APAE de Guatapará

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APAE DE GUATAPARÁ
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3 APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepicionais A arquitetura no processo terapêutico Sob orientação de Prof. Roberto Luiz Ferreira Miriana Veronezi 2022
4 1 APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO PROBLEMÁTICA OBJETIVO JUSTIFICATIVA METODOLOGIA DESENVOLVIMENTO 2 REFERÊNCIAS ESCOLA LOS NOGALES/ Daniel Bonilla Arq ESCOLA INFANTIL MUNICIPAL DE BERRIOZAR JARDIM DE INFÂNCIA FUJI KINDERGARDEN 3 ÁREA DE INTERVENÇÃO ESTUDO E ANÁLISE DO LUGAR LOCALIZAÇÃO EQUIPAMENTOS URBANOS 6 7 9 10 11 12 12 40 41 42 17 18 26 34
5 4 PROPOSTA CONCEITO E PARTIDO PROGRAMA DE NECESSIDADES ORGANOGRAMA FLUXOGRAMA MAPAS 6 VOLUMETRIA PERSPECTIVAS 5 PROJETO IMPLANTAÇÃO + COBERTURA PLANTAS CORTES ELEVAÇÕES 46 47 49 50 51 52 57 60 61 66 70 71 72

A PRE SEN TA ÇÃO

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INTRODUÇÃO

A arquitetura, é uma das expressões ar tísticas mais antigas do mundo, está pre sente na vida do ser humano desde os primórdios. Abrigos, templos, armazéns, todos os projetos estão sempre buscan do atender a necessidade das pessoas, tornando assim as obras únicas e diversas, afim de acompanhar as mudanças populacionais através de estudos, ex periências e tecnologia, por isso a tec nologia está em constante evolução.

Partindo do ponto de vista da evolução do homem e do meio por interferência do homem, percebe-se quão complexos são os seres e o quanto essa complexidade se reflete no espaço que é projetado e ocupado por eles. Muitas pesquisas vêm sendo realizadas em diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de descobrir mais sobre a psique humana, princi palmente sobre o órgão que torna cada pessoa única entre as demais, o cérebro.

Assim a Neuroarquitetura vem pro vando que os edifícios e cidades afe tam nosso cérebro e comportamento de uma forma ainda mais profunda do que aquela já apontada pela psicologia da arquitetura. O ambiente construído pode gerar emoções que alteram nosso estado mental e físico, impactando dire tamente na tomada de decisões, na cria tividade, na atenção, na socialização, na memória, no bem estar e na felicidade.

Assim como a arquitetura o Homem está em interação não somente com seus semelhantes e outras espécies, mas com o mundo. Ao longo da vida, o ser humano experiencia os ambientes ao seu redor constantemente. Luz, aromas, cores, texturas, formas, sons são alguns dos elementos que de alguma forma são captados pelo sistema sensorial humano, influenciando na maneira de como cada pessoa percebe o que está a sua volta e reage a esses estímulos.

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Levando em conta esse tema e esse objeto, é proposto a arquitetura terapêutica, de modo simples e objeti va, consistindo na habilidade de desenvolver soluções para o design terapêutico de espaços, ambientes, ce nários, mobiliários e equipamentos, de forma centrada na experiência sensorial das pessoas com o espaço construído, para habilitar benefícios físicos e mentais por meio das interações com formas, na oposição de cheios e vazios, cores, texturas, luzes e sombras, ventilação, iluminação natural, sons, vegetação, dentre outros.

Sendo assim esse projeto tem como objetivo, além de experiências previstas e propostas como intenção do projeto arquitetônico, o exercício de pensar, projetar e construir espaços ricos no sentido de estímulos sen soriais têm o potencial de promover resultados não imaginados, mas que provoquem e desencadeiem experiências subjetivas, criativas e inovadoras por meio da arquitetura como instrumento terapêutico.

Portanto, esse TFG tem como objetivo o proje to arquitetônico de uma sede para a APAE – As sociação de Pais e Amigos dos Excepcionais, que será implantado na cidade de Guatapará – SP.

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PROBLEMA

O lugar escolhido para a realização desse projeto foi a cidade de Guatapa rá, justamente pelo motivo de que há alguns anos atrás a APAE que havia na cidade fechou e essas pessoas fica ram sem ter pra onde ir, atualmente há uma sala no centro jovem aprendiz, onde é utilizada para a realização das atividades da APAE, ela não tem uma sede própria e essa sala não é um lugar adequado para esse tipo de trabalho.

APAE

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, conhecida pela abreviação APAE é uma associação não governamental, que possui como principais fintes de recei tas para sua manutenção: contribuições filiadas e de terceiros, subvenções do Po der Político, doações e auxílio ou recursos provenientes de convênio com entidades públicas e privadas e créditos decorrentes de cessão do direito do resgate de títulos de capitalização (conforme art. 88 do Es tatuto da Federação Nacional das APAES). Com definição pelo art. 53 do Código Civil Brasileiro, de 10 de janeiro de 2002: “organizem para fins não econômicos”.

Atualmente existem 24 federações das APAEs nos estados e mais 2 mil distri buidoras em todo o país, que propi ciam atenção integral a mais de 350 mil pessoas com deficiência intelectual e múltipla, nas mais diferentes idades.

É considerado um dos maiores movimentos sociais do Brasil com aten dimento de especialidades nas áreas de assistência social, onde se destacam os serviços de atenção á família e as próprias pessoas com a deficiência.

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OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral:

• Propor novo espaço para Apae de Guatapará que promova a integração da escola com a cidade e uma efeti va inclusão social das pessoas com defici ências intelectuais e múltiplas e autistas.

2.2 Objetivo Específico:

• Enriquecer o programa atual com novas atividades e espaços;

• Gerar espaços de lazer integrados à comunidade; minimizar a ambi ência institucional da escola, buscan do por mais conforto e aconchego;

• Criar possibilidades de con tato com o ambiente externo em diversos níveis de privacidade

• Expandir os atendimentos da escola para a comunidade, bem como o contato físico e visual entre eles;

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JUSTIFICATIVA

A escolha do tema gira em torno da relação que temos com a cidade de Guatapará-SP. Sou natural e criada na cidade e, ao iniciar o processo de TFG, a procura por um tema dentro do município foi automática.

A deficiência intelectual é um termo obscuro, difícil de ser compreendido pela sociedade, e que muitas vezes foi confundido com a loucura por pessoas que não fazem parte do cotidiano dos deficientes, sendo carregado de representa ções sociais negativas.

Sendo assim, o projeto apresentado pode contribuir para a aceitação e integração da APAE pela sociedade, disponibilizando um novo local e aprimorar o trabalho que é realizado hoje, focando em oferecer tratamento especializado no desenvolvimento educacional do portador de deficiência, com ambientes de qualidade, criando visibilidade ao espaço, oferecer outros tipos de atividades, como cursos, ginásticas, entre outros, integração com o meio urbano, bem como interesse social ao mesmo, proporcionar empoderamento à família, com suporte psicológico, o que se torna fundamental para o auxílio no tratamento.

Pensando nessa situação o tema de Neuroarquitetura foi escolhido com o ob jetivo de criar um espaço adequado para essas pessoas, com espaços onde elas possam se sentirem confortáveis, não só por causa do ambiente, mas também um conforto térmico, com espaços onde elas possam se sentir acolhidas e feli zes.

Sabemos que os espaços podem interferir nas emoções humanas, de maneira consciente ou inconsciente. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano de 2019, 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) sofre de ansiedade, o que atribui ao Brasil o título de “país mais ansioso do mundo”, de acordo com reportagens de revistas como a IstoÉ e a Veja no ano de 2019.

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A arquitetura1 está presente na vida das pessoas desde os primeiros me ses de vida, e ela é considerada um agente transformador de grande influência no mundo. Dentre as intervenções que apresenta na vida das pessoas, então: diferentes relações sensoriais, causador memorável, possibilidades de constantes descobertas, além de comprimir o papel de funcionalidade, também estimu la sentidos. (DIAS E ANJOS. 2017)

Diante o estudo realizado sobre os comportamentos, características, tratamento e necessidades das pessoas da APAE, serão apresentadas alternativas arquitetônicas como: aspectos perceptivos e sensoriais, conforto ambiental, sustentabilidade, estudo de cores e espaços que atendam a NBR 9050, espaços, equi pamentos e mobiliários que, em conjunto, interferem positivamente no desenvolvimento dessas pessoas.

Emoções e Sentidos

A consciência permanece ainda como um grande mistério para neurocientistas. Segundo PAIVA (2020), o cérebro absorve menos de 1% da informação

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DESENVOLVIMENTO

sobre o ambiente na percepção consciente, sendo que o restante é processado abaixo do nível da consciência, ou seja, a mente huma na percebe o ambiente de maneira inconsciente. O que está relacionado ao fato de que a percepção entre os sentidos do orga nismo e o meio em que estamos ocorre pela intervenção dos receptores sensoriais que captam a informação e a transformam em impulso nervoso, para ser conduzida até o cére bro que consegue decifrar mais do que cin co sentidos, como afirmado por Lent (2010):

As Emoções

As emoções podem ser entendidas como o desencadear de processos orgânicos que envolvem o sistema nervoso do cor po humano, após o ser humano ser envolvido por algum sentido, acontecimentos ou estímulo. Ao pensar sobre o significado da emoção. PURVES (2010) descreve que:

A palavra “emoção” cobre ampla gama de estados que apresentam em comum a asso ciação de respostas motoras viscerais, com portamento somático e poderosas sensações subjetivas. As respostas motoras viscerais são mediadas pelo sistema nervoso motor visceral, o qual, por sua vez, é regulado por sinais originários de muitas outras partes do encéfalo.

(PURVEST et al, 2010, p. 758)

A percepção começa quando uma forma qualquer de energia incide sobre as interfaces citadas entre o corpo e o ambiente, sejam elas externas (na superfície corporal) ou internas (nas vísceras). Nessas interfaces localizamse células especiais capazes de traduzir a linguagem do ambiente para a linguagem do sistema nervoso: os receptores sensoriais: visão, audição, sensibilidade corporal, olfação e gustação. Mas nosso cérebro é capaz de sentir muito mais - consciente e inconscientemente - do que esses cinco sentidos clássicos permitem supor (LENT, 2010, p.184)

O ambiente escolar tem como qualidade a segurança, o potencial de ser saudável, com lugares diversos, favorecendo a aprendizagem de um indivíduo, o preparando para o mundo.

Quando pensamos em um ambiente escolar, logo o relacionamos com um ambiente coletivo que, além de pessoas com deficiên cia intelectual temos os professores, funcionários administrativos, entre outros, cada um

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com a sua particularidade. Sendo assim, como incluir os usuários no processo de elaboração do projeto é uma importante questão a ser debatida. Segundo Melo:

“(Devemos) Olhar a escola como um espaço em constante mudança considerando os dois lados,

o oficial que define a organização da instituição, e do outro os alunos, professores, funcionários que criam intervenções próprias transforman do a escola num cenário dinâmico que se cons trói diariamente.” (MELO, Larissa, Arquitetura escolar e suas relações com a aprendizagem, p).

Conforto

A Norma Regulamentadora NR-17 – Er gonomia, vigente a partir de 03 de ja neiro de 2022, pertence a um grupo de normas que devem ser seguidas em todo o território nacional. Ela estabelece parâ metros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, e é pautada em 3 objetivos principais: con forto, segurança e desempenho eficiente.

O conforto na arquitetura abrange vá rios setores, sendo eles o conforto tér mico, acústico e também o ambiental, o que pode ser definidos como um estado

ou uma condição de satisfação em relação ao ambiente em que a pessoa se encontra.

O conforto térmico Ajuda a melho rar o desempenho de atividades inte lectuais, manuais e perceptivas. O conforto Acústico ajuda no relaxamento, produtividade, por isso é sempre importante buscar para os usuários um espaço com conforto auditivo adequado as suas necessidades.

Conforto ambiental abrange a área de venti lação, iluminação, cores, entre outros, um ambiente onde todas essas áreas estiverem adequadas as necessidades dos usuários, ter uma ergonomia que traz a interação do indivíduo com o ambiente, proporciona um aumento na produtividade, qualidade de vida, rendimento na aprendizagem e pode auxiliar em tratamentos e na recuperação dos usuários.

“Uma boa arquitetura nada mais é do que um projeto que atenda às necessidades do cliente com ousadia, de acordo com a região em que está inserido – através do conforto ambiental, utilizando novos materiais e técnicas, visando o menor impacto à natureza.”

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Para o arquiteto Juhani Pallasmaa, não há como falar de arquitetura sem falar de experiência. Uma está intrínseca na outra: “A Arquitetura é certamente concebida e experienciada na linha de fronteira existencial, e não há nenhuma experiência artística ou arquitetônica sem a fusão do espaço com o espectador, com o ouvinte e com o sentido de ser indivíduo” (PALLASMAA, Juhani (2009) The Thinking Hand: Existential and Embodied Wisdom in Arvhitecture, p. 125. Apoud. CARDOSO, Maria Eduarda Ramos, O Espaço do Corpo. 2016. Pg. 76).

Já iniciando algumas entrevistas para essa primeira etapa, a maioria dos en trevistados acham que a APAE de guatapará está precisando de um espaço mais adequado para essas pessoas frequentarem e de atividades e pessoas especializadas para esse tipo de instituição.

Segue abaixo os dados da entrevista.

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17 2 RE FE RÊN CI AS
18 Escola Los nogales Daniel Bonilla Arquitectos Arquitetos: Daniel Bonilla Arquitectos Localização: Bogotá, Colômbia Ano do Projeto: 2009 Área: 1576m²

De acordo com os arquitetos. O Centro de Artes é um edifício onde as artes e a músi ca são concebidas como um contexto plu ralista; um ponto de encontro, um desti no e principalmente, um lugar inspirador.

Em conexão com o Campus e o Plano Diretor existente, o edifício posiciona-se como a semente de um segundo “quadrante” ou espaço verde central, a ser acompanhado por futuras edifi cações. Esta nova e generosa área comum, ou segundo quadrilátero, continua a celebrar a maravilhosa condição do colégio verde, com aglomerados de árvores nativas e caminhos, definin do uma praça que gera a entrada dos edifícios.

Implantação

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Planta Térrea

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3 - Salas de Espetáculo 2 - Sala de Dança 1- Circulação 4 - Salão Divisório 5 - Salas e estúdio de Música 6 - Salas de teste Fg 3. FONTE: Archidaily. Mod. pelo autora

Fg 3. FONTE: Archidaily. Mod. pelo autora

Salas de Atividades Artísticas ( Desenho industrial 3D, Pintura,Fotografia, Desenho)

Planta

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Superior

Análise

O edifício tem uma relação dupla, onde o primeiro andar é usado para música e dança, e o segundo andar para artes plásticas. Esses dois níveis estão ligados por uma escadaria-salão-galeria ao ar livre que se articula simultaneamente como um espaço de encontro, perfor mance e exposições.

O OBJETIVO ARQUITETÔNICO DO CENTRO DE ARTES ERA DESENVOLVER UM EDIFÍCIO QUE SE INTEGRASSE PER FEITAMENTE AO CAMPUS DA ESCOLA.

Da fachada superior completando a pa leta externa dos edifícios. As salas de aula de orquestra (que se abrem em um úni co espaço de performance) exigiam uma gestão acústica particular; todo o espaço com acabamento em madeira – piso, paredes e tetos – com percentual de painéis de absorção sonora (também utilizados em outras salas de música). As paredes brancas e as generosas clarabóias das salas Art maximizam os níveis de luz natural.

Em relação a materialidade do edifício, O tijolo foi escolhido como material predominante, pois o Centro de Artes buscou integrar-se aos prédios de salas de aula existentes, com a madeira Zapan da escada central e os tubos pintados.

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O projeto também conta com esses grandes elemen tos vazados e vidros, propor cionando a entrada de uma iluminação naturar e propor cionando uma integração en tre o interno e externo através dos vidros e uma fachada vizualmente agradável, atra vés desses tubos coloridos.

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O projeto apresenta boas referências de espaços e materialidade. Uma das inspirações será sua materialidade do interior que foi usado a madeira e seus elementos de transparência e os cones colo ridos que nos lembram brises.

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Escola Infantil Municipal De Berriozar

Berriozar

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Arquitetos: Javier Larraz, Iñigo Begui ristain,Iñaki Bergera

Localização: Calle Errota, 31013 Ber riozar, Navarra, Espanha Área: 1,278.01 m2

Ano: 2012 Fotografías: Iñaki Bergera

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Fg 12. FONTE: Archidaily. Mod pelo autora

Área de Serviço de aprendizagem/descanço de Atividade/multiuso

Acessos

Fg 13. FONTE: Archidaily. Mod pelo autora - Acesso - Hall de entrada - Sala de carrinhos - Brinquedoteca - Sala do Diretor - Sala de Reuniões - Lavabo - Vestiário - Quarto de limpeza - Lavanderia - Sala de Biomassa - Sala de caldeiras - Corredor - Oficina - Sala Multiuso - Cozinha - Sala dos funcionários - Sala de aula 1 - Sala de jantar 1 - Dormitório 1a - Dormitório 1b - Banheiro 1 Médio - Sala de aula 2 - Sala de jantar 2 - Repositório - Banheiro 2 - Sala de aula 3 - Sala de jantar 3 - Dormitório 3 - Banheiro 3

Pré - Escola - Sala de aula 4 - Sala de jantar 4 - Dormitório 4 - Banheiro 4 - Sala de aula 5 - Sala de jantar 5 - Dormitório 5 - Banheiro 5 Pátios - Pátio Interno 1 - Pátio Externo 1 - Pátio Interno 2 - Pátio Externo 2 - Concreto Polido - Relva - Pedregulho - Borracha

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Pátios
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Berçário
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O sistema ordenador deste projeto é Centralizado, pois há um pátio central e dispõe de pátios em cada um dos extremos. Deste modo, as aulas e suas dependências anexas com a praça cen tral - iluminada e entendida como um espaço externo - como os pátios de jogos, tratados como um prolongamento físico e visual dos espaços internos.

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Traçando um paralelo com a história de Kahn, pode-se perguntar sobre o papel que a árvore, ou seja, a arquitetura, desempenha na prática do ensino. Acreditamos firmemente no valor pedagógico da arqui tetura e, no caso de uma creche, na sua real capacidade de criar oportunidades que ajudem as crianças a desenvolverem-se de forma sugestiva, atrativa e segura nesta fase da sua vida.

Os Brises possibilitam uma integração do interno com o exter no, e trazem um caráter lúdico. O pátio semi-aberto oferece a possibilidade das crianças receberem uma dose de luz natural e correrem livremente, O layout favorece a experi ência com a arquitetura do lugar.

MATERIALIDADE

- Concreto Armado

- Vidro

Desse projeto será utilizado como referência e um dos partidos o seu pátio central, fazendo com que todos os seus ambientes sejam in terligados, criando assim uma integração do interno e externo.

Um de seus pontos escolhi dos como elemento de refe rência são os seus brises coloridos, que também possibilitam uma integração dos ambientes. Adotarei os materiais construtivos, como, concreto, madeira, vidro.

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CONCLUSÃO

Jardim de Infância Fuji Kindergarden

A escola Fuji está localizada no su búrbio de Tóquio, no Japão, projetada pelo arquiteto Takaharu Te zuka, em 2007. A escola Ganhou o prêmio Internacional Moriyama RAIC 2017, que premmia a cada dois anos um projeto “que é consi derado transformador em seu con texto social e promeve os valores da justiça social. Igualdade e Inclusão” (Raymond Moriyama - RAIC, 2014)

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Análise

A planta das áreas de aprendizagem é livre, proporcionando uma maior fle xibilidade no espaço de acordo com a pedagogia aplicada no lugar, Tipos de atividades.

Os usuários do local há um constante contato com a área externa, visto que o fechamento em vidro se abre para o pátio.

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O projeto conta com uma área de 1304 m². Em sua im plantação, incorporou ao projeto árvores pré-existentes no terreno, onde as crian ças podem escalar e brincar.

O mobiliário pode ser montados pelas próprias crianças, visto que sua escala é reduzi da. Isso acaba criando espaços diferentes e divertidos, trazendo uma sensação de pertencimento à criança, que perso naliza o próprio espaço, além de reforçar s sua autonomia.

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A circulação acontece ao redor desse grande pátio, nos beirais que protegem as salas de aula. O aces so à cobertura é dado através de escadas localiza das próximas as salas de aula, as crianças podem descer novamente ao pátio através de um escorregador.

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As aberturas na cobertura para iluminação e ventiulação natural

O caráter lúdico é dado não apenas nas cores, mas também na forma, a circulação, a flexibilidade e o mobiliário transformam o pro jeto em um ambiente agradável e interativo com os usuários. As aberturas possibi litam o constante con tato com o exterior, além de permitir a vi sualização das crianças pelos professores de vá rios angulos da escola.

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Desse projeto será utilizado a forma de que ele usa o seu pátio central para a inte gração dos seus usuários e a visibilidade de todos as ambientes, a forma de como ele usa a vegetação como parte do projeto, o tornando mais lúdico e acolhedor.

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3 IN TER VEN ÇÃO

ESTUDOS E ANÁLISE DO LOCAL

LOCALIZAÇÃO

O terreno está localizado na área central da cidade de Guatapará, o terreno compreende-se em uma área de centralização, ao lado da escola de ensino fundamental da cidade e em uma das principais ruas da cidade.

O local tem acesso favorecido e facilitado a todos. Esse terreno nunca teve uma construção, é usado atualmente como “campinho” de futebol para as crianças do bairro.

Localização: Brasil - São Paulo - Guatapará - Centro
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O terreno em si tem em torno de 0,50m de des nível, por esse motivo o desnível não é visível

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EQUIPAMENTOS

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EQUIPAMENTOS DA CIDADE

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4 PRO POS TA

CONCEITO E PARTIDO

Todo o projeto baseia-se na ideia de promover a integração social de cada paciente. Projetar um espaço que pudesse garantir o conforto e bem-estar dos usuários, com o objetivo da arquitetura fazer parte do processo terapêutico. Além disso trazer a população para o edifício, aumentando a importância de uma inclusão inversa, onde há participação direta ou indireta.

Uma dos principais objetivo do projeto é garantir aos usuários o sentimento de pertencimento e acolhimento, para que eles se sintam parte do espaço, assim como o espaço deve ser sentido como parte deles.

Conceitualmente, o edifício está inserido em um local onde favorece a inclusão, ao lado de uma escola de ensino fundamental. Sua centralidade, facilita seu acesso, porém está localizado em uma das principais ruas da cidade, umas das mais movimentadas. Portanto, o projeto para a APAE tem função de refúgio, como o objetivo de recuperar capacidades físicas, sensoriais, mentais e também da paisagem.

A proposta visa a integração entra as áreas internas e áreas externas, preservando o contato do usuário com a natureza através da vegetação e uma orta proposta, em decorrência ao processo terapêutico.

Partido: O edifício foi implantado com a sua fachada virada para o oeste, Ele irá trabalhar com a integração de seus usuários, Criando ambientes confortáveis e lúdicos. Os visitantes poderá ter acesso ao pátio central através da área de alimentação, lugar onde todos os usuários podem se reunir, fazendo essa inWtegração também entre as pessoas. O edifício terá partes em que ele não será totalmente fechado, criando assim um sistema de ventilação cruzada. A proposta é fazer com que as pessoas que estão do lado de fora consiga ver o lado de dentro do edifício e vice versa, criando assim essa integração social.

A integração entre ambientes internos e externos ocorre por meio de um pátio centralizado. Cria-se uma seguência de paisagem interior, como pátio, jardim, de função contemplativa, paisagística, atividades ao ar livre.

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Processo Criativo

Programa de Necessidades

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Organograma

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Fluxograma

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Figura e Fundo

Através do mapa de áreas ocupadas e áreas livres, também conhecido como “figura e fundo”, podemos identificar que a predominância de cheios sobre as vazios é maioria, onde a maior parte da ocupação são residências térreas.

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Gabarito

As construções do entorno da área não são muito diversificadas, pois é uma cidade pequena, onde a predominancia são residências térreas.

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Uso do Solo

Analisando o uso e ocupação do solo nas proxi midades da área de estudos, é possível verificar que há uma predominância de usos residenciais.

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Hierarquia Viária

A área de implantação possui acesso pelas 4 ruas ao seu arredor, sendo todas vias de mão dupla.

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Hierarquia e mobiliário Urbano

A maioria das vias da cidades são de mão dupla.

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PRO JE TO 5
CON N U I D A TDE I E S P A C I A
A L

IMPLANTAÇÃO COBERTURA

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BB Elev. 1
61 BB AA BB Elev. 2 3Elev. CAIXA D'ÁGUA ESCALA 1:200

PLANTA LAYOUT

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PLANTA TÉCNICA

64 Elev. 1
65 4,5 2,80 4,5 4,5 4,7 4,452,02,01,704,0 5,45 4,5 3,20 3,20 4,30 4,45 9,6 11,20 8,50 2,8 3,40 8,35 5,45 2,02,0 3,35 2,45 3,38 4,80 4,80 4,81 2,45 4,45 2,45 5,45 3,65 1,70 4,5 4,5 2,25 2,15 5,45 3,65 5,72 1,70 2,25 3,35 18,30 27,25 8,94 3,504,32 8,71 1,50 1,70 -0,02 -0,00 COPA ÁREA= 24,25m² ASS. SOCIAL ÁREA= 14,40m² ADM ÁREA= 13,76m² RECEPÇÃO ÁREA= 14,24m² DORMITÓRIO ÁREA= 24,52m² LACTÁRIO ÁREA= 15,26m² BHO SOCIAL ÁREA= 2,0m² SALA DE AULA ÁREA= 25,52m² SALA DE AULA ÁREA= 25,52m² ATELIÊ ÁREA= 25,61m² FRALDÁRIO ÁREA= 21,80m² BHO SOCIAL ÁREA= 2,0m² BANHEIRO ÁREA= 20,87m² BANHEIRO ÁREA= 16,42m² PNE ÁREA= 3,82m² PNE ÁREA= 3,82m² VESTIÁRIO M ÁREA= 11,99m²2,20 VESTIÁRIO ÁREA= 11,99m² 0,10 SALA FISIOTERAPIA ÁREA= 40,08m² CONSULTÓRIO ÁREA= 16,32m² DML ÁREA= 13,44m²COZINHA ÁREA= 40,80m²REFEITÓRIO ÁREA= 48,64m² PÁTIO COBERTO ÁREA= 236,04m² PÁTIO DESCOBERTO ÁREA= 117,76m² -0,07 -0,00 -0,00 -0,00 -0,00 -0,00 -0,00 -0,00 -0,00-0,00 -0,00 -0,00 -0,00 -0,00 -0,00 5,45 0,15 DML ÁREA= 9,26m² 6,18 4,72 3,24 4,41 4,67 4,88 4,09 4,68 4,48 4,57 4,67 43,27 29,23 BB AA AA BB 3Elev. Elev. 4 DECK ÁREA= 6,93m² DECK ÁREA= 6,93m² 2 Elev. TÉCNICA ESCALA 1:200
66 C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E

Corte esquemático

67 S-03 +0.00 1:200 3.80 Calha Platibanda Laje Viga Telha Sanduíche i= 10% 0 5 10
Corte A
68 C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E C O R T E

Corte esquemático

69 +3,80 1 COBERTURA +0,00 TÉRREO 0 5 10
Corte B

Elevações

Elevação 1

Escala 1:200

Elevação 3

Escala 1:200

Elevação Escala

Elevação Escala

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Elevação 2

Escala 1:200

Elevação 4

Escala 1:200

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PERS PEC TI VA

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

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SOARES. C. I. TCC APAE de Mogi das Cruzes – Associação de pais e amigos dos Excepcionais. Net, Mogidas Cruzes - SP, Dez. 2019.Disponível em:<https://issuu. com/cassielesoares/docs/tcc_-_cassiele_isabel_soares>. Acesso em: 02 abril. 2022.

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https://www.archdaily.com/880027/tezuka-architects-fuji-kindergarten-wins-2017-moriyama-raic-international-prize

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