Revista Minaspetro 145 - Novembro de 2021

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Nº 145 – Novembro 2021

MINASPETRO

Administradoras de cartões: de olho nos contratos

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Revendedor de Juiz de Fora teve problemas com a Cielo, que desconsiderou pandemia e retirou R$ 135 mil da carteira de crédito da rede de postos

C

ielo nunca mais”. O desabafo é de Leonardo Assis Mascarenhas, proprietário da Rede Royal, com sete postos em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Ele quer que seu caso sirva de alerta para toda a Revenda, que precisa estar atenta no momento da assinatura de contrato com as administradoras de cartão de crédito para não amargar prejuízos como o do colega. O acordado com a Cielo foi formalizado em 12 de julho de 2019 – antes, portanto, de ser anunciada

a pandemia –, com vigência até 12 de julho de 2021. Teve como base o volume de vendas/mês por cartão que, no caso da rede – que à época incluiu no contrato cinco postos –, foi de R$ 4 milhões. As taxas de juros ficaram em 0,5% no cartão de débito e 1,20% no crédito. O prazo para reembolso das vendas foi fixado em 30 dias. “Veio a pandemia, o volume de transações caiu, o faturamento despencou e, como não atingi o volume acertado, a Cielo retirou R$ 135 mil da minha carteira de crédito e executou o contrato. Não houve

renegociação. Foi via de mão única mesmo”, queixa-se o revendedor. A gestora financeira do grupo conta que a administradora de cartões reteve o valor da multa e somente cerca de 15 dias depois enviou uma carta avisando que a ação ocorreu “em virtude do não batimento da meta”. Anteriormente, porém, ainda segundo ela, a Cielo só entrou em contato para reajustar as taxas cobradas e não para tratar da multa. “O contrato falava em comissão sem o atingimento das metas – que seria de 1,15% (débito) e 1,75% (crédito). Só

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