Revista
Nº 148 Março 2022
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais
Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT
AL ECI P S E ria ÃO eto r Ç i I D ED da nio ão iê ç i r e d 6 El qua 2/202 2 0 2
Novo presidente Chapa 1, encabeçada por Rafa Macedo, vence eleição do Sindicato com 71% dos votos
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Nº 148 – Março 2022
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Mais uma vez:
muito obrigado, Revenda mineira!
É
a última vez que me dirijo a você como presidente do Minaspetro. Escrevo esta mensagem em nossa revista com os olhos marejados de emoção, certo de que foi a experiência mais enriquecedora da minha vida como revendedor. Como aprendi! Todo esse tempo foi importante para que eu me descontruísse como empresário. Consegui enxergar o mercado com outra visão, conheci grandes pessoas, fiz amizades, vi de perto a importância dos postos do interior para girar a economia do estado e como nossa atividade foi fundamental na pandemia. Não quero aqui “jogar confetes” nos avanços conquistados nesses dois mandatos. Você, revendedor que nos acompanha de perto, sabe bem como nosso trabalho impactou – positivamente – o seu dia a dia de trabalho, com soluções que reduziram os custos operacionais e uma forte atuação para ofertar conhecimento, capacitação e acesso à informação de qualidade. Minha intenção neste último texto é agradecer. Você esteve conosco durante todo o tempo, acreditou em nosso trabalho. O Minaspetro só é o maior Sindicato do país porque você, empresário mineiro, deu força à nossa atividade, com sua participação efetiva e espírito associativista, que trouxeram união e integração da classe. E todo esse processo foi coroado de forma extremamente democrática. Depois de muitos anos, o Minaspetro teve duas chapas concorrendo ao pleito para assumir a diretoria. Eu mesmo sempre fui favorável à renovação, mudei o estatuto nesse sentido (poderia ficar
três mandatos e optei por não o fazer), e a eleição transcorreu de forma democrática, com diálogo e respeito. Absorvemos as críticas, implementamos melhorias, debatemos propostas, e o revendedor, de forma transparente e democrática, conforme manda o estatuto da entidade, escolheu os 40 nomes que compõem a Diretoria que vai conduzir o Sindicato pelos próximos quatro anos. Renovar pessoas e processos dentro de uma instituição é algo necessário para continuar evoluindo. Dar chance a jovens, com novas ideias e novos ares, é fundamental para qualquer negócio e instituição. Por isso, o nome e o perfil empresarial de Rafa Macedo não poderiam ser mais adequados. Passamos por um dos momentos mais desafiadores da história da Revenda. Jovialidade, ousadia na gestão e visão moderna são uma necessidade, e o Sindicato não poderia estar em melhores mãos. Ainda estarei próximo do Minaspetro, norteando o processo de transição e aconselhando nosso novo presidente em momentos importantes. Quero aqui deixar claro que estarei sempre com o canal de comunicação aberto com a Revenda mineira, para que todos os pleitos dos empresários sejam ouvidos e consigamos lutar por melhorias e direitos. Desejo sucesso e muito trabalho ao nosso novo presidente, que ele mantenha o espírito combativo, fundamental neste momento de crise, e que o Sindicato o transforme como profissional e pessoa, assim como essa entidade sexagenária fez comigo. Muito obrigado!
Carlos Guimarães (Cadu) Presidente do Minaspetro carlos@minaspetro.com.br
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DIRETORIA Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais Sede: Rua Amoroso Costa, 144, Santa Lúcia CEP 30350-570 – Belo Horizonte/MG Tel.: (31) 2108-6500 Fax: (31) 2108-6547 0800-005-6500 Diretoria Minaspetro Presidente: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior 1º Vice-presidente: Felipe Campos Bretas 2º Vice-presidente: Paulo Miranda Soares 1º Secretário: João Victor Carneiro de Rezende Renault 2º Secretário: Bruno Henrique Leite Almeida Alves 1º Tesoureiro: Humberto Carvalho Riegert 2º Tesoureiro: Rafael Milagres Macedo Pereira Diretores de Áreas Específicas Diretor de Relações Trabalhistas: Maurício da Silva Vieira Diretora de Lojas de Conveniência: Maurícia Lopes Vieira Zama Diretor de Postos de Rodovias: Wagner Carvalho Villanuêva Diretor de Postos Próprios de Distribuidoras: Flávio Marcus Pereira Lara Diretor de Marca Própria: Ademyr Eger Diretores Regionais Belo Horizonte: Fábio Croso Soares Contagem: Leonardo Lemos Silveira Divinópolis: Roberto Rocha Governador Valadares: Rubens Perim Ipatinga: Vanda Maria Brum Avelar João Monlevade: Genilton Cícero Machado Juiz de Fora: Renata Camargo Lavras: Marcos Abdo Sâmia Montes Claros: Gildeon Gonçalves Durães Paracatu: Irlan César Fernandes de Moura Passos: Reinaldo Vaz Ribeiro Patos de Minas: Moisés Elmo Pinheiro Poços de Caldas: Renato Barbosa Mantovani Filho Pouso Alegre: Luiz Anselmo Rigotti Sete Lagoas: Sérgio José do Carmo Teófilo Otoni: Leandro Lorentz Lamêgo Varginha: Leandro Lobo Motteran
Conselho Fiscal Membros Efetivos: Bernardo Farnezi Gontijo Fernando Antônio de Azevedo Ramos Rogério Lott Pires Membros Suplentes: Evandro Lúcio de Faria José Roberto Mendonça Júnior Paulo Eduardo Rocha Machado Diretores Adjuntos: Adriano Jannuzzi Moreira Fábio Vasconcellos Moreira Gerente Administrativa Márcia Viviane Nascimento Departamento Administrativo Adriana Soares Élcia Maria de Oliveira Gislaine Carvalho Luciana Franca Martins Poliana Gomides Departamento de Expansão e Apoio ao Revendedor Esdras Costa Reis Gabriela Corrêa João Márcio Cayres Júlio César Moraes Marcelo Rocha Silva Oriolo França Raphael Mike dos Santos Calixto Ricardo Donizetti Rodrigo Loureiro Araújo
Metrológico Ana Violeta Guimarães Simone Marçoni Trabalhista André Luis Filomano Bruno Abras Rajão Fabiana Saade Malaquias Klaiston Soares Luciana Reis Rommel Fonseca Tributário BMM Advocacia Empresarial Ambiental Bernardo Souto Lígia Macedo Sindical Klaiston Soares Advogados Regionais Governador Valadares: Natécia Pereira Barroso Montes Claros: Hércules H. Costa Silva Poços de Caldas: Matheus Siqueira de Alvarenga Juiz de Fora: Moreira Braga e Neto Advogados Associados Uberlândia: Lira Pontes e Advogados Associados Uberaba: Lira Pontes e Advogados Associados Ipatinga: José Edélcio Drumond Alves Advogados Associados Varginha: Eduardo Caselato Dantas Divinópolis: Luciana Cristina Santos Teófilo Otoni: Eliene Alves Souza
Departamento de Comunicação Guilherme Barbosa Marcelo Teixeira Departamento Jurídico Cível/Comercial Arthur Villamil Martins Flávia Lobato
EXPEDIENTE
• Comitê Editorial: Carlos Eduardo Mendes Guimarães Júnior, Esdras Reis, Márcia Viviane e Guilherme Barbosa • Produção: Prefácio Comunicação • Jornalista responsável: Ana Luiza Purri (MG 05523 JP) • Edição: Alexandre Magalhães • Redação: Cláudia Duarte • Projeto gráfico: Tércio Lemos • Diagramação: Angelo Campos e Tércio Lemos • Revisão: Cristina Mota e Luciara Oliveira • Rua Dr. Sette Câmara, 75 • CEP: 30380-360 • Tel.: (31) 3292-8660 - www.prefacio.com.br • Impressão: Paulinelli Serviços Gráficos • As opiniões dos artigos assinados e as informações dos anúncios não são responsabilidade da Revista ou do Minaspetro. • Para ser um anunciante, solicite uma proposta pelo telefone (31) 2108-6500 ou pelo e-mail ascom@minaspetro.com.br. • Sede Minaspetro: (31) 2108-6500 e 0800-005-6500 (interior)
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SUMÁRIO
Arquivo pessoal
Guilherme Barbosa
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Posto Cinquentão/Divulgação
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Chuva traz prejuízos, e especialista orienta Revenda contra enchentes
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Pernoite de caminhoneiros: grátis ou paga?
Eleição no Minaspetro: exemplo de democracia e lisura no processo
Arla 32: de olho na legislação
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LMC impresso com os dias contados?
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Novo serviço para compra estratégica de combustíveis
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Novidades na Escola 360: novos professores e temas
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Como o consumidor enxerga o consumo de combustíveis
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A velha questão: aceitar ou não cartão frota?
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Gotas
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Tabela de formação de preços
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JURÍDICO
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Arla 32 só em contentor com mais de 3 mil litros
Redux/divulgação
Exigência existe desde 2011, mas, em 2021, IPEM-MG ainda autuou revendedores por comercializarem irregularmente o produto a granel
U
ma norma de 2011 inspirada na legislação europeia e recentemente atualizada ainda vem gerando autuações e multas para a Revenda. Postos de todo o estado que também comercializam o Arla 32 precisam estar atentos. A Portaria Inmetro 139/2011 foi a primeira a regulamentar a fabricação, importação e comercialização do produto no Brasil. Depois, a Portaria Inmetro 388/2011 estabeleceu que a comercialização do Arla 32 a granel só pode ser feita em contentor com capacidade superior a 3 mil litros (3,0 m³). No ano passado, foi publicada a Portaria Inmetro 213, que apenas consolidou o disposto nas normas anteriores. “Não se pode comercializar o produto em tanques
Advertência; multa; interdição; apreensão; inutilização; suspensão ou cancelamento do registro de objeto, de acordo com o art. 8º da Lei 9.933/1999. 6
de 1 mil litros, por exemplo”, alerta a advogada Ana Violeta Guimarães, do Departamento Jurídico Metrológico do Minaspetro. Desde 1º de janeiro de 2012 – menos de um ano depois que começaram a valer as duas legislações do Inmetro sobre o produto – passou a ser obrigatório no Brasil que todos os novos veículos fabricados com motores a diesel fossem abastecidos com o Arla 32 em tanque próprio. No caso de caminhões, o equipamento usualmente fica ao lado do utilizado para o óleo diesel. Por isso, com o aumento da procura pelo Arla 32, houve grande interesse da Revenda em comercializar o produto. Ana Violeta relata que, apesar de o Minaspetro sempre orientar os revendedores quanto ao cumprimento integral da norma, em 2021 foram
recebidos alguns autos de infração relativos à comercialização do Arla 32 em contentores com capacidade inferior a 3 mil litros, lavrados pelo IPEM-MG. Segundo ela, as multas já aplicadas a alguns revendedores foram fixadas em cerca de R$ 5.000, porém a autuação do Ipem não tem valor fixo, sendo levados em consideração vários fatores para sua valoração, como condição econômica do infrator, reincidência, número de infrações, gravidade da infração, dentre outras. “Assim, não há como adiantarmos o valor da multa para o revendedor. Temos que aguardar as decisões que serão julgadas caso a caso”, esclarece. O Departamento Jurídico Metrológico já elaborou as defesas administrativas para as autuações registradas e que estão aguardando o julgamento.
O QUE DIZ O INMETRO O Inmetro respondeu à Revista Minaspetro que, caso seja identificada possível infração, são acionados os agentes fiscais dos órgãos delegados – nos estados, os Ipems. Confirmada a irregularidade, poderão ser aplicadas as seguintes penalidades: advertência; multa; interdição; apreensão; inutilização; suspensão ou cancelamento do registro de objeto, de acordo com o art. 8º da Lei 9.933/1999. CUIDADOS Para manter a integralidade do Arla 32, os lacres com o selo de identificação da conformidade do Inmetro aplicados nos bocais de carga e descarga devem estar inviolados, sob pena de autuação. Outra obrigatoriedade na venda a granel é o certificado de limpeza para o primeiro enchimento do recipiente dedicado ao Arla, confirmando os resultados da análise de enxágue de acordo com as características de qualidade especificadas na ABNT
NBR ISO 22241-1 pelos métodos descritos na ABNT NBR ISO 22241-2. Já na modalidade envasilhada, o produto deve ter várias informações obrigatórias no rótulo da embalagem, bem como ter o Selo de Identificação de Conformidade do Inmetro, também de acordo com a Portaria Inmetro 213/2021. Gerente comercial da Redux Industrial, um dos maiores fabricantes de Arla 32 no país, Horácio Batista destaca que os tanques que armazenam o produto podem ter também as chamadas “bacias de contenção” para evitar incidentes.
“Não se pode comercializar o produto em tanques de 1 mil litros, por exemplo. É uma norma antiga.” ANA VIOLETA ADVOGADA DEPARTAMENTO JURÍDICO METROLÓGICO
O Departamento Jurídico Metrológico do Minaspetro está à disposição dos associados para demais esclarecimentos sobre a legislação. Os contatos podem ser feitos pelos seguintes canais: • Fale Conosco do site www.minaspetro.com.br/fale-conosco • Telefones: (31) 2108-6500 (Belo Horizonte e Região Metropolitana) 0800 005 6500 (Interior de MG) • E-mail: minaspetro@minaspetro.com.br
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JURÍDICO
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Adeus ao LMC impresso? Freepik
ANP faz consulta pública para definir sobre o Livro de Movimentação de Combustíveis; Minaspetro enviou sugestões ao texto da nova resolução
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m pleno século XXI, dá para imaginar ter que imprimir e encadernar vários calhamaços contendo a movimentação diária de combustíveis comercializados e guardá-los por cinco anos? Uma legislação aprovada na década de 1990 ainda sujeita a Revenda de combustíveis no Brasil à regra, que, finalmente, pode ser atualizada, para poupar os donos de postos da obrigatoriedade. No dia 4 de fevereiro, a ANP publicou o aviso de Consulta Pública e Audiência 4/2022, com o objetivo de atualizar a regulamentação relativa ao Livro de Movimentação de Combustíveis (LMC), que deve estar disponível para consulta no posto e ser enviado eletronicamente à Receita Federal. A ideia é ouvir e obter contribuições sobre a matéria, que é de interesse geral de agentes econômicos, consumidores e usuários de bens e serviços da indústria do petróleo, gás natural e biocombus-
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tíveis, dentre eles o segmento da Revenda, para que sejam adotadas práticas mais modernas, que utilizem, por exemplo, novas tecnologia para a escrituração do documento, que é diária. Atualmente, apesar de o preenchimento digital do LMC ser facultado, os postos de combustíveis ainda precisam manter uma cópia impressa e encadernada, que segue rígidos padrões, como numeração tipográfica e sequencial, dimensões de encadernação, termo de abertura e de fechamento, entre outros. Depois de compilar sugestões feitas por revendedores, o Minaspetro enviou à ANP, no dia 23 de fevereiro, as considerações sobre a Minuta de Resolução, e foram sugeridas alterações em três dos artigos propostos. “Essa minuta atendeu a um pleito antigo da Revenda, que é parar de imprimir e encadernar o LMC. A norma está sob consulta pública e, sem dúvida, representa um avanço”, analisa Simone Mar-
çoni, advogada do Departamento Jurídico Metrológico do Sindicato. Conforme ela explica, hoje o revendedor que opte por preencher eletronicamente o LMC tem ainda que imprimir diariamente os dados relacionados à movimentação de combustíveis, encaderná-los e mantê-los por cinco anos na Revenda. Se a minuta for aprovada como proposta, não será mais preciso imprimi-lo diariamente, exceto se for solicitado pela fiscalização. É importante frisar: o preenchimento diário, assim como a retenção por cinco anos, continuará obrigatório, mas a impressão será dispensada. “Caso a ANP julgue necessário, notificará o posto para a apresentação dos LMCs do período por ela declinado, mas não quer dizer que a exibição será impressa. Isso se dará apenas se o posto optar por continuar a escrituração manual nos livros encadernados”, completa Simone.
PRAZOS PARA A GUARDA A minuta da nova resolução da agência reguladora diz que os LMCs dos últimos seis meses devem permanecer no posto à disposição da fiscalização. “Se houver suspeita de irregularidades ou se a ANP quiser averiguar mais detalhadamente os livros relativos aos últimos cinco anos, sejam digitais ou físicos, poderá solicitá-los a qualquer momento”, reforça a advogada. A atual legislação, contida na Portaria 26, ainda é do antigo Departamento Nacional de Combustíveis (DNC). Apesar de o LMC ter sido alvo de discussões anteriores, a única atualização proposta efetivamente é a que está sob consulta pública da ANP. E a Revenda que ainda optar por manter o livro físico poderá fazê-lo. Simone exemplifica como seria se a norma fosse aprovada hoje: “A partir da aprovação da nova minuta, o posto poderá escriturar eletronicamente
“Essa minuta atendeu a um pleito antigo da Revenda, que é parar de imprimir e encadernar o LMC. A norma está sob consulta pública e, sem dúvida, representa um avanço.” SIMONE MARÇONI ADVOGADA DO MINASPETRO os LMCs. Assim, daqui a um ano, se o fiscal passar no posto, o revendedor terá que exibir os livros escriturados diariamente, sendo um ano da forma eletrônica e os outros quatro anos da forma física, até se completarem os cinco anos de escrituração totalmente digital, se esta for sua opção.”
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Modificações propostas A modificação da redação do artigo 4° da Minuta de Resolução é uma das propostas feitas pelo Minaspetro: o LMC referente aos seis últimos meses deverá ficar disponível no estabelecimento para verificação da fiscalização da ANP ou de órgãos conveniados. A sugestão é acrescentar um parágrafo único, com a seguinte redação: a não apresentação de LMCs à ANP durante o ato fiscalizatório ou a sua apresentação com falta de escrituração ou irregularidades implicará notificação para que em até 48 horas estes estejam devidamente escriturados e atualizados, à disposição da ANP, nas dependências do posto revendedor. Argumento do Minaspetro: tal medida é razoável e indispensável, uma vez que pode haver algum motivo fortuito ou força maior que impeça a Revenda de estar com o LMC atualizado no momento exato da visita fisca-
lizatória. Exemplo: computador queimado, falta de energia elétrica, quebra de equipamento etc. ECONOMIA PARA A REVENDA O fim do LMC impresso e encadernado e a adoção de escrituração eletrônica são reivindicações antigas, encampadas anteriormente pelo Minaspetro e pela Fecombustíveis. “Já havia discussões nesse sentido na ANP há vários anos, mas nenhuma obteve êxito. Agora, até para nossa surpresa, essa minuta veio de forma bem benéfica para o revendedor. Vejo como um trunfo, porque resultará em uma economia substancial de tempo e dinheiro”, finaliza a advogada do Minaspetro. A audiência pública convocada pela ANP para a apresentação das propostas à Minuta de Resolução enviadas por representantes da cadeia produtiva de combustíveis está marcada para o próximo dia 8 de abril, das 14h às 17h.
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Avança, Minaspetro Processo democrático, legítimo, disputado e concorrido marcou as eleições para a gestão 2022/2026
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Guilherme Barbosa
om 63 anos de trajetória e consolidado como um dos maiores sindicatos do setor no Brasil, o Minaspetro tem um novo presidente, eleito em um processo disputado. Com 71% dos votos, Rafa Macedo, revendedor de 31 anos da Chapa 1, “Avança, Minaspetro”, foi escolhido o representante da Revenda para a gestão 2022/2026 juntamente com uma equipe de 40 diretores. “Foi um exemplo. É muito bom ver um processo democrático, legítimo, disputado, concorrido. Eu acredito que, no fim, o Minaspetro saiu maior nessa disputa”, avaliou Bráulio Chaves, revendedor de postos em Belo Horizonte e que foi diretor durante vários anos. O novo dirigente agradeceu a todos e ressaltou o trabalho feito por dois ex-presidentes. “Devo muito desse índice de aprovação ao Cadu e ao Paulo Miranda, que consolidaram o Minaspetro como o maior e mais atuante Sindicato do país. Tenho que agradecer os mais de 700 empresários de todas as regiões de Minas que depositaram essa confiança em mim. Prometo retribuir com muito trabalho e representar os mais de 4 mil postos da mesma forma como batalho pelos meus empreendimentos no dia a dia. Vocês não vão estar sozinhos”, comemorou Rafa, o mais jovem presidente a assumir o Minaspetro, sucedendo Carlos Eduardo Guimarães, à frente das duas últimas gestões. PROCESSO EM DUAS FASES O processo eleitoral foi realizado em duas etapas e movimentou a sede nos dias 4 e 11 de março. No primeiro dia, o número mínimo de votos – dois terços dos associados aptos a votar – não foi atingido. Conforme determina o Estatuto do Sindicato, sem o quórum mínimo há agendamento de uma segunda fase, com prazo de uma semana, como foi feito. Vale lembrar que tiveram direito a voto os revendedores com mais de seis meses
de inscrição no quadro social e mais de dois anos no exercício da atividade. Além desses requisitos, era preciso estar em dia com as obrigações sindicais e com o Programa de Compliance do Minaspetro. Ao todo, participaram 1.012 eleitores da capital e do interior, com votos presenciais e enviados pelos Correios. A Chapa 1 foi vencedora com 714 votos. O interior teve expressiva representatividade, com 851 votos registrados. E a marca do processo foi a transparência, com atuação da Mesa Receptora e da Mesa Apuradora de votos, compostas por três pessoas cada uma – um juiz (sem vínculos com o Sindicato) e um representante de cada chapa concorrente. A primeira conferia a documentação dos votantes, além de coletar e validar os votos do interior, que ficaram armazenados em uma urna lacrada à medida que chegavam ao Sindicato, via Correios, nas semanas que antecederam a eleição. Já a Mesa Apuradora foi responsável por conferir e contabilizar os votos para as chapas. A cobertura foi feita pela Assessoria de Comunicação via Instagram e pôde ser acompanhada pelos revendedores de todo o estado. Assim que a apuração terminou e a Chapa 1 foi declarada vitoriosa, o novo presidente,
“É muito bom ver um processo democrático, legítimo, disputado, concorrido. Eu acredito que, no fim, o Minaspetro saiu maior nessa disputa.” BRÁULIO CHAVES REVENDEDOR
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Tamara Miura/Onex Soluções
CAPA
Ricardo Pires, Rafa Macedo, Carlos Guimarães e Paulo Miranda foram os líderes da Chapa 1
Rafa Macedo, enviou uma breve mensagem pelas redes sociais do Sindicato à Revenda, agradecendo a participação de todos e a integridade do processo. REVENDA FORTALECIDA Quem fez questão de depositar o voto na urna no primeiro dia da eleição foi o revendedor do Sul de Minas Luiz Anselmo Rigotti. Concorrendo pela Chapa 1, “Avança,
“Tudo que acontece no mercado de combustíveis estoura na Revenda. Portanto, defender o revendedor é o maior dever do Minaspetro como instituição.” RAFA MACEDO NOVO PRESIDENTE DO MINASPETRO
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Minaspetro”, ele foi reeleito diretor regional em Pouso Alegre e faz avaliação semelhante à do revendedor Bráulio quanto à disputa. “É um momento histórico do Minaspetro, um movimento benéfico que demonstra o maior interesse e a maior participação do associado. A democracia se aprimora andando. Então, o Sindicato sairá fortalecido.” Sobre a gestão que se encerra, Luiz acredita que um dos maiores legados é que o Minaspetro conseguiu preservar as finanças, mesmo no momento crítico da pandemia. “Já neste ano e em 2023, o associado vai poder ver muita coisa acontecendo. Estamos prontos, com muitas ideias, um bom orçamento e representando uma instituição que saiu sadia de toda essa crise sanitária”, ressaltou. Para Rafa, é hora de consolidar uma das grandes bandeiras do Sindicato nos últimos anos: a proximidade com o interior. Para isso, destaca as mudanças nos Congressos Regionais, que voltam no mês de maio, depois de uma pausa por causa da pandemia, em um formato diferente e com ainda maior qualidade. “Levaremos palestrantes à altura dos que par-
ticipam dos Congressos Estaduais, além de promover uma confraternização semelhante à que acontece em Belo Horizonte para o revendedor do interior. Nós vamos aumentar essa presença nos congressos”, ressalta. Além disso, Rafa pontua que o Minaspetro vai continuar posicionando-se na defesa do revendedor, “que tem sido atacado de todos os lados” e é apontado como “vilão” da cadeia produtiva do setor. “Tudo que acontece no mercado de combustíveis estoura na Revenda. Portanto, defender o revendedor é o maior dever do Minaspetro como instituição”, ressalta o presidente eleito. APOIO E INCENTIVO Carlos Eduardo Guimarães passa o bastão para a nova diretoria no próximo mês: a posse da gestão que vai comandar o Sindicato até 2026 está prevista para o dia 8 de abril. Ele ressalta o posicionamento adotado pelo Sindicato na defesa da Revenda. “Nós só somos fortes porque temos um sindicato único e sempre adotamos essa postura de união. A Revenda acredita no Minaspetro, no nosso trabalho,
Fotos: Guilherme Barbosa
Eleição teve a adesão de mais de mil revendedores e o mais importante é que ela participa conosco de todas as discussões”, diz. Ele deixa uma mensagem de boas-vindas para a nova diretoria: “A Chapa 1, que apoiamos, é de renovação. O Rafa é jovem e muito experiente no dia a dia de postos. E temos o vice, Ricardo Pires, que é do interior. Então, acho que este é que é o grande valor da nova gestão, cada um que chega quer deixar o Minaspetro melhor, mais forte. Eu desejo muito trabalho, muito sucesso, muita inovação. Projetos novos, com novas ideias, novos serviços. É um grande desafio, não é fácil, precisa de muita dedicação. Mas a turma pode contar comigo, com os diretores, com a equipe de funcionários do Minaspetro, que é muito competente, e com toda a Revenda.”
RAIO-X DA ELEIÇÃO Gestão 2022/2026 Chapa 1 “Avança, Minaspetro” 714 votos 71% dos votantes Chapa 2 “Renova, Minaspetro” 298 votos 29% dos votantes Total de eleitores – 1.012 Votos do interior – 851
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NA REVENDA
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Chuva de prejuízos Temporais assolaram Minas Gerais desde outubro de 2021, com postos de combustíveis atingidos
PROTEÇÃO E PREVENÇÃO Para estar protegido da chuva, o tanque subterrâneo deve ser fabricado conforme normas da ABNT, ter parede dupla e ser trocado em casos de vazamento ou a cada 20 anos. Ele deve também estar em dia com o Teste de Estanqueidade, validado por empresa certificadora. Em caso de entrada de água no equipamento,
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Arquivo pessoal
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odos os anos, o período chuvoso, entre outubro e março, traz inundações, deslizamentos de terra e interdição de rodovias, além de outros impactos na área urbana. O fim de 2021 e o início de 2022 não foram diferentes: a Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Zona da Mata, a região Central e até o Norte de Minas registraram altos índices de precipitações e sofreram com os temporais. Nesse cenário, vários postos de combustíveis foram atingidos, com grandes prejuízos. Itabirito, a 58 km da capital, por exemplo, foi destruída pela chuva no dia 8 de janeiro, e o centro da cidade ficou debaixo d’água. Parte da estrada que liga o município a BH caiu, e o acesso ficou impraticável. “Ficamos 15 dias fechados por causa da rua atolada de barro. O prejuízo foi de cerca de R$ 35 mil, e outros R$ 18 mil foram gastos com a limpeza dos tanques de combustíveis, atingidos pela água. Graças a Deus não houve vítimas”, relata Tarcísio Júnior, proprietário do Posto Bretas Filho, localizado no centro de Itabirito. Segundo ele, houve muita dificuldade para restabelecer os serviços porque caminhões não chegavam à cidade. “Havia cerca de 40 mil litros de combustíveis nos tanques no dia da enchente. Felizmente não houve contaminação, a Ale retirou, e ficamos com crédito”, conta o revendedor. A alta demanda por limpeza de tanques e reservatórios de combustíveis no início de 2022 foi confirmada pela diretora executiva da Projesa, empresa mineira especializada nos serviços, Patrícia Rocha Neves. “Fizemos muitos atendimentos emergenciais em função de alagamentos e até entrada de água nos tanques. Sempre há uma grande demanda pelo serviço de sucção e hidrojateamento de tanques subterrâneos no período chuvoso, e estimo um aumento de 60% em relação aos períodos normais”, relata.
Posto Bretas Filho, em Itabirito, ficou fechado durante 15 dias após chuva do dia 8 de janeiro
a ação imediata é acionar a companhia distribuidora para fazer a retirada do combustível, e, depois, a limpeza deve ser realizada por uma empresa especializada. Entre os principais danos aos tanques gerados pelos alagamentos estão o surgimento de microrganismos (fungos e bactérias) e a presença de uma “borra” no fundo do equipamento e nas tubulações, que pode causar entupimento precoce dos filtros, corrosão e danos aos sistemas de pré e pós-combustão, principalmente no sistema de injeção de combustível. “A contaminação do combustível compromete a performance dos equipamentos e motores. A limpeza periódica é a melhor alternativa para evitar essas situações, além da rapidez da ação em caso de alagamento”, explica a diretora da Projesa.
NORTE DE MINAS E CAPITAL Outra Revenda que sofreu com os temporais foi o Posto J. Pena, em Salinas, Norte do estado. A chuva que devastou a Bahia na madrugada de 28 de dezembro chegou à região mineira: o rio Salinas, que corta o município, transbordou, e a água atingiu casas e estabelecimentos comerciais da área central. O posto ficou debaixo d’água por cerca de dois dias, levando
Arquivo pessoal
Posto J. Pena, em Salinas, foi devastado pela chuva do fim do ano passado
a um prejuízo de de cerca de R$ 200 mil. “Ficamos 14 dias fechados e perdemos principalmente maquinário e mobiliário. As CPUs de todas as bombas de combustíveis queimaram, porém os tanques de combustíveis não foram danificados. Ninguém se feriu”, conta o proprietário, Elton Morais. Os dois tanques de combustíveis do Posto J. Pena – um com capacidade de 30 mil litros e outro de 15 mil litros – são lacrados e devidamente selados, não tendo sido atingidos pela água. “Eles não estavam cheios, mas havia combustível em ambos. Não houve contaminação nem risco ao meio ambiente”. Na capital, o Posto Nancy, no bairro Jaraguá, teve prejuízo da ordem de R$ 50 mil com a queda da cobertura depois de um forte temporal no dia 16 de fevereiro. Um veículo ficou levemente danificado, mas os tanques de combustíveis não foram atingidos. Mesmo assim, o estabelecimento ficou fechado por quatro dias para os reparos. Arquivo pessoal
O gerente de Engenharia Comercial da Distribuidora Ale, João Emídio, destaca que, em caso de chuva forte e risco de alagamento, o primeiro passo é desenergizar as bombas de combustíveis com o desligamento dos disjuntores antes que fiquem submersas. “Isso porque as instalações elétricas nos postos são subterrâneas. Então, quando a água chega a um nível próximo da carcaça da bomba, há grande risco de ocorrer curto-circuito.” Entre as principais consequências está o comprometimento da parte eletrônica da bomba e do sistema de automação, além do risco para as pessoas. “É fundamental realizar, de forma preventiva, a revisão elétrica das bombas de abastecimento, do quadro elétrico e do sistema de aterramento do local”, orienta João Emídio. Outro ponto de extrema atenção em caso de inundação é quanto ao risco de contaminação do combustível e do meio ambiente. “Em todos os postos, a conexão de descarga do combustível possui uma tampa estanque. Por isso, em risco de alagamento, deve-se verificar se ela está fechada com cadeado ou alguma trava, para que não haja risco de infiltrar água no tanque. Inclusive, por força de legislação, a tampa deve ser estanque”, afirma. O especialista acrescenta que, caso exista uma descarga deslocada no posto, também é fundamental a verificação da estanqueidade desse bocal.
COMO A REVENDA PODE PREVENIR EVENTUAIS PREJUÍZOS DURANTE AS ENCHENTES? • Desenergização das bombas de combustíveis para evitar curto-circuito • Verificação da vedação do bocal de descarga do tanque • Manutenção periódica de calhas, sistema de aterramento, instalações elétricas e caixa separadora de água e óleo
Fonte: João Emídio, gerente de Engenharia Comercial da Distribuidora Ale
Posto Nancy, no bairro Jaraguá, em BH, teve R$ 50 mil de prejuízo por causa de cobertura que caiu com a chuva no dia 16 de fevereiro
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MINASPETRO
Nº 148 – Março 2022
Compra estratégica Sindicato disponibiliza Painel de Arbitragem, mais um serviço diferenciado para auxílio na aquisição de combustíveis
O Painel de Arbitragem é disponibilizado de segunda a sextafeira no site e nas redes sociais do Minaspetro. 16
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omprar combustível na hora certa é um desafio. Decidir como repor estoques – quando comprar mais ou menos gasolina e diesel, por exemplo – e garantir qualquer diferença nos preços de compra, especialmente no cenário de margens apertadas, torna-se essencial para a rentabilidade do negócio. Para ajudar nisso, o Minaspetro tem um novo serviço gratuito disponível aos revendedores associados: o Painel de Arbitragem. A iniciativa é uma parceria com a Nortear Petro e oferta comparativo dos valores de venda da Petrobras com os preços internacionais dos produtos já refinados, adquiridos para comércio nos postos do Brasil. “É o preço disponível nos EUA, no Golfo do México, da gasolina e do diesel S-10, os produtos vendidos com valor diferenciado lá fora”, explica Nélio Wanderley, sócio da Nortear Petro. O acesso ao painel é gratuito, com informações disponíveis de segunda a sexta-feira, no início do dia, no site e nas redes sociais do Minaspetro, além do grupo de WhatsApp.
FÁCIL INTERPRETAÇÃO O Painel de Arbitragem é um print do sistema da Nortear com o valor da paridade dos combustíveis, ou seja, se o mercado está aberto ou fechado. É bem fácil interpretá-lo, segundo Nélio. A cor vermelha significa que a “janela de importação” está fechada e não vale a pena importar, ou seja, que o preço do combustível no Brasil – há campos separados para gasolina e diesel S-10 – está mais baixo que no mercado internacional. Se o painel marcar o preço interno como mais alto do que o do mercado internacional, a chamada “janela de importação” fica aberta e na cor verde. Então, vale a pena trazer combustível do exterior. O especialista informa que outros dois índices são disponibilizados no Painel de Arbitragem: o preço do dólar e o preço do barril de petróleo no Golfo do México e
na Europa. Ele destaca que a decisão de compra de combustíveis é exclusivamente do revendedor: “Ele tem os índices e pode decidir com precisão em cima daquele momento. O painel traz uma noção inicial do dia para que a Revenda possa ver como está o mercado. Vermelho é problema.” Nélio Wanderley fala sobre compra estratégica ao destacar a importância do serviço para a Revenda: “Anteriormente, o proprietário do posto sabia desses índices pelos jornais, no fim de uma sexta-feira, quando não havia mais como comprar. Ele amargava prejuízos. Hoje, não. Ele sabe se a tendência é de alta ou de baixa e, assim, pode programar a sua compra de acordo com o mercado. Se está capitalizado, pode aumentar o estoque. Ou pode mantê-lo estratégico, ou seja, no mínimo possível para não comprometer a venda por falta de produto.”
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MINASPETRO
Nº 148 – Março 2022
Professores de peso Escola 360 leva novos nomes para as salas de aula virtuais
“É hora de entender o mercado como um todo, de planejar o negócio. Checar o presente, passado e futuro do mercado é fundamental.”
ESCOLA
360
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NÉLIO WANDERLEY PROFESSOR DO ESCOLA 360
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programa de capacitação do Minaspetro para frentistas, gerentes de pista e revendedores Escola 360 é um sucesso. E a quinta fase da iniciativa começou em março, com novos professores em seu quadro. Sócio da Posto Seguro Brasil e também da Nortear Petro, o expert em mercado de combustíveis Nélio Wanderley conduziu, em março, o módulo “Mercado de combustíveis no Brasil: enxergar no presente o futuro desconhecido”. Segundo ele, uma visão geral do mercado de combustíveis foi apresentada. “Qual cenário se avizinha, o que tem de novo no mercado? Tem o carro elétrico chegando, tem o etanol como força que pode acontecer, o GNV que pode despontar como uma nova possibilidade. É hora de entender o mercado como um todo, de planejar o negócio. Checar o presente, passado e futuro do mercado é fundamental”, aponta. Em abril, Nélio estará à frente do tema “Gestão de estoque: pon-
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tos importantes para entender as tendências e antecipar ações”, tema essencial para a viabilidade de qualquer empreendimento. Sobre a participação no Escola 360, ele faz elogios: “Quando a gente passa a ensinar, se prepara e aprende mais. Isso eu faço por mim e divido com as pessoas que estão ao meu lado. Este é o grande barato.” E-SOCIAL “A expectativa foi lá em cima.” A declaração é do coordenador dos cursos de pós-graduação Gestão Avançada de Pessoal e de Gestão Avançada em Legislação Trabalhista da PUC-Minas, Herbert Fontoura de Castro, que, pela primeira vez,
ministra aulas para revendedores de combustíveis. O curso sobre o E-social, sistema lançado em 2018 pelo governo federal para receber as informações da folha de pagamento das empresas, tem quatro módulos entre 16 de março e 6 de abril. O professor reforça que o tema não é “um bicho de sete cabeças” e é fundamental que o dono do negócio se inteire sobre ele, não apenas a equipe responsável pelo RH. “Se você entender o que está entregando e a maneira correta de fazer isso, não vai se sujeitar, por exemplo, a ser surpreendido por uma fiscalização exigindo documentações de forma desnecessária”, alerta Herbert. Segundo ele, o sistema não trouxe novas leis ou alterou a legislação, com mudança apenas na forma de repasse, que passou a ser eletrônica e com uma dinâmica mais rigorosa e imediata.
PARTICIPE! As inscrições para a Escola 360 são gratuitas para os associados Minaspetro. Mais informações em minaspetro.com.br/ programacao.
Nº 148 – Março 2022
MERCADO
“Na bronca” Posto Cinquentão/Divulgação
Declaração do presidente da República sobre proibir cobrança de pernoite de caminhoneiros em postos de combustíveis gera polêmica Posto Cinquentão, na BR-050, em Uberaba
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Revenda ficou “na bronca” com uma declaração feita pelo presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais sobre a eventual proibição da cobrança feita a caminhoneiros que desejem pernoitar em espaços de postos de combustíveis de rodovias. A postagem logo viralizou e teve repercussão entre os revendedores de todo o Brasil. Quem saiu em defesa da Revenda foi o movimento S.O.S. Estradas, programa que visa reduzir os acidentes e aumentar a segurança nas rodovias, com a participação do usuário. A Revista Minaspetro, então, apurou para entender o ocorrido e saber o que diz a lei, além da análise do representante do S.O.S. e de revendedores. A declaração de Jair Bolsonaro foi feita em uma saída dele no Distrito Federal, no dia 9 de fevereiro: ele conversou com caminhoneiros e ouviu reclamações sobre a cobrança para a pernoite nos postos. No vídeo de pouco mais
de um minuto, o presidente diz que vai intervir para que haja a obrigação de que os revendedores concedam, gratuitamente, o descanso aos profissionais. COBRANÇA É JUSTA O coordenador e fundador do movimento S.O.S. Estradas, Rodolfo Rizzotto, indignou-se com a declaração do presidente Bolsonaro. Ele destaca os investimentos feitos pelos revendedores em segurança, wi-fi e banheiros, além do fato de empregarem milhares de pessoas para garantir o funcionamento das estruturas e de pagarem impostos. “Há todos esses custos, e eles têm que oferecer serviços de graça? Tudo requer muito dinheiro.” Rizzotto tem conhecimento sobre o assunto como autor do estudo “A importância social e econômica dos pontos de parada”. Ele vivencia o que chama de “universo das estradas”, já percorreu milhares de quilômetros em rodovias e questiona se todos os caminhonei-
ros pensam assim, avaliando que isso não ocorre. “A maioria entende que tem que ter a remuneração por todos os serviços, até porque eles não transportam de graça. Ele quer é que o preço do frete melhore”, analisa. O coordenador reforça que toda a cadeia recebe pelo serviço que presta. “O dono da carga é remunerado, o caminhoneiro, seja empregado ou autônomo, também. O caminhão inicia a viagem de tanque cheio, logo a Petrobras, que detém o monopólio, levou seu quinhão. Ele passa na rodovia federal concedida, paga o pedágio para a concessionária. Portanto, até aí todo mundo ganha. Por que o revendedor não pode cobrar pelo serviço de pernoite?” Além disso, Rizzotto pontua que o governo federal não constrói postos de parada suficientes para atender à demanda dos caminhoneiros por meio das concessões públicas. Segundo ele, os chamados Pontos de Parada e Descanso
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MERCADO
Nº 148 – Março 2022
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(PPDs) estão previstos nos novos contratos fechados: na concessão da “nova Via Dutra”, entre Rio de Janeiro e São Paulo, está prevista a construção de 13 estacionamentos para uso dos caminhões, com 170 vagas cada um, ao longo de 30 anos de concessão. “Mas não é de graça, pois vamos pagar o pedágio, tanto o caminhoneiro quanto o restante da sociedade”, pondera. REVENDEDORES CRITICAM Os revendedores ouvidos pela Revista Minaspetro não cobram pelo estacionamento nos postos, mas avaliam que a decisão sobre isso cabe a cada empresário, diante da análise do seu negócio. Entretanto há aqueles que consideram iniciar a cobrança. Dimitry Lopes de Lima, da Rede Minutus, tem um estabelecimento com pátio para caminhoneiros na BR–116, em Fervedouro, na Zona da Mata. “São de 12 a 15 caminhões parados todas as noites e não pagam porque são clientes há vários anos”, explica. O local dispõe de monitoramento por câmeras de segurança, além de banheiros com chuveiro quente e restaurante, onde os profissionais pagam pela alimentação. O revendedor destaca que será preciso cobrar pelo estacionamento caso aumente a demanda de não clientes, que não gerem renda com o uso de outros serviços. “A declaração do presidente não faz o menor sentido.” Há 20 anos no mercado, a Rede Caxuxa recebe, diariamente, uma média de cem caminhões para pernoite no pátio de cada um dos cin-
co postos de rodovias. O revendedor Rodrigo Morato Freitas faz investimentos em segurança, com um profissional armado em cada local, além de câmeras de monitoramento, e opta por não cobrar pelo estacionamento. “Os caminhoneiros pagam por outros serviços no posto, como restaurante, borracharia, autopeças, mecânica etc., o que gera renda para que a estrutura seja cuidada”, explica. Por isso, Rodrigo critica a fala de Jair Bolsonaro e concorda com colegas que cobram pelo serviço, considerando que a avaliação e decisão sobre isso é de cada empresário, diante dos custos e investimentos necessários e da renda gerada por outros itens agregados ao posto. O coro de críticas foi reforçado pelo proprietário de uma das maiores redes de postos do país, o Grupo Cinquentão, com 58 estabelecimentos em Minas, São Paulo e Goiás – 25 em rodovias. Roberto Balsanufo Costa e Silva também fornece estacionamento gratuito para os caminhões, e, segundo ele, a tendência daqui para a frente é pelo serviço pago, já que as margens de lucro estão muito apertadas. “Não tem pátio que aguente esses caminhões com excesso de peso, e a manutenção é muito cara”, ressalta. Ele foi bastante veemente nas críticas ao presidente: “Por que ele quer mandar dentro de uma empresa privada? É igual querer proibir um hospital privado de cobrar por uma consulta. Se eu tenho o posto, ele é meu. Eu pago IPTU, e os de rodovia, o ITR. Em monto uma empresa, entra lá quem quiser. Quem não quiser não entra.”
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A Resolução 41/2013 da ANP, no art. 21, inciso II, estabelece: “É vedado ao revendedor varejista de combustíveis automotivos condicionar a revenda de combustível automotivo ou a prestação de serviço ao consumidor à revenda de outro combustível ou à prestação de outro serviço”. Ou seja, aponta apenas que o posto de combustível não pode condicionar nenhum tipo de serviço à venda de combustíveis, para nenhum cliente. Dessa forma, o estacionamento com pernoite é um serviço não relacionado à venda do combustível e pode ser cobrado ou não, a critério de cada estabelecimento.
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A importância da marca no processo de decisão do consumidor Arquivo pessoal
Como o cliente enxerga o consumo de combustíveis?
Roberto James Especialista em comportamento do consumidor @canaldoerrejota Canal do ErreJota
Em estudo recente foi constatada uma informação importantíssima no mercado de combustíveis. O consumidor tem mais confiança em marcas que ele conhece. Por isso grandes empresas trabalham tanto a marca. Por exemplo, uma propaganda no Superbowl norte americano custa US$ 7 milhões e tem fila de espera. É evidente que nesse processo de mudança de mercado muitos postos que tenham deixado de lado a marca em busca de melhores margens. É totalmen-
te compreensível. Existe uma percepção de que os postos sem franquia compram mais barato e, por isso, ganham mais dinheiro, enquanto ninguém tem ao certo um estudo que comprove. Comprar um produto numericamente mais barato em um fornecedor não significa que o custo será obrigatoriamente mais baixo. O mais preocupante é ver que o revendedor ainda não aprendeu a rediscutir os contratos e buscar novas soluções. Entender que a marca é importante e que se está disposto a não ter uma franquia estabelecida que crie e estabeleça sua marca. Conceitue, dê vida e trabalhe a sua aceitação no mercado de forma que o consumidor entenda que naquelas cores e logomarca ele pode confiar. Isso não se faz do dia para noite, mas o importante é: ESCUTE SEU CLIENTE! Ele entende mais de posto que você, afinal, é ele quem decide ir ao seu estabelecimento. ESPECIFICIDADES DO NOSSO PRODUTO É importante que a Revenda entenda que o consumo de combustíveis não é o mesmo de um alimento ou de um bem durável. Quando se trata de atender uma necessidade, o processo de escolha busca, na memória, elementos que ajudem na seleção de onde e de como saciar essa necessidade. No caso dos combustíveis, não se tem uma referência de uso pessoal.
Ele é caracterizado como CONSUMO SECUNDÁRIO. Sua relação com o cliente não é para realização imediata, no entanto é utilizado como vetor para uma ação ou realização de uma necessidade. Por exemplo, geralmente se abastece para ir ao trabalho, levar os filhos à escola, viagens etc. Ninguém sai de casa para abastecer simplesmente para deixar o tanque cheio e voltar. Sempre existe uma atividade principal relacionada. Quando se fala que o consumidor está sempre com pressa, geralmente nos postos temos dois tipos básicos: o consumidor local, que está abastecendo entre tarefas diárias, e aquele em viagem/turismo, que abastece para seguir o caminho. O primeiro sempre está com pressa. Um bom exemplo desse consumidor, que não enxerga valor no abastecimento, é quando sua gasolina aditivada está no mesmo preço da comum. Ao indagar o cliente, o frentista geralmente ouve a seguinte resposta: “Pode ser!”.
ESCUTE SEU CLIENTE! Ele entende mais de posto que você, afinal, é ele quem decide ir ao seu estabelecimento. 21
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ARTIGO
Isto acontece porque ele não enxerga valor no produto, tampouco enxerga valor no comum. Ele quer abastecer logo e sair. O segundo já vem mais calmo, devagar. Ele está desbravando a região, está “sem tanta pressa”. Geralmente esses consumidores usam essas paradas para esticar as pernas, sair do carro e usar o banheiro. Veja que sempre as necessidades que são diretas não estão necessariamente ligadas ao abastecimento do veículo. O CLIENTE PODE ENXERGAR VALOR NO COMBUSTÍVEL? Com raras exceções, temos os pilotos esportivos, de carros e motos com motores potentes, que chegarão ao posto solicitando uma gasolina de melhor qualidade. A grande maioria dos consumidores não enxerga valor nos combustíveis e demais produtos ligados ao funcionamento do carro. Eles enxergam isso como estrovo, obrigação, chateação. Dificilmente você verá um consumidor não reclamar do preço da gasolina, mesmo que esteja mais baixo que o do concorrente. O revendedor precisa focar tudo, menos combustível, para poder criar valor ao consumidor. Parece estranho, mas tem uma explicação. Diferentemente do que ocorria há 30 anos, as demandas pessoais aumentaram. Os filhos estudam de manhã, fazem inglês e à noite ainda arrumam compromissos. A agenda do consumidor vem se entupindo de tarefas e obrigações que tornaram a ida ao posto, algumas vezes, um estorvo. O varejo tem entendido que a jor-
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nada do consumidor, que compreende desde o start da necessidade até o recebimento do produto, precisa ter valor. E ele se conquista ao se diminuírem as pedras no caminho. Olhe para dentro do seu posto, acompanhe três ou cinco abastecimentos, faça medição de tempo e veja o que pode melhorar. Foque o visual, a iluminação, os sons, o fardamento, o atendimento, o layout das bombas e produtos. Observe tudo que possa atrapalhar o processo de compra do seu cliente. Só tem um PDV? Apenas duas máquinas de cartão? Ah, o aluguel dessas maquinetas é caro. Pode até ser, mas quanto você perde por não ter um processo de pagamento rápido? Lembre-se de que o consumidor vai guardando em sua memória vários aspectos que nem mesmo ele sabe dizer na hora se são importantes. Muitos desses aspectos coletados na última visita farão parte do processo de escolha sem nem o cliente saber disso propositalmente. Para o consumidor enxergar valor em um processo de compra que não gosta, tem que ter adereços que tornem a visita agradável. Já percebeu que, quando você chama seus filhos para visitar determinado parente, algumas vezes eles não gostam de ir, mas, ao se lembrarem daquela torta de morango que tem lá, eles mudam de ideia? Por que crianças aceitam fazer exames, ir a médicos quando você promete aquele sorvete depois? A mente do consumidor funciona assim, sempre em busca de recompensas para garantir a sua sobrevivência e satisfação de prazer.
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ARTIGO
Arquivo pessoal
Cartão frota na Revenda: aceitar ou não aceitar, eis a questão
Carlos Bispo Especialista em Gestão de Resultados para Postos Revendedores de Combustíveis
Um grande dilema repercute nas finanças e operações de Postos Revendedores de Combustíveis. Para alguns revendedores, a expressão “cartão frota” gera um pavor apenas em pensar, enquanto, para outros, é um produto indispensável para alavancagem de vendas. Existe ainda outra parcela de revendedores que esbravejam, mas, ainda assim, mantêm a aceitação do cartão por considerar um mal necessário, pois, caso não aceite, o concorrente da frente pode aceitar e ficar com o volume de vendas. Mas o fato é que o cartão frota é um “produto” que atende as ne-
cessidades de grandes empresas com grandes frotas, que buscam benefícios, rapidez, comodidade e melhor gestão dos seus abastecimentos. Por outro lado, o revendedor que entende a dinâmica desse recebível e alia as estratégicas internas pode ter grandes vantagens, desde aumento de volume até aumento do tíquete médio. Mas existe um jeito certo de se trabalhar com cartão frota? Digo sempre para os revendedores que é questão de alinhar a “estratégia” às “finanças”. O maior erro do revendedor que aceita o cartão frotista é simplesmente não fazer o simples que funciona, no caso, não fazer contas. Logo, o primeiro passo do revendedor é fazer a leitura do termo de adesão, entender as dinâmicas do custo financeiro e montar sua estratégia de precificação compreendendo a cobertura dos custos financeiros e uma possível margem de ganho. Geralmente as adquirentes, ou seja, as operadoras desses cartões cobram taxas distintas e adicionais, pois, além da taxa de administração convencional, o que, aliás, costuma ser acima das taxas praticadas por cartões de crédito convencionais, ainda se aplicam custos adicionais, entre fixos e variáveis. E é nesse momento que o revendedor não considera a existência dos adicionais, que na grande parte dos cartões seriam taxa por transação (variável), taxa de DOC/ TED (variável) e aluguel da má-
quina do cartão (fixa todo mês), e acaba gerando uma margem de contribuição até mesmo “negativa” como resultado das vendas com esse cartão. Portanto, o revendedor deve fazer uma estimativa junto ao possível cliente que vai abastecer sua frota, levantando: Qual valor estimado de consumo? Quantos abastecimentos por dia? E, ainda, prever quantas transferências ocorrerão entre DOC/TED por mês. Feito isso, o revendedor apura as estimativas dos custos variáveis e soma ao valor do aluguel da máquina. Caso o revendedor já tenha a operação em andamento, pode usar o histórico do último mês, o que é melhor para a apuração dos custos reais e efetivos. Com essa apuração, o revendedor estima o faturamento, os custos financeiros e apura o faturamento líquido com esse cartão. COMO APURAR O CUSTO FINANCEIRO REAL E EFETIVO NA OPERAÇÃO DO CARTÃO FROTA? Com uma simples fórmula, conseguirá chegar ao custo financeiro efetivo, conforme demonstrado a seguir: Custo efetivo = (faturamento líquido total do mês / faturamento bruto do mês) x 100 Ressalte-se que esses valores das variáveis correspondem apenas às operações do cartão frota analisado e que será acumulado no mês.
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O resultado dessa fórmula vai apresentar o custo efetivo, que, por experiência de mercado, pode variar de 5,40% a 8,94% por transação, ou seja, por venda. Esses resultados indicados foram obtidos junto a revendedores a quem presto assessoria nesse tipo de análise. Portanto, o revendedor deve considerar esse custo efetivo e não considerar apenas a taxa de administração no momento de montar a precificação para operação dos respectivos cartões. Ao considerar apenas a taxa de administração, ocorrerá um furo na precificação e poderá não ser rentável, pois não cobrirá os custos financeiros gerados na transação.
Nº 148 – Março 2022
O REVENDEDOR DEVE ACEITAR OU NÃO ACEITAR O CARTÃO FROTA? Sabendo trabalhar na estratégia de precificação, ou seja, sabendo aplicar o valor correto no momento da venda, isto é, repassar os custos financeiros além da margem de ganho na proporção correta e competitiva, pode ser uma operação viável. Além disso, para consolidar a viabilidade, o revendedor deve considerar o financiamento do capital de giro a ser mantido nesse tipo de operação, já que o prazo de recebimento fica entre 30 e 45 dias em média, o que exige a necessidade de capital razoável. Portanto, a viabilidade para aceitar ou não o cartão frota como
meio de pagamento tende a passar por essa análise. Por outro lado, caso o revendedor não tenha competitividade, ou seja, caso não consiga repassar esses custos no processo de precificação ou, por sua vez, não tenha capital de giro suficiente para financiar a operação, talvez não seja viável, e não recomendaria aceitá-lo como meio de pagamento na revenda de combustível. O uso desse tipo de recebimento deve ser consciente e planejado. É uma boa estratégia aumentar o volume de vendas com essa operação e também focar a conversão de vendas de produtos agregados, o que aumentaria o tíquete médio por atendimento. Fica a dica, revendedor.
Ranking Minaspetro de Bandeiras MARÇO/2022 IPIRANGA
Fevereiro: 477 Março: 473 Balanço: -4
10,1%
TOTAL
Fevereiro: 113 Março: 112 Balanço: -1
2,4%
6,4% ALE
Fevereiro: 297 Março: 297 Balanço: 0
47,9%
1,8%
RAÍZEN
Fevereiro: 571 Março: 572 Balanço: +1
Fevereiro: 84 Março: 85 Balanço: +1
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Fevereiro: 2225 Março: 2237 Balanço: +12
12,2%
19,2%
OUTRAS BANDEIRAS
MARCAS PRÓPRIAS
TOTAL DE POSTOS NO ESTADO Fevereiro: 4669 Março: 4675 Balanço: +6
BR DISTRIBUIDORA
Fevereiro: 902 Março: 899 Balanço: -3
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GOTAS
Alô revendedor de Uberlândia! Estamos chegando Arquivo Minaspetro
A cidade do Triângulo Mineiro será a primeira a receber os Congressos Regionais, depois do longo período parados devido à pandemia
O último Congresso Regional em Uberlândia foi um sucesso de público
O
Minaspetro está de volta com sua programação regional por meio 13º Ciclo Regional, que teve que ser cancelado por causa da pandemia. As atrações estão confirmadas: Arthur Igreja, Dado Schneider, Carlos Bispo, Jo-
nathan Rocha e Marcelo Borja, além da tradicional feira de negócios, com os melhores fornecedores do Brasil e promoções especiais para o evento. Fique atento aos canais de comunicação do Minaspetro. O link para as inscrições será publicado em breve.
Dúvidas na classificação de produtos? É preciso atenção para evitar erros tributários
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Minaspetro tem recebido informações de que revendedores foram notificados pelo governo do estado quanto a pagamentos de ICMS retroativos, relativos a erros de cadastramento de produtos. É preciso que o revendedor esteja atento à classificação atualizada em seu sistema operacional, pois alguns são alterados – o que, de fato, poder gerar um erro no recolhimento do imposto. Segundo Daniela de Paula, da Plumas Contábil, antes da entrada em vigor do Sped Fiscal do ICMS, em 2013, os lançamentos e classificações fiscais eram feitos no
setor fiscal do escritório contábil. “Por conta da sistemática do Fisco em relação à geração correta dos arquivos, a partir de então o processo passou a ser feito em seu sistema”, aponta. Por isso, é preciso que a Revenda esteja atenta à sua contabilidade, já que as informações constantes no sistema operacional são diretamente transmitidas ao Fisco na NFC-e NF-e e, posteriormente, cruzadas com o Sped Fiscal ICMS. Vale ressaltar que o revendedor deve acompanhar os comunicados de autorregularização que chegam em seu cadastro no Siare, pelo site https://www2.fazenda. mg.gov.br/sol/.
Tabela para o associado A Plumas Contábil disponibilizou gratuitamente para os associados do Minaspetro uma tabela de classificação fiscal de mercadorias. USE O QR CODE PARA ACESSAR.
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R$ 6,10
R$ 5,80
08/01-14/01
15/01-21/01
22/01-28/01
29/01-04/02
05/02-11/02
R$ 6,0432
12/02-18/02
19/02-25/02
R$ 3,8749
R$ 3,9191
12/02-18/02
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Etanol – Minas Gerais / JAN-FEV/2022 R$ 4,60 R$ 4,3876
R$ 4,3882
R$ 4,3407 R$ 4,2014
R$ 4,20 R$ 3,9439 R$ 3,80 08/01-14/01
15/01-21/01
22/01-28/01
29/01-04/02
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Diesel S10 e S500 – Minas Gerais / JAN-FEV/2022 R$ 5,10 R$ 4,9825 R$ 4,9433
R$ 4,9861 R$ 4,9520
R$ 4,9818 R$ 4,9529
R$ 4,9883 R$ 4,9582
R$ 4,9895 R$ 4,9603
R$ 5,0184 R$ 4,9863
15/01-21/01
22/01-28/01
29/01-04/02
05/02-11/02
12/02-18/02
19/02-25/02
R$ 4,8931 R$ 4,8427 R$ 4,90
R$ 4,70
08/01-14/01
S10 Confira as tabelas completas e atualizadas semanalmente em nosso site – www.minaspetro.com.br –, no link Serviços, e saiba qual o custo dos combustíveis para a sua distribuidora. Os preços de etanol anidro e hidratado foram obtidos em pesquisa feita pela Cepea/USP/Esalq no site http://www.cepea.esalq. usp.br/etanol/. Importante ressaltar que os preços de referência servem apenas para balizar a formação de custos, uma vez que as distribuidoras também compram etanol por meio de contratos diretos com as usinas. Esses valores não entram na formação de preços, de acordo com a metodologia usada pela Cepea/USP/Esalq. Os preços de gasolina e diesel foram obtidos pela formação de preço de produtores segundo o site da ANP, usando como referência o preço médio das refinarias do Sudeste. A tributação do etanol anidro e hidratado foi publicada com base nos dados fornecidos pela Siamig. Os valores do biodiesel foram obtidos por meio do preço médio sudeste homologado no 78º Leilão realizado pela ANP. Os percentuais de carga tributária foram calculados com base no preço médio no Estado de Minas Gerais (PMPF/Ato Cotepe) do respectivo mês, o mesmo usado para base de cálculo do ICMS. Os valores de contribuição de Pis/Pasep e Cofins da gasolina e diesel sofreram alterações pelo decreto 8395, de 28/01/15.
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