Milénio Stadium - Edição 1523 - 2021-02-12

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12 a 18 de fevereiro de 2021

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Créditos: David Ganhão

Ano XXX edição nº 1523

Nomeada pelos Liberais

apresentador Cristina Da Costa convidados Manuel DaCosta Vince Nigro

Temas em discussão

Elizabeth Mendes MPP de Mississauga Lakeshore

P19

Lecce anunciou March Break adiado

P28

Taça de Portugal Porto e Braga empatam Benfica ganha

P49

1. Análise do situação política - nacional e internacional 2. A pandemia de Covid-19 - ponto da situação 3. Comunicação Social hoje – informação ou terrorismo?

Krystle Ferreira, B.A. (Hons), LLB

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EDITORIAL

Previsão Meteorológica Previsão Meteorológica 12 a 18 fevereiro toronto 22 de Fevereiro toronto Sexta-feira Sexta-feira Sábado Sábado DOMingo DOMingo Segunda-feira Segunda-feira Terça-feira Terça-feira Quarta-feira Quarta-feira Quinta-feira Quinta-feira

-8° 2° -10° 1° -5° 9° -9° -3° -4° -7° -5° -6° -4° -5°

Ano XXIX- Edição nº 1523 12 a 18 de fevereiro de 2021 Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si! Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5 Telefone: 416-900-6692 Direção: Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com Madalena Balça Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Cartoon by Stella Jurgen

Socialmente falando Manuel DaCosta Editorial

As redes sociais redefiniram a forma como consumimos informação e como nos expressamos. O mundo está num fluxo constante de transição, ditado pelo curso das redes sociais e dos media tradicionais. As nossas vidas são controladas pela absorção de pequenas porções de conhecimento difundidas pelos outros, sendo uniformemente tomadas como uma verdade. Quanta verdade existe nas redes sociais hoje e de quem é a responsabilidade de garantir que essas mensagens são de confiança? Muitos iriam sugerir que, atualmente, o mundo está fora de controlo, tendo em conta a proliferação incontrolável de informação e considerando que não existe metodologia para controlar as notícias.

A

palavra controlo pode conjurar imagens do big brother a regular as nossas liberdades de pensamento e de expressão, mas enquanto o diálogo e os pensamentos escritos podem ser controlados, os nossos sentimentos internos não. O Google, o Facebook, o Twitter e outras plataformas tornaram-se os governadores mundiais da informação e, portanto, por atrito, o Governo típico já não controla a governação do mundo. Estas empresas

têm a capacidade de definir o que podes ou não dizer, e se não gostarem da tua mensagem, simplesmente cancelam-te. Imagina a dor psicológica que muitos iriam sofrer se não tivessem acesso à internet e às redes sociais. As suas vidas mudariam para sempre. O mundo continua a sugerir que estamos todos juntos nisto, à exceção do próprio mundo. A disponibilidade imediata e constante de narrativas verdadeiras e falsas demonstra-nos que o incessante medo do mundo em que vivemos é acentuado pelos media que, muitas vezes, parecem não compreender ou ser indiferentes aos estragos que causam com a sua abordagem na divulgação de notícias. Com estas empresas de internet monstruosas a controlar o mundo e a absorver cada pedaço de informação sobre as nossas vidas, será difícil recuar o relógio para os dias em que desfrutávamos de privacidade. Eles sabem onde estamos fisicamente e qual o nosso processo cerebral de pensamento. A frustração deve-se ao facto de que não há nada que possamos fazer quanto a isso e assim que nos apercebemos que a nossa privacidade acabou para sempre poderemos começar a ajustar as nossas vidas. Podemos ser colocados num pedestal e no minuto seguinte destruídos pelo simples carregar de um botão e não podemos fazer nada. As redes sociais foram invadidas por personalidades falsas e incontroláveis que possuem livre-arbítrio para denegrir os outros, sem consequências. O discurso de ódio é agora o novo normal e isso não irá mudar porque hábitos implementados não morrem.

Aqueles que vivem em “democracias” onde a liberdade de expressão é um privilégio usufruído por todos, ao permitirem que chafurdemos pelo lado negro da internet, estão a destruir o que de bom as interações sociais nos proporcionam. Desde o início desta pandemia que, através das redes sociais e da internet, a exploração sexual de crianças aumentou 88% nos EUA; o Twitter encerrou a conta de um dos ex-Presidentes dos EUA; o Facebook e outras plataformas recolhem inteligência artificial sobre as nossas vidas 24h por dia, e nós fingimos que alguma vez as nossas vidas voltarão ao normal? O futuro será vivido com experiências robóticas controladas em ecrãs por estas empresas gigantes que estão fora de controlo. Liberdade de expressão é uma frase excelente, mas, na verdade, o que significa? Celebrar a liberdade implica respeitar as nossas vidas privadas independentemente se são boas, más ou indiferentes. A verdade terá de ser elevada a um novo nível, senão o caminho irreversível da desinformação e da falsidade será assumido como a nova verdade. Hoje, a verdade é praticada apenas porque nos faz sentir bem, muitas vezes sem evidências ou lógica, e as pessoas parecem aceitar bem isso. Esse é um caminho perigoso de se seguir. As redes sociais e a internet são os maiores contribuidores para este conceito. A propaganda e doutrinação estão aqui para ficar, para o benefício dos nossos mestres invisíveis. Fique bem. Versão em inglês

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Assistente de Direção: Carlos Monteiro c.monteiro@mdcmediagroup.com Marketing: José M. Eustáquio Vice-Presidente, MDC Media Group Inc. jm.eustaquio@mdcmediagroup.com Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com Publicidade: Rosa Bandeira Telefone: 416-900-6692 info@mdcmediagroup.com Colaboradores do jornal: Adam Care, Adriana Marques, Aida Batista, Anselmo Borges, Augusto Bandeira, Catarina Balça, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Fernando Rio, Francisco Pegado, Fr. Conrad Fernandes, Inês Barbosa, Inês Carpinteiro, Joana Leal, Lizandra Ongaratto, Luís Barreira, Paulo Gil Cardoso, Paulo Perdiz, Rosa Bandeira, Telma Pinguelo, Vincent Black. Cartoonista: Stella Jurgen Traduções: Inês Carpinteiro e David Ganhão Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

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A regulação dos media no Canadá Os media, tal como a grande maioria das outras atividades, são regulados para evitar a transmissão de conteúdo falso e/ou parcialista. Os jornalistas estudam que a profissão tem direitos e deveres, mas por vezes pressões externas, que podem ser políticas ou financeiras, só para citar algumas, obriga-os a enveredar por um caminho diferente para manterem o emprego. A influência dos media na sociedade é tão grande que no séc. XIX os académicos definiram os media como o quarto poder, aquele que deve denunciar abusos de poder e que deve ser o bastião do interesse público. Mas afinal, quem fiscaliza a mensagem que consumimos e que acaba por influenciar a opinião pública?

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o Canadá, na imprensa escrita, quando encontrar informação tendenciosa a entidade responsável para onde deve enviar a sua queixa chama-se National NewsMedia Council. O conselho foi criado em 2015 e substitui o antigo Ontario Press Council. O National NewsMedia Council é uma amalgamação de conselhos de imprensa do Atlantic Canada, Ontario e Colúmbia Britânica. A criação deste conselho foi apoiada pelos principais jornais e incluiu títulos como Toronto Star, The Globe and Mail, o grupo Postmedia (National Post) e o grupo Sun Media (Toronto Sun). O National NewsMedia Council considera reclamações sobre padrões jornalísticos e ética relacionados com uma notícia, um artigo de opinião, uma foto ou um cartoon. O Conselho não lida com reclamações sobre publicidade, entrega, assinaturas ou palavras cruzadas. Qualquer pessoa ou organização pode fazer uma reclamação sobre uma publicação de notícias que pode até estar apenas disponível online. Mas existem regras: as queixas têm de

ser identificadas, o que significa que não podem ser apresentadas de forma anónima. Podem ser feitas através de telefone (1-844-877-1163) ou de e-mail (info@mediacouncil.ca). A queixa tem que ser apresentada, no máximo, um mês depois do leitor identificar a informação que julga não estar de acordo com os princípios do jornalismo. O Conselho não é obrigado a agir se assim o entender. Para que uma queixa seja considerada a denúncia deve focar-se numa alegada violação específica ou num determinado padrão ético. Os padrões jornalísticos incluem precisão, contexto e oportunidade para responder a alegações ou declarações prejudiciais. Na parte da precisão pode achar que uma notícia inclui um erro factual ou que alguém foi citado incorretamente. Na parte do contexto se entender que o artigo só mostra um lado do caso e que as opiniões acerca de uma pessoa ou entidade são negativas e merecem uma resposta. No género artigo de opinião deve fazer queixa se achar que um artigo usa uma linguagem forte e expressa opiniões que não são populares. O Conselho não aceita queixas que já tenham dado entrada em tribunais e pode entender não dar seguimento a uma queixa porque esta é igual ou parecida com a que já foi feita anteriormente. Se optar por publicar a queixa, o Conselho vai identificar o autor e a organização que é visada. Partilhar esta informação publicamente antes do Conselho o fazer pode ser entendido como um ato de má fé ou uma violação. As queixas só são consideradas válidas depois do seu autor as ter partilhado com o grupo de media que acha que errou no tratamento de informação. O processo é gratuito porque o Conselho não tem fins lucrativos e não precisa de nenhum advogado. Na página oficial deste organismo é possível ter acesso a queixas que, entretanto,

já foram resolvidas. Só no ano de 2020 já foram resolvidas 29 queixas. No universo dos jornais mais conhecidos do público, o jornal que tem mais queixas para já é o Toronto Sun (oito), seguido da agência de notícias canadiana, a Canadian Press (duas). O The Globe and Mail tem duas e o The Star e o National Post contam cada um com uma queixa. Os media canadianos são diversos e altamente regionalizados. A Canadian Radio-Television and Telecommunications Commission (CRTC) é a organização pública independente que regula e supervisiona os sistemas de transmissão e telecomunicações em todo o país. O que significa que não regulamenta jornais, revistas, tarifários de telemóveis ou a qualidade e o conteúdo de programas de TV e Rádio. A CRTC informa o Parlamento através do ministro do Património Canadiano, neste caso Steven Guilbeault. A obrigação da CRTC é garantir que os sistemas de radiodifusão e telecomunicações chegam ao público canadiano. A agência possui equipa própria e é totalmente independente do Departamento de Comunicação do Governo federal. Em dezembro Otava reconheceu que os media tinham sido muito atingidos pela pandemia com cortes drásticos nas receitas publicitárias e decidiu apoiar as estações de rádio e as televisões elegíveis. Cada uma delas paga uma taxa de transmissão à CRTC e o Governo determinou que a isenção de taxas vai proporcionar um alívio de $50 milhões nestas empresas e desta forma vai ajudar a manter as produções canadianas. A CRTC supervisiona e regula mais de 2.000 emissoras nacionais, incluindo serviços de TV (inclusive a TV por cabo), estações de rádio AM e FM e empresas que oferecem estes serviços ao público. Nesta lista também constam as operadoras de telecomunicações.

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Se quiser fazer uma queixa à CRTC pode fazê-lo por telefone (1-888-221-1687) ou através de e-mail (response@ccts-cprst. ca). Aqui também não são aceites queixas anónimas. O nome, a morada e o número de telefone do autor da queixa são partilhados pela CRTC com a empresa que é implicada na queixa. A CRTC refere que a queixa pode demorar 20 dias a ser respondida. A maioria dos media no Canadá pertence principalmente a um pequeno número de empresas: Bell, Corus, Rogers, Quebecor e a estacão de serviço público Canadian Broadcasting Corporation (CBC). Cada uma destas empresas detém um grupo diversificado de operações de televisão aberta, televisão por cabo, rádio, jornal, revista e/ou online. Mas o mercado também tem empresas mais pequenas. Em 2007, CTVglobemedia, Astral Media, Quebecor, Canwest Global e Rogers expandiram-se de forma significativa com a aquisição da CHUM Limited, Standard Broadcasting, Osprey Media, Alliance Atlantis e City. Em 2010, a Canwest foi vendida devido a problemas financeiros e ficou dividida entre a Shaw (agora Corus) e a Postmedia Network. O poder dos media é incontestável, no Canadá, em Portugal, ou em qualquer outro país do mundo, mas agora esse poder também é repartido pelas redes sociais onde cada um se transforma em produtor de conteúdos sem que tenha recebido formação específica para esta função. A regulação é uma peça chave para que o jornalismo sobreviva e ajude os países a manterem as suas democracias saudáveis. Se será ou não independente, só o tempo o dirá. Mas cada um de nós pode escolher o tipo de conteúdos que quer consumir, isto é válido para qualquer plataforma, seja imprensa escrita, rádio, Tv ou streaming. Joana Leal/MS

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Comunicação Social e o grande desafio do futuro

Sobreviver com qualidade

Doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho em 2005, Felisbela Lopes é Professora Associada com Agregação do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Entre 2009 e 2014, foi aí Pró-Reitora para a área da Comunicação.

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eciona, desde 1994, disciplinas ligadas ao campo do Jornalismo. As suas áreas de investigação são a informação televisiva, com enfoque no serviço público de media; a comunicação e o jornalismo da saúde; e o jornalismo político, incidindo na cobertura mediática da Presidência da República Portuguesa. Foi investigadora principal de dois projetos de investigação financiados pela FCT: “A Doença em Notícia” e “Jornalismo televisivo e cidadania: os desafios da esfera pública na era digital”. Nesta edição do Milénio Stadium, em que falamos do estado atual dos órgãos de comunicação social, pedimos a quem tanto tem trabalhado nesta área, como investigadora, para nos ajudar a avaliar o trabalho desenvolvido neste ano difícil, que acabou por relembrar a todos a importância que os media têm na formação da opinião pública. Felisbela Lopes considera mesmo que os órgãos de comunicação social tiveram um papel preponderante nos altos e baixos desta crise pandémica.

média tornaram os alinhamentos hegemónicos. Adotaram, nessa fase, uma frase de ordem (mais as televisões) que era - “Fique em casa”. Num inquérito que fizemos à classe jornalística, 92,2% dos jornalistas disseram-nos que tiveram como objetivo ajudar as pessoas a mudar comportamentos no sentido da prevenção. É a primeira vez que os jornalistas, após o 25 de abril, reconhecem que tiveram aqui um propósito de mudança de orientação de comportamento – nunca tinha acontecido, mas é por algo benigno. Portanto, assume-se que houve uma orientação de comportamentos - e houve, porque os jornalistas nas peças de cariz informativo, também usavam muito o registo de apelo às pessoas para mudar comportamentos. Quando olhamos para este caso, bem-sucedido a nível mundial, temos que equacionar que os média, particularmente os média noticiosos, tiveram aqui um papel preponderante. Os média em Portugal tiveram também

uma mudança estrutural – chamar para fonte de informação especialistas, que subitamente começaram a ser o centro do espaço mediático – médicos, investigadores na área da saúde, ganharam aqui uma ampla visibilidade e houve aqui um saber sábio que é levado para o espaço jornalístico. Ora, o estado de emergência foi até maio, a partir de maio o que é que aconteceu? Começámos a desconfinar e os média começaram também a desacelerar em termos de ondas noticiosas à volta da covid-19. Vem o verão, o vírus perdeu velocidade, nós continuámos desconfinados e os média continuaram a dispersar noticiabilidade. E o que é que acontece depois? Chegámos a novembro e entrámos em estado de emergência – surge a questão: confinamos ou não confinamos? Não confinamos, porque a economia está de joelhos. Então vieram medidas de restrição, com grande confusão, as pessoas não sabiam muito bem se haviam de sair ou não ao fim de semana, mas já tinham criado o hábito de conviver

Milénio Stadium: Com a sua visão de investigadora e também como cidadã, como avalia o trabalho da comunicação social (não apenas em Portugal) neste ano de pandemia? Felisbela Lopes: Podemos aqui estabelecer alguns marcos diferenciadores: nós tivemos uma onda pandémica que chega a Portugal em março, e nessa altura o país é considerado como um dos países bem-sucedidos em termos de contenção do vírus. Em termos de cobertura mediática nós levámos aqui um choque de realidade e tivemos os média a transformarem a agenda num alinhamento monotemático, portanto, a partir de um determinado momento, particularmente a partir da declaração do estado de emergência (18 de março), os

Felisbela Lopes - Doutorada em Ciências da Comunicação, Crédito: DR.

com a pandemia. O que significa que já não estavam tão preocupadas e os média também não estavam assim tão mobilizados... E aí os números começaram a acelerar. Chegámos ao Natal e houve a preocupação e a pressão para passar o Natal em família, depois vem o Ano Novo, e, entretanto, chegamos a janeiro e tornamo-nos o pior país do mundo. De repente somos o pior país do mundo. Porquê? Porque nós, que fizemos tudo bem no início, a partir de maio começámos a fazer tudo mal – acabámos por nos habituar a isto, a fadiga também existiu e os próprios média também desaceleraram a própria mobilização de opinião publica para esta situação. E há outra questão, em Portugal, mesmo os média de linha popular, resistiram a explorar a dor alheia – ou seja, perante um cenário de mortes, nós não tivemos muitas peças sobre a morte. Tudo o que era feito, foi sempre feito com cuidado extremo, tanto por órgãos de referência, quanto por órgãos de linha mais popular. Porque eu acho que os jornalistas (e no inquérito que nós fizemos eles diziam isso) são parte desta história, porque quando vão mediatizar um incêndio ou outra tragédia qualquer, o jornalista é mediador, mas neste caso é diferente, porque nos toca a todos – eles não estavam a tratar uma realidade desconhecida e a morte também era uma coisa que os afetava e que temiam. Eu penso que isso também contribuiu para todo este cuidado. As realidades a nível mundial são muito diferentes, até porque o estado da pandemia é diferente, a evolução é também ela diferente conforme as geografias, mas nós somos ímpares porque conseguimos ser o caso de maior sucesso a nível mundial e de repente somos dos piores casos no mundo e somos um país pequeno. MS: Depois da fase inicial em que se chegou a acusar os órgãos de comunicação social de espalharem o medo com o relato diário dos números da pandemia, agora há quem note que a partir do verão, concretamente as televisões, passaram a apresentar os seus programas com uma aparente normalidade. Acha que podem ter contribuído para transmitir uma mensagem subliminar


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municação social para lá da pandemia. A velocidade exigida hoje ao jornalismo, com as versões digitais de jornais, rádios e TV’s, tem contribuído, na sua perspetiva para FL: Eu sempre defendi que se a situação uma diminuição da qualidade? Ou seja, é grave, porque é que nós não temos que mais quantidade, menos qualidade? emitir o medo? Nós damos é sinais contraditórios com programas de entreteni- FL: Não, eu acho que em termos jornalísmento nos canais privados por onde pas- ticos e de forma genérica (em Portugal) os sam muitas pessoas ao longo da tarde, que média cresceram em qualidade. Inequivose sentam no mesmo sofá, para além disso camente. Há aqui algo muito importante quem conhece a televisão sabe que passam que tem que ver com os especialistas – os todos pelos mesmos locais de caracteriza- jornalistas normalmente, quando tinham ção, com os riscos todos inerentes a isso, que escolher alguém (particularmente para e as pessoas estão em casa e olham para os a televisão), valorizavam muito a notorieecrãs de televisão e estão aqui a criar qua- dade pública das pessoas, ou seja, tinham dros de perceção social. Depois também que ser caras conhecidas, também para reos políticos, que agora em janeiro durante ter audiência. Ora com a pandemia, ao traeleições presidenciais andaram em campa- zer os especialistas para o palco mediático, nha – nós, mais uma vez, olhamos para os o que é verdade é que o jornalismo cresceu ecrãs e o que é que vemos? Políticos na rua em qualidade. e até se juntam uns com os outros, mas a As peças eram feitas com uma ou duas fonmensagem que transmitimos é para que as tes, mas em tempos de pandemia, como começámos a normalizar a questão do pessoas fiquem em casa. Esta onda pandémica, que em algumas contacto online, as pessoas habituaram-se partes do globo está ainda com uma vio- muito a estar com um computador e de relência bastante grande, coincide com o pente tornaram-se muito acessíveis. E por surgimento de vacinas – os órgãos de co- isso as peças começaram a ser feitas com municação social, também nesta tentativa muitas fontes, e com fontes especializadas de diversificar ângulos e porque as vacinas -o jornalismo dá aí um salto de qualidade. são, efetivamente, uma novidade, come- O que acontece é que as pessoas, subitaçam a colocar no topo do alinhamento as mente, começaram a ter um acréscimo vacinas, ou seja, dão também mais um si- muito grande de consumo de informação, nal de que estamos quase a sair do túnel. E porque estão muito preocupadas, não só agora começamos a ver que não há vacinas como vírus, mas com as consequências que para todos, que estão atrasadas, que o for- o vírus traz para a sua vida. Mais do que ver necimento das vacinas de facto não está as- novelas, ou ver entretenimento, as pessoas sim tão adiantado, que os países que estão procuram muito informação. E ao procurar mais adiantados não tem nada a ver con- muito informação, os jornalistas também nosco, tipo Israel que já vacinou 50% da têm esta consciência e começam a alargar população, mas a Alemanha e a França va- temas. E isso contribuiu para uma subida cinaram menos de 10%... Ou seja, os sinais grande da qualidade do jornalismo. continuam a ser contraditórios e depois as pessoas têm que se comportar. Estamos MS: Ainda sobre a comunicação online, sempre a pedir às pessoas para adotarem acha que o jornalismo tem sabido imporcomportamentos de prevenção e o que é -se nas redes sociais? Um terreno tão fértil facto é que nós não aprendemos nada. Es- para a chamada contrainformação, teorias tamos a conviver com a pandemia há um da conspiração e fake news... ano e parece que estamos a lidar com isto FL: Não, não. O jornalismo em Portugal, de uma forma pior. agora com a pandemia, teve aqui um desenvolvimento maior – porque começaram MS: Olhando agora para o estado da coa apostar mais no online. Mas o jornalismo de que o perigo já tinha passado, ajudando a que os números chegassem ao estado de catástrofe das últimas semanas?

em Portugal está muito atrasado no que diz respeito ao digital. E depois porque Portugal vive pendurado nas redes sociais, o jornalismo não tem aí muita força. Portanto, há aqui caudais de comunicação que são muito fortes em termos de redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp – e é difícil lutar contra essa corrente. O jornalismo funciona como uma espécie de contracorrente. MS: Nos Estados Unidos da América é conhecida a assumida parcialidade de órgãos de comunicação de grande impacto nacional e até internacional. Numa perspetiva europeia esta é, teoricamente, uma forma de exercer a profissão de jornalista absolutamente contrária aos princípios básicos da ética e deontologia. Considera que, mais tarde ou mais cedo, a parcialidade que em muitos jornais e órgãos de comunicação europeus é ainda não assumida, vai ser cada vez mais uma realidade? FL: Ainda não é aqui em Portugal. Mas nós temos alguns sinais que podemos apontar como sendo de algum risco. Nestas últimas presidenciais tivemos aqui uma força mais de extrema-direita que ganhou mais espaço (Chega), e o Chega é uma força partidária que de facto teve um maior número de votos e os votos não são divinais, são de gente que está cá, que consomem informação. O que significa que este tipo de partidos e esta resposta que teve, indica que que há aqui uma parte da população que, se calhar, consumia mais uma informação partidária, parcial, porque é assim que eles também se posicionam. Mas continua a ser muito residual, e nós continuamos a ter aqui uma tradição muito forte de jornalismo imparcial. Agora isto poderá fazer caminho. Os movimentos populistas lá fora, particularmente na Europa, começaram de forma envergonhada e, normalmente, Portugal costuma apanhar as tendências com algum atraso. Portanto, acho que há aqui sinais que nos impõem alguma cautela numa resposta negativa inequívoca - há sinais que nos apontam para que haja algumas brechas a curto prazo.

MS: Como avalia o trabalho desenvolvido pelas entidades reguladoras? Protegem efetivamente a profissão e os seus destinatários? FL: Não, há aqui de facto, ultimamente, um vazio grande da entidade reguladora, nós não temos aqui uma entidade reguladora muito atuante relativamente à regulação dos conteúdos mediáticos de natureza jornalística. MS: Quais são no seu entender os grandes desafios dos órgãos de comunicação para o futuro? FL: São dois, essencialmente: Primeiro é o desafio da sobrevivência, porque nós temos aqui órgãos que se debatem com uma informação gratuita e uma informação de qualidade é cara. Temos empresas e grupos mediáticos em crise financeira, quer em Portugal, quer à escala global. Estamos perante uma pandemia que desencadeia uma crise financeira à escala global, que por sua vez diminui logo receitas publicitárias, portanto aquilo que se vislumbra é uma crise grande a curto prazo para os grupos mediáticos. Daí que o primeiro desafio seja o da sobrevivência e o da saúde financeira. O segundo desafio é o da qualidade, é que esta pandemia trouxe para o centro novos temas, trouxe para o centro mediático a ciência, o campo da saúde, áreas que nos estruturam na vida todos os dias e que não eram mediatizadas pelo jornalismo, pelo menos no topo dos alinhamentos. De repente nós começámos a perceber que a vida não se faz de espuma, nem de ruído, e nós andámos muito tempo entretidos com isso e agora percebemos que havia coisas essenciais para as quais nós não estávamos minimamente despertos, e face a esta nova agenda, também houve aqui novos interlocutores, novas fontes de informação. Agora o futuro dir-nos-á se o jornalismo é capaz de se reconfigurar e de se reinventar com aquilo que aprendeu durante esta pandemia. Catarina Balça/MS


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Pressões do meio Suzy Soares nos estudios da Omni com Bill Moniz. Créditos: DR.

Suzy Soares: Sim! Todas as profissões sofrem de uma certa pressão. Todos os dias tinha uma história para contar e a responsabilidade de levar a cabo uma notícia baseada em factos e não opiniões. A responsabilidade de um jornalista é investigar, falar com mais que uma pessoa, procurar provas e ter a certeza que escuta os dois lados da história. Temos que ser conscientes e ter a responsabilidade. Neste país podem o terreno e no dia a dia com a pres- levar-nos a tribunal e pedir indemnizasão dos resultados é preciso tomar ções, se não tivermos provas corremos risdecisões rápidas e cada uma delas cos e consequências graves. tem consequências – resta saber se escolhemos sempre o lado certo da história e o MS: Antes da pandemia os media já tinham a responsabilidade de informar as massas e lado da verdade. Suzy Soares tem 32 anos de experiência de separar a boa da má informação. Diria no ramo e embora hoje esteja afastada do que depois da pandemia isso se tornou mais jornalismo, passou por várias funções na evidente? Que tipo de jornalismo devemos Omni do grupo Rogers. Antes de sair do ter depois da pandemia? mercado trabalhava como produtora exeSS: Não acho que a pandemia teve essa cutiva da Omni 1 e Omni 2. Em entrevista marca, já vem de trás com a criação dos ao Milénio Stadium, a jornalista e produtochamados “fake news” que as redes sociais ra defende que no exercício desta profissão promovem, pois quase todos os utilizadoa verdade deve estar acima de tudo, inderes destas plataformas tornaram-se invespendentemente de pressões e sublinha que tigadores e/ou jornalistas. a responsabilidade de informar as massas mantém-se hoje tal como no passado. MS: Acha que os media canadianos são suficientemente regulados? Milénio Stadium: Durante a sua carreira na indústria dos media, alguma vez sentiu al- SS: Acho que sim, apesar de neste momento não estar em posição de o poder gum tipo de pressão? afirmar devido ao fato de estar afastada. A guerra de audiências e os prazos curtos são uma mistura explosiva em jornalismo. Qualquer redação sabe que existem histórias que não vendem ou que não agradam a um ou a vários dos patrocinadores. Os jornalistas que estudam a profissão no meio académico têm a noção de que esta profissão, tal como outra qualquer, tem direitos e deveres.

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Suzy Soares, jornalista com 32 anos de experiência no ramo. Crédito: DR.

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A CRTC (Canadian Radio-Television and Telecommunications Commission) é uma agência pública que regula todas as estações de rádio e televisão. MS: Ainda existe jornalismo independente no Canadá e/ou no mundo? SS: Acredito que sim. MS: A ética e a deontologia da profissão devem estar sempre presentes quando cobrimos uma história, independentemente de pressões editoriais? SS: 100%, a verdade acima de tudo. A deontologia parte da ética que trata dos princípios que afetam uma profissão. A ética defende os princípios que guiam o comportamento mesmo que contradiga a tradição. Nunca devemos ter opinião. Apenas relatamos os fatos. MS: A barreira entre interesse público e interesse privado é ténue. Mas o que é que deveria acontecer quando protegemos uma má fonte de forma inconsciente e destruímos a vida de alguém quando difundimos uma versão errada da história? SS: Por isso mesmo um jornalista deve apenas relatar os fatos. Joana Leal/MS


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Manuel Molinos é hoje diretor-adjunto do JN e diretor Digital de todo o grupo Global Notícias, mas é acima de tudo e sempre será jornalista. A articulação nem sempre pacífica entre o mundo online e o estrito cumprimento dos preceitos jornalísticos é um desafio diário para quem assume a missão de fazer chegar da forma mais rápida possível, informação credível e útil aos leitores ou utilizadores das mais diversas plataformas de comunicação. Numa breve conversa com o Milénio Stadium Manuel Molinos deixa-nos a sua visão do trabalho que tem sido desenvolvido pela comunicação social neste ano de pandemia, abordando também questões que se afiguram cada vez mais importantes para quem faz do jornalismo mais do que uma profissão e o encara como um verdadeiro serviço público.

Manuel Molinos: Bom, sobretudo se tivermos em conta que as condições de trabalho se tornaram mais difíceis e o tempo de resposta mais curto. MS: Considera que o facto de, diariamente, as pessoas terem sido invadidas com informação sobre a evolução da pandemia e, concretamente com os dados estatísticos (casos de covid-19), contribuiu, de certo modo, para a “banalização” desses números?

Créditos: DR

Missão: informar MM: A preocupação é, nesta época, a mesma de sempre: prestar um serviço público. Ser sobretudo útil e relevante para quem nos prefere. A velocidade faz parte do processo informativo. É preciso saber atuar com essas circunstâncias, recorrendo sempre a fontes e dados credíveis para produzir a melhor informação possível.

MS: As redes sociais são hoje mais uma ferramenta de trabalho para o jornalista – tanto na recolha de informação, como na sua divulgação. O Twitter, por exemplo, MM: Julgo que não. Os dados de tráfego intem sido uma plataforma por vezes confudicam-nos que os leitores querem essa insa no que a notícias diz respeito: lá depaformação detalhada. ramo-nos com uma mistura de verdade e mentira. O que podem fazer os órgãos de MS: Que preocupações tem, enquanto dicomunicação social para salvaguardar a retor-adjunto do JN e diretor Digital de veracidade jornalística, não deixando de todo o grupo Global Notícias, relativamenusar meios que cheguem mais próximo e te à necessidade de se publicarem notícias mais rápido às pessoas? online, cada vez mais rapidamente? Considera que as regras mais elementares do MM: As redes sociais não são apenas uma Milénio Stadium: Como caracteriza, de jornalismo podem ser postas em causa de- ferramenta de trabalho. São também um uma forma global, o trabalho desenvolvido vido a essa velocidade que a internet impõe canal de distribuição de informação. É prepelos órgãos de comunicação social neste ciso que o leitor diferencie o que é inforà informação? tempo de pandemia?

mação credível, um processo que também devia passar pela educação para os media. MS: Qual o papel efetivo das entidades reguladoras de comunicação? Há quem realmente controle o tipo de jornalismo que se tem vindo a fazer? MM: O jornalismo não deve ser “controlado”. Não percebi a questão. O papel da ERC está bem definido na lei. Importante é encontrar soluções justas para combater a concorrência desleal dos gigantes da Internet que absorvem 80% das receitas publicitárias. MS: Na sua perspetiva, por onde passa o futuro do jornalismo? Quais são os grandes desafios que se perspetivam a curto/médio prazo? MM: O maior desafio é encontrar modelos de negócio sustentáveis e manter os leitores com as marcas e menos com as redes sociais. Catarina Balça/MS

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Nas últimas décadas temos assistido à “democratização” da informação. A internet, de certo modo, foi quem revolucionou esse cenário. Facilitou não só o acesso mas também a divulgação de notícias e conteúdos por qualquer pessoa. Não é preciso mais ter um espaço, o que já foi privilégio de poucos, na televisão, jornal ou rádio para manifestar a sua opinião e ideias e ser “notado” - leia-se visto, ouvido, ou lido - como acontecia antigamente. Basta ter uma conta em uma rede social, e pronto, temos o mundo ao nosso alcance. Por um lado, essa facilidade trouxe diversidade e ampliou o “poder de fala” da população em geral, mas também tornou mais fácil a divulgação e propagação de informações falsas, as chamadas “fake news”, ou a manipulação das mesmas. Nesse universo online, cada vez fica mais difícil exercer um controle sobre o que é dito, visto, e compartilhado exaustivamente. E foi agora, neste contexto, e num momento de pandemia mundial, que se voltou a debater e a defender a importância dos meios de comunicação “oficiais”, das emissoras de televisão, rádio, jornais, grupos de comunicação licenciados e credenciados, na divulgação das notícias sobre o que acontece à nossa volta. Notícias veiculadas com credibilidade, apuramento de informações, fontes confiáveis e todos os demais elementos que formam o jornalismo sério e profissional. Mas então, surge a pergunta: até que ponto esse papel está sendo, de facto, cumprido pelos veículos de imprensa? Informar de maneira isenta e sem manipulação? E como o público consumidor observa o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos mesmos? Essas são questões complexas e importantes que a equipa do Milénio Stadium se propôs a debater na edição dessa semana. Abaixo confira as opiniões de diferentes membros da comunidade lusófona sobre esse assunto. Lizandra Ongaratto/MS Sim. Não tanto para eles pessoalmente, mas de acordo com os meios de comunicação têm mais responsabilidade aceros interesses da empresa que trabalham. Todos sabem que ca do conteúdo que veiculam? as empresas têm interesses por trás do que veiculam, e isso Sim. Mas as pessoas também têm responsabilidade sobre o Acredita que a comunicação social está a exercer a sua fica claro na linha editorial. local onde vão buscar o conteúdo, a informação, em espefunção de informar as pessoas de maneira responsável? Qual a real influência que você acredita que os meios de cial antes de compartilhar com amigos e familiares qualSim e não. Acho que uma parcela dos “media” faz um bom comunicação social, sejam eles quais forem - TV, rádio, ou quer coisa que leem na Internet. trabalho, divulgando dados das entidades oficiais, em- internet -, exercem na opinião das pessoas? O jornalista tem direito a proteger a identidade da fonte, basados cientificamente, mas outros tantos preferem, ou Acredito que exercem certa influência sim, mas não tão isso quer dizer, manter no anonimato a pessoa que lhe têm a intenção mesmo, de apavorar as pessoas, instaurar forte como já foi no passado. Hoje em dia todos tem amplo passa determinada informação. Concorda com essa regra o caos social, e noticiam muitas questões, especialmente acesso a diferentes meios de informação, então podem es- ou isso pode ser perigoso? envolvendo política e essa pandemia, da maneira que é colher muito mais, e duvidar do que foi escrito, e pesquisar conveniente com as crenças da empresa que trabalham. Tem sim. Mas em determinadas situações, dependendo da mais sobre o assinto, por exemplo, se for do seu interesse. acusação, pelo menos na Justiça teria que revelar de onde Acha que os jornalistas, na sua maioria, divulgam as inNesse momento de pandemia global, você considera que veio aquela informação. formações de uma maneira que lhes é mais conveniente? Cláudio Pereira, 43 anos, empresário

bem que se não seguirem a linha editorial são despedidos. Se os media são ou não imparciais, essa é outra questão. Mas poucos media são verdadeiramente independentes nos dias que correm por isso é evidente que têm de existir Acredita que a comunicação social está a exercer a sua interferências. função de informar as pessoas de maneira responsável? Qual a real influência que você acredita que os meios de Acho que os media enfrentam um grande problema de comunicação social, sejam eles quais forem - TV, rádio, financiamento, mas o fenómeno é mundial. O Google e o jornal, ou internet -, exercem na opinião das pessoas? Facebook lucram com a partilha de notícias e os grupos de media não ganham um cêntimo com isso. A pandemia Acho que da mesma forma que a Bíblia diz que nós somos só acelerou aquilo que já vínhamos a assistir: a indústria o que comemos, as nossas opiniões são construídas e molestá a definhar porque o bolo publicitário é cada vez me- dadas com base naquilo que absorvemos à nossa volta. Os nor para os media generalistas. Sem dinheiro é impossível media ajudam-nos a formar opinião sobre os mais variados investir na contratação e na formação de jornalistas e sem assuntos e são importantíssimos para que votemos de forinvestimento não existe informação credível e rigorosa, ma informada. Não basta ler as promessas de campanha de para nem falar no jornalismo de investigação. Resta saber um partido, é preciso perceber o que aquele partido fez pela o que acontecerá ao mundo quando for o Google a decidir educação ou pela saúde pública quando esteve no poder. o que vamos ler... Nesse momento de pandemia global, você considera que Acha que os jornalistas, na sua maioria, divulgam as in- os meios de comunicação têm mais responsabilidade acerformações de uma maneira que lhes é mais conveniente? ca do conteúdo que veiculam? Manuela Araújo, 43 anos

Os jornalistas fazem o que os chefes permitem porque sa-

Os media têm responsabilidades, mas as redes sociais

também têm que ter. Sempre que o Facebook partilha informações falsas deveria ser multado, tal como os media o são. Diria que em vez da pandemia foi a invasão do Capitólio em Washington DC: primeiro o Twitter e o Facebook bloquearam a conta do Presidente Donald Trump e depois a FOX passou a ter mais cuidado no tratamento da informação. O jornalista tem direito a proteger a identidade da fonte, isso quer dizer, manter no anonimato a pessoa que lhe passa determinada informação. Concorda com essa regra ou isso pode ser perigoso dependendo da situação? As fontes são absolutamente essenciais para a continuidade do jornalismo, sobretudo do jornalismo de qualidade. Perigoso seria acabar com este direito porque muitos dos abusos que são denunciados jamais teriam visto a luz do dia se um jornalista não pudesse proteger a identidade da sua fonte.


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Créditos: David Ganhão

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com os devidos cuidados para não cair nas “fake news”. ca do conteúdo que veiculam? Sempre nas buscas que faço sobre qualquer assunto, proTotal. O mundo está em busca de informações sobre a pancuro mais outros dois meios de comunicação para certifidemia mais precisas a todo momento. É fato que existem car a informação. Acredita que a comunicação social está a exercer a sua “fake news”, porém a verdadeira notícia está mais em evifunção de informar as pessoas de maneira responsável? Qual a real influência que você acredita que os meios de dência por todos os lados. Neste caso basta procurar pelos comunicação social, sejam eles quais forem - TV, rádio, ou sites do Governo ou de orgãos de saúde mundial. Sim. Tenho acompanhado vários meios de comunicação internet -, exercem na opinião das pessoas? tanto canadianos como de outras partes do mundo. Acho O jornalista tem direito a proteger a identidade da fonte, que as redes sociais dos meios de comunicação estão a nos Não posso dizer que as pessoas são influenciadas, mas isso quer dizer, manter no anonimato a pessoa que lhe informar de forma mais rápida também. acredito que de um certo modo, existem pessoas que op- passa determinada informação. Concorda com essa regra tam por acreditar no que “aparece na sua frente”, seja ou isso pode ser perigoso? Acha que os jornalistas, na sua maioria, divulgam as inatravés de sites ou redes sociais. Buscar informações com formações de uma maneira que lhes é mais conveniente? Em certos casos, concordo, por exemplo a identidade de responsabilidades é a melhor maneira de se informar e equipas de investigação. Neste momento acredito que os meios de comunicação com notícias verdadeiras. estão a ter informações suficientes por todos os lados, se Nesse momento de pandemia global, você considera que falta informação básica, temos uma infinidade de possibios meios de comunicação têm mais responsabilidade acerlidades de nos informarmos melhor, basta procurar online Fernanda Soares, 48 anos, comerciante

Qual a real influência que você acredita que os meios de O jornalista tem direito a proteger a identidade da fonte, comunicação social, sejam eles quais forem - TV, rádio, ou isso quer dizer, manter no anonimato a pessoa que lhe internet -, exercem na opinião das pessoas? passa determinada informação. Concorda com essa regra ou isso pode ser perigoso? Acredita que a comunicação social está a exercer a sua Enorme. Principalmente se o grupo de comunicação passa função de informar as pessoas de maneira responsável? a expandir-se em outros segmentos como entretenimen- Tem os dois lados da moeda. Em tese o jornalista deve to e esportes e em diferentes plataformas, passando a ser manter o sigilo da fonte, o que de fato não deve ser um É o que deveria acontecer. Informações imprecisas e “fake mais presente no dia a dia das pessoas. problema, porque caso algo saia errado a responsabilidade news” atrapalham muito a manutenção da credibilidade. irá para o próprio jornalista ou grupo de comunicação que Nesse momento de pandemia global, você considera que Acha que os jornalistas, na sua maioria, divulgam as inveiculou a notícia. os meios de comunicação têm mais responsabilidade acerformações de uma maneira que lhes é mais conveniente? ca do conteúdo que veiculam? Acho que não, penso que a maioria dos jornalistas veicula Naturalmente, mas sempre é interessante buscar a inforas matérias de acordo com a linha editorial da instituição mação em diversas fontes. Ler jornais independentes, conpara a qual eles trabalham. sultar outras fontes e, só então, formar a própria opinião. Ana Paula Veríssimo, 42 anos, motorista de aplicativo

do. O jornalista deve ser imparcial, mas temos visto cada vez mais “a pessoa” em vez do jornalista, devido também a situação em que nos encontramos, em que o jornalista assume uma posição mais pessoal para que os que estão a Acredita que a comunicação social está a exercer a sua ver se identifiquem com a situação. função de informar as pessoas de maneira responsável? Qual a real influência que você acredita que os meios de Acredito que hoje em dia a comunicação social é mais comunicação social, sejam eles quais forem - TV, rádio, ou abrangente. Temos difusão de notícias de uma maneira internet -, exercem na opinião das pessoas? diferente através também das redes sociais. Por vezes as pessoas são bombardeadas com informações, e nem sem- Existem várias pessoas que nos últimos anos tiveram acespre corretas. Não existe controlo no que é partilhado, por so mais descontrolado a certas informações, que não são as isso cabe a cada um avaliar e verificar a informação que mais corretas, as chamadas “fake news”. Acredito que ulestá a receber e se é de uma fonte acreditada. timamente essas fake news têm influenciado a decisão de milhares de pessoas, o que tem levado a divisão de países, Acha que os jornalistas, na sua maioria, divulgam as incomo por exemplo nos Estados Unidos. formações de uma maneira que lhes é mais conveniente? Nesse momento de pandemia global, você considera que É uma situação que depende do que está a ser apresentaJuliana Pedrosa, 33 anos, administradora

os meios de comunicação têm mais responsabilidade acerca do conteúdo que veiculam? Penso que os meios de comunicação têm sempre a responsabilidade de partilhar a informação correta independentemente da época em que estejamos a viver. Precisamos de informação correta a qualquer altura. O jornalista tem direito a proteger a identidade da fonte, isso quer dizer, manter no anonimato a pessoa que lhe passa determinada informação. Concorda com essa regra ou isso pode ser perigoso? Concordo que o jornalista proteja suas fontes. Ao divulgar as fontes pode colocar em perigo não apenas a vida das fontes, mas também a sua própria vida. O não revelar de fontes é um trunfo que tem em mão.


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Os prós e contras das redes-sociais

Cristina Da Costa Opinião Bom dia caros leitores,

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á estamos, não é? Mais uma semana. Meio de mais um mês, curiosamente o mais pequeno do calendário. Semana agitada a nível mundial. Local. Social. Fim de semana de São Valentim (fim de semana do amor) do Cupido :). Fim de semana de celebrar a família e também início de um novo ciclo lunar chinês. Novo zodíaco que dizem os entendidos vai levar as mazelas deixadas atrás pelo ano do Rato. Este ano que se inicia agora é o ano do Boi, segundo o zodíaco Chinês. A ver o que nos traz de bom ou menos mau. Quanto ao assunto em cima da mesa pelo

Milénio desta semana. Até que ponto estamos nós submersos e assoberbados pelas redes-sociais. Confesso que ocupam uma boa parte da minha vida talvez porque me mantêm até certo ponto informada, porque informam. Mas há que separar o trigo do joio, ou seja, perceber que muita desta informação que nos é forçosamente impingida não é toda altamente benéfica e verídica. Cabe a nós, sim a cada um de nós ter essa perceção. Passamos a entender um pouco melhor esta “Globalização“. As redes sociais atingem e ultrapassam o que não está e o que está para além dos limites do real. As redes sociais tornaram-se num novo e importante meio de intercâmbio de informações, ideias e comunicação. Plataformas que aproximam parentes e amigos encurtando distâncias. Dada a natureza aberta da Internet, as informações podem fluir muito fácil e rápido perante as populações. A rede pode ser representada como um gráfico

onde os indivíduos ou organizações são o conjunto de vértices e os relacionamentos ou conexões entre os vértices são o conjunto de arestas. Além disso, as redes sociais representam intrinsecamente a estrutura de um sistema mais complexo que é a sociedade. Estas estruturas estão relacionadas com as características dos indivíduos. Por exemplo, os indivíduos mais populares são aqueles com maior número de contactos e “likes” e “shares”. Gostos e partilhas. Em particular, aceita -se que a estrutura da rede pode afetar a forma como a informação se propaga nas redes sociais. No entanto, ainda não está claro como a estrutura influencia na propagação, como medir seu impacto e quais as possíveis estratégias para controlar o processo de difusão. A propagação da informação em redes é de grande relevância para as áreas de publicidade e marketing, educação, campanhas políticas ou de saúde, entre outras. Podemos assim perceber, ou não como as redes

sociais e o seu impacto podem ser aplicados e estendidos em diferentes campos de pesquisa como redes biológicas e modelos de comportamento social animal, modelos de propagação de informação nas epidemias e na saúde pública, entre outros. Daí o quão importante é estar informado e alerta para que ao fim do dia não fique com a mente em “overload” de informação. Muitas vezes menos real. Não esquecer que o que neste momento é muito popular, daqui a uns meros segundos já perdeu a sua validade. Use o seu Twitter, Facebook, Instagram e todas as outras plataformas de uma forma benéfica e socialmente capaz de o satisfazer sem ter de manchar nada nem ninguém a nível social, mental e na sua integridade. Cuide-se e bom fim de semana. Feliz dia de São Valentim e da Família. Até já, Cristina

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Editorial

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English version

Socially Speaking Social media has redefined the way we consume information and express ourselves. The world is in constant flux transitioning as the flow of social and traditional media dictates. Our lives are controlled by the absorption of tidbits of knowledge propagated by others from which the uninformed take in as truth. How much truth is there in social media today and whose responsibility is it to ensure that the messaging is trustworthy? Many would suggest that the world today is out of control with the uncontrollable proliferation of information and that the methodology used to control the news is non-existent.

T

he word control may conjure up images of big brother regulating our freedom of thought and speech but while dialogue and written thoughts can be controlled, our internal sentiments cannot. Google, Facebook, Twitter and others have become the defacto world governors of information and therefore by attrition, typical government no longer controls governance of the world. These companies are capable of telling you what you can and cannot say and if they don’t like your message, they simply will cancel you. Imagine the psychological pain many would suffer if they had no access to the internet and social media. Their lives simply would be changed forever. The world continues to suggest that we are all in this together but the world itself is not. The constant and immediate availability of true and false narratives shows that the constant fear of the world we currently live in is accentu-

ated by the media which often appears not to understand or care about the damage they are causing with their approach to how news is indulged. With these monstrous internet companies controlling the world and absorbing every nugget of information they can about our lives, it will be difficult to turn back the clock to the days when we actually enjoy some privacy.

Também estamos disponíveis na

They know where we physically are and what our cerebral thought process is. The frustration is the fact that there is nothing we can do about it and once we realize that our privacy is gone forever then we can start adjusting our lives. We can be placed on a pedestal one second and destroyed the next by a simple touch of a button and there is nothing we can do about it. Fake

uncontrollable personalities have invaded social media and have freewill to denigrate others without any ramifications. Hate speech is now the new normal and will not change because formed habits don’t die. Those who live in “democracies” where freedom of expression is a privilege enjoyed by all, are destroying the good that social interaction provides by allowing ourselves to wallow in the dark side of the internet. Since the beginning of this pandemic, sexploitation of children has gone up to 88% in social media and internet, Twitter shuts down the account of an ex-president of the USA, Facebook and others collect artificial intelligence on our lives 24/7 and we pretend that our lives will be normal again? The future will be lived with robotic experiences controlled on screens by these behemoth companies which are out of control. Freedom of speech is a great phrase, but what does it really mean? Celebrating freedom means respecting our private lives regardless if they are good, bad or indifferent. Truth has to be elevated to a new level otherwise the irreversible path of disinformation and fake will be the new truth. Today truthiness is practiced only because it feels right, often without evidence or logic and people seem to be fine with it. That’s a dangerous path to follow. Social media and the internet are the biggest contributors to this concept. Propaganda and indoctrination are here to stay for the benefit of our invisible masters. Be well. Manuel DaCosta/MS

, para todo o Canadá,aos domingos, entre as 10 e o meio-dia Esta semana

Tratamos da alma cuidando de plantas em mais um Body & Soul de Telma Pinguelo Celebramos o Black History Month com Tony Mark no Espaço Mwangolé Aplaudimos Ana Rocha de Sousa e o seu filme Listen, grande vencedor no Festival de Veneza Navegamos nas ondas do oceano, na Madeira, com o documentário Oásis do Atlântico Analisamos os temas da atualidade em mais um Roundtable E voltamos a viver a vida bem portuguesa de Bem-Vindos a Beirais


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O amor em tempos de pandemia

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número de clientes e vendas. Mas como eu digo sempre: “nós temos que nos educar, porque estamos a aprender todos os dias”. No ramo de venda de flores há muita competição, por isso é preciso saber o que o cliente quer, como entregar esse produto e Cesário Ginjo: Este ano tem sido difícil por qual o preço mais atrativo. dois lados: a falta de produtos (inventário), provocada pelo cancelamento e restriMS: O Dia de São Valentim costuma ser ção de voos internacionais, que interferiu uma das melhores datas do ano em termos diretamente no nosso abastecimento, já de faturamento/ comercialização de proque 80% das flores vêm de outros países, dutos para o setor florista. Este ano qual a e também a questão interna de manter os expectativa? As vendas permanecem em funcionários, com o “abre e fecha” do coalta ou haverá redução, quando comprada mércio imposto pelo Governo. a anos anteriores? Milénio Stadium: Este ano tem sido um ano atípico em diversos setores comerciais. De que maneira o setor de flores/chocolates, sentiu o efeito da pandemia? Houve diminuição ou aumento das vendas?

CG: A expectativa é muito boa. Acho que este será um dos melhores Dia de São Valentim dos últimos anos. As nossas encomendas cresceram na ordem de 300%. Para já temos 400 pedidos relacionados a data. E neste ano acho que teremos um aumento de vendas devido a dois fatores: muitos clientes não vão querer comprar CG: Com certeza nós temos vantagem porflores nos supermercados devido à espeque afinal são 20 anos de experiência nesse ra nas filas, e também o facto das pessoas mercado de venda online. Temos o entenestarem fechadas em casa durante um londimento desse mercado e sabemos quais go período de tempo, e precisarem de um as melhores estratégias para aumentar o pouco de alegria. É como eu costumo dizer: “Nós não vendemos flores, vendemos emoções e sentimentos”, e isso é o que faz a diferença e é o que leva as pessoas a escolherem o nosso serviço. MS: O seu negócio já nasceu online, numa época em que as vendas pela Internet, ainda não eram tão populares como agora. Que tipo de vantagens considera que tem em relação a outros floristas, ou negócios, que por causa da pandemia se viram obrigados a vender online?

MS: Percebeu algum tipo de mudança na forma de comprar do consumidor? Em um ano de dificuldades econômicas para muitos, houve redução nos valores dos arranjos de flores, ou kits de chocolates, comprados? CG: Com todas as restrições impostas pela pandemia, as pessoas estão mais fechadas em casa e não fazem tantas atividades quanto antes, portanto os clientes este ano estão mais atentos aos detalhes e têm mais tempo para pesquisar e comparar preços, prazos de entrega, todas essas questões antes de efetuarem a compra, de facto.

Créditos: Indigitalgroup.ca

lar, que quem não se adiantou, pode ter dificuldades em encontrar. Isso porque o setor florista foi afetado diretamente pela pandemia, já que muitas fazendas locais e internacionais cortaram ou fecharam totalmente a produção de flores, e apesar de algumas terem sido retomadas, o ritmo de produção foi afetado. Além disso, com a redução de voos internacionais o abastecimento de flores vindas de outros países foi comprometido. Apesar dessas questões, a aposta é alta e a expectativa de ter um bom faturamento nessa época fundamental para o setor. “Nós não vendemos flores, vendemos emoções e sentimentos”. A frase, muito usada por Cesário, revela que apesar de tempos de economia mais retraída, acredita que as pessoas precisam de um alívio e de momentos de felicidade, como apreciar um ramo de flores enviado por alguém especial. Confira uma entrevista com o empresário, que mesmo em ano de pandemia acha que os moradores de Toronto vão manter o romantismo em alta. Se ainda não comprou as flores para a sua cara metade, ainda vai a tempo e se preferir pode fazê-lo ma boa notícia para o setor florista online, do conforto de sua casa. que, apesar dos pesares, tem nessa data uma das melhores do ano em termos de vendas. Será um alívio para muitos comerciantes desse ramo, que dependem dessas vendas para equilibrar as suas contas e sobreviverem pelos próximos meses. E quem não abre mão de homenagear a pessoa amada, e respeitar a recomendação do Governo de ficar em casa, pode garantir a compra das rosas, lírios, tulipas e companhia, de maneira online. O empresário, Cesário Ginjo, que está há 20 anos à frente da “Flowers Canada”, negócio pioneiro de vendas online de flores, e também é um dos proprietários da “Dolce Chocolate”, uma loja online especializada em chocolates belgas, está otimista com as vendas dos últimos dias e fala que muitas pessoas estão a fazer encomendas. “Esse ano, diante da situação atual, esperamos ter um dos melhores Valentine’s Day dos últimos tempos, as vendas aumentaram 300%, são 400 encomendas nesses dias que antecedem e no dia 14 de fevereiro em si”. Rosas e chocolates, afinal, parecem o combo perfeito para tocar o coração dos apaixonados. Neste ano atípico o empresário fala que que foi necessário muito planejamento para dar conta de todos os pedidos. As rosas, que estão sempre entre as campeãs de vendas, são o tipo de flor em particuO Dia de São Valentim deste ano tem tudo para ser inesquecível. Afinal, será o primeiro a ser celebrado em meio a pandemia de Covid-19 em uma realidade bem diferente do que estávamos acostumados. O comércio está encerrado em muitas regiões, portanto nada de jantares em restaurantes, idas ao cinema ou passeios pelos centros comerciais em busca de presentes. A ideia é usar a criatividade, e gastar menos, já que durante o ano muitos perderam ou tiveram horas reduzidas nos empregos. Foi isso o que mostrou uma pesquisa feita pela Hellosafe.ca que apontou que os canadianos pretendem gastar em média $74 dólares no Dia de São Valentim deste ano, 20% a menos do que foi gasto em 2020, quando o total chegou a $94 dólares. Apesar da realidade de crise econômica, muitos fazem questão de manter a tradição, e não dispensam os presentes e comemorações com a pessoa amada. Segundo a mesma pesquisa os maiores gastos tendem a ser em jantares, presentes e flores.

MS: Quais são as flores/chocolates campeões de vendas neste ano para a data de São Valentim? CG: Esse ano parece que as campeãs de vendas serão as rosas vermelhas. Aliás, o que é uma mudança face a anos anteriores porque a maioria dos clientes preferia os ramos coloridos e com flores variadas. Lizandra Ongaratto/MS


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À medida que os países começam a levantar algumas restrições à volta do mundo e em que algumas províncias canadianas saem aos poucos de confinamentos, que tipo de família é que vamos ter depois da segunda vaga da pandemia? O risco de transmissão do vírus obrigou-nos a limitar os nossos contactos sociais, com a família e com a sociedade em geral. As festividades foram vividas de uma forma diferente e até que a maioria da população seja vacinada ainda não sabemos bem como será o futuro.

A

propósito do Dia da Família, que se comemora na próxima segunda-feira (15 de fevereiro), o Milénio Stadium falou com duas famílias portuguesas que emigraram para Ontário na década de 70- a família Mafra e a família Ribeiro. Estes são apenas dois exemplos entre muitos de famílias cuja vida mudou radicalmente desde que o coronavírus chegou ao Canadá em março de 2020. Mas, apesar de tudo, nem todas as mudanças foram negativas. José Mafra tem 62 anos e é um conhecido empresário português do ramo de turismo aqui em Ontário que trabalha sobretudo entre a Blue Mountain e o Mount de St. Louis. A mãe foi a responsável pelas primeiras excursões turísticas na Nazaré, em Leiria, e Mafra, depois de emigrar para o Canadá, percebeu que a sua vida também ia passar pelo turismo. Mas no ano passado, a vida deste empresário mudou radicalmente. “Estacionei o autocarro a 8 de março e depois só voltei a conduzi-lo durante três semanas em agosto. Tinha um contrato para transportar em janeiro 56 pessoas para o Blue Mountain, mas acabou por ser cancelado por causa da COVID-19. Esta semana voltei a conduzir o autocarro para transportar uma equipa de cinema para a baixa de Toronto e para Bradford para a gravação de um filme. Mas tive que que reduzir o número de passageiros para 12 em vez de 56 para cumprir com as regras da distância social para limitar os contágios”, contou ao nosso jornal. Mafra tinha uma empresa de nove autocarros, mas felizmente conseguiu vender

Família Mafra. Crédito: DR.

parte da empresa antes da pandemia. “Felizmente vendi as minhas licenças a uma empresa do Quebec e agora só mantenho um autocarro. Em agosto ainda tinha expectativas de que o turismo pudesse continuar, mas agora já não sei”, disse. O setor de turismo é um dos setores mais afetados com a pandemia. Os despedimentos nas empresas aéreas têm estado na ordem do dia devido às restrições que impedem as pessoas de viajar. A esposa de José Mafra trabalhava para a Lufthansa há 33 anos, mas há duas semanas foi informada pela empresa que tinha que se reformar antecipadamente. “Eles contrataram pessoas mais jovens para pagarem salários inferiores e oferecem menos benefícios e agora ela, com outros colegas que estão na mesma situação, entregou o caso a um advogado para tentarem conseguir uma indemnização”, admitiu. A comunicação social tem dado conta de que a saúde mental dos canadianos piorou com a pandemia. Mafra já passava algum tempo na sua Coudelaria, mas agora passa ainda mais tempo com os cavalos. “Com a pandemia é muito raro estar em casa, foi uma forma de lidar com a nova realidade. Passo muito tempo com os cavalos e aquilo que era um hobby faz agora parte do nosso ganha pão. Já a minha esposa passa muito tempo em casa com o nosso netinho”, explicou. Ashley Mafra, filha do casal Mafra, era chefe de cabine na Air Canada, mas trabalhou pela última vez no verão num dos voos para o Brasil. A pandemia obrigou os canadianos a serem criativos e a antiga chefe de cabine fundou a Deliver Me Charcuterie, uma empresa que entrega caixas personalizadas com charcutaria, queijos, frutas, vegetais e doces. A empresa está disponível no Facebook e no Instagram, faz entregas em Ontário e trabalha apenas com charcutaria e queijos importados de países como Portugal, França e Itália. A mãe de José Mafra tem 84 anos e vive em Portugal. Gerir a situação à distância não tem sido fácil, mas o apoio da família tem sido essencial. “A minha mãe era muito ativa e apesar de morar numa casa com vista para o mar e de contar com o apoio

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Créditos: DR

Pandemia tornou as famílias mais fortes

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dos meus irmãos, em julho foi diagnosticada com uma depressão grave, mas, entretanto, passou a consumir menos informação e agora já está mais animada. Já não a vejo há um ano, quando receber a vacina vamos visitá-la, nunca tive tanto tempo sem ir a Portugal...”, lamentou. Ao contrário da mãe, Mafra confessou-nos que prefere ver notícias todos os dias porque se não o fizer fica ainda mais preocupado. José tem saudades de ir a um restaurante, dos ensaios do Rancho Folclórico da Nazaré, de conversar com pessoas e de revisitar lugares. Mas apesar de tudo a pandemia tornou a família mais forte. “Agora temos mais tempo uns para os outros e isso fortaleceu os afetos, o amor, a amizade e a entreajuda. Não é que não fossemos próximos da Ashley e do Diogo, mas antes estávamos mais absorvidos com as nossas rotinas profissionais. Por exemplo antes falávamos pelo telefone uma vez por semana, mas agora falamos todos os dias e não é só connosco porque tenho amigos que me dizem exatamente o mesmo”, afirmou. Questionado pelo nosso jornal como vai ser o Dia da Família, Mafra diz que vão almoçar com a Ashley porque o Diogo acha que pode ser perigoso. “E também vou ajudar de manhã na entrega das caixas da Deliver Me Charcuterie (risos)”, adiantou. Com a família Ribeiro a vida depois da pandemia foi um pouco diferente porque o genro de Jorge Ribeiro tem uma profissão essencial. “O marido da Patrícia é pediatra e eles vivem em Long Island, Nova Iorque, e lá não é como no Canadá. O Andrew não pode trabalhar a partir de casa e tem de dar as consultas no seu consultório, mas a Patrícia está em teletrabalho. Em março apanhámos um grande susto porque o meu genro testou positivo para a COVID-19 e foi internado com uma pneumonia num dos pulmões. Felizmente acabou por ter alta ao fim de três dias, mas hoje ainda tem sequelas e queixa-se de dores no corpo. A minha filha e os meus netos também apanharam o vírus, mas tiveram sintomas ligeiros”, disse Jorge Ribeiro ao Milénio Stadium. Patrícia, que já trabalhou no “Saturday Night Live”, na NBS, depois de se dedicar

Família Ribeiro. Crédito: DR.

à maternidade tornou-se personal coach. Para esta mãe, como para tantas outras mulheres, o teletrabalho tem sido difícil de conciliar com três rapazes de 8, 10 e 12 anos. “Com as escolas encerradas os pais têm de conciliar o teletrabalho com a parentalidade. E no caso da Patrícia percebo que não tem sido fácil porque era sente-se exausta, stressada, ansiosa e frustrada”, contou Jorge Ribeiro. Jorge tem 70 anos e é diabético. Com a doença crónica, a pandemia obrigou a ter ainda mais cuidado com as rotinas. “Já antes da pandemia tinha cuidados extra, mas quando fui a Portugal um mês em agosto tive de ter cuidados redobrados. Agora desinfetamos com vinagre todas as frutas e vegetais que compramos e já não vamos a restaurantes. Ao contrário da maioria das pessoas que diz ter engordado com a pandemia, eu perdi 10 kg. Claro que passei também a usar máscara porque percebo que faço parte do grupo de risco...”, garantiu. Jorge tem ainda um outro filho mas Andrew, a esposa e a filha fazem todos parte da mesma bolha e por isso sempre mantiveram contacto durante a pandemia. Jorge diz que a vida de casal mudou com a pandemia. “Eu a Maria adaptámo-nos e agora como passamos mais tempos juntos acho que somos mais tolerantes um com o outo. Falamos muito mais com a Patrícia ao telefone porque agora ela não nos pode visitar de três em três meses. Agora passo muito mais tempo na internet, nas redes sociais e no YouTube, mas tenho saudades de andar de bicicleta, visitar os meus clientes, conversar com pessoas e ir almoçar ao restaurante todos os dias”, contou. Tal como José Mafra, Jorge Ribeiro, que é filho único, também tem a mãe de 93 anos a morar em Portugal. “O lar onde a minha mãe está teve um surto de COVID-19, mas felizmente ela não apanhou o vírus. Ela já tomou a 1.ª dose da vacina, mas claro que até que possa tomar a 2.ª estamos sempre preocupados”, afirmou. O Dia da Família foi introduzido em Ontário pela primeira vez em 2008 e a província passou a ter nove feriados civis. Joana Leal/MS


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Viver no presente Créditos: DR

Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho. Fernando Pessoa

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Aida Batista Opinião

Já mais do que uma vez declarei não ser adepta da exposição pública da vida privada, embora respeite quem disso faça um passatempo. Sendo a liberdade um dos valores que mais prezo, entendo tanto os que precisam de alimentar o ego com aplausos e “likes”, bem como os que, como eu, fazem da reserva da intimidade a sua coutada e uma prática de vida. Não quero com isto dizer que sou avessa às redes sociais, muito pelo contrário; em tempos de pandemia, com o consequente isolamento a que o confinamento nos obriga, são elas que nos alimentam o espírito através das mais variadas iniciativas de carácter cultural ao alcance de um clique.

o entanto, e porque o plim das notificações me chegam ao telemóvel, sem que tenha de ir propositadamente ao Facebook de cada um dos amigos - nem teria tempo para tal -, vou acompanhando os seus percursos de vida repartidos pelas mais diversas geografias. Dado que vivi em Angola, muitos deles vieram para Portugal em 1975, quando se deu a descolonização. Notem que escrevi “vieram” em vez de “regressaram” ou “retornaram”, porque conheço bem a reação alérgica que estas palavras provocam aos que não se cansam de dizer, de forma muito perentória, que, tendo lá nascido, não regressaram nem retornaram a coisa nenhuma. Abro um parêntesis para admitir que o epíteto de “retornado” daria, só por si, assunto para uma outra crónica. Ao ler os “posts” que muitos deles vão colocando, continuo a surpreender-me por, passados mais de 45 anos (estando a maioria bem instalada na vida e com novas famílias formadas e constituídas), continuarem a cultivar um saudosismo doentio

de quem nunca se recompôs nem conformou com a perda do Império. Tal como a deles, também a minha vinda para Portugal foi dolorosa, tanto mais que aconteceu numa idade em que o edifício da minha vida, já com dois filhos e no início de carreira, lidou mal com as implosões que reduziram a pó os planos projetados em propriedade horizontal. A falta de formação em engenharia política impediu-me de ver as cargas explosivas que, há vários anos, vinham sendo estrategicamente colocadas para destruir sonhos, solidamente construídos e dados como adquiridos, a fim de que outros protagonistas, por direito próprio, os erguessem no mesmo lugar. A partir dessa mudança primeira, e porque me habituara a olhar para além de horizontes mentais bem mais abertos, o desejo de mudança instalou-se-me no corpo e espalhou-se por todos os tecidos que os poros foram libertando em gotículas de insatisfação. O ninho recém-criado, feito de ramos da integração que fui recolhendo dos voos de aprendizagem e adaptação a novos

códigos, serviram-me de base de partida a que regressaria após cada descoberta de novos espaços de adoção. A eles me entreguei com a mesma força de quem tinha a experiência de saber regatear o preço elevado das novas relações de pertença. Feito o balanço da minha vida, vi-o arrumado por países, cidades e lugares a que chamei meus e onde, em troca de pedaços de mim urdi, no tear das vivências, lembranças que não se encontram à venda em nenhuma loja de “souvenirs”. Apesar de ter nascido em Portugal, a saída com pouco mais de um ano de idade arrancou-me a raiz primeira, para me descobrir já tronco no areal do primeiro cais a que aportei. Por isso, também eu, nos primeiros tempos, me senti perdida e sem conhecer o lugar a que tinha regressado. Rapidamente acertei os passos com a História e aprendi a percorrer os caminhos do futuro, liberta das correntes que me aprisionavam a um passado que já não tenho.

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Os nossos maus comportamentos! Luis Barreira Opinião

Quando na passada semana e a propósito de um pequeno bando de oportunistas que, ludibriando as regras impostas para a vacinação contra a Covid-19 fizeram-se vacinar, não se encontrando entre os cidadãos considerados prioritários, não dei muita importância ao assunto pelo número restrito de chico-espertos que o tinham feito, face à normal realização do programa de vacinação que estava a decorrer.

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ual não foi o meu espanto quando, dois dias depois, a imprensa dava conta que mais de três centenas de pessoas, muitas delas com responsabilidades sociais e sanitárias, tinham utilizado esquemas semelhantes para se fazerem vacinar, ultrapassando aqueles com direito a fazê-lo. A revolta e o desprezo por tais comportamentos despidos de ética e honestidade e o clamor de críticas à falta de controlo da vacinação, em relação aos responsáveis da DGS (Direção Geral da Saúde), foi de tal ordem, que conduziu à demissão do coordenador da “Task Force” (entidade que superentendia a distribuição das vacinas) que, ao mesmo tempo, era o Diretor

do Hospital da Cruz Vermelha portuguesa, onde se tinham registado casos semelhantes. A substituí-lo ficou um oficial militar, julgado com melhores condições para executar esta tarefa. Já não é, infelizmente, a primeira vez que me refiro à falta de escrúpulos de uma parte dos nossos concidadãos que apostam em desafiar as regras restritivas estabelecidas pelo Governo e pela DGS, no que diz respeito ao uso de máscaras protetoras na via pública, o cumprimento de todas as normas impostas ao confinamento das pessoas, o distanciamento social, o fecho programado dos estabelecimentos comerciais, o impedimento de deslocações entre concelhos sem motivo válido às restrições impostas e toda uma panóplia de determinações obrigatórias destinadas a salvaguardar a vida de todos nós, perante a eventual contaminação por este perigoso vírus. Sempre afirmei que o papel das autoridades policiais, encarregadas de fazer cumprir estes dispositivos de segurança coletiva, não podia resumir-se à persuasão junto dos cidadãos (como andaram a fazer durante meses e perante a enorme publicitação mediática sobre as restrições em vigor, não justificando a ignorância das mesmas), mas deveria ser acompanhado por métodos de intimidação (pesadas multas, prisão, etc.) capazes de dissuadir os prevaricadores. Pois bem, agora, considerando que estamos numa fase mais restritiva do Estado de Emergência, bem mais penalizadora das infrações, com polícias na rua, controlo de fronteiras e de testes obrigatórios para

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quem viaja, verificamos uma vez mais que não se podem ignorar todos aqueles que insistem em defraudar os esforços para conter esta epidemia. Na segunda quinzena de janeiro último, as autoridades (PSP, GNR e SEF) realizaram mais de 15 mil ações de fiscalização, resultando em: mais de 100 pessoas detidas por crime de desobediência, 40 das quais por violação da obrigação de confinamento obrigatório e por incumprimento das medidas previstas no estado de emergência; 3.567 autos de contra-ordenação: por falta de uso de máscaras, por abertura indevida de estabelecimentos comerciais, venda proibida de bebidas alcoólicas, falta de realização de testes Covid, não suspensão de atividades agora proibidas, não aceitação do distanciamento social, não respeito pelo isolamento a que devem estar sujeitas pessoas infetadas e ao dever de recolhimento domiciliário e a todo um conjunto de outros incumprimentos. Nas fronteiras terrestres, 251 viaturas foram impedidas de circular por falta de motivo justificativo e nas fronteiras aéreas meia centena de pessoas não apresentavam testes válidos, sendo que 12 foram impedidas de viajar. Estes dados divulgados pelo MAI (Ministério da Administração Interna), aos quais se devem juntar muitos outros que escaparam a este controlo mais apertado, são bem elucidativos da “bagunça” que deve ter existido, durante outras fases anteriores em que foi proclamado o Estado de Emergência, mas que as autoridades não estavam tão atentas e se limitavam ao aconselhamento dos faltosos.

Por estas e por outras razões, entre as quais a “mão leve” de restrições cedidas pelo Governo durante o Natal e Ano Novo, Portugal, à sua escala, veio a posicionar-se como o “campeão” mundial de mortes e infeções por Covid, com hospitais entupidos de doentes e a ter de recorrer à ajuda externa de profissionais sanitários de outros países. Atualmente, face a um confinamento mais duro e penalizador das transgressões, o país parece ter reduzido os contágios em cerca de 40% numa semana, embora a taxa de óbitos se mantenha muito elevada. Se a atual situação de diminuição de casos se mantiver, se tivermos acesso à quantidade de vacinas necessárias e à sua justa inoculação, se elas se mostrarem eficazes no combate às quase quatro mil variantes que este vírus já assumiu, se os nossos recursos sanitários continuarem a aguentar a pressão a que têm estado sujeitos e se os comportamentos sociais e políticos sobre esta matéria forem os mais indicados, talvez o outono de 2021 nos permita ver a tal luz ao fundo do túnel, quanto ao estado de saúde dos portugueses. No entanto, são demasiados “ses” e a intemporalidade da imunidade de grupo parece-me inatingível! Na melhor das hipóteses, nós e os outros, iremos ter de conviver no futuro com qualquer uma das formas do coronavírus, vacinando-nos anualmente contra a estirpe que nos irá incomodar, tal como fazemos hoje com a gripe.


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Ainda pode ser pior se nada for feito Augusto Bandeira Opinião

A fome já entrou em muitas casas devido a esta situação, com o agravamento da pandemia muitas famílias foram obrigadas a apertar o cinto.

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eve ser muito triste abrir um frigorifico e não existir nada lá dentro. Falo de coisas essenciais para alimentar uma família. Já há centenas de crianças a passar fome em Portugal, já existem famílias que todas as semanas necessitavam de quatro ou mais litros de leite e agora governam-se com um litro. Quem são os prejudicados neste caso? As crianças. Desde sempre houve fome e miséria, mas atualmente as coisas pioraram. Não é possível uma família conseguir sobreviver a ganhar o ordenado mínimo, mesmo a viver na aldeia onde se pode ter outro tipo de recursos. É muito difícil. Vivemos no meio de uma pandemia que já dura há um ano, muitos perderam o trabalho, ou-

tros recorreram a apoios do Governo, que pouco ou nada os ajudaram. Quando alguns descobriram que tinham que devolver as ajudas a que se candidataram, passaram a fazer economias e a cortar em tudo, mas infelizmente o mais fácil para muita gente é cortar numa alimentação qualitativa. Com tudo isto são as crianças que sofrem. Os pais, não quero ser direto, nem apontar dedo a ninguém, mas se cortassem se calhar no tabaco ou noutros vícios que se pode viver sem eles, se calhar as crianças não sofriam tanto. Mas atenção, as crianças não têm culpa das asneiras que os adultos fazem. A história mais fácil de se contar é: “perdeu o trabalho ou está em regime de lay-off”. Depois há a mãe que nunca trabalhou porque tem que tratar das crianças, mas também neste momento não há trabalho, e isso tudo é o dia a dia no nosso país. O nosso país é retangular, mas a pirâmide que define o estado e a classe da população tem umas diferenças muito grandes. No pico são meia dúzia que até conseguiram enriquecer ainda mais com a pandemia, que até conseguem mandar mais que os próprios políticos, mas estes não ajudam ninguém. Mais abaixo temos os políticos que ultimamente cresceram com este Go-

verno, depois vêm as forças de segurança e o resto dos funcionários públicos. No fim vem o povo, aquele que paga sempre e nada lhes é perdoado. E muitos querem falar, mas com medo de perder o pouco que ganham, preferem estar calados e aguentar a carga da miséria. É nessa classe de pessoas, lá em baixo, onde existe a maior miséria escondida. O medo e vergonha instalou-se no meio de muitas famílias. Fala-se em ajudas, mas quais ajudas? Recentemente falava com amigos e contaram-me histórias do arco da velha. Fala-se que já há pessoas a entregar eletrodomésticos em troca de comida, eu não acredito em tudo que se diz e publica, mas pessoalmente vi casos muito tristes durante o tempo que representava o povo. Agora piorou, meus caros leitores. É fácil de ver em que situação vivem, neste momento, milhares de pessoas. Basta pegar numa caneta e fazer contas. O maior empregador é o pequeno comércio e as PME que, neste momento, estão a passar tantas dificuldades que não conseguem pagar as despesas, como é que vão pagar os ordenados, as rendas entre outras despesas? Não é possível, e o sofrimento vai tocar sempre aos mesmos, que são as crianças. A sorte de muitos é a generosidade de alguns restau-

rantes e cafés que não sentem necessidade porque estão no mercado há vários anos e têm a casa remediada. Alguns deles colocam panelas de comida fora para oferecer. Estranho é ver o tipo de pessoas que se aproximam para uma tigela de sopa. Ao que se chegou em tão pouco tempo. Já há especialistas com medo que isto continue a crescer. Eu digo… estou admirado com a forma como os governantes olham para este problema. Falam em ajudas, mas se pensarmos bem todos vão ter de pagar o que lhes foi dado, direta ou indiretamente todos vão pagar. Nessa altura a fome pode vir a ser mais ainda. É que a um pobre nada lhe é perdoado, porque não tem nada para dar em troca aos que resolvem as coisas debaixo da mesa, infelizmente em muitos países vive-se assim. Ofereça hoje com uma mão, amanhã receberá com duas. Os momentos que se avizinham são tempo a não perder e nada se perderá dentro da medida em que se saiba dar com generosidade e empenho. Sejamos verdadeiros, ajudemos hoje porque amanhã podemos precisar de ajuda também.

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O sentido da vida Sofrimento e sentido

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Anselmo Borges Opinião

Há uma vivência radical que põe o pensamento em sobressalto. Cada um de nós sabe que não esteve sempre no mundo, isto é, que nem sempre existiu e que não existirá sempre. Houve um tempo em que ainda não existíamos, ainda não vivíamos, e haverá um tempo em que já não existiremos, já não viveremos cá, deixaremos de viver neste mundo. Nesta constatação, experienciamos que somos de nós, somos donos de nós — essa é a experiência da liberdade —, mas não nos pertencemos totalmente, não somos a nossa origem nem temos poder pleno sobre o nosso fim. Viemos ao mundo sem nós — ninguém nos perguntou se queríamos vir — e um dia a morte chega e leva-nos pura e simplesmente. Não nos colocámos a nós próprios na existência nem dispomos totalmente do nosso futuro, não somos o nosso fundamento. Aqui, perante a certeza de que nem sempre estive cá e de que não estarei cá para sempre, pois morrerei, ergue-se, enorme, irrecusável, a pergunta: donde vim?, para onde vou?, qual é o sentido da minha existência?, que valor tem a minha vida?

sta pergunta formula-se em relação a todos os seres humanos, à vida em geral, a toda a realidade.: Porque é que há algo e não nada?, perguntaram Leibniz e Heidegger, entre outros, mas ela diz respeito concretamente a cada um, a cada uma, de modo existencial e tem carácter ao mesmo tempo teórico e prático, uma vez que implica a liberdade. Ela é a pergunta mais originária e fundamental, como bem viu Albert Camus: “Se a vida tem ou não tem sentido, essa é a questão metafísica”. De facto, o ser humano não pode viver sem sentido. Aliás, a existência humana está baseada na convicção do sentido. Há um pré-saber do sentido, de tal modo que a sua própria negação ainda o afirma. No limite, não é possível o “suicídio lógico”, pois quem pegasse numa arma para suicidar-se, porque tudo é absurdo, estava a negar o absurdo e a afirmar o sentido: pelo menos esse gesto tinha sentido... Assim, quando se fala em sentido da vida, é preciso referir o “ter sentido” — há inteligibilidade e valor no ser —, e o “dar sentido”: comprometer a liberdade na tarefa de realização da existência própria. Dar sentido pressupõe encontrá-lo antes. E fundamentalmente sente a vida como tendo sentido quem vê a sua existência reconhecida. A nossa vida não tem sentido, quando não vale para ninguém. No entanto, suportamos e superamos sofrimentos e fracassos, se alguém nos reconhece; erguemo-nos outra vez, apesar de tudo, se a nossa vida continua a ter valor para alguém, se alguém nos ama. Então, reciprocamente,

a vida tem sentido, quando saímos de nós e nos dedicamos a alguém ou a uma causa. Quem não ama nem é amado sente a vida vazia de sentido, isto é, sem valor, como não valendo a pena. E como pode encontrar sentido quem não tem uma causa que o transcende e pela qual se bate? O famoso psiquiatra e psicoterapeuta, Viktor Frankl, fundador da logoterapia, mostrou — ele sabia-o por experiência, pois esteve prisioneiro nos campos de concentração nazis — que a experiência mais radical do ser humano é o sentido, razões para viver. Ao contrário do que afirmaram Freud e Adler, no mais fundo de nós não se encontra a exigência de prazer e de poder, respectivamente, mas a vontade de sentido. Claro que o prazer é importante na vida, mas o prazer não garante a felicidade, um dos maiores enganos e ilusões consiste mesmo em confundir a felicidade com a soma de prazeres; concretamente, o prazer erótico, sem amor, sem encontro pessoal de liberdades em corpo, vai definhando e morrendo em frustração pornográfica. O poder pelo poder passeia-se pela vaidade oca de estrelas cadentes e na dominação político-económica arrogante e totalitária, e, depois... o que resta senão a ilusão de grandezas que murcham e se apagam? Ah!, “vaidade das vaidades, tudo é vaidade!”, constata o Eclesiastes. O paradoxo é este: a felicidade não pode ser buscada por si mesma, pois surge como consequência da realização dos valores e do sentido: é esquecendo-se de si e entregando-se a alguém, no serviço de grandes

causas, que os seres humanos verdadeiramente se encontram a si mesmos. Investigadores sociais e psiquiatras não têm dúvida de que o vazio e a frustração existencial são uma das causas maiores dos desequilíbrios psicológicos do Homem contemporâneo. E mostram que a carência de sentido está frequentemente na base da dependência da droga, do alcoolismo, da criminalidade, do suicídio. E a prova do sofrimento? Em primeiro lugar, até porque muitas vezes a religião sacralizou o sofrimento, como se Deus precisasse do sacrifício dos seres humanos para aplacar a sua ira, é preciso dizer que o sofrimento pelo sofrimento não só não vale nada como deve ser evitado como um mal. Mas é preciso acrescentar com igual veemência, concretamente neste tempo de hedonismo selvagem, que nada de grande, bom e valioso se consegue sem sacrifício. Quem, por exemplo, não está disposto a sofrer pela pessoa amada não ama verdadeiramente. É necessário aprender a alegria de superar obstáculos para atingir objectivos valiosos: já os Gregos associaram sofrer e aprender. Viktor Frankl verificou, concretamente nos campos de concentração, que sobreviviam aqueles que ainda tinham um sentido para a sua existência: reencontrar a família, realizar uma obra, bater-se por uma causa, lutar por um ideal, proclamar ao mundo: “Nunca mais este horror!” “Dos que pudemos sobreviver só sobriveram os que encontraram sentido para o sofrimento.” Anselmo Borges Padre e professor de Filosofia

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Manuel Bettencourt – entre o sonho americano e o orgulho nas raízes portuguesas Opinião

A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), cuja presença no território se adensou entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, destaca-se hoje pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel económico e sociopolítico na principal potência mundial.

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tualmente, segundo dados dos últimos censos americanos, residem nos EUA mais de um milhão de portugueses e luso-americanos, principalmente concentrados na Califórnia, Massachusetts, Rhode Island e Nova Jérsia. A grande maioria da população luso-americana trabalha por conta de outrem, na indústria, mas são já muitos os que trabalham nos serviços ou se destacam na área científica, no ensino, nas artes, nas profissões liberais e nas atividades politicas. No seio da numerosa comunidade lusa nos EUA, onde proliferam centenas de associações recreativas e culturais, clubes desportivos e sociais, fundações para a educação, bibliotecas, grupos de teatro, bandas filarmónicas, ranchos folclóricos, casas regionais e sociedades de beneficência e religiosas, destacam-se percursos de vida

tiram ao jovem graciosense fazer, em regime noturno, o ensino secundário, e depois graduar-se em Educação Geral no San Jose City College e posteriormente licenciar-se em Biologia na San Jose State University. A progressão na carreira e a valorização profissional levariam Manuel Bettencourt nos quatro anos seguintes a ir para o México, para Guadalajara, estudar Estomatologia, com o objetivo de regressar à Califórnia e abrir um consultório em Santa Clara, atual centro de Silicon Valley, desígnio que cumpriria e que o levou a exercer cirurgia dentária durante 30 anos. Profissional de medicina dentária renomado, com uma trajetória marcada pelo carecimento, humildade, dedicação e mérito, o dentista luso-americano que sempre trabalhou de perto com os seus compatriotas, demonstrou sempre ao longo da sua vida uma faceta de apoio aos mais necessitados. Contexto que concorreu para que nunca tenha recusado um paciente por falta de dinheiro, ou se mostre ainda hoje disponível para prestar cuidados dentários a inúmeras crianças de agregados carenciados de imigrantes mexicanos. Atualmente reformado, o sucesso que alcançou no campo da cirurgia dentária foi constantemente acompanhado de uma enorme dedicação às tradições e instituições da comunidade portuguesa na Califórnia, tendo ao longo das últimas décadas ocupado diversos cargos de direção no movimento associativo. Os notáveis serviços de cidadania e os relevantes contributos em prol da comunidade luso-americana, assim como o reiterado orgulho nas raízes portuguesas que o levam quase todos os anos ao torrão natal, estão na base das condecora-

ções de Comendador da Ordem de Mérito (2002), Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (2011) e Insígnia Autonómica de Reconhecimento (2015) que lhe foram atribuídas pelas autoridades nacionais e regionais. Uma das figuras mais gradas da comunidade luso-americana, o exemplo de vida do comendador Manuel Bettencourt, inspira-nos a máxima do escritor indiano Rabindranath Tagore:“Quanto maiores somos em humildade, tanto mais próximos estamos da grandeza”.

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Daniel Bastos

de vários compatriotas que alcançaram o sonho americano (“the American dream”). Entre as várias trajetórias de portugueses que começaram do nada na América e ascenderam na escala social graças ao trabalho, ao mérito e ao empenho, destaca-se o percurso inspirador e de sucesso do comendador Manuel Bettencourt, uma das figuras mais gradas da comunidade luso-americana. Natural de Ribeirinha, uma aldeia do concelho de Santa Cruz da Graciosa, ilha Graciosa, arquipélago dos Açores, Manuel Bettencourt emigrou para a América no final dos anos 60, na casa dos 20 anos de idade, ao encontro dos pais que tinham partido um ano antes em demanda de melhores condições de vida para uma família humilde e numerosa, marcada pelo espectro de grandes carências, na esteira da larga maioria da população que durante a ditadura portuguesa vivia na pobreza, quando não na miséria. A chegada à Califórnia, estado no oeste dos EUA, numa fase de crescimento da emigração açoriana para o território americano, marca o início de um percurso de vida de um verdadeiro “self-made man”, que sem saber falar inglês, desde logo arranjou trabalho no hotel onde o pai fazia limpezas. Durante cerca de uma década, Manuel Bettencourt, ao mesmo tempo que lavava pratos e servia às mesas, compondo assim os rendimentos da família formada por uma dezena de irmãos, deu asas ao sonho de estudar, de tirar um curso superior, que acalentava desde o torrão natal, em particular do Faial onde tirou o segundo ano do liceu. O trabalho, o esforço e a resiliência, valores coligidos no seio familiar, permi-


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The next generation…

Vincent Black Opinion

We all know someone who is a millennium…maybe a son, daughter or you may have a niece or a nephew that fits into that category or younger. Having reflected on our future next generation, you can’t help not thinking about our youth and what may be in store for them in the coming years.

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OVID-19 has got me thinking about our future generation and how they will be dealing with the issues, not only in this country, but what has been happening in this rapidly changing world of ours. There is a generation that comprises more than one in seven people, who are influencing the purchasing power of their household and are key to the future, yet few people have heard of them. Within the next four years they will outnumber the baby boomers, and many of them will live to see the 22nd century. I’m talking about the next generation, the current generation of children who began being born in the year 2010. They are the children of the millennials, and often the younger siblings of future generations. This could be your kid’s children, or someone related to you, a friend or a neighbour, the true next generation.

While it will be some time before we know the full extent of how COVID-19 will impact and shape this generation, the oldest of them turned 11 in 2020 so many of them will remember aspects of this global crisis. Over the last few months, many watched us cope with this pandemic and younger folk will wonder why we were doing many of the protocols of today’s virus. They might not know why we need to stay six feet away from other people, but they know that we should. To our future generation might look confusing today but will resonate in the future. The most recent research shows that more than four in five adults believe COVID-19 will play a significant role in shaping the children of today. Specifically, it is the impact of technology being more integrated into their lives, online education, expectations of work in the future and their resilience where adults feel the greatest impacts will be felt. In order for us to lead this next generation through a time of crisis, it is important that we understand them, their context and the world that is shaping them. We all need to do our part and work with these young people whether it’s in a small way or in a large impactful way. Until you sit and think about it, this is so important to our kid’s future children and the impact they will have on this earth. Spending a bit of time with them and trying to mould someone is not only an important thing to do, but the universe will eventually thank you.

This worldwide pandemic has brought with its public health crisis, global economic upheaval and widespread uncertainty. Even though the acute threat of COVID-19 will pass, things will not return completely to normal. The virus and the economic tumult that accompanies it are transformative events and will likely change lifestyles and financial choices for every generation. If we want to prepare for what our world will look like when things settle – weeks, months or even years from now – it’s worth considering how our perspectives will change from this, and how each generation might live their lives differently. For the COVID-19 generation, the return of overwhelming uncertainty cuts deeply in a cohort for whom anxiety and depression were already being described as a pandemic and in a context where mental health was a growing source of national disquiet. They might remember that feeling in their future – or it might not be mere memory. In 50 years, time, living with anxiety and uncertainty may be a normal part of the human experience, a consequence of the disruption and havoc of environmental degradation. One thought that came to mind while l was writing this piece is that although there are lessons to be had, the one thing that l would point out to my millennium folks is that there are also many opportunities that could be had. The year 2020 and the start of 2021 has not been easy for today’s young people. Your education has been disrupted, you have been separated from your friends and family. You may have lost your job,

or lost hope of finding work in uncertain economic times. But l am here to tell you ... big changes are coming, and you need to be part of them. After the COVID-19 pandemic is over you need to get involved as you have a chance to do things differently, to use our knowledge to steer our shared future towards a positive change. You need to be part of this changing process. In 2020 and 2021, we are witnessing the early development of the new generation. And whatever you may want to call this class, it is incumbent upon us all to educate and drive the will to continue to grow and take advantage of opportunity and to live life at its fullest. It has been very difficult for many of us and the fight is still not done, but we must continue to forge ahead with conviction and strength so that our future generation is well equipped to handle the future. Regardless of what that future may look like, we need to be grateful. Its not going to be easy for our next generation, battling global fights with China and other global entities, the effects will be felt, but hopefully we can continue to prepare our future for what may lie ahead. Good, bad or indifferent, regardless of what’s ahead for you… you must continue to be positive and take advantage of opportunity, both locally and abroad. The one thing that l would say that has affected me the most and should you as well, especially our next generation…is that you… the next generation should realise that collectively you should understand that one’s daily existence can change overnight.


O Executivo da CCWU deseja a todos os seus membros e Comunidade Portuguesa um feliz Dia da Família!

President: Joel Filipe

Financial Secretary: João Dias Vice-President: Victor Ferreira Recording Secretary: Luis Torres 1170 Sheppard Ave W, Unit 42, North York | tel: 416-762-1010 | fax: 416-762-1012

Trustee: Ana Aguiar



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McCallion é chief elder da Revera Inc desde 2015. A empresa canadiana administra mais 500 lares de idosos no Canadá, EUA e Reino Unido e recentemente tem estado debaixo de fogo devido a surtos de COVID-19 nos seus lares. Para além desta posição, Hazel é também chanceler do Sheridan College. Na quarta-feira (10), o Conselho da cidade de Mississauga e a atual autarca Bonnie Crombie celebraram o aniversário de McCallion durante a sessão do comité geral da sua reunião virtual. Para dar início às festividades, houve um vídeo da Biblioteca Mississauga que destacou o trabalho da vida de Hazel. Crombie disse num comunicado de imprensa que a cidade de Mississauga é muito grata pelo serviço público que Hazel prestou aos seus residentes e sublinhou que a antiga autarca era um exemplo e uma fonte de inspiração para as mulheres que trabalham em política. Como forma de homenagem a Biblioteca Central de Mississauga passa agora a chamar-se Hazel McCallion Central Library. A biblioteca vai encerrar a 20 de março para ser remodelada e a inauguração está prevista para 2023. Paul Mitcham, administrador municipal e diretor administrativo, disse que foi um privilégio trabalhar com Hazel durante 36 anos e recordou que Hazel era conhecida por repetir a frase “trabalhar duro e fazer os trabalhos de casa”. Esta sexta-feira (12) o Trillium Health Partners vai lançar o livro “Hazel McCallion: A Century of Accomplishment”. Os lucros da venda do livro vão ser usados para reconstruir o Hospital de Mississauga. O objetivo do Trillium é conseguir juntar $3 milhões até domingo (14). O Mississauga Arts Council também produziu um vídeo, que vai ser apresentado por Crombie, para marcar o aniversário. O vídeo inclui mais de uma dúzia de apresentações de canto e dança e depoimentos do primeiro-ministro Justin Trudeau, do Premier Doug Ford e do autarca de Toronto John Tory. O comediante Rick Mercer também vai aparecer no vídeo do Mississauga Arts Council. O vídeo, “Hazel A Celebration: 100 Years In the Making”, vai ser lançado online no domingo (14) às 19:30 H. De acordo com McCallion, uma das suas conquistas foi a forma como lidou com o descarrilamento de um comboio em 1979 em Mississauga que transportava produtos químicos e explosivos e que forçou 240.000 pessoas a fugir da cidade. Para trás ficaram apenas 30.000 pessoas nesta região. O comboio da CP Rail vinha de Windsor e é até hoje uma das maiores explosões na área da GTA. McCallion vai passar o dia do seu aniversário com a família, mas devido ao confinamento não vai celebrar a data com os seus amigos. No domingo (14) a Mississauga’s Civic Centre Clock Tower vai ser iluminada a vermelho e a cor-de-rosa para homenagear Hazel McCallion. Joana Leal/MS cCallion, ou furacão Hazel, como domingo (14) como o dia de Hazel McCalé conhecida, foi o rosto de Missis- lion em Ontário. Em declarações aos jornalistas, Hazel sauga entre 1978 a 2014 e é a presidente da Câmara Municipal de Mississauga disse recentemente que era importante enque serviu durante mais anos o município. corajar os idosos a viverem a vida ao máxiA província de Ontário definiu o próximo mo até ao seu último dia.

Furacão Hazel McCallion

comemora 100 anos no domingo Hazel McCallion completa 100 anos no domingo (14) e a cidade de Mississauga já começou a comemorar. O Milénio Stadium dedica-lhe esta semana um cartoon para elogiar a sua capacidade de luta e as suas conquistas ao longo de um século de vida.

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Elizabeth Mendes nomeada Liberal MPP de Mississauga-Lakeshore N

estas nomeações, o Partido Liberal comprometeu-se a escolher mulheres abaixo dos 30 anos para ocupar metade das posições nos 124 ridings de Ontário para garantir que os candidatos refletem a diversidade da província. “Eu já ultrapassei os 30 anos, mas sou uma das mulheres que foi escolhida pelo Partido Liberal para representar metade dos ridings da província. Quando escolhemos mulheres para a política mudamos o tema de conversa, acho que é muito importante termos diversidade na política, quer seja a nível de género como de origem, como por exemplo da comunidade BIPOC (pessoas de diferentes grupos étnico-raciais e de origem indígena)”, referiu. Em declarações ao Milénio Stadium, Elizabeth Mendes disse que esta nomeação é uma oportunidade de representar as pessoas e a cultura portuguesa no Queen’s Park. “Não existem muitas pessoas de origem portuguesa na política em Ontário. Mesmo quando estudei na Universidade de Toronto não tínhamos muitos portugueses ou descendentes a apostar no ensino superior. Esta nomeação, como qualquer outra posição de liderança, quer seja no setor da saúde ou no mundo empresarial, é uma

gar perto do patamar de Charles de Sousa. O Charles é uma das melhores pessoas que conheço, ele é fantástico como político e como pessoa. Ele preocupa-se mesmo com as pessoas de Ontário e tivemos muita sorte por tê-lo na vida pública”, adiantou. Se Elizabeth vencer a nomeação oficial na próxima terça-feira (16), vai ser a candidata Liberal por Mississauga-Lakeshore nas próximas eleições em 2022 para o Ontario Liberal Party. Mendes promete lutar por mais investimento para um hospital que considera que “está com financiamento muito abaixo das suas necessidades reais” e pela revitalização da Waterfront, de acordo com o que a comunidade entende que deve ser feito junto ao lago. “Com a minha experiência no Constituency Office do Charles de Sousa tenho a noção dos assuntos que preocupam a comunidade, Mississauga tem pequenas empresas fantásticas, quer seja em Clarkson, Port Credit ou Applewood, mas com a pandemia estas empresas foram muito atingidas e temos de garantir que depois da pandemia elas são a nossa prioridade”, elencou. Charles de Sousa acredita que Elizabeth vai ser “uma voz forte no Queen’s Park” e diz que durante os 15 anos em que trabalhou com a nova MPP testemunhou a sua dedicação para melhorar a vida das pesoportunidade para que as próximas gera- nistério da Cidadania & Imigração e já foi soas. “A Elizabeth é excecional: inteligenções se sintam representadas e percebam Director of Policy and Budget do Ministéte, genuína e sincera, precisamos de mais que eles também podem chegar um dia ao rio das Finanças. Ao nosso jornal, a lusolíderes como ela no Governo”, afirmou. -canadiana garantiu que Charles de Sousa Governo de Ontário”, avançou. Mendes cresceu em Applewood Acres, é Mendes começou a sua carreira política é o seu grande mentor. “Sinto que tenho fluente em português e a sua família é natuem 2007 e no Governo de Ontário já pas- uma grande responsabilidade e que tenho ral de Trás-os-Montes. sou pelo Ministério do Trabalho, pelo Mi- que trabalhar muito para conseguir cheJoana Leal/MS Créditos: DR

Elizabeth Mendes foi nomeada pelo partido Liberal como MPP de Mississauga-Lakeshore. A luso-canadiana de 35 anos promete ser uma voz forte no Queen’s Park e quer melhorar as escolas, garantir investimento para a expansão do hospital Trillium Health Partners e revitalizar a beira lago (Waterfront).

Feliz dia da família

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Ministro da Educação diz que March Break vai ser adiado

O ministro da Educação de Ontário anunciou esta quinta-feira (11) que o March Break vai ser adiado para a semana de 12 de abril. Stephen Lecce disse na semana passada que a província estava a pensar cancelar a pausa de inverno num esforço para travar a transmissão do vírus.

O

s sindicatos de professores têm pedido ao Governo para que tudo se mantenha igual e explicou que os seus membros estão stressados e precisam de algum tempo longe do ensino. A opinião também é partilhada pelos conselhos escolares. O ministro da Educação informou que a decisão de adiar o March Break foi tomada de acordo com as recomendações das autoridades de saúde. O March Break dura

cerca de uma semana e costuma decorrer entre 12 e 16 de março. No início desta semana, a Oposição Oficial de Ontário pediu ao Governo que não cancelasse o feriado de março. A líder do NDP, Andrea Horwath, disse que alunos, pais e professores estão “esgotados” e que precisam de uma pausa do stress das aulas virtuais e dos novos protocolos de saúde. As escolas de Ontário mudaram para o ensino virtual quando os casos aumentaram

Canadianos confinados cortam cabelo para ajudar crianças doentes

na província. A descida dos casos diários em janeiro fez com que o Governo permitisse que a maioria das escolas voltasse às aulas presenciais. Cerca de 13 unidades de saúde reabriram escolas esta segunda-feira (08), incluindo as regiões de Durham e Halton, e as escolas de Toronto, York e Peel devem abrir na próxima terça-feira (16). CBC/MS

Passageiro apresentou teste à COVID-19 falso no

aeroporto Pearson de Toronto Um homem de 29 anos foi acusado depois de ter apresentado um teste à COVID-19 falso no aeroporto de Pearson em Toronto. Segundo a Polícia de Peel o incidente aconteceu na segunda-feira (8) quando um oficial da CBSA estava a verificar as orientações de quarentena.

Com os confinamentos os cabeleireiros continuam encerrados, mas mesmo assim algumas pessoas estão a cortar o próprio cabelo para doá-lo para instituições de caridade.

V

árias organizações de Ontário que recebem doações de cabelos compridos para fazer perucas para crianças doentes disseram que têm registado com a pandemia um aumento no número de doadores. Foi o caso do hospital de crianças de Otava que antes recebia doações de cabelo num único evento de caridade e que ago-

ra passou a aceitar doações o ano inteiro. O hospital tem recebido envelopes de cabelo todas as semanas e as perucas têm um grande efeito na vida das crianças porque deixam de se sentir envergonhadas. A Canadian Cancer Society deixou de aceitar doações de cabelo em 2018 e agora as pessoas precisam de encontrar outras alternativas. A Wigs for Kids, uma organização sem fins lucrativos com sede em St. Catharines, aceita cabelos de todo o país e teve um aumento de 35% nas doações no confinamento da primavera. Em Mississauga a Child’s Voice Founda-

tion também registou um aumento semelhante. A procura por estas perucas é elevada, porque uma peruca de cabelo natural pode custar milhares de dólares a uma família e nem sempre é coberta pelo seguro. Se quiser doar cabelo, as regras são estas: o cabelo tem de ter 30 cm; deve ser lavado e o ideal é não ser pintado. Normalmente as crianças precisam de perucas quando são submetidas a sessões de quimioterapia, quando sofrem queimaduras ou quando têm um transtorno psicológico em que arrancam o seu próprio cabelo. CBC/MS

Créditos: DR

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O homem tinha testado positivo para a COVID-19, mas apresentou um teste negativo. O homem é natural de Stratford em Ontário e foi preso depois da polícia perceber que o documento era falsificado. Entretanto o homem já foi libertado e foi levado para um hotel para cumprir quarentena obrigatória. CBC/MS


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Trudeau promete $15 mil milhões em financiamento para transporte público

A

lém disso, o PM Justin Trudeau sublinhou que este investimento é bom para a economia e essencial para a

recuperação depois da COVID-19. A verba vai puder ser usada para expandir as linhas e metro, em autocarros elétricos, ciclovias e projetos para melhorar a mobilidade rural. Os Premier’s têm vindo a pressionar Otava há anos para investir em transportes públicos. Os autarcas de Toronto e de Vancouver elogiaram o anúncio de Trudeau e explicaram que com esta verba vão poder investir em veículos, vão criar emprego e as cidades vão ser mais amigas do ambiente. Segundo a Statistics Canada o número de passageiros de transportes públicos caiu 64% por causa da pandemia. As agências de transportes perderam receitas e acumularem deficits. CBC/MS

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O primeiro-ministro (PM) Justin Trudeau anunciou esta quarta-feira (10) que o Governo federal vai gastar $15 mil milhões em transportes públicos ao longo dos próximos oito anos. A curto prazo Otava vai desembolsar este ano, para todo o país, quase $6 mil milhões. O resto do dinheiro vai ser investido na criação de um fundo permanente de trânsito a partir de 2026. O fundo vai ser usado pelas províncias, territórios, municípios e comunidades indígenas. Trudeau disse que o país precisa de transportes públicos eficientes e modernos para que as comunidades se mantenham ligadas.

CRA contrata empresa privada Gerente de lar de idosos suspenso depois de esposa ter sido vacinada para responder a perguntas em vez de funcionário essencial dos canadianos A autoridade tributária do Canadá está a preparar-se para uma temporada diferente e o Governo federal decidiu contratar uma empresa privada para responder às perguntas dos canadianos sobre os apoios pandémicos.

O contrato deve durar sete meses e ainda não é conhecido o número de pessoas que a empresa privada vai contratar. A CRA emprega 2.000 funcionários e segundo números do Governo quase nove milhões de pessoas inscreveram-se no CERB. Este ano o serviço de call centre da CRA vai ter a modalidade de call-back que vai permitir que a agência devolva a chamada do contribuinte no caso de este assim o entender. CBC/MS

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U

m sindicato diz que a medida levanta questões de privacidade, mas os funcionários da CRA explicam que se trata de uma iniciativa a curto prazo. A empresa privada não vai ter acesso a informação pessoal dos contribuintes e vai responder apenas a perguntas gerais. O sindicato que representa mais de 28.000 funcionários tributários alerta que os contribuintes podem dar informações confidenciais a terceiros por engano. A empresa privada, que o Governo escolheu para responder às dúvidas dos contribuintes sobre os apoios pandémicos, é a Maximus Canada. Na sua página oficial a empresa informa que já fornece serviços de saúde em 10 das 13 províncias canadianas.

“imperdoável” porque os trabalhadores essenciais trabalham em “circunstâncias horríveis”. O sindicato já avançou com um processo contra o lar de Otava por ter permitido a entrada de uma pessoa na instituição que não tinha ordem para visitar o lar devido ao perigo de transmissão de COVID-19 e por ter permitido que a vacina fosse administrada noutra pessoa que não um funempresa responsável pela adminis- cionário essencial. Esta é a segunda queixa tração do lar esclareceu que já está semelhante num lar de idosos, a primeira a par do incidente e disse que ago- queixa do género aconteceu num lar de ra vai investigar. O gerente está suspenso idosos de Vaughan. CBC/MS das suas funções enquanto a investigação decorre. O sindicato diz que a situação é

Um gerente de um lar de idosos em Otava foi suspenso depois de ter autorizado que a esposa fosse vacinada contra a COVID-19 em vez de um dos funcionários essenciais do lar. O sindicato que representa estes funcionários disse que foi informado sobre o incidente por um funcionário que não se identificou com medo de perder o emprego.

Bombardier despede A 1600 funcionários A Bombardier vai despedir 1.600 funcionários e este ano vai deixar de produzir aeronaves Learjet. A empresa anunciou que o plano de reestruturação passa por uma aposta nas aeronaves Challenger e Global porque são mais lucrativas.

Dois professores do ensino secundário de Brampton testaram positivo para a COVID-19. As autoridades de saúde pública e a direção escolar confirmaram que os professores estiveram a praticar desporto na escola sem utilizar máscara.

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A Bombardier lamenta a decisão, mas informa que os despedimentos são essenciais para lidar com os prejuízos da pandemia. A Unifor que representa 2.500 trabalhadores na Bombardier de Montreal está a pedir ao Governo federal para apoiar a indústria aeroespacial durante a pandemia. As mudanças acontecem depois da Bombardier ter divulgado um prejuízo económico superior a $330 milhões. CBC/MS

Professores de ensino secundário de Brampton testaram positivo para COVID-19 e um deles tem a nova variante britânica Segundo o Ministério da Educação, os professores têm autorização para ensinar virtualmente a partir da escola. A direção escolar já informou que não deu autorização aos professores para utilizar os ginásios da escola durante a pandemia. As escolas de Toronto, Peel e York estão encerradas m dos professores testou positivo para aulas presenciais e só podem reabrir para a nova variante do Reino Unido a 16 de fevereiro. A escola secundária de e os dois estão a cumprir isolamenBrampton não foi identificada. to. A direção escolar confirmou que os proCBC/MS fessores não tiveram contato com alunos porque estavam a ensinar de forma virtual.

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Teste COVID-19 negativo anteriores à entrada no país. Os oficiais não vão poder negar legalmente a entrada de cidadãos canadianos, mas quem não apresentar o teste pode enfrentar uma multa de $3.000. A medida surge um mês depois do Gomedida foi anunciada terça-feira verno federal ter tornado o teste negativo (09) pelo primeiro-ministro Justin à COVID-19 obrigatório para os passageiros Trudeau. O teste passa a ser obriga- que aterram no país. As pessoas que entram no país pela frontório a partir da próxima segunda-feira (15) e pode ser feito, no máximo, nas 72 horas teira terrestre continuam a ser obrigadas

Os passageiros não essenciais que entram no Canadá pela fronteira terrestre em breve vão precisar apresentar uma prova de um teste COVID-19 negativo antes de entrarem no país.

A

a cumprir quarentena para travar a transmissão do vírus. A diretora de saúde pública, a Dra. Theresa Tam, informou na semana passada que quem já tomou a vacina tem de apresentar o teste negativo na mesma quando entrar no país, porque os cientistas ainda não sabem se a vacina reduz a transmissão do vírus. A grande maioria das pessoas que cruzam a fronteira diariamente, cerca de 92%

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será exigido na fronteira terrestre

das pessoas segundo a CBSA, está isenta de quarentena porque se tratam de trabalhadores essenciais. Quase metade, mais de quatro milhões de pessoas, são condutores de camiões e por isso não são obrigados a cumprir quarentena. CBC/MS

Empresários pedem legislação

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sobre licença médica remunerada

More Information - https://bit.ly/3pkQibn Um grupo de empresários reuniu-se esta quarta-feira (10) para exigir que o governo de Ontário legisle sobre a licença médica paga durante a pandemia de COVID-19.

N

uma conferencia de imprensa online os empresários explicaram como esta licença é boa para empresas, funcionários e comunidades em geral. O grupo pediu também ao Governo de Doug Ford para aprovar o projeto de lei 239, a legislação que permite que as pessoas fiquem em casa se estiverem

doentes. O projeto de lei foi proposto pelo MPP de London West eleito pelo NDP e garantia 10 dias de licença de emergência pessoal por ano para cada trabalhador e sete desses dias eram pagos. O projeto permitia ainda que mais 14 dias da licença fossem remunerados se a pessoa testasse positivo para a COVID-19. O objetivo era que o Governo apoiasse as empresas para garantir os pequenos empresários sobrevivem à pandemia. CBC/MS


Destaques do dia, notícias de Portugal, dos países da lusofonia e ainda economia, negócios, finanças e curiosidades interessantes.

Desde as últimas notícias aos destaques do entretenimento, passando pela ciência, tecnologia, cinema e estilo de vida.

Com Nuno Miller Seg-Sex 7h

Seg-Sex 11h

Um programa voltado para aqueles que curtem a boa música, com os clássicos dos anos 80, 90 e 2000, e os hits do momento.

Muita animação, juntando a melhor música para o seu regresso a casa e uma variedade de informações que não pode perder.

O documentário “Oásis do Atlântico” é o resultado de uma campanha oceanográfica levada a cabo pelo Observatório Oceânico da Madeira e que teve como objetivo estudar a dinâmica das correntes marinhas assim como os ecossistemas desta área. Quer mergulhar nas profundezas destas águas juntamente com a Camões TV? Então vamos a isso!

Seg-Sex 14h

Seg-Sex 18h

Sáb 14h30

No Timeline desta semana, Adriana Marques e Catarina Balça mostram-nos a publicação amorosa de Tony Carreira no Instagram, falam-nos da nova carreira de modelo da filha mais velha de Kobe Bryant e partilham a sugestão da Rita Pereira para as mamãs em confinamento.

Manuel DaCosta conversa esta semana com Mitzie Hunter, MPP, Scarborough— Guildwood, pelo Partido Liberal. A mulher na política, as oportunidades e os desafios na constante luta pela igualdade de direitos.

No Body&Soul desta semana vamos falar de saúde mental durante a pandemia. Para isso encontramo-nos com a psicóloga clínica do CAMH, Katy Kamkar.

Sáb 18h

Sáb 21h

Dom 16h

Com uma carreira de mais de 30 anos, Fernando Pereira já pisou diversos palcos por todo o mundo. O Senhor das Vozes, como é conhecido, canta e imita as vozes de grandes artistas - sejam eles homens ou mulheres - deixando toda a gente deslumbrada com a sua estonteante capacidade vocal.

O Espaço Mwangolé continua a associar-se ao Black History Month e fará também a sua homenagem conversando com membros da comunidade canadiana e de outros países partilhando as suas experiências. Esta semana teremos a partir do Brasil, Manoel Soares, jornalista e escritor.

Our host Stella Jurgen interviews Carolyn Jongeward, artist and Co-Chair of the Art Committee of the Women’s Art Association of Canada and Gretchen Jeens, figurative artist, member and participant on the Artist’s Choice Virtual Art Show currently in exhibition.

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FELIZ DIA DA FAMÍLIA SUDBURY, NORTH BAY OTTAWA THUNDER BAY TORONTO, BARRIE, GUELPH

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TORONTO, BARRIE, COBOURG, KINGSTON, GUELPH

SARNIA

HAMILTON, NIAGARA, CAMBRIDGE

WINDSOR

LONDON, OWEN SOUND

"Mão de obra altamente qualificada, bem treinada. Simplesmente o melhor, desde 1903" Quando uma comunidade se constrói do chão para cima, não existe mão de obra no planeta que seja mais qualificada para completar o trabalho eficazmente à primeira. Os membros da LiUNA e aposentados fizeram um compromisso com as suas carreiras, o que significa um compromisso com a comunidade. Um compromisso para construir as MELHORES escolas, aeroportos, hospitais, escritórios, túneis, usinas de energia, estradas, pontes, edifícios baixos e edifícios altos do país. Quando o trabalho está completo, os membros da LiUNA e aposentados continuam a viver, a jogar e a crescer nas suas comunidades, com a garantia de que a pensão é também... simplesmente a MELHOR! Jack Oliveira

Business Manager

Luigi Carrozzi

Secretary-Treasurer

Carmen Principato Vice President

Joseph S. Mancinelli

Robert Petroni

Recording Secretary

President

Brandon MacKinnon

Executive Board Member

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Terry Varga

Executive Board Member


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PORTUGAL

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Governo admite “tropeções” no processo mas mantém metas da vacinação

Pandemia A ministra da Saúde, Marta Temido, assiSegundo Marta Temido, é importante nalou o início da vacinação dos bombei- manter o foco “no essencial” e que “este ros, no Centro de Saúde da Damaia, no é um bom momento”, no que diz respeito concelho da Amadora. à vacinação. “Não nos devemos esquecer disso se as coisas correrem menos bem”, erca de 15 mil bombeiros voluntários, acrescentou. A ministra da Saúde elogiou todas “as essapadores e municipais começam a ser vacinados contra a covid-19, truturas regionais” que permitiram montar num processo que se vai prolongar duran- a logística de vacinação e enalteceu “o trate as próximas duas semanas e que marca o balho de proximidade desenvolvido pelos início da segunda fase do plano de vacina- bombeiros”, que estão “sempre postos a dar resposta” quando é preciso. ção contra a covid-19. Declarações em linha com as do minisA ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu que tem havido “alguns tropeções” tro da tutela, Eduardo Cabrita. “Ninguém no processo de vacinação e reiterou que a teria chegado a um hospital, a um centro meta do Governo é ter “70% da população de saúde, sem os bombeiros, que são responsáveis por 85% da ajuda pré-hospitalar vacinada até ao fim do verão”.

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portuguesa”, disse o titular da Administração Interna. “Num ano tão difícil e exigente”, tendo em conta que os primeiros casos de covid-19 foram reportados a 2 de março de 2020, Cabrita recordou que “os bombeiros não deixaram o combate aos incêndios” e “disseram sempre presente, num quadro tão difícil”. O MAI sustenta que os bombeiros, dada a dimensão operacional do transporte pré-hospitalar que executam, desempenham “uma função essencial do Estado e por isso vão ser vacinados ao longo das próximas duas semanas”. Segundo o MAI, a ordem de vacinação destes 15.000 bombeiros foi definida com

base em critérios operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e abrange o universo de voluntários, sapadores e municipais. Lisboa e Porto são os distritos com mais bombeiros que vão ser vacinados contra a covid-19, 2.181 e 1.916 respetivamente, seguido de Viseu (1.025), Aveiro (958), Coimbra (945), Leiria (945), Braga (910), Santarém (842), Setúbal (829) e Vila Real (687). No distrito da Guarda vão ser vacinados 644 bombeiros, em Faro 617, em Castelo Branco 500, em Bragança 477, em Portalegre 388, em Viana do Castelo 347, em Beja 358 e em Évora 326. JN/MS

Queixa

Enfermeiros apresentam participação disciplinar contra bastonária Um grupo de enfermeiros enviou, esta quinta-feira (11), ao conselho jurisdicional (CJ) da Ordem, uma participação disciplinar em que pedem a expulsão da atual bastonária. Em causa estão as declarações de Ana Rita Cavaco sobre a vacinação de alguns responsáveis políticos e outras publicações nas redes sociais.

Créditos: DR

O

primeiro signatário da participação é Manuel Lopes, professor na Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus da Universidade de Évora. Em declarações ao JN, o ex-coordenador para a Reforma Nacional dos Cuidados Continuados explica que o objetivo não é “atacar pessoas”, mas sim “pôr em causa atitudes e comportamentos que, sendo protagonizados por pessoas que estão no exercício de funções numa associação profissional de direito público, violam claramente a associação e o os seus Estatutos”. “Uma ordem profissional tem poderes de autorregulação delegados pelo Estado e ninguém pode agir em nome do Estado agredindo, maltratando e atentando contra a dignidade de outras pessoas, sejam a quem for e o que tiver feito”, acrescenta.

Nesse sentido, e perante a resposta do CJ, que “disse não agir enquanto não houvesse queixa”, este grupo de enfermeiros sentiu-se “triplamente motivado em avançar com uma participação disciplinar”, no sentido de se “demarcar claramente de um comportamento que é atentatório da dignidade dos cidadãos, mas também dos pro-

fissionais, dos estatutos e do Código Deontológico dos enfermeiros”. Manuel Lopes refere ainda que esta foi “uma iniciativa de um grupo de pessoas muito vasto”, embora reconheça que o número de signatários da participação “não é muito extenso”. “Para dar entrada com uma participação basta uma assinatura.

Neste caso, assinaram 18 pessoas, mas isso é meramente simbólico, porque foram aquelas que dispunham de meios técnicos para assinar, mas que representam os vários setores de atividade, desde a academia, como é o caso, ao exercício clínico, à gestão, aos setores publico e privado, e que estão distribuídos por todo o país.” A antiga bastonária da OE, Maria Augusta Sousa, foi a primeira a pedir a intervenção do CJ num artigo no jornal “Público” em que pediu desculpa a quem Ana Rita Cavaco “tem, de forma explícita, ofendido e vilipendiado, sem qualquer respeito pela profissão e pelos enfermeiros”. Ao JN, a antiga líder dos enfermeiros aplaude a decisão e espera que o CJ “faça o seu trabalho”, já que é responsável vigilância deontológica e pelo bom funcionamento dos órgãos da Ordem. “É muito importante que haja colegas que se manifestem e exijam a intervenção do CJ numa situação destas que é inadmissível. Temos um Código Deontológico muito claro e a defesa da dignidade da pessoa humana é um dos seus princípios básicos, que foi claramente violado.” JN/MS


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Bruxelas piora previsões do crescimento português para 4,1% Economia A Comissão Europeia prevê um crescimento do produto interno bruto (PIB) português de 4,1%, uma revisão em baixa da previsão de 5,4% feita em novembro.

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egundo as previsões macroeconómicas de inverno divulgadas esta quinta-feira (11), para 2022 a Comissão Europeia (CE) reviu em alta a expectativa de crescimento, subindo dos 3,5% apontados em novembro para uma previsão de 4,3%. O Governo português espera atualmente uma subida do PIB de 5,4% este ano, de acordo com as previsões feitas aquando da apresentação do Orçamento do Estado de 2021 (OE2021), mas o ministro das Finanças já admitiu, na terça-feira (9), que o Governo terá de “rever significativamente” o cenário macroeconómico, devido aos efeitos da pandemia de covid-19. As previsões divulgadas pelo executivo da União Europeia (UE) colocam os números portugueses acima dos da zona euro, já que Bruxelas aponta para um crescimento de 3,8% no bloco dos países da moeda úni-

ca, tanto em 2021 como em 2022. “Com a introdução de um confinamento mais rigoroso a meio de janeiro de 2021, o PIB deverá cair novamente no primeiro trimestre de 2021, antes de começar a recuperar no segundo trimestre do ano, com uma maior retoma nos meses de verão”, pode ler-se na secção dedicada a Portugal das previsões macroeconómicas de inverno divulgadas esta semana. Bruxelas tem “expectativas para uma retoma notável no turismo no verão” Bruxelas tem “expectativas para uma retoma notável no turismo no verão, particularmente nas viagens intra-UE, e uma recuperação mais gradual posteriormente”, apesar de o setor dever permanecer “um pouco abaixo do seu nível pré-crise até ao final do período das previsões”. Quanto ao PIB, “é esperado um regresso completo aos níveis de pré-pandemia perto do final de 2022, mas os riscos permanecem significativos devido à grande dependência do país do turismo externo, que continua a enfrentar incertezas relacionadas com a evolução da pandemia”.

A Comissão Europeia ressalva, por outro lado, que as medidas apresentadas no esboço do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentadas em outubro não estão contabilizadas, e representam um impacto positivo de 0,25% no PIB. “A procura, deprimida, e a esperada subida do sentimento económico, deverão fomentar a recuperação económica. O consumo privado também deverá beneficiar de um mercado de trabalho relativamente resiliente, onde a queda do emprego compara favoravelmente com a do produto, e as transferências sociais públicas providenciam mais apoio ao rendimento”, pode ler-se no texto que acompanha as previsões de Bruxelas. Os números desta quinta-feira (11), intercalares, apresentam apenas previsões para o PIB e da inflação, e nesse capítulo os preços portugueses deverão aumentar 0,9% em 2021 e 1,2% em 2022, segundo as previsões do Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (HICP). “O aumento projetado dos preços da energia deverá ser o fator principal da in-

flação na primeira metade de 2021, seguido de uma subida gradual nos preços dos serviços no terceiro trimestre de 2021”, refere a Comissão Europeia. Quanto ao ano passado, o executivo europeu assinalou que a queda de 7,6% do PIB em 2020 se deveu ao impacto da pandemia de covid-19, “com um impacto particularmente forte no grande setor da hospitalidade no país”. Assim, “as exportações de serviços e investimento em equipamento registaram as maiores quedas em 2020, mas o consumo privado também caiu significativamente, no meio de um aumento das poupanças”. “Por outro lado, o investimento na construção continuou a crescer, ajudado pelo ciclo de projetos financiados pela UE. Depois do choque inicial, a indústria transformadora também esteve relativamente bem, recuperando para perto de níveis pré-crise”, assinala Bruxelas no relatório desta quinta-feira (11). JN/MS

2020

Houve menos 1,2 milhões de consultas de especialidade hospitalar O número de consultas de especialidade hospitalar caiu em 2020 face ao ano anterior devido à resposta à pandemia de covid-19, realizando-se menos 1,2 milhões de consultas, adiantou esta quarta-feira (10) a ministra da Saúde, Marta Temido.

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Nos hospitais, a atividade assistencial de dezembro de 2020, comparada com 2019, registou uma diminuição nas principais linhas de atividade, designadamente na consulta de especialidade hospitalar. Em dezembro de 2020 havia menos 1,2 milhões de consultas face ao volume de 12,4 milhões de consultas que se tinham realizado em 2019”, afirmou a ministra numa audição na comissão parlamentar de Saúde. Marta Temido disse que a quebra de atividade foi também extensível às cirurgias, com uma “descida de 126 mil cirurgias

face a um volume de 704 mil cirurgias em 2019”, além dos episódios em serviço de urgência hospitalar, no qual se verificaram menos 1,8 milhões em relação aos 6,4 milhões registados no ano anterior. Paralelamente, Marta Temido admitiu o aumento do número de utentes sem médico de família em 2020, com mais cerca de 105 mil utentes, face à subida do número de inscritos ativos nos cuidados de saúde primários. “Houve um desequilíbrio assinalável entre o número de aposentações face às entradas de profissionais de medicina geral e familiar”, reconheceu. Contudo, a ministra da Saúde assinalou a importância do mecanismo de incentivo para a recuperação de cirurgias e primeiras consultas previsto no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) para o relançamento da atividade assistencial no

SNS, independentemente de acordos com outros setores do sistema de saúde. “Permitiu realizar quase 16 mil cirurgias em atividade adicional, com uma execução de 15,5 milhões de euros, e quase 60 mil consultas hospitalares em atividade adicional, com uma execução de 1,7 milhões. Um resultado de execução global de 17,2 milhões de euros”, notou. Em termos de despesa orçamental, Marta Temido confirmou que o plano de vacinação contra a covid-19 “representou logo, inicialmente, uma despesa de 174 milhões de euros, sem prejuízo de diversas aquisições adicionais que se encontram previstas”. Como tal, foram já realizadas “mais de 400 mil inoculações, salientando-se a de todos os residentes e profissionais em estabelecimentos residenciais para idosos”, com exceção dos lares com surtos ativos. JN/MS


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Covid-19

“A situação continua a ser grave” e António Costa não tem dúvidas: o confinamento é para continuar. Escolas continuam sem previsão de abertura.

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ue ninguém tome os bons resultados como suficientes para aligeirar as medidas adotadas. António Costa anunciou esta quinta-feira (11) que Portugal terá de manter o atual nível de confinamento “nos próximos 15 dias e durante o mês de março”. No final da reunião de Conselho de Ministros, o chefe de Governo explicou que, apesar de as medidas restritivas de combate à transmissão da covid-19 estarem “a produzir resultados” - com o índice de transmissibilidade a situar-se, agora, nos 0,77 - o número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos ainda é muito elevado. Assim, acrescentou, “a situação continua a ser grave”, razão que levou o Governo a optar pela manutenção do confinamento. “Que ninguém tome os bons resultados como suficientes para aligeirar as medidas adotadas”. Nesta fase da pandemia, António Costa identifica dois grandes riscos a ter em conta: a chegada de um número de vacinas inferior ao que se esperava inicialmente (4,4 milhões no primeiro trimestre) e a afirmação das novas variantes do vírus, já presentes em território nacional. Ainda assim, quanto à vacinação, Costa fez questão de frisar que “não há nenhum atraso nacional”, reconhecendo até ter ficado “perplexo com os apelos no Par-

lamento para a aceleração do processo”. Quando o ritmo acelerar, a partir de abril, serão chamados a participar na campanha de vacinação entidades como as farmácias. Questionado quanto à sugestão dos peritos de se estabelecer, por exemplo, um número mínimo de casos positivos a partir dos quais o confinamento se torna certo, o primeiro-ministro optou por dizer que a discussão pública da ciência pode “gerar confusão”. O Governo quer que a comunidade científica chegue a um consenso sobre as medidas a adotar e já lhe pediu esse “trabalho de casa”, mas António Costa considera que a discussão entre os cientistas na praça pública é perigosa porque “gera, muitas vezes, confusão nas pessoas”. Quanto à previsão para o fim do confinamento, o chefe de Governo respondeu sempre da mesma forma: esta é a altura de o país se concentrar no cumprimento do confinamento e não de pensar no seu fim. O mesmo se aplica ao regresso às salas de aula. “É prematuro anunciar qualquer alteração. Iniciámos esta semana de novo as atividades letivas de forma remota e assim nos manteremos”. Além disso, esclareceu que não haverá festejos de Carnaval e a Páscoa “será seguramente diferente”. Por fim, António Costa anunciou que passa a ser permitida a venda de livros e material escolar em super e hipermercados, permanecendo proibida a venda de bens não essenciais, como roupa. JN/MS

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Confinamento até fim de março, Páscoa “diferente” e escolas sem data de abertura


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Governo dos Açores vai reduzir IVA em 50% em 2021 O Plano e Orçamento de 2021 dos Açores vai contemplar uma redução de 50% do IVA, segundo declarou o líder da UGT/Açores, Francisco Pimentel, à saída de uma audiência com o presidente do Governo Regional.

Governo cria programa para apoiar custos operacionais das empresas

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medida foi publicada em Jornal Oficial e visa “mitigar os impactos negativos da pandemia sobre as empresas”, de forma a “manter a confiança económica, a capacidade produtiva e o emprego”, segundo a resolução do Governo Regional. “Reveste-se da maior importância o apoio extraordinário aos custos operacionais das empresas, especialmente quando estes configuram uma forte componente fixa, impassível de redução no curto-prazo de adaptação ao contexto pandémico”, lê-se no documento. O programa tem como objetivo “comparticipar parte dos custos operacionais das empresas” que apresentaram “significativas quebras de faturação durante o ano de 2020”. Nos critérios de elegibilidade ao apoio estipula-se que são incluídas as empresas que declararam uma diminuição da faturação (comunicada à Autoridade Tributária) de “pelo menos 25% no ano de 2020 face ao ano anterior”. Nas situações em que as empresas abriram atividade após 01 de janeiro de 2019, para serem elegíveis ao apoio, terão que apresentar uma diminuição de faturação média mensal de “pelo menos 25% face à média mensal do período de atividade de-

corrido até 29 de fevereiro de 2020”. O programa de apoio prevê que os valores serão correspondentes a 30% das despesas elegíveis no caso de quebras de faturação superiores a 25%, mas inferiores ou iguais a 40%, tendo o limite máximo de oito mil euros por cada estabelecimento. No caso de existir 50% das despesas elegíveis para quebras de faturação superiores a 40%, o limite máximo ascende a 13,5 mil euros por estabelecimento. As empresas beneficiárias ficam obrigadas a não distribuir lucros, nem “cessar contratos de trabalho ao abrigo das modalidades de despedimento coletivo, de despedimento por extinção do posto de trabalho ou de despedimento por inadaptação”, lê-se no regulamento do programa. Na comissão de Economia da Assembleia Regional, o secretário regional das Finanças, Bastos e Silva, disse que o executivo açoriano tem procurado “introduzir alguma flexibilidade” nas medidas de apoio devido à “imprevisibilidade” da crise. “A nossa posição é majorar o emprego existente, mas percebendo que há medida que o tempo passa e que a faturação permaneça nula, a dificuldade de manter a totalidade da força de trabalho existe e, por isso, alguma flexibilidade temos de introduzir”, afirmou. Bastos e Silva falava a propósito da discussão de uma proposta do PS para a criação de um programa para apoiar os custos fixos das empresas açorianas, em que acabou por ser abordado, também, o programa de apoio do executivo açoriano. AO/MS

Governo dos Açores admite terminar cerca em Rabo de Peixe O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, admitiu esta quarta-feira (10) que, dado o evoluir da covid-19 na freguesia de Rabo de Peixe, o fim da cerca na vila é uma “possibilidade” em cima da mesa.

Com este evoluir epidemiológico, admitimos essa possibilidade”, declarou o governante. A norte da ilha de São Miguel, a muitas vezes mediática vila piscatória de Rabo de Peixe é a freguesia com mais casos de covid-19 nos Açores desde o começo da pandemia. Desde 13 de janeiro que a freguesia do concelho da Ribeira Gran-

de está sob cerca sanitária: primeiro em toda a vila e, desde a semana passada, apenas numa zona mais específica do território, sendo que, a somar ao isolamento da freguesia, junta-se a obrigação de recolher domiciliário. Bolieiro destacou esta quarta-feira (10), à margem de uma audiência tida em Ponta Delgada, a “capacidade de sofrimento e cumprimento” das regras dos moradores de Rabo de Peixe, reconhecendo que a opção pelas cercas foi “desagradável” mas que, à luz da ciência e dos dados da pandemia, não havia alternativa. AO/MS

Ficámos a saber que há a intenção, já este ano, de haver um desagravamento fiscal em matéria do IVA em 50%, relativamente ao segundo semestre deste ano. Já em 2022 haverá uma redução fiscal de 10%, o que vai até ao limite máximo permitido por lei de 30% [em relação aos valores praticados no país]”, afirmou o sindicalista. O atual quadro de IVA na região estipula o imposto nos 18%, na taxa normal, 9%, na taxa intermédia, e 4%, nos bens e serviços de taxa reduzida. Francisco Pimentel falava aos jornalistas depois de ter sido recebido no Palácio de Santana, pelo presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, no âmbito das audiências aos partidos e parceiros sociais para preparação do Plano e Orçamento da região para 2021.

O dirigente sindical considerou que a redução fiscal, uma promessa eleitoral do PSD, que lidera a coligação governamental açoriana com o CDS-PP e o PPM, irá permitir aos trabalhadores e agregados familiares “a partir de 2022 poderem ter já mais rendimento disponível”. A Lei de Finanças das Regiões Autónomas prevê a possibilidade de um desagravamento fiscal nos Açores até 30% dos valores praticados em sede de IVA, IRS e IRC no contexto nacional. O líder da UGT/Açores defendeu ainda a necessidade de “grande parte das verbas do Plano e Orçamento de 2021 serem investidas na economia privada” como geradora de emprego e riqueza, bem com que todos os trabalhadores que têm contrato de trabalho com empresas públicas que vão ser extintas - a Azorina e a Sociedade de Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA) - transitem para a administração regional. O Plano e Orçamento para 2021 será discutido e votado na Assembleia Legislativa Regional até abril. AO/MS

Federação Agrícola açoriana quer reforço do investimento e boa execução de verbas A Federação Agrícola dos Açores pediu um reforço do investimento, considerando que essas verbas “terão sempre retorno económico e social”, e voltou a defender a necessidade de uma “boa execução” dos montantes alocados ao setor no Orçamento regional.

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O Governo dos Açores criou um programa de apoio aos custos operacionais das empresas regionais que registaram “significativas quebras de faturação” durante o ano de 2020, devido à crise provocada pela pandemia de covid-19.

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ara o presidente da Federação Agrícola açoriana, Jorge Rita, é preciso “continuar a investir, porque é um setor que tem tido retorno em toda a economia regional”. “O reforço no orçamento faz todo o sentido e alocar também as verbas que vêm pelo Plano de Recuperação e Resiliência, mais aquelas que são da transição”, permitiria “fazer aqui um pacote de ajudas aos agricultores e à agricultura no seu todo”, afirmou. O representante do setor falava aos jornalistas, em Ponta Delgada, depois de ter sido recebido em audiência pelo presidente

do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, e pelo secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Joaquim Bastos e Silva, na preparação do Plano e Orçamento da região para 2021. Jorge Rita concretizou que a “capitalização do setor tem a ver, essencialmente, com os rateios” nos fundos comunitários específicos para a agricultura alocados à região, como o POSEI, um programa de apoio comunitário às regiões ultraperiféricas. “Se os Açores colmatassem essa situação, seria extremamente importante para todos os setores da atividade agrícola da Região Autónoma dos Açores, do leite, da carne, às produções vegetais”, salientou. Além disso, acrescentou, é também importante continuar a investir nos “caminhos, água e luz” para as explorações agrícolas e “nas indústrias”, uma fileira onde deve haver um “sentido prático de criar novos produtos” e de apostar na “valorização daqueles que existem”. O presidente da Federação Agrícola dos Açores lembrou também que “a agricultura tem um peso económico e social que cada vez representa mais”. “A manutenção do emprego por via da agricultura é extremamente importante. Podemos estar cientes [de] que as verbas adstritas à agricultura terão sempre retorno económico e social”, referiu. À semelhança do que tem vindo a acontecer em anos anteriores, o representante voltou a destacar que o que é “fundamental é que as verbas que estiverem ligadas ao setor, todas elas, tenham boa execução”. “Não vale a pena anunciar milhões, quando depois, na prática, só se executa tostões”, disse. Ao longo do dia de hoje, o presidente do Governo Regional e o secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública estão a auscultar vários parceiros sociais sobre o Plano e Orçamento da região para 2021. O documento será discutido e votado na Assembleia Regional até abril. AO/MS


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Porto Santo vai premiar melhores alunos de cada ano

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Serão entregues aos alunos com os melhores resultados escolares 12 prémios anuais, com valores desde os 100€ até aos 250€. O investimento do Município cifra-se nos 3.000€”, explica uma nota enviada à redação. Foram também aprovados o projeto de arquitetura para construção de um posto de abastecimento de combustíveis líquidos a levar a efeito no lote 7 do Loteamento II do MPE, localizado no Tanque e a proposta “Eu compro aqui. Comércio local em primeiro”, que tem como objetivo “contribuir para a dinamização da procura no comércio local, como resposta aos efeitos provocados pela pandemia” e “apoiar a população em geral, que sofreu uma redução substancial dos seus rendimentos”.

No concernente a esta última proposta, a campanha tem início no dia 1 de março de 2021 e termina no dia 15 de julho de 2021, período durante o qual o município vai investir 30,000€, em cupões de 10,00€ e 20,00€. “Esses cupões são comprados pelos munícipes por metade do valor. Cada munícipe (por cada NIF) pode adquirir até 50.00€ em vales que lhe custará metade do valor, neste caso, 25,00€. A medida representa um valor superior a 60.000€ a circular na economia local”, explica a nota. Nesta reunião foi ainda assinalado o mais recente prémio atribuído à praia do Porto Santo pela European Best Destinations (EBD), denominada European Safest Beach 2021. “. É sem dúvida mais um excelente reconhecimento e tal como refere o Secretário Regional do Turismo, julgamos do que esta distinção não poderia ocorrer em melhor altura, numa fase difícil da vida de todos nós. Depois do galardão da UNESCO, em outubro último, esta distinção é outro motivo de satisfação e congratulação para o Município e certamente, depois disto tudo passar, trará bons frutos para esta ilha. Porque nós merecemos e fico extremamente satisfeito por mais um reconhecimento para a nossa ilha”, pode ler-se no documento. JM/MS

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Marta Freitas questiona ministra da Saúde sobre planos de vacinação nas regiões Os planos de vacinação contra a Covid-19 e a articulação entre a República e as Regiões Autónomas no que se refere à resposta a estes doentes marcaram a intervenção desta quarta-feira (10) da deputada do Partido Socialista-Madeira à Assembleia da República, aquando da audição à ministra da Saúde.

A Câmara Municipal do Porto Santo aprovou, esta terça-feira (9), em reunião, por unanimidade, a medida “Mérito Escolar”, que visa “incentivar o desempenho escolar, numa posição assumida do contributo para o desenvolvimento económico, cultural e social dos jovens e da sociedade em geral”, ao premiar os melhores alunos de cada ano de escolaridade, com efeitos a partir do 4.º ano até ao 12.º ano, incluindo ensino profissional.

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arta Freitas aproveitou a ida de Marta Temido ao Parlamento para questionar a governante sobre como estão a decorrer os planos de vacinação nas duas regiões, em particular na Madeira. A parlamentar quis também saber qual é a articulação prevista entre o território continental e as ilhas no que concerne aos cuidados a estes utentes com covid-19, concretamente o tratamento de doentes das regiões no continente ou vice-versa, como já ocorreu, em caso de necessidade. A um outro nível, e embora considere que haja uma efetiva transparência

sobre o plano de vacinação nacional, a deputada madeirense quis ver esclarecidas algumas dúvidas que persistem, em especial no que diz respeito à vacinação das pessoas com deficiência. “Verificamos que algumas estruturas residenciais de apoio às pessoas com deficiência já foram abrangidas pelo programa de vacinação, mas permanecem dúvidas sobre algumas situações”, disse Marta Freitas, referindo que no plano de vacinação, no grupo prioritário, prevê-se a administração de vacinas a pessoas com dependência não institucionalizadas. Nesse sentido, perguntou se será vacinada nesta primeira fase qualquer pessoa com deficiência, com idade inferior a 50 anos, que apresente as mesmas condições indicadas como insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal, doença pulmonar obstrutiva crónica ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração. JM/MS

Madeira vai manter medidas de contenção da pandemia enquanto for necessário O presidente do Governo Regional adiantou que, para já, serão mantidas as medidas de contenção da pandemia que a Região tem seguido.

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onsiderando que as decisões são dinâmicas consoante a evolução da situação pandémica, Miguel Albuquerque disse que, por enquanto e ao contrário do continente que estará em confinamento até 19 de março, será mantido o plano atual. Quanto às escolas, disse que a ideia é manter a situação como esta até 21 de fevereiro, mas não garante que os alunos do 3° ciclo e secundário regressem a 22 ao ensino presencial. Albuquerque disse ainda que está a ser

importante a testagem alargada e intensiva que os setores público e privado estão a fazer com vista a redução gradual dos casos positivos. JM/MS

CMF já apoiou 18 mil pessoas afetadas pela crise através da iniciativa ‘Funchal, Cabaz Vital’ A Câmara Municipal do Funchal já entregou um total de 5605 cabazes a famílias funchalenses afetadas pelas consequências da crise pandémica, no âmbito da iniciativa ‘Funchal, Cabaz Vital’. Neste momento, o investimento municipal já ultrapassou os 100 mil euros, e apoiou 18 mil pessoas, sendo que as famílias residentes nas freguesias de Santo António e São Martinho são as que mais recorrem a este apoio de cariz social.

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presidente Miguel Silva Gouveia sublinha que “em oito meses de implementação, a CMF já apoiou mais de dezoito mil pessoas, um número que é bastante representativo das dificuldades que as famílias funchalenses têm vindo a enfrentar durante a crise pandémica. Desde a primeira hora, temos estado ao lado

dos funchalenses, salvaguardando as suas condições de vida e honrando a matriz social que pauta a governação deste Executivo.” Lançada em maio de 2020, esta iniciativa da autarquia surgiu para amparar e auxiliar, através da entrega de bens essenciais, as famílias residentes no concelho que, fruto das dificuldades geradas pela covid-19, viram reduzidos os seus rendimentos mensais, seja devido a situações de lay-off ou de desemprego. “Desde novembro passado reforçarmos a nossa capacidade de resposta a esta iniciativa com a criação de um centro logístico, no Mercado da Penteada, ao que somou um novo procedimento com vista à aquisição de bens essenciais, já tendo em vista as necessidades que iriam surgir durante este

período difícil que atravessamos”, realça o autarca. Os cabazes são compostos por fruta e legumes da época, ervas aromáticas e ovos, todos de produção regional, tendo a autarquia passado a incluir nos mesmos receitas e dicas de conservação dos alimentos, alimentação saudável e redução de desperdícios alimentares, no sentido de prestar informação útil e ajudar os munícipes em todas as frentes. O presidente conclui que “será essencial continuar a assegurar aos funchalenses uma rede de amparo social ao longo deste ano, permitindo a manutenção de condições de vida condignas. O papel de um autarca é de proximidade e envolvimento na comunidade, pelo que estaremos presentes no terreno mais do que nunca e, indepen-

dentemente do que o futuro nos reserve, os funchalenses podem contar com o atual Executivo a seu lado para enfrentar as adversidades.” Os cabazes são gratuitos e fornecidos a pedido, através do e-mail cabaz@cm-funchal.pt ou do telefone 291 214 083, de 2.ª feira a sábado, entre as 9h e as 12h, sendo que, no ato do pedido, os beneficiários têm de indicar o motivo da perda de rendimento. A entrega é efetuada pelo Município, por ordem de chegada dos pedidos, no período compreendido entre as 12h e as 17h, sendo o transporte igualmente gratuito. A Autarquia entrega, por mês, um cabaz aos agregados familiares até três elementos e dois cabazes aos agregados familiares com mais de três elementos. JM/MS


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ÁFRICA

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Detenções e medo após ação policial violenta em Angola

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África do Sul quer “orientações claras” sobre aplicação da AstraZeneca A África do Sul vai solicitar à Organização Mundial da Saúde (OMS) orientações “claras” sobre a aplicação da vacina da AstraZeneca após um estudo confirmar a sua ineficácia contra a variante 501V.2 detetada no país, anunciou esta quarta-feira (10) o Governo.

Vamos discutir com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a aplicação da AstraZeneca, que na opinião deles a AstraZeneca continua a ser uma boa vacina que deve ser aplicada em todo o mundo, e alguns cientistas são da opinião que pode ser usada na ausência de outra forma de proteção, e por isso queremos ter uma orientação clara da OMS”, disse Zweli Mkhize, numa comunicação esta quarta-feira (10) ao parlamento. “A Covax abordou-nos com a preocupação de que não deveríamos criar a impressão de estarmos a condenar a AstraZeneca, uma vez que a questão é a necessidade de haver mais investigação científica na África do Sul sobre a eficácia da vacina e concordámos nessa abordagem”, adiantou. O ministro da Saúde sul-africano, numa intervenção por videoconferência transmitida pela televisão nacional, disse que a África do Sul rejeitou os planos de usar a vacina Oxford-AstraZeneca “porque não previne sintomas leves e moderados de doença” da segunda estirpe (501V.2) do novo coronavírus detetada na província do Cabo Ocidental, sudeste da África do Sul. “O estudo da AstraZeneca envolveu apenas 2000 pessoas e excluiu seropositivos com HIV e no processo não conseguiram demonstrar a sua eficácia na redução de sintomas ligeiros e moderados de doença, e que não dispunham de dados suficientes para confirmar a eficácia da vacina contra doenças severas”, salientou Mkhize. “Isto contrastou com o cenário registado no Reino Unido e no Brasil, e no processo também estabeleceram que a sua eficácia contra a nova variante era na realidade mais baixa em cerca de 22%, quando de facto indicaram que existia uma taxa de confiança mais alargada, o que significa que estes dados eram provavelmente mais baixos do que parecia”, explicou. O governante disse que a África do Sul considerou “necessário” estudar a aplicação

do fármaco da Oxford-AstraZenaca “porque se trata de uma das vacinas mais dominantes em todo o mundo que será distribuída em milhares de milhar de doses, e esta variante (501V.2) não está presente em todos os países, apenas em alguns, mas é a variante dominante na África do Sul”, frisou. Alguns países já manifestaram interesse em trocar ou comprar algumas das doses da AstraZeneca adquiridas pela África do Sul, segundo a imprensa sul-africana. Sobre o prazo de validade até abril do primeiro lote de um milhão de doses da Oxford-AstraZeneca que a África do Sul comprou recentemente ao Instituto Serum da Índia, o ministro da Saúde sul-africano sublinhou que as vacinas serão utilizadas “antes do fim desse prazo de validade”. “Gostaríamos de assegurar a população que, neste momento, os cientistas vão aconselhar o Governo sobre o que fazer com esta vacina, e que para além disso estamos a considerar substituir a remessa de forma a que não seja uma despesa inútil”, explicou Mkhize. Entretanto, o Governo sul-africano anunciou que vai começar a aplicar a vacina da Johnson & Johnson em profissionais de saúde na próxima semana, para lançar a primeira fase da campanha de vacinação da África do Sul, na qual 1,25 milhões de profissionais de saúde serão vacinados. Zweli Mkhize disse estar em curso a aprovação pelo regulador sul-africano do fármaco da Johnson & Johnson, de apenas uma dose, que ainda está a ser testada internacionalmente, estimando para abril a produção na África do Sul das vacinas contra a covid-19 da multinacional norte-americana. “A maioria dos fornecimentos que vêm para a África do Sul e para o resto do continente, serão provavelmente através da Aspen, o que é uma vantagem para nós”, adiantou Mkhize. A farmacêutica sul-africana Aspen anunciou em novembro do ano passado uma parceria com a Johnson & Johnson para o fabrico da vacina da multinacional norte-americana, em Port Elizabeth, sudeste do país, onde dispõe de uma capacidade anual instalada para 300 milhões de doses. JN/MS

m outro morador de Cafunfo afirmou que as pessoas que falaram à comunicação social estão a ser ameaçadas. “Disseram que nós não podíamos dar essas informações e que os que falaram estão a dizer mentiras. Mas nós temos de contar a verdade, temos de contar o que vimos, não vou esconder”, disse Alfredo Moisés, coordenador das comunidades da Paróquia de São José, sublinhando que os factos “devem ser apurados”. Um outro ativista, que está escondido e pediu para não ser identificado, disse que foram detidas seis pessoas na madrugada do passado sábado (6). Há mais de uma semana, um alegado “ato de rebelião” protagonizado por cerca de 300 elementos do Movimento Protetorado da Lunda Tchokwe (MPLT) acabou por causar seis mortes, segundo a polícia da Lunda Norte. A versão da polícia é contrariada por populares, segundo os quais se tratou de uma tentativa de manifestação pacífica e previamente comunicada às autoridades, durante a qual morreram mais de 20 pessoas. ONG, bispos católicos e a oposição angolana condenaram o que dizem ter sido “um massacre” e pediram um inquérito independente sobre os acontecimentos. O Movimento Protetorado da Lunda Tchokwe luta pela autonomia da região das Lundas, no Leste-Norte de Angola. A autonomia da região das Lundas (Lunda Norte e Lunda Sul, no leste angolano), rica em diamantes, é reivindicada por este movimento que se baseia num Acordo de Protetorado celebrado entre nativos Lunda-Tchokwe e Portugal nos anos 1885 e 1894, que daria ao território um estatuto internacionalmente reconhecido. Portugal teria ignorado a condição do reino quando negociou a independência de Angola entre 1974/1975 apenas com os movimentos de libertação, segundo o movimento. Uma delegação da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que integra os deputados Alberto Ngalanela, Joaquim Nafoia, Domingos Oliveira, Sindiagani Bimbi e Rebeca Muaca, foi barrada à entrada de Cafunfo e aí se mantém desde a passada quarta-feira (3). O líder do maior partido da oposição angolana, Adalberto da Costa Júnior, afirmou na passada sexta-feira (5) que a retenção de

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Ativistas denunciaram que a polícia angolana deteve André Candala, catequista e morador em Cafunfo, que denunciou a “morte de inocentes” na semana passada, durante uma tentativa de manifestação que o Governo classificou como “ato de rebelião”. Candala e o filho foram libertados, mas terão sido vítimas de violência policial.

cinco deputados à entrada do Cafunfo é “a confissão clara do massacre praticado” na vila mineira, rica em diamantes, da Lunda Norte e da ocorrência de “operações de limpeza” na zona. O Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder, criticou as vozes que “se levantaram precipitadamente”, entre elas a UNITA, maior partido da oposição, para acusar as autoridades de terem cometido “um massacre contra supostos meros manifestantes”. Numa declaração sobre os acontecimentos ocorridos em Cafunfo, município do Cuango, província da Lunda Norte, o partido sustenta que o Governo de Angola tem constatado que a maior liberdade de imprensa, de expressão, de reunião e de manifestação, promovida pelo Presidente João Lourenço “está a servir para promover o desrespeito à Constituição e à lei, aos símbolos nacionais, o desrespeito à autoridade instituída, ao património público e à propriedade privada”. O que é “perigoso para a estabilidade político-social e contrária ao bom ambiente de negócios atrativo do investimento privado, que se vem criando ultimamente”, referiu-se na nota. O órgão do MPLA criticou o maior partido da oposição e também algumas organizações da sociedade civil, que apontam o dedo às autoridades, acusando-as de terem cometido um massacre contra supostos manifestantes, salientando que “a Constituição da República de Angola estabelece que o território angolano é indivisível, inviolável e inalienável” e que será “energicamente combatida qualquer ação de desmembramento ou de separação de suas parcelas”. Numa nota sobre o impedimento dos deputados em acederem à vila de Cafunfo, o Presidente da Assembleia Nacional (AN), Fernando da Piedade Dias dos Santos, declinou qualquer responsabilidade sobre eventuais constrangimentos e disse que a deslocação não foi feita no quadro de uma comissão parlamentar multipartidária, como seria recomendável. “É de regra que os deputados não se podem deslocar sem a autorização do presidente da Assembleia Nacional”, esclarece a nota. JN/MS

Cidadão Português detido na Ilha de Moçambique com 79 tartarugas na sua residência A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou a detenção na Ilha de Moçambique, na província de Nampula, dum cidadão de nacionalidade portuguesa acusado de possuir na sua residência um cativeiro de 79 tartarugas, uma espécie protegida a nível mundial.

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ão foi revelada a identidade do cidadão português detido, mas fontes do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), que ainda investigam o assunto, disseram que a detenção do homem foi graças a uma denúncia feita pela Administração Nacional de Áreas de Conservação de Mo-

çambique. Sabe-se ainda, segundo fontes do jornal A Bola, que as tartarugas apreendidas são oriundas da Madagáscar, mas o cidadão agora detido é citado pelas autoridades policiais como tendo dito que criava aquelas espécies protegidas dentro do seu quintal há mais de 20 anos. O cidadão português é um empresário na área de pescas e possui uma frota enorme de barcos. A polícia que investiga a proveniência das tartarugas suspeita que o mesmo tenha comprado ou pescado dando a sua atividade. Sabe-se que cada tartaruga chega a custar até cinco mil dólares. Abola/MS


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Brasil tem média de mortes por País contabilizou 9.662.305 casos e 234.945 óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa. Já são três semanas com a média móvel de mortes acima da marca de um mil.

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consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quarta-feira (10). O país registrou 1.357 mortes pela Covid-19 entre terça (9) e quarta-feira (10), chegando ao total de 234.945 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil entre o dia 1 e 8 de fevereiro foi de 1.050.

Já são 21 dias com essa média acima da marca de um mil. A variação foi de -1% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de estabilidade nos óbitos pela doença. Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 9.662.305 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 60.271 desses confirmados entre o dia 1 e 8 de fevereiro A média móvel entre 1 e 8 de fevereiro foi de 46.055 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -11% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos. Oito estados estão com alta nas mortes: GO, AC, PA, RR, TO, BA, MA e PE. G1/MS

Cidades que mais desmataram concentram 40,5% da devastação na Amazônia, aponta Inpe

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Covid acima de mil há três semanas

Senado aprova projeto com regras para desativação de hospitais de campanha Pela proposta, hospitais só poderão ser desmontados se houver leitos disponíveis ou quando mais de 70% da população estiver vacinada. Texto segue para a Câmara.

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Senado aprovou nesta quarta-feira (10) um projeto com regras para a desativação de hospitais de campanha. Pelo texto, os hospitais só poderão ser desmontados se houver leitos disponíveis ou quando mais de 70% da população estiver vacinada contra o novo coronavírus. A proposta, de autoria da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), foi relatada por Marcelo Castro (MDB-PI) e segue para a Câmara dos Deputados. Defensores da medida dizem que os hospitais de campanha são “importantes” para desafogar a rede pública de saúde, muito demandada na pandemia. “Esses estabelecimentos temporários atendem, mais frequentemente, às pessoas com sintomas de gravidade menor ou moderada. Ou seja, aqueles pacientes que não matamento entre agosto de 2019 a julho de precisam dos cuidados de maior comple2020. O número representa 40,5% do total xidade fornecidos por uma UTI”, afirmou perdido na Amazônia no mesmo período: 9.780,56 km². A cidade de Novo Repartimento, 11ª no ranking, não aparece na lista de prioridades do governo. Duas dessas cidades também estão entre as 10 com os maiores rebanhos bovinos do país: São Félix do Xingu e Porto Velho. A agropecuária é apontada como a causa de 90% da perda de vegetação natural do Brasil, incluindo os outros biomas, como PanEquipe econômica do governo é contanal e Cerrado. tra novo tributo para financiar assisMourão falou sobre as metas de fiscalizatência aos mais pobres. Presidente ção após comandar a reunião do Conselho do Senado diz que aumento da carga Nacional da Amazônia. O vice preside o tributária é ‘sempre algo traumático’. colegiado que foi recriado há um ano pelo presidente Jair Bolsonaro em uma tentativa presidente do Senado, Rodrigo de responder críticas no Brasil e no exterior Pacheco (DEM-MG), afirmou a sua política ambiental. Na reunião, foi nesta quarta-feira (10) que preapresentado o Plano Amazônia 21/21, que tende buscar uma solução para a nova deverá substituir a Operação Verde Brasil rodada do auxílio emergencial, em es2, conduzida pelos militares. A previsão é tudo pelo governo, que não passe pela que o Exército encerre o trabalho de fiscaadoção de um novo imposto. lização em 30 de abril. Em entrevista, o presidente do SeAssim, a fiscalização da Amazônia vai nado disse que a criação de imposto “é voltar a ser exercida prioritariamente pesempre algo traumático”, mas não detalos órgãos civis, como o Instituto Brasileiro lhou qual seria a melhor alternativa para do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais financiar o programa. Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico “O momento de se dimensionar criaMendes de Conservação da Biodiversidade ção ou extinção de tributo é na reforma (ICMBio). De acordo com o governo, como tributária. Nós vamos buscar uma soesses órgãos têm equipes menores na comlução, com fundamentos econômicos, paração com as Forças Armadas, as ações sem que haja a necessidade da criação serão concentradas. de impostos. Pelo menos, esse é o ideal G1/MS de se fazer”, declarou Pacheco.

Hamilton Mourão disse que governo irá focar a fiscalização em cidades que concentram ‘70% dos crimes ambientais’ no país. Especialista ouvida pelo G1 critica decisão e aponta falha na estratégia.

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s 11 cidades com a maior área de desmatamento na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020 representam 40,5% do que foi perdido de floresta no período, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe). Nesta quarta-feira (10), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o governo irá focar a fiscalização em uma lista de cidades que concentram “70% dos crimes ambientais” no país. Nesse mesmo dia, Mourão anunciou a estratégia sem divulgar o nome das localidades. Os nomes foram apresentados à noite pela assessoria da Vice-presidência. Dez dos 11 municípios citados pelo governo aparecem entre os que tiveram maior desmatamento na temporada passada. Entretanto, o governo incluiu entre os focos da fiscalização a cidade de Rurópolis, no Pará, que está em 24º lugar no ranking do desmate, com 98,64 km² de perda de floresta entre agosto de 2019 e julho de 2020 e que, por isso, não aparece no topo da lista elaborada pelo G1 com base nos dados do Inpe.Segundo dados do Inpe, Altamira (PA), São Félix do Xingu (PA), Porto Velho (RO), Lábrea (AM), Novo Progresso (PA), Itaituba (PA), Apuí (AM), Pacajá (PA), Colniza (MT), Portel (PA), Novo Repartimento (PA) somaram 3.963,75 km² de des-

Rose na justificativa da proposta. Para o enfrentamento do novo coronavírus, foram montados hospitais de campanha em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, entre outras localidades. Entretanto, várias estruturas foram desmontadas. Os leitos, segundo as autoridades responsáveis, foram distribuídos para unidades de saúde fixas. A autora da proposta no Senado afirma que a desativação dos hospitais de campanha “pode provocar rápida desassistência da população”. “Pincipalmente porque a pandemia ainda se encontra em pleno desenvolvimento no Brasil”, declarou. Na mesma linha, o relator do projeto, Marcelo Castro disse que a desinstalação de hospitais de campanha é atitude “precoce e inoportuna”. “É frequentemente noticiado na imprensa que vários hospitais de campanha estão sendo desativados em várias localidades do país. Obviamente, trata-se de atitude precoce e inoportuna, haja vista que se tem observado o recrudescimento de novos casos e de óbitos por Covid-19”, declarou. G1/MS

Auxílio emergencial: Pacheco fala em buscar solução que não envolva criação de impostos

O

De acordo com a colunista do G1 Ana Flor, tem crescido dentro do governo a defesa da criação de um tributo nos moldes da antiga CPMF, temporário, para bancar a nova ajuda aos brasileiros afetados pela pandemia. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, contudo, tem se posicionado contra a medida. Em entrevista à GloboNews na última segunda (8), Pacheco disse que tinha “expectativas positivas” para um anúncio sobre o auxílio ainda nesta semana. Na ocasião, o presidente do Senado disse também que não se poderia condicionar novas rodadas de auxílio à aprovação de propostas de ajuste fiscal em análise no Congresso, como a PEC Emergencial. “A emergência e a urgência relativamente a essa assistência social não podem esperar. Então acho que é um acordo que temos que fazer”, afirmou na entrevista de segunda (8). G1/MS


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Biden retira pedido de anulação da lei de saúde Obamacare EUA O Departamento de Justiça norte-americano declarou esta quarta-feira (10) ao Supremo Tribunal que considera válida a Lei dos Cuidados de Saúde aprovada no mandato de Barack Obama, cuja anulação havia sido pedida pela Administração Trump.

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m carta citada pela AP, o Supremo Tribunal é notificado pelo Departamento da Administração Biden que “os Estados Unidos deixaram de aderir às conclusões da declaração anteriormente apresentada” relativamente à Lei dos Cuidados de Saúde Acessíveis, conhecida por “Obamacare” por ter sido uma das bandeiras da Administração do ex-Presidente democrata Barack Obama. A Administração de Donald Trump

argumentava que a disposição legal do “Obamacare” de que a contratação de um seguro de saúde era obrigatória violava a Constituição, na linha do defendido por alguns Estados de maioria republicana, caso do Texas. Na carta submetida esta quarta-feira (10) ao Supremo Tribunal, o Departamento de Justiça sustenta que a lei deve ser mantida, e que não é lesiva da Constituição a referida disposição, que entretanto foi alvo de uma revisão em 2017 que retirou as penas por incumprimento da mesma. O Departamento defende que, mesmo que seja declarada ilegal a obrigatoriedade de contratação de seguro de Saúde, tal não torna inconstitucional todo o pacote legislativo - ao contrário da Administração Trump que defendia que a referida disposi-

ção era central à Lei, e portanto punha em causa a constitucionalidade desta. Aprovado em 2010, com Joe Biden como vice-Presidente, o “Obamacare” estendeu a cobertura de seguro de saúde a mais de 23 milhões de pessoas que estavam fora do sistema. Também veio impedir situações de exclusão do mesmo de pessoas a quem por vezes eram negados cuidados com base no argumento jurídico de que as suas doenças - incluindo cancro - eram “condições pré-existentes” à contratação do seguro, o que obrigava a que a única solução para aceder a tratamento fosse utilização de poupanças pessoais ou, não as havendo, vender ou hipotecar bens, incluindo habitação. Biden já afirmou que pretende reforçar o “Obamacare”, incluindo o sistema, no-

meadamente, pessoas que possam ter ficado sem acesso ao seguro de saúde associado a empregos que entretanto tenham perdido, devido à crise causada pela pandemia de covid-19. O caso “Obamacare” é o terceiro em que a nova Administração inverte a posição da liderada por Donald Trump. Os outros dois estão relacionados com imigração: a construção do muro entre os Estados Unidos e o México com fundos do Departamento de Defesa e a obrigatoriedade de candidatos ao estatuto de refugiado terem de esperar pelas suas audiências no lado mexicano da fronteira.

Covid-19

Números baixam na Europa, mas OMS adverte contra “decisões precipitadas” Os números de novos casos e mortes diárias com covid-19 baixam na Europa, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu esta quinta-feira (11) contra “decisões precipitadas” sobre levantamento dos confinamentos, notando os baixos números da vacinação.

Hans Kluge considerou que há uma “fronteira ténue entre a esperança trazida pelas vacinas e uma falsa sensação de segurança” e que o surgimento de novas variantes, algumas mais contagiosas, como

a que foi descoberta no Reino Unido significam que é preciso “fazer tudo para reduzir a transmissão e reduzir as mutações que podem influenciar a eficácia das vacinas”. A variante descoberta na África do Sul foi

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A

descida na incidência de novos casos de contágio pelo novo coronavírus também “esconde um número crescente de surtos e transmissão comunitária” atribuída a “novas variantes preocupantes” do SARS-CoV-2, como a que foi descoberta na África do Sul. “A esmagadora maioria dos países europeus continua vulnerável”, sintetizou o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Kluge, numa conferência de imprensa virtual a partir da sede europeia da organização, em Copenhaga. Citando números de 29 dos 37 países do continente que começaram campanhas de vacinação, o responsável indicou que “7,8 milhões de pessoas completaram a sua imunização, o que é equivalente a apenas 1,5 por cento da população desses países”.

detetada em 19 países europeus e embora “a transmissão comunitária no continente ainda não esteja disseminada, essa variante foi ligada a um número crescente de surtos”. “Se não contivermos a transmissão agora, os benefícios expectáveis das vacinas para controlar a pandemia podem não ser evidentes”, notou. Hans Kluge defendeu que são necessárias “decisões ponderadas nesta altura crítica”. “Uma e outra vez, vimos países a reabrirem demasiado depressa e a perderem conquistas que custaram. As decisões sobre medidas de saúde pública precisam de se apoiar em dados da avaliação epidemiológica e na capacidade do sistema de saúde”, salientou. As vacinas são “essenciais, mas por agora, não chegam para controlar a pandemia”, afirmou. “Os fabricantes terão que se ajustar à evolução do vírus e é importante ter um arsenal diverso de vacinas de várias plataformas tecnológicas para usar em contextos variados”, declarou Hans Kluge.


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Agência Europeia de Medicamentos preocupada com eficácia das vacinas em novas variantes

A EMA aprovou três vacinas para utilização na UE: Comirnaty [da Pfizer-BioNTech], vacina covid-19 Moderna e vacina covid-19 AstraZeneca. Há preocupações de que algumas destas mutações possam ter impacto em diferentes graus na capacidade das vacinas de proteger contra infeções e doenças”, informa o regulador europeu em comunicado. Ainda assim, vinca que “uma redução na proteção contra doenças leves não se traduz necessariamente numa redução na proteção contra formas graves da doença e das suas complicações”, estando antes em causa a necessidade de “recolher mais provas”.

Entretanto, a EMA vai “desenvolver orientações para os fabricantes que planeiam alterações às vacinas covid-19 existentes para combater as novas variantes do vírus”, anuncia o organismo na nota. “A fim de considerar opções para testes adicionais e desenvolvimento de vacinas eficazes contra novas mutações de vírus, a agência solicitou a todos os criadores de vacinas que investiguem se a sua vacina pode oferecer proteção contra quaisquer novas variantes, por exemplo, as identificadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil, e apresentem dados relevantes”, explica a EMA. Em breve, o regulador europeu irá publicar um “documento de reflexão que apresentará os dados e estudos necessários para apoiar as adaptações das vacinas existentes às mutações atuais ou futuras da SARS-CoV-2 na UE”. A agência europeia contextualiza ainda que, “tipicamente, os vírus sofrem mutações quando o material genético do vírus muda” e “isto acontece a ritmos diferentes para vírus e mutações diferentes não afe-

tam necessariamente o bom funcionamento de uma vacina contra o vírus”. “Algumas vacinas contra doenças virais permanecem eficazes muitos anos após o seu desenvolvimento e proporcionam uma proteção duradoura, tais como vacinas contra o sarampo ou a rubéola. Por outro lado, para doenças como a gripe, a composição da vacina precisa de ser atualizada anualmente para que seja eficaz, porque o vírus sofre mutações e torna ineficaz a imunidade anterior”, conclui. O regulador diz, ainda, estar a “clarificar a sua abordagem reguladora às variações de vacinas que possam tornar-se necessárias para garantir que as vacinas eficazes continuem a estar disponíveis”. No final de janeiro, numa audição no Parlamento Europeu, a diretora EMA disse que as vacinas da Pfizer-BioNtech e da Moderna contra a covid-19 são eficazes para a variante britânica, mas admitiu que a mutação da África do Sul é “mais complicada”.

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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) admitiu esta quarta-feira (10) “preocupações” sobre a eficácia das vacinas desenvolvidas contra a covid-19 para combater as novas variantes do vírus, estando a desenvolver orientações para os fabricantes, nomeadamente os já autorizados.

Covid-19

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Lucros da AstraZeneca cresceram 159% no ano passado

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Pandemia

A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, que desenvolveu uma das vacinas contra a covid-19, obteve um lucro líquido de 3144 milhões de dólares (2592 milhões de euros) em 2020, mais 159% do que no ano anterior.

E

m comunicado enviado à Bolsa de Valores de Londres, esta quinta-feira (11), a empresa informou que o lucro antes de impostos foi de 3916 milhões de dólares (3228 milhões de euros), um aumento de 152% face ao ano anterior. A receita total em 2020 atingiu 26617 milhões de dólares (21945 milhões de euros), um aumento de 9,1% em relação a 2019, acrescentou a empresa, que destacou a expressiva receita gerada pelo rápido desenvolvimento de novos medicamentos, bem como os avanços na produção da vacina contra a covid-19. A AstraZeneca refere ainda que os ganhos do quarto trimestre do ano pas-

sado mais do que triplicaram devido às fortes vendas nos medicamentos para o cancro. Segundo a empresa, as vendas de medicamentos no quarto trimestre do ano cresceram 11% para 7,41 mil milhões, impulsionadas por um aumento de 24% nos tratamentos para a área oncológica. A AstraZeneca anunciou na quarta-feira (10) que estabeleceu uma parceria com a alemã IDT Biologika para aumentar a capacidade de produção de vacinas contra a covid-19 destinadas à Europa a partir do segundo trimestre deste ano. Em comunicado, os dois laboratórios realçaram que estão a “examinar as possibilidades de acelerar a produção da vacina AstraZeneca”, com o anúncio a surgir depois de a farmacêutica - que desenvolveu a vacina com a Universidade de Oxford -, ter sido acusada de atrasos nas entregas para a União Europeia (UE). JN/MS

EUA recomendam uso de duas máscaras em simultâneo O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA recomendou a utilização em simultâneo de duas máscaras para evitar o contágio pelas estirpes do SARS-CoV-2 detetadas no Reino Unido, Brasil e África do Sul, mais contagiosas.

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e acordo com as diretrizes anunciadas pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA), é recomendada a utilização de uma máscara reutilizável por cima de uma cirúrgica (que é descartável). Em alternativa, é recomendável a utilização de uma máscara considerada de alta proteção, como, por exemplo, as máscaras FFP2, com um reforço para que fique bem fixada, de modo a bloquear a entrada do SARS-CoV-2 de qualquer maneira. Os dois métodos demonstraram ser eficazes ao nível da redução da probabilidade de contágio em cerca de 95% dos ensaios em laboratório, dá conta o CDC.

Os Estados Unidos - país mais afetado pela pandemia ao nível de contágios e de óbitos associados à covid-19 - mudaram radicalmente a estratégia de mitigação da propagação do vírus com o início da administração do democrata Joe Biden. O Presidente dos EUA anunciou a obrigatoriedade da utilização de equipamentos de proteção individual em transportes, uma decisão que até agora era exclusiva dos operadores. A administração do antigo Presidente, o republicano Donald Trump, estava reticente durante os primeiros meses da pandemia em recomendar a utilização de máscaras e viseiras como o método mais eficaz e menos restritivo de conter a vírus. Estas recomendações chegam na mesma altura em que o país está a registar o aumento no número de infeções originadas pelas variantes detetadas no Reino Unido, Brasil e África do Sul, que são mais contagiosas.


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Não se cantou de galo… mas ganhou-se com frango! Inês Barbosa

Opinião

Os leões chegaram a tremer das pernas frente aos galos que, num primeiro momento, se apresentaram cheios de “peito”. De lembrar que o Sporting já se tinha visto em “apuros” na primeira volta, quando recebeu o Gil Vicente em Alvalade: ganhou por 3-1, mas o empate só surgiu aos 82’.

A

inda assim, foram os leões quem meteu primeiro as garras de fora. Aos dois minutos Coates teve nos pés uma oportunidade claríssima de golo mas que foi escandalosamente desperdiçada pelo central leonino. Mas como tão bem sabemos o que interessa é como acaba, e não como começa: e o uruguaio viria a redimir-se! Na baliza contrária a pontaria também não era a melhor: Baraye falhou o golo aos 7’ e aos 27’ Fujimoto a pôs Adan à prova. Na recarga, Baraye voltou a desperdiçar e atirou por cima. Aos 30’, Denis aplicou-se e brindou aqueles que assistiam a esta partida com uma defesa de outro mundo: o guardião gi-

lista mostrou ter reflexos incríveis negando um golo quase certo, resultante de um livre batido por Antunes que desviou nas costas de um defesa da equipa de Barcelos. Sete minutos depois, Claude Gonçalves coloca a bola em Kanya Fujimoto, que estava sozinho na área, e o japonês atira de primeira, colocando o Gil Vicente em vantagem no marcador. Na segunda metade, o Gil Vicente decidiu fazer um truque de magia: desapareceu em termos ofensivos, não fazendo qualquer remate e focando-se mais em defender o resultado. O Sporting chegaria à vantagem já em período de descontos graças a uma cabeçada de Coates… e a um grande “frango” do guardião gilista. O capitão dos leões terminou o encontro com dois golos e cinco remates (três deles em direção à baliza), no bolso. “Estrelinhas” à parte, este Sporting tem dado provas mais do que suficientes que é merecedor do trono que ocupa desde a sexta jornada. Moreirense e Santa Clara venceram na deslocação ao reduto do Farense e Marítimo, respetivamente, por 2-1. Yan Matheus, aos 28’, e Rafael Martins, aos 79’, este de grande penalidade, apontaram os golos do conjunto de Moreira de Cónegos,

Feliz Família dia da

enquanto Pedro Henrique marcou pelo lanterna vermelha aos 90+3’. Já na Madeira os açorianos conseguiram dar a volta ao resultado com golos de Cryzan (74’) e Carlos Júnior (78’), depois de Tagueu ter inaugurado o marcador aos 61’. Em Vila do Conde marcou-se o melhor golo da 18ª jornada, que aconteceu aos 59’, numa altura em que o Rio Ave perdia por 1-0 (Murillo, aos 32’). Francisco Geraldes, com um grande passe, isola Carlos Mané na cara de Niasse - o luso-guineense não vacilou e fez o empate com um fantástico chapéu. Aos 64’ Rafael Camacho marcou e operou a reviravolta no marcador. O Paços de Ferreira perdeu a oportunidade de se colar ao terceiro lugar ao empatar em casa, sem golos, frente ao Portimonense. Os algarvios colocaram um ponto final numa série de seis vitórias do conjunto orientado por Pepa. Também empatado mas com um golo para cada lado terminou o Belenenses - Vitória Sport Clube: numa noite com sotaque colombiano, os Azuis colocaram-se em vantagem aos 31’, por Mateo Cassierra, mas Óscar Estupiñán, aos 38’, voltou a colocar tudo em igualdade sete minutos depois. No Bessa, um autogolo de Nuno Santos, aos 43’, deu a vitória ao Nacional, que segue em nono lugar, com 21 pontos. Os axadre-

zados estão irreconhecíveis nesta edição da Liga, ocupando o 16º lugar, em igualdade pontual com o Famalicão (14 pontos). E por falar nos famalicenses: a equipa de Jorge Silas somou a quarta derrota consecutiva, desta vez frente ao Benfica. Os encarnados resolveram a partida em apenas sete minutos: o uruguaio Darwin foi o primeiro a marcar, aos 3’, após uma excelente jogada individual de Cebolinha, que tirou vários adversários do caminho. Depois, aos 7’, foi a vez do argentino Otamendi fazer o gosto ao pé: num livre batido no lado esquerdo do ataque das águias, Taarabt rematou forte para defesa incompleta de Luiz Júnior. O defesa-central, na recarga, não falhou. Por outro lado, os dragões de Sérgio Conceição não foram além de um empate frente aos Guerreiros do Minho, depois de estarem a vencer por dois golos. Um puxão a Marega durante uma troca de passes fez com que o árbitro da partida apontasse para a marca dos 11 metros: Sérgio Oliveira foi chamado a marcar e fuzilou a baliza de Matheus. Já na segunda parte, o mexicano Corona arrancou pelo lado esquerdo e, junto ao poste direito da baliza arsenalista, picou a bola para Taremi que, de primeira, não falhou o alvo. No entanto, Fransérgio (87’) e Gaitán (90+4’) não permitiram que os azuis e brancos se afastassem na tabela classificativa. Isto já depois de Corona ter visto o segundo amarelo e ter recebido, por isso, ordem de expulsão. Dado curioso: Gaitán, que já vestiu a camisola da equipa da Luz, marcou pela terceira vez o golo que estabeleceu o 2-2 final. Duas das vezes fê-lo pelo Benfica e agora ofereceu o empate ao Braga.

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I LIGA - 17ª JORNADA

Leão afasta fantasma com requinte Imagem de marca A ideia confirmou-se pouco depois e de forma natural, com o tento de Pedro Gonçalves. Amir saiu de forma despropositada da baliza, é verdade, mas a ideia de atrair o adversário e o consequente lançamento longo, desta vez de Gonçalo Inácio, já são uma imagem de marca da cartilha de Ruben Amorim. A partir daí, os leões geriram a vantagem e aproximaram-se sempre da área insular com facilidade. Pedro Gonçalves poderia ter ampliado a vantagem de uma equipa controladora e que manteve o Marítimo à distância. A segunda etapa mostrou mais do mesmo. O Sporting ampliou a vantagem - Pedro Gonçalves repetiu a dose, após assistência de Antunes -, desperdiçou oportunidades, geriu o resultado de forma confortável e desforrou-se da eliminação da Taça de Portugal.

Créditos: DR

Positivo Pedro Gonçalves bisou e ajudou a dar tranquilidade madrugadora ao leão. Gonçalo Inácio e Antunes assistiram o melhor marcador da Liga. Pedro Porro desequilibrou no flanco direito. Negativo

Pedro Gonçalves marcou os golos de um triunfo categórico. Reforços Paulinho e João Pereira estrearam-se.

U

m leão dominador em toda a linha venceu o Marítimo (2-0). Os verdes e brancos vendem confiança, saúde futebolística e deixaram uma imagem de superioridade absoluta, além de requinte na movimentação coletiva. Competente com bola,

o onze de Ruben Amorim também deu uma lição de agressividade nas lutas individuais, perante um Marítimo passivo e sem capacidade de reação. O triunfo permitiu, ainda, acabar com o fantasma das últimas cinco visitas aos Barreiros, todas sem sucesso - duas derrotas e três empates - e ditou a quarta derrota consecutiva dos madeirenses. O reforço Paulinho teve entrada direta no onze sportinguista, que contou com

mais três novidades em relação ao último jogo: Antunes, Matheus Nunes e Gonçalo Inácio. O leão entrou autoritário e com a vontade de resolver a equação de forma rápida. Antunes podia ter inaugurado o marcador, num lance com nota artística e assistência de Paulinho. O lateral falhou, mas a movimentação espelhou toda a qualidade coletiva de um Sporting a atravessar um bom momento.

Amir saiu de forma despropositada e Leo Andrade revelou uma ingenuidade enorme no lance do primeiro golo. Hermes também revelou enorme dificuldade para travar o sempre ofensivo Pedro Porro. Árbitro Adotou um critério lato no plano disciplinar, num duelo com alguns despiques agressivos, mas sem passar o limite. E sem casos de difícil avaliação dentro das duas áreas. JN/MS

Águia continua sem rumo e título passa a miragem

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Benfica não conseguiu dar a volta à crise e afundou-se cada vez mais em equívocos. Na passada sexta-feira (5), fruto de mais uma exibição insípida e sem rumo, voltou a marcar passo e não saiu do nulo na receção ao V. Guimarães. Frente aos minhotos, os encarnados quiseram a vitória mas não tiveram discernimento técnico ou tático para lá chegar. O banco também não ajudou. As substituições foram precipitadas e não melhoraram a performance da equipa. A conclusão em campo é de que as reuniões entre a SAD e os jogadores não tiveram êxito. Por indicação de Jorge Jesus, ainda ausente do banco devido a doença, João de Deus procedeu a três mudanças no onze, com destaque para a inclusão de Cervi e de Taarabt. A primeira parte registou momentos interessantes, pois a equipa da Luz teve mobilidade e criou oportunidades, destacando-se as iniciativas de Pizzi e de Everton. Até ao intervalo, os encarnados tiveram quase uma dezena de remates, sendo que as chances mais claras pertenceram a Vertonghen e Seferovic. Na segunda parte, o Vitória, que até aí praticamente não tinha existido, ganhou força e fez jus à condição de não saber jogar

mal fora de portas (continua sem derrotas como visitante). No entanto, houve tanto mérito de João Henriques como demérito de João de Deus. As saídas de Everton, de Seferovic e, mais tarde, de Pizzi tiraram personalidade ao Benfica, que, até ao fim, se arrastou e viveu mais de rasgos individuais do que de uma ideia de jogo coletiva. Nos descontos, houve finalmente oportunidades e para as duas equipas: primeiro, Pedrinho, para as águias, e, depois, Edwards, para o Vitória, falharam o golo com a baliza à mercê. Positivo André André esteve a um excelente nível e segurou o meio campo minhoto. Nas águias, Otamendi e Pizzi deram tudo, mas não chegaram para alcançar o triunfo. Negativo Substituições no Benfica. Darwin, Pedrinho e Gonçalo Ramos pouco ou nada acrescentaram. O uruguaio continua a ser uma sombra, sem rasgo nem confiança. Árbitro Dúvidas num lance em que André André terá empurrado Pizzi na área do V. Guimarães. De resto, Nuno Almeida dirigiu a partida de forma tranquila e competente. JN/MS

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Benfiquistas fizeram nova exibição sofrível e cederam nulo frente aos vitorianos. Quarto jogo seguido sem vencer na Liga acentuou a crise e o nervosismo na Luz.


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Banco gilista resolve em duelo de aflitos O Gil Vicente saiu vitorioso da visita ao Boavista (2-1), em jogo da 17.ª jornada da Liga, interrompendo uma série de cinco jogos sem vencer no campeonato. Minhotos chegam à vitória perto do fim, numa jogada polémica. Apostas de Ricardo Soares decidem partida.

A Créditos: DR

pós quatro derrotas seguidas, o Gil Vicente venceu, fora, o Boavista, que, deste modo, não deu seguimento ao triunfo da ronda anterior, em Portimão. Se o Gil fez cinco alterações, com destaque para o setor defensivo, o Boavista só mexeu face à indisponibilidade de Chidozie e Paulinho, devido a castigo, rendidos por Cannon e Yusupha. A equipa minhota entrou melhor, mas o Boavista respondeu e foi com surpresa que os gilistas desfizeram o nulo. Cannon derrubou Samuel Lino na área e o próprio

Castor retira o ouro do fundo do poço

jogador brasileiro colocou o Gil Vicente a vencer. O Boavista sentiu dificuldades, mas, antes do intervalo, empatou, numa oferta de Paulinho. O defesa, na estreia pelos minhotos, desviou para a própria baliza, um centro de Sauer. O segundo tempo trouxe ligeiro ascendente do Boavista. Elis (52), falhou uma boa chance de golo. Com a igualdade a subsistir, o jogo entrou numa fase pouca emotiva. Mas, a cinco minutos do fim, o Gil chegou à vitória, graças a dois jogadores lançados por Ricardo Soares. Pedro Marques aproveitou uma hesitação do guarda-redes Léo Jardim e serviu Baraye, com o senegalês a não desperdiçar. O lance, contudo, suscitou dúvidas, por eventual falta de Pedro Marques. O árbitro foi ver as imagens, mas manteve a decisão. JN/MS

Nulo na receção do Rio Ave ao Nacional somaram o quarto encontro consecutivo sem vencer, embora tenham interrompido uma série de duas derrotas seguidas, num final de jogo em que desperdiçaram a oportunidade de vencer, quando Pelé equipa insular somou o terceiro falhou uma grande penalidade, aos 90+6. encontro sem perder no camJN/MS peonato, com uma vitória e dois empates, enquanto os vila-condenses

O Rio Ave e Nacional empataram sem golos na 17.ª e última jornada da primeira volta da Liga, resultado que agradou mais aos madeirenses.

Paços de Ferreira sela sexta vitória seguida, ao triunfar na receção ao Tondela, por 2-1, mas sofre para vergar a frescura beirã. João Pedro sai do banco e resolve.

I

ndiscutivelmente, o castor continua em estado de graça e aumentou o recorde de vitórias consecutivas na Liga (já são seis!), mas, desta vez, a equipa de Pepa teve de sofrer para ser feliz mesmo ao cair do pano com um golo do recém-entrado João Pedro. O Paços de Ferreira acusou alguma fadiga, sobretudo na segunda parte, e encontrou um adversário mais lúcido, que tudo fez para sair da Capital do Móvel com outro resultado. O Tondela assumiu sempre mais as despesas e o castor quis gerir o jogo sem bola, o que se tornou perigoso. O golo madrugador de Douglas Tanque, num excelente remate, após jogada de Lu-

ther Singh (um diabo à solta), deu conforto ao Paços e obrigou o Tondela a pegar nas rédeas. Com menos horas de descanso, o castor deixou-se adormecer e, na segunda parte, o empate surgiu com naturalidade e justiça, num penálti convertido por João Pedro, a punir mão na bola de Rebocho, que tinha acabado de entrar. Com o empate, o Tondela galvanizou-se ainda mais e nesse período a formação de Pepa teve de vestir o fato-macaco. Num último sopro, o castor voltou a ameaçar e encontrou o ouro no fundo do poço, na sequência da melhor jogada do encontro: Hélder Ferreira deu de calcanhar para Fernando Fonseca e este levantou a cabeça antes de entregar a bola para João Pedro fuzilar. Uma jogada rápida, simples e bonita. JN/MS

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Descida à terra com empate lisonjeiro

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Vila-condenses superam a crise com reviravolta Em cinco minutos a equipa de Miguel rou, com justiça, o ativo à passagem de Cardoso transforma uma derrota num meia hora, por Jhon Murillo, e ainda ameaçou o 2-0, já na compensação, num importante triunfo. cabeceamento de Pedro Augusto. Ao intervalo os locais mexeram na Rio Ave reencontrou-se com as vitórias, sacudindo um jejum que equipa com a entrada de Carlos Mané, durava há quatro jornadas conse- numa alteração que deu frutos logo aos 59 cutivas e, ao vencer o Tondela, por 2-1, minutos, com um tento de belo feito do graças a uma reviravolta no marcador, extremo. Galvanizados, os vila-condenoperada em cinco minutos, já na segun- ses mantiveram a pressão e, aproveitanda parte, deu ao técnico Miguel Cardoso o do um erro da defesa adversária, deram a primeiro triunfo neste regresso aos Arcos. volta aos acontecimentos, cinco minutos Os vila-condenses até tiveram uma depois, com o 2-1 apontado por Rafael Caetapa inicial para esquecer, perante um macho. Apesar de boas oportunidades, o Tondela inteligente nas movimentações Tondela continua sem vencer fora. JN/MS e com boas trocas de bola, que inaugu-

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Algarvios colocam ponto final na série inicial e a primeira parte, pelo menos até de seis vitórias seguidas dos pacenses, aos 40 minutos, quando um vendaval de vento e granizo obrigou Manuel Mota a inque fizeram o jogo 700 na Liga. terromper o confronto, só teve lances relentre os muitos méritos por detrás do vantes junto à baliza de Jordi. Do intervalo veio um duelo mais dividigrande campeonato do Paços de Ferreira também está o de tirar dividen- do, com o relvado, entretanto ensopado, a dos pontuais dos contextos menos favorá- prejudicar um jogo que já não estava a ser veis. Como no duelo desta jornada em que nada de especial. Pepa apostou em dois o Portimonense foi quase sempre superior, avançados, Paulo Sérgio também remocriou mais e melhores oportunidades. Foi delou a frente de ataque e nos últimos 20 sem fazer muito por isso, portanto, que os minutos só não houve golos por acaso. Depacenses acumularam a nona jornada con- ner, à boca da baliza, rematou por cima, tal secutiva sem perder e acabaram o jogo 700 como Henrique e Douglas Tanque, que dena Liga com um mal menor. Seis vitórias saproveitaram situações prometedoras. O nulo era mesmo para manter e quase perseguidas depois, um empate lisonjeiro. Em relação aos outros méritos da boa to do fim foi Marco Baixinho, em cima da equipa de Pepa, esta terça-feira (9) viram- linha, a negar a felicidade que o Portimo-se pouco, seja a defender seja a atacar. O nense merecia. Bem-vindo à terra, Paços! JN/MS Portimonense pegou no jogo desde o apito

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Autogolo e expulsão tramam a pantera “Show” colombiano anima Boavista sofre a segunda derrota se- rigosas junto à baliza de Riccardo, quase guida em casa. Nuno Santos marca na sempre após iniciativas de Ricardo Manprópria baliza, Javi García vê vermelho. gas, o melhor no lado axadrezado. A perder, o Boavista reentrou decidido e, na jogar sobre brasas, o Boavista melhor ocasião, Javi García rodou à ponvoltou a perder uma das “finais” ta de lança e atirou a bola com estrondo na luta pela sobrevivência, agora ao poste (56m). Com os avançados Elis frente a um Nacional bem organizado e e Yusupha sempre trapalhões, o Naciofeliz. Poucos dias antes, tinha sido o Gil nal foi segurando as pontas e ainda ficou Vicente a aplicar o veneno. A pantera, mais confortável quando Javi García foi apesar de toda a entrega e vontade, pe- expulso. O espanhol, tão experiente, deu cou na decisão e encontrou uma muralha um “chega para lá” a Kalindi e viu duplo nacionalista formada por Pedrão, Nuno amarelo praticamente no mesmo minuBorges e Rui Correia, o trio de centrais. A to. Um erro que deixou a pantera redujuntar a isto, o autogolo de Nuno Santos, zida a 10. Até final, Yusupha e Sauer não apronum desvio de cabeça, perto do intervalo, colocou ainda mais pressão numa veitaram o erro de Riccardo, que largou equipa que precisa de pontos como de a bola na área, e o Nacional, que teve em Francisco Ramos um elemento cerebral, pão para a boca. À boa entrada do Nacional, o Boavista segurou os três pontos. JN/MS respondeu bem e teve aproximações pe-

a noite no Jamor

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Compatriotas Cassierra e Estupiñan assinam os golos do duelo da 18.ª jornada. Miguel Cardoso, pelo Belenenses SAD, acertou duas vezes nos ferros. O V. Guimarães continua inspirado e somou o sexto jogo consecutivo sem perder, garantindo um empate na visita ao Belenenses SAD (1-1). O minhotos entraram a dominar, mas os azuis foram crescendo e criando as maiores situações de perigo. Primeiro, Miguel Cardoso acertou na trave, depois Varela atirou ao lado, até que o colombiano Cassierra abriu a contagem, após uma excelente assistência de Ruben Lima. Os vitorianos reagiram e voltaram a controlar o jogo. E chegaram ao empate

à... terceira oportunidade. Depois de Pepelu ter falhado um golo cantado e Quaresma ter posto os reflexos de Kritciuk à prova, o internacional português serviu Estupiñan para o colombiano fazer, de cabeça, o empate. Um golo validado depois de uma longa análise do VAR. Na segunda metade, o Belenenses SAD apostou, e bem, no jogo mais direto. Os azuis controlaram e criaram uma mão-cheia de oportunidades, mas falharam no capítulo da eficácia. Miguel Cardoso, um dos melhores em campo, teve a melhor ocasião, mas acertou... no poste. Foi demasiada pontaria. JN/MS


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Estrelinha de Coates aparece em pleno dilúvio Numa noite de temporal, o plano de fuga dos leões parecia que ia correr mal, mas, na reta final, o central uruguaio faz dois golos e assina a remontada.

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cabou em beleza uma noite muito complicada para o Sporting, equipa que chegou ao intervalo a perder em Barcelos, por 1-0 e só concretizou a reviravolta nos momentos finais, à semelhança, aliás, do que tem acontecido em vários jogos esta época. Um bis de Sebastian Coates, primeiro a permitir o empate a sete minutos do fim, e depois a completar a reviravolta, no início dos cinco minutos de descontos, valeu uma vitória muito festejada nas hostes leoninas, com a equipa a passar a usufruir de oito pontos de avanço, na liderança da Liga. No entanto, as contas sportinguistas iam saindo furadas, frente a um Gil Vicente que, em noite de temporal, se bateu bem e foi tendo mérito na forma como neutralizou as pedras nucleares dos leões, à exceção de Coates. Antes de dois jogos consecutivos em casa, o Sporting deu passo de gigante rumo ao título, mas teve de passar um mau boca-

do, para chegar à vitória. Nem se pode dizer que não estivesse avisado, dado que, na primeira volta, já tinha sofrido para bater os barcelenses, num 3-1 com direito também a remontada nos minutos finais. Apesar de os leões, logo a abrir, terem falhado uma boa ocasião de golo, curiosamente por Coates, cedo se percebeu que a equipa minhota tinha condições de discutir o resultado e espreitar algo de positivo. Quando, após a meia hora, Claude Gonçalves serviu bem Fujimoto para o golo que desfez o nulo, a vantagem gilista não era descabida. Mas o Sporting reagiu, com Ruben Amorim, no recomeço, a reforçar o ataque, obrigando o adversário a bater-se bem, na defesa da vantagem mínima. O técnico sportinguista lançou Tiago Tomás ao lado de Paulinho, refrescou a defesa e o meio-campo, mas o Gil Vicente foi arranjando argumentos para segurar o golo de avanço. Na reta final, Coates esteve inspirado, evitando, primeiro, a derrota, concluindo uma jogada de insistência, após um canto, e depois desviando da melhor forma um livre apontado por Porro. A festa era leonina. JN/MS

O clube encarnado anunciou, esta ter- cas Veríssimo em declarações à BTV. O central brasileiro deixou ainda elogios ça-feira (9), a chegada do central brasileiro, que assinou contrato até 2025. a Jorge Jesus, considerando o técnico “exLucas vai vestir a camisola quatro, que cecional”. “Já conhecia o mister, não pude trabapertenceu a Luisão. lhar com ele mas vou poder trabalhar agoAssim que coloquei a camisola, dis- ra. O Sampaoli já trabalhou em inúmeras se logo que é muito linda e pesada. equipas e é muito similar. Acho que a adapAinda para mais com o número do tação pode ser um pouco melhor. Conheço Luisão. Não vejo a hora de poder entrar o trabalho do Jorge Jesus. Nós jogávamos em campo para poder ajudar os meus muito um contra o outro. Acompanhei-o companheiros”, começou por dizer Lu- durante estes meses de negociação. É al-

guém excecional. Pude ver isso nos dois dias em que estive aqui. Quer sempre mais, quer sempre vencer. Por isso é que digo que vim para o clube certo. Não tenho dúvidas de que este clube vai vencer”, acrescentou. Lucas Veríssimo, de 25 anos, assinou contrato com o Benfica até 2025. É a primeira experiência do central fora do Brasil, onde representou o Santos. Na primeira metade da época, disputou 35 jogos e marcou dois golos. JN/MS

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Benfica oficializa a chegada de Lucas Veríssimo

Descolar com classe antes da turbulência do costume

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issão cumprida no regresso ambicionado e justo aos triunfos. Os encarnados bateram o Famalicão (20) e estancaram a hemorragia de resultados negativos, expressos nas últimas quatro jornadas. O triunfo permitiu às águias colarem-se no pódio, em igualdade com o Braga, e diminuírem a diferença para o F. C. Porto, agora a três pontos. No duelo com os famalicenses, o Benfica entrou forte e conseguiu dois golos de rajada, perante um oponente algo anestesiado. Parecia encaminhado para um triunfo expressivo, mas voltou a retrair-se e a viver em sobressalto, lutando com alguns fantasmas recentes. Com Darwin no onze, em vez de Pizzi, e com Jorge Jesus no banco e de máscara, apenas nos primeiros minutos os encarnados jogaram de forma demoli-

dora e com lances da cartilha do treinador. Everton deu um cheirinho de “cebolinha”, a serpentear a muralha famalicense e a oferecer o golo a Darwin. E ainda o Famalicão “não tinha entrado na Luz” e já as águias aplicavam novo golpe, na estreia de Otamendi a marcar. Dois golos em sete minutos tranquilizaram o Benfica e levaram Silas a mexer no puzzle na tentativa de agitar o Famalicão. A mudança fez crescer a equipa minhota e o recuo das águias. Gil Dias enviou uma bola ao poste ainda antes do regresso ao balneário. A questão estava em apurar se o Benfica conseguia controlar o adversário ou, se à semelhança de ocasiões anteriores, se expunha e revelava a habitual tremedeira que o faria sofrer. O segundo período revelou um “déjà-vu” recente, com as águias a sentirem o oponente abeirar-se da sua área. As mudanças de Silas não tiveram muito mérito a retração benfiquista parece sustentada na ríodo mais incisivo do Famalicão, Otamene Gil Dias podia ter reaberto a discussão. No desconfiança de processos e num momento di e Vlachodimos estiveram em destaque e entanto, mais do que a força do adversário, psicológico negativo. Ainda assim, no pe- impediram a ameaça nortenha. JN/MS Créditos: DR

Águias voltaram aos triunfos após quatro jornadas. Marcaram dois golos em apenas sete minutos, mas tornaram a retrair-se e a entrar em gestão.

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Dragões não aguentaram assalto final dos Guerreiros Braga recupera dois golos de desvantagem nos minutos finais e impõe um empate doloroso ao F. C. Porto. Mais polémica, com Jesús Corona expulso.

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uma época em que tudo corre bem ao líder Sporting, o duelo entre os mais diretos perseguidores tinha de dar empate. O resultado é cruel para o F. C. Porto, que chegou aos 87 minutos a ganhar por 2-0, mas não foi capaz de segurar a vantagem, numa altura em que jogava com 10 e quando as pernas estavam tudo menos frescas. Depois de reduzir, o Braga acreditou, foi com tudo para cima da área de Marchesín e acabou mesmo por forçar a igualdade, por Gaitán, uma das armas lançadas por Carlos Carvalhal para o assalto final dos Guerreiros do Minho. É indiscutível dizer que, enquanto o jogo se disputou 11 contra 11, o F. C. Porto foi superior. Bem superior. O problema fatal para os portistas foi que Jesús Corona viu dois amarelos, um logo aos cinco minutos e outro aos 60, e a equipa de Sérgio Conceição não conseguiu manter o ritmo. Antes do cartão vermelho, à exceção de um cabeceamento de Abel Ruiz que saiu perto do poste, só os dragões criaram perigo. O primeiro golo surgiu num penálti de Sérgio Oliveira, que Artur Soares Dias assinalou depois de ver as imagens do VAR, e quando Taremi fez o 2-0, após lance sensacional de Corona, parecia que o F. C. Porto estava embalado para dar a melhor resposta possível ao empate no Jamor. Pelo meio, houve várias jogadas de quase golo na área bracarense, mas a ineficácia portista dos últimos jogos manteve-se. A expulsão do mexicano trouxe um filme muito diferente à última meia hora.

Carvalhal foi lançando homens de ataque para o relvado e Conceição respondeu com substituições mais de contenção, o que tem de se considerar normal para quem estava a jogar com menos um. O Braga foi ameaçando o 1-2 e quando o golo surgiu, num tiro de Fransérgio que Marchesín deixou fugir, sentiu-se que a crença minhota podia dar frutos nos instantes finais. Foi o que aconteceu aos 90+5, num lance em que a defesa portista, já reforçada com Diogo Leite, foi incapaz de afastar a bola, até que esta chegasse aos pés de Gaitán. A seguir, num final de tirar o fôlego, o golpe de teatro esteve para suceder na outra baliza, mas Marega, com a baliza à mercê, rematou para defesa de Matheus. Positivo Enquanto tiveram forças, Uribe e Sérgio Oliveira deram cartas a meio-campo. Corona brilhou na jogada do 0-2 e Taremi concluiu. A ponta final do Braga é diabólica. Piazon e Gaitán fizeram a diferença. Negativo Tormena esteve ligado aos dois golos dos portistas e Raúl Silva sentiu muitos problemas a jogar a defesa esquerdo. A defesa portista estava a fazer tudo bem, mas borrou a pintura nos minutos finais. Árbitro Os dois lances em que Corona viu amarelos são divididos e discutíveis. No primeiro, o mexicano foi pisado por Raúl Silva. No penálti, Tormena pôs os braços à volta de Marega. JN/MS

Minhotos somam terceira seguida Santa Clara bate Marítimo e fora de casa

mantém bom momento

golo de Joel Tagueu, de grande penalidade, mas o Santa Clara deu a volta ao resultado pouco depois: Cryzan empatou aos 74 e Carlos Júnior consumou a reviravolta aos 78. Com esta vitória, o Santa Clara, que Santa Clara deu a volta ao resulta- não perde há quatro jogos, está no sétimo do e venceu, por 2-1, na visita ao lugar, com 25 pontos, enquanto o Maríticampo do Marítimo, em jogo da mo somou a quarta derrota consecutiva no campeonato e é 12.º, com 17. 18.ª jornada da Liga. No Funchal, o Marítimo adiantou-se JN/MS no marcador aos 61 minutos, com um

Os açorianos estiveram a perder, mas deram a volta ao resultado nos últimos 20 minutos. Equipa de Daniel Ramos mantém o sétimo lugar e deixa o rival insular para trás.

Créditos: DR

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atirou um míssil de fora da área que Pasinato desviou para canto. Respondeu o Moreirense para abrir o marcador, aos 28 minutos, após erro de Cláudio Falcão (perdeu a bola a meio-campo para Walterson) Moreirense respondeu da melhor e a transição rápida de Lucas Silva foi conforma à goleada caseira com o Spor- cluída por Yan Matheus - os dois extremos ting de Braga (0-4) e somou a se- e melhores elementos dos minhotos. No segundo tempo, o Farense assumiu o gunda vitória seguida - terceira consecutiva fora -, ao bater um Farense castigado ascendente mas não criou grandes ocasiões pelos erros defensivos que deram os dois e os “cónegos” chegaram ao segundo golo, golos ao adversário. A equipa algarvia, úl- por Rafael Martins, de penálti, a castigar tima classificada, sofreu golos em todos os mão de Tomás Tavares. Pedro Henrique ainda reduziu nos descontos, mas já não jogos do campeonato. Os algarvios, mais ativos e pressionan- havia tempo para mais. JN/MS tes, entraram bem e, na melhor ocasião, a fechar o quarto de hora inicial, Ryan Gauld

Cónegos eficazes aproveitam os erros defensivos de um adversário que merecia pontuar. Farense continua no último lugar.

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TAÇA DE PORTUGAL

Benfica dá a volta ao Estoril Houve de tudo na Pedreira e ganha vantagem na Taça e ainda nada ficou decidido Pouco depois, no espaço de dois minuO Benfica está em vantagem na Taça de Portugal depois de ter ganho no recinto tos, Rafa teve o golo nos pés por duas vezes, do Estoril, por 3-1, em jogo da primeira primeiro numa jogada individual que culminou com um remate cruzado ao lado e, mão das meias-finais. depois, com um remate à barra. No entanto, na primeira subida com pes águias assumiram desde cedo o controlo da partida e o uruguaio rigo à área do Benfica, André Vidigal abriu Darwin Nuñez deu o primeiro sinal, o marcador para os canarinhos, estavam após passe de Pedrinho a desmarcá-lo em decorridos 23 minutos. Num ataque orposição frontal, foi desarmado pelo guar- ganizado, Rosier lançou Joãozinho pela esquerda, o defesa cruzou para o segundo da-redes Thiago. poste, Murilo dominou e serviu para André Vidigal. Depois de minutos antes ter obrigado o guarda-redes do Estoril a aplicar-se para desviar um remate, Darwin Nuñez conseguiu mesmo empatar o jogo. Ao intervalo as duas equipas tinham a eliminatória empatada a um. Aos 61 minutos, Seferovic viu o árbitro António Nobre anular um golo, por fora de jogo. No entanto, aos 70 minutos, o suíço fez mesmo o gosto ao pé e colocou o Benfica a vencer pela primeira vez na partida. Everton serviu Darwin que, na área, deu para Rafa rematar. A bola é cortada por Hugo Gomes e sobra para Seferovic marcar e dar a volta. O golo deu mais confiança às águias, que pouco depois consolidaram a vitória com o segundo tento de Darwin na noite e terceiro da equipa. Taarabt desmarcou-se e assistiu o uruguaio para o tiro certeiro aos 77 minutos. Até ao final, as águias controlaram a partida, embora o Estoril tenha estado perto de reduzir. A segunda mão, no Estádio da Luz, está marcada para 3 de março. JN/MS Créditos: DR

A

F. C. Porto marca com chapéu de Taremi e Fransérgio empata aos 90+11! Lesão grave de David Carmo dita vermelho absurdo a Díaz. Uribe também expulso.

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ste é daqueles jogos difíceis de contar em poucas palavras. Na Pedreira, na primeira mão da meia-final da Taça, viu-se de tudo, até jogadores a empurrar a ambulância para fora do relvado, depois da lesão grave de David Carmo. Tal como no último jogo da Liga, as equipas empataram e, mais uma vez, o F. C. Porto acabou em inferioridade numérica, por expulsão absolutamente ridícula de Díaz e por vermelho a Uribe, que perdeu a cabeça e agrediu Ricardo Esgaio. O jogo subiu de temperatura na segunda e terceira partes (12 minutos de compensação é quase outro período de jogo) e, no final, vários protagonistas travaram-se de razões. Nas quatro linhas, a primeira parte foi de controlo do F. C. Porto, que se adiantou no marcador com um golo calibre extra de Taremi. O iraniano aproveitou a oferta de Matheus e fez um chapéu perfeito. Neste período, o dragão foi assertivo e susteve bem as investidas de Galeno e companhia. Até ao intervalo, a melhor ocasião volta a pertencer ao F. C. Porto com Taremi a ter bola de golo, mas Matheus redimiu-se. O Braga, que nunca perdeu a identidade, só no recomeço é que criou verdadeiro perigo com Sporar a atirar ao lado (49m). O jogo entrou depois numa toada morna até acontecer um acidente e alguém deitar mais gasolina: David Carmo sofreu uma lesão gravíssima, ao tentar

intercetar um ataque de Díaz, num lance casual. O jogador foi assistido, a ambulância teve de entrar no relvado e, enquanto isso, o VAR alertou Luís Godinho para uma possível falta do colombiano. Revisto o lance, deu-se a expulsão de Díaz, que ficou incrédulo, assim como todo o banco portista. Num ambiente escaldante, o Braga foi mais cerebral e beneficiou de outra expulsão, agora de Uribe, que perdeu a razão ao agredir Esgaio à cabeçada. No último sopro, o empate teve a assinatura de Fransérgio, numa recarga após Sporar ter acertado no poste. Positivo Taremi fez um golo de craque e batalhou imenso, assim como Sérgio Oliveira. Pepe imperial e bom jogo de Fábio Vieira. Al Musrati, um poço de força no miolo bracarense. Gaitán entrou bem. Negativo Marega esteve pouco em jogo e parece estar desgastado. Sequeira, de regresso após lesão, esteve desastrado nos cruzamentos. Ricardo Horta também não foi tão influente como é costume. Árbitro Godinho coleciona mais um momento caricato, pelos piores motivos, ao expulsar Díaz, que nada fez para magoar David Carmo. O VAR, Hugo Miguel, não sai ileso do caso e foi o combustível para a fogueira.

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TÉNIS

Pedro Sousa travado pelo antigo campeão do Open da Austrália Stan Wawrinka

Egípcia Mayar Sherif faz história no Grand Slam A tenista Mayar Sherif fez história esta terça-feira (9) no Open da Austrália, ao tornar-se na primeira jogadora do Egipto a vencer um encontro do quadro principal de um torneio do Grand Slam, em Melbourne Park.

N

aquela que foi a segunda presença no quadro principal do torneio, desde 2019, o número dois português e 108.º do “ranking” ATP não foi capaz de superar o difícil teste diante Stan Wawrinka (18.º ATP), que assegurou o triunfo em três “sets”, pelos parciais de 6-3, 6-2 e 6-4, em uma hora e 36 minutos. Pedro Sousa, de 32 anos, até começou bem, a arriscar e a procurar o ponto, mas ao quarto jogo sofreu o “break” (1-3) e, não conseguindo recuperar mais da desvantagem, acabou por entregar o primeiro “set”, em 32 minutos, ao antigo número três mundial, que desistiu dos quartos de final

do ATP 250 Murray River Open, na última semana, para se poupar para o ‘major’ dos Antípodas. Na segunda partida, o detentor de três títulos do Grand Slam, de 35 anos, quebrou o serviço ao adversário português logo de entrada e, procurando abrir os ângulos e colocando muita potência nas suas pancadas, conquistou novo ‘break’ no sétimo jogo (5-2) para servir e, ao segundo dos três ‘set points’ que dispôs, fechar por 6-2. Já depois de baixar um pouco o ritmo, Sousa permitiu nova quebra de serviço no terceiro jogo do terceiro “set” (1-2), permitindo novamente ao helvético e 17.º cabeça de série, após cumprir o seu jogo de serviço (3-1), colocar-se em posição de sentenciar o triunfo em três partidas, o que viria a acontecer por 6-4. Apesar de eliminado, Pedro Sousa somou 10 pontos e deverá ascender à 106.ª posição da hierarquia mundial. JN/MS

jovem natural do Cairo, de 24 anos, conquistou o triunfo diante da francesa e também “qualifier” Chloe Paquet, em dois equilibrados “sets”, com os parciais de 7-5 e 7-5, em uma hora e 41 minutos, num encontro disputado no “court” número seis. Graças à estreia bem sucedida, Mayar Sherif, que figura no 131.º lugar do “ranking” WTA, tornou-se na primeira mulher do seu país a conquistar uma vitória num torneio do Grand Slam, neste caso no ‘major’ australiano, depois de igualmente pioneira, em 2020, na qualificação para o quadro principal de Roland Garros.

“Obviamente que isto significa muito, porque foi uma barreira que finalmente consegui ultrapassar, uma barreira mental. Estou muito contente com a minha conquista e vou lutar por mais”, confessou a jovem residente em Elche, Espanha. Apesar de ter encerrado a temporada passada a jogar torneios ITF, com um título em novembro na prova de 100 mil dólares em Charleston, na Carolina do Sul (Estados Unidos), após o feito histórico na terra batida do ‘major’ francês, as conquistas de Mayar Sherif têm vindo a ser reconhecidas no seu país natal. “É uma sensação tão maravilhosa, especialmente quando as crianças me reconhecem. Quero que acreditem nelas próprias e, ao olharem para mim, queiram ser como eu”, acrescentou a tenista. JN/MS

Créditos: DR

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A O português Pedro Sousa despediu-se do Open da Austrália, ao ser derrotado pelo suíço e antigo campeão Stan Wawrinka, na jornada inaugural do primeiro “major” da temporada de ténis, que decorre até 21 de fevereiro, em Melbourne Park.

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FÓRMULA 1

Fórmula 1 regressará em maio Hamilton renovou contrato com a Mercedes a Portugal O piloto britânico Lewis Hamilton renovou contrato com a equipa Mercedes por mais uma temporada, anunciou a escuderia alemã do Mundial de Fórmula 1.

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A organização da Fórmula 1 deu luz verA vinda do Grande Prémio para Portude ao Grande Prémio de Portugal, a reagal não deixa contudo de levantar algumas lizar-se em maio, avança o site especiaquestões, nomeadamente por causa das lizado Motorsport. restrições de viagens e obrigatoriedade de quarentenas. Para já, não são permitidos ortugal volta a receber em 2021 uma voos para o Reino Unido nem de lá para cá. prova de Fórmula 1. A notícia foi Contudo, se em maio continuar em vigor a avançada pelo site especializado Moobrigatoriedade de quarentena à chegada torsport, que indica que Portugal vai ficar a solo britânico de pessoas com origem em com o “slot” que estava por preencher, a 2 Portugal, as equipas britânicas, diz o site, de maio. só voltam a casa após o Grande Prémio de A evolução da pandemia em Portugal Espanha, marcado para dia 9 de maio. terá levantado nas últimas semanas dúviA confirmar-se, a prova de Fórmula 1 das sobre se a corrida poderia ocorrer no terá lugar alguns dias depois de o AutódroPaís. Mas conversações entre a F1 e os ormo Internacional do Algarve, em Portiganizadores nos últimos dias, que levaram mão, acolher pelo segundo ano uma prova a uma compreensão mais profunda da sido Mundial de MotoGP, no dia 18 de abril. tuação em Portugal, acabaram por permiJN/MS tir que o evento tenha lugar no autódromo nacional.

heptacampeão mundial poderá assim, ao volante de um Mercedes, tentar um oitavo título mundial de Fórmula 1, feito inédito na história da modalidade, depois de ter igualado, em 2020, os sete conquistados pelo alemão Michael Schumacher ao longo da sua carreira (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004). “Estou muito entusiasmado por fazer a minha nona temporada com os meus companheiros da Mercedes”, revelou o piloto britânico, de 36 anos, dizendo ainda acreditar que a equipa vai “levar o sucesso ainda mais longe, ao mesmo tempo que procura sempre melhorar, tanto dentro como fora da pista”. Uma das “componentes mais significativas” da renovação, que foi revelada

pela própria Mercedes, é o compromisso para uma maior diversidade e inclusão no desporto, juntando esforços para uma fundação conjunta. “Estou igualmente determinado em continuar a jornada que começámos para tornar o desporto motorizado mais diversificado para as gerações futuras e estou muito agradecido à Mercedes por me apoiar nesse desiderato”, disse Hamilton. O piloto britânico fez a sua estreia na Fórmula 1 em 2007, pela McLaren, onde permaneceu até 2012 e pela qual conquistou o primeiro título da sua carreira, em 2008. Em 2013, substituiu Michael Schumacher na Mercedes, tendo conquistado mais seis títulos desde então, em 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020. Pelo meio, atingiu vários recordes absolutos da modalidade, como o número de vitórias (95), pódios (165) ou ‘pole positions’ (98). JN/MS

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Leon Spinks: morreu o pugilista que roubou o título a Muhammad Ali

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pinks, que sofreu de cancro da próstata e outros tumores, conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Montreal 1976, na categoria de peso-leve, e tinha disputado apenas oito combates quando enfrentou Ali, em 15 de fevereiro de 1978, em Las Vegas. Sem nunca ter passado dos 10 assaltos, Spinks enfrentou o campeão, então com 36 anos e no ocaso da sua carreira, batendo-o em 15 assaltos, tornando-se no único pugilista a ‘roubar’ um título a Ali. Então, Spinks converteu-se em campeão do mundo de pesos pesados, proferindo a emblemática frase: “Não sou o maior. Sou o último”. Seguiram-se várias polémicas, com a retirada deste título, pelo Conselho Mundial do Boxe, por se recusar a defendê-

-lo frente a Norton, preferindo um novo combate com Ali, que recuperou o cinturão da Associação Mundial de Boxe, após decisão unânime, sete meses depois do primeiro embate, e naquela que seria a última da sua vitória. Spinks voltaria a disputar o título de pesos pesados, em junho de 1981, mas foi derrotado por ‘KO’ frente a Larry Holmes, descendo de categoria, tendo também perdido diante de Dwight Muhammad Qawi, por ‘KO’ técnico, em 1986. Pôs um ponto final na carreira em 1995, aos 42 anos, após uma derrota frente a Fred Houpe, retirando-se com um registo de 26 vitórias, 14 das quais por ‘KO’, 17 derrotas e três empates. Irmão de Michael Spinks e pai de Cory Spinks, ambos campeões do mundo de pugilismo, ainda enveredou pela luta livre e pelas artes marciais mistas, antes de enfrentar vários problemas de saúde e financeiros. . JN/MS

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O antigo pugilista norte-americano Leon Spinks, que em 1978 derrotou Muhammad Ali na luta pelo título mundial de pesos pesados, morreu na passada sexta-feira (5), aos 67 anos.

BASQUETEBOL

O F. C. Porto conquistou pela quarta vez a Taça Hugo dos Santos de basquetebol, ao vencer o Sporting, por 7268, sucedendo à Oliveirense, na final disputada em Sines.

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pós uma entrada de rompante dos leões, que venceram o primeiro período por contundentes 23-9, os dragões venceram os três períodos seguintes por 20-16, 20-13 e 23-16, com a contribuição de 18 pontos e 10 ressaltos do “MVP” Eric Anderson Jr, mas só no último conseguiram fechar na frente do marcador. Foi a quarta vez em 12 edições da prova que os dragões levaram o troféu para a cidade invicta, frente a um Sporting que disputava a sua primeira final desde o regresso da modalidade a Alvalade e perdeu também o registo 100% vitorioso a nível interno nesta época.

O primeiro período foi de domínio absoluto do Sporting, com Travante Williams a conseguir 75% de acerto nos lançamentos triplos e a galvanizar os leões com nove pontos para uma vantagem de 23-9, frente a um dragão que falhou as suas cinco tentativas e teve uma taxa de aproveitamento demasiado reduzida. A eficácia dos leões, no entanto, caiu bastante no segundo período, o que, aliado a uma melhoria acentuada dos ‘dragões’, permitiu à equipa de Moncho Lopez um parcial favorável de 20-16 no segundo quarto do jogo e reduzir para 10 pontos a distância ao intervalo (39-29). A recuperação dos azuis e brancos prosseguiu de forma ainda mais acentuada no terceiro tempo, arrancando com um parcial de 12-4 logo primeiros cinco minutos para reentrar na discussão da liderança do marcador (43-41), que daí até ao final foi alternando até

Shakir Smith, com um triplo em cima da buzina, deixar os ‘leões’ ainda ligeiramente em vantagem (52-49). No último período, o Sporting parecia querer retomar o controlo do marcador com um parcial de 8-2 nos primeiros quatro minutos, que restabeleceu uma almofada de nove pontos, mas a reação do F. C. Porto com um parcial de 14-3 nos momentos seguintes recolocou os azuis e brancos no comando (65-63) a menos de dois minutos do final. A partir desse momento, o Sporting não mais conseguiu voltar à liderança do marcador, e quando igualou 65-65, Pedro Pinto respondeu com um triplo que se revelou um duro golpe anímico para a equipa de Alvalade e permitiu aos ‘dragões’ gerir a vantagem nos segundos finais. JN/MS

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F. C. Porto vence pela quarta vez Taça Hugo dos Santos

FUTSAL

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Sporting soma terceiro triunfo na Liga Europeia

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O Sporting recebeu e venceu (27-21) os om esta vitória, a terceira na fase de eslovacos do Tatran Presov no encontro grupos, o Sporting soma seis pontos em atraso da segunda jornada da Liga e mantém o quarto lugar no grupo Europeia, somando a terceira vitória na B, com os mesmos pontos dos franceses edição deste ano. do Nimes, mas a apenas dois da liderança,

ocupada pelos suecos do IFK Kristianstad, que têm mais um jogo disputado. Já o Tatran Presov, soma por derrotas as cinco partidas realizadas e sem somar qualquer ponto na prova europeia de andebol. Com grandes defesas em momentos cruciais da partida, o guarda-redes leonino Matevz Skok foi fundamental no acerto defensivo dos ‘leões’, com Pedro Valdez e Tiago Rocha, com sete golos e oito golos, respetivamente, a darem resposta ao companheiro de equipa no momento da finalização. A jogar em casa, o Sporting entrou mais forte no encontro e depressa se colocou na frente do marcador, conseguindo nos primeiros 15 minutos estabilizar numa vantagem de dois golos. Nesta fase, destacaram-se Djukic e Schonghart, especialmente eficazes na altura de visar a baliza eslovaca, mas a expulsão de Doroshchuk, aos 14, obrigou Rui Silva a mexer na estratégia leonina e impediu que o Sporting se distanciasse mais no marcador. Ainda assim, os leões reagiram bem a essa adversidade e, depois de uma dupla defesa de Skok, conseguiram, pela pri-

meira vez no encontro, atingir os quatro golos de diferença. No segundo tempo entrou melhor o Tatran Presov, que em dois lances colocou a diferença para os leões em apenas um golo. Era o sinal de que os eslovacos iam discutir o resultado até final. O Sporting reagiu, com Pedro Valdez a dar seguimento aos bons índices de concretização da primeira parte. Ainda assim, os ‘leões’ não conseguiram desde logo fugir no resultado, muito por culpa do guarda-redes Igor Chupryna, que ao longo de toda a segunda parte se opôs com defesas vistosas aos remates leoninos. Depois de um período de maior acerto defensivo, o Sporting atingiu novamente os quatro golos de diferença à passagem dos 45 minutos de jogo e cimentou, em definitivo, a liderança no marcador, com destaque para duas finalizações espetaculares de Francisco Tavares. Nos 10 minutos finais, com Skok também em destaque entre os postes leoninos, o Sporting aumentou a vantagem na liderança do encontro e fechou o resultado em 27-21.. JN/MS


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Adam Care Opinião

There is a lesson to be learned from Superbowl LV, and although it’s a lesson that has been taught, it needs to be repeated over and over. When you embarrass an opponent in a game, be humble about it. This was a lesson that was smashed into the Kansas City Chiefs last weekend. In week 12 of the NFL season, which took place on November 29, 2020, the Chiefs played the Buccaneers in their house. It wasn’t a pretty game, for Tampa with Kansas City jumping out to a 17–0 lead. Something happened on the score where Tyreek Hill made it 17–0, which changed the outcome for the entire NFL season. Hill decided to showboat and do a backflip into the end zone from the one yard line when there was no defender within 10 yards of him. That was it, ladies and gentlemen, Kansas City lost the Superbowl on that same play. I’m not going so far as to say they awoke the sleeping giant. But they certainly added fuel to an already burning fire.

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om Brady, you see, has been out for revenge on the Patriots for quite some time. He felt betrayed by his old coach and general manager Bill Belichek. Look no further than the Tom Brady / Jimmy Garoppolo showdown. Belichek wanted to start grooming Garoppolo to replace Brady. Brady wasn’t having any of it, and management was forced to trade Garoppolo, who did make last year’s Superbowl with the 49ers but fell to the Kansas City Chiefs. The rift in New England had been brewing since then, maybe even since before that. Brady said I’m not done; I need some need help. Help he was never going to get. He left feeling betrayed and went to a team that hadn’t made the playoffs in over a decade, a team so bad they

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have a nickname called the “succaneers.” So when Tyreek Hill did that boneheaded backflip, he unknowingly set forth a series of events that led to Tampa winning it all. From that moment of being down to 17–0, Tampa Bay outscored Kansas City 24 to 10 the rest of the game, losing 27 to 24, and they then went on a run of just dominating their last four regular-season opponents. That momentum carried over into the playoffs, where they beat up on some of the best defenses and offenses on their way to a rematch with the Chiefs in the Superbowl. It’s clear to me that Tampa Bay was playing possum, and they ambushed Kansas City from every direction. The result was annihilation. Welcome to the real NFL, Patrick Mahomes. At first, I thought it was funny what happened to Mahomes in this game but I felt sorry for him by the end. He was running for his life in this game; it was recorded that he ran for 497 yards. Imagine that 497 yards. The

problem is almost all of those yards were backward or to the side; only a handful was him moving forward. He was running to save his life. For the first time in his career, he was held without a touchdown, and the Chiefs were as well. That’s going to happen; it’s a lesson for him. You can’t always win. He is no doubt the future face of the NFL. In a decade or so, he might be in a similar situation like the one I mentioned last week, where life comes full circle, where he is the underdog on a wild card team and pulls out an unlikely Superbowl win against another NFL juggernaut. The regular season means very little, and Hill now knows this, so be humble in the future. I bet he doesn’t do backflips when he scores next year. This Superbowl was an ambush, and it was a total team effort. In Brady’s previous nine Superbowls, only one was decided by 10 points or more. The defensive sleeper from two years ago against the Los Angeles Rams. Every other

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one was one score or less. This one was a 22 point victory; very few people on the planet can claim they said Buccaneers win by double digits. Even I said Tampa wins but only by four, that would have fit the narrative of one score or very close Superbowls. But 22 points? The odds of a 20+ point victory would have easily been double-digit. Some final interesting facts: The three players who all scored touchdowns were Rob Gronkowski, Antonio Brown, and Leonard Fournette, veterans who all joined Tampa this year to play with #12. What a game called by Todd Bowles and Bryan Leftwich, these two coordinators should undoubtedly get head coaching jobs at some points in the future. Kudos to Bruce Arians; he becomes the oldest NFL coach to win a Superbowl at 68 years old. His mother was in the stands watching and cheering him on; she is 95 and looked pretty good. The Buccaneers also had two female coaching assistants, Lori Locust and Maral Javadifar, so they became the first two female coaches to win Superbowl Rings. The Buccaneers were the only NFL team with two or more female coaches on their staff. This was also the first Superbowl, which had a female referee, Sarah Thomas. Good to see inclusiveness starting to take shape in the NFL. Hopefully, the trend continues. This brings the end to an NFL season, indeed like no other. Hopefully, by September, North America begins a return to the normalcy we have been without this past year, the things like going to games with friends and family or sitting in a bar cheering or bickering that we all took for granted. Superbowl LV Champions: Tampa Bay Buccaneers Superbowl MVP: Tom Brady 21/29 COMP, 3 TD’s, 201 YDS Season Picks Overall: 117 – 112 – 8 ATS season total 8 – 5 ATS playoff total

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CPHO honours contributions of women in STEM fields during COVID-19 pandemic

In engineering, women are designing and making personal protective equipment for frontline workers, sustaining essential municipal services, supporting the telecommunications network that keeps us connected virtually, and adapting university programs to remain on track,” reads a statement. “Women are also contributing in the technology field – from digital health experts developing technology to track viral spread to tech start-up founders who are rapidly coming up with innovative technologies that can assist us all during COVID-19 and beyond.” While the pandemic has highlighted the contributions of women, it has also amplified inequities and raised awareness around the gender disparities and barriers that persist for women and girls across the STEM fields. “In many other STEM disciplines,

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International Women and Girls in Science Day was yesterday and in recognition Canada’s Chief Public Health Officer Dr. Theresa Tam acknowledged the significant presence and efforts of women in STEM (science, technology, engineering and math) fields across Canada, who are contributing to Canada’s COVID-19 response.

women remain underrepresented, and minority women, even more so,” Tam writes. “Today, women are still less likely to choose a career in STEM than other fields, and those who do are more likely to pursue a degree in biology or other sciences — as opposed to mathematics, engineering or computer science.” Women’s underrepresentation in STEM is a result of a range of barriers that have persisted over the years in these fields, which have been historically male dominated. “These barriers are collectively described by some researchers as a ‘glass obstacle course’ — all the formal and informal barriers encountered at every turn in women’s careers, from elementary school to

post-secondary education, to field and lab work, and tenure and grant applications,” the statement indicates. Despite the contributions women have made, there are fewer women role models for young girls starting in STEM as a result of the challenges. Tam said she has heard from many women in different fields about the struggles they face to manage their career and care for their families. “Women responding to the pandemic – be they front-line health workers, essential service workers, or those working from home – are often working long hours while juggling family and other demands,” she said. It is important to start considering ways

to mitigate the impacts that COVID-19 has had on women in STEM and to ensure diverse participation in these fields in the future, she added. A critical first step is engaging in open conversations within communities and institutions to acknowledge that gender inequities in STEM have intensified due to COVID-19. In addition, institutions should consider ways to address the structural barriers that discourage women from pursuing careers in STEM. These include strategies to improve recruitment, development and retention processes of women — particularly diverse women — as well as policies that promote gender equality and foster inclusive workplaces. Celebrating the achievements of women and girls is also important. “I would ask all of you to take a moment to reach out to a girl or a woman that you know who is in a STEM program or occupation to celebrate their accomplishments. Send them a message of recognition and support for the work they are doing. Encourage them to keep feeding their scientific curiosity, pursuing their interests, and working towards their goals.” DCN/MS

Has technology and innovation in construction made sites safer? Everyone in construction knows that • It’s easy to control the movement of digital communication devices, and maworkers in and out of the factory. That, chinery that uses digital technology, are and the ability to monitor their health, is being used more and more in the industry. especially important during the current pandemic; t’s also old news that they are affecting, • Workstations can be set as far apart as necessary, for better control of social directly and indirectly, the way builddistancing; ings are designed and constructed. Often overlooked, however, is that these same de- • Better sanitary conditions than at tradvelopments have had an impact on the health itional construction sites; and safety of the people doing the work. • More work is done at ground level rather An increasing volume of construction is than high above the ground; and taking place off-site and then transported • In a factory, any roof work requires fall to and erected on the spot where the owner restraints. wants it. Off-site construction is also a way of deal“There is an accelerating trend around ing with another problem that bedevils the the world to off-site construction,” Craig construction industry. Mitchell, founder of Black Box Modular “There’s a shortage of skilled trades Solutions and former director of innovative workers in not just B.C. and Canada, but solutions of now-defunct Metric Modular. around the world,” said Mitchell. “In many “Off-site construction is synonymous countries young people are not interested in with prefab and modular construction. going into the trades.” Panelization and mass timber also fall under Helen Goodland, head of research and the umbrella of offsite construction.” innovation at Black Box Modular Solutions Mitchell says they all have in common in Vancouver, says there is anecdotal evithat much of the work is performed in a dence from some construction companies, climate-controlled, weather-protected fac- especially the larger ones, that adoption tory and then brought to site in components of technology has made their operations or as modules and put together. safer. “They eliminate much of the risk of trad“The big companies are the ones makitional construction,” he said. ing the largest investments in innovation Off-site construction is better for work- and technology, but so far it’s hard to er safety in several significant ways, says quantify their impact on health and safeMitchell: ty,” said Goodland.

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LOCAL 183

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Two technical innovations that will have an impact on construction health and safety in the future, she says, are wearable technologies and exoskeletons. Neither of them has arrived yet, but they’re on their way, and will become used widely once they’re understood and their price has come down, just like the other technologies that were once curiosities and are now taken for granted. Construction wearables — worn on the body, clothing or personal protective equipment — collect and deliver data about the worker’s environment, activities and biometric conditions. The technology can detect and warn a worker of the potential for injury or reduce the seriousness of an injury when one occurs. There are visual, tactile and sensing wearables: • Visual wearables use optical aids in or on glasses, visors and hard hats that produce images that can be seen by the wearer or remote viewers. • Sensing wearables can sense a worker’s biological, environmental and physical conditions. It can warn the employee of hazardous situations that can lead to an injury. • Tactile wearables work as an exoskeleton to increase the user’s strength and durability. Exoskeletons, or exosuits, are metal frameworks fitted with motorized muscles.

The frameworks are modeled on the wearer’s internal skeletal structure. Exosuits augment human motion to allow for more lifting strength and for improved performance of such repetitive tasks as squatting, bending or walking, When used properly, they makes lifted objects feel lighter, reducing fatigue and injuries. In addition to reducing deaths and injuries, innovation and technology that improves work site safety has other, less obvious benefits. “Investment in technology should be considered strategically,” said Goodland. “Although most companies appreciate the operational importance of safety — and how it can keep insurance claims down — there is no question that the industry’s safety record is linked directly to its reputation.” Goodland says because safety is one of the elements of corporate social responsibility, which is important to young people, it can be used as a human resources management strategy for hiring, improving organizational commitment and retaining employees. “Make it easier for construction to recruit young workers who are looking for a satisfying career in an industry they feel good about and they’re proud to tell their friends about,” said Goodland. DCN/MS

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MILÉNIO | AMBIENTE

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AMBIENTE

6. Em 2020, todos os stocks de peixes, invertebrados e plantas aquáticas, serão geridos e capturados de forma sustentável, evitando a sobrepesca, implementando planos de recuperação e medidas de proteção de espécies ameaçadas e vulneráveis. - META NÃO ATINGIDA

Créditos: PGC

7. Em 2020, as áreas agrícolas, aquicultura e silvicultura, serão geridas de forma sustentável garantindo a conservação da biodiversidade. - META NÃO ATINGIDA

Terra Viva Salvar a Biodiversidade? – META NÃO ATINGIDA Metas: Paulo Gil Cardoso Opinião

1. Em 2020, o mais tardar, as pessoas estarão cientes dos valores da biodiversidade e dos passos que podem tomar para a conservar e usar de forma sustentável. – META NÃO ATINGIDA

e uso sustentável da biodiversidade em harmonia com a Convenção e outras obrigações internacionais relevantes, tendo em consideração as condições socioeconómicas nacionais. -META NÃO ATINGIDA

As 20 Metas de Biodiversidade de Aichi (20 Aichi Biodiversity Targets) promovi4. Em 2020, o mais tardar, os governos, 2. Em 2020, o mais tardar, os valores da das pelas Nações Unidas e subscritas empresas e partes interessadas em biodiversidade estarão integrados no por mais de 190 países não se conseguitodos os níveis, terão tomado medidas desenvolvimento nacional e local, assim ram atingir. para alcançar ou implementar planos como estratégias de redução de pobreza de produção e consumo sustentáestarão integradas nos orçamentos de ada um dos países comprometeu-se veis mantendo os impactos do uso de estado e implementados sistemas de a trabalhar para que o mundo conrecursos naturais dentro dos limites de seguimento (relatórios) de situação. seguisse alcançar as metas propostas um ambiente ecológico seguro. - META META NÃO ATINGIDA – falharam! NÃO ATINGIDA Em outubro de 2010 acordou-se um plano 3. Em 2020, o mais tardar, incentivos, 5. Em 2020, a taxa de perda de todos os de proteção e recuperação de biodiversidaincluindo subsídios, prejudiciais à habitats naturais, incluindo florestas, de a ser implementado no período de 2011 a biodiversidade estarão eliminados, desestará reduzida pelo menos pela metade 2020. Pretendia-se o envolvimento e comcontinuados ou reformados de forma a e, quando viável, reduzir a fragmentapromisso de todos, no desenvolvimento de minimizar ou evitar impactos negativos, ção e degradação para valores perto de ações e políticas, no sentido da preservação por outro lado, serão implementados zero. - META NÃO ATINGIDA e recuperação da biodiversidade do planeta. incentivos positivos para a conservação

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8. Em 2020, a poluição, incluindo o excesso de fertilizantes, estará reduzida a níveis não prejudiciais aos ecossistemas e biodiversidade. - META NÃO ATINGIDA 9. Em 2020, espécies exóticas invasoras estarão controladas e implementadas medidas preventivas para evitar propagações e novas introduções ou disseminações. – META PARCIALMENTE ATINGIDA 10. Em 2015, as diversas pressões antropogénicas sobre recifes de coral, e outros ecossistemas vulneráveis, impactados por mudanças climáticas ou acidificação dos oceanos, estarão minimizadas, de modo a manter sua integridade e funcionamento. - META NÃO ATINGIDA, NEM EM 2015, NEM EM 2020 Por motivos de espaço, ficam aqui apenas 10 das 20 metas, que mais de 190 nações se comprometeram atingir. Das outras 10 restantes metas, apenas cinco foram parcialmente atingidas. Resumindo, de 20 objetivos, seis foram parcialmente atingidos. Muitos dizem que as metas eram ambiciosas demais, quando a questão é de vida ou morte, não me parece que se possam confundir necessidades vitais com objetivos que se podem desprezar. Amanhã será tarde demais.

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MILÉNIO | PORTUGAL GREEN WALKS

Walking the portuguese camino de Santiago

For an unforgettable, potentially life-changing, experience we recommend walking the central Portuguese Camino pilgrim trail. The route between Porto and Santiago de Compostela has been travelled by countless pilgrims over hundreds of years, including royalty. You’ll have plenty of opportunities to meet fellow pilgrims if you want to, or to spend time in silent contemplation as you walk through the verdant Minho and Galician countryside. Friendly locals will point

Créditos: DR

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Highlights of northern Portugal

If you’re spoilt for choice and can’t decide between coast, mountains or the Douro wine region, don’t worry! We have the ideal programme for those who want more variety and a chance to sample three diverse parts of Northern Portugal. Our Highlights of Northern Portugal walking holiday takes some of the best bits

Heart and soul of douro valley

Portugal’s only National Park, the Peneda-Gerês, is made up of granite mountains, forests, wild expanses, picturesque forests and streams and many tiny villages. On our self-guided walking holiday in the Peneda-Gerês National Park, you’ll have an opportunity to conquer a medieval castle, see an ancient wolf trap and many stone shelters built by shepherds. Marvel at the clusters of stone grain stores in the villages of Lindoso and Soajo and peer into the communal laundry tanks, ovens and watermills that you spot along the route. You may even spot some Garrano horses and will almost certainly encounter some scary-looking but harmless long-horned Cachena cows. You’ll be staying in renovated cottages in the mountain villages where you can make the most of the local connections, fresh produce, peaceful surroundings and pure air. Atlantic route coastal walking holiday

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If you’re looking for a cycling holiday with a purpose, try cycling the coastal Camino Português. This self-guided bike holiday follows the centuries-old pilgrim route along the coast of Northern Portugal and part of the Galician coast in Spain until it veers inland to take you all the way to the magnificent cathedral in Santiago de Compostela. You’ll start your journey the fascinating city of Porto and pass through a string of coastal towns, rural villages and fishing communities. Of course, the proximity to the ocean means that opportunities for fresh fish and seafood abound, including the renowned mussels and oysters in Galicia. The eternally green landscapes of this part of the Iberian Peninsula are a joy to cycle through; a mixture of fields, forests, valleys and distant mountains. History and architecture buffs are in for a treat in small but ancient cities like Viana do Castelo, Pontevedra and, of course, Santiago de Compostela.

Explore Peneda-Gerês National Park

For those who prefer the combination of a leisurely paced walking holiday and plenty of time by the ocean, or in interesting small towns, the Atlantic Route is designed with you in mind. Beginning in the seaside town of Póvoa de Varzim, you’ll spend the week walking on boardwalks beside the beach, country lanes, forest paths and back roads as you follow the Green Coast (Costa Verde) north to the very tip of Portugal. You’ll spend time in fishing villages where you can see the fishermen tending their nets or preparing their colourful boats, or witness their catch being sold at market or from roadside trolleys. Don’t miss this wonderful opportunity to sample the freshest of grilled fish and seafood and other tasty local produce at the family-run restaurants along the route. There’s also plenty of time to soak up the atmosphere of small historical cities such as Viana do Castelo and Caminha. You’ll also see evidence of the area’s long history in the form of Roman salt pans, several fortresses and you could make a slight detour to visit a Celtic settlement with stunning views.

Créditos: DR

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e took some time last year to review our programmes in line with the latest strict guidelines for sustainable travel. We wanted to be certain that we are doing all we can as responsible local tour operators, for the good of all concerned. Any minor adjustments that were necessary have been made. We have also implemented the necessary safety and hygiene protocols to keep you safe from Covid-19 and made sure our partners are meeting the relevant guidelines. As we all know, the pandemic, and the need to keep our distance from others has led to an increased demand for outdoor holidays in areas of natural beauty and rich cultural heritage. As our former and repeat clients already know, these are exactly the type of experiences we have always specialised in, i.e. immersive, self-guided holidays in the beautiful landscapes of Northern Portugal. You probably can’t wait to put on your walking boots or cycling gear and set off on a new adventure, far from the crowds and noise of big cities. With our wealth of experience, knowledge and extensive network, we are ready to help you get out into the fresh air and green spaces that we love so much.

of the Atlantic Route, Heart & Soul of the Douro Valley and Explore Peneda-Gerês walking holidays and combines them into an exciting week-long programme. Starting from the village of Pinhão on the banks of the Douro River, you’ll experience the stunning landscapes and rich culture of the Douro wine region from your base in Alijó. Then transfer to the mountain village of Lindoso for dramatic views of the National Park and two and a half days of gorgeous walks. After you’ve appreciated the wild beauty of the mountains, it’s time to head to the Atlantic Ocean where you’ll spend the next two days walking beside the coastline. Starting from the small, medieval town of Caminha, you’ll pass through magnificent pine forest, fishing villages and delightful beaches to reach Viana do Castelo. This fascinating and beautiful city offers a rich history and plenty of interesting sights.

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you in the right direction if you appear to be lost and you’ll have plenty of opportunities to taste delicious local food and drinks. The Portuguese Way to Santiago takes you from the wonderful city of Porto all the way to Santiago de Compostela Cathedral. Between these iconic cities, you’ll experience the beauty of rural Portugal and Spain as well as plenty of interesting Responsible travel has always been and attractive small towns and cities full of at the heart of what we do at Portugal charm and history. Green Walks. We understand that it’s just as important to you that your experienCycing the portuguese coastal way ce involves authentic contact with local to Santiago people and benefits local communities as well as minimising any detrimental effects on the environment.

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Discover the highlights of self-guided holidays in Portugal for 2021

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If you want to explore one of the world’s most beautiful wine regions on foot, this is the walking holiday for you. Journey by train from Porto, along the Douro River to the heart of the wine region at Pinhão. From there, you’ll spend a week traversing the undulating hills on each side of the Pinhão River, a tributary to the majestic Douro. The breath-taking scenery and the mostly manual wine production in this area is classified by UNESCO as a World Heritage Landscape. You’ll walk through many a vineyard and olive grove, as well as patches of forest, as you make your way from village to village. You’ll undoubtedly encounter workers tending the vines or ancient stone walls and will have opportunities to interact with local people in the villages you pass through or stay in. Of course, there will be plenty of opportunities to visit some of the local wineries. While the Douro is famous for port wine, it also produces exceptional red and white wines and a much-prized muscatel wine in the outlying village of Favaios, also famous for its artisanal bread.


FELIZ DIA DA FAMÍLIA

O BPA Financial Group, todos representantes e funcionários saúdam a grande família sindical, agradecendo a comunhão de sentimentos e fraternidade desejando aos sócios, suas famílias e à comunidade em geral um Feliz Dia da Família

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MILÉNIO | SAÚDE & BEM-ESTAR

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SAÚDE & BEM-ESTAR

Celebrar o amor Não há confinamento que nos impeça de celebrar uma das melhores coisas que temos na vida: o amor! Este sentimento contribui positivamente na nossa saúde emocional, física e mental já que quando estamos apaixonados o nosso corpo liberta mais endorfinas - e é graças a elas que não só nos sentimos bem como também eliminamos tensões.

E

não meter as mãos na massa e fazerem os vossos próprios waffles em casa? Para isso só necessitam de dois ovos, 100 ml de leite ou bebida vegetal, 140 gramas de farinha de aveia e meia colher de café de fermento. Depois só têm que colocar os ovos e o leite ou a bebida vegetal num recipiente, mexer muito bem ou bater com a batedeira, juntar a farinha e o fermento e voltar a bater/mexer tudo muito bem novamente. Finalmente, só têm de colocar a mistura na máquina de waffles! Quando estiverem prontos decorem-nos com morangos e chocolate, por exemplo! Deliciosos!

mbora este ano não possamos apostar em jantares nem em escapadinhas românticas, existem diversas opções para os casais apaixonados que não querem deixar passar o Dia dos Namorados em branco, seja dentro de quatro paredes ou até mesmo à disI just called to say I love you! tância. Já diz o provérbio que a necessidade Se por força desta pandemia estiverem aguça o engenho, mas se por acaso vos faltarem as ideias fiquem com algumas sugestões separados fisicamente também existem algumas soluções para celebrarem, tão para surpreenderem a vossa cara-metade! juntos quanto possível, esta data. Se por Festa de waffles! acaso quiserem oferecer um “miminho” Se por acaso são um casal que nunca ao/à vosso/a namorado/a façam a compra diz não a um delicioso brunch, porque online e peçam para que a mesma seja en-

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tregue em sua casa. É impossível que não gostem da surpresa! Mas há mais - e aqui as tecnologias são, mais uma vez, as nossas grandes aliadas. Podem encomendar jantar, fazer com que ele seja entregue em casa da vossa cara-metade e, através de videochamada, jantarem “juntos”. Com amor… do longe se faz perto! Maratona de filmes Ver apenas um filme é coisa de uma simples noite de sexta-feira. Esta data pede algo mais… como, por exemplo, uma verdadeira maratona de filmes! E não, não precisam de ser todos românticos: porque não começar pela comédia dramática indie “Obvious Child”, de Gillian Robespierre, passar pelo thriller “Parasite” e terminar no clássico “Grease”, com Olivia Newton-John e John Travolta? Se preferirem séries apostem na série “Lupin”! Ah, e não se esqueçam das pipocas, é claro!

Tchim tchim! Se é para celebrar… tem que se brindar! Experimentem fazer um cocktail delicioso, romântico e refrescante em casa. Há muitas propostas, mas posso deixar-vos duas sugestões: o “Beijo Francês” é feito com 90 ml de champanhe, 60 ml de licor Alizé Gold Passion e um morango ou uma cereja. Basta juntar o champanhe com o licor numa taça de champanhe e servir bem fresco. O morango ou a cereja servem como decoração! Já para fazerem a “Poção do Amor” vão precisar de 50 ml de vodka de morango, 25 ml de creme de cacau branco, meia chávena de morangos frescos, uma chávena de gelado de baunilha, uma pitada de leite, gelo picado e um morango para decoração. Coloquem todos os ingredientes numa liquidificadora, à exceção do morango. Depois de bem misturado, coloquem o preparado num copo de margarita e decorem com o morango! Vão com certeza impressionar a vossa cara-metade! Inês Barbosa

dia da

FELIZ FAMÍLIA


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MILÉNIO | ENTRETENIMENTO

12 a 18 de fevereiro de 2021

OLHAR COM OLHOS DE VER

Foco nas curvas //Ottawa. Créditos: Fabiane Azevedo

Portuguese words in Toronto. Créditos: Joana Leal

Pinocchio vive em Ottawa. Créditos: Fabiane Azevedo

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MILÉNIO | ENTRETENIMENTO

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A BLAST FROM THE PAST

Schuco Motorcycles of Germany T

Armando Terra Opinião

Schuco was incorporated in 1912 by Herr Schreyer and Heinrich Muller in Nuremberg, Germany. The company was originally named Schreyer and Co. and their main product prior to WWI was tin plate lithographed toys. Muller had previous experience with the toy business, specifically with a company named Bing. He was a renowned designer, builder, and possessed both the drive and equipment to build Schuco toys and as such Schuco became world renowned for its design, endurance, durability, and their mechanical movements which were unsurpassed at that time.

he collection contains 12 examples of Schuco, all with original boxes. The models are accurately lithographed and very well constructed, and the original boxes were very colorful with great graphics and detailed description of toys’ functions. My preference has always been and continues to be lithographed pressed tin as diecast has never appealed to me. Initially all of Schuco’s offerings were pressed tin and eventually they verged towards diecast and Micro Racers, Piccolo Series and Schuco Modell were some of the items offered. With the end of WWI, new opportunities began to appear and as such Muller bought out Schreyer and renamed the company Schuco. Schuco toys were very elaborate and powered by powerful mechanisms capable of performing different riding patterns. They are sought by collectors, especially when the toy is accompanied by its original box and related packaging. Financial turbulence eventually forced Schuco to declare bankruptcy in 1976. The assets were purchased by DCM (DunbeeCombex-Marx) in 1977 but DCM also fell on hard times and went bankrupt in 1980.

By the middle of the 1980’s the rights to Schuco were acquired by German competitor Gama Toys. Eventually in 1993 Gama-Schuco merged with scale train maker Trix. Finally, in 1999, Schuco was acquired by the Simba Dickie Group. In the years that followed, there were several more mergers and acquisitions and Schuco continued to thrive. Today, Schuco continues to manufacture many different models in different scales, however most of their vehicles are street type. Schuco’s philosophy has always been about accuracy, attention to detail, quality, and craftsmanship. The vast majority of the models are carefully and elaborately manufactured by hand. Schuco models are produced in Hungary, Poland, China, and more recently back to Germany, where it all began in 1912. All Schuco products are subject to stringent processes during fabrication and extensive quality control protocols. The following examples are from the collection:

chamaram muito a atenção. Inicialmente, as ofertas da Schuco eram de lata prensada e mais tarde voltaram para os moldes e os Microcarros de Corrida, série Piccolo e o Schuco Modell foram alguns dos modelos que passaram a ser disponibilizados. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, novas oportunidades começaram a aparecer e como tal Muller comprou a Schreyer e renomeou-a para Schuco. Os brinquedos Schuco eram muito elaborados e continham mecanismos potentes, capazes de exercer diferentes padrões de condução. Eram muito procurados por colecionadores, especialmente quando acompanhados pelas suas caixas originais e todas as partes relacionadas com o brinquedo. A turbulência financeira acabou por forçar a Schuco a declarar falência em 1976. Os seus pertences foram comprados pela DCM (Dundee-Combex-Marx) em 1977, mas a DCM em 1980 entrou também em falência. A meio dos anos de 80, os direitos da marca Schuco foram comprados por um concorrente alemão, a Gama Toys. Em 1993, a Gama-Schuco juntou-se à fabricante de comboios à escala Trix. Finalmente, em 1999, a Schuco foi comprada pelo Simba Dickie Group. Nos anos

que se seguiram houve muitas mais fusões 2. Schuco Motodrill 1006 – 6” de comprie aquisições e a Schuco continuou a prosmento, fabricado na U.S. Zone, Aleperar. manha (1945-1955). Gráficos da caixa Hoje a Schuco continua a fabricar difantásticos, operado com uma chave de ferentes modelos em diferentes escalas, corda e mola interior. Excelente caixa contudo a maioria dos seus veículos são do original e chave correta. tipo street vehicles. A filosofia da Schuco 3. Schuco Motodrill Clown 1007 – 6” de sempre foi sobre a eficácia dos seus producomprimento, fabricado na Alematos, atenção ao detalhe, qualidade e habinha por apenas dois anos, 1956 e 1957. lidade. A maioria dos modelos são cuidaConduz num padrão circular e vira para dos e elaborados, sendo fabricados à mão. a direção oposta no seu próprio eixo. Os modelos Schuco eram produzidos na Níquel claro e óticas frontais refletivas. Hungria, Polónia, China e mais recenteCaixa e chave original. mente na Alemanha, onde tudo começou em 1912. 4. Schuco Mirakomot 1012 – 6” de compriTodos os produtos Schuco estão sujeitos mento, fabricado na U.S. Zone, Alemaa processos rigorosos durante o fabrico e nha (1945-1955). Muito colorido com protocolos de controlo de qualidade excondutor No. 4, litografia fantástica. Caitensivos. xa original, instruções originais e chave Os seguintes exemplares são da minha original, tudo em condições excelentes. coleção: 5. Schuco Mirako-Peter 1013 – 6” de comprimento, fabricado no Oeste da Ale1. Schuco Curvo 1000 – 5” de comprimenmanha. Grande, brilhante, e com uma to, fabricado na U.S. Zone, Alemanha litografia super lustrosa. Ação misteriosa (1945-1955). Este modelo em particu(não irá cair da mesa), reverte ao detetar lar era capaz de realizar sete padrões um obstáculo. Caixa original, instruções diferentes de condução. Funcionam à e chave original, tudo em condições chave de corda com uma mola interior. fantásticas. Excelente caixa original e chave correta.

1. Schuco Curvo 1000 – 5” long, made in U.S. Zone, Germany. This particular model is able to perform seven different

driving patterns. Powered by manual windup, and internal spring. Excellent original box and correct windup key. 2. Schuco Motodrill 1006 – 6” long, made in U.S. Zone, Germany. Great box graphics, powered by manual windup and internal spring. Excellent original box and correct windup key. 3. Schuco Motodrill Clown 1007 – 6” long, made in Germany for only two years, 1956 & 1957. Drives in a circle pattern and turns around on its own axis. Bright nickel and reflective headlight lens. Original Box and windup key. 4. Schuco Mirakomot 1012 – 6” long, made in U.S Zone, Germany. Very colorful with rider No. 4, great Lithography. Original box, original instructions and original windup key, all in excellent condition. 5. Schuco Mirako-Peter 1013 – 6” long, made in West Germany. Big, bright, and super glossy Lithography. Mystery action (will not fall off table), reverses when it detects an obstacle. Original box, instructions, and original windup key, all in great condition.

1

A Schuco foi fundada em 1912, por Herr Schreyer e Heinrich Muller em Nuremberga, Alemanha. O nome inicial da companhia era Schreyer e Co. e os seus produtos principais, devido à Primeira Guerra Mundial, eram brinquedos litografados em chapa de lata. Muller tinha experiência anterior com o negócio de brinquedos, especificamente com uma empresa chamada Bing. Ele era um designer de renome, construtor, e possuía tanto o empenho como os materiais para construir os brinquedos e, como tal, a Schuco tornou- se um nome reconhecido mundialmente pelo seu design, durabilidade e pelos seus movimentos mecânicos, que eram insuperáveis naquela época.

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coleção contém 12 exemplares Schuco, todos eles com caixas originais. Os modelos são litografados cuidadosamente e muito bem construídos, e as caixas originais eram também muito coloridas com gráficos fantásticos e descrições detalhadas das funcionalidades dos brinquedos. A minha preferência era e continua a ser a lata prensada litografada, visto que os moldados a ferro derretido nunca me


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12 a 18 de fevereiro de 2021

Crédito: David Ganhão

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O mês de fevereiro é dedicado a homenagear e exaltar os feitos e o legado da comunidade negra, bem como a sua luta contínua pela igualdade e justiça social. Com origem nos Estados Unidos da América, o Black History Month foi também oficialmente reconhecido pelos governos do Canadá, Irlanda, Holanda e Reino Unido – nestes países europeus, a celebração apenas acontece em outubro. Em terras canadianas foi a Canadian Negro Women’s Association quem introduziu esta comemoração na cidade de Toronto, nos anos 50. Mais tarde, em 1979, a iniciativa foi adotada pelo Governo do Ontário e em 1995 a Câmara dos Comuns declarou o Black History Month nacional, que viria a entrar em vigor em 1996.

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urante um mês as pessoas podem participar em diferentes eventos e atividades que têm como objetivo não só reconhecer os pontos fortes, a persistência e a força destas comunidades que ao longo do tempo sofreram diferentes tipos de marginalização, mas também lançar o mote para a discussão de temas fraturantes, como o racismo e impacto da discriminação nestas comunidades. Este ano, ainda que a pandemia que vivemos não possibilite a habitual condução de eventos e festividades, o espírito não se perdeu. Sob o tema “O Futuro é Agora”, o país reconhece e celebra o importante e admirável trabalho da comunidade negra no Canadá, incluindo os jovens, artistas, empresários, trabalhadores da linha da frente, entre muitos outros.

de História de Toronto para o Mês da História Negra, composto por música, discussões cinematográficas sobre os efeitos do racismo na saúde física e mental e um novo programa de mentoria de artistas. Este programa, que foi lançado em dezembro de 2020 e que faz parte dos esforços da cidade de Toronto para combater o racismo, engloba uma série de projetos de arte de negros, indígenas e artistas de cor, que se desenvolvem sob os princípios de anti-opressão, anti-colonialismo e anti-racismo.

De destacar o African Food Festival, que acontece no próximo dia 19 de fevereiro, uma sexta-feira, entre as 4 e as 7 pm. Aqui O Toronto Black Film Festival é a maior é-lhe dada a oportunidade de ter uma vercelebração no Canadá do Mês da História dadeira e deliciosa “food experience”: enNegra (Black History Month) através de comende os melhores sabores da comida filmes e este ano volta com uma 9ª edição africana e delicie-se! Só tem que os levanimpactante. tar na Yaya’s Kitchen, 630 Dundas St, LonA presidente e fundadora do festival, Fa- dres, ON N5W 2Y8. O custo é de $10,00 por bienne Colas, conhecida atriz no Haiti, de- pessoa ou $20,00 para uma família de até cidiu “conquistar a América” e mudou-se quatro pessoas. para o Canadá em 2003. “Infelizmente, não houve oportunidades para mim porque eu Kuumba 2021 era considerada uma jovem negra com sotaque”, afirmou ela. “Não havia diversidade nos ecrãs.” Muito devido a esta frustração, Fabienne Colas iniciou a sua jornada para construir uma plataforma forte para as pessoas negras mostrarem o seu talento. Para ela, fazer parte deste festival é dar o primeiro passo concreto para apoiar a diversidade: “Vocês estão a apoiar todo um movimento inclusivo, estão a amplificar mais vozes negras” disse ela numa entrevista no The Morning Show. dar voz e destacar os talentos negros até dia 21 de fevereiro.

Dentro das diversas iniciativas deste programa podemos salientar o Kitchen Concerts at the Inn Capítulo, uma série de música que celebra a vida e honra a história de Joshua Glover, um escravo que conseguiu alcançar a liberdade. Recentemente foi lançado um poderoso vídeo para o tema “Freedom Heights (A song for Joshua Glover)”, que reflete sobre a luta deste homem. Todos os lucros conseguidos nas plataformas digitais serão doados ao NIA Centre for the Arts, que está a construir o O festival também incluirá painéis de disprimeiro centro profissional multidisciplicussão sobre questões sociais, direitos das nar de artes negras do Canadá. mulheres, doença mental, política dos Tem ainda a oportunidade de participar EUA, meio ambiente, imigração, músinum programa de mentoria - que inclui- ca, direitos humanos, racismo sistémico, rá cinco artistas da Academia Soulpepper Black Lives Matter, narrativas do BIPOC 2021 e cinco artistas que serão escolhidos (Negros, Indígenas e Pessoas de cor) entre através de um processo de seleção por muitos outros, garantiu Colas. “open call” – onde se irão criar trabalhos Pode adquirir o seu passe ou bilhete em: específicos para cada um dos dez Museus torontoblackfilm.com de História de Toronto. Assim, se tiver interesse poderá fazer a sua candidatura onThe London Black History Coordinating line até dia 25 de fevereiro em cotsurvey. Committee chkmkt.com/AwakeningsOpenCall.

O jornal Milénio Stadium decidiu reunir Poderá consultar todos os detalhes do proalguns exemplos das iniciativas levadas a grama Awakenings em toronto.ca/muDavid Pontes, Diretor adjunto do jornal Público seums.

Ainda que o festival anual que celebra a comunidade negra da cidade aconteça este ano principalmente em formato online, poderá visitar algumas instalações artísticas ao ar livre. A programação deste ano apresenta o espetáculo de dança de Syreeta Hector Black Ballerina e uma colaboração com a Wavelength numa série de concertos de livestream, entre muitas outras coisas. O evento é gratuito e acontece entre 14 e 27 de fevereiro (instalações até 11 de abril). Mais informações em harbourfrontcentre. com/kuumba. Beloved

cabo este ano. Se ainda não teve a oportu- Toronto Black Film Festival nidade de participar, aproveite e marque 9a edição do festival de cinema na agenda os próximos eventos! Awakenings

O Comité deu início às celebrações do Black History Month no passado sábado (6) com um evento online – o primeiro de vários eventos que terão lugar até fevereiro - que contou com atuações de artistas locais, destacando as empresas detidas por negros, e uma apresentação O Toronto Black Film Festival abriu na pas- do criador e curador da Vintage Black sada quarta-feira (10) as suas cortinas vir- Canada. Entre as performances deste prituais, uma vez que continuamos numa fase meiro dia de celebração estiveram a 519 Recentemente o presidente John Tory especialmente marcada pelas restrições School of Hip Hop, Shanelle Twumasi, anunciou um novo conteúdo online inseri- pandémicas. O festival apresentará mais de de 10 anos, e a candidata ao prémio Juno, do no programa Awakenings, nos Museus 150 filmes e eventos especiais, com intuito Helen Hibbert.

O artista/designer Mark Stoddart apresenta o seu projeto de celebração do Black History Month e do Dia da Família, partilhando a importância dos entes queridos através da arte, poesia, música e imagens positivas das famílias negras. O evento acontece a partir do meio-dia, no dia 15 de fevereiro. Visite liwi68.com para mais informações. Inês Barbosa/MS


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MILÉNIO | ENTRETENIMENTO

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FYI

Créditos: DR

-Kika

VULCÃO DE GELO Apesar de ser um dos lugares mais frios e inabitáveis do planeta, as estepes geladas da região de Almaty, no Cazaquistão, têm atraído uma grande quantidade de turistas nos últimos tempos, para testemunhar um fenómeno incomum: um pequeno vulcão que, em vez de lava, jorra água constantemente. Com imagens e vídeos absolutamente virais na internet, a torre de gelo de 14 metros de altura, localizada entre as aldeias de Kegen e Shyrganak, no meio de um planalto totalmente coberto de neve, irrompe um esguicho contínuo de água que, devido à temperatura local, se converte instantaneamente em gelo. Quem chega ao lugar pela primeira vez, tem a impressão de que se trata de um vulcão em miniatura construído para chamar a atenção. Mas a visão, e a visita ao local, já têm se tornado tão corriqueiras, que geraram uma onda de publicações nas redes sociais, à procura de uma explicação científica para o fenómeno. Créditos: DR

Uma partilha recente no Instagram esclarece que o “vulcão de gelo” é na verdade uma nascente subterrânea que jorra água o ano inteiro. No verão, a fonte provoca uma floração verde por dezenas de metros ao seu redor. Mas, quando chega o inverno, com temperaturas abaixo de zero, a própria água congelada cria o cone de gelo em forma de vulcão que, em vez de prado florido, cria uma pista de gelo natural.

SOLARENGO (DE SOL) OU SOALHEIRO Caso: com Luciana Graça Leitora de português do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, na Universidade de Toronto

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• Sabem quais são, por exemplo, três dos principais motivos pelos quais os turistas escolhem Portugal como destino turístico? A segurança, a gastronomia e… o tempo! De facto, e em relação a este último motivo, a verdade é que, e durante a maior parte do ano, o tempo está sempre… solarengo! – quer dizer… «solarengo» ou… «soalheiro»?

Análise: • A forma correta é «soalheiro», que significa, como adjetivo, «que tem sol», «quente» e «exposto ao sol». • A forma «solarengo» significa «relativo ou pertencente a um solar (casa nobre)», «que é grande e tem arquitetura requintada» (exemplo: «Herdei uma casa solarenga»). • De forma resumida: - «solarengo»/«solarenga»: «com aspeto de solar» (exemplos: «casa solarenga» e «porta solarenga»); - e «soalheiro»/«soalheira»: «quente» (exemplos: «tempo soalheiro» e «manhã soalheira»).


MILÉNIO | ENTRETENIMENTO

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Kika

JUNTOS APESAR DE LONGE

KASIA LENHARDT

É que os dois gostam de jogar vídeo jogos juntos. O cantor mostrou como a atriz diverte-se em jogos de tiro que ambos podem jogar juntos através da internet. “Desculpem a desilusão, mas sim, estou viciada. Eu própria me desiludi a mim própria”, assumiu Carolina.

Créditos: DR

AMOR ETERNO

“É hora de assumir a responsabilidade e agir no interesse da minha família. Peço desculpa a todos os que magoei, especialmente à minha ex-namorada Rebecca e aos nossos filhos”, escreveu Boateng nas redes sociais. Depois, foi a vez de Kasia reagir. A modelo referiu que o fim do namoro aconteceu por “mentiras e infidelidades constantes”. De lembrar que Kasia Lenhardt ficou conhecida do grande público depois de ter participado em 2012 em “Germany’s Next Top Model”, um reality show alemão relacionado com moda.

JOANA CRUZ

BRITNEY & SAM

Joana Cruz usou as redes sociais para dar a conhecer que cortou o cabelo bem curto. A lutar contra um cancro da mama, a radialista, de 42 anos, decidiu ser ela mesmo a rapar os fios. Uma decisão tomada antes de começar a perder o cabelo, efeito dos tratamentos de quimioterapia que está a fazer. “Cabelo tratado! O processo já começou há uns dias. Antes de o rapar assim ainda o cortei curto para me habituar à evolução, mas foi inevitável rapar. Sabia o que me esperava e não me custou ver o cabelo cair, não me custou ser eu a cortá-lo curto e depois a rapá-lo. Não há certo nem errado nesta experiência. Cada um faz como sente, no seu tempo. E agora é tempo de tratar de explorar novos looks! Nem que seja para ir tapando estes brancos todos que ainda sobram!”, escreveu.

De luto pela filha, que morreu no dia 5 de dezembro, Tony Carreira parece estar a refugiar-se nas memórias. Isto porque, esta segunda-feira, dia 8, o músico partilhou nas redes sociais uma fotografia especial.

Sam Asghari é um dos grandes apoios de Britney Spears. Com o lançamento de um novo documentário sobre a cantora, sem a transmissão desta, o namorado da artista transmitiu, publicamente, palavras de amor e força.

A imagem, captada durante um concerto, mostra Tony rodeado pelos três filhos: Mickael, David, e Sara Carreira. O retrato de união familiar e de uma alegria que aconteceu no passado, quando o cantor juntou a prole em palco. “Amor eterno”, escreveu na legenda.

“Nunca desejei nada mais do que o melhor para a minha cara-metade. E vou continuar a apoiá-la na conquista pelos seus sonhos e pela criação do futuro que ela quer e merece”, escreveu o ator, numa carta publicada pela revista norte-americana People. “Estou muito agradecido por todo o amor e apoio que ela tem recebido de fãs que tem em todo o mundo e mal posso esperar por um futuro normal e fantástico em conjunto com ela”, continuou. Créditos: DR

Uma fotografia e uma simples mensagem que falam de um sentimento profundo, mas também de uma grande dor e luto. Os fãs e seguidores de Tony Carreira reagiram a esta partilha, deixando mensagens de carinho e força ao músico.

Créditos: DR

Carolina Loureiro e Vitor Kley são muito unidos, apesar de afastados por um oceano. Nas redes sociais os fãs adoram ver como a atriz e o cantor lidam com o relacionamento à distância, as saudades e todas as atividades que fazem juntos. E recentemente, Vitor revelou mais um pormenor da vida pessoal do casal – um novo vício de Carolina Loureiro.

Foi no início de fevereiro que o futebolista de 32 anos anunciou que já não namorava com Kasia. A decisão foi comunicada depois de a jovem se ter envolvido nummacidente de viação com o carro do jogador, a 2 de fevereiro.

Créditos: DR

Créditos: DR

Esta terça-feira, dia 9, Kasia Lenhardt, modelo de 25 anos, foi encontrada morta no apartamento onde morava em Berlim, Alemanha. O jornal Bild assegura que não há suspeita de crime. A modelo perdeu a vida cerca de uma semana depois de o namoro com Jérôme Boateng, defesa do clube Bayern Munique, ter chegado ao fim.

Britney Spears e Sam Asgheri conheceram-se em 2016 e começaram a namorar nesse mesmo ano. Um relacionamento que os dois tentam manter discreto, apesar de, por vezes, trocaram declarações de amor através das redes sociais.

CONSTANÇA

Nas redes sociais, Carina Caldeira já brindou os fãs e seguidores com algumas fotografias da bebé, que encanta pela beleza e doçura.

“Era suposto estar a trabalhar mas não consigo parar de pensar em como a North West não pintou isto”, “A filha da Kim Kardashian não pintou isto”, “Até se vê a assinatura em photoshop” ou mesmo “quando fazem zoom conseguem ver a borda no ‘North’ transparente” foram algumas das reações. Comentários que deixaram Kim Kardashian irritada. “NÃO BRINQUEM COMIGO QUANDO SE TRATA DOS MEUS FILHOS!”, escreveu a socialite. “A minha filha e a melhor amiga levaram muito a sério as aulas de pintura a óleo, onde o talento e a criatividade de ambas é encorajada e desenvolvida”, continou. Kim volta a garantir que a filha é mesmo a autora da obra. “A North trabalhou muito nesta pintura e demorou semanas a terminá-la. Enquanto mãe orgulhosa, quero partilhar o trabalho dela com todos”, rematou.

Créditos: DR

As últimas semanas têm sido de grande felicidade para Carina Caldeira. A apresentadora do Porto Canal e o marido, Francisco Cardia, deram as boas-vindas à pequena Constança no dia 7 de janeiro. Desde então têm estado encantados com a menina.

NORTH WEST

Créditos: DR

Recentemente, Kim partilhou, nas stories do Instagram, um quadro assinado pela filha mais velha, North, de 7 anos. Mas, perante a perfeição da obra e alguns detalhes “estranhos”, os fãs estão céticos. É que muitos acreditam que a socialite não está a dizer a verdade sobre a autoria da pintura apresentada.


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MILÉNIO | PASSATEMPOS

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Palavras cruzadas

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Caça palavras

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O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

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Culinária por Rosa Bandeira

Tarte de bacalhau

7 1. Bebida resultante da fermentação alcoólica do mosto da uva 2. Animal que ainda não foi domesticado 3. Qualquer material (natural ou artificial) inserido ou enxertado no organismo 4. Em um momento posterior; em seguida 5. Que ou o que tem ciúme 6. Aquele que não crê em Deus ou nos deuses 7. Muito forte; que apresenta músculos bem delineados 8. Que não está disponível; preenchido

9. Guindaste para içar volumes não muito pesados 10. Aquilo que possui baixa temperatura 11. Recipiente geralmente cilíndrico, usado para beber 12. Instrumento constituído por lâmina cortante presa a um cabo 13. Terreno onde se cultivam flores e plantas ornamentais para lazer ou estudo 14. Lugar onde se pode deitar e/ou dormir 15. Contente, satisfeito. Cujos desejos e aspirações foram atendidos ou realizados

Jogo das 10 diferenças

Ingredientes

2 postas de bacalhau demolhado 500 gr de grelos 5 ovos 250ml de leite 1 dente de alho

Sal, pimenta, salsa ¼ de um pimento vermelho 1 cebola pequenina 1 pacote de massa folhada Azeite

Modo de preparação: Cozer as postas de bacalhau, desfiar e retirar todas as espinhas e peles. Cozer os grelos e cortá-los bem pequenos. Numa frigideira colocar a cebola picada com o alho picado e um fio de azeite. Deixar refogar um pouco e retirar do lume. Deitar este preparado para um recipiente e adicionar os outros ingredientes. Envolver tudo para que fique bem misturado. Deitar este preparado numa tarteira forrada com a massa folhada e levar ao forno durante 15 minutos.

C T C H O C O L A T E W B W K

J U J A N T A R H S A T R A C

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A B R AÇ O B E IJO C A R I N HO

Mousse de chocolate com frutos vermelhos

C A RTA

Ingredientes

C A RTÃO

4 ovos 1 tablete de chocolate para culinária (Pantagruel)

C HO C OL AT E C OR AÇ ÃO C U PI D O DOCE E NC ON T RO F LOR JA N TA R

Modo de preparação: Derreter o chocolate em banho-maria e reservar. Bater as claras com açúcar em castelo muito bem batidas.

PR E N DA

Juntar as gemas ao chocolate derretido e mexer muito bem. Adicionar o sumo e a raspa das laranjas e por fim envolver as claras em castelo.

ROSA

Levar ao frigorífico e servir bem fria.

SENTIMENTO

Decorar com frutos vermelhos.

V E R M E L HO

Bom apetite!

NA M OR A DA

2 laranjas – sumo e raspa 100 g de açúcar Frutos vermelhos para decorar

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N G V C C O R A Ç Ã O F R X P

Créditos: DR

Caça palavras

Créditos: DR

Servir com uma salada de alface.


12 a 18 de fevereiro de 2021

mileniostadium.com

LEÃO 22/07 A 22/08

CARNEIRO 21/03 A 20/04

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

A Lua Nova agirá bastante no seu signo e parecerá anunciar um obstáculo de ordem prática ou financeira. Não hesite em obter conselhos!

Evite assinar acordos esta semana. Este também não será o momento de experimentar novas coisas. Mantenha-se no bom caminho.

Terá dificuldades em fazer as coisas tão rápido quanto gostaria, mas no final, não será pior. Aperfeiçoe o seu trabalho e finalize os seus projetos!

Esta semana será preciosa em assuntos do coração. Os astros convidá-lo/a-ão a fazer planos de casamento ou a iniciar um projeto comum que reforçará a sua união.

Vénus e Júpiter incitá-lo/a-ão a falar sobre o casamento, se ainda não for casado/a. Solteiro/a, a Lua Nova poderá fazê-lo/a fazer uma declaração embaraçosa. Pense primeiro antes de agir!

Ficará curioso/a sobre a vida dos outros, as suas semelhanças e diferenças. Amorosamente, Vénus e Júpiter convidá-lo/a-ão a desfrutar de uma felicidade emocional estável.

TOURO 21/04 A 20/05 Terá tendência a ficar desorientado/a. A Lua Nova poderá fazer com que aja de uma forma embaraçosa. Tente não agir com pressa e evite os improvisos! Vénus o/a fará querer ignorar as chamadas da sua cara-metade. Tente estar disponível este fim de semana para o Dia dos Namorados.

VIRGEM 23/08 A 22/09

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Apesar da tensão a meio da semana, Tal como na semana anterior, Merserá capaz de aliviar o stress e concúrio dificultará o seu trabalho. Mantenha-se focado/a, estoico/a guarde os trolar o seu estado de espírito. Os livros ou então os conselhos de amigos ajudá-lo/a-ão registros das suas conversas. a encontrar soluções. Focalizar-se-á na sua família e especialmente naqueles que precisarão de si, mas Marte animará o seu desejo. Júpiter e Vénus no fundo desejará momentos de calma e um também insistirão seu amor. O Dia dos Namorados poderá ser mais ousado do que o pouco de solidão. esperado. Não seja tímido/a! BALANÇA 23/09 A 22/10

GÉMEOS 21/05 A 20/06

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Não estará no seu melhor. Saturno imporá um estilo de vida saudável para equilibrar a carência de ânimo e evitar o stress excessivo.

Andará como uma barata tonta. A Lua Nova poderá trazer-lhe Concentre-se! Tenha cuidado com algum trabalho extra, mas se se mantiver concentrado/a, poderá obter al- os incidentes quando viajará sob o efeito da Lua Nova no seu signo mal orientado. guns lucros.

Os astros incentivá-lo/a-ão a fazer novos projetos duradouros com a sua cara-metade. Não hesite se estiver tentado/a por um casamento ou por um investimento. Solteiro/a, os seus desejos são ordens!

Vénus e Júpiter afetarão os seus assuntos amorosos esta semana. Os planos matrimoniais e uma vida plena com a sua cara metado uni-lo/a-ão. Solteiro/a, estará na hora de fazer novos encontros. ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Vénus, Saturno, Júpiter e Mercúrio animarão a sua vida relacional e sentimental. Um encontro poderá encantá-lo/a. Com a sua cara-metade, a sua relação cimentar-se-á.

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MILÉNIO | HORÓSCOPO

Soluções 13 11 J A 14 C R O 4 D E P I O 9 M G 15 U 10 F R I E N L 5 C I H O Z

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PEIXES 20/02 A 20/03

Questões financeiras perturbá-lo/a-ão. Evite fazer compras numa página de Internet perigosa, por exemplo.

Marte e Mercúrio esgotarão o corpo A Lua e Netuno impulsioná-lo/a-ão e a sua mente. Faça meditação, soa ouvir os seus sentimentos e a confiar na sua intuição. Ouça a sua voz interior, frologia ou ouça música para esvaziar a sua cabeça. A sua mente precisará de descansar! encontrará soluções!

Vénus e Júpiter poderão estimular a sua libido. Solteiro/a, poderá ser-lhe oferecido/a uma aventura… porque não? Mas não confunda o romance com uma história duradoura.

As suas relações serão como gelo. O Dia dos Namorados revelar-se-á mau? Afinal de contas é só um dia. Poderá celebrar o amor mais tarde!

Alguns farão planos para o futuro, mas ouvirá sem intervir ou se envolver. Ficará bastante desconfiado/a esta semana e terá razão!

Há mais de 35 anos que o Leão D'Ouro se tem dedicado para servir a comunidade e cuidar dos nossos clientes e da nossa equipa. Com o contínuo impacto do vírus do COVID-19 em todos nós, queremos assegurar os nossos clientes de que continuamos aqui para vos servir. Continuaremos abertos para o servir em formato takeout e com entrega via SkipTheDishes ou UberEats.

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12 a 18 de fevereiro de 2021

mileniostadium.com

Este é o momento de nos unirmos. De ajudarmos quem mais precisa. A MDC Media Group está a promover a recolha de alimentos para entregar no Food Banks of Canada. A nossa tenda está localizada na Camões Square 722 College Street em Toronto.

MILÉNIO | INFORMAÇÃO

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