Alberto Vieira O POIO NA HUMANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO E NA CONSTRUÇÃO DA AGRICULTURA MADEIRENSE

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O POIO NA HUMANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO E NA CONSTRUÇÃO DA AGRICULTURA MADEIRENSE

Cadernos de divulgação do CEHA. Projeto “Memória das Gentes que fazem a História” / SRETC / DRC | N.º 03. VIEIRA, ALBERTO, O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense Funchal. Março de 2017.


O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense

O POIO NA HUMANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO E NA CONSTRUÇÃO DA AGRICULTURA MADEIRENSE ALBERTO VIEIRA Investigador-Coordenador do CEHA/DRC/SRTEC

ALBERTO VIEIRA. N. 1956. S. Vicente Madeira. Títulos Académicos e Situação Profissional: 2016- Coordenador do CEHA e de projetos de investigação; 2013-2015:Diretor de Serviços do CEHA; 2008- Presidente do CEHA, 1999 - Investigador Coordenador do CEHA; 1991-Doutor em História (área de História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa), na Universidade dos Açores; 1980. Licenciatura em História pela Universidade de Lisboa. ATIVIDADE CIENTIFICA. Pertence a várias academias da especialidade e intervém com consultor científico em publicações periódicas especializadas. É Investigador-convidado do CLEPUL-Lisboa. Membro da Catedra Infante Dom Henrique. Desenvolveu trabalhos de investigação nos domínios da História do Meio Ambiente e Ecológica, História da Ciência e da Técnica, O Mundo das Ilhas e as Ilhas do Mundo, História da Autonomia, História da Ciência e da Tecnologia, História da Escravatura, História da Vinha e do Vinho, História das Instituições Financeiras, História do Açúcar. Atualmente desenvolveu estudos e coordena projetos sobre Historia Oral /Autobiográfica, com os projetos: MEMORIAS das Gentes que fazem a História; NONA ILHA- as Mobilidades Madeirenses; AUTONOMIA. Memorias e testemunhos. PUBLICAÇÕES. Tem publicado diversos estudos, em livros e artigos de revistas e atas de colóquios, sobre a História da Madeira, dos espaços insulares atlânticos, da Nissologia/Nesologia e sobre os temas de investigação referidos acima. Informação curricular desenvolvida em: https://app. box.com/s/248a0h63 7wi5llm26o66o9bbw2kd182z.

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“E não criou Deus, nem levantou ou descobriu tudo terras chãs e fértiles, mas também fez montes e vales, outeiros e campos chãos, terras mimosas e pedregosas, algumas secas e outras regadias, sendo só um elemento com tantas variedades, como a espécie dos homens com tão diversos rostos. As criaturas todas com virtudes, feições, cores, propriedades e qualidades tão estranhas e diferentes entre si, e tudo pera fermosura do Universo, pera, como bom pintor, com diversidade de cousas e cores, realçar com umas a fermosura das outras. Assi também, ou quando logo criou o Mundo, no principio fez terra firme e muitas ilhas, ainda que adiante, ou antes do dilúvio ou depois dele ou com ele, algumas mudanças fossem e se fizessem.” (Gaspar Frutuoso, Livro Primeiro das Saudades da Terra, Ponta Delgada, 1984, p. 300)

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Resumo:

Pretende-se fazer uma breve reflexão: 1.- sobre a capacidade de invenção dos madeirenses na valorização do espaço, em termos agrícolas, com a definição de meios e técnicas adequados (paredes, levadas...), relevando os elevados custos de produção que fazem do processo histórico da agricultura madeirense uma forma de gestão de oportunidades que não se compadece com a concorrência de outros espaços; 2.-sobre a importância da Madeira como centro difusor das técnicas agrícolas e dos produtos a ela ligados, no espaço atlântico e, também, do seu papel na difusão de novas culturas e produtos, por via das rotas atlânticas, estabelecidas a partir do século XVI.

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Madeira protagonizou um papel importante na História da Agricultura no espaço atlântico, catapultando a agricultura europeia para o mundo atlântico, que experimentou, de forma eficaz, produtos e técnicas de cultivo e transformação, que permitiram gerar riqueza e encontrar, por vezes, solução para as necessidades alimentares europeias. É notável a obra de mais de quinhentos anos dos europeus no processo de apropriação e humanização do solo. Por falta de condições, o homem construiu a casa e o poio donde extrai o seu sustento à beira ou em pleno abismo. Quase tudo foi gerado pelo braço humano. Assim, os declives foram suavizados e aproveitados, pela construção dos poios. As levadas des-

viaram as águas das ribeiras para o regadio e atividades industriais. Os furados encurtaram as distâncias entre os declives e encostas. E os leitos das ribeiras, por força das milenares aluviões, transformaram-se em pequenos vales de arroteias. A instabilidade das terras e rochas, por seu lado, foram gerando, nos declives, as fajãs, autênticos oásis numa ilha que, à partida, parecia não ter nada a dar ao Homem. Mas tudo se transformou pela pertinácia do Homem, que tanto foi capaz de construir um novo oásis ou paraíso, erguido sobre os escombros do outro que encontrou. É, por tudo isso, que ninguém mais ama a terra e a sente sua como o madeirense. É, por isso, que se curva num gesto de adoração e agradecimento à sua Deusa, a Mãe-Terra.

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense O mais celebrado poema que vimos escrito sobre este casamento perfeito entre o Madeirense e a ilha está plasmado nas palavras do engenheiro silvicultor Joaquim Vieira Natividade (1899-1968) numa conferência realizada na cidade do Porto em 22 de junho de 1953. Natural de Alcobaça, conheceu e revelou de forma primorosa e o estado de ser e estar no mundo do madeirense. As suas palavras são um poema ao madeirense e aos poios que o identificam:

A Madeira que nos comove e nos deslumbra é a Madeira heróica, campo de luta do homem contra as forças hostis da Natureza; e para a sentirmos, e para a compreendermos, não vejamos a Ilha do fim para o princípio, do sul para o norte, como é costume, mas do princípio para o fim. Antes do diamante lapidado, apreciemos a matéria bruta que consentiu tal prodígio e debrucemo-nos sobre o titã que realizou tal milagre.

“(…) E a Ilha patenteia-se severa, imponente, hostil, sem que abra os braços morenos e acolhedores de uma praia em que as ondas, cansadas, docemente se espreguicem, sem uma angra calma onde venha, mansamente, desaguar um rio.

(…) A luta com a Natureza rebelde fortaleceu-lhe o ânimo; suportou durante séculos infortúnios e iniquidades, fomes e injustiças, sem que se alterasse a sua bondade ingénita. Não venceu a rocha apenas com a picareta e a força dos seus músculos, senão com a férrea tempera a sua indómita coragem.

Tudo é inóspito e caliginoso neste cenário apocalíptico: falésias a pique sobre o mar, alcantis sobre alcantis; muralhas basálticas que dir-se-iam chamuscadas por labaredas infernais; vales sinistros cuja fauce medonha a bruma esconde. Rugem e esbravejam as caudalosas torrentes, ocultas pelos arvoredos, ao despenharem-se desfiladeiros, e de fraga em fraga se repercute o uivo clamoroso. Nuvens negras e tempestuosas escondem as cumeadas da aspérrima montanha e, por toda a parte, até onde a névoa consente antever, estende-se a floresta virgem. (…) Ora a Madeira é melhor do que tudo isto: é a epopeia do trabalho, a glorificação do esforço humano. Tão presente está por toda a parte a influência do homem, o fruto magnífico da sua labuta heróica, o rude afago das suas mãos calosas e ásperas, que a paisagem, por assim dizer, se embebeu dessa presença e se humanizou. Por que não admitir que a Madeira tenha uma alma e tenha um coração? Um coração em que se fundiram os corações de todos aqueles que durante cinco séculos por amor dela lutaram e sofreram; uma alma em que se fundiram as almas de justos e de pecadores, de nobres e de vilões, de escravos e de homens livres de todos aqueles que no decorrer de meio milénio, ou com o esforço rude dos seus braços, ou com a sua inteligência, a sua coragem, a sua fé, e irmanados por um amor sem fim a este palmo de terra, escreveram a mais bela epopeia agrícola de que se pode orgulhar um povo.

(…) Para compreender e para amar a Madeira não basta, pois, debruçarmo-nos maravilhados, como poetas, perante a inexprimível e aliciante beleza desta Ilha mitológica: rochedo de Cíclopes perdido na glauca e ondeante campina de Anfitrite, e em cujas serranias tenebrosas Flora e Pomona fizeram brotar o horto mimoso e florido, que amorosamente granjeiam, com suas mãos peregrinas, sob o afago tépido de uma perpétua Primavera. Para compreender e para amar a Madeira, não basta vivermos, como artistas, o deslumbramento deste mundo de beleza; admirarmos a Ilha acolhedora, florida, gentil, nos seus jardins magnificentes, na euforia das flores, na sedução e no milagre da paisagem. Não basta que nos detenhamos, comovidos e extasiados, perante a grandiosidade das agrestes serranias, ou a modelação torturada dos montes, e nos deixemos embeber da doce poesia da terra, do mistério da bruma, da melancolia das montanhas verde-negras que emergem das névoas para de novo nas névoas se diluirem, como que a arrastar a nossa fantasia para o irreal, o vago, o sonho … Para amar e para compreender a Madeira, temos que nos debruçar sobre a Ilha mártir, sobre o que ela contém de dramaticamente humano, de tenso e de comovente; ver o homem humilde, rude e simples, nas suas mudas angústias, na sua persistência heróica e na sua imensa grandeza. É preciso que o pensamento se detenha

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense um momento sobre esta epopeia rústica, tecida de tragédia, e que nos debrucemos, enfim, num gesto caloroso de solidariedade humana, de compreensão e de enternecida simpatia, sobre a Madeira que moureja porfiadamente para ter mais terra, e para que dessa terra venha a brotar mais pão. (…)” (NATIVIDADE, Joaquim Vieira, 1954, Madeira. Epopeia Rural, pp.4-5, 11-12, 17-18). O poio transformou-se na imagem identitária do madeirense, a definir a pequenez do território, mas a abrir bem os olhos para o que se escondia por detrás da ilha do horizonte, como se o mundo fosse um outro poio onde se vive com menos dificuldades. Desta forma, a pequenez do território da ilha perde importância perante o território que estes conquistaram e se apropriaram em todo o mundo. Na História da Madeira, faz falta uma História da Agricultura que permita revelar as potencialidades geradas neste espaço e que relevam o protagonismo dos madeirenses na História da Agricultura no espaço atlântico, que torne mais presente o verdadeiro esforço humano, na transformação da floresta e das encostas em poios cultivados, com produtos que alimentam a subsistência dos locais, o provimento do reino, das navegações e praças africanas, assim como do gerar riqueza, que se perpetua em edifícios e obras de arte. Por norma, a História económica, tal como a da agricultura madeirense assenta num sucedâneo de culturas e produtos, que se articulam de acordo com as necessidades do mercado externo e, depois, da subsistência local. Tudo o mais relacionado com múltiplos aspetos da tecnologia, das formas de arroteamento, são ignorados. O nosso estudo de reflexão sobre a “nova História Económica da Madeira” vai no sentido de propor, não só uma nova metodologia de trabalho, como também, de abrir novas possibilidades de abordagem à temática em torno da economia madeirense, onde se releva as múltiplas formas da relação do Homem com o seu entorno e a necessidade de avanços no caso particular da História da Agricultura, como uma abordagem global.

AS QUESTÕES FUNDAMENTAIS DA HISTÓRIA DA AGRICULTURA NA ATUALIDADE. Tradicionalmente, as questões dominantes da História da Agricultura incidiam sobre os produtos e as técnicas, mas hoje deparamo-nos com uma multiplicidade de perspetivas em torno do tema, com particular atenção sobre temas que incidem sobre a agricultura familiar, na pluriatividade ou multifuncionalidade1 e na agroecologia2. Todavia, foi a chamada temática da agricultura familiar3 que ganhou uma importância desusada no debate científico, desde finais do século XX. Deveremos relevar que este enfoque chama a 1

É o que os ingleses chamam MJHFH (= multiple job holding farm house/ unidade agricola de trabalho multiplo). Sobre isto vide Gasson, R., & Winter, M. (1992). Gender relations and farm household pluriactivity. Journal of Rural Studies, 8(4), 387-397; Huffman, W.E., 1980. Farm and offfarm work decisions: the role of human capital. Rev. Econ. Statist. 62, 14-23. Huffman, W.E., 1991. Agricultural household models: Survey and critique. In: Hallberg, M.C., Findeis, J.L., Lass, D.A. (Eds.), Multiple Job Holding among Farm Families. Iowa State Univ. Press, Ames, IA, pp. 79-111; Stinson Jr, J. F. (1990). Multiple jobholding up sharply in the 1980’s. Monthly Lab. Rev., 113, 3; Hallberg, M.C., Findeis, J.L., Lass, D.A. (Eds.), Multiple Job Holding among Farm Families. Iowa State Univ. Press, Ames, IA, pp. 31-44. Cf. ANJOS (2001), CARNEIRO (1996, 1998, 2002, 2003), CAZELLA (1985), FULLER (1983, 1984, 1990, 1991), KAGEYMA (1998), SCHNEIDER (2003).

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Cf. BLUM (1999, 2001), HARLAN (1972), LAMARCHE (1993), SANON (1993).

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Segundo Hughs LAMARCHE (coord.; A Agricultura Familiar, Campinas; Unicamp, 1993. P. 15) “A exploração familiar, tal como a concebemos corresponde a uma unidade de produção agrícola onde propriedade e trabalho estão intimamente ligados à família. A interdependência desses três fatores no funcionamento da exploração engendra necessariamente noções mais abstratas e complexas, tais como a transmissão do patrimônio e a reprodução da exploração.”. Mas para Ricardo ABRAMOVAY (“Uma nova extensão para a agricultura familiar”, in Seminário Nacional de Asistência Técnica e Extensão Rural, Brasilia, DF, Anais, 1997, p.3) : “A agricultura familiar é aquela em que a gestão, a propriedade e a maior parte do trabalho, vêm de indivíduos que mantêm entre si laços de sangue ou de casamento. Que esta definição não seja unânime e muitas vezes tampouco operacional. É perfeitamente compreensível, já que os diferentes setores sociais e suas representações constroem categorias científicas que servirão a certas finalidades práticas: a definição de agricultura familiar, para fins de atribuição de crédito, pode não ser exatamente a mesma daquela estabelecida com finalidades de quantificação estatística num estudo acadêmico. O importante é que estes três atributos básicos (gestão, propriedade e trabalho familiar) estão presentes em todas elas.” E, para R. BLUM (Agricultura Familiar; Estudo preliminar da definição, classificação e problemática; In TEDESCO, João Carlos (Org.) Agricultura Familiar; Realidades e Perspectivas; Passo Fundo; Editora da UPF, 1999: 62) “a agricultura familiar define-se pela “gerência da propriedade rural é feita pela família, o trabalho é desempenhado na sua maior parte pela família, os fatores de produção pertencem à família (exceto, às vezes a terra) e são possíveis de sucessão em caso de falecimento ou aposentadoria dos gerentes”. Cf. ANJOS (2001), ARKLETON (1992), CARNEIRO (1996A, 1998), FULLER (1984, 1990), KAGEYAMA (1998), LAMARCHE, (1993), LIMA (2008), MARSDEN (1990), MELLO (2003), RAMBO (2016), TEDESCO (1999), WANDERLEY (2004), SAVOLDI (2010), PERRY (2003).

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atenção para a valorização do sector no arquipélago da Madeira, onde esta ganhou plena expressão desde o século XV, mantendo-se, hoje, fiel às suas raízes quatrocentistas. O arquipélago da Madeira, por força das condições orográficas e das condições alicerçadas para a afirmação do sistema de propriedade assente no contrato de colonia, foi obrigado a assumir esta dimensão familiar na exploração agrícola, característica da economia madeirense que também se estendeu a outras atividades produtivas, como foi o caso do bordado.

PARA UMA NOVA IDEIA DA AGRICULTURA E ECONOMIA DA MADEIRA. A afirmação hodierna da realidade insular madeirense não poderá ser reduzida a uma conquista deste findar do século, pois é corolário de todo um processo de labuta com mais de quinhentos anos. Hoje, todos nós somos os lídimos usufrutuários des-

sa quotidianidade e cultura por que tão afanosamente lutaram os nossos avoengos. Esta forma acabada, em permanente recriação, toma corpo nas múltiplas conjunturas políticas e económicas que marcaram o devir do nosso processo histórico. Aí um conjunto restrito de produtos agrícolas detêm uma função primordial, como catalisadores da animação social e económica, ou definidores de uma diversa realidade societal. Nos primeiros momentos de ocupação do solo, o vinho, o trigo, em primeiro lugar e, depois, o açúcar surgem como elementos aglutinadores desta peculiar vivência com inevitáveis implicações políticas e urbanísticas. Os primeiros materializam a necessária garantia das condições de subsistência e do ritual cristão, enquanto o último encerra a ambição e voracidade mercantil da nova burguesia atlântico-mediterrânica, que fez da Madeira o principal pilar para afirmação na economia atlântica e mundial. O processo é irreversível de modo que, em conCADERNOS DE DIVULGAÇÃO DO CEHA

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense sonância com os movimentos económicos, sucede-se uma catadupa de produtos, com valor utilitário para a sociedade insular, ou com capacidade adequada para ativar as trocas com o mercado externo. Se na primeira fase o domínio pertenceu à economia agrícola, no segundo, que se aproxima da nossa vivência, ele reparte-se em serviços, indústrias artesanais (vimes e bordado) e, de novo, produtos agrícolas.

to, as ilhas atlânticas, pela sua posição charneira no relacionamento entre esses mundos, surgem como viveiros da aclimatação desses produtos às novas condições ecossistémicas que se acolhem. A Madeira deteve uma posição importante, afirmando-se, no século XV, como o viveiro experimental das culturas que a Europa pretendia implantar no Novo Mundo os cereais, o pastel, a vinha e a cana-de-açúcar.

O seu enquadramento e afirmação económica não são pacíficos, sendo feito de embates permanentes entre essa necessária manutenção de subsistência e da animação comercial externa. Desse afrontamento resultou a afirmação, num ou noutro momento, do produto que adquire maior pujança e número de defensores nessa dinâmica. É nesta luta permanente de produtos de uma subsistência familiar, local e insular com os impostos pela permanente solicitação externa que se alicerçou a economia da ilha até ao limiar do século XIX.

A expansão europeia que, desde o século XV, veio revolucionar o cardápio europeu enriqueceu-se, aumentando a gama de produtos e condimentos. Todavia, essa assimilação não foi fácil, pois a tradição culinária europeia foi destronada pelo exotismo das novas sensações gustativas que acabaram por afeiçoar o paladar. Mas até que isso se generalizasse tornava-se necessário conduzir aos locais mais recônditos o cereal e o vinho. Assim, as embarcações que sulcavam o oceano levavam nos seus porões, para além das manufaturas e bugigangas aliciadoras das populações autóctones, inúmeras pipas de vinho e barris de farinha ou biscoito.

Pelo enunciado se conclui que esses produtos serão os pilares mais destacados para a compreensão da realidade socioeconómica madeirense, ao longo destes quinhentos anos, com reflexos inevitáveis na atualidade. Por isso proponho uma breve reflexão sobre a sua importância no devir e quotidiano madeirense.

UMA ECONOMIA DE EQUILÍBRIO ENTRE A SUBSISTÊNCIA E O MERCADO. A tradição mediterrânio-atlântica que define a realidade peninsular repercute-se, inevitavelmente na estrutura agrária e, por consequência, no impacto ecológico que acompanha a expansão atlântica. Daí saíram as sementes, utensílios e homens que lançaram as bases dessa nova vivência insular e atlântico, mas era aí também que se situavam as principais solicitações e orientações. A par disso, o confronto com as novas realidades civilizacionais americanas e índicas contribuiu para um paulatino desencravamento planetário da ecologia e cardápio dos séculos XVI e XVII, com inevitáveis repercussões na economia e hábitos alimentares do europeu. Da Europa, saíram os cereais (centeio, cevada e trigo), as videiras e as socas de cana, enquanto da América e Índia aportaram ao velho continente o milho, a batata, o inhame, o arroz. Nesse contex-

Se o cereal poderá encontrar similar, como o milho e a mandioca, o mesmo não acontecia com o vinho que era desconhecido e incapaz de se adaptar as novas condições mesológicas oferecidas pelas colónias europeias. Desta forma, o vinho foi conduzido da Europa ou das ilhas, onde ele se afirma com essa finalidade aos mais recônditos espaços em que se fixou o europeu. Este era o inseparável companheiro dos mareantes, expedicionários, bandeirantes e colonizadores. Aos primeiros, servia de antídoto ao escorbuto, aos segundos, saciava a sede, enquanto aos últimos, servia como recordação ou devaneio hilariante da terra-mãe. O vinho é, assim, um dos principais traços de união das gentes europeias na gesta de expansão além-Atlântico. No imaginário e devir histórico madeirense paira sempre essa visão tripartida da sua faina agrícola: o vinho e o cereal que a tradição impõe como necessários ao quotidiano espiritual e alimentar, o açúcar que se afirma como provento excedentário, capaz de atrair a atenção dos mercados europeus e de trazer, à ilha, as manufaturas de que necessita. Todavia, essa harmónica trifuncionalidade produtiva, pela sua extrema dependência as dinâmicas e diretrizes europeias, será sujeita a diversos sobressaltos que contribuirão para uma desmesurada desarticulação do quotidiano e economia madeirenses. Assim, a CADERNOS DE DIVULGAÇÃO DO CEHA

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concorrência do açúcar americano lança o pânico na ilha e obriga a uma necessária afirmação da cultura da vinha, cujo derivado, o vinho, se afirmara como a moeda de troca, substitutiva daquele produto. O mesmo sucedera nas primeiras décadas oitocentistas em que o vinho perde a sua posição preferencial nas trocas com o exterior. Aqui, como aquém, depara-se com uma conjuntura difícil, dominada pela fome e emigração. Essa precariedade da economia madeirense não deriva apenas da sua posição dependente em relação ao velho continente, mas também radica nas diminutas possibilidades de usufruto dos 741 Km2 de superfície. No entanto, o lançamento e afirmação, nesse espaço, de uma sociedade em moldes europeus dependeriam das possibilidades de afirmação simultânea desse conjunto de produtos, motores da expansão atlântica e da europeização do seu espaço insular. Nesse processo de labuta, mais do que uma revolução ecológica, assiste-se a outra humana e técnica. As condições ecossistémicas favoreceram a transplantação das primeiras sementes: primeiro,

ergueram os socalcos (poios), depois, adaptaram as técnicas e as alfaias agrícolas aos condicionalismos do novo espaço cultivado. A testemunhar tudo isso perduram os poios, ladeados de levadas, que bem podem ser considerados entre as principais realizações do homem sobre a terra. Esta homenagem deverá ser concedida ao cabouqueiro, colono que recebe das principais gentes da ilha o encargo de valorizar economicamente as parcelas que receberam como benesse. Esse investimento da sua capacidade de trabalho terá justificação jurídica nas chamadas benfeitorias, que englobavam paredes, casas de habitação, lagares ou lagariças, árvores de fruto, latadas, etc. É, assim, o colono que lança as bases dessa revolução técnico-agrícola e um dos principais obreiros dessa harmoniosa paisagem rural. Os proprietários preferiam o bulício ribeirinho da cidade ou do burgo que tentam erguer, fazendo com que a arquitetura e o viver quotidiano se adaptassem à medida do volume dos réditos acumulados com o comércio do açúcar e vinho; estava-lhes reservado o usufruto da vida no espaço urbano, empenhados nas lides administrativas ou entretidos nos jogos de pela e canas. CADERNOS DE DIVULGAÇÃO DO CEHA

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense A vinha e o vinho assumem particular destaque na caracterização do processo histórico madeirense ao longo destes quase seiscentos anos de labuta. Desde os primórdios da ocupação da ilha até a atualidade, este produto manteve a mesma vivacidade na vida agrícola e comércio da ilha. Dos mais não houve capacidade suficiente para resistir à concorrência desenfreada de novos e potenciais mercados fornecedores de aquém e além-mar. Os cereais tiveram saque fácil nos Açores, Canárias, Europa e, depois América, sofrendo, mais tarde, a concorrência do abundante fornecedor americano. Apenas o vinho resistiu à concorrência do dos Açores, Canárias, Europa e Cabo da Boa Esperança, mantendo o tradicional grupo de apreciadores no velho e novo Mundo. No princípio da ocupação da ilha, as necessidades do cardápio e ritual cristão comandaram a seleção das sementes que acompanharam os primeiros povoadores. As do precioso cereal acompanham os primeiros cavalos de cepas peninsulares nesse processo de transmigração vegetativa. A fertilidade do solo, resultante do seu estado virgem e das cinzas fertilizadoras das queimadas, fizeram elevar a produção a níveis inatingíveis, criando excedentes que supriram as necessidades de mercados carentes, como foi o caso de Lisboa e praças do norte de África. Até a década de setenta, do século XV, a Madeira firma a sua posição de celeiro atlântico, perdendo-a, depois em favor dos Açores que emergem desde então, com uma posição dominante na política e economia frumentária do Atlântico. Na Madeira, inverte-se a situação; a ilha de área excedentária passa a uma posição de dependência em relação ao celeiro açoriano, canário e europeu. O estabelecimento de uma rota obrigatória, a partir do fornecimento de cereal açoriano à Madeira, criará as condições necessárias à afirmação da cultura da cana sacarina, produto tão insistentemente solicitado no mercado europeu. O empenho do senhorio e coroa na cultura deste novo produto conduziu à afirmação preferencial de uma nova vertente da economia atlântico-insular. A partir de então, os interesses mercantis dominam a dinâmica agrária madeirense. Na ilha, as searas deram lugar aos canaviais, enquanto as vinhas se mantêm, de modo insistente, numa posição de destaque. Se o cereal pouco contribuía para aumentar os reditos dos seus intervenientes, o mesmo não se poderá dizer em relação ao açúcar e vinho que, a seu

tempo, contribuíram para o enriquecimento das gentes da ilha. A própria coroa e senhorio fizeram depender grande parte das suas despesas ordinárias dessa fonte de receita. Por outro lado, o enobrecimento da vila, mais tarde, cidade do Funchal fez-se à custa desses dinheiros. O Funchal avança para poente e adquire fama de novos e potenciais mercados. Todavia, esta opulência teve vida efémera. Desde a terceira década do século XVI, o açúcar madeirense é destronado da posição cimeira no mercado europeu, perdendo a preferência em favor do canário ou brasileiro, de menor qualidade, mas que aparecem com preços mais baratos. A persistência de alguns lavradores, a celebridade da sua superior qualidade e a sua solicitação pela doçaria e casquinha madeirenses fizeram com que a cultura se mantivesse por largos anos atingindo, em momentos de crise dos mercados americanos, alguma pujança. Mas, irremediavelmente condenada à sua cultura, o madeirense vê-se forçado a canalizar todas as suas atenções nas vinhas, fazendo-as assumir o espaço abandonado pelas socas de cana. Desta forma, os canaviais fazem-se substituir pelas latadas, enquanto os engenhos dão lugar aos lagares e armazéns. Essa mudança na estrutura produtiva provocará alterações na dinâmica económica da ilha; o açúcar definia apenas um complexo industrial, o engenho, onde decorria a respetiva safra, o vinho necessitará de dois espaços distintos - o lagar onde as uvas dão lugar ao saboroso mosto e os armazéns da cidade onde este fermenta e é preparado para atingir o necessário aroma e bouquet. Deste modo, o agricultor, colono ou não, detém apenas o controle da viticultura, ficando reservado ao mercador o moroso processo de vinificação. Por mais de dois séculos, a vinha e o vinho surgem como os principais aglutinadores das atividades económicas da ilha, dando ao meio rural e urbano desusada animação; o Funchal cresce em monumentalidade e as principais famílias reforçam a sua posição económica. A conjuntura da primeira metade de oitocentos, demarcada pelos conflitos europeus, guerra de independência das colónias, associada aos fatores de origem botânica (oídio-1852, filoxera-1872) conduziram à paulatina degenerescência da pujança económica do vinho. Como corolário desse inevitável processo,

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sucedem-se as fomes, nos anos quarenta, e a sangria emigratória nas décadas de 50 e 80, para o continente americano, onde o madeirense vai substituir o escravo nas plantações. Por um período de mais de setenta anos, a confusão institucional e económica alarga-se ao domínio social e alimentar. Assim, sucedem-se novos produtos de importação do Novo Mundo que ganham uma posição de relevo na culinária madeirense. Destes destacam-se o inhame e a batata. A par disso, definem-se políticas de reconversão e ensaios de novos produtos com valor comercial (tabaco, chá,...). Em pleno apogeu da indústria vinhateira, temos a paulatina afirmação de um novo sector de serviços. A partir da segunda metade do século XVIII, a ilha assume um outro papel. Alguém terá dito que os iniciais promotores do turismo insular foram os gregos, mas os primeiros turistas foram, sem dúvida, ingleses. Os gregos celebraram, na sua prolixa criação literária, as delícias das ilhas situadas além das colunas de Hércules. Os arquipélagos da Madeira e Canárias são mitologicamente considerados a mansão dos deuses, o seu jardim das delícias, onde eles convivem com os heróis da mitologia. Todavia, foram os ingleses, ainda que muito mais tarde, a desfrutar desta ambiência paradisíaca, reservada aos deuses e heróis, escolhendo-as como rincão

de permanência, breve ou prolongada. Diz-se até que a primeira viagem de núpcias, embora ocasional, terá sido protagonizada por um casal inglês. Mais uma vez, a lenda que ficou conhecida como de Machim. Na verdade, foi esta visão mítica, perpetuada nos relatos antigos ou reavivada nos testemunhos coevos, que motivou o desusado interesse do inglês pelas belezas aprazíveis da Madeira. A Europa oferecia ao aristocrata britânico demasiados motivos para o “grand tour” cultural. Mas a Madeira recriava os mitos antigos e reserva-lhe um ambiente paradisíaco e calmo para o descanso, ou, como sucede no século dezoito, o laboratório ideal para os estudos científicos; o endemismo insular propiciava esta última situação. De acordo com isso, as ilhas tornaram-se no principal alvo de atenção de botânicos, ictiólogos, geólogos, o que levou Alfredo Herrera Piqué a considera-las “a escala científica do Atlântico”. Por isso, foram os ingleses os primeiros a descobrir as infindáveis qualidades de clima e paisagem e a divulgá-las junto dos seus compatriotas. O ilhéu, autêntico cabouqueiro e jardineiro deste rincão, estava por demais embrenhado na árdua tarefa de erguer paredes e arrotear os poios, e por isso mantinha-se alheio às suas delícias. Para ele, esta beleza agreste dos declives não passava de mais um entrave na sua luta contra a natureza. Enquanto o madeirense cavava e traçava os poios, o inglês entretinha-se nos

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense passeios a cavalo ou em rede pelos mais recônditos locais da ilha. A verdadeira descoberta da Madeira foi obra dos ingleses. Neste contexto, podemos afirmar que o português descobriu apenas o caminho para cá chegar. A partir da segunda metade do século dezoito, foi a revelação da Madeira como estância para o turismo terapêutico, mercê das então consideradas qualidades profiláticas do seu clima na cura da tuberculose, o que cativou a atenção de novos forasteiros. A tísica propiciou-nos, ao longo do século dezanove, o convívio com poetas, escritores, políticos e aristocratas. Não obstante a polémica causada em torno das possibilidades deste sistema de cura, a ilha permaneceu por muito tempo como local de acolhimento destes doentes, sendo considerada a primeira e principal estância de cura e convalescença do velho continente. Foi a presença, cada vez mais assídua, destes doentes que provocou a necessidade de criação de infraestruturas de apoio: sanatórios, hospedagens e agentes, que serviam de intermediários entre estes forasteiros e os proprietários de tais espaços de acolhimento. Este último é o prelúdio do atual agente de viagens. Então o turismo, tal como hoje o entendemos, dava os seus primeiros passos. E foi como corolário disso que se estabeleceram as primeiras infraestruturas hoteleiras e que o turismo passou a ser uma atividade organizada e com uma função relevante na economia da ilha. E, mais uma vez, o inglês é o principal protagonista. O turismo caminhou lado a lado com o vinho e o aparecimento de novas atividades. A vinha persistiu nas latadas e fez-se companheira dos vimieiros e bordadeiras. Esta harmonia marchava a favor da ilha e tornava possível a existência de várias formas de atividade que garantiam a sobrevivência. A variedade foi a receita certa para manter de pé, por algum tempo, a frágil economia insular. Na década de quarenta, define-se o “comércio, a navegação o turismo, os grandes propulsores do desenvolvimento insular”. As atividades em torno da obra de vimes e bordados tiveram nos estrangeiros, principalmente ingleses, os seus principais promotores. A primeira metade da presente centúria foi marcada por profundas mudanças na economia madeirense. É para aqueles que a viveram um momento para esquecer. Primeiro, as guerras mundiais (1914-19 e

1939-45) e, depois, os problemas políticos e económicos marcaram este como um momento negro da vida madeirense. A guerra evidenciou a fragilidade da economia da ilha e evidenciou a sua extrema dependência do mercado externo. Os problemas económicos arrastam convulsões sociais que se misturam com as políticas. Assim, tivemos, em fevereiro de 1931, a Revolta das Farinhas, a que se seguiu em 1936 a Revolta do Leite. Para muitos madeirenses, a solução foi a emigração para o Brasil, Venezuela, USA, Curaçau. O Brasil continua a ser o nosso El Dourado. A emigração funciona, em todos os tempos, como válvula de escape para a miséria da sociedade. As medidas do governo, com a criação da Comissão de Aproveitamentos Hidráulicos e as suas iniciativas atenuaram para algumas famílias os efeitos da crise. Começava aqui um plano de fomento de infraestruturas consideradas primordiais para o progresso da ilha: a reorganização do sistema de regadio, que através de novas levadas iria permitir um maior aproveitamento agrícola, o delinear de um plano viário, que permitiu a aproximação das diversas localidades da ilha e a possibilidade de um progresso harmonioso.

OS DESAFIOS DO PRESENTE. Nos últimos anos, a Madeira adquiriu uma posição desusada no “ranking” da comunidade científica. A ilha continua a fascinar cientistas e visitantes. O clima, o endemismo, as particularidades do processo histórico, o protagonismo na História do Atlântico fazem dela, ontem como hoje, um polo chave para o conhecimento científico. Hoje, a ilha é um tema de debate nos diversos areópagos científicos e cada vez mais se sente o apelo da comunidade científica para o seu conhecimento e divulgação. Em certa medida, esta próxima realidade vai ao encontro daquilo que foi a História do arquipélago. Na verdade, o passado histórico da ilha, relevado quase sempre pelos aspetos económicos e sociais, esquece uma componente fundamental da nossa aportação: a inovação e divulgação tecnológica que transformou a rotina das tarefas económicas e revolucionou o quotidiano dos nossos avoengos. Mais do que isso, o madeirense, além de exímio inventor - na inevitável tarefa de encontrar solução para as ques-

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense

tões e dificuldades do dia-a-dia - foi também um eficaz divulgador da sua tecnologia.

valorizar todo o trabalho destes últimos dez anos de aposta do processo autonómico.

A Madeira foi a primeira terra revelada do novo mundo, escala para a navegação e expansão dos produtos europeus no mundo atlântico. Com o século XVIII, a ilha transforma-se em escala obrigatória das expedições científicas que fizeram saciar a curiosidade inata do Homem das Luzes.

Consolidar a autonomia, nesta conjuntura de contratempos, implica um profundo mergulho nas profundezas da nossa identidade. A aposta no conhecimento, na cultura, é a via inevitável, se queremos vencer os desafios do futuro e atribuir à ilha o novo protagonismo no espaço Atlântico, fazendo jus à tradição histórica de que, afinal, somos todos herdeiros.

Hoje, a realidade e os desafios são outros e a todos nós resta dar continuidade a essa aquisição de mais-valia que reverta em nosso favor e não de estranhos. Ao nível científico, deparam-se-nos inúmeros desafios que deverão ser tidos em conta. O suporte institucional, através da plena afirmação das instituições que dão corpo a esta nova realidade, é uma opção inadiável. Por isso, se queremos ganhar todos estes desafios e corresponder ao apelo do protagonismo que o passado nos acalenta, há que permitir a “rédea solta” destas instituições, dotá-las de meios adequados à sua existência e afirmação. Caso contrário, estamos a sacrificar o nosso futuro e a des-

PRESERVAR A MEMÓRIA. Os testemunhos patrimoniais dessa intervenção dos produtos agrícolas no devir e quotidiano madeirense ainda são abundantes e, por essa razão, merecem a nossa atenção. Esta tendência museológica universal, aliada à riqueza patrimonial da ilha nesse âmbito, apelam a necessária e urgente reativação do museu etnográfico da Madeira, que se encontra ins-

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense talado desde 1994, na Ribeira Brava. Mesmo assim, podemos afirmar que os nossos antepassados apelam a uma necessária homenagem assente nessa trifuncionalidade agrícola que os empenhou e acalentou mais de quinhentos anos. Os restos de eiras, engenhos, lagares, armazéns e vivendas solarengas, disseminados por toda a ilha, merecem a nossa atenção e o acolhimento do visitante. Para isso, seria necessário a elaboração de um roteiro turístico desses valores patrimoniais, devidamente enquadrados na realidade social e económica. Com isto será possível manter o elo que nos liga ao passado económico e podemos contribuir para consolidar a nossa aposta no turismo.

FORMAS DE VER E INTERPRETAR A EVOLUÇÃO ECONÓMICA DO ARQUIPÉLAGO. A primeira questão a merecer a nossa atenção prende-se com a tão celebrada teoria dos ciclos económicos da Madeira. De acordo com os seus arautos, o processo económico da Madeira articula-se de acordo com uma afirmação cíclica de produtos. Todavia, esta teoria, que teve o seu apogeu nas décadas de cinquenta e sessenta, não colhe hoje adeptos. Na verdade, a dominância desses produtos sucede apenas no sector da exportação e nunca na realidade global da ilha, onde, por vezes, é mais dominante à presença de outros, como fonte de riqueza familiar e de subsistência. Os ciclos de monocultivo são apenas a parte visível das exportações e limitar a análise económica a isso é uma atitude reducionista, uma vez que apenas se limita a reconhecer a importância dos produtos com maior peso nas exportações. A ilha é um microcosmo definido pela variedade de espaços ecológicos que não se compadecem com uma unicidade agrícola. Essa condição dominante levou a uma sistematização do devir socioeconómico em ciclos, que se demarca com uma ilusão ótica da complexa realidade que lhe serve de base. Assim, o produto passa a definir a estrutura sócioeconómica, num determinado momento, esquecendo-se da sua complexidade, quer no sector produtivo, quer no comercial. A documentação é unânime na afirmação de que o empenho do ilhéu não se resume ao produto que mais gira nas relações com o exterior. Há em todos uma

certa preocupação de autossuficiência que milita a favor da manutenção das culturas tradicionais que medram, lado a lado, com as dominantes no comércio externo. Esta polivalência produtiva manteve-se sempre no devir socioeconómico insular. A dominância de um ou de outro produto nas relações com o exterior não destrói essa polissemia produtiva, nem retira o empenho das gentes laboriosas nesse processo. Atestam-no as posturas municipais onde, nos diversos sectores económicos, se expressa uma diversidade de interesses e movimento quotidiano de produtos. Em todas as dinâmicas produtivas e comerciais que marcaram e continuaram a definir o processo histórico madeirense, é gritante a extrema dependência da ilha em relação ao exterior. Aí a Europa detém uma posição dominante, firmando-se como centro emanador de orientações de política e economia. Essa situação comum ao mundo insular define uma das principais peculiaridades deste espaço: a extrema fragilidade e dependência da sua economia em relação ao velho continente. Para isso, em muito contribuiu a posição hegemónica das cidades-capitais dos impérios peninsulares e a pouca disponibilidade de recursos e meios das sociedades insulares. Em certa medida, a dinâmica autonómica desencadeada nestas últimas décadas poderá contribuir para o desencravamento dessa situação e para a afirmação de uma nova realidade insular ou arquipelágica. Por outro lado, é evidente que a afirmação de um produto no sector das exportações não é possível sem um sistema de policultura, principalmente em universos restritos como as ilhas. Assim, os canaviais subsistem, se for possível assegurar um vasto hinterland de culturas de subsistência. Deste modo, os ciclos serão a visão mais deformada do processo económico da ilha, a caricatura de uma realidade que é muito complexa. Entender a economia das ilhas, a sua História, é reconhecer um estatuto diferenciado a estes espaços económicos. Para nós, a História da realidade económica não se compadece com as teorias e tão pouco se lhes deve subjugar.

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense

AO ENCONTRO DA ILHA E DA SUA AGRICULTURA. A ilha ofereceu-se e abriu-se à interação humana desde o século XV, mas parece que esta nem sempre terá atuado de forma harmoniosa, gerando situações de conflito e afrontamento. Os primeiros povoadores quebraram o silêncio dos bosques e procuram criar desta ilha paraíso, e quase só paraíso, um recanto onde pudessem viver e usufruir dela. E, a ilha, como expressão terreal do paraíso, apresenta-se como um espaço acolhedor, familiar, por força das condições oferecidas pelo meio, que encurtam as distâncias, fazem substituir os vales e planícies, por escarpas e montanhas. As condições físicas da ilha, geradas pelas manifestações da orografia, presentes desde o século XV, evocam esta intimidade, espírito de família, que se manifesta na interação de todos no núcleo espacial que dá forma à família ou comunidade familiar ou de pessoas. Neste contexto, ao falarmos de “agricultura familiar” deveremos precisar o que entendemos e que a ideia histórica de família é totalmente dife-

rente daquele que hoje domina o nosso imaginário, quotidiano e vida social, onde impera a chamada família nuclear. A chamada família histórica ou extensiva está para além desta visão reducionista que atualmente domina a nossa sociedade e que a faz assentar na trilogia de autores em interação (marido/mulher/ filhos). É um universo muito mais amplo, complexo e diversificado, que se rege por regras definidas pela tradição e pela religiosidade, que muitas vezes ganham ou não expressão na força da lei e quadro jurídico que rege e regula as sociedades. Desta forma, teremos que a História apresenta a família/a casa como uma instituição fundamental em termos de semente da sociedade, economia e política de uma sociedade, cuja evidência se torna mais clara quando nos deparamos com sociedades e espaços de ocupação, novos, com pouco mais de quinhentos anos de ocupação. A ilha estava desabitada, de forma que a família madeirense começou a ser gerada no século, com a abertura de clareiras e a chegada dos primeiros homens, mulheres e crianças que serão o fermento dessa outra família madeirense, que se constrói em consonância com as condições CADERNOS DE DIVULGAÇÃO DO CEHA

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense oferecidas pelo novo espaço e a capacidade do ser humano em adaptar a sua tradição e cultura material a essa situação. Historicamente, a família é uma instituição da ilha e nada a releva para segundo plano, fazendo com que tudo, desde a economia e, até mesmo a política, se subordinem a este eixo de estruturação da sociedade. Ela é o centro onde tudo começa e acaba. Hoje, perdeu importância, por força da plenitude do individualismo, mas o crepúsculo desta situação prenuncia novas formas da sua afirmação ou retorno. O primado do individualismo não retirou papel e lugar à família e a solidariedade que a todos aproxima por força deste núcleo que é a família. Desta forma, a perda de importância, em alguns aspetos, da família na nossa sociedade, faz com que se torne difícil entender alguns mecanismos sociais que, no passado, fizeram valorizar a família e afirmá-la como um núcleo social fundamental para a sociedade e economia, porque, na verdade, foi em torno da família que tudo se construiu. Para nós, interessará, aqui e agora, a ideia histórica de família extensiva, como uma instituição marcante da sociedade, em torno da qual se estabelece uma teia de relações sociais que influenciam, de forma clara, o devir da política e economia de uma determinada sociedade. À ilha chegou, em 1419, a instituição família que existia no Reino, marcada por mecanismos de funcionamento, que o quadro tradicional, social e jurídico sempre evidenciaram e registaram. Desta forma, a família que chega não se resume ao núcleo essencial da trilogia que conhecemos, mas é algo mais amplo e extensivo, onde estão presentes aqueles que se ligam por laços de sangue e outros que também aderiram por outro tipo de vínculo. Desta forma, a família não se define pelo pai/ mãe/filhos, mas pelo nome, muitas vezes dito de família, que se associa no imediato à ideia de casa e património. O nome estabelece o vínculo histórico ou ancestral, mas o património e demais que interagem no espaço na casa, aqui muitas vezes não entendida apenas como o espaço de habitação, sedimentam os laços que geram e fazem perdurar as relações entre os diversos interlocutores. Esta teia de vínculos, com expressão real e simbólica, é notada na sociedade e tem uma plena expresso do espaço onde se constrói. São marcos emblemáticos e definidores o nome, a casa espaço físico

e o entorno económico gerado pelos poios gerados neste quadro comunitário. Tudo se constrói e estabelece, desde o início, num quadro de interação social, em que todos participam de forma evidente na definição das condições que materializam a plenitude e afirmação da família. Na verdade, as condições da orografia não são favoráveis ao individualismo e obrigam, muitas vezes, à plenitude da solidariedade que suplantam habitualmente o quadro desta forma de expressão da família. Criam-se comunidades de povoadores, como se criam comunidades de regantes e proprietários de levadas, mecanismos indispensáveis à produção e transformação dos produtos. A ideia de partilha de força de trabalho, de riqueza e capacidades está presente em todas as situações e terá sido a principal força que fez emanar uma outra realidade insular marcada pela solidariedade entre famílias, bem evidente na dinâmica de partilha da construção e usufruto das levadas, nas múltiplas tarefas agrícolas que, por força do ciclo vegetativo das culturas, obrigava a isso, isto é, uma disponibilidade momentânea, em determinadas épocas do ciclo agrícola, de força de trabalho, que de outra forma só seria possível, caso houvesse disponibilidade humana e financeira para isso, através de mão-de-obra livre ou escrava. Desta forma, podemos afirmar que o ciclo vegetativo das principais culturas (vinha, cereais e canaviais) obrigaram e asseguraram no tempo este espírito solidário, como cooperaram para a perpetuação no tempo dos laços familiares, conduzindo a que na ilha sempre tivéssemos uma agricultura familiar, assente na capacidade da força de trabalho da mesma, cujas lacunas eram colmatadas pelo espírito solidário da comunidade vicinal. Poderemos questionar a situação hoje, nomeadamente no decurso do século XX, por força das situações que sucederam, que puseram em causa e desacreditaram este estilo de vida quase comunitário e de partilha. A década de trinta foi um momento importante neste quadro evolutivo de afirmação ou de perda de importância da família. A situação gerada em torno da quebra do espírito comunitário, em que assentava o sector cooperativo, foi uma importante machadada. Neste quadro, a chamada revolta do leite, de 1936, foi o mote da mudança imposta pela política e que levou ao descrédito do novo sector cooperativo. Parece que tudo se conjuga para o mesmo. SeCADERNOS DE DIVULGAÇÃO DO CEHA

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense

não, vejamos. A orografia da ilha faz esquecer as planícies continentais e estabelece o primado do minifúndio que se afirma de forma dispersiva. Por outro lado, esta dispersão de núcleos de povoados e de espaços agrícolas gera maiores dificuldades em termos do transporte dos produtos para transformação ou armazém, antes da entrada no circuito comercial. A par disso, temos de ter em conta a forma como surgiu e evolui esta sociedade madeirense. Tudo começou, tendo como ponto de partida uma figura, o Infante D. Henrique, que se afirma desde 1433, em termos jurídicos, como o proprietário da mesma e aí procura ampliar a família em torno da sua casa. Em 1511, Simão Gonçalves da Câmara, capitão do Funchal e subordinado a esta extensa família da casa do Infante, afirmava que a ilha era a Horta do Senhor Infante, fazendo com que todos os que aí residiam com fazendo parte desta família. Recorde-se ainda que alguns dos meios de produção indispensáveis ao quotidiano e transformação dos produtos eram da sua iniciativa e daqueles que o representavam, como vemos nas cartas de doação da capitania. Desta forma, esta família extensa que povoa a ilha partilha os

moinhos de açúcar, de mão, os fornos de pão, como de outros meios comunitários indispensáveis. Insiste-se na ideia de que o açúcar trouxe associado a escravatura, sendo o principal motor da sua afirmação no espaço Atlântico. Todavia, na Madeira, esta expressão é reduzida, quando comparada aos espaços americanos, porque na verdade a estrutura patriarcal que se afirma parte da família e o escravo não assume um lugar fora desta, mas integra-se de corpo inteiro nela. É mais um a fazer parte deste quadro familiar. A criação de um outro quadro social, assente nesta condição, ainda não está presente nos primórdios da economia açucareira e só ganhará expressão em S. Tomé ou no Brasil. A presença do escravo na economia agrícola madeirense enquadra-se neste quadro estabelecido e continuará a marcar, por muito tempo, a sociedade madeirense. O escravo faz parte da família, por força do vínculo jurídico, aliado à sua compra. Está presente, em termos físicos e sociais, sendo indissociável dela em todos os aspetos. Mesmo com o açúcar, é notória, desde o início, a criação de pequenas unidades de produção que, por força da orografia, implicam diversas formas de

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense exploração que resultam, por exemplo, no aparecimento do contrato de colonia/arrendamento/aforamento, como da perda de importância do trabalho escravo. Ainda a conjugação das condições definidas pela orografia e múltiplos fatores do sector produtivo fazem com que a unidade familiar continue a afirmar-se. Por outro lado, a forma intensa de povoamento, que apela à dispersão patrimonial, mas que o sistema jurídico de sucessão havia travado, assim como o fator económico envolvente com os investimentos elevados em termos tecnológicos implicaram, em muitos casos, que um espaço agrícola não fosse sinónimo de uma estrutura de transformação, por força dos elevados custos da sua construção e manutenção. O problema da mão-de-obra encontrava, quase sempre, solução no seio desta família extensa, fazendo com o escravo deixe de assumir um papel importante como fator de produção, mesmo com o açúcar. É óbvio que os métodos relacionados com a exploração agrícola do açúcar, assentes numa elevada mão-de-obra encontrava aqui formas de rentabilização e de redução dos custos. A forma de exploração intensiva e extensiva do açúcar ficará projetada para outros espaços e, assim, a agricultura familiar será salvaguardada na ilha, mesmo que condições próprias de algumas culturas sejam contrários. Um dos aspetos particulares da exploração açucareira em solo madeirense é a de que a um canavial, ao contrário do que habitualmente acontece no Brasil, não corresponde a um engenho, gerando-se uma diferenciação clara do sector produtivo do transformador. Acrescente-se que esta situação é herdeira da situação criada nas primeiras décadas de povoamento em que as infraestruturas produtivas eram propriedade, primeiro do senhorio, o infante D. Henrique, e, depois, partilhadas pelos capitães do Funchal, Machico e Porto Santo. Esta forma de propriedade das forças produtivas fará com que haja lugar a esta obrigatória partilha, enquanto, noutros espaços, como sucedeu no Brasil, a situação era distinta. A família é uma constante no quadro da agricultura madeirense e tudo se conjuga para isso, mesmo em situações onde menos se espera. O chamado contrato de colonia gera vínculos jurídicos no quadro das relações sociais e familiares que afirmam de novo a importância da instituição família e da agricultura como sendo inevitavelmente familiar. Ele gera duas formas de propriedade e atua como mecanismo per-

petuador da instituição família que está na sua origem em ambas as frentes. Da parte do proprietário da terra, a extensão e perpetuação do património faz-se através da sucessão apenas pelo filho varão, situação que se espelha na propriedade útil do colono de amanha e cultiva a terra. Tanto de um lado, como do outro, o contrato de colonia atua como uma fator de coesão e unidade familiar, como de preservação da unidade fundiária, já de si tão dividida em termos físicos por força da orografia. A tradição europeia gerou esta situação de vínculo familiar da agricultura madeirense, que encontrou nas condições propiciadas pela orografia a plenitude da sua afirmação. Finalmente, os vínculos jurídicos, que fundamentaram a propriedade da terra com o contrato de colonia, foram o reforço a sua perpetuação. É, assim, neste quadro que deveremos entender a importância que assumiu a agricultura familiar no arquipélago da Madeira. A ilha não oferecia condições para outro tipo de situação. A História revela que nada acontece por acaso e quando há sabedoria por parte do homem tudo se conjuga para um desenvolvimento harmónico, até certo ponto. À ilha chegaram estruturas de organização social e económica que, no decorrer do tempo, se ajustaram às que o meio oferecia. Estava claro que a ilha propiciava ao açúcar as condições para que a cultura se afirmasse, quando não tivessem por perto outra área com idênticas condições para tal. Mas, entretanto, chegados às Canárias e, sobretudo, ao Brasil, onde as condições permitem uma exploração intensiva e extensiva da cultura, estava irremediavelmente perdida a época de ouro da produção açucareira madeirense. Estes constrangimentos atuaram, diga-se, de forma favorável, no sentido de uma agricultura familiar que, de outra forma, teria encontrado condições para outras formas de exploração onde, sem dúvida, o trabalho escrava deveria ter sido dominante.

CONCLUSÃO. A HISTÓRIA DA AGRICULTURA DA MADEIRA QUE FALTA. Tal como dissemos, a visão da agricultura madeirense ainda continua assente numa dinâmica de monoproduto, não existindo uma História real e global da nossa agricultura. É uma tarefa por começar

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense

e que deve merecer o nosso interesse, pois, a partir dessa sistematização de conhecimentos historiográficos e técnicos, ficará mais clara a importância da Madeira na afirmação e desenvolvimento da agricultura no espaço atlântico. É certo que temos estudos sobre os produtos agrícolas com maior interesse na História e Economia da Madeira, mas faltam visões de conjunto sobre o seu enquadramento global na economia e processo agrícola. Temos, sem dúvida, múltiplos estudos sobre as levadas, sobre os engenhos e azenhas, mas falta uma História global da agricultura que situe a real dimensão e importância do aproveitamento das energias pelos madeirenses. Ainda sabemos dos efeitos destrutivos de múltiplas calamidades, como incêndios, aluviões, mas ainda não fomos capazes de dar conta da forma como evoluiu no tempo esta relação dos madeirenses com o seu entorno, dando conta das ações destrutivas e contrárias, no sentido da sua preservação.

nómica do arquipélago. Conhecemos já tudo ou quase tudo o que se relaciona com os produtos que, historicamente, fizeram a riqueza da ilha. Insistimos na ideia do sistema de propriedade, referindo quase só o contrato de colonia. Afirmamos a importância da tecnologia que os madeirenses foram pioneiros e levaram ao mundo atlântico com a cana-de-açúcar. Relevamos e sacralizamos a criação dos poios e das levadas. Mas falta ainda entender como tudo isto se articulou no terreno, quais os conhecimentos adquiridos e valorizados na agronomia, ecologia e biologia solidificada num conhecimento vivencial de eterna dedicação e veneração da terra, o elemento vital do modo de ser e estar no mundo do ilhéu. Em suma, falta a História da Agricultura madeirense que é o sustentáculo para, no presente, conhecer o passado, para consolidar o futuro desta agricultura que faz da ilha um jardim do mundo.

Faz falta uma História da Agricultura no Arquipélago da Madeira e é essa que nos propomos colmatar com a sua preparação e divulgação, fazendo uma nova leitura dos textos e a investigação que temos realizado até ao presente sobre a História ecoCADERNOS DE DIVULGAÇÃO DO CEHA

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense

ANEXO

1. TRABALHOS DESENVOLVIDOS POR ALBERTO VIEIRA COM LIGAÇÃO A História da Agricultura. (1980-2016)

2016 “O Trigo e o Pão “nosso...” na capitania e jurisdição de Machico” , in “X Colóquio do Mercado Quinhentista”, 14 de maio (sábado), organizado pela Escola Secundária e Câmara Municipal de Machico;

2015 • O Arquipélago das Selvagens. Um Mundo de Ilhas Portuguesas com História, Anuario de Estudios Atlánticos ISSN 2386-5571, Las Palmas de Gran Canaria. España, núm. 61, pp. 119122. • História da Vinho Madeira: O Vinho Madeira, a In-

dependência dos Estados Unidos da América e os Presidentes, Funchal, CEHA, Cadernos CEHA, n.º 1. • Os Forais da Madeira, Funchal, CEHA, Cadernos CEHA, n.º 3. • Discurso da Anti-insularidade e o Poio Madeirense como a sua Negação, Funchal, CEHA, Cadernos CEHA, n.º 5. • Alfenim da Madeira para o Mundo, Funchal, CEHA, Cadernos CEHA, n.º 8. • As Levadas. os Caminhos da Água na Madeira. Funchal, CEHA, Cadernos CEHA, n.º 9. • Dicionário da Expansão Portuguesa, Direção de Francisco Contente Domingues, Lisboa, Circulo de Leitores, 2 vols. Entradas: vol. I- Canárias (pp. 203-208). • Dicionário Enciclopédico da Madeira, Direção de José Eduardo Franco, Funchal, APCA.

Entradas: Açucar, Aguardente, Bordado, Casquinha, Cereais, Cidra, Colonia-contrato, Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hidraulicos, Engenhos, Estufas, Florestas, Fome, Funchal, Gado, Hinton, Imposição viCADERNOS DE DIVULGAÇÃO DO CEHA

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense nho, Incêndios, Jardins, Junta de melhoramentos Agrícolas, Moinhos, Milho, Ofícios e artesãos, Pastel, Pecuária, Peru, Pescas, Pesos e Medidas, Sumagre, Urzela, Vimes, Vinho.

• Dicionário de Impostos. Contribuições, Direitos, impostos, rendas e Tributos. Funchal, CEHA. ISBN: 978-972-8263-83-6, vols:1 [Formato digital com folheto].

• Com Emanuel Janes: Estradas, Obras publicas, Transportes marítimos, Transportes, Navegação Marítima, Obras públicas, Pontes.

• Dicionário de Finanças Públicas. Conceitos, Instituições, Funcionários. Funchal, CEHA. ISBN: 978972-8263-84-3, vols: 1, [Formato digital com folheto].

• Com Sérgio Rodrigues: Balança comercial, Banana, Dependência Externa, Dívida, Economia, Finanças, Mercados, União Europeia. (Obra no prelo. Vide página divulgação: http://aprenderamadeira.net). • Bordados da Madeira, in Newsletter: Memória das Histórias das Gentes que fazem a História, n.º 26, Funchal, CEHA, pp. 1-3. • Que papel teve a Agricultura Familiar na História da Madeira e que contributo deu para a nossa economia e cultura? Conferência “Agricultura familiar na RAM - passado, presente e (que) futuro?” organizada pela Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais.

2014 • O Deve e o Haver das Finanças da Madeira. Finanças públicas e fiscalidade na Madeira nos séculos XV a XXI. Funchal, CEHA. ISBN:978-972826375-1, vols:2 [em Formato digital com folheto]. • Debit and Credit in Madeira Finance. Public Finance and fiscality in Madeira from the 15th to 21st centuries. Funchal, CEHA. ISBN:978972-826376-8 vols:2 [Formato digital com folheto]. • Entender o Deve e o Haver das Finanças da Madeira. Funchal, CEHA. ISBN: 978-972-826377-5, vols: 1 [Formato papel]. • Understanding Debit and Credit in Madeira Finance. Funchal, CEHA. ISBN: 978-972-826378-2, vols:1 [Formato papel]. • (Coordenação): Debates Parlamentares. 18212010. Funchal, CEHA. ISBN:978-972-826381-2, vols:1 [Formato digital com folheto]. • Livro Das Citações do Deve & Haver das Finanças da Madeira. Funchal, CEHA. ISBN: 978972-826382-9, vols:1 [Formato digital com folheto].

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1984 • O Comércio de Cereais das Canárias para a Madeira nos séculos XVI e XVII, in VI Coloquio de historia canario -americano, Las Palmas de Gran Canaria, t. I, pp. 326-351. 1983 • O comércio de cereais dos Açores para a Madeira no século XVII, in Os Açores e o Atlântico (séculos XIV-XVII), Angra do Heroísmo (Sep. do Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira) Angra do Heroísmo, pp. 651-677. • O Vinho Madeira (Breve Resenha Histórica), Angra do Heroísmo, DRAC.

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense

Todos os textos em posse do autor estão disponíveis para consulta nos seguintes diretórios:

• Artigos sobre diversos temas: http://bit.ly/2cx2DnJ • S. Vicente: https://goo.gl/6RbCUH

• Açúcar: https://goo.gl/3bfBeO

• Textos em inglês: https://goo.gl/UUWqlq

• AV-cv/alargado: https://goo.gl/8Qku3Y

• Vinho: https://goo.gl/fWObUB

• AV/cv-curto: https://goo.gl/IDiWjI • AV/cv-ingles(docx): https://goo.gl/AsnZob • AV/cv: https://goo.gl/KvIhjp • Bibliografias: https://goo.gl/dtF1iT

• Curriculum alargado:

https://1drv.ms/b/s!AgtfNEGjPfjMkjnlLnF4_ x0eoCM0

(com links textos)

• Colombo https://goo.gl/nYLK01 • Escravos: https://goo.gl/DqO11t • Folclore e quotidiano: https://goo.gl/fcxtET • Ilhas: https://goo.gl/CG7rlv • Madeira: http://bit.ly/2c8NXL3 • Mobilidades: https://goo.gl/KiqQgB

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O poio na humanização do território e na construção da agricultura madeirense

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A

Madeira protagonizou um papel importante na História da Agricultura no Espaço atlântico, catapultando a agricultura europeia para o mundo atlântico, que experimentou de forma eficaz, produtos e técnicas de cultivo e transformação, que permitiram gerar riqueza e encontrar, por vezes, solução para as necessidades alimentares europeias. É notável a obra de mais de quinhentos anos dos europeus no processo de apropriação e humanização do solo. Por falta de condições, o homem construiu a casa e o poio donde extrai o seu sustento à beira ou em pleno abismo.

Projeto

"Memória das Gentes que fazem a História"

Centro Estudos de História do Atlântico (CEHA) Rua das Mercês, nº 8, Funchal Tel: 291 214 970 • Fax: 291 223 002 email: geral.ceha@gov-madeira.pt página web: http://ceha.gov-madeira.pt/ blogues: http://memoriadasgentes.ml/


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