Laços de Amor n.º 17

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EDIÇÃO N.º 17 TRIMESTRAL | SCMG | Out/Nov/Dez | 2012 Gratuito

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

LAÇOS DE AMOR Uma família ao ser viço da comunidade

Natal Intergeracional

Tomada de Posse dos Corpos Gerentes para o triénio 2012/2014 Criatividade e solidariedade no Natal dos utentes e colaboradores da ;Misericórdia de Gaia


ÍNDICE EDITORIAL 83 ANOS DE HISTÓRIA MENSAGEM DE ANO NOVO O QUE ACONTECEU

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Fado Solidário em favor das crianças do CAT

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Dia Internacional do Idoso em festa

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ENTREVISTA

Fernanda Morgado na direção do Tavares Bastos

ESPAÇO SAÚDE HISTÓRIAS DE VIDA

Adriana Pereirinha conhece a Quinta do Vale desde criança

NÚCLEO MUSEOLÓGICO ESPAÇO VOLUNTARIADO AGENDA SABIA QUE...

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EDITORIAL

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

"A solidariedade começa a ganhar raízes na nossa vida" que se registou neste trimestre na vida da nossa Misericórdia e que foi o MÊS DO IDOSO nos nossos lares. É que, ao viver este mês nas diversas valências da nossa Santa Casa saímos enriquecidos ao contribuir para a felicidade de umas centenas de idosos que vivem no seio da nossa família, praticando nós a verdadeira solidariedade. E por falar em solidariedade, não podemos deixar de salientar essa grande jornada de FADO SOLIDÁRIO, levada a efeito no dia 3 de novembro, no nosso Pavilhão, completamente lotado, jornada a favor do CAT – Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia - e em que pusemos à prova o grande grau de solidariedade que muitos demonstraram.

3 Ainda no interior desta revista iremos desenvolver um facto que ilustra bem o modo como a nossa Instituição está a trabalhar. Foi a apresentação do Plano de Atividades e Orçamento para 2013 e que mereceu da vasta assistência a aprovação por unanimidade e aclamação. Cabe-me a mim, como mesário desta Instituição de caráter social, escrever o editorial da presente edição da nossa revista “Laços de Amor”. É uma missão que me enriquece, pois é através desta revista que se cumpre o objetivo da proximidade para com os irmãos e para com a “Família” da Misericórdia em geral. Trata-se de uma revista simples, de leitura agradável e que trimestralmente nos permite reviver algumas atividades da Instituição ao mesmo tempo que ao lê-la aprendemos a nos conhecermos melhor a nós próprios, e nos mostra em que medida podemos ser mais felizes e, assim, contribuir para a felicidade dos outros. Sim, porque ser feliz é conseguir perceber a opinião dos outros, comungar dos seus sentimentos, compreender melhor os problemas dos outros. A solidariedade começa a ganhar raízes na nossa vida e isso faz-nos aprender a aceitar os pontos de vista dos outros, e, no fundo, ser mais felizes. Vem esta introdução a propósito de um facto importante

Finalmente, e como corolário de mais um ano solidário da nossa Santa Casa convidamos os nossos leitores a seguirem como se viveu a época natalícia nas nossas unidades e equipamentos. Embora o Natal na nossa instituição esteja presente durante todo o ano, pois o Natal é quando o homem quer, e nós pretendemos que Ele esteja presente em nós todo o ano, não deixamos de o viver, como é tradição, em todos os lares e equipamentos com todos os utentes, mesários, diretoras, funcionárias, chefes e corpo de voluntários, contribuindo para que se medite bem neste pensamento com que termino este editorial: “Não é pelas riquezas, educação ou posição que Deus avalia os homens. Avalia-os pela sua pureza de intenção e formosura de caráter. Olha-os para verificar em que medida possuem o seu espírito, e até que ponto sua vida revela semelhança com a Sua”. Jorge Soares (Tesoureiro e mesário do Lar António Almeida Costa)


83 ANOS DE HISTÓRIA

Em face da evolução do projeto para a construção do novo Hospital, era grande o entusiasmo e o apoio prestado pelas entidades, pela população, pelas empresas, em especial as de Vinho do Porto, e pela sociedade em geral, conforme noticiavam os jornais diários e locais.

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Como exemplo bem elucidativo, citamos uma relação publicada no jornal “O Comércio de Gaia”, onde tem lugar de destaque o Provedor: Manuel Moreira de Barros – 20.000$00; António Correia de Carvalho – 10.000$00; Barros Almeida & C.ª – 5.000$00; Manuel D. Poças Júnior – 5.000$00; Cockburn, Smithes & C.ª, Ld.ª – 5.000$00; Correia de Carvalho & C.ª – 5.000$00; Companhia de Seguros Garantia – 5.000$00; José Melero – 5.000$00; Alberto Cunha – 5.000$00; Bosch & Baylina – 5.000$00; José Moura S. Ribeiro – 5.000$00; Banco Borges & Irmão – 3.000$00; Banco Português do Atlântico – 3.000$00. Entretanto, a Mesa Administrativa criou uma Comissão para preparar a realização de um Cortejo de Oferendas e que era presidida pelo seu Provedor, Senhor Comendador Manuel Moreira de Barros, a qual realizou visitas a todas as freguesias do Concelho, onde foram recebidos de forma carinhosa. Foi nessa sequência que, por convocatória do Senhor Presidente da Câmara, Sr. Eng.º João de Brito e Cunha, se realizou em 27 de julho de 1956, uma reunião no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com os Presidentes de Junta de Freguesia, Regedores, Párocos e Subdelegado Escolar, e onde foram aprovadas as bases para a efetivação do grande Cortejo de Oferendas em favor da construção do Hospital Sub-Regional de Vila Nova de Gaia: - Organização de comissões locais para angariação de fundos, representações folclóricas, carros de dádivas e o mais que comporá a representação de cada freguesia; - Incorporação das representações das freguesias com seus carros e ranchos folclóricos, no respetivo cortejo; - Efetivação de cortejos locais, dias antes do cortejo geral. O Cortejo veio a realizar-se em 2 de dezembro de 1956 e constituiu um acontecimento memorável que suplantou todas as expectativas. Citamos aqui a descrição feita pelo Sr. Fernando Correia, sobre este Cortejo, no seu livro “A MISERICÓRDIA - A Santa Casa de Vila Nova de Gaia”: “As Juntas de Freguesia do Concelho, ajudadas pela Edilidade, realizaram o importante Cortejo, mostrando a um público numeroso e generoso, as actividades, os antigos trajes e os produtos de cada freguesia. Foi um espectáculo alegre, cheio de

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cor e vivacidade, de forte sentido humano, ´magnificente e importante´, segundo “O Comércio de Gaia” do dia seguinte. Principiou cedo, com um magnífico dia de sol, no frio mês de Dezembro. As ruas animaram-se extraordinariamente. Todas as artérias convergentes à avenida Marechal Carmona (hoje, Avenida da República), se encheram de gente para assistir. As janelas e sacadas apresentavam-se enfeitadas, o largo fronteiro à Câmara Municipal, ricamente ornamentado, tudo se associando para o brilho desta jornada de cooperação assistencial. Às 14 horas, o Cortejo, formado na avenida, a partir de Santo Ovídio, principiou a rodar. Estava lindo, garrido, vistosos carros ornamentados conduzindo as oferendas, quase tudo já em dinheiro, enquanto lindas moçoilas com os seus trajos característicos davam vida e beleza, além de muitos e variados grupos corais, com as suas danças e cantares. Foram descendo a avenida até à Ponde Luís I. A partir daí, subiram pelo lado poente até à Câmara Municipal, onde foram depositar as suas ofertas em dinheiro, numa alacridade extraordinária. ……. Foram três horas de magnífico espectáculo colorido, três horas inolvidáveis para o povo de Gaia, três horas de Caridade. Assistiram ao desfile do Cortejo, nos Paços do Concelho, o Subsecretário de Estado da Assistência, Dr. Melo e Castro, o Governador Civil do Porto, Dr. Domingos Braga da Cruz, o Presidente da Câmara, Eng.º João de Brito e Cunha, Sua Ex.ª Rev.ª D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto e o Provedor da Misericórdia, Manuel Moreira de Barros.” O montante global apurado foi de cerca de mil e duzentos contos, (ver quadro anexo) valor que ultrapassou em muito o que estava previsto, numa estimativa, que era de 500.000$00.

Quadro a óleo do comendador Manuel Moreira de Barros patente no salão nobre da Misericórdia de Gaia


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APURO TOTAL DO CORTEJO DE OFERENDAS Montantes entregues em dinheiro: Afurada ....................................................................25.000$00 Arcozelo.....................................................................50.000$00 Avintes........................................................................38.000$00 Canelas......................................................................17.000$00 Canidelo....................................................................42.287$80 Crestuma...................................................................15.400$00 Grijó............................................................................33.700$00 Gulpilhares..................................................................17.127$50 Lever.............................................................................4.000$00 Madalena.................................................................22.000$00 Mafamude................................................................92.500$00 Olival...........................................................................15.000$00 Oliveira do Douro.......................................................47.175$00 Pedroso.......................................................................55.156$20 Perosinho....................................................................30.150$00 S. Félix da Marinha...................................................38.587$30 Sandim........................................................................21.742$50 Santa Marinha.........................................................142.538$70 Seixezelo......................................................................6.500$00 Sermonde.....................................................................4.133$20 Serzedo......................................................................30.000$00 Valadares..................................................................36.640$50 Vilar de Andorinho...................................................25.000$00 Vilar do Paraíso.........................................................25.000$00 Total.........................................834.639$30 Rendimento dos materiais e cereal: Oferecido..................................................................50.000$00 Contribuição da Câmara Municipal................300.000$00 Total......................................1.184.639$30

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ANOS DE HISTÓRIA

Além disso, há que considerar mais 480.000$00, do peditório efetuado pela Misericórdia durante a semana anterior, junto dos estabelecimentos fabris e comerciais da sede do concelho, ofertas de 1.000$00, feitas pelo Regimento de Artilharia Pesada 2 e pela Escola Industrial e Comercial e um subsídio extraordinário de 20.000$00, concedido pelo Senhor Subsecretário da Assistência. Na reunião da Mesa Administrativa de 16 de dezembro de 1956, o Senhor Provedor fez consignar em ata a expressão do seu maior agradecimento a todos quantos colaboraram em tão prestimosa iniciativa, embora já publicamente o tivesse feito. “No entanto, era com a maior satisfação que mais uma vez manifestava o seu indelével agradecimento ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Gaia e à sua Excelentíssima Vereação, aos Excelentíssimos Presidentes das Juntas de Freguesia do Concelho e seus colaboradores, aos Párocos, aos Professores Primários, ao escultor Teixeira Lopes; a todas as Senhoras que no dia do Cortejo levaram a efeito um peditório local, destacando entre elas a Senhora de Brito e Cunha; aos Estudantes que deram a sua colaboração a essa magnífica jornada de caridade; enfim, a todo o Povo do Concelho, pela sua generosidade e civismo. Também queria manifestar o seu grande reconhecimento a Suas Excelências o Ministro do Interior, o Ministro das Obras Públicas e Subsecretário de Estado da Assistência Social, pelo apoio que desde sempre deram à iniciativa desta Misericórdia e, em especial, a este último pela sua presença na manifestação e pela sua dádiva de cinco contos. Referiu-se ainda o Senhor Provedor à Imprensa e à Rádio, que foram verdadeiros arautos da iniciativa e que com a sua valiosa acção conseguiram fazer vibrar todo o povo de Gaia, motivo porque eram também credores do maior reconhecimento.” Luís Marques Gomes

(Irmão conselheiro da Misericórdia de Gaia)

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MENSAGEM DE ANO NOVO

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2013 - Ano Europeu dos Cidadãos No seguimento do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e Solidariedade entre Gerações, a Mesa Administrativa associa-se ao ANO EUROPEU DOS CIDADÃOS, decretado pelo Conselho da Europa e durante o qual se pretende discutir as questões da CIDADANIA.

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Esperamos por isso, no âmbito do Programa de Formação em curso, desenvolver iniciativas de formação, que permitam tomar uma maior consciencialização sobre os direitos e obrigações dos cidadãos, numa sociedade moderna e bem organizada, e sobre o sentido da responsabilidade que a Instituição assume quando acolhe nos seus Equipamentos Sociais, (Lares Sociais, Lar Residencial, Creche e Jardim de Infância e Centro de Acolhimento Temporário de Crianças em risco), crianças ou pessoas de avançada idade para que lhes prestemos os cuidados de que precisam. Pretendemos evidenciar os valores da dignidade humana em relação às pessoas com mais idade, valorizar o seu papel no desenvolvimento no seio das suas famílias, que não pode ser ignorado ou esquecido pelos seus familiares mais próximos, os filhos, e que pela intervenção cívica que tiveram na sociedade são credores do respeito do Estado, em todas as fases da vida, mas muito mais quando atingem os 65 anos, idade da reforma e o tempo de se viver a velhice, mas com qualidade de vida. Imbuídos deste espírito que norteia o Provedor e a sua Mesa Administrativa, queremos manifestar a todos os que fazem parte da nossa Misericórdia e para a qual trabalhamos com sentido de responsabilidade, pela sua sustentabilidade, que podem estar confiantes e tranquilos, que o seu futuro estará sempre garantido, e que apesar das dificuldades, que sempre existiram e continuarão a existir, tudo faremos por as superar, com muito trabalho, mas sempre pela transparência, pela justiça, pela verdade, dedicação e pelo profissionalismo de todos os colaboradores seja qual for o seu grau de responsabilidade, das suas funções e tarefas. Com estes propósitos, desejamos a todos os membros dos órgãos sociais, irmãos, utentes (crianças e idosos), acolhidos nos nossos equipamentos sociais e bem como, as suas famílias, voluntários e colaboradores, um Ano Novo de 2013, muito feliz e vivido com saúde, fé, paz, com confiança, com esperança e muita alegria, pelo Dom da Vida que sem dúvida, é a melhor prenda neste início de Ano Novo. Pela Mesa Administrativa O Provedor Joaquim de Lima Moreira Vaz


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O QUE ACONTECEU...

… NO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO N.ª SR.ª DA MISERICÓRDIA

Celicas ajudam crianças

Cultura, desporto, aventura e muito mais marcou o último trimestre das crianças do CAT. As crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia (CAT) viveram, no passado sábado 8 de dezembro, um dia diferente a acelerar. O CAT recebeu, pela primeira vez, a visita do grupo Celicas Clube de Portugal que entregou às crianças vários brinquedos, um DVD e bens de higiene e conforto. Depois da visita ao CAT, a volta foi outra, os meninos tiveram a oportunidade de ver e entrar em várias gerações de carros Toyota Celica e de interagirem com os seus proprietários. Entre aceleradelas e buzinadelas bem originais, o sorriso e o encantamento das crianças do CAT não deixou os membros do clube indiferentes. Os abraços na hora da despedida foram apertados, mas ficou a promessa dos “Celicas” voltarem a acelerar pelos lados do CAT. Sporting Clube de Arcozelo O Sporting Clube de Arcozelo realizou uma campanha de angariação de roupa, brinquedos e bens de higiene e conforto para distribuir às instituições da freguesia de Arcozelo, tendo o CAT sido contemplado. As crianças tiveram ainda a oportunidade de fazer um treino de futebol com alguns alunos das Escolinhas deste clube, tendo adorado a experiência. Quem sabe se não estará “escondido” em algumas das crianças do CAT um futuro craque de futebol.

A comunidade não se esquece … Como é habitual todos os anos, o Wall Street Institute não se esquece das crianças do CAT e voltou a oferecer aquelas prendas que mais queriam, desde Barbies, Hello Kitty´s até ao Homem Aranha. Outra prenda de Natal foi a ida ao Transatlântico Circus Show, no dia 20 de dezembro, oferta de Mário Ferreira, proprietário da Empresa Douro Azul. Momentos culturais Em novembro, tal como aconteceu com muitas crianças do norte do país, também os meninos do CAT foram assistir ao musical “O Aladino”, no Teatro Rivoli, oferta do Jornal Veris. As meninas ficaram maravilhadas com as princesas e a pista de gelo. No final do ano as crianças foram visitar o Presépio da Cavalinho, tendo ficado maravilhadas e com vontade de regressar ao local no próximo ano.

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O QUE ACONTECEU... … NA CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA D. EMÍLIA DE JESUS COSTA

Crianças ajudaram outras crianças As crianças da Creche e Jardim de Infância da Misericórdia de Gaia viveram o Dia Nacional do Pijama de forma muito intensa e divertida.

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Todas as crianças vieram de pijama, no passado dia 20 de novembro, para a creche e jardim de infância da Misericórdia de Gaia e não se esqueceram das casinhas do pijama de papel com os donativos das suas famílias para ajudarem outras crianças da associação Mundos de Vida. O valor angariado foi de 700,00 euros. Uns estranharam ter de vir de pijama para a escola, já outros meninos sabiam perfeitamente que aquele dia diferente era uma forma de ajudar outras crianças. Durante o dia, as atividades nas diferentes salas foram, maioritariamente, dedicadas ao dia. As educadoras de infância leram a história que receberam da instituição Mundos de Vida. Houve ainda lugar para as crianças apresentarem os seus “amiguinhos” de peluche com quem vão para a cama dormir, e de realizarem autênticas lutas de almofadas que terminavam sempre com um abraço. As crianças da Creche e Jardim de Infância (CJI) comemoraram ainda o dia na televisão, uma vez que, da parte da manhã, receberam a visita do Porto Canal, para o programa Grandes Manhãs, e foram presença no programa da RTP Praça da Alegria, onde dançaram, desfilaram com os seus pijamas, conviveram com outras crianças e com os apresentadores Jorge Gabriel e Sónia Araújo. Da parta da tarde, os meninos foram ainda cantar uma canção que fechou a cerimónia de assinatura de um protocolo de cooperação entre a Câmara de Gaia e a associação Mundos de Vida. O Dia Nacional do Pijama foi uma lição de solidariedade e de valores que começou pelos mais pequenos e terminou nos mais crescidos.

Feira de Outono

A CJI comemorou o Dia da Alimentação, no passado dia 16 de outubro, com a criação de uma FEIRA DE OUTONO, que se revelou um verdadeiro sucesso. Com as bancas preparadas e as crianças vestidas a rigor decorreu a “compra e venda” dos mais variados produtos alimentares, desde doces, salgados e bebidas. Esta iniciativa foi do agrado das crianças e de todos os adultos que visitaram a feirinha, para além de ter sido uma das formas de todos adquirirem hábitos de uma alimentação saudável..


… NO LAR RESIDENCIAL CONDE DAS DEVEZAS

Argentina Tavares completou 100 anos de vida Residente comemorou centenário na companhia da família no Lar Residencial Conde das Devezas e foi convidada para dar o seu testemunho de vida no programa da RTP Praça da Alegria. No passado dia 30 de setembro comemorou-se mais um centenário no Lar Residencial Conde das Devezas. Argentina Monteiro Tavares reuniu a sua família num almoço especial e que foi acompanhado pela RTP. Estiveram presentes quatro gerações de sobrinhos, e os familiares da conhecida “D. Argentina” descreveram o perfil e o trajeto de vida da aniversariante. No dia 1 de outubro, Dia Internacional do Idoso, a reportagem foi transmitida como exemplo de longevidade e boa disposição no programa da RTP Praça da Alegria em que Argentina Tavares esteve presente, dando o seu testemunho de vida. Ao longo dos anos a Misericórdia de Gaia tem acompanhado vários centenários de utentes, sendo um reflexo da qualidade de vida e do dinamismo que a instituição proporciona a quem acolhe.

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SANTOS DOS NOSSOS MESES

Anjos da Guarda

Santo André

São Francisco Xavier

2 de outubro

30 de novembro

3 de dezembro

Segundo a obra "Santos de todos os dias", os Anjos da Guarda sempre foram venerados pela Igreja. É frequente invocar "Santo Anjo do Senhor" no apelo à proteção dos Anjos da Guarda. A obra avança que "os Anjos são puros espíritos mensageiros da bondade de Deus", e que no dia 2 de outubro de 1958, Pio XII apelou aos peregrinos americanos para valorizarem os Anjos, porque sempre os acompanharam. Na história é recorrente as referências aos Anjos da Guarda, como protetores das crianças.

Santo André é o padroeiro dos pescadores e dos negociantes de peixe. É ainda invocado pelas mulheres que desejam ser mães. Santo André foi um dos privilegiados que viu Jesus e dedicou toda a sua vida a servi-lo e a acompanhá-lo. Foi sacrificado na cruz durante dois dias. Mesmo neste período, Santo André pedia ao seu Mestre para o receber: "Recebei-me, Mestre meu, Cristo meu, a quem amei desde que vos conheci, a quem agora confesso. Recebei o meu espírito".

São Francisco Xavier é o padroeiro do turismo e das missões católicas, designação dada em 1904 por Pio X. São Francisco Xavier nasceu a 7 de abril de 1506, em Navarra, Espanha. Pertencia a uma família rica, com títulos honoríficos e generosa. Desde cedo que se dedicou aos estudos. Foi co-fundador da Companhia de Jesus (Ordem Jesuíta). Foi professor e, em junho de 1537, foi ordenado Sacerdote. Xavier evangelizou várias terras do oriente e hoje em dia é venerado em Goa, como em Portugal.

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, Dezembro, 4º edição, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp. 6-9, ISBN: 989-554-242-9

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, Dezembro, 4º edição, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp. 143-150, ISBN: 989-554-242-9

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, Dezembro, 4º edição, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp. 13-22, ISBN: 989-554-242-9


O QUE ACONTECEU... … NO LAR ANTÓNIO ALMEIDA COSTA

Cantares Natalícios

O Lar António Almeida Costa abriu as suas portas para receber, no dia 6 de dezembro, as vozes dos demais lares da instituição num encontro em que se projetou a voz e a afinação. Os encontros entre gerações marcaram o último trimestre. Os diversos equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia juntaram-se num encontro convívio para os respetivos grupos corais apresentarem uns aos outros momentos de cântico natalício que prepararam. Quem assistiu não teve dúvidas de que foi uma tarde diferente em que se sentiu muita união e carinho entre todos.

Intergeracionalidade Ainda no mês de dezembro os utentes do LAC participaram em dois momentos intergeracionais. Um deles realizou-se com os alunos da Escola das Devezas que fazem parte ao atual projeto intergeracional e para quem os utentes representaram como era o Natal há 70 anos. O outro momento entre gerações teve a participação das crianças do projeto inicial e que marcaram presença no lar com os seus pais.

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A n ive rs á ri os

As festas de aniversários foram uma vez mais animadas por convidados do lar. Os aniversariantes do mês de outubro contaram com a presença da Academia Sénior da Sabedoria de Canelas, que atuou para os utentes, e os de novembro tiveram a participação do Grupo de Cantares da Alameda do Cedro.

Contador de histórias

Helena Ferreira participa em seminário

O LAC iniciou a 26 de novembro uma nova atividade, intitulada “Contador de histórias”. A primeira sessão foi da responsabilidade do padre Rui Zacarias, do Seminário do Cristo Rei, que escolheu o conto de Natal "História do avô Panov" por ser atual e adequado aos utentes que mostraram muito interesse.

A diretora do LAC foi convidada para um seminário, no dia 30 de outubro, promovido pelo Instituto Superior de Serviço Social do Porto. Helena Ferreira explicou aos presentes o trabalho que é desenvolvido pelos assistentes sociais em contexto de lar, contanto a sua experiência no equipamento social da Misericórdia de Gaia.


… NO LAR SALVADOR BRANDÃO Foi com muita alegria e “amor” que o Lar Salvador Brandão abriu as suas portas, no passado dia 18 de outubro, para receber muitos amigos na comemoração do seu 79.º aniversário.

NO 79.º ANIVERSÁRIO…

No almoço festivo, um elemento de cada mesa, entre utentes, voluntários e colaboradores, partilhou com os presentes o que sentia no momento. O Lar Salvador Brandão (LSB) pautou o seu aniversário com mais um gesto de carinho e atenção para com a instituição e para com quem mais precisa ao ter reunido esforços entre todos os seus elementos para apadrinhar o Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia. O provedor Joaquim Vaz agradeceu emocionado este gesto em nome das crianças em situação de risco social, e referiu que pode contar sempre com os colaboradores da instituição. Para a diretora do LSB “há um caminho seguro para se chegar a qualquer coração, que é o amor”. A festa continuou pela tarde fora com a atuação da cantora Rosita, revelando-se um sucesso para quem assistiu. Marcaram presença neste encontro o presidente da junta de freguesia de Gulpilhares, elementos dos órgãos sociais, colaboradores e muitos amigos da Misericórdia de Gaia.

Lar Salvador Brandão oferece prenda ao CAT

11 Saúde em primeiro lugar A saúde está em primeiro lugar para os utentes e profissionais de saúde do LSB. No passado dia 15 de novembro, o enfermeiro Francisco Cardoso deu uma palestra sobre saúde em que abordou várias questões para que os utentes tenham uma melhor qualidade de vida e melhor saúde. A palestra transformou-se numa conversa informal, servindo o espaço para os utentes esclarecerem várias dúvidas.

Chá dançante Os utentes do LSB tiveram a oportunidade de degustar um chá especial, vindo diretamente da China, e que foi oferecido pelo filho de uma utente. O chá foi acompanhado por profiteroles feitos pela cozinheira Cecília. O salão foi preparado a rigor com mesas redondas, serviço de chá especial, flores, velas... Assistiu-se ainda a um concerto, protagonizado pelos próprios utentes aos quais foi dada a palavra.


O QUE ACONTECEU... … NO LAR JOSÉ TAVARES BASTOS Apesar de chegar ao fim o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, a aposta na intergeracionalidade é para continuar em 2013. Nesse sentido, a celebração do aniversário do Lar José Tavares Bastos (LJTB), no dia 29 de outubro, contou com uma coreografia, protagonizada pelas crianças do infantário Casa do Povo, utentes e colaboradores do lar. Este entrelaçar de gerações foi uma das formas, ao jeito s o t dos jogos olímpicos, de apresentar o s s Ba jeto projeto que o lar vai desenvolver em e r a 2013 com as crianças da Casa do Tav m pro nal e o i Povo. c era Povo No momento, o provedor Joaquim g r inte sa do Vaz evocou a benemérita D. Celina a C Tavares Bastos e dirigiu palavras de com incentivo aos colaboradores e utentes do LJTB: “Nós estamos aqui para vos servir. Vocês são para nós o mais importante”. A equipa do Tavares Bastos aproveitou o momento para fazer uma homenagem ao ex assessor da provedoria da Misericórdia de Gaia, Luís Marques Gomes, que terminou as suas funções a 28 de outubro de 2012. “Senhor Gomes, muito obrigado pela sua luta”, reconheceu o mesário do lar, Sílvio Ribeiro. Luís Gomes contou como nasceu o Lar José Tavares Bastos e fez um breve balanço dos anos que trabalhou na instituição: “Foram 50 anos de muita alegria, porque fiz sempre aquilo que gostava”. O dia de aniversário foi animado pelo grupo musical Amizade e Som, depois do mesário Jorge Soares silenciar a sala para cantar um fado.

O Lar José Tavares Bastos pautou o 24.º aniversário da sua reabertura apostando, uma vez mais, na intergeracionalidade.

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Baile de S. Martinho

Os utentes do LJTB festejaram o S. Martinho, no dia 12 de novembro, com tudo a que tinham direito: castanhas, vinho e muita música. “Na refeição tivemos um almoço melhorado com gostosos rojões à moda do Minho, e terminámos com as respetivas castanhas, ora assadas ora cozidas, e a "pomada" que se foi bebendo às pinguinhas”, relata o utente Matias Gonçalves. A animação foi constante com um grupo musical convidado que fez a alegria da “família” do lar: “Dava gosto ver a alegria de todos eles a dançar uns em cadeira de rodas, outros com as bengalas, cada um ao seu jeito deu um pé de dança, com o auxílio das funcionárias e até a diretora abanou o ´capacete´”.


ASSEMBLEIA GERAL A Conta de Exploração Previsional, o Orçamento de Investimentos e Desinvestimentos e o Plano de Atividades para 2013 foram apresentados e discutidos na Assembleia Geral, do passado dia 14 de novembro.

Prudência e contenção para 2013

O diretor-geral da Misericórdia de Gaia, João Paulo Coelho, começou por afirmar na Assembleia Geral que a elaboração do Orçamento e Plano de Atividades para 2013 foi baseado numa postura de muita prudência e contenção: “Foi olhando para a realidade do passado que projetamos, prudentemente, a realidade do futuro, face ao momento que estamos a viver a nível social, económico e financeiro”. “Estamos numa casa muito grande… e que mesmo numa altura de crise, vai fazer algum investimento, moderado, de cerca de 300,000 euros”, referiu o presidente da Assembleia Geral, Joaquim Poças Martins, frisando a responsabilidade da Misericórdia de Gaia em manter a instituição equilibrada. O provedor afirmou que o Plano de Atividades e o Orçamento para 2013 constituem um instrumento de trabalho em que consta a preocupação da Mesa Administrativa pela “sustentabilidade da Instituição” e no qual estão presentes algumas medidas “que podem ser consideradas impopulares”. Os documentos apresentados na Assembleia Geral foram aprovados por unanimidade.

ENCONTRO DE QUADROS SUPERIORES

Melhoria contínua com serenidade

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A melhoria contínua na Misericórdia de Gaia e a necessidade de serenidade estiveram na base do encontro de quatros superiores da instituição para a apresentação do plano de atividades de 2013. A Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia reuniu os seus quadros superiores para dar a conhecer o plano de orçamento e atividades para 2013, no passado dia 11 de dezembro. O provedor da Misericórdia de Gaia fez um breve resumo do panorama socioeconómico por que atravessa o país e que afeta muito todos os que necessitam da ação da instituição. Mas Joaquim Vaz acredita que com o esforço de todos os profissionais a Irmandade consegue ultrapassar as dificuldades que forem surgindo. “Somos todos membros deste ´corpo´ que é a Misericórdia de Gaia,

temos um cariz próprio e devemos respeitar a diversidade que existe”, referiu.

O diretor-geral da instituição apresentou o plano de investimentos e atividades para 2013 nas diversas áreas da instituição, focando que os principais investimentos serão com o licenciamento dos lares Salvador

Brandão e Residencial Conde das Devezas, bem como a conclusão da obra do Arquivo Geral e a mudança de instalações do Centro de Acolhimento Temporário para o edifício livre no Complexo Social António Almeida Costa. “A base de partida é o cumprimento do orçamento” referiu João Paulo Coelho ao frisar a importância de se conceder mais autonomia aos responsáveis por cada equipamento e unidade na sua gestão quotidiana. O diretor-geral apresentou ainda 12 tópicos que visam uma melhoria contínua na instituição, promovendo uma gestão moderna.


O QUE ACONTECEU... O vice-provedor da Misericórdia de Gaia esclareceu os presentes sobre as questões de segurança e dos licenciamentos dos equipamentos da Misericórdia de Gaia, bem como solicitou que todos estejam atentos às mudanças que têm sido introduzidas na instituição nesta área.

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O mesário Jorge Soares referiu no final do encontro que a Misericórdia de Gaia não tem razões para temer o próximo ano, uma vez que, perante o orçamento apresentado, preveem-se muitas situações de melhoria e de redução de custos. Para o mesário Sílvio Ribeiro, a Mesa Administrativa tem em atenção as preocupações dos colaboradores da instituição e as suas motivações. A esse propósito, a mesária Ana Ramos referiu que “tudo é importante”, não se podendo “colocar de parte a componente humana”. No encontro houve ainda oportunidade para os membros dos quadros superiores colocarem questões e comentários que foram esclarecidos pelos diversos elementos da Mesa Administrativa e do diretor-geral. O encontro terminou com o provedor Joaquim Vaz a comunicar que, este ano, a Mesa Administrativa decidiu substituir o habitual jantar de Natal dos colaboradores da instituição por um cabaz de Natal para todos os colaboradores partilha-

rem com as suas famílias. Crise, oportunidade e serenidade

No encontro, o mesário da área da Saúde, Informática e Comunicação desafiou os presentes a desfocarem-se da "crise", optando por "oportunidade" e "serenidade". Para Pedro Nobre as pessoas devem substituir as suas atenções na crise pela oportunidade de inovar. Pela partilha de novas ideias, poderemos criar oportunidades para o surgimento de novos projetos ou reinvenção dos atuais. “Os nossos riscos são mais facilmente ultrapassados se forem partilhados”, reiterou. O mesário referiu ainda que se vive num momento “em que a comunicação é imprescindível” no fomento da serenidade: “Temos que ter contenção na forma como falamos e escutamos para evitarmos o risco de errar”. Pedro Nobre concluiu a sua intervenção desafiando mais uma vez os quadros superiores da instituição a terem “ideias arrojadas, porque de certeza que de 50 ideias, poder-se-á aproveitar uma. O que seria excelente”.

NOITE FADO SOLIDÁRIO ESGOTADA

CAT com um novo rumo


A noite Fado Solidário, levada a efeito no dia 3 de novembro, revelou-se um verdadeiro sucesso. Mais de 250 pessoas encheram o Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes, em Santa Marinha, conseguindo-se apurar cerca de 3000 mil euros para o Centro de Acolhimento de crianças em situação de risco social N.ª Sr.ª da Misericórdia.

O Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes ficou repleto de fado e solidariedade numa noite fria no exterior, mas muito quente de emoção, partilha e convívio. Mais de 250 pessoas, em silêncio, escutaram vários fados de Lisboa, da responsabilidade dos fadistas Vítor Rodrigues, Filomena Sousa, Filomeno Silva, João Padrão e Irene Vieira, acompanhados pelos guitarristas Mário Henriques e Miguel Ramos. O leque de interpretações de fado terminou com fado de Coimbra da responsabilidade do fadista Jorge Soares, mesário da Misericórdia de Gaia. Ninguém ficou indiferente à emoção, saudade, mas também boa disposição e alegria a que se assistiu nos momentos de fado, como ninguém ficou indiferente à situação do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia (CAT). Os presentes puderam ainda assistir a um filme sobre a realida-

de das crianças que são acolhidas pelo Centro, produzido graciosamente pelo mesário Pedro Nobre. Muitos convidados visualizaram assim pela primeira vez, as instalações e o dia a dia do CAT, escutando, em simultâneo, um excerto do livro “Um momento, por favor” sobre a importância do Apadrinhamento do CAT, da autoria de Manuel Almeida, pela voz do ator Paulo Moura Lopes. “Não posso deixar de afirmar que é com muita e sincera emoção que hoje olho para este Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes e o vejo repleto de sorrisos, amizade e, principalmente, de solidariedade”, frisou, emocionado, o provedor da Misericórdia de Gaia. Joaquim Vaz reconheceu que este evento só foi possível, dado o empenho e dedicação de vários elementos da instituição, desde mesários a colaboradores, que, voluntariamente, fizeram da noite Fado Solidário um autêntico sucesso.

“Qualquer pessoa com 0,60 cêntimos por dia pode apadrinhar o CAT”, afirmou Fernando Dias, mesário do Centro de Acolhimento e o principal impulsionador da noite Fado Solidário, ao demonstrar a importância do CAT para a vida das crianças que se encontram em situação de risco. A vereadora Veneranda Carneiro marcou presença neste encontro solidário em representação do presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, e da vereadora da Ação Social, Amélia Traça. Veneranda Carneiro deu os parabéns à Misericórdia de Gaia por esta iniciativa e desejou as maiores felicidades na concretização dos futuros objetivos do CAT. O CAT lançou o apelo e esta causa foi escutada por muitos, entre convidados e voluntários, que tornaram esta noite Fado Solidário uma realidade.

Novas instalações, novo futuro para o Centro de Acolhimento O secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa, prometeu à Misericórdia de Gaia apoiar a mudança do CAT para instalações mais dignas e cumpriu. O provedor da instituição, Joaquim Vaz, anunciou na noite Fado Solidário que a nova “casa” destas crianças será nas instalações do Complexo Social António Almeida Costa, antigas instalações do ATL, graças à verba de 140 mil euros concedida pelo Ministério da Solidariedade e da Segurança Social para esse fim. Joaquim Vaz agradeceu publicamente a atenção de Marco António Costa para com esta causa. O provedor referiu ainda que a mudança de instalações irá permitir uma melhor qualidade de vida para estas crianças, bem como a possibilidade do CAT beneficiar das sinergias de equipamentos e serviços existentes neste complexo António Almeida Costa.

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O QUE ACONTECEU... DIA INTERNACIONAL DO IDOSO

A história de vida da pessoa idosa O livro da vida dos utentes da Misericórdia de Gaia foi aberto, no passado dia 4 de outubro, para se contar a sua história. A iniciativa vivida em conjunto por utentes dos vários lares sociais da Misericórdia de Gaia serviu de mote para a comemoração do Dia Internacional do Idoso.

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As histórias, as vivências, as experiências de vida de cada idoso da Misericórdia de Gaia são diferentes, porque cada história é única, mas são idênticas em muitos aspetos. Na comemoração do Dia Internacional do Idoso os utentes da Misericórdia de Gaia representaram as várias fases das suas vidas que são comuns à maioria, desde as brincadeiras de infância, os primeiros encantos, os namoros, o casamento, a profissão, a luta do dia a dia… Mais do que reviver o passado, este encontro, que emocionou quem o presenciou, transmitiu que os utentes da Misericórdia de Gaia estão tranquilos com a sua idade e condição, mantendo a mesma alegria e vontade de viver do que nas demais fases por que passaram.

PIEF - PROGRAMA INTEGRADO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Misericórdia de Gaia na luta contra o abandono escolar Misericórdia de Gaia entra em projeto contra abando escolar e exclusão social em duas escolas de Gaia. No ano letivo de 2012/2013 a Escola EB 1 S. Miguel – Olival - e EB 2,3 Padre António Luís Moreira – Pedroso - têm em funcionamento dois Grupo Turma no âmbito do Programa de Apoio e Qualificação da Medida PIEF – Programa Integrado de Educação e Formação (PAQPIEF).

Este projeto tem como objetivo promover a inclusão social de crianças e jovens em idade escolar, através da inserção educativa e formativa. A Misericórdia de Gaia é a entidade gestora deste projeto nas duas escolas de Gaia, que é financiado pelo Fundo Social Europeu. No terreno estão duas técnicas de intervenção local, Joana Almeida, na escola de Olival, e Maria João Aires, na escola de Pedroso, que acompa-

nham alunos em situação de risco de abando escolar e/ou exclusão social e os seus agregados familiares, através do desenvolvimento de um conjunto de competências pessoais e sociais, em conjunto com toda a comunidade educativa, local e parceiros desta iniciativa. A intervenção arrancou a 27 de novembro de 2012 e termina a 31 de agosto de 2013.


ESPECIAL NATAL

Natal especial A época natalícia chegou e foi vivida com entusiasmo, partilha e amor pela família da Misericórdia de Gaia. Ano após ano, colaboradores e utentes superam-se nos eventos que promovem nesta época. Cor, ritmo, animação, partilha, sensibilidade, solidariedade e muito mais pautou o Natal de quem acolhe e é acolhido.

Crianças representam o Natal

O pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes foi pequeno para reunir os muitos familiares das crianças da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa, na festa de Natal no dia 13 de dezembro. Cada sala apresentou aos convidados os vários momentos que constituem o Natal, desde as estrelinhas, a neve, os anjinhos, a construção da árvore de Natal, as cartas ao Pai Natal, a fábrica dos brinquedos, ao Natal no mundo, ao presépio e, finalmente, à ceia.

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O Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia e o Lar José Tavares Bastos entenderam que faria sentido fechar o Ano Europeu de Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações com uma atuação em conjunto, no dia 19 de dezembro. Crianças e idosos estiveram no mesmo palco a apresentar aos seus familiares e convidados várias representações intergeracionais de contos infantis.Em destaque estiveram os valores do espírito natalício, mas também os valores da amizade, da diferença, da paz, da solidariedade, da família.

Natal intergeracional

Monumental Circo no Coliseu do Porto

Este ano, a Misericórdia de Gaia deu a oportunidade, no passado dia 18 de dezembro, aos seus colaboradores de levarem os respetivos filhos ao Monumental Circo do Coliseu do Porto. Para muitas crianças esta foi a primeira vez que entraram no Coliseu do Porto, tendo apreciado a beleza do edifício, mas sobretudo o espetáculo. Entre truques de magia, animais ferozes e outros menos, mas muito engraçados, como o desempenho de vários cães amestrados, trapézio, malabarismo, palhaços e muito mais, a Misericórdia de Gaia destaca o sorriso dos colaboradores por passarem uma tarde de alegria e encanto com o que têm de mais precioso – os filhos.


O QUE ACONTECEU...

ESPECIAL

Os utentes e colaboradores do Lar Salvador Brandão “viajaram” por vários continentes e “aterraram” no salão D. Lucinda Brandão, no dia 20 de dezembro, com representações de como o Natal é vivido em várias partes do mundo. As demonstrações foram de todas as cores, de muitos ritmos e com diferentes protagonistas em idade e em função no lar, ou seja, a família do Lar Salvador Brandão surpreendeu em mais um ano pela criatividade, arrojo e pelo espírito de equipa entre utentes, colaboradores, voluntários e público que assistiu. No entanto, este equipamento social mantém a tradição da comemoração natalícia dos utentes ao terminar com um presépio vivo que consegue comover com a mensagem de vida e esperança.

O Natal Natal no no mundo Mundo

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Bênção ao trabalho

O Lar Residencial Conde das Devezas (LRCD) viveu a época natalícia, no dia 20 de dezembro, de uma forma bastante peculiar. As colaboradoras desta unidade apresentaram aos residentes e convidados um espetáculo de bailado envolvente e repleto de significado para quem o protagonizou e viveu.As bailarinas realizaram uma coreografia alusiva à força do trabalho diário, pesado e persistente, mas que tem a graça divina, simbolizada pela entrada de monges que “abençoam” e respeitam esse trabalho. O espetáculo terminou com um gesto de ternura mútuo entre bailarinas/colaboradoras do LRCD e os residentes.A envolvência da decoração e sentimento da representação tocou de forma muito especial os convidados que puderam constatar que o espírito de Natal do LRCD está presente todo o ano no trabalho desenvolvido pela equipa do lar e do reconhecimento de quem é cuidado por essa mesma equipa.

Presépio vivo e circo

Os convidados do Lar António Almeida Costa (LAC) foram recebidos, no dia 21 de dezembro, pelos três Reis Magos e foram convidados a visitarem o menino Jesus, numa encenação do presépio ao vivo e protagonizada pelos utentes do lar. O momento foi ainda animado pelo Coro do LAC, conduzido pelo maestro Mário Mesquita que entoou várias canções de Natal. Mas a comemoração do Natal no LAC não ficou por aí. A direção do equipamento decidiu levar o circo ao lar, promovendo autênticos momentos de diversão e de espetáculo de circo, da responsabilidade dos próprios colaboradores, embora bem disfarçados. A comemoração do Natal estendeu-se ainda à presença de muitas famílias dos utentes para um momento espiritual e de confraternização.


ENTREVISTA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

FERNANDA MORGADO NA DIREÇÃO DO LAR JOSÉ TAVARES BASTOS

“O que é bom não nos procura” A comemoração do 24.º aniversário da reabertura do Lar José Tavares Bastos foi pautada por uma coreografia intergeracional entre os utentes e as crianças da Casa do Povo. Porquê esta opção? Foi muito engraçado. Esta iniciativa surgiu da parte da Casa do Povo, da Madalena, que propôs à Misericórdia de Gaia a vinda das crianças do infantário ao Lar José Tavares Bastos (LJTB) interagir com os idosos. A ideia principal era de no ano letivo de 2012/2013 haver um projeto comum entre as crianças e os utentes. Da minha parte, achei logo que era uma ótima ideia. Realizámos alguns encontros, primeiro no lar e depois no infantário e como a interação das crianças com os idosos correu muito bem, entendemos que o projeto tinha pernas para andar. Já que o projeto era viável, pensámos que poderíamos convidar as crianças do infantário para participarem na nossa festa de aniversário deste ano, e optar pelo tema do projeto que é o entrelaçar de gerações. A mensagem desta encenação intergeracional conjunta comoveu os presentes…

Sim, tentámos transmitir o que uma geração pode dar à outra. O objetivo é unir a pureza e a inocência dos meninos com a experiência dos mais velhos. Os convidados gostaram muito de ver os meninos a entregarem as mensagens aos utentes. Acho que resultou muito bem. Como é que os utentes reagem com as crianças? Eles adoram. Para os nossos utentes ver gente nova no lar já é um dia diferente. Que ações vão desenvolver em conjunto? Vamos elaborar um plano bem definido com as atividades que pretendemos desenvolver em conjunto. Esta foi uma boa forma de fechar o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações. Mas não foi a única. A festa de Natal do LJTB, este ano, também privilegiou a intergeracionalidade… Foi uma coincidência, porque quando escolhemos a nossa data para a festa de Natal não sabíamos a data da festa do Centro de Acolhimento Temporário da Misericórdia de Gaia (CAT). A coincidência foi tão feliz que escolhemos, os dois equipamentos,

Com 15 anos de dedicação à Misericórdia de Gaia, Fernanda Morgado orgulha-se de já ter passado por várias funções como técnica de serviço social na instituição. O desafio mais recente da sua carreira foi ter assumido a direção do Lar José Tavares Bastos. Fernanda Morgado conta a Laços de Amor as frustrações e os encantos da sua profissão.

19 a mesma data, o dia 19 de dezembro. Nesse sentido, decidimos fazer uma festa conjunta e, no meu entender, foi o melhor fecho que poderíamos ter feito no Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, porque foi algo muito simples e bonito. A Fernanda está na Misericórdia de Gaia há 15 anos, tendo já passado por vários departamentos da Santa Casa no que diz respeito à ação social. Quer contar-nos? Sim. Entrei na Misericórdia em 1997 para apoio domiciliário e centro de dia do Lar António Almeida Costa (LAC). Em maio de 2000 estive a substituir a diretora do lar, e fiquei até novembro. Nessa altura a Misericórdia propôs-me ficar a trabalhar no Departamento de Intervenção Comunitária (DIC). Quando recebi a proposta fiquei muito triste, porque já estava de tal maneira envolvida com a terceira idade que me custou muito. Lembro-me que me despedi dos utentes e colaboradores do LAC com um “Eu venho já”. Estive muito tempo sem lá ir, porque para mim era uma dor forte.


ENTREVISTA

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Assumir a direção do LJTB foi o acontecimento mais recente na sua carreira na Misericórdia de Gaia. Passado cerca de um ano e meio à frente do LJTB já se notam algumas diferenças nesta casa. Por isso pergunto como recebeu o LJTB e que alterações introduziu? Ao fim de 11 anos já estava completamente ambientada ao DIC, convencida de que era lá que iria ficar. Quando o senhor provedor me chamou para me propor a direção do LJTB, adorava ter um espelho para ver a cara que fiz, porque fiquei atordoada. Disse logo que aceitava, porque sempre adorei este lar. Quando cheguei ao LJTB foi um bocadinho estranho. As alterações que fiz foram, essencialmente, ao nível da organização do lar. Queria colocá-lo mais à minha imagem. Retirei algumas mesas e cadeiras, transformei parte da receção numa sala de espera com uma pequena homenagem à benemérita D. Celina. Fiz algumas alterações na sala de estar e nos corredores. Propus retirar o bar e colocar uma máquina de café. Fui fazendo pequenas alterações. Mas as situações foram surgindo muito naturalmente. E a nível do pessoal, houve mudanças? Houve no sentido da organização do serviço, dos colaboradores sentirem-se mais recompensados. Costumo dizer que aquilo que quero para mim também quero para os colaboradores do lar, o que exijo é que sejam responsáveis e que quando olharem para cada um dos utentes que vejam um pai ou uma mãe. E eles são muito conscientes. Para muitos colaboradores o idoso está em primeiro lugar. Tenho sempre a minha porta aberta para ouvi-los, e todos eles sabem que se me vierem contar alguma coisa não sai deste gabinete. Em dias festivos é muito usual ver a

Fernanda Morgado emocionar-se com os utentes… Na véspera do dia de Natal vim cá ao final da tarde, corri as enfermarias todas e estive um bocadinho com os utentes para lhes desejar um bom Natal. A comida estava boa, porque para eles a comida é muito importante, e fui embora a chorar, porque (pausa) eles mereciam outra coisa. Os utentes são muito bem tratados, mas mereciam estar na família deles nesse dia. Fiquei com essa mágoa. Por isso, saí do lar feliz e, ao mesmo tempo, triste. Estou aqui, porque gosto do meu trabalho e adoro os idosos. Passo aqui mais tempo do que em casa. Na sua opinião existem diferenças entre os públicos que precisam de ajuda social?

No que diz respeito aos idosos, os utentes do LAC e do LJTB são semelhantes na forma de pensar e de agir. O LAC é um lar urbano, mas tem uma população proveniente quer de meios mais urbanos, como rurais. Já o público do DIC é completamente diferente. No DIC atendíamos uma população de 1500 pessoas, das 24 freguesias. Atender um utente de Vilar de Andorinho era completamente diferente de atender alguém da Afurada. Nota-se diferença. Não sei explicar muito bem, porque não se explica, vive-se. E os idosos de hoje e de há 15 anos? Acho que é igual. Uma grande parte dos idosos que estão aqui já cá estavam há 15 anos e eu já convivia com eles. Já estavam integrados nesta forma de viver em comunidade, porque é completamente diferente o idoso de casa e o idoso dos lares, que se tem de habituar a viver em comunidade. Como assistente social, como vê a atual conjuntura para as populações, bem como que respostas e comportamentos é que as assistentes sociais podem dar neste momento? Eu acho que a minha profissão de assistente social é uma das mais frustrantes que pode haver, primeiro por-

que trabalhamos com o que é mau, trabalhamos com os problemas sociais. O que é bom não nos procura. Os 11 anos em que estive no DIC foram fantásticos, porque ajudam-me agora a ver as coisas com mais calma e paciência. No período em que estive no DIC constatei que ficamos muito aquém do que queremos fazer, porque não temos a possibilidade de poder resolver os problemas todos. Houve situações em que me apercebi que realmente estava a ajudar alguém que precisava, mas também havia outras situações em que sabia que me estavam a enganar, mas não tinha como prová-lo. Tenho muitos casos que me chocaram. Tinha um utente que era seropositivo e que se deslocava a pé de Canidelo à nossa farmácia, em Vilar de Andorinho, para levantar medicação. Quando o ajudava parecia que me tinha saído o euromilhões. Quantas vezes eu estava sozinha e pensava que eu é que não era normal, porque tinha uma vida estável, ninguém da minha família tinha comportamentos desviantes… porque todas as histórias que eu ouvia no meu dia a dia eram de miséria quer material, como de espírito. Eram tantas as histórias deste género que, para mim, era tudo normal. Por isso, acabamos por ficar imunes. Digo que é uma profissão, na maioria das vezes, frustrante, porque nós podemos ter ideias inovadoras, mas, por vezes, é muito complicado resolver certas situações. No entanto, também passamos por situações muito bonitas e que nos marcam. Lembro-me que numa altura fiquei a trabalhar até mais tarde e que uma utente, que morava por cima das instalações do DIC, via o meu carro estacionado e me trazia uma sande de queijo. Não consigo esquecer estes gestos.


SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Falar é Curar

ESPAÇO SAÚDE O aumento da população com mais de 65 anos de idade tem obrigado a uma reflexão e à adoção de novos paradigmas, não só na saúde como também na família. Antigamente, a pessoa idosa apresentava-se como um elemento fundamental na família, detentora de sabedoria, que era contemplada por todos. Esta visão tem vindo a ser alterada, não só pelas alterações económicas mas também devido às alterações culturais, possuindo o idoso, atualmente, um espaço e importância menor no seio da família. Desta forma, as épocas dedicadas à família, como o Natal, são, e devem ser, para muitos idosos momentos de grande felicidade. No entanto, são muitos os que no início do mês de dezembro sentem a incerteza de ser considerados pelos familiares.

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ESPAÇO SAÚDE Os momentos de ansiedade aumentam com o passar dos dias, culminando na semana do Natal. São dias muito intensos e emotivos. E se uns apresentam um sorriso rasgado, com a ânsia da chegada dos familiares, continuamente a contemplar a porta com a máxima atenção, outros desviam o olhar da porta, desviam o olhar dos outros e baixam-no, com a tristeza de quem não pode partilhar esta noite especial com a sua família. É a estes que a nossa atenção se deve dirigir nestes dias mais do que nunca, é de nós que estas pessoas, que já tanto viveram, esperam um carinho, um beijo ou um abraço, um “Feliz Natal” que os faça sentir o calor desta quadra. É surpreendente o que se pode receber com tão pequenos gestos que apenas dão um pouco de nós, mas que se tornam tão grandes. A simplicidade de um sorriso e de um carinho pode produzir uma grande diferença na pessoa idosa. A Enfermagem torna-se, assim, mais importante, não só através das suas competências de comunicação - que permitem compreender as necessidades dos utentes através da comunicação verbal e da comunicação não-verbal - mas também utilizando a sua proximidade e o seu conhecimento da pessoa idosa em prol da identificação clara das suas necessidades, privilegiando uma relação terapêutica e uma comunicação empática. Estas são cada vez mais bases essenciais para cuidados de Enfermagem de qualidade. A comunicação verbal deve atender a aspetos como ser simples, clara, breve de acordo com o tema a desenvolver e apropriada à pessoa, ao tempo e às circunstâncias. Implica ouvir o que a pessoa idosa quer dizer, ver as coisas a partir do ponto de vista dela e ser sensível às suas necessidades. No entanto, há situações em que as palavras não chegam e aí o desafio aumenta, torna-se necessário comunicar com o olhar, com as expressões corporais, com o toque; desenvolver todo este mundo complexo da comunicação. É necessário envolvimento, acreditar que é possível fazer a diferença e investir num cuidado que nunca se deve esquecer de ser humanizado e que, tanto quanto possível, deve ser personalizado.

“Abraçar a crença de que falar é curar” (Wright, 2005) Soraia Pereira (Enfermeira do Lar António Almeida Costa)

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HUMANIZAR É O VERBO DAS NOSSAS AÇÕES. A saúde é o bem mais precioso que o ser humano pode possuir. A recuperação e reabilitação de pessoas cujo estado de saúde se encontra fragilizado é uma missão que a Clínica Fisiátrica da Santa Casa da Misericórdia de Gaia com a sua equipa de profissionais de saúde, cumpre com dedicação, grande emprenho e satisfação. A Clínica da Santa Casa da Misericórdia de Gaia está incorporada no complexo do Lar Salvador Brandão, com amplos espaços verdes e um parque de estacionamento privativo. Beneficia ainda de fácil acesso pelas novas vias de circulação circundante.

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OB STI PAÇÃO A obstipação caracteriza-se pela diminuição da frequência ou quantidade de fezes, ficando retidas no cólon além do tempo normal de esvaziamento. A obstipação é considerada uma das doenças mais comuns nas sociedades ocidentais, ocorrendo em 5% a 25% da população, afetando cerca de 80% da população durante algum período da sua vida. A obstipação crónica ocorre em cerca de 30% nos residentes em lares de terceira idade, em particular nas pessoas acamadas. Em Portugal, o tratamento da obstipação é responsável por mais de 50.000 consultas médicas por ano, com gastos anuais de, pelo menos, 10 milhões de euros em laxantes. Dos vários fatores que contribuem para esta doença, a idade assume importância de relevo, pois a prevalência está associada a diminuição da motilidade intestinal. A alimentação monótona e insuficiente em alimentos ricos em fibra é também fator decisivo e característico das sociedades urbanas, principalmente nas idades mais jovens. Manifestações clínicas: - Menos de 3 dejeções por semana; - Fezes duras, em pequeno volume e associadas a defecação difícil e dolorosa; - Necessidade de um esforço excessivo para conseguir defecar; - Sensação da dejeção não ter sido completa;

Fatores que contribuem para a obstipação: - Dieta inadequada de fibra alimentar (necessárias cerca de 25g por dia); - Ingestão insuficiente de líquidos; - Ignorar ou irregularidade no hábito de defecar; - Ansiedade e stress; - Refeições irregulares; - Sedentarismo (exercício físico melhora o peristaltismo); - Uso excessivo de laxantes (tornando o intestino dependente dos medicamentos para o seu regular funcionamento); - Dor ou desconforto anal (fissura anal ou hemorroides); - Ingestão de fármacos (suplementos de ferro; neurolépticos; antidepressivos; opiáceos; medicamentos para o tratamento da hipertensão, da doença de Parkinson, da epilepsia…); - Fatores associados a viagens e cumprimentos de horários (alterações da dieta, horários das refeições). Prevenção/Tratamento não farmacológico - Ingestão de alimentos ricos em fibra (vegetais, leguminosas, frutos e pão integral…); - Ingestão de líquidos de cerca de 1,5 litros por dia (6 a 8 copos por dia); - Manter um horário regular para as refeições (reserve um período do

dia de cerca de 10 minutos para ir à casa de banho – de manhã após o pequeno almoço); - Praticar exercício físico regularmente; - Se tiver vontade, não adie evacuar para uma altura mais conveniente. O tratamento farmacológico deve ser implementado quando o tratamento nutricional se torna insuficiente: - Laxantes osmóticos: têm sais de magnésio ou lactose, captam água da parede do intestino para o lúmen, amolecendo as fezes; - Laxantes de contacto: tais como o sene, o bisacodil e a cascara sagrada, fazem com que os músculos da parede do cólon se contraia mais vezes ou de forma mais intensa; - Laxantes expansores do volume fecal: este grupo inclui substâncias parcialmente digeríveis em que a porção não digerida é hidrofílica. Na sua maioria, as pessoas com problemas de obstipação consegue manter um transito intestinal normal através da utilização de uma dieta adequada e de um estilo de vida saudável. Carlos Leite (Assessor para a Nutrição da Misericórdia de Gaia)

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HISTÓRIAS DE VIDA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

ADRIANA PEREIRINHA CONHECE A QUINTA DO VALE HÁ MAIS DE 8 DÉCADAS A voz é inconfundível. O sorriso estampado no rosto é constante. O rigor e a simpatia são a imagem de marca de Adriana Pereirinha. Utente e o melhor “cartão de visita” do Lar José Tavares Bastos.

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Adriana Pereirinha conhece a Quinta do Vale, na Madalena, onde hoje funciona o Lar José Tavares Bastos (LJTB), há mais de oito décadas. Em menina entrava na quinta de visita, hoje, com 87 anos, entra na quinta todos os dias, uma vez que o Lar José Tavares Bastos é a sua residência. “Havia aqui uma gruta, onde cheguei a tirar fotografias. Era tudo muito bonito e estava tudo muito arranjado”, recorda Adriana Pereirinha que morava numa casa muito perto da quinta. Uma imagem que a utente tem bem presente daquele tempo é dos pelourinhos: “Então não estive neles tantas vezes, no verão quando vínhamos para a quinta?”. Adriana Pereirinha teve, naquele tempo, o privilégio de frequentar a Quinta do Vale de perto, uma vez que era amiga dos caseiros de D. Celina Tavares Bastos, proprietária, e pelo facto da benemérita também conhecer os seus familiares. “Pouca gente vinha à casa dela, porque era uma senhora muito independente, não dava confiança a toda a gente”. A utente recorda ainda D. Celina Tavares Bastos a passar na rua em frente ao ateliê de Adriana, que trabalhava “numa salinha virada para a rua”. A vida em África Dinamismo, aventura e novas experiências marcam a vida de Adriana Pereirinha. Já casada, com o filho pequeno e o irmão em África, deixou tudo em Gaia e foi para Moçambique: “Foi uma decisão difícil”. No continente Africano, rapidamente Adriana e o marido conseguiram arranjar trabalho e ter uma vida muito

“Gosto porque estou na minha freguesia, estou na casa que eu conhecia”

boa. Mas para além da sorte e esforço nesta nova etapa da sua vida, Adriana pôde contar com a ajuda de amigos que lhe proporcionaram contacto direto com o Governador de Tete, na altura Franco Rodrigues, e a esposa. “Quando tinham festas com pessoas importantes eu e o meu marido éramos sempre convidados. Não estava habituada àquele ambiente, mas como se costuma dizer ´à terra onde fores ter, faz como vires fazer´”, recorda risonha. Para além das roupas que criava, em Lourenço Marques foi convidada pelo Estado para dar aulas: “Fui fazer um exame para ser admitida”.Adriana não esconde que este período em que ensinou crianças, “à sua maneira” foi um dos capítulos mais importantes da sua vida. “Não me pagaram mais por isso, mas era o amor que tinha por aquilo que fazia”, esclarece.A convite da esposa do Governador participou ainda em vários eventos de angariação de fundos para a construção de um lar de crianças desprotegidas. O regresso ao Lar José Tavares Bastos Já em Portugal, os anos passavam

e os problemas de saúde do marido de Adriana agravavam-se. Adriana conseguiu cuidar sempre do marido até ao momento em que sofreu um acidente nas escadas de um autocarro que a levou a pedir apoio à Misericórdia de Gaia, primeiro no apoio ao domicílio, depois, no internamento. Como na vida, esteve sempre ao lado do marido e do filho até ao momento final de cada um… Apesar da dor da perda ser a mais difícil de superar, quando não é impossível, Adriana Pereirinha tentou sempre ser útil e viver da melhor forma no LJTB. Adriana é o melhor "cartão de visita" do LJTB. Quer ao telefone, como na receção, ninguém fica indiferente à jovialidade e à simpatia da sua voz. Mas Adriana também sabe dar “puxões de orelhas” e refilar quando não concorda com alguma coisa que aconteça no lar: Um dia, Adriana Pereirinha atendeu o telefone da receção a pedido do Mesário do LJTB e, a partir daí nunca mais saiu desse lugar: “Venho para aqui às 7h30 até chegar a rececionista, quando ela vai embora por volta das 16h00, fico até às 19h00. Estou também aos fins de semana e feriados”. A utente não hesita em afirmar o quanto gosta de estar no LJTB: “Gosto porque estou na minha freguesia, estou na casa que eu conhecia”, bem como não esconde a felicidade que tem em viver os 87 anos: “Sinto-me muito contente e feliz”.


NÚCLEO MUSEOLÓGICO

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Temos vindo a registar a doação por parte dos últimos beneméritos de bens artísticos diversos, e que, oportunamente, poderão enriquecer o Núcleo Museológico. Desses bens, queremos destacar alguns dos quadros legados por D. Laurinda Gonçalves Coelho, viúva do Sr. Arq.º António Pereira das Neves, autor do projeto do Hospital da Misericórdia e de vários edifícios que a Santa Casa construiu nas décadas de sessenta e setenta: 1) Quadro a óleo sobre tela, retrato de “Senhora”, da pintora Maria Amélia Magalhães Carneiro (1883/1970); 2) Pintura a guache sob papel, de “Senhora”, de “TOM” Thomaz de Mello, luso-brasileiro, (1906/1990); 3) Quadro com retrato a tinta da China, “Sampaio 52”, de António de Assunção Sampaio (1916/1994); 4) Quadro com desenho a lápis, da Sé Catedral do Porto, “Sampaio 40”, do mesmo autor; 5) Quadro com pintura a guache “Fons Vitae”, com a seguinte dedicatória “Para o Neves de António Figueiredo”. Na próxima revista, prosseguiremos com a apresentação de outros quadros. Luís Marques Gomes (Irmão conselheiro da Misericórdia de Gaia)

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DECLARAÇÃO DE I.R.S.

É tão fácil ajudar sem se prejudicar

O Estado permite que 0,5% do imposto liquidado de I.R.S. possa reverter para uma Instituição de Utilidade Pública (Lei n.º 16/2001 de 22 de junho). Para isso é só necessário colocar na declaração de I.R.S. uma cruz no Quadro 9, Anexo H, seguido do número de contribuinte 500 874 751, sem qualquer prejuízo para o declarante. Desta forma está a apoiar a Misericórdia de Gaia a ajudar quem mais precisa e sem se prejudicar.


ESPAÇO VOLUNTARIADO

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Em jeito de balanço de 2012 podemos dizer que foi um ano enriquecedor para o Serviço de Voluntariado da Misericórdia ao ter contado com a colaboração de treze novos voluntários que foram integrados nos Lares, desenvolvendo as mais variadas atividades, conforme as motivações, gostos e aptidões de cada um. Entre as atividades desenvolvidas por estes novos voluntários, destacam-se o apoio em serviços de costura, de cabeleireiro e de animação musical, que, pela sua especificidade, representam uma mais-valia para o bem-estar dos utentes dos Lares. Destes novos voluntários, quatro aceitaram o desafio de dedicar algum do seu tempo livre e da sua disponibilidade para prestarem apoio de companhia a utentes do Serviço de Apoio Domiciliário da Misericórdia. Esta era uma meta ambicionada e que começou a dar os seus primeiros passos em abril. Presentemente, quatro voluntários estão a exercer, semanalmente, o seu voluntariado junto de seis utentes do apoio domiciliário. Graças à disponibilidade manifestada por outros quatro voluntários, vai ser possível no início do próximo ano apoiar mais dois utentes do serviço de apoio domiciliário. Esta experiência está a revelar-se positiva ao possibilitar

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

que utentes mais sós possam beneficiar da companhia de alguém que está disponível para os escutar e conversar com eles. Mas estes nossos voluntários têm ido mais além ao disponibilizarem-se para outras tarefas, como sejam alguns recados, realização de compras, tratar das roupas, tarefas simples mas de grande utilidade para quem está só. Oportunamente, iremos partilhar com os leitores da revista “Laços de Amor” o testemunho desses voluntários e dos utentes do apoio domiciliário que estão a usufruir deste serviço de voluntariado. Neste espaço, partilhamos convosco, em seguida, a reflexão da assessora da Provedoria para o Voluntariado, também ela voluntária no Lar António Almeida Costa que se prontificou a avançar e a integrar a primeira equipa de voluntariado junto dos nossos utentes do Apoio Domiciliário. Aos nossos leitores, votos de um Bom Ano 2013! Célia Rodrigues (Coordenadora do serviço de voluntariado)

O voluntariado ao domicílio O voluntariado ao domicílio é uma estratégia de cuidados, carinho e dedicação. A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia preocupa-se com o estado social atual, tendo conhecimento das diversas carências que muitos idosos sofrem nos seus domicílios. Assim, procurou pôr em prática visitas domiciliárias, através de pessoas de boa vontade, prontas a dar um pouco do seu tempo e de si próprias. No dia 4 de abril de 2012 foi feita a primeira visita a um casal de Coimbrões, seguindo-se outras visitas a mais casais com dificuldades a vários níveis, iniciando-se um trabalho do maior interesse e de entreajuda a pessoas carenciadas. Li algures: “Não faz sentido passar por este mundo e viver apenas para nós próprios”. Portanto, ajudar os que precisam, confortar os tristes, partilhar tarefas e anseios, fazer companhia a quem está só, fazer face a algumas necessidades que surjam, vivências que evangelizam e nos mostram o cuidado que Deus tem por cada um, tudo isto faz parte da missão dos voluntários ao domicílio da Santa Casa da Misericórdia de V. N. Gaia. FAZER FAZ TODA A DIFERENÇA. “É neste fazer que fixamos o nosso olhar no outro, a começar por Jesus, estando atentos uns aos outros, não sendo alheios e indiferentes ao destino dos Irmãos” (S.S. Bento XVI) Esta vivência é uma expressão de misericórdia e a misericórdia é uma expressão de amor. É no Dar que se recebe e o que o voluntário partilha, recebe a dobrar, em paz, em alegria interior, em bênção de Deus. Maria Augusta Ferraz

(Assessora da provedoria para o voluntariado)


AGENDA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

JANEIRO: Dia 6 - Comemoração do Dia de Reis no Lar Residencial Conde das Devezas e na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa Dia 10 - Comemoração do Ano Novo no Lar António Almeida Costa - Palestra "História de Gaia" no Lar Salvador Brandão Dia 11 - Partilha de Reis Dia 28 - Iniciativa "Contador de Histórias" no Lar Antonio Almeida Costa Dia 31 - Comemoração dos aniversários do Lar António Almeida Costa - Tarde de Fados no Lar Salvador Brandão

FEVEREIRO: Dia 6 - Sessão de cinema no Lar Salvador Brandão Dia 8 - Comemoração do Carnaval na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa e nos lares sociais da Misericórdia de Gaia Dia 11 - Comemoração do Dia do Doente no Lar Residencial Conde das Devezas e nos lares sociais da Misericórdia de Gaia Dia 14 - Celebração do Dia do Amor no Lar Salvador Brandão Dia 19 - Início do Torneio Inter-lares no Lar Salvador Brandão Dia 28 - Comemoração dos aniversários do Lar António Almeida Costa

MARÇO Dia 8 - Comemoração do Dia da Mulher no Lar António Almeida Costa De 18 a 22 - Comemoração do Dia da Árvore com iniciativas nos diversos equipamentos da Misericórdia de Gaia durante toda a semana Dia 19 - Comemoração do Dia do Pai na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa e nos lares sociais da Misericórdia de Gaia Dia 21 - Passeio da primaveria do Lar Residencial Conde das Devezas, do Lar António Almeida Costa e Lar José Tavares Bastos Dia 22 - Comemoração da Páscoa na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa - Passeio da primavera do Lar Salvador Brandão

SABIA QUE... … As crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia ficarão nas novas instalações, no Complexo Social António Almeida Costa, no primeiro semestre de 2013? ... O provedor da Misericórdia de Gaia com maior permanência no cargo foi Manuel Moreira de Barros, que dirigiu os destinos da Irmandade durante 18 anos, de 1955 a 1973? ... Um dos irmãos de D. Celina de Magalhães Tavares Bastos de Almeida Castelo Branco, grande benemérita da Misericórdia de Gaia, foi um grande jogador do Futebol Clube do Porto, que fez parte da equipa que venceu o Campeonato de Portugal, na época de 1921-22? FICHA TÉCNICA: PROPRIETÁRIO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; DIRETOR: Dr. Pedro Nobre; EDITOR: Dr. Pedro Nobre COORDENADORA: Dr.ª Marisa Pinho; REDATORA: Dr.ª Marisa Pinho; COLABORADORA: Dr.ª Manuela Pinto; DESIGN GRÁFICO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; TIRAGEM: 1150; PERIODICIDADE: Trimestral; SEDE DA REDAÇÃO: Rua Teixeira Lopes, n.º 33, 4400-320, Vila Nova de Gaia; PRODUÇÃO: Gráfica São Miguel, Rua Norton Matos 731, Gulpilhares, 4405-671 Vila Nova de Gaia. NOTA: Publicação isenta de registo na ERC ao abrigo da Lei de Imprensa 2/99 de 13 de janeiro, artigo 9

Os artigos foram escritos com base no novo acordo ortográfico

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EQUIPAMENTOS SOCIAIS E UNIDADES DE EXPLORAÇÃO

www.scmg.pt geral@scmg.pt www.facebook.com/misericordiadegaia


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