Laços de Amor n.º 2

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Caros Amigos, Perante o momento político que atravessamos e tendo em atenção o período eleitoral que se vive em Portugal, nunca tantas vezes se ouviu falar em política social. O Governo argumenta que no mandato que agora termina, fez muito mais que os anteriores e os candidatos a governantes vêm dizer que esse "esforço" não só não foi suficiente como se propõem fazer muito mais se ganharem as eleições. Não dizem, por exemplo, que continuam a sobrecarregar as IPSS e por consequência as Misericórdias porque não financiam, na totalidade e como é sua obrigação, os custos com os nossos utentes. Como vamos nós, entidade que tem a seu cargo um número considerável de utentes - muitos deles, a grande maioria, com rendimentos muito abaixo do valor de custo na instituição - continuar a custear a nossa actividade quando aqueles que têm a obrigação de zelar, na velhice e na doença, pelos seus cidadãos não só não são capazes de o fazerem como utilizam as Misericórdias para atenuar esses encargos sabendo de antemão que esta sua obrigação continua a justificar custos que o Estado não quer suportar na integra. Devem imaginar as Misericórdias como instituições ricas que têm a obrigação de delapidar o património que os nossos benfeitores nos legaram para conforto dos mais pobres e desprotegidos mas que, por este andar, será exaurido em pouco tempo. Não têm em consideração que as Misericórdias continuam a acarinhar pessoas, muitas delas que nem sequer de uma pensão de reforma dispõem ... Sabemos que nos períodos de promessas eleitorais, tudo se diz mas no dia-a-dia somos incapazes de responder a essas intenções porque a riqueza é pouca, a produtividade não é suficiente para fazer face aos continuados esforços de melhoria dos nossos serviços e por isso é urgente redefinir as estratégias. Isso faz-se impondo compromissos aos governantes, qualquer que seja a cor partidária. O que podemos pois fazer para além de pressionarmos quem tem a obrigação de zelar pelos nossos utentes e o não faz de forma suficiente? O período eleitoral é um bom momento para reflectidamente procurarmos orientar o nosso sentido de voto naqueles que - oxalá nós o adivinhássemos... - olham as políticas sociais com sentido de misericórdia face aos mais desprotegidos e carenciados. Uma boa escolha é o que se impõe e deseja-se por isso que o povo se sinta inspirado. Artur Almeida Leite Vice-Provedor


Em Janeiro de 1929, a Comissão Organizadora da Misericórdia de Gaia, promoveu uma reunião no edifício da Liga das Associações de Socorros Mútuos de Vila Nova de Gaia, para anunciar os seus propósitos, reunião que foi amplamente participada e que foi presidida pelo Coronel Macedo Pinto. A ideia da criação da fundação da Misericórdia foi acolhida entusiasticamente, por todos os presentes, os quais se inscreveram como Irmãos, tendo muitos deles feito ofertas significativas: Joaquim Oliveira Lopes, com uma dádiva de 5.000$00, Manuel Poças Júnior, com 1.000$00, Porfírio Jovim e Francisco Viana Júnior, com 500$00 cada e centenas de outros com 150$00, 100$00 e 50$00. Ao mesmo tempo promoveram-se diversas iniciativas de pedido de apoio, como foram os casos da Circular enviada por A. A. Bispo Coadjutor aos Párocos do Concelho a exortá-los à intervenção junto dos seus paroquianos, para lhes mostrar as vantagens da criação da Misericórdia e uma circular do Grupo Promotor endereçada aos seus compatriotas no Brasil. A 12 de Junho de 1929, os estatutos da Misericórdia de Gaia, foram aprovados por alvará do Exmº. Governador Civil do Porto e foi assim que em 26 de Junho de 1929, se reuniram extraordinariamente no edifício sede da Liga os Irmãos inscritos para efeitos da aprovação de Irmãos e de eleição dos Corpos Gerentes, para o período que ia de 29 de Junho de 1929 à primeira quinta-feira do mês de Maio de 1933. Presidiu à Assembleia o Exmº. Senhor Joaquim Oliveira Lopes, Irmão mais velho, que foi secretariado pelos Irmãos Exmºs. Senhores Miguel Joaquim da Silva Leal Júnior e Dr. Artur Emílio Sampaio Ferreira de Macedo. Os primeiros Corpos Gerentes eleitos foram os seguintes: Mesa da Assembleia Geral Presidente – Manuel Maria Lúcio Júnior; Vice-Presidente – Alberto da Conceição Teixeira; 1º. Secretário – António Fernando Domingues de Freitas; 2º. Secretário – Eugénio de Lima Matos; 1º. Vice-Secretário – Camilo Claudino de Morais Vaz; 2º. Vice-Secretário – Manuel Moreira de Barros. Definitório Dr. Basílio Sampaio Ferreira de Macedo; Hubert W Gennings; Dr. Joaquim Francisco Pedrosa Júnior; Manuel Domingues Poças Júnior; Manuel Marques Gomes; Miguel Joaquim da Silva Leal Júnior. Mesa Administrativa Efectivos Provedor – Alfredo Pereira Pinto de Castro e Lemos (Conde das Devezas); Vice-Provedor – Manuel Cardoso Martins; 1º. Secretário – Dr. Artur Emílio Sampaio Ferreira de Macedo; 2º. Secretário – Luís António Pinto de Aguiar; Tesoureiro – Camilo José de Macedo; Vogais

Alfredo Meireles dos Santos, Pe. Jacinto Alves Magalhães Dr. Manuel Ferreira de Castro Ramiro Bastos Mourão

Substitutos

Adolfo Gomes d’Oliveira; Alfredo de Almeida Lucas Ilídio Augusto Ramos Manuel Francisco Gomes Júnior

Luís Marques Gomes (Director Geral)



História de vida Era naquele monte, naquele verde prado Onde antigamente pastava meu gado, De cajado ao ombro Bornal ao lado Alegremente cantando meu fado. E cantando, o meu rebanho ia guiando, para junto das Poças do Cabo. Onde ali passava as minhas tardes, sentada numa pedra, Descansando a minha sesta à sombra de lindas árvores. Ó tempo volta para trás, mas não me tragas saudades dos montes, Que morrer de saudades serei capaz, Transformando meus olhos em duas fontes. Angelina Morais (Utente do Lar Salvador Brandão)

Era uma vez… Uma menina que nasceu em Arcozelo, Gaia, em 1915 e que os pais levaram para França em 1917. Essa menina era eu, tinha 2 anos quando fui parar a Bourges, França. Fomos morar para junto de um campo de aviação, onde os aviões, daquela época caíam em chamas quase aos nossos pés. Era a guerra, 1914-1918, que acabou em 1918 com o armistício de Compiegne. Então fomos morar para Reims. Aí sim, tive uma infância e juventude muito feliz até aos 16 anos. Fui para a escola, com 6 anos, e começou a minha felicidade. Eu gostava muito de estudar a ponto de a minha mãe me arrancar os livros das mãos já pela noite dentro; para mim era um deslumbramento ler e estudar! Tinha muitas amiguinhas e no Inverno podíamos fazer bonecos de neve e atirar bolas umas às outras. O rio que atravessava a cidade era um canal, que congelava no Inverno e qual a minha alegria atravessá-lo em patins para chegar à escola. Assim, a patinar com as minhas amigas o trajecto até à escola era muito mais curto, rápido e divertido. O meu maior prazer era estar na escola sempre à frente nas classificações. Era a minha felicidade estudar e brincar com as amigas. Tudo acabou aos 16 anos, quando os meus pais quiseram voltar para Portugal. Fiquei, no princípio, triste por não poder continuar a estudar, mas ao mesmo tempo fiquei feliz por vir conhecer o país onde nasci.


Quando cá cheguei, fiquei completamente desapontada… estávamos em 1931 e isto aqui era um terceiro mundo. Chorei… queria voltar para França, mas era menor e os meus pais ficaram por cá. Foi muito difícil adaptar-me aos hábitos da minha terra, mas enfim… Eu amava e amo muito a França! Hoje, com 94 anos, ainda sinto a saudade a roer-me no peito. Cá casei… tive uma filha e um filho que vieram amenizar as saudades. Isto cá melhorou, evoluiu um pouco e assim se foram passando os anos… vivendo para os filhos, os netos. A minha história seria muito longa, mas acaba aqui. Por várias vezes sinto o desejo de ter outro nome que exprimisse um significado da minha vida. Um nome como “AGRADECIDA”, para fazer destes dias que me restam um continuo momento de agradecimento. Com a mão trémula assino, Palmira Ventura (Utente do Lar Salvador Brandão)

Aceita-me Senhor, como sou… Aceita os meus medos e transforma-os em confiança. Aceita os meus sofrimentos e transforma-os em crescimento verdadeiro. Aceita as minhas lágrimas e transforma-as em intimidade. Aceita a minha raiva e transforma-a em oração. Aceita o meu desânimo e transforma-o em fé confiante. Aceita a minha solidão e transforma-a em contemplação. Aceita as minhas amarguras e transforma-as em esperança. Aceita as minhas perdas e transforma-as em ressurreição. Prazeres (Utente do Lar Salvador Brandão)


A Santa Casa da Misericórdia de Gaia tem proporcionado aos utentes dos lares, belíssimos e agradáveis passeios, alguns em conjunto com outros lares. Tenho-me divertido muito, visto e admirado coisas que desconhecia. De todos tenho gostado e este último foi óptimo. Fomos no autocarro da Santa Casa conduzido pelo Sr. Mesquita, que nos levou até Aveiro. Gostei de rever o grande farol da Barra. Estivemos na praia do mesmo nome a qual estava muito colorida com tantos banhistas. Almoçamos junto ao farol no restaurante da Barra, onde fomos muito bem servidos. O resto correu com muita alegria. A nossa Directora, Drª Dália, com a sua boa disposição e alegria como sempre nos acarinha. Acompanhou-nos a nossa Animadora Cultural, a menina Bruna, sempre atenta, para que tudo corra bem. Um bem-haja para todos que nos proporcionam estes passatempos, que são do nosso agrado. Para a Santa Casa e todos os colaboradores o meu muito obrigada. Adriana Sousa (Utente do Lar José Tavares Bastos)

Música dedicada ao Sr Sílvio ( Mesário do L .J. T. Bastos) Sr. Sílvio, Sr. Sílvio Mesário e amigo Do Lar José Tavares Bastos. Escute as nossas palavras Nós por cá todos contentes Da terra dos ovos-moles Mandamos-lhe um grande abraço Utentes do Lar José Tavares Bastos Comecei a poesia Com medo, mas sem vaidade. Consegui tudo o que queria Porque rima e é verdade. Maria Alice (Utente do Lar José Tavares Bastos)

Quem 60 ao pé de ti, não 70 com mais ninguém. Adriana Sousa (Utente do Lar José Tavares Bastos)


Diálogo com Deus Jesus dá-me um coração novo e uma alma nova. Quero viver o dia a dia, hora a hora na tua presença. Tu és um companheiro fiel. A tua vida ilumina e enche a minha vida. A tua presença é um tesouro de graça. Que me dá alegria interior. Senhor, os momentos de profundo silêncio na oração, fazem-me perceber um bocadinho do céu. Deus é tão bom. O Seu amor é tão grande, que não se pode medir a altura e profundidade. É preciso algum esforço, para chegarmos ao encontro com Deus. Clara Cavadas (Utente do Lar Almeida Costa) Entrei para o Lar António Almeida Costa onde ainda me encontro; em Setembro de 2007; nos dois primeiros dias, pouco comi, e nada dormi; mas ao terceiro a tristeza e o cansaço tomaram conta de mim, que peguei num sono tão profundo em frente da televisão então ligada e só pelas 5 horas da madrugada acordei porque fui acordado por duas empregadas que estavam de vigília nessa noite, e que puseram um ponto final no sonho que então eu sonhava; sonho esse que conservo ainda bem vivo na memória, pois que a personagem desse sonho era alguém a quem eu não via, mas julguei reconhecer pela voz, e me dizia… Quatro paredes ao alto, nem um sorriso de mulher, prostrado na solidão procurando em vão no sofrimento, na tua longa paciência, o desejado remédio para os teus males. Não há verdadeira grandeza senão na desgraça, e nenhum homem é inteiramente digno de tal nome enquanto não recebe algumas punhaladas cruéis da sorte. A paz, a ventura, o bem-estar deprimem-nos; as aflições temperam-nos, e tonificam-nos. O infortúnio levanta-nos e faz-nos heróis, até ainda quando nos enlouquece; nem há heroísmo sem um grão de vertigem. A compaixão alinha-se ao lado daquelas outras novas virtudes tolerância, compreensão que marcham juntas levadas pela bandeira do amor. É preciso confiares em Deus primeiro; e depois agires. Que a vida não te pareça como um longo pesadelo, procura sonhos de felicidade, então tudo será mais belo, pensa nos teus poemas sequiosos, e deita os teus olhos ao sol. Foge das tristezas e emoções inquietantes, e canta nos teus versos, os teus penares de amor, os teus penares da vida. – fim do sonho. Ergui-me da cadeira onde tinha adormecido e deitei-me na cama. Não tornei a adormecer, mas sonhei acordado; e quando romperam os primeiros alvores da manhã corri para a janela do meu quarto, e fiz como aquela voz me disse deitei os olhos ao sol, e reparei que ela era igual aquele que eu contemplava duma das janelas da marquise da minha casa em Valadares. Depois peguei numa folha de papel em branco e com a ajuda da minha pobre musa escrevi o poema que sairá na próxima edição de “Laços de Amor”. Artur Leite (Utente do Lar Almeida Costa


Passeio a Viseu em 8 de Setembro de 2009 Que belo passeio demos Na terça-feira passada! Houve convívio e beleza Uma boa almoçarada! Fomos até à cidade De Grão Vasco – bom pintor. Também por ali viveu O Viriato – pastor Em Santo Estêvão – a visita. Toda a gente comoveu, Tanto carinho e ternura Encontramos em Viseu. Foi bem grande a animação Na viagem de regresso, Porque o nosso Provedor A cantar foi um sucesso.

Cremilde Vidal (Utente do Lar Residencial)


Peregrinação à Senhora da Saúde À semelhança dos anos anteriores, os lares da Misericórdia de Gaia realizaram uma peregrinação conjunta ao Santuário da Senhora da Saúde nos Carvalhos, no dia 18 de Setembro. O dia encontrava-se ora com uma lágrima de chuva, ora com um pequeno sorriso de sol. Como o tempo era o que menos importava, tentamos que os nossos utentes assistissem á Celebração Eucarística o mais confortáveis possível, tendo em conta as suas limitações cada vez maiores. O Sr Padre que presidiu à celebração foi atencioso com os utentes, tendo utilizado metáforas do dia a dia para que todos compreendessem melhor as mensagens do Evangelho. Apelou aos nossos utentes para uma maior tolerância e perdão uns pelos outros. Aos colaboradores dos lares dirigiu uma palavra de encorajamento para continuarem a sua missão de "Cuidar dos utentes”. S. Pedro permitiu que se realizasse o tradicional piquenique sem chuva, e ainda houve tempo para umas cançõe divertidas, acompanhadas do já famoso acordeão da D. Amélia (colaboradora do Lar Salvador Brandão). Bruna Moreira (Animadora Sociocultural)


Passeios de Verão Nestes meses de Verão, não há nada como passear, sair de casa e ver coisas novas. Assim, em Julho tivemos alguns passeios. No dia 6 fomos a Amarante. Visitamos a Igreja de S. Gonçalo, aproveitando para fazer uma oração em grupo. Fizemos uma visita pela cidade onde pudemos observar belos jardins e rotundas com vinhas de vinho verde. O almoço foi feito no Parque de Lazer de Amarante, um espaço muito fresco, ideal para piqueniques. No dia 10 realizou-se outro passeio, desta feita, a Vale de Cambra. Com destino ao centro da cidade, visitamos o Museu Municipal, tendo oportunidade de apreciar a exposição de lacticínios e também uma outra alusiva ao ciclo do linho. O almoço foi realizado no Parque da Srª da Saúde. No mês de Agosto tivemos mais passeios. No dia 26 foi à Póvoa de Varzim. Em Vila do Conde fizemos uma paragem para ver a praia e sentir o cheirinho do mar. Chegados à Póvoa fomos visitar o Museu Etnográfico no qual pudemos apreciar os usos e costumes do povo piscatório da Póvoa. De seguida dirigimo-nos ao Monte de S. Félix, um monte muito alto do qual podíamos ver a cidade toda. Almoçamos o nosso piquenique, tomámos café e visitamos a capela que era muito bonita e estava a ser ornamentada para a festa que iria acontecer no fim-de-semana. No dia 28 o destino foi Paços de Ferreira. No Museu do Móvel pudemos apreciar todas as ferramentas usadas na confecção de mobiliário. Também foi muito interessante ver uma réplica de uma escola do nosso tempo, com as carteiras, as lousas e até a palmatória. O almoço foi feito no Parque de Lazer de Meixomil, umas das freguesias do concelho de Paços de Ferreira. Uma colega nossa, a Dª. Maria José, fez anos nesse dia, então levamos o bolo e ela ofereceu-nos o champanhe. Após o almoço cantamos os Parabéns. Foi um dia muito bem passado e não apetecia nada retornar ao lar. Quando regressamos destes passeios vimos mais bem dispostos e com mais vontade de nos aturarmos uns aos outros. Madalena Sousa (Utente do Lar Salvador Brandão)


Tinha chegado o dia do passeio a Viseu: 8 de Setembro. O dia anunciava-se quente. Num óptimo autocarro iniciamos a viagem que decorreu muito bem. A primeira visita foi ao Centro de Santo Estêvão onde estão recolhidos e tratados sessenta deficientes – alguns profundos – por pessoas profissionais que dispõem da mais moderna tecnologia. Terminada a visita dirigimo-nos à residência Rainha D. Leonor onde nos esperava um almoço especial que serviu para um convívio muito agradável. Após o almoço, passeando pelas ruas estreitas da cidade velha, resistindo aos 35ºC que se faziam sentir, fomos visitar a igreja da Misericórdia, construída na segunda metade do séc. XVIII. Na fachada distinguem-se as duas Torres pela sua elegância. O frontão é encimado por uma cruz. O interior é de um ecletismo vulgar nas igrejas da época. O museu encerra peças de bastante interesse e valor. Após a visita fomos refrescar-nos um pouco a um café e o autocarro já nos esperava para a viagem de regresso muito agradável, sobretudo pela animação dada pela voz de “tenor” do nosso Provedor. Bem-haja Sr. Provedor pela óptima dia que nos proporcionou. Adélia Almeida (Utente do Lar Residencial)

No âmbito da animação sociocultural, continuámos com as chamadas actividades do quotidiano, nomeadamente a culinária, a ginástica, as terapias individualizadas, o recordar e cantar músicas antigas, os jogos de adivinhas/provérbios, entre outras. Paralelamente, temos realizado alguns passeios. Repetimos o passeio tradicional a Oliveira de Frades.

Realizamos um passeio à Barra de Aveiro. Recordamos uma viagem de eléctrico desde S. Nicolau ao Passeio Alegre, em que os nossos utentes desfrutaram da belíssima paisagem do nosso Porto e ainda trocaram impressões com turistas. Almoçamos numa tasca na Cantareira, um restaurante de gente típica do Porto, que se notava pelo seu vocabulário, mas muito carinhosos com os nossos utentes.


Em Agosto passeámos até Vizela, por ocasião da romaria nesta cidade. Visitamos o Monte de S. Bento das Peras, uma obra lindíssima com uns jardins envolventes espectaculares umas vistas sobre Vizela dignas de serem admiradas. A Capela muito simples, mas acolhedora. Nesse mesmo mês fomos ao museu da lousa em Valongo. Alguns dos idosos recordaram a vida das minas que os seus pais e avós levaram. Visitamos ainda a igreja da Santa Justa, onde os idosos fizeram as suas preces e trocaram impressões, relembrando outros tempos em que assistiam às festas de Valongo. Não regressamos de Valongo sem primeiro comprar a famosa regueifa. Bruna Moreira (Animadora Cultural)

Neste Verão, foi nossa preocupação proporcionar aos idosos do Lar Salvador Brandão visitas a locais de interesse cultural e histórico (Oliveira de Frades, Amarante, Póvoa de Varzim, Vale de Cambra, Paços de Ferreira, Ribeira do Porto e Gaia), mas também a parques naturais onde observamos distintas espécies de animais (Zoo de Lourosa, Zoo da Maia, Quinta de S. Inácio, Parque da Lavandeira). Os ateliers de trabalhos manuais realizados no mês de Julho, foram dedicados a fazer uns bonitos girassóis, para decorar as mesas da sala de jantar. Aproveitando o bom tempo, realizamos alguns trabalhos e sessões de exercícios de memória no jardim do lar. O Grupo de Cantares preparou um trabalho relacionado com as vindimas. Ensaiaram os cânticos e afinaram os instrumentos, com a ajuda da D. Amélia. No dia 21 de Setembro, os utentes deslocaram-se a uma quinta em Sermonde onde apanharam as uvas. Foi uma tarde bem passada, cantando e relembrando memórias de outros tempos de mocidade. No dia 22 realizamos no Lar a FESTA DAS VINDIMAS, que consistiu na pisa das uvas e na apresentação das danças e cantares preparadas pelo grupo. Ao fim de 24 horas todos tivemos a oportunidade de provar o vinho doce.

Sónia Magalhães (Animadora Socio-Cultural)


No

passado dia 9 de Julho o Lar António Almeida Costa realizou um passeio convívio ao Lugar dos Afectos, em Aveiro, um lugar mágico e encantador que transmitiu aos 27 participantes na actividade, muita paz, alegria, felicidade e harmonia.

Com o objectivo de reconhecer o trabalho imprescindível dos voluntários assinalámos o 20º aniversário com duas actividades: no dia 10 de Julho, uma Tarde Animada no Lar e dia 29, um passeio convívio ao Monte de São Félix , na Póvoa do Varzim.

A época Balnear foi realizada de 3 a 7 de Agosto, na praia de Lavadores, em que participaram 26 utentes. A época balnear promoveu o companheirismo e a inter-ajuda, estimulou o movimento e o aumento da auto-estima dos participantes. Tivemos outro momento de convívio no dia 14 de Agosto no Monte da Virgem. Iniciamos o dia com a Sagrada Eucaristia, e terminamos o passeio com um gelado na Foz do Porto Fernanda Resende Animadora Sociocultural


CENTRO DE ACOLHIMENTO Nª. SRª. DA MISERICORDIA

Este ano, e à semelhança dos anos anteriores, tentamos proporcionar às crianças, nos meses de verão, actividades diversificadas com o intuito de usufruírem de umas férias bem passadas. A “CerciGaia”, tal como noutros anos, convidou os meninos do Centro a participar nos passeios que costumam realizar no final do ano lectivo. Participamos no passeio e pic-nic ao Parque Biológico e à Casa de Serralves. No Domingo, 19 de Julho, fomos a Esposende: desde montar a cavalo, a andar de barco, foi um dia inesquecível de muito convívio e alegria. Ainda em Julho, fomos almoçar fora a uma pizzaria perto da praia, fomos ao cinema ver “A Idadedo Gelo” e passamos um dia maravilhoso nas piscinas de Amarante. Para além destes passeios e sempre que o tempo o permitia, frequentamos a piscina da “Gandara”, em Miramar e as praias envolventes. Em Setembro, iniciamos o ano lectivo de acordo com o projecto educativo, intitulado “1,2,3…Era uma vez!” Os meninos do Centro estão muito motivados para as histórias, pelo que é relativamente fácil a sua adesão à literatura. O objectivo principal é desenvolver o espírito e a personalidade destas crianças para que se estimule e alimente recursos que a criança mais necessita. Deste modo, é possível enfrentarem os difíceis problemas internos e esclarecer as suas emoções. Este projecto pretende abordar as histórias tradicionais, trabalhando a parte sócioemocional das crianças acolhidas no Centro. Este ano temos 3 crianças a frequentar o primeiro ano da Escola Básica da Aguda e 3 a frequentar o Jardim-Escola. É importante dar todo o apoio às crianças e estabelecer uma boa articulação entre a Escola e o Centro de Acolhimento, de modo a proporcionar-lhes as melhores condições de inserção no meio escolar. E já agora… Bom Trabalho para este início de ano lectivo 2009/2010! Neuza Guilherme (Educadora de Infância)


PASSEIO FINAL DO ANO LECTIVO 2008/2009

No dia 27 de Julho, realizamos o nosso Passeio de Final de Ano Lectivo. Desta vez fomos conhecer o Oceanário SEA LIFE no Porto. Fizemos uma pequena viagem pela água, começando pelas “correntes de água doce até às linhas costeiras, desde as praias de areais brancos até às profundezas mais escuras do oceano”. Conhecemos a fauna e a flora marítimas, desde a simpática e tímida estrela do mar (na qual pudemos tocar) até aos temíveis tubarões. Às vezes parecia estarmos no fundo do mar!!! Foi emocionante esta nossa odisseia! Fomos almoçar ao Parque da Cidade, onde brincamos muito e pudemos desfrutar de toda a tranquilidade e beleza deste local. Foi um dia muito divertido!!!

PRAIA Entre os dias 13 e 24 de Julho, fomos para a praia da Madalena. Gostamos muito destes dias, pois desde brincadeiras na areia até aos banhos no mar, nos dias de muito calor, é sempre uma aventura cheia de alegria.


FESTA/CHURRASCO/CONVÍVIO ATL

Pelo mês de Julho, quando o tempo e a disposição animam, dedicámos à amizade e à festa uma altura do nosso calendário escolar. Reunimos crianças e famílias, preparando um churrasco, bem temperado, onde todos contribuíram com sobremesa e bebidas e aquecemos sonhos à mesa de um repasto que se quer partilhado e animado. A noite foi abrilhantada com um espectáculo protagonizado pelos mais novos, fruto do trabalho realizado durante o ano lectivo. O 1º e 2º ano apresentou um número, que envolvia o conhecimento e as práticas dos “piratas”; o 3º e 4º ano tentou recriar em palco uma aproximação às artes circenses, com números variados, enquadrados na tradição deste espectáculo: equilibristas, domadores, palhaços, etc. O Folclore também nos brindou com uma actuação enérgica e cheia de ritmo, propondo duas surpresas: uma, a realização de coreografias entre pais e filhos; outra, a apresentação de uma dança africana, fruto do tempo passado em Moçambique pela ensaiadora e nossa voluntária Ana Fernanda. A Equipa do ATL muito se orgulha com a realização desta iniciativa e manifesta o desejo de que, no próximo ano, surja nova oportunidade de partilhar afectos e memórias em festa semelhante.

Maria do Céu Quaresma (Educadora Infância) Teresa Rodrigues (Educadora Infância) Artur Silva (Técnico de ATL)


Pandemia de Gripe (A) Antes de fazer algumas considerações sobre a Gripe A, gostaria de dizer o que se entende por pandemia. Uma pandemia não é mais que uma epidemia que tem lugar numa grande extensão geográfica e que, geralmente, afecta uma importante proporção da população. Estima-se que a Gripe A possa vir a afectar um milhão de portugueses e que dez mil desses casos podem ser graves durante o pico da epidemia. Perante esta estimativa podemos afirmar que há motivos para preocupações, mas não há motivos para pânico. Como é evidente há todo o interesse em fazer um diagnóstico precoce da doença em causa (definição do caso suspeito); tal diagnóstico baseia-se em critérios clínicos e epidemiológicos. Um doente com síndrome gripal (febre alta, arrepios, dores musculares, cefaleias, tosse e diarreia, rara na gripe sazonal e frequente na gripe suína) que tenha estado numa zona afectada nos últimos dez dias, ou que tenha tido um contacto próximo com uma pessoa doente, com um quadro gripal proveniente de zonas afectadas é de suspeitar que contraiu a Gripe A. Temos de aprender a enfrentar o surto mundial do vírus A H1 N1. O Ministério da Saúde e a Direcção Geral de Saúde já divulgaram os procedimentos a adoptar relativamente à Gripe A. Se todos nós dermos um minuto às medidas preventivas profusamente divulgadas, podemos dizer que estamos preparados para dar resposta, resposta esta que será melhorada com a vacinação que esperamos que, em breve, seja posta em prática. Os grupos prioritários no plano de vacinação são os trabalhadores ligados à área da saúde, as grávidas e as pessoas com doenças crónicas. Dr. Domingos Queiróz (Médico do Lar José Tavares Bastos)


Sou voluntária a convite do saudoso Sr. Fernando Azevedo. Depois das devidas formalidades, fui aceite. Pensei que ia ter um impacto menos simpático, mas não. Fui recebida com agrado e hoje sinto-me, como diz o povo, “como o peixe na água”. Dou pouco e recebo muito. Já vi muitos amigos partirem, mas um marcou-me especialmente, o Sr. Manuel Morais, talvez por ser da minha terra e falar muito do meu pai, António Francisco de Sousa. Sei o nome de todos ou de quase todos os utentes. Trato-os com respeito, ouço os problemas, resolvo os que estão ao meu alcance, nunca me excedendo. Não posso esquecer a simpatia que nutro pelos colaboradores. Obrigado por serem meus amigos. Manuela Sousa (ou antes, Mimi) Voluntária do Lar José Tavares Bastos

No passado dia 1 de Julho, o Serviço de Voluntariado da Misericórdia de Gaia celebrou 20 anos de existência. Este ano, a comemoração do 20º aniversário do Voluntariado foi integrada nas cerimónias de comemoração dos 80 anos da fundação da Misericórdia de Gaia, na sessão solene que decorreu no dia 26 de Junho, no Pavilhão Joaquim Oliveira Lopes, e para a qual foram convidados todos os voluntários. Um dos momentos previstos no respectivo programa consistiu na apresentação dos voluntários admitidos este ano. Em acto solene, cada um dos novos voluntários recebeu o uniforme e o respectivo cartão de identificação, e todos, em conjunto, leram o Compromisso. Assinalou-se, assim, esta data, em clima festivo e de uma forma mais envolvente e participada.

Célia Rodrigues (Coordenadora do Voluntariado)


1 de Outubro – Dia Mundial do Idoso – Comemoração conjunta entre os Lares da Misericórdia Lar Salvador Brandão Outubro  Dia 7/14/21/28 – Intercâmbio inter-instituições: uma instituição vem passar o dia connosco partilhando saberes, histórias e tradições numa forma de comemorar o Mês do Idoso. 

Dia 14 – Recriação de uma desfolhada.

 Dia 30 – Participação nos Jogos Tradicionais da Associação Nª. Srª. da Esperança de Sandim. Novembro  Dia 11 – Comemoração do S. Martinho. Dezembro  Dia 2 – Abertura da venda de Natal com trabalhos realizados pelos utentes.  Dia 21 – Festa de Natal. Lar José Tavares Bastos Outubro:  Comemoração do Aniversário do Lar José Tavares Bastos; Novembro:  Dia 11 - Feira de S. Martinho, Penafiel Lar Almeida Costa Outubro  Dia 30 – Participação num Encontro de Coros Novembro  De 10 a 13 - Comemoração do S. Martinho Dezembro  Dia 10 – Abertura da Exposição e Venda de Natal  Dia 10 – Natal com as Crianças  Dia 17 – Natal com os Jovens  Dia 22 – Comemoração de Natal Lar Residencial Conde das Devezas Outubro  Dia 8 – Chá das 16H00 Novembro  Dia 11 – Tarde de S. Martinho Dezembro  Dia 16 – Natal Cantado  Dia 23 – Comemoração de Natal


Administração Outubro – Dia 16 – 21H00 – Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes – Acto de Posse dos Novos Irmãos Novembro – Em data e local a designar – Concerto de Encerramento das Comemorações do 80º. Aniversário da Misericórdia de Gaia Dezembro – Dia 19 – 20H00 - Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes – Jantar de Natal da Família da Misericórdia de Gaia, convívio entre os Órgãos Sociais e os Colaboradores


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