Maio Fotografia no MIS 2016

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MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, SECRETARIA DA CULTURA E MUSEU DA IMAGEM E DO SOM APRESENTAM

CURADORIA GERAL ANDRÉ STURM


MARTIN PARR PARRTIFICIAL

Curadoria Iatã Cannabrava

A obra do fotógrafo Martin Parr detecta, melhor que um contador Geiger, os traços de radiação da artificialidade do mundo contemporâneo. Quando entrevistado, Mr. Parr justifica seu humor como derivado da ironia, uma tradição britânica. Em Parrtificial, fica evidente que, mais que os britânicos e mais que a maioria dos fotógrafos, ele constrói um discurso sério através de elementos como o sarcasmo, o humor e, obviamente, a ironia. É possível afirmar que estamos diante de um dos maiores críticos da sociedade contemporânea, e seu método é, sem dúvida, não só contemporâneo, mas também extremamente ácido e sarcástico, apresentando ao espectador um mundo de consumismo delirante, fútil, ou melhor, um mundo real! Em sua página na Wikipedia – é claro que nosso personagem tem uma –, Martin diz “o fator fundamental que estou constantemente explorando é a diferença entre a mitologia do lugar e a realidade do mesmo […] faço fotografia séria disfarçada de entretenimento. É parte do meu mantra”. FRANÇA, PARIS, LOUVRE, 2012 MÉXICO, 2003 FOTO DA CAPA: NEW BRIGHTON, INGLATERRA, 1983-85 © MARTIN PARR / MAGNUM PHOTOS / GALERIA LUME


JORGE BODANZKY

NO MEIO DO RIO, ENTRE AS ÁRVORES A AMAZÔNIA DE JORGE BODANZKY Curadoria André Sturm e Thyago Nogueira

A exposição No meio do rio, entre as árvores apresenta a produção fotográfica e cinematográfica de Jorge Bodanzky, desenvolvida na região da Amazônia. Expoente do cinema nacional Bodanzky aproximou-se da região pela primeira vez em 1968, enquanto trabalhava como repórter fotográfico da revista Realidade. A reportagem sobre a circulação de dinheiro falso na estrada Belém-Brasília não chegou a ser publicada, mas, durante a viagem, o jovem fotógrafo teve a ideia de rodar um filme. Nascia, assim, Iracema, uma transa amazônica (1974), seu longa-metragem mais conhecido e premiado, que acompanha a rotina de um caminhoneiro e de uma prostituta ao mesmo tempo em que apresenta uma crítica contundente ao modelo de desenvolvimento levado a cabo na região. O olhar atento a personagens capazes de revelar as complexas questões culturais e sociais de um período, é uma das marcas do trabalho do diretor, presente em filmes como O terceiro milênio e A propósito de Tristes Trópicos. Com longas-metragens, vídeos, super-8 e fotografias, alguns deles inéditos, a exposição percorre quase cinquenta anos de carreira dedicados a ampliar nosso conhecimento sobre os encantos e conflitos dessa região do país.

FILMAGENS DE IRACEMA, UMA TRANSA AMAZÔNICA, 1974 © JORGE BODANZKY / ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES OS ZURUAHÃ, 2005 © JORGE BODANZKY / ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES FOTO DA CAPA: JORGE BODANZKY NAS FILMAGENS DE IRACEMA, UMA TRANSA AMAZÔNICA, 1974 ACERVO INSTITUTO MOREIRA SALLES


ACERVO MIS

PRIMEIRAS MIS MISSÕES Curadoria André Sturm e Patricia Lira

Há mais de quarenta anos, entre 1972 e 1974, jovens integrantes da equipe do MIS partiram da capital do estado de São Paulo em diversas viagens para registrar e pesquisar o cotidiano, as práticas sociais, a economia e a cultura das diversas localidades que formam uma das regiões mais antigas do território brasileiro: o vale do Ribeira. Para a realização das pesquisas, foi produzida uma rica documentação em fotografia, áudio e filme, que deu origem à coleção número 1 do Museu. Hoje, essa coleção é apresentada ao público na exposição PRIMEIRAS MISSÕES, que resgata a memória do vale do Ribeira, e do próprio MIS, ao apresentar uma seleção de fotografias que exploram, de forma poética e documental, as principais temáticas do local.

ATRACADOURO, CANANEIA, 1972 DENISE ABRANTES BANHO ANA PEREIRA, ARTESÃ, BAIRRO DE JAIRÉ – IGUAPE, 1973 PLÁCIDO DE CAMPOS JR. FOTO DA CAPA: VISTA NOTURNA, ELDORADO, 1973 ALOYSIO RAULINO


NOVA FOTOGRAFIA 2016 ANDRÉ CONTI

VERTENTES: ESPAÇO DE DENTRO

Vertentes: espaço de dentro é um ensaio fotográfico desenvolvido entre 2014 e 2015, composto por treze fotografias de tamanhos variados. Trata-se de uma pesquisa sobre a memória afetiva de um lugar: questões sobre territorialidade,

passagem

do

tempo

e

o

enigma

deixado

pelos

acontecimentos. Desejo de “guardar”, expressar o mistério, a vibração e o encanto que recobrem os lugares, as coisas. A exposição foi uma das seis selecionadas pelo programa anual Nova Fotografia, que abre espaço permanente para mostras individuais de novos artistas, escolhidos por meio de convocatória.

SEM TÍTULO, 2015 SEM TÍTULO, 2015 FOTO DA CAPA: SEM TÍTULO, 2015 ANDRÉ CONTI


18 de junho a 24 de julho de 2016 Museu da Imagem e do Som - Av. Europa, 158, Jd. Europa - 01449-000 - São Paulo SP T +55 11 2117 4777 - www.mis-sp.org.br museudaimagemedosom

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