rise in popularity is not only due to its lower costs but also its accessibility. Unlike ice hockey, which requires specialized rinks and colder temperatures, soccer can be played on a variety of surfaces and is less impacted by climate conditions.
Hockey's struggles have been further compounded by cultural shifts and challenges within the sport. The sexual misconduct allegations and abuse scandals that rocked Hockey Canada in 2022 have left a tarnished image, reducing its appeal for many parents and players. The Canadian government cut funding to Hockey Canada, and corporate sponsors distanced themselves from the organization. In re-
addressed the team's shortcomings, acknowledging the anger and disappointment surrounding the team's performance. “I apologize. There should be full buildings cheering on a Canadian team,” he said.
The Canadian team’s performance fell short of expectations. Despite having an offensive-heavy roster, the team struggled with scoring, managing only 13 goals in five games. They began the tournament with a strong 4-0 win over Finland, but followed up with a shocking 3-2 shootout loss to Latvia, an unimpressive 3-0 win over Germany, and a 4-1 defeat to the United States on New Year’s Eve. These results pushed them into the quarterfinals against Czechia, rather than a weaker opponent. In the quarterfinals, lack of offensive output and penalties cost them dearly.
Salmond stated, “We’ll look at our selection process and team-building strategies moving forward.” He explained that the team’s composition was intended to be well-rounded but acknowledged it had failed. “We’ll be criticized, and probably should be, for how this team was built,” Salmond admitted.
Salmond also noted the upcoming expiration of Peter Anholt's contract, who led the team in the last two tournaments. He added that the performance review would include player interviews, analytics, and independent analysis to improve the selection process for future tournaments. “We need to focus on the process, not just the results,” Salmond concluded, pledging to refine the team-building process for next year’s tournament.
Reno Silva/MS
Maple Leafs edge Flyers amid post-game altercation
The Toronto Maple Leafs secured a 3-2 victory over the Philadelphia Flyers on January 8, 2025, with Matthew Knies scoring the decisive goal in the third period. Auston Matthews, returning from injury, contributed a goal and an assist, while captain John Tavares also added a goal and an assist. Goaltender Joseph Woll made 30 saves, marking the Leafs' fifth consecutive win. Despite two goals from Philadelphia's Travis Konecny, the Flyers have now lost four of their last five games. The game was tightly contested, with Woll making key saves in the final minutes to preserve the lead. In other news, a post-game altercation occurred at the Wells Fargo Center, where a Philadelphia fan engaged in a physical confrontation with Maple Leafs supporters. Security intervened to de-escalate the situation. The Flyers, under coach John Tortorella, are experiencing a challenging season with a 17-19-5 record, standing sixth in the Metropolitan Division.
sponse, Hockey Canada has made efforts to improve the sport’s inclusivity, appointing its first female head in 2023, but the damage to its reputation remains.
Meanwhile, soccer continues to build momentum. The success of Canadian players like Stephen Eustáquio, who plays for FC Porto, has inspired a new generation of players. As a result, local and federal governments have invested more in soccer infrastructure, with Ontario, for example, spending $2 billion on new football fields, basketball courts, and soccer facilities over the next two decades.
The shift in participation is also due to warmer weather, making outdoor skating rinks increasingly difficult to maintain.
A recent report from Wilfrid Laurier University highlighted the challenges faced by public outdoor ice rinks in southern Ontario and other regions, where fluctuating temperatures have shortened the skating season. These environmental changes further reduce the sport's accessibility. While hockey remains an important part of Canada's sporting culture, its future faces significant challenges. Soccer’s rise in popularity reflects broader trends of affordability, inclusivity, and global appeal, and it is well-positioned to become the sport of choice for Canada’s youth in the coming decades.
FOOTBALL Streaker interrupts
Grey Cup championship
During the Grey Cup championship game between the Toronto Argonauts and Winnipeg Blue Bombers at BC Place Stadium, a streaker briefly interrupted the match in the fourth quarter. Wearing tan booties and carrying a dark-colored coat, the woman briefly fell while running backward but later raised her arms and calmly walked toward two police officers who escorted her off without any dramatic incident. The crowd had mixed reactions, cheering and booing.
Despite the disruption, the game continued, with the Argonauts securing a 41-24 victory. The event also attracted major celebrity attention, with Prince Harry and the Jonas Brothers making appearances at the game. The excitement both on and off the field made for a memorable Grey Cup experience.
DG/MS
BASEBALL
This could be Vladimir Guerrero’s last year with the Blue Jays
Vladimir Guerrero Jr. may be entering his final season with the Toronto Blue Jays. As part of Blue Jays Nation’s annual 40man Roster Review, we’ll examine Guerrero Jr.’s 2024 performance, projections for 2025, and the significant storylines surrounding his future with the team.
Guerrero Jr.’s 2024 season was arguably the best of his career. He posted a .323/.396/.544 slash line with 30 home runs in 697 plate appearances, resulting in a 165 wRC+ and a 5.5 fWAR. He also recorded a career-best 13.8 K%, along with a 10.3 BB%. The only other season that came close to matching this production was 2021, when Guerrero Jr. slashed .311/.401/.601 with 48 home runs and a 166 wRC+ over 698 plate appearances, which was impressive despite the fact that he played half his season in minor league stadiums.
However, Guerrero Jr.’s 2022 and 2023 seasons saw a notable decline from his MVP runner-up performance in 2021. In 2022, he posted a 132 wRC+ and a 3.3 fWAR, and in 2023, those numbers dropped further to a 118 wRC+ and a 1.3 fWAR. Despite these setbacks, Guerrero Jr. has led the team in home runs over the past four seasons, demonstrating his consistent power.
Looking ahead to the 2025 season, Guerrero Jr. is projected to bounce back once again. His Steamer projections predict a .297/.375/.529 slash line, 33 home runs, a 155 wRC+, and a 4.9 fWAR. Meanwhile, Fangraphs’ Depth Chart projects him to finish with similar numbers: a .297/.375/.529 slash line, 34 home runs, and a 5.1 fWAR, further solidifying expectations of another productive season.
The major storyline surrounding Guerrero Jr. in 2025 is that it will be his final year under team control, as he is set to earn $29.6 million through arbitration, according to MLB Trade Rumors. Guerrero Jr. has made it clear that the Blue Jays have not yet met his expectations for a contract extension. In an appearance on Abriendo Sports’ podcast, he stated that he would be willing to sign an extension if the team matches his demands before Spring Training begins. If they fail to reach an agreement, he is prepared to ex-
plore the open market.
As Guerrero Jr. approaches the final year of his current deal, the pressure is on the Blue Jays to either secure his long-term future with the team or risk losing one of the franchise’s most valuable assets. The 2025 season will be pivotal not only for his performance but also for his relationship with the team as contract negotiations loom large. Reno Silva/MS
SC TORONTO
Luis Camara Secretar y Treasurer
Marcello Di Giovanni
Recording Secretar y
Jack Oliveira Business Manager
Jaime Cor tez E-Board Member Nelson Melo President
Bernardino Ferreira Vice -President
Pat Sheridan E-Board Member
Working for Workers Six boosts supports for women in trades
Advocates for women in the trades say the Ontario government’s recently enacted Working for Workers Six legislation represents continued progress on the policy side in boosting inclusivity in the construction sector but argue troubling gaps remain.
Ontario Minister of Labour, Immigration, Training and Skills Development (MLITSD) David Piccini highlighted several measures intended to support women and families in the trades when he introduced the legislation in November.
Included were proposals for new parental leave to include adoption and surrogacy, create job-protected leave for serious illnesses, require properly fitting PPE for women in all trades sectors and further upgrade washroom sanitation on jobsites.
The Working for Workers Six Act received royal assent on Dec. 19.
“When we make the trades more inclusive, through properly fitting PPE, clean facilities and parental leave, we’re not just supporting women, we’re transforming the entire industry,” remarked
Natasha Ferguson, principal of Ethelfox Construct Group, in a statement.
Jennifer Khan, vice-president for inclusive and diversity with EllisDon, added, “By prioritizing safety inclusively, we not only encourage more women to join the sector but also clearly communicate they are not merely present in construction, they are essential and embraced.”
Both Karen Pullen, head of Ontario Building and Construction Tradeswomen, and Melissa Young, former CEO of Skilled
Trades Ontario (STO), said the measures move the needle for women in the trades but Pullen said the industry must ensure implementation and Young suggested changing attitudes in the workplace is a long, slow process.
“We’re not there yet,” said Pullen. “We can’t pretend that we are. Absolutely, we’re moving in the right direction, but it’s a slow crawl.”
Pullen serves as a business rep for an IBEW local and hears complaints from women in the field. Sometimes women become uncomfortable with sexual advances, resolutions can’t be found and they have to move to other jobs, she said.
“What we need to happen, especially for women, is to have male allyship. Where your brother steps in and says, ‘You’re not going to treat her that way.’”
Additionally, she said, the culture in some construction workplaces still tends to discourage equity-seeking groups from speaking openly about problems.
Improved PPE is not only a diversity and inclusion issue, Pullen said, it’s also a safety concern. Women require different harnesses and restraints for working at heights because of their different physiology and women working with ill-fitting gloves risk getting them snagged in equipment.
Young, who in November left the top job at STO and returned to New Brunswick to run her own workforce consulting business and seek to represent the Conservatives as a candidate in the next federal election, said she was consulted by the Ontario
government on the last several Working for Workers packages. It was a matter of the MLITSD bringing her a new set of initiatives and asking for her input, she said.
“I’ll say a lot of it is him (Piccini) going out and he’s very engaged.”
The government is making progress with its women in the trades initiatives, and employers are onside, Young said, but there’s a lag in uptake in the workforce.
“There’s a lot of people who have been in the trades a really long time, and change is really hard to swallow for some of them,” she said. “That’s where the biggest piece of work needs to be done, educating the workforce about inclusivity and not being a bystander.”
The new 16-week job-protected leave under the Employment Standards Act for adoptive parents and parents through surrogacy is intended to ensure they have adequate time to meet the demands of the adoption or surrogacy process and welcome their child into their new home.
It was enacted alongside a new 27-week long-term illness leave for employees unable to work due to a serious medical condition, such as cancer, multiple sclerosis or Crohn’s.
“There’s a lot more women getting into construction, and so it’s very important that they have these safety nets in place so that people feel they can take the time to be with their families, whether it be a new child coming into your home or major medical episodes,” said Pullen.
DCN/MS
Skills Ontario’s pre-budget submission reiterates urgent need to tackle trades shortage
Skills Ontario recently presented its recommendations to the minister of finance during the province’s prebudget consultations held in Mississauga.
The organization emphasized the urgent need to address Ontario’s skilled trades shortage, which is projected to reach over 550,000 unfilled positions by 2030.
More specifically, the organization’s key recommendations include:
• Multi-year funding commitments: Expanding initiatives such as the Skills Ontario Competition and the Trades & Tech Truck, which currently reach over 35,000 Ontarians annually.
• Enhanced career connections: Strengthening programs like Discovery Days and job connections to facilitate apprenticeships, co-ops and stronger ties between training organizations and employers.
• Increased marketing and outreach: Collaborating with Skilled Trades Ontario to improve youth, parent, and educator engagement.
• Permanent training facilities: Establishing a Skilled Trades & Tech exploration hub with regional centres to provide hands-on training.
“For over 35 years, Skills Ontario has worked to bridge education, experience, and employment through innovative programs that empower youth and underrepresented groups, including young women, Indigenous youth, persons with exceptionalities, and newcomers to Canada,” a release states. “Their efforts have transformed perceptions of skilled trades and technology careers while fostering diversity and inclusion.”
SAÚDE & BEM-ESTAR
Tire as metas para 2025 do papel!
Exercício físico, alimentação, bom sono, saúde mental e acompanhamento médico: tudo isto será essencial para viver melhor neste novo ano.
Pode parecer impossível, mas estes são, de facto, passos essenciais para quem quer levar uma vida mais equilibrada em 2025. Ora, vamos aos pormenores:
Faça exercício físico
É simples: mexa-se. O sedentarismo não pode (não deve...) acompanhar o ser humano.
Mas como começar? Comece por despertar para esta necessidade.
E que atividade física? Qualquer uma, desde que seja algo agradável para si. Se puder, procure orientação profissional e vá avançando devagar nessa mudança de hábitos. Tente fazer exercício com um amigo para que não seja fácil desmarcar a atividade.
Alimente-se bem
A primeira dica é: beba água. Depois evite produtos industrializados — incluindo os "falsos saudáveis". O ideal é diminuir o consumo de processados, refrigerantes e temperos prontos. A solução passa por
comer comida de verdade. Quer uma dica para nortear uma boa alimentação? Descasque mais e desembale menos. E, se for para desembalar, preste atenção aos ingredientes que estão no rótulo. Por exemplo, existem produtos com o rótulo zero açúcar que têm na sua composição a maltodextrina, que é outro nome para... açúcar. O melhor mesmo será procurar a orientação de um nutricionista.
Durma bem
O sono é um pilar essencial para a nossa saúde, junto com atividade física e alimentação. E alguns hábitos, por mais inofensivos que pareçam ser, podem estar a prejudicar a saúde do seu sono. Na verdade, o nosso corpo é como uma máquina e o sono é o principal promotor do equilíbrio interno do organismo. Tudo precisa funcionar de forma excelente e quem dá equilíbrio nos processos fisiológicos é uma boa noite de sono.
10 dicas para melhorar sua noite de sono: 1. Tenha regularidade: vá dormir e acorde no mesmo horário todos os dias, incluindo fins de semana.
2. Relaxe antes de dormir: ouça uma música, leia um livro, tome um banho morno, medite.
3. Durma pelo menos sete horas (se for adulto).
4. Mantenha o quarto silencioso.
5. Bloqueie a luz: sabemos que a exposição excessiva à luz pode prejudicar o sono. Evitar luz forte ajuda na produção da melatonina, a hormona que prepara o nosso corpo para dormir.
6. Evite comidas pesadas e gordurosas antes de dormir: o ideal é alimentar-se algumas horas antes de ir para a cama. Caso precise de um lanchinho, opte por algo leve.
7. Nada de cigarros ou álcool: podem atrapalhar o sono e podem causar despertares noturnos.
8. Faça exercício: tente manter uma rotina de exercício - 40 minutos de treino aeróbico ou de resistência quatro vezes por semana.
9. Deixe o telemóvel: o ideal é tentar desconectar-se de dispositivos eletrónicos uma hora ou mais antes de ir para a cama. A luz desses dispositivos pode suprimir a produção natural de melatonina.
10. Vá para cama com sono: se não conseguir dormir após 30 minutos, levante-se.
Cuide da saúde mental
As intervenções tradicionais — como a psicoterapia ou a psicanálise — podem ajudar a prestar mais atenção às próprias emoções, pensamentos ou padrões de comportamento. O momento certo para procurar ajuda profissional é quando a pessoa percebe que já não consegue lidar com as suas emoções - não consegue trabalhar, não consegue relacionar-se com os outros, está a isolar-se...
Para além das ajudas mais tradicionais, há ainda a possibilidade de recorrer às chamadas práticas alternativas - a meditação, a ioga ou o Reiki, por exemplo.
Vá ao médico
Além de adotar bons hábitos, fazer um acompanhamento médico pelo menos uma vez por ano também é recomendável. Recorra ao seu médico de família e se tiver a necessidade consultar um especialista, ele vai encaminhá-lo.
Além dos exames de rotina — sangue, fezes e urina — há uma série de outros exames de diagnóstico que devem fazer parte da monitorização da sua saúde e que serão, certamente, prescritos pelo seu médico, protegendo-o mais de doenças futuras.
DE REGRESSO
Credito: DR
É tempo de abrandar para Ricardo e Francisca Pereira, que gostam de aproveitar as últimas semanas do ano para estarem completamente dedicados à família, aos amigos e, sobretudo, aos filhos, Vicente, de 13 anos, Francisca, de 11, e Julieta, de 7, os seus maiores cúmplices. De regresso a Portugal, depois de quase duas décadas a ter o Rio de Janeiro, no Brasil, como a sua morada principal, o ator e a mulher contam como foi, para eles, este ano de transição, que lhes trouxe muitos e diferentes desafios profissionais e os fez estar ainda mais atentos e presentes na vida dos filhos sem descurar a importância dos momentos passados a dois.
SOLIDARIEDADE
DR
“Não tenho ainda explicação para o quanto a Índia impressiona. Entre a beleza e o impacto da pobreza divide-se o coração. Diz-se que ninguém volta igual e acredito”, escreve Cristina Ferreira numa das várias publicações que tem feito nas redes sociais, onde tem partilhado imagens da sua primeira passagem pela Índia, onde se encontra de férias com o namorado, João Monteiro. Uma das primeiras visitas do casal foi ao palácio Taj Mahal, em Agra.
MÃE
Jornalista por vocação, pivô pelo desafio, Sara Pinto, de 38 anos, tem feito um percurso seguro na sua carreira, que começou no Porto depois de terminar a faculdade. Há três anos, deixou a SIC para abraçar novos projetos na TVI e não se arrepende. Atualmente, conduz o Jornal da Uma, uma decisão que esteve longe de significar uma despromoção depois de ter feito o horário nobre, mas uma decisão tomada por ela, em conjunto com a direção de Informação do canal, e que lhe permite acompanhar melhor os filhos.
WITH LOVE
NOIVOS
Depois de, no passado dia 5, na 82.ª cerimónia dos Golden Globe Awards, Zendaya ter surgido com um anel de diamantes no dedo anelar da mão esquerda, começaram a circular rumores de que a atriz estaria noiva de Tom Holland, com quem assumiu a relação no verão de 2021, após terem sido fotografados a beijar-se dentro de um carro. A confirmação chegou, entretanto, de uma fonte próxima do casal à revista People: “O Tom sempre teve uma forma carinhosa de mostrar ao mundo que a Zendaya é dele. Agora, é oficial — ela realmente é dele.”
E apesar de nenhum dos dois se ter manifestado sobre o assunto, a mesma publicação norte-americana adianta, citando um outro amigo de ambos, que Zendaya e Tom Holland partilharam a novidade com os amigos na altura da passagem de ano: “Todos os que lhes são próximos sabiam que o noivado estava prestes a acontecer”, acrescentando ainda que o ator “sempre foi louco por ela. Sempre soube que ela era a tal. Eles têm algo muito especial”.
GLOBO DE OURO
Meghan Markle lança programa sobre estilo de vida, que tem data de estreia marcada para dia 15 de janeiro, na plataforma de streaming Netflix. A duquesa de Sussex começou o ano com força renovada e novos projetos profissionais. Se no dia 1 de janeiro surpreendeu com o seu regresso às redes sociais, após anos de ausência e de se ter afastado alegando sido vítima de uma campanha de ódio, um dia depois partilhou no seu perfil o novo desafio com que inicia o ano. Meghan, amante do slow living, a culinária, decoração, jardinagem e apicultura, mostra o seu estilo de vida numa nova série gravada para a Netflix, com a qual regressa às suas origens na Califórnia, Estados Unidos. With Love, Meghan conta com oito episódios de 33 minutos cada e é conduzido pela mulher do príncipe Harry, que é também a produtora executiva.
“Estou muito entusiasmada por partilhar isto convosco! Espero que gostem tanto do programa como eu gostei de o fazer. Desejo-vos a todos um Ano Novo fantástico! Obrigado à nossa equipa fantástica e à equipa da Netflix. Estou muito grata pelo apoio e pela diversão”, disse. Nas imagens promocionais, Meghan é vista a cozinhar em Montecito, no que parece ser a cozinha da sua casa.
“E o Globo de Ouro vai para… Fernanda Torres”, anunciou Viola Davis. E assim se fez história. A atriz, de 59 anos, tornou-se a primeira brasileira a vencer o troféu de Melhor Atriz num filme dramático.
Visivelmente emocionada e sem um discurso preparado, Fernanda Torres, distinguida pelo seu papel como protagonista em Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, e que estava na corrida ao galardão ao lado de Angelina Jolie, Tilda Swinton, Kate Winslet, Nicole Kidman e Pamela Anderson, mostrou-se surpreendida e dedicou a vitória à mãe, a veterana Fernanda Montenegro, que recebeu uma nomeação em 1999, por Central do Brasil, prémio que não ganhou: “Meu Deus, não preparei nada, estava feliz só por estar aqui. Este foi um ano maravilhoso em desempenhos femininos. Tantas atrizes aqui que eu admiro tanto. Quero agradecer-te Walter Salles, meu parceiro, meu amigo. E, claro, quero dedicar o prémio à minha mãe. Ela estava aqui há 25 anos.”
Luís de Matos, um dos melhores mágicos mundiais, vive com magia, num universo fascinante que ele escolheu como parte da sua vida. Aos 22 anos, Luís de Matos já aparecia na RTP com uma maturidade e visão incomuns. Hoje, com 54 anos e 30 anos de carreira artística, continua a ser uma referência mundial no universo do ilusionismo. Apesar da sua formação em Engenharia Técnica de Produção Agrícola, Luís encontrou na arte de surpreender e encantar o palco ideal para expressar o seu talento.
Do Estúdio 33, em Ansião, Leiria, nascem as suas criações. É aqui que o processo criativo ganha vida, com dias repletos de desafios. Cada desafio é uma oportunidade para Luís e a sua equipa inovarem. Cada criação de um grande espetáculo, que leva meses de trabalho até alcançar a perfeição. A magia é para Luís uma fonte inesgotável de alegria e descoberta. Das viagens pelo mundo as pessoas inspiradoras, cada dia é único sempre com o objetivo de surpreender e emocionar, sempre com um toque de humanidade e magia. Nas suas palavras, a magia é mais
do que uma arte; é uma forma de desafiar limites e explorar o desconhecido. Com duas visitas que lhe deixaram marcas ao Canadá, Luís de Matos fala da sua dedicação à magia e às ligações humanas que ela proporciona. Na primeira visita ao Canadá, motivada por um momento mais pessoal e trágico, Luís de Matos viajou à cidade de Québec para prestar homenagem a um colaborador que havia falecido. Foi um momento de grande significado, em que mostrou o valor das relações humanas através de gestos simples e genuínos. Anos depois, voltou ao Canadá, desta vez para participar de um campeonato de magia, onde conduziu sessões e mostrou todo o seu talento único.
Para Luís de Matos, a magia é um constante desafio de se reinventar. Ele dignifica a arte e mostra como ela evoluiu ao longo dos tempos e como continua a surpreender mesmo numa era dominada pela tecnologia. Segundo ele, a magia é a mais antiga das artes performativas, com registros que remontam a 2500 anos antes de Cristo, como no caso do papiro de Westcar, no Egito. Este documento mostra como a magia sempre acompanhou a evolução da
A Magia de Luís de Matos onde nada é impossível
humanidade, adaptando-se às ferramentas e às tecnologias de cada época.
O espetáculo “Impossível” é um reflexo dessa procura pela inovação e excelência. Reúne cinco mágicos de renome mundial, cada um com um estilo único, criando uma experiência diversificada e emocionante para o público. Luís de Matos destaca que a escolha dos artistas passa por dois critérios fundamentais: qualidade e afinidade pessoal. Para ele, é essencial que os mágicos sejam insubstituíveis e que também sejam pessoas com as quais ele tenha prazer em conviver e de ser amigo. No palco, o “Impossível” oferece ao público duas horas de puro encantamento, com apresentações que exploram a criatividade, a originalidade e a capacidade de sonhar.
A diversidade de estilos é uma das grandes marcas do espetáculo, que desafia o público a entrar num universo onde tudo é possível. Essa experiência única é uma oportunidade para milhares de pessoas que gostam de magia de forma direta. Mesmo na era digital, onde a tecnologia domina muitos aspectos da vida cotidiana, Luís de Matos acredita que a magia continua a cativar o público. Ele compara os mágicos a
cientistas que sonham com o impossível. Contudo, enquanto os cientistas trabalham para transformar o impossível em realidade, os mágicos criam a ilusão de que o impossível já aconteceu. É essa capacidade de ultrapassar os limites da imaginação que torna a magia uma arte tão especial.
A história é outro elemento central na magia. Luís de Matos fala que, mesmo antes do conceito de “storytelling” se popularizar, todas as artes cênicas sempre tiveram uma narrativa. No caso da magia, a história pode estar no enredo do truque ou na experiência que cada espectador leva consigo. É essa capacidade de criar memórias e emocionar que torna a magia intemporal. Em resumo, Luís de Matos não apenas representa a magia; ele a redefine. Com um compromisso de excelência e uma visão apaixonada pelo que faz, ele continua a inspirar gerações e a manter viva a chama de uma arte milenar.
O espetáculo “Impossível” é um convite para todos que desejam explorar o extraordinário e descobrir que, na magia, não há limites para o que é possível.
Palavras cruzadas Sudoku
O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.
1. Que contém ou revela maldade; cruel, desumano, mau
2. Letreiro sobreposto à imagem de filmes, que fornece a tradução da fala dos personagens
3. Livre de tensões mentais ou musculares; descansado, descontraído
4. De pequena estatura; de pouca extensão vertical
5. Animal que ainda não foi domesticado
6. Guindaste para içar volumes não muito pesados
7. Em um momento posterior; em seguida
Jogo das 10 diferenças
8. Precipitar-se a chuva sobre a terra 9. Impresso que acompanha medicamento e contém informações sobre ele 10. Aquele que não crê em Deus ou nos deuses 11. Articulação da coxa com a perna, de que participam o fêmur, a tíbia e a patela 12. Utensílio de mesa, de três ou quatro dentes em uma das extremidades 13. Traço ou linha divisória entre espaços ou propriedades 14. Adquirir habilidade e/ou conhecimento 15. Condição do que é maior; superioridade, supremacia
C M U N D I A L N I T E B K A
O H E U B M V A L O R F P G O
M Q R R T N S W D I J M W O D
P T O A A K O T A T N O C V A
U R D V S N B W G I H Q G I Z
T A A G I A O S Q E L F K B I
A B G F M S O I A O R H L Q D
D A E T M H T S C M A A J F N
O L R Z T F G O S A R C L N E
R H P O W Y X N R E L O N J R
E O M W N P D I Q I P E F H P
S J E Z R V B H P Z A T R T A
A I G O L O N C E T Z S T H D
L E A Y U R A R A C N E F B B
Z M E R E C E L E B A T S E I
TRABALHO VALOR CONTATO
ESTABELECER FORMAS GERAL ENCARAR APRENDIZADO PESSOAS TECNOLOGIA COMPUTADORES RELACIONAR
EMPREGADOR
MUNDIAL
VISTORIAS
Ingredientes
• 600 grs. de abóbora
• Azeite
• 3 dentes de alho
• 300 grs. de mistura de cenoura ervilha e milho
Modo de preparação
Refogar o azeite com o alho, adicionar a abóbora cortada aos cubos, adicionar a água. Cozinhar atá os ingredientes ficarem macios. Passar a varinha mágica até ficar
• Sal e pimenta a gosto
• 3 litros de água
• Cebolinha picada
tudo em creme. Acrescentar os legumes e os temperos. Deixar cozer durante 10 minutos. Servir com cebolinha picada por cima Bom apetite!
Ingredientes
• 4 ovos
• 500 grs. de açúcar
• 100 grs. de manteiga
• 500 grs. de farinha
• 1 colher de bicarbonato de sódio
• 1 colher de fermento
• 4 bananas
• Açúcar e canela
Modo de preparação
Misturar os ovos com o açúcar e a manteiga até e ficar bem cremoso acrescentar a farinha, adicionar o bicarbonato, o fermento e a banana bem amassada e misturar tudo bem misturado
Colocar numa forma untada com manteiga e açúcar e canela. Levar ao forno a 200 graus durante 30 minutos até ficar dourado. Desenformar e deixar arrefecer.
OLHAR COM OLHOS DE VER
CARNEIRO 21/03 A 20/04
Ao longo deste período poderão pedir-lhe para liderar algum projeto ou situação de que resultará uma agradável posição de comando acompanhada por uma melhoria das suas condições financeiras. Não se esqueça de que com o poder vêm as responsabilidades; analise bem a situação antes de se comprometer, para evitar deceções.
TOURO 21/04 A 20/05
Este é um período de fé e confiança na vida e em si próprio. Aproveite esta fase de otimismo e segurança para se melhorar interiormente e alargar os horizontes. Quebre a rotina e atreva-se a fazer coisas novas. Faça atividades que o preencham cultural e espiritualmente. Estudos, viagens e leituras são boas opções.
GÉMEOS 21/05 A 20/06
A forma harmoniosa como se relaciona com os outros no seu ambiente profissional neste momento vai trazer-lhe resultados positivos e simpatias. Vai sentir-se realizado nas suas relações de trabalho. Poderá fazer uma amizade que vai facilitar a sua carreira. Poderá ser ajudado nesta altura por uma pessoa mais velha ou com autoridade.
CARANGUEJO 21/06 A 20/07
Sente vontade de iniciar coisas novas. Está mais sensível aos outros, com uma maior capacidade de dialogar e de trocar pontos de vista a nível intelectual. Esta poderá ser uma boa altura para fazer uma sociedade. Aproveite esta fase harmónica para resolver uma discórdia que tenha com amigos, colaboradores ou da sua relação amorosa.
LEÃO 22/07 A 22/08
Durante este período bastante favorável sob o ponto de vista financeiro, conseguirá com maior facilidade que o habitual realizar dinheiro obtendo apoios monetários de terceiros, sejam eles de um sócio, de uma instituição de crédito ou mesmo do cônjuge. O seu lado apaixonado está exaltado sentindo-se atraído para o romance.
VIRGEM 23/08 A 22/09
Agilidade mental e entusiasmo são as notas dominantes, ao longo deste período em que impera a vontade de se divertir, sair e conviver. Cuidado, porém, com os mal-entendidos que poderá provocar, fruto de trocadilhos ou de provocações infantis. Vida amorosa plena de romantismo e de boa disposição.
BALANÇA 23/09 A 22/10
Nesta semana, o lar e a família vão ter um lugar de destaque nas suas prioridades. Consegue com maior facilidade do que é o habitual expressar de forma lógica e racional os seus sentimentos e emoções, pelo que seria bom utilizar estas capacidades oratórias, para discutir e resolver assuntos familiares pendentes.
ESCORPIÃO 23/10 A 21/11
Nesta altura sentirá o seu lado intelectual e criativo em plena ação. Procure ter um controlo consciente das suas emoções para não perder a objetividade. O seu ponto de vista pode não ser necessariamente o dos outros, não tente forçá-los e usando, pelo contrário, de persuasão obterá resultados positivos.
SAGITÁRIO 22/11 A 21/12
Este é um período fértil em transformações, tanto na sua vida pessoal como profissional. A alteração de um plano ou a mudança de emprego poderão ocorrer, permitindo alcançar novas e prometedoras etapas na sua vida. Nesta fase de intensidade emocional, poderão surgir conflitos, beneficie aprendendo com os erros cometidos.
CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01
Nesta fase está capaz de tornar mais harmonioso, mais agradável e leve o ambiente da sua vida quotidiana. Contacta com os outros de uma forma simpática. Poderá conhecer alguém numa viagem, através de um meio de comunicação ou de um curso. Nesta altura poderá ter alguma tendência para se dispersar.
AQUÁRIO 21/01 A 19/02
Este é um período em que se orgulhará do trabalho realizado as suas energias estão voltadas para a área laboral, por isso o melhor é arregaçar as mangas e deitar mãos à obra! Problemas de saúde poderão surgir. Procure relaxar-se e aliviar as suas tensões praticando ioga, nadando ou simplesmente passeando ao ar livre.
PEIXES 20/02 A 20/03
Alguém das suas relações, poderá vir a solicitar a sua colaboração, para um projeto que não esperava. Como se sentirá com uma maior abertura ao convívio, é natural que deseje aceitar essa proposta. Se tem uma certa tendência para o isolamento e para resolver os seus problemas a sós, fuja um pouco dos seus hábitos e aproveite esta oportunidade sector astrológico relativo às atividades em grupo.
Soluções
Agenda comunitária Classificados
Casa das Beiras 25º Aniversário
1263 Wilson Ave, Toronto Jan 18 - 6pm
Jantar de gala e animação com Tiago Silva, finalista do The Voice Portugal e banda Karma. Mais informações (416) 604-1125
Associação Migrante de Barcelos Valentine's Night
1263 Wilson Ave, Toronto - Feb 15 - 6pm Presença do padre Ricardo Esteves, banda Karma e Kassio vindo de Portugal. Sorteio
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