Laços de Amor n.º 19

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EDIÇÃO N.º 19 TRIMESTRAL | SCMG | Abr/Mai/Jun | 2013 Gratuito

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

LAÇOS DE AMOR Uma família ao ser viço da comunidade

Crianças em situação de risco social têm um novo lar


ÍNDICE EDITORIAL 84 ANOS DE HISTÓRIA A PALAVRA DOS UTENTES O QUE ACONTECEU

Gulpillhares recebeu Procissão em honra a N.ª Sr.ª da Misericórdia

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Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

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ENTREVISTA

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Helena Ferreira na gestão do equipamento António Almeida da Costa

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ESPAÇO SAÚDE HISTÓRIAS DE VIDA

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Venâncio Ferreira: Um exemplo de vontade de viver

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NÚCLEO MUSEOLÓGICO ESPAÇO VOLUNTARIADO AGENDA SABIA QUE...

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EDITORIAL

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

“Às crianças devo boa parte do que hoje sou”

Foi-me pedido para falar um pouco sobre a criança como professora do ensino básico, escola primária de outros tempos. Trabalhei com crianças durante 38 anos, tendo pois obrigação de saber de quem falo e como delas falo. Às crianças devo boa parte do que hoje sou. A elas devo o meu obrigada, pelo muito que me transmitiram e ensinaram, tendo sido também elas a seu jeito meus professores. Porém, antes de continuar a falar da criança e de deixar a criança falar de si mesma, quero dizer também um obrigada aos meus pais, que passaram já para o outro lado da vida. E porque faço? Porque entendo que estes dois polos, criança e pais, estão inter-relacionados. Os meus pais, apenas com a escolaridade básica, tão humanos quanto simples, foram sempre sem o saberem os meus primeiros catequistas, e a casa de meus pais a primeira experiência da igreja doméstica. Foi aí, que aprendi os valores de on-

tem e de hoje, que fazem a pessoa humana e quando a pessoa sabe ser humana podemos dizer que é também divina. Sim, pessoas humanas, capazes de assumir a vida com tudo o que ela encerra de beleza, alegrias, dores, lágrimas e sorrisos. E é na sequência destas linhas que partilho convosco duas ou três das minhas vivências com crianças, dando-lhes também a palavra. Eis a primeira. Há já um bom par de anos, após uma licença sem vencimento, passei 3 meses numa comunidade cristã em França, constituída por adultos celibatários, casais e crianças. No final da minha estadia relembrei a maneira como os pais se relacionavam com as crianças e dei comigo a pensar: estas crianças não precisam de ir à catequese paroquial, porque ela é vivenciada aqui no dia a dia. Falo assim, pois também fui catequista e formadora de catequistas… A criança é naturalmente vulnerável,

simples, afetuosa, permeável, contemplativa. Absorve o que vê, escuta e ouve. Tantas vezes me deixei contagiar pela limpidez do seu olhar e do seu coração! Neste mesmo instante ecoam dentro de mim as palavras de Jesus: “Deixai vir a mim as crianças, pois são os que se fazem como elas que terão lugar no meu Reino”. Eis a segunda… Certa tarde, estava na praia da Granja, junto ao paredão a contemplar o lindíssimo pôr do sol. Que viram e ouviram os meus olhos e ouvidos? Uma criança dos seus 4 ou 5 anitos, na areia, junto da mãe que guardava as toalhas sem se ter apercebido da linda cena que os meus olhos contemplavam. A criança atira um beijo ao mar, dizendo: “Ó mar, obrigada e até amanhã”. Pensei: quantos de nós adultos teríamos feito tão bela oração? Acreditem, hoje sempre que comungo na Eucaristia onde celebro a minha fé, penso no que o Bruno me ensinou. As palavras de Jesus ressoam dentro de mim: “Dou-te graças Pai, porque é aos simples e aos pequeninos que revelas os teus segredos…”. Dou conta que já vai longa a minha partilha. Faço acompanhá-la de um postalinho que um dia encontrei em França e nos fala do que é essencial na vida.E termino com estas palavras: que o pouco do muito que partilhei, nos ajude a sermos crianças sem deixarmos de sermos adultos. Ana Ramos

(Mesária da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa e do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia)

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84 ANOS DE HISTÓRIA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Hospital da Misericórdia - Duas fases da obra

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Aprovado que foi o projeto e obtido que foi o licenciamento para a obra de “DEMOLIÇÃO DOS EDIFÍCIOS EXISTENTES E CONSTRUÇÃO DUM PRÉDIO, NA PRAÇA DA BATALHA E RUA DE ENTREPAREDES, NO PORTO”, a Misericórdia requisitou à Câmara Municipal do Porto uma Comissão Técnica que confirmasse a impossibilidade de se realizar aquela obra com o prédio ocupado pelos inquilinos que então o ocupavam e que eram: Farmácia Henriques, Limitada, Cardoso & Carvalho, José Pinto da Silva Norton (Herdeiros) e Aladino Barral & Companhia. Com esse instrumento, desenvolveram-se as negociações que levaram à celebração de um Acordo com cada um deles, que previa não só a instalação provisória dos seus estabelecimentos, sempre dentro do prédio, até que pudessem voltar aos seus primitivos lugares ou aos que se acordaram, mas também o valor das rendas que iam pagar no prédio reconstruído. O Concurso Público para esta obra foi aberto em 12 de janeiro de 1961 e a abertura das propostas realizou-se em 16 de fevereiro. Das quatro propostas entradas, sendo a mais baixa da empresa José Domingues d’Almeida & Irmão, no valor de Pte. 5.032.652$00, valor este muito acima da estimativa da Misericórdia, pelo que a Comissão nomeada para o efeito deliberou, de acordo com o que estava previsto no Programa do Concurso, não fazer a adjudicação e abrir novo Concurso. Neste segundo concurso, a obra foi adjudicada à firma António Dantas Afonso Coelho, por Pte. 4.700.000$00. Este edifício tem no rés do chão lojas comerciais e uma garagem, nos primeiro e segundo andares, escritórios e consultórios, e nos terceiro, quarto e quinto pisos, habitações. Mas a Revalorização do Património não se ficou só por este empreendimento. Na verdade, em agosto de 1961 foi aberto o Concurso Público para a “Construção de um Bloco Habitacional na Rua Almeida Costa, n.ºs 95/99, em Vila Nova de Gaia”, um edifício com 18 habitações,

distribuídas por 3 pisos e 6 garagens, com o projeto da autoria do Arq.º António Pereira das Neves. Como as propostas recebidas excederam em muito a estimativa da Misericórdia, a Comissão nomeada para esse concurso anulou esse concurso e abriu um novo, que deu lugar à adjudicação da obra em 28 de novembro de 1961, à firma Pedro Ferreira da Silva, da Rua Miguel Bombarda, no Porto, por Pte. 2.280.000$00. Porque, além destes dois empreendimentos, a Misericórdia tinha também a decorrer a obra de construção do novo Hospital, foi necessário estabelecer um verdadeiro programa de financiamento, sendo de destacar as seguintes alienações: - a “Quinta do Costa”, em hasta pública realizada em 4 de agosto de 1960, com uma base de licitação de Pte.827.000$00, e que foi arrematada pela firma António Correia da Silva & C.ª; - a venda de um Certificado de Renda Perpétua, de ações e de outros papéis de crédito, que faziam essencialmente parte do legado deixado pelo benemérito Salvador Ferreira Brandão; - para financiar a construção do novo Hospital, venda de 11 prédios sitos em Portalegre, provenientes do Legado de Joaquim Oliveira Lopes: em março de 1957, 2 prédios na Rua Barros Casal, 372/74, pelo valor de Crz. 765.000.000; em julho de 1969, 1 prédio na Rua Demétrio Ribeiro, n.º 988, 2 prédios na Rua Cristóvão Colombo, n.ºs 69/71 e 73/75, 5 casas na Rua Humberto Campos, 11, 15, 19, 21 e 27 e 1 terreno na Rua José de Alenquer, n.º 910, pelo valor de Pte. 976.189$70. Ao mesmo tempo, muito em especial pela dinâmica imposta pelo seu Provedor, o Sr. Comendador Manuel Moreira de Barros, os donativos continuavam a afluir, como foi o caso da Sr.ª D. Feryl A. Yeatman e seu marido Richard Yeatman, que entregaram em outubro de 1960, um cheque de 500 Libras, e que rendeu Pte. 40.080$00, e como são exemplos aqueles que constam dos dois quadros seguintes.


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ANOS DE HISTÓRIA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Prédio na Praça da Batalha/Rua de Entreparedes - Porto

Primeiro prédio, que foi demolido

Novo prédio em construção

Em simultâneo, a Misericórdia avançava, em sintonia com a Direção Geral da Assistência, para o estudo de ampliação do Asilo Salvador Brandão, depois da realização de um inquérito feito no primeiro trimestre de 1960 nas freguesias do Concelho, e pelo qual “se concluiu ser necessária a construção duma nova ala no edifício do Asilo para que possam vir a ser nela albergados mais cento e cinquenta velhos de ambos os sexos, visto ser este o número de pessoas a albergar, em face do referido inquérito…” (ata da reunião da Mesa Administrativa de 28.04.1960). O anteprojeto, elaborado pelo Arq. António Pereira das Neves, mereceu o parecer favorável da Direção Geral da Assistência, em maio de 1961, mas a elaboração do projeto ficou pendente da definição de algumas alterações sugeridas pelo senhor Provedor. Donativos para o Hospital, comunicados na reunião da Mesa de 21.12.1961

Donativos para o Hospital, comunicados na reunião da Mesa de 23.01.1962

A. A. Cálem & Filho, Lda Adriano Ramos Pinto & Irmão Moagem de Gaia Croft & Companhia, Lda. J. E. Bull Hsushe Bower Richard Yeatman G. E. M. Eastaag J. H. Smithes Félix Wignor Leonard Flower Delaforce Sons & Companhia Cockburn Smithes Companhia Lda. Silva & Cosens, Lda W & J. Graham, Comp.ª Gonzalez Biass Comp.ª Taylor Fladgate & Yeatman Offley Forrester, Lda. Martinez Gassiol & C.ª Lda. Reginald Colb TOTAL

Sandeman & C.ª Robertson Brós & C.ª Soc. Vinhos Santiago, Lda. Soc. Vinhos F. Nogueira Soc. Agrícola Comercial Vinhos Messias TOTAL

2.000$00 1.000$00 7.500$00 3.000$00 250$00 250$00 8.000$00 500$00 500$00 500$00 1.000$00 1.500$00 3.000$00 2.000$00 3.000$00 1.000$00 4.000$00 2.000$00 2.000$00 5.000$00 48.000$00

7.000$00 3.000$00 2.500$00 1.000$00 3.000$00 16.500$00

Bloco habitacional da Rua Almeida Costa, 95/99 Vila Nova de Gaia

Luís Marques Gomes

(Irmão conselheiro da Misericórdia de Gaia)

NOTA: Imagens retiradas da obra "A Misericórdia - A Santa Casa de Vila Nova de Gaia", 2012, da autoria de Fernando Correia

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A PALAVRA DOS UTENTES

Quadras de São João

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

Nesta noite de loucura, Noite de tanto calor, Uma coisa vou fazer: Dar um beijo na boca ao meu amor! Adriana Pereirinha, (Utente do equipamento social José Tavares Bastos)

Nas rusgas segui teus passos. Era esse o meu destino. Agora tenho nos braços Um São João pequenino! Maria Alice (Utente do equipamento social José Tavares Bastos)

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Oh meu São João da Batalha, Enfeita a tua Pracinha Para nela festejarmos A tua alegria com a minha. António Matos Filipe (Utente do equipamento social José Tavares Bastos)

SANTOS DOS NOSSOS MESES

São Francisco de Paula 2 de abril

Visitação de N.ª Sr.ª 31 de maio

São Barnabé

São Francisco de Paula foi o fundador da Ordem dos Mínimos, assim chamada por serem considerados ainda menos que os frades menores da Ordem de Assis. Em jovem foi acometido de uma doença que ameaçou a sua visão. Como agradecimento pela sua cura viveu durante um ano num convento. Após essa vivência São Francisco de Paula sentiu uma vocação e iniciou a sua caminhada até ladear o trono do Papa Sisto IV. É um dos santos a quem se atribuem mais milagres.

Refere-se este dia à visitação que Nossa Senhora fez à sua prima Isabel, que apesar da idade e da sua esterilidade concebera um filho que viria a ser João Baptista. Nesse momento da visitação o Espírito Santo encheu ambas as Santas e fez com que ambas reconhecessem o divino da Concepção que ambas partilhavam.

São Barnabé, José de nome próprio, nasceu no Chipre e vivia em Jerusalém na altura em que Cristo pisava essa mesma terra. Foi considerado por São Paulo como mais um apóstolo pelo papel que desempenhou em Jerusalém no início da Igreja. São Lucas descreve-o como um homem bom, cheio de fé e do Espírito.

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, maio, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp.151-154, ISBN: 989-554-242-9

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, junho, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp. 51-52, ISBN: 989-554-242-9

LEITE, José, COELHO, António José, Santos de Todos os Dias, abril, Matosinhos, QN – Edição e Conteúdos, S.A., 2005, pp. 9-11, ISBN: 989554-242-9

11 de junho


SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

O QUE ACONTECEU...

… NO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO N.ª SR.ª DA MISERICÓRDIA

Catorze anos de sorrisos, sons e projetos O último aniversário nas atuais instalações do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia, em Arcozelo, aconteceu no passado dia 8 de abril e com uma casa repleta de convidados e sorrisos. a todos os presentes no aniversário que ajudem o Centro nesta mudança: “Ajudem-nos na mudança para as novas instalações, porque estas crianças são merecedoras do nosso carinho”. A equipa de profissionais e de voluntárias do Centro, bem como representantes de várias entidades que também se relacionam com o CAT deram o seu testemunho de como é trabalhar todos os dias com estas crianças. Os casos que tiram o sono, as alegrias a que se assiste, nomeadamente, com os primeiros passos e com as primeiras palavras, os sons, as vontades, os sorrisos, os choros e muito mais povoam a realidade desta resposta social. Foram muitos os padrinhos e amigos que marcaram presença neste momento, como elementos da Mesa Administrativa e irmãos da instituição, mas também o poder local, representado pela vereadora adjunta da presidência da Câmara de Gaia Veneranda Carneiro, Sérgio Medeiros em representação da vereadora Amélia Traça, Marina Nunes, do Departamento de Ação Social da Câmara de Gaia e várias entidades da área da educação e da saúde que conhecem de perto a O dia de aniversário foi ainda de entrega dos diplomas aos novos padrinhos: a em- realidade do CAT. presa Velltrans Trânsitos e Transportes, Lda., o Grupo de Colaboradores do Lar Salvador Brandão e Manuel Alves Correia.

A equipa do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia (CAT), que acolhe crianças em situação de risco social, marcou a data, apresentando um breve filme com alguns dos rostos dos mais de 130 projetos de vida que passaram pelo CAT nos últimos 14 anos. “Este Centro não é só da Misericórdia de Gaia, é de todos nós”, referiu o provedor da instituição, Joaquim Vaz, informando que as obras nas novas instalações do CAT, que serão no Complexo Social António Almeida da Costa, em Santa Marinha, já estão em curso. “Estas crianças não vão sair de Gaia, Vão frequentar a creche e jardim de infância do Complexo Social, vão ter um parque para brincar e, sobretudo, melhores condições habitacionais”, garantiu. O aproveitamento das sinergias no Complexo Social António da Almeida Costa vai permitir uma redução dos elevados resultados negativos desta valência de crianças, bem como o aumento do número de crianças que são acolhidas e que passará das atuais 15 para 19. O mesário do CAT, Fernando Dias, apelou

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O QUE ACONTECEU... … NA CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA D. EMÍLIA DE JESUS COSTA As crianças do pré-escolar da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa (CJI) tiveram a oportunidade de participar na 1.ª Minimaratona, no passado dia 6 de junho. A competição arrancou com as educadoras e com as ajudantes de ação educativa, tendo sido a primeira a cortar a meta a educadora Simone Correia. As provas seguintes foram realizadas por cada sala da valência de Jardim de Infância, evidenciando-se o espírito competitivo e desportivo das crianças. Vanessa Fernandes entregou as medalhas aos participantes O momento contou com a presença da 1.ª Minimaratona da Creche e Jardim de Infância da atleta de alta competição Vanessa D. Emília de Jesus Costa. Fernandes que recebeu os “mini atletas” na meta e que lhes entregou as respetivas medalhas: “É com muito gosto que estou aqui a dar o meu contributo a este tipo de iniciativas que são importantes para as crianças ganharem o gosto pela corrida”, referiu Vanessa Fernandes. A iniciativa foi da responsabilidade do encarregado de educação Ricardo Cunha que contou com “a boa vontade e ajuda de alguns amigos” para a organização do evento e com o apoio da Sport Zone e da Runportugal. “Isto é o mais simples que há para fazer com as crianças. Todas as atividades que as crianças fazem fora das salas é uma aventura e quando chegam a casa contam-nos logo”, reiterou. “Já houve várias situações em que os pais fizeram atividades com e para eles”, acrescentou a diretora Maria João. Como uma verdadeira maratona não pôde faltar a mascote que fez a alegria das crianças.

Vanessa Fernandes

na 1.ª Minimaratona

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Pulos e mais pulos no Dia da Criança Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa

O fim de semana não foi impedimento para os festejos do Dia Mundial da Criança na CJI que se realizaram, este ano, em dois dias, na sexta-feira dia 31 de maio e na segunda-feira a seguir, dia 3 de junho. O primeiro dia da comemoração contou com uma sessão de pinturas sobre o Dia da Criança e com um paladar bem ao gosto dos meninos – gelados… Já o segundo dia deste evento dos mais pequeninos privilegiou os pulos de alegria, mas desta vez num enorme insuflável para felicidade das crianças. Neste dia o paladar também foi bastante doce com o gosto de apetitosas pipocas e bolachinhas.

"PORQUE A BRINCAR ESTOU A APRENDER" R. Almeida Costa, 151, 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel. 223799110 - cji@scmg.pt


… NO ANTÓNIO ALMEIDA DA COSTA

O Dia da Família é um dos momentos mais aguardados por alguns dos utentes da Misericórdia de Gaia. Os sentimentos sobre este dia estiveram ao rubro nos equipamentos sociais da instituição.

Com a imagem de fundo de Vila Nova de Gaia, cenário da autoria do artista Manuel Santos, a sala de refeições do equipamento social António Almeida da Costa foi completamente transformada numa “casa de fados” para receber os muitos familiares dos utentes, no dia 15 de maio. O espetáculo “Melodias de Sempre” contou com o talento dos fadistas e músicos que impressionaram e emocionaram quem assistiu à tarde de fados. O mesário do equipamento, Jorge Soares, conduziu o espetáculo e agradeceu o empenho e a dedicação dos profissionais do António Almeida da Costa pela ajuda na realização do espetáculo, mas, sobretudo, por serem todo o ano a família dos utentes da instituição: “Faço votos para que esta dedi-

Melodias em família

cação perdure de forma a que todos se sintam bem nesta casa e que a Misericórdia de Gaia possa cumprir a sua função puramente social”. As vozes foram de Isabel Vilaça, Rosa Tojal, Mário Bernardino e Adolfo Bastos e a direção do Grupo de Cantares foi do organista Óscar Vilaça. Quanto aos músicos, no violino esteve Serafim Cardal, na bateria Felisberto Soares, na viola João Freitas e no violoncelo Cíntia França. Um espetáculo memorável.

98.º aniversário

O equipamento social António Almeida da Costa comemorou 98 anos de existência, no passado dia 27 de junho numa festa bastante participada pelos elementos da “família” do equipamento e amigos. O almoço convívio abriu com a atuação do Grupo Coral Juvenil de S. Cristóvão de Mafamude e foi ainda animado pela voz do utente Manuel Cunha. A tarde de festa continuou com a boa disposição e com vários momentos de riso e de dança.

Projeto intergeracional no Dia da Família As crianças da Escola das Devesas que fazem parte do projeto intergeracional com os utentes do AC comemoraram o Dia da Família no passado dia 8 de maio. O grupo de cantares do equipamento, dirigido pelo maestro Mário Mesquita, animou o momento e os utentes da Misericórdia de Gaia foram apresentados aos familiares das crianças.

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O QUE ACONTECEU... … NO SALVADOR BRANDÃO

Recordar, Partilhar, Valorizar

O número de familiares dos utentes do equipamento social Salvador Brandão aumentou ainda mais este ano na comemoração do Dia da Família no passado dia 30 de maio.

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s e r a l r e Int 2013

A sessão de entrega de prémios do torneio Inter Lares 2013 decorreu no passado dia 9 de abril, no Salão D. Lucinda na presença de cerca de 150 pessoas. Este ano foi o equipamento social António Almeida da Costa que levou para “casa” duas medalhas nas modalidades de Dominó e do Bingo. Para além dos prémios, a tarde foi ainda de animação e de cultura com a atuação do anfitrião – o Grupo de Cantares do equipamento social Salvador Brandão -, mas também do Grupo Coral e do Grupo de Teatro do Centro Social de S. Miguel de Arcozelo, do Grupo Coral do Centro Social S. Pedro de Vilar do Paraíso e do Grupo de Dança da Associação N.ª Sr.ª da Esperança de Sandim.

Recordar o que foram e o que fizeram, valorizar o esforço do passado e do presente e partilhar o amor e os momentos especiais foi o mote apresentado pelo equipamento social Salvador Brandão no Dia da Família. Os utentes representaram para os seus familiares e convidados algumas das profissões que tiveram no passado como as de pescadores, de varinas, de cozinheiras, de criadas de servir, de padeiras, de costureiras, de sapateiros e carteiros. Estes momentos de recordação e de partilha foram bastante valorizados pelos familiares que quiseram registar o momento e não pouparam elogios à equipa do Salvador Brandão pelo espetáculo apresentado. “Estou muito feliz por ver aqui muitas gerações das famílias dos nossos utentes”, referiu o provedor Joaquim Vaz na altura em que agradeceu aos colaboradores do equipamento por se entregarem todos os dias aos utentes. “Saio daqui mais motivado para colocar todas as minhas capacidades em favor dos mais desprotegidos”, reiterou. “Temos aumentado o número de presenças nesta festa o que revela o interesse e o gosto dos familiares dos nossos utentes”, acrescentou a diretora do equipamento, Irene Fontoura, frisando o cuidado no tratamento aos idosos dos colaboradores do Salvador Brandão, que são também a “sua família alargada”.

As classificações do torneio Inter lares 2013 foram as seguintes: Modalidade Dominó 1.º lugar - Centro Social de Pedroso 2.º lugar - Centro Social de S. Félix 3.º lugar – Equipamento Social António Almeida da Costa Modalidade Sueca 1.º lugar - Centro Social de S. Pedro de Vilar Paraíso 2.º lugar - Centro Social Paroquial de Oliveira Douro 3.º lugar - Centro Social Paroquial de Oliveira Douro Modalidade Bingo 1.º lugar - Centro Social S. Miguel e Lar Santa Isabel 2.º lugar - Associação Humanitária de Canelas 3.º lugar – Equipamento Social António Almeida da Costa


… NO JOSÉ TAVARES BASTOS

Um espetáculo intimista

Os utentes coreografaram a música "Tocando em Frente", transmitindo as várias etapas por que muitos viveram ao longo da vida. A utente Eulália Oliveira desfilou, com o peso dos seus 91 anos de idade, numa passadeira florida até ao seu “companheiro”,

O equipamento social José Tavares Bastos acolheu os familiares dos seus utentes para assistirem ao espetáculo intimista do Dia da Família. António Matos Filipe, que escrevia e recitava os desejos para as suas vidas. O momento foi abrilhantado por outros utentes que evidenciavam elementos simbólicos do percurso de vida do casal: um coração a representar o amor que os uniu nas suas juventudes, uma pomba branca a representar a Paz que é necessária para os acompanhar durante toda a vida e um pequeno ramo de flores e "chuva" como ilustração dos filhos, dos netos e dos bisnetos. O momento comoveu quem assistiu e aqueceu o coração dos familiares dos utentes da instituição que ouviram da diretora Fernanda Morgado palavras de conforto e segurança: “Os utentes são os vossos familiares, mas também são nossos, porque cuidamos deles e dão-nos muitas alegrias”.

Casa da Música no equipamento José Tavares Bastos

No passado dia 22 de abril, a equipa do projeto da Casa da Música “A Casa vai a Casa” esteve no equipamento social José Tavares Bastos para uma sessão sobre a Importância da Música. Os utentes da Misericórdia de Gaia aderiram em grande número a esta iniciativa, e interagiram bastante com os técnicos. Os utentes tiveram ainda a oportunidade de cantar as suas canções preferidas, cada um ao seu jeito.físico adaptado às suas capacidades.

o t n o C o d l a a r n o o H ci a r e g inter

Os utente s do equip amento so do infantá cial José rio Casa d Tavares Ba o Povo da cional do stos e as Madalena Livro, no p crianças c omemora a ss Conto”. Os a ram utentes rep do dia 23 de abril, com o mo o Dia Internaresentaram bem com mento “Ho o foram o uma histó ra do s responsá ria infantil ços do mo veis pela c para os m mento. eninos, onstrução de todos o s adere-

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O QUE ACONTECEU... EQUASS

Certificação à vista A Misericórdia de Gaia foi uma das 25 misericórdias que foram abrangidas pela candidatura da União das Misericórdias Portuguesas ao financiamento do EQUASS – Modelo da Qualidade Europeu para os serviços sociais que visa a posterior certificação da instituição.

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No dia 17 de abril os profissionais da Misericórdia de Gaia receberam uma primeira sessão de sensibilização sobre o modelo EQUASS - Modelo da Qualidade Europeu para os serviços sociais que consiste na preparação da instituição para receber a certificação de qualidade. Para além da qualificação dos serviços prestados pela Misericórdia, a implementação deste modelo é ainda uma mais-valia no apoio à gestão da instituição. O processo de implementação do EQUASS na instituição ascenderia a valores muito elevados, no entanto, a Misericórdia de Gaia foi uma das 25 misericórdias que foi abrangida pela candidatura da União das Misericórdias Portuguesas ao financiamento do EQUASS pelo Programa Opera-

cional de Potencial Humano, suportando apenas o valor da auditoria final da certificação. “O facto de termos sido contemplados com o EQUASS responsabiliza-nos”, referiu o provedor aos profissionais na sessão de esclarecimento, tendo a consciência de que este projeto vai exigir “muito esforço” . “O nosso objetivo é instaurar o sistema de qualidade e temos de o conseguir com o empenho de todos”, acrescentou o diretor geral da Misericórdia de Gaia, João Paulo Coelho. O projeto, coordenado pela União das Misericórdias Portuguesas, visa um período de formação, acompanhamento e auditoria interna, durante o presente ano, bem como podem ocorrer sessões de formação em conjunto com outras instituições. “Podemos ser inovadores internamente. Temos de criar uma dinâmica de inovação para as pessoas serem criativas”, explicou o consultor para o projeto de qualificação Márcio Rodrigues, referindo a necessidade de medir os projetos de melhoria e respetiva eficácia. A preparação da instituição para a certificação da qualidade deve estar concluída em maio de 2014, altura em que a Misericórdia vai avançar para o pedido de certificação das suas respostas sociais. O modelo EQUASS é aprovado e reconhecido por um Comité Europeu da Qualidade e baseia-se em sistemas de qualidade total e modelos de excelência.

BREVES

Mais um sonho concretizado

O provedor Joaquim Vaz conseguiu, com a ajuda de alguns irmãos da Misericórdia de Gaia, concretizar o sonho de um utente com necessidades especiais do Centro de Deficientes de Santo Estevão que era ter um computador. O apelo foi lançado na rede social facebook. A entrega do computador aconteceu no dia 3 de maio, tendo sido um momento de profunda emoção para todas as entidades envolvidas.


Gulpilhares recebeu Procissão em honra a N.ª Sr.ª da Misericórdia A comunidade de Gulpilhares saiu à rua, no passado dia 1 de janeiro, para ver passar a imagem de N.ª Sr.ª da Misericórdia.

A batida forte do bombo dos Mareantes do Rio Douro, alternada com a percussão dos tambores e o sopro dos clarinetes dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões, abria a procissão em honra à padroeira da Misericórdia de Gaia. A imagem de N.ª Sr.ª da Misericórdia saiu do Complexo Social Salvador Brandão, em Gulpilhares, transportada em ombros por vários grupos de colaboradoras desse equipamento social. Nas ruas por onde o cortejo passava foram muitos os gulpilharenses que apareceram e que mostraram o seu respeito por este momento espiritual da instituição. No final da eucaristia de Ação de Graças realizou-se uma romagem ao cemitério da freguesia para homenagear o casal benemérito da Misericórdia Salvador Ferreira Brandão e D. Lucinda Monteiro de Castro Portugal. O cortejo litúrgico até à Igreja Paroquial de Gulpilhares foi acompanhado pelo provedor e elementos dos órgãos sociais da instituição, pela vereadora da Câmara de Gaia Amélia Traça e pela deputada Anabela Carriço. Para além dos muitos irmãos, utentes e colaboradores da Misericórdia de Gaia, estiveram ainda presentes nesta procissão várias entidades da freguesia de Gulpilhares, como representantes da Assembleia e Junta de Freguesia, o Rancho Regional, o Coral de Gulpilhares, a Associação Cultural e Recreativa de Hóquei Patins, o Centro de Artesanato, o Fórum Cultural e a Conferência Vicentina de Gulpilhares.

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Misericórdia de Gaia homenageou clínico Domingos Queirós No passado dia 30 de abril, a Misericórdia de Gaia prestou uma sentida homenagem ao clínico Domingos Queirós, que exerceu medicina preventiva e curativa no equipamento social José Tavares Bastos. Domingos Queirós que exerceu funções na instituição durante 13 anos, pediu a cessação do seu contrato a partir do dia 1 de maio. O motivo apresentado foi o facto de estar a completar 80 anos de idade e, por isso, desejar nesta fase dedicar-se por completo à família. “Por tudo o que de bom fez pelos utentes e pela sua grande amizade à instituição, o nosso muito obrigado, porque sabemos que a amizade perdurará para sempre”, afirmou o provedor da Misericórdia de Gaia. “Quando era complicado diminuir o sofrimento das pessoas, havia sempre uma palavra amiga”, referiu Domingos Queirós, nomeando ainda os demais profissionais de saúde com quem trabalhou na instituição. Para o mesário do equipamento, Sílvio Ribeiro, “poder contar com o profissionalismo do Dr. Queirós foi um sossego”. O momento da homenagem contou com o descerramento da fotografia de Domingos Queirós no consultório médico do equipamento José Tavares Bastos numa sessão que contou com a presença de atuais e antigos elementos da Mesa Administrativa da instituição, profissionais de medicina, utentes e amigos do homenageado.


O QUE ACONTECEU... DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

“Património é memória” O Conjunto da Fábrica de Cerâmica e Fundição das Devezas foi o mote que levou vários interessados a participarem no roteiro histórico e cultural, organizado pela Misericórdia de Gaia no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, no passado dia 18 de abril.

Património+Educação=Identidade foi o tema escolhido este ano pelo ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) para marcar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. “A Santa Casa recebeu o convite da Direção Geral do Património Cultural para dar o seu contributo nesta grande iniciativa que se celebra por todo o país”, dando a conhecer a “unidade fabril que teve em tempos um papel de grande desenvolvimento industrial, fruto de um homem empreendedor e filantropo que marcou e muito a vida do concelho – o benemérito da Misericórdia de Gaia António Almeida da Costa”, referiu o provedor da instituição. A sessão informativa sobre património e o legado de António Almeida da Costa ficou a cargo do diretor do Solar Condes de Resende, o professor Gonçalves Guimarães: “O património é memória, mas tem de ter utilidade, tem de ser sustentável”. O professor informou que existe património da Fábrica de Cerâmica e Fundição das Devezas “por todo o lado”.

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Roteiro histórico e cultural A primeira paragem do roteiro histórico e cultural aconteceu na entrada da Fábrica de Cerâmica e Fundição das Devezas, local em que os participantes puderam admirar a entrada principal do edifício, o muro mostruário em frente, que no tempo em que a fábrica funcionava servia para mostrar aos clientes o trabalho realizado, e o Palácio D. Chica, a primeira residência do casal Almeida da Costa. Para além dos dois polos fabris, António Almeida da Costa construiu várias casas para os seus trabalhadores. Nesse sentido, a segunda paragem deste roteiro foi na Rua Visconde das Devezas para se conhecer o Bairro dos Contramestres e o edifício onde funcionou a primeira creche de António Almeida da Costa, direcionada para acolher os filhos dos seus colaboradores. Seguiu-se pela Rua Mouzinho de Albuquerque, podendo-se observar o Bairro dos Operários, que se destaca pelas fachadas dos diversos módulos serem todas de tipos de azulejos diferentes. O roteiro continuou pelo conjunto habitacional Gaveto, localizado nas Ruas António Almeida Costa e Conselheiro Veloso da Cruz, e pelo complexo social António Almeida da Costa, que comporta os equipamentos de lar de idosos e uma creche e jardim de infância. Mais uma vez a beleza da arquitetura e escultura dos séculos XIX e XX foram reconhecidos pelos participantes, bem como as várias referências à meninice e à velhice, duas das grandes preocupações de António Almeida da Costa. Mas a “cereja em cima do bolo” aconteceu na subida à parte mais alta do edifício Casa do Costa, residência do casal benemérito, com características da época romântica e referências neoárabes.


A vista a partir deste local calou todos os presentes que se renderam ao panorama do conjunto da Fábrica de Cerâmica das Devezas e da cidade do Porto. As explicações históricas e muitas curiosidades ficaram a cargo do provedor, mas também do irmão conselheiro e ex diretor geral da Misericórdia de Gaia, Luís Marques Go-

mes, e do escritor Fernando Correia, autor da obra “A Misericórdia - A Santa Casa de Vila Nova de Gaia”. Antes da partida para o roteiro os participantes tiveram a oportunidade de observarem uma exposição de painéis com as referências históricas dos edifícios que foram visitar, bem como a possibilidade de admirarem várias peças do legado do benemérito António Almeida da Costa que se encontram no núcleo museológico da instituição. O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi criado em 1982 pelo ICOMOS e aprovado pela UNESCO em 1983. Esta iniciativa pretendeu destacar os vários elementos de património arquitetónico, móvel e imaterial

que existem por todo o país, bem como sensibilizar a população para a sua proteção e valorização.

REGIMENTO DE ARTILHARIA N.º 5 A visita começou no edifício nobre do Regimento de Artilharia n.º 5 com a entrada no Museu onde os utentes ficaram a conhecer melhor a componente histórica e religiosa do espaço. Os visitantes puderam observar de perto armas que estão em exposição, muitos registos antigos do exército, os bustos de alguns dos maiores nomes da história portuguesa, como D. Afonso Henriques e Nuno Álvares Cabral, bem como outros pormenores do período de guerra. O claustro do Mosteiro da Serra do Pilar foi outro espaço que captou bastante a atenção dos utentes pela sua beleza e tranquilidade. Alguns dos utentes da Misericórdia de Gaia que participaram na visita mantêm ainda bem vivos na memória aspetos da época militar que viveram e não pouparam comentários e questões ao Sargento Fernandes que orientou a visita.

Visita ao Quartel da Serra do Pilar

Os utentes dos equipamentos sociais e as crianças da Creche e Jardim de Infância ficaram em sentido para visitarem o quartel da Serra do Pilar. “Isto está muito diferente. Lembro-me de pequeno vir cá com o meu tio que era o Sargento Tavares e de assistir à eucaristia no Mosteiro”, revelou um utente. Crianças encantadas com o mundo militar No dia 17 de junho foi a vez das cerca de 100 crianças da instituição visitarem o Regimento de Artilharia N.º 5. Foi com espanto e muita curiosidade que os mais pequenos conheceram o dia a dia de quem vive no quartel. Visitaram uma caserna militar, o refeitório geral, a cozinha, a parada e, por fim, tiraram uma fotografia de grupo junto ao monumento de homenagem aos mortos em combate. As crianças foram ainda brindadas com um pequeno espetáculo da Fanfarra do Regimento, mas o que mais as encantou foi o momento de simulação de uma entrada em posição de um obus de artilharia (canhão). Um dia que certamente não vão esquecer.

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O QUE ACONTECEU... ESPECIAL 84.º ANIVERSÁRIO DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA No 84.º aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa, inaugurou a obra de ampliação da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa, em funcionamento desde 2011, e as novas instalações do Centro de Acolhimento Temporário de crianças em situação de risco social N.ª Sr.ª da Misericórdia. Marco António Costa referiu que “não há dinheiro que o Estado tenha colocado nesta obra que pague o esforço voluntário de todos” os que se dedicam às crianças e às causas sociais. Em dia de aniversário da Misericórdia de Gaia, o secretário de “Se o Estado tivesse de o fazer de forEstado da Solidariedade e da Segurança Social inaugurou duas ma estritamente profissional custaria obras sociais de apoio à criança. 10, 20, 30 vezes mais e certamente que o trabalho não seria tão bom como o que tem sido feito nesta Santa Casa da Misericórdia”, reiterou. O secretário de Estado referiu ainda que o governo em colaboração com a CNIS (Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade), com a UMP (União das Misericórdias Portuguesas) e com a rede social conseguiu elevar a fasquia mínima de comparticipação por criança para 700,00 euros com o “objetivo de continuar a apostar no crescimento financeiro de apoio à infância”. “É justo agradecer ao governo de Portugal, na pessoa do senhor secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, que reconhecendo as nossas preocupações e o nosso apelo, ajudou a instituição a concretizar as obras que foram necessárias para acolher as crianças do nosso Concelho e não só”, referiu o provedor da Misericórdia de Gaia, Joaquim Vaz. Marco António Costa informou que estará disponível para dar resposta ao apelo do provedor da Misericórdia de Gaia quanto ao aumento de mais quatro vagas para o Centro de Acolhimento Temporário. O alargamento da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa, que permitiu acolher 73 crianças na valência de creche e 95 na valência de jardim de infância, foi apoiado pelo programa PARES II. As novas instalações do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia, que acolhe atualmente 15 crianças em situação de risco social, obteve apoio do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social através de um subsídio concedido pelo Fundo de Socorro Social no valor de 140.000,00 euros.

Mais e melhor para as crianças acolhidas pela Irmandade

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ESPECIAL

Desfile de Marchas de São João O Dia da Irmandade foi ainda comemorado com um desfile de marchas populares no Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes. Desfilou a prata da casa com uma marcha dos utentes da Misericórdia de Gaia e uma marcha composta pelas crianças da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa e pelas crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia. As marchas convidadas que desfilaram para a Mesa Administrativa e para o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social foram os Mareantes do Rio Douro, o Lar do Comércio e a Cruzada de Bem Fazer da Paz.

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Hélder Reis e o historiador Gonçalves Guimarães irmãos da Misericórdia A sessão solene da comemoração do 84.º aniversário da instituição contou com a entronização de novos irmãos, dos quais se destacam o apresentador de televisão Hélder Reis e o historiador Joaquim Gonçalves Guimarães. Este ano, o tema apresentado nas comemorações foi “A sustentabilidade das Instituições Particulares de Solidariedade Social no contexto da atual crise”, da responsabilidade do

provedor Arlindo Maia, que conduz há cerca de 30 anos os destinos da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde. Na sessão solene foram homenageados os colaboradores da instituição que já se reformaram e que se desvincularam por mútuo acordo, mas também os colaboradores com 25 anos de serviço na Santa Casa. O momento, abrilhantado pela atuação de um trio de sopro, percussão e viola da Academia de Música de Vilar do Paraíso, foi ainda de apresentação dos novos voluntários da Misericórdia de Gaia.


O QUE ACONTECEU... ESPECIAL

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ENTREVISTA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

HELENA FERREIRA HÁ 12 ANOS NA MISERICÓRDIA DE GAIA

“Entendemos que é importante valorizar o trabalhador” Helena Ferreira tem ainda um jovem percurso na Misericórdia de Gaia, mas uma enorme experiência na direção técnica do equipamento social António Almeida da Costa. A diretora Helena Ferreira pauta o seu trabalho diário pela proximidade com o utente e com o colaborador e não tem dúvidas que para se atingir os resultados pretendidos é necessário “valorizar quem tem valor”.

No contexto dos profissionais da Misericórdia de Gaia, a Helena Ferreira tem ainda um jovem percurso, de 12 anos. No entanto, tem sido uma caminhada muito diversificada, porque já passou por vários departamentos. Conte-nos como tudo começou. Ainda me faltavam alguns meses para terminar a licenciatura quando vi no meu Instituto a informação de que a Santa Casa pretendia recrutar uma assistente social, na altura, para o Lar Residencial Conde das Devezas. Vim à entrevista e fui selecionada. Comecei no Lar Residencial Conde das Devezas como diretora técnica para substituir a diretora que estava ausente por motivo de saúde. Estive nessa função algum tempo e quando a colega regressou fui para os serviços centrais substituir a coordenadora Célia Rodrigues no Serviço de Ação Social. Estive nessa função cerca de um ano até que o senhor provedor da altura me convidou para ser diretora técnica do equipamento social António Almeida da Costa, em 2001. Não pude dizer que não, porque faz parte dos meus princípios passar pelas etapas para saber se sou capaz. E foi um desafio. Procuro trabalhar com conhecimento, vontade e coração. Como foram estas mudanças de na área social ter que se adaptar a situações bastante diferentes, como, por exemplo, ter passado da direção de um equipamento residencial privado para um equipamento social… Há muitas diferenças, no entanto, no ano em que estive nos serviços centrais modifiquei a minha atitude enquanto técnica superior de serviço social, porque estava num gabinete de apoio à comunidade e não de utentes beneficiários de um serviço. Quando vim para o equipamento social não fiz nenhuma ligação com as práticas da Residencial Conde das Devezas até porque são realidades muito diferentes. Foi preciso passar por alguma observação e reflexão, porque para muitas pessoas se não vamos ao seu encontro, não sabem exigir os seus direitos a não ser ter roupa, cama e mesa. Um utente tem

muitos mais direitos. Enquanto diretora técnica do equipamento António Almeida da Costa (AC) , quais as situações que lhe tiram o sono? As demências e o que isso se traduz no ambiente diário no lar, porque também temos utentes autónomos que veem no outro um espelho. Não costumo dividir utentes a não ser que cause algum tipo de risco ao próprio ou aos outros. No entanto, as demências já começam a ser de elevada dependência o que me causa muita preocupação. Gerir uma casa com cerca de 100 utentes e muitos funcionários não deve ser fácil. Como tem conseguido apaziguar alguns momentos de maior controvérsia, nomeadamente casos de greve? A Misericórdia, no meu entender, precisa dos colaboradores, assim como os colaboradores precisam da Misericórdia. Posso dizer que passei alguns momentos em que tive de adotar a melhor estratégia que passou por saber ouvir. Aprendi a ouvir as dirigentes sindicais, porque elas têm o direito a manifestar-se, têm o direito a faltarem para as suas reuniões, a serem informadas e a informarem as suas colegas. Aprendi a conviver com elas com esse direito, escutando-as. Os colaboradores veem-me como uma pessoa que os ouve e que lhes dá razão quando tenho de dar, mas também lhes peço a colaboração que lhes é exigida como colaboradores. É um desafio conjugar o melhor dos dois mundos? É necessário conjugar os interesses dos colaboradores e os interesses da instituição. Julgo que é nesse equilíbrio e na gestão de proximidade com todos que tenho vindo a conseguir que haja paz e os resultados que são esperados. O caminho passa também por valorizar o trabalho do colaborador?

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ENTREVISTA

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Recentemente fiz um trabalho, que também me compete, de acompanhar as colaboradoras que fazem o turno noturno, porque é um trabalho pouco visível. São colaboradoras que só realizam aquele turno, sendo um momento em que não se encontra presente a figura da direção técnica, nem do encarregado dos serviços gerais. Apesar de saber que o trabalho é bem executado, entendo que é preciso acarinhar aquelas colaboradoras que dão o seu melhor. Por isso, tive a oportunidade de fazer um turno completo de noite e achei um trabalho lindo: o aconchegar de um lençol no ombro do utente, a calma da casa, os telefones que não tocam, a confusão do dia que não existe… É um trabalho de muitas horas que é pouco conhecido, mas que também faz parte do bemestar do utente. Notou alguma surpresa da parte das colaboradoras? Acolheram muito bem, porque normalmente não é uma situação que possam beneficiar. Os demais turnos têm o contacto com a direção técnica para exporem algum problema que possam ter fruto do seu trabalho ou de um problema pessoal, as colaboradoras do turno da noite não têm essa possibilidade. Na noite em que estive presente as colaboradoras expuseram-me algumas situações relacionadas com o seu trabalho e saí daqui com anotações sobre necessidades que têm que ser revistas. Este tipo de trabalho é uma missão humana sempre de proximidade com o utente e com o colaborador. Até porque algumas colaboradoras que trabalham no turno da noite já demonstraram essa necessidade de acompanhamento por parte da chefia… É um acompanhamento de supervisão de serviços e de valorização de quem presta aquele serviço. O colaborador sentindo-se acompanhado tem uma prestação mais motivada. Os funcionários sentem-se orgulhosos quando alguém vê o trabalho bem feito que realizam. Para além do utente ou do superior técnico, pode chegar um familiar de um utente, um voluntário, até um mesário, por isso, o meu princípio é “se é para fazer, vamos fazer bem feito” e os colaboradores têm essa noção. Tem sido notório e público os momentos que tem criado de valorização da sua equipa de trabalho… Entendemos que é importante valorizar o trabalhador. No Dia do Trabalhador fomos tomar café a um hotel, que é um local que nem toda a gente tem acesso. É uma altura em que é preciso valorizar quem tem valor. É preciso que tenhamos consciência de que passamos muitas horas no nosso local de trabalho e é com estas pessoas que convivemos. Por isso, decidimos ainda começar este ano a festejar não só os aniversários dos utentes, mas também dos colaboradores e dos voluntários que também fizeram anos durante esse mês. Quando entrou para a direção técnica na Misericórdia de Gaia não havia animadora sociocultural, sendo que esses momentos ficavam a cargo da diretora. Que recordações tem desse tempo? Era mais uma exigência para a direção técnica que descorava um pouco outras preocupações. No entanto é certo que não se fazia nem 25% das atividades sociocul-

turais que se fazem hoje, nem com os conhecimentos que o colaborador que presta o serviço de animação tem, uma vez que um técnico de serviço social não é preparado para fazer animação. Eu fazia uma atividade mais de caráter pontual e que estava relacionada com uma época do ano: o Dia da Mãe, o Dia do Pai, o Carnaval, a Páscoa, o Natal e a Passagem de Ano. Atualmente os utentes beneficiam de atividades semanais, de estimulação da memória, que é muito necessário, de atividade física, saídas ao exterior e muito mais. A existência de um colaborador especializado em animação sociocultural foi muito importante para os utentes. Foi num aniversário do equipamento António Almeida da Costa a primeira vez que os colaboradores e a própria diretora participaram na animação desse evento. Quis dar o exemplo? Sim. Eu tento dar sempre o exemplo pela proximidade. Identifico-me com a Misericórdia, com o equipamento que dirijo e com as pessoas com quem trabalho. Acho que os resultados aparecem, devido a estas três conjugações. A ideia que temos é que o Dia da Família, à semelhança do Natal, é um momento marcante positiva e negativamente para os utentes, Como é preparar este evento? De facto existem datas marcantes neste equipamento. O dia em que a família alargada vem à instituição tem os seus passos. A logística é outra, mas nestes momentos é natural haver um maior esforço de todos. Tenho sempre quem me diga ´se for preciso ficar mais um bocadinho, eu fico´. Relativamente à componente emocional, os utentes ficam sempre muito felizes quando a família vem cá, procuram ser eles próprios a divulgar o evento. De ano para ano há familiares que têm vindo cada vez mais à instituição, porque há um trabalho, que não é tão visível, de envolver os familiares noutras atividades que são realizadas de forma a valorizar o que o utente é capaz de fazer. Não há aquele peso do Natal que é uma altura que traz outras recordações. No Dia da Família recebem o seu familiar e estão em convívio. Há sempre um caso ou outro que não tem familiar e o que procuramos fazer é colocar esses utentes na mesma mesa das pessoas que são mais próximas, até porque ao longo do ano temos familiares que são mais assíduos e que acabam por criar também amizade com outros utentes. O que trouxe a nova imagem física do equipamento? Os utentes e colaboradores gostaram? Tudo o que envolva uma nova imagem altera os comportamentos, seja dos utentes como dos colaboradores. E nesta casa onde trabalhamos com a terceira idade é importante estimularmos o cérebro dos utentes. O facto de mudarmos um adereço qualquer nem sempre é bem visto da parte do utente, porque normalmente não é recetivo a mudanças, mas os benefícios que essa mudança lhe vai trazer, ainda que ele não se perceba, são positivos. De facto a imagem do equipamento mudou, tivemos essa possibilidade em termos de orçamento e tivemos comentários muito bons.


ESPAÇO SAÚDE

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

TEMPO DE NUTRIÇÃO - MITOS E VERDADES NA ALIMENTAÇÃO A Nutrição é uma ciência baseada na química, que trata dos processos químicos e fisiopatológicos que transformam os nutrientes dos alimentos em componentes corporais. A alimentação é um tema muito vasto, gerador de grandes controvérsias. Constata-se a existência de muitas correntes, com conceitos e ideias diferentes no que concerne à alimentação, extensível a todas as idades. Os mitos são crenças resultantes de hábitos conservadores ao longo de vários anos, assumindo um papel de relevo nos hábitos alimentares. A falta de informação sobre os alimentos e os mitos que a sociedade impôs, leva a que as pessoas adquiram determinadas crenças sobre as práticas alimentares sem qualquer evidência científica. A probabilidade de uma criança obesa se tornar um adulto obeso é grande (verdadeiro) A maioria dos estudos refere que cerca de 2/3 das crianças obesas vêm a ser adultos obesos. Existe uma relação muito grande entre a obesidade infantil e a obesidade em adulto. E um adulto obeso é um adulto com maior tendência para sofrer de hipertensão, enfarte do coração e tromboses cerebrais. A cenoura deve ser a base de todas as sopas (falso) A cenoura é conhecida por ser de paladar saboroso e de fácil digestão. Por isso, é muitas vezes aconselhada como primeiro legume, a par da batata. Para além disso, é rica em vitamina A, que é fundamental para o desenvolvimento da visão Mas, após as primeiras sopas, nada justifica que a cenoura tenha uma presença obrigatória nas refeições da criança. Pode ser substituída por outro legume, nomeadamente, a abóbora, como base da sopa.

O leite gordo contém mais quantidade de cálcio que o leite magro (falso) O cálcio não se encontra na parte gorda do leite. A quantidade de cálcio não varia, seja o leite gordo, meio gordo, ou magro. Contudo a absorção e utilização do cálcio de leite magro pode sair prejudicada pela menor presença de vitaminas lipossolúveis. Os alimentos doces compensam estados de ansiedade (verdadeiro) O cérebro produz neurotransmissores, substâncias químicas libertadas pelas terminações nervosas que enviam impulsos nervosos através do corpo. A produção e a libertação destes neurotransmissores, pode ser alterada pelo consumo de certos alimentos, o que significa que aquilo que comemos pode influenciar a forma como nos sentimos e comportamos. Vários estudos indicam que as refeições ricas em hidratos de carbono influenciam a síntese de serotonina, um neurotransmissor que regula o sono, a atenção e o humor e pode

ser útil para resolver estados depressivos. Pessoas sujeitas a muito stresse correm mais risco de falta de serotonina e comem, mesmo sem intenção, refeições mais ricas em hidratos de carbono. A fruta deve ser consumida com casca (verdadeiro) A fruta deve ser consumida com casca, por ser uma boa fonte de fibra. Contudo a fruta deve ser bem lavada para retirar os resíduos agrotóxicos. Chocolate faz bem à saúde (verdadeiro) O chocolate é um alimento que faz bem à saúde, pois possui procianidinas e outros antioxidantes que ajudam na proteção dos vasos sanguíneos e na prevenção da aterosclerose. Contribui ainda para melhorar o humor, porque combina nutrimentos como triptofano, metilxantina entre outros. Contudo tratando-se de um alimento bastante calórico, deve ser consumido em quantidade moderada. Carlos Leite (Assessor para a Nutrição da Misericórdia de Gaia)

Farmácia da Misericórdia de Gaia A cuidar de si...

Serviços: - Uma vasta gama de produtos e serviços - Administração de vacinas - Controlo da tensão arterial - Uma equipa de profissionais disponível para aconselhar na área da saúde - Serviço de Podologia - Consultas de Nutrição (em breve)

Segunda a sexta-feira das 9h00 às 20h30 e sábados das 9h30 às 13h00 R. Capitão Salgueiro Maia, 311/7; 4430-518 Vila Nova de Gaia Tel.: 227828971; Fax.: 227826246

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ESPAÇO SAÚDE

Em velho se volta a menino… Uma expressão conhecida e tão utilizada para justificar e entender atitudes que se estranham, comportamentos inesperados, ousados, rompendo tabus e frequentemente com um percurso de rigor e valores assumidos. Submissa aceitação, receio de crítica, inibição e vergonha são substituídos pela expressão, “…Cheguei à idade em que posso dizer o que penso sem receio…” e correspondente atitude. Aparentemente um abismo separa as duas idades, em que sobressaem as potencialidades numa e as realizações na outra num contínuo de uma longa vida individual, única. A criança é o pai do homem. Desde cedo decorrem as várias etapas do desenvolvimento no heroico processo de organização do aparelho psíquico que imprimirá a toda a existência uma dinâmica individual, própria, pautando o relacionamento interpessoal, opções, atitudes e afetos. Porque se escolhem amizades, como surgem paixões e nos encantamos ou deixamos seduzir, nos entusiasmamos e nos entregamos a missões. Freud, Klein, Erikson e muitos outros contribuíram para que o século vinte valorizasse a infância, deu-lhe o justo lugar. O progresso possibilitou à velhice um prolongamento que urge aproveitar ativamente. O que aproxima as duas idades são as fragilidades, as necessidades de atenção e afeto, de estimulação contínua. Como ambos são necessários para construir e manter uma sociedade equilibrada, justa, solidária e em progresso. Todos envolvidos e próximos seja qual for a idade. José Fernandes Costa

Duas idades

(Médico Psiquiatra da Misericórdia de Gaia)

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POR ESTARMOS AO SERVIÇO DA SOCIEDADE, E PARA SERMOS REFERÊNCIA NOS CUIDADOS DE SAÚDE,

HUMANIZAR É O VERBO DAS NOSSAS AÇÕES. A saúde é o bem mais precioso que o ser humano pode possuir. A recuperação e reabilitação de pessoas cujo estado de saúde se encontra fragilizado é uma missão que a Clínica Fisiátrica da Santa Casa da Misericórdia de Gaia com a sua equipa de profissionais de saúde, cumpre com dedicação, grande empenho e satisfação. A Clínica da Santa Casa da Misericórdia de Gaia está incorporada no complexo do Lar Salvador Brandão, com amplos espaços verdes e um parque de estacionamento privativo. Beneficia ainda de fácil acesso pelas novas vias de circulação.

Nova valência – Terapia da Fala ACORDOS ARS ADM ADMG CAIXA GERAL DEPÓSITOS CAIXA DE PREVIDÊNCIA

MEDIS (ACIDENTES TRABALHO) MINISTÉRIO JUSTIÇA MONTEPIO GERAL PLANICARE PORTUGAL TELECOM

SAD/PSP SAMS SAMS QUADROS SEG. MULTICARE SEG. AÇOREANA

SEG. ALLIANZ SEG. AXA SEG. FIDELIDADE MUNDIAL GLOBAL SEG. IMPÉRIO BONANÇA

SEG. LUSITÂNIA MACIF SEG. SAGRES SEG. TRANQUILIDADE SEG. VITÓRIA


HISTÓRIAS DE VIDA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

VENÂNCIO VAZ - UMA LIÇÃO DE VIDA

“O computador e as novas tecnologias são a minha companhia” Venâncio Vaz é utente do serviço de Apoio Domiciliário da Misericórdia de Gaia. Apesar de se encontrar com várias limitações físicas devido à “doença dos pezinhos”, é um exemplo de força e dedicação pela vida, tendo encontrado nas novas tecnologias uma companhia. Os barcos, os pescadores, o mar, a marina, as pessoas e muitos outros encantos da Afurada estão reunidos em várias pastas no computador de Venâncio Vaz, utente do serviço de Apoio Domiciliário da Misericórdia de Gaia. Oriundo de uma família de pescadores que deu e perdeu a vida no mar, Venâncio Vaz reúne quase 5 mil fotografias entre recordações da sua vida e outras novas imagens da sua terra – Afurada – que vai descobrindo na internet. Aos 56 anos e portador de Paramiloidose, mais vulgarmente conhecida por "doença dos pezinhos”, que lhe limita os movimentos e o faz estar quase todo o tempo em casa, o computador e a internet são a sua quase única forma de expressão e contacto com a sociedade. Apesar de reconhecer que no que toca a novas tecnologias só sabe “o essencial”, estas são atualmente muito importantes na sua vida: “O computador e as novas tecnologias são a minha companhia”. “Tenho muita dificuldade em falar com as pessoas. Tenho problemas nas mãos, em mexer com o rato, mas vou escrevendo lentamente e chego lá”, confessa o utente. E chega mesmo quando demonstra lentamente a Laços de Amor os passos que dá no computador. Venâncio Vaz começa por mostrar os jornais online que lê para se manter atualizado, bem como os seus programas de televisão preferidos que quando não consegue ver por serem transmitidos bastante tarde, vê noutra altura na internet: “É o meu

passatempo”. O facebook tem sido um dos seus grandes aliados: “Vou falando com as pessoas que já conheço e partilho fotografias com os meus amigos”. O utente informa ainda que no facebook já encontrou muitas pessoas conhecidas que já não via há muito tempo: “Há dias um individuo que está a trabalhar na Alemanha pediu-me amizade. Pela fotografia não o conheci, mas pelo nome descobri que era uma pessoa da minha mocidade”. Para além da componente lúdica, a rede social do facebook tem ainda trazido outra utilidade a Venâncio Vaz: “Quando tenho uma consulta marcada e esqueço-me de avisar as senhoras do apoio domiciliário, aviso-as pelo facebook. Se estiverem online, falo diretamente com elas, se não estiverem mando mensagem a dizer para não virem”. A doença A “doença dos pezinhos”, que é hereditária, foi diagnosticada a Venâncio Vaz aos 35 anos e só mais tarde é que foi descoberta na sua mãe. O utente teve a oportunidade de fazer um transplante, mas dado o seu estado de saúde avançado, optou por não o fazer. “A minha doença é muito dramática, não sei se morro hoje ou amanhã”, reflete. O certo é que a previsão dos médicos de 20 anos de vida não se concretizou: “Já passou esse tempo e ainda estou aqui”. Venâncio Vaz está e estará onde quiser, pois o seu espírito ativo, dinâmico e força de viver faz com que aceite a sua realidade com um sorriso e otimismo. Mais do que uma história, Venâncio Vaz é uma lição de vida.

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NÚCLEO MUSEOLÓGICO 1)

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

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Nesta edição vamos destacar o vasto espólio legado pelo escultor Humberto Júlio Mendes, composto por várias dezenas de esculturas, bustos, peças e moldes, em gesso. Este escultor era surdo-mudo e viveu os seus últimos tempos no equipamento social António Almeida da Costa, onde continuou a trabalhar no ateliê que a Misericórdia lhe facultou. Por hoje, gostaríamos de destacar três peças: 1 - Busto do Prof. Manuel Pires Veloso; 2 – Escultura de N.ª Sr.ª das Colheitas 3 – Escultura de Santa Luísa de Marilac Todo este espólio está devidamente acondicionado no Edifício- Sede da Misericórdia, sendo desejável que, oportunamente, possa ser exposto aos Irmãos e ao público em geral. Luís Marques Gomes (Irmão conselheiro da Misericórdia de Gaia)

BREVES Dia da Unidade O provedor da Miserciórdia de Gaia esteve presente no Dia da Unidade do Regimento de Artilharia n.º 5 da Serra do Pilar.

Chá Concerto No dia 17 de abril realizou-se um Chá Concerto no equipamento social Salvador Brandão. A tarde foi animada pelo convidado Artur Jorge que, acompanhado da sua viola, cantou melodias que foram do agrado dos utentes. A palavra também foi dada aos utentes que puderam exprimir-se através de uma música, poema ou história.

São João 2013 O São João dos utentes da Misericórdia de Gaia foi comemorado no dia 21 de junho. Este ano a marcha de S. João foi constituida por utentes do equipamento social Salvador Brandão, familiares dos utentes, voluntários e colaboradores.


SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

ESPAÇO VOLUNTARIADO

Voluntariado ao domicílio: um caso de sucesso Em abril de 2013 completou um ano que as primeiras equipas de voluntários ao domicílio da Misericórdia de Gaia foram para o terreno. Para além de satisfazer as necessidades de alimentação, de segurança, de higiene pessoal e da habitação a instituição verificou que existem outras necessidades que não são comunicadas, nem lembradas, mas sentidas – são necessidades de atenção, de afeto, de companhia. Atualmente são oito voluntários, divididos em quatro equipas de dois elementos, que todas as semanas levam esperança, alegria e otimismo a casa de oito utentes de apoio ao domicílio da instituição. Laços de Amor acompanhou as visitas dos voluntários de apoio ao domicílio e apresenta os testemunhos de quem ouve e é ouvido deste serviço de voluntariado que ao fim de um ano já se revelou um autêntico sucesso.

José Paiva e Maria Cristina Morais visitam o casal José Colaço e Maria Prazeres José Paiva e Cristina são os voluntários que visitam o utente José Colaço e a mulher Maria Prazeres. No dia 4 de abril de 2012 a vida deste casal mudou para melhor com a visita dos voluntários: ”Se não fossem as meninas do apoio domiciliário e estas visitas não sei o que seria de nós”, confessou Maria Prazeres. O voluntário José Paiva disse que já visitava pessoas amigas, mas só se tornou oficialmente voluntário na Misericórdia de Gaia. “Tenho sempre a quarta-feira à tarde disponível para vir cá. Faço uma leitura e manter o senhor Colaço ocupado, para além de me inteirar “É uma pessoa que não procuro se eles estão bem ou se precisam de alguma coisa”, acrescentou o deixa ninguém chateado” voluntário, frisando a satisfação de ter visto o utente Colaço a melhorar no último ano. José Colaço tem Alzheimer, mas uma das partidas que a doença não lhe prega é a da amizade que nutre pelo voluntário José Paiva: “É uma pessoa que não deixa ninguém chateado”. José Paiva sente-se bem em fazer o bem a este casal e só tem a certeza e a vontade de continuar com este rumo.

José Paiva e Lídia Tomé visitam o casal Adélia Mendes e António Azevedo

“Necessidade de desabafar e de companhia”

Adélia Mendes tem 75 anos de idade e encontra-se com a sua deslocação limitada, uma vez que está dependente de uma cadeira de rodas há 14 anos. As suas limitações fazem-lhe estar muito tempo em casa e sozinha, por isso “se pudesse recebia visitas todos dias”. É com emoção que Adélia Mendes refere que tem “necessidade de desabafar e de companhia”. Quando recebeu o convite da assessora do Voluntariado da Misericórdia de Gaia, a voluntária Lídia Tomé hesitou, mas agora não pensa em desistir: “Moro aqui pertinho e estou a fazer uma coisa que adoro que é colocá-los a conversar”. A visita de Lídia Tomé e de José Paiva estende-se também ao marido de Adélia: “Venho fazer a visita aos dois e falamos de tudo o que seja agradável”, refere a voluntária. “Quando tenho alguém ao pé de mim o tempo parece que voa”, reconhece Adélia Mendes. No entanto, o que não voa é a tranquilidade que a voluntária sente neste trabalho: “Vou embora feliz. Não é cumprir a missão por cumprir, é cumprir por gosto”. E são pequenos pormenores que fazem toda a diferença para Lídia Tomé, como o que nos conta: “Um dia atrasei-me para a visita e quando cheguei já tinha a minha cadeirinha no sítio à minha espera”. As cadeirinhas de Lídia Tomé e de José Paiva vão estar sempre prontas, porque Adélia Mendes espera pela “horinha que eles cheguam como quem está à espera da graça de deus”.

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ESPAÇO VOLUNTARIADO Voluntárias Helena Soares e Teresa Sá visitam a utente Maria Amaral

“Já fomos passear para o meu quintal”

“Tinha visitas de amigas minhas, mas as pessoas também têm as suas vidas…”, começa por dizer a utente Maria Amaral, de 79 anos de idade, que teve conhecimento de que existia o serviço de Voluntariado ao Domicílio pela técnica do Apoio ao Domicílio da instituição. “Na altura aceitei, mas avisei que não sou pessoa de falar muito e que também não gosto de barulho”, referiu a utente. Às quintas-feiras à tarde Maria Amaral recebe a visita das voluntárias Helena Soares e Teresa Sá que não trazem nada preparado para o momento a não ser a disponibilidade de conversar e de fazer companhia. Mas às vezes há novidades: “Já fomos passear para o meu quintal”, adianta a utente. Para as voluntárias o tipo de serviço que prestam ao domicílio é idêntico ao que exercem no equipamento social António Almeida da Costa: “Tenho mais tempo para os utentes, mas o tempo é sempre pouco”, refere a voluntária Teresa Sá. “Levo daqui coisas muito boas. Às vezes não me apetece vir, mas quando saio do voluntariado vou embora com mais energia. Ajuda-me muito”, acrescenta a voluntária Helena Soares.

Maria Augusta Ferraz e Arminda Quartas visitam a utente Maria Duarte e o marido “Alecrim, Alecrim Doirado…” foi entoado a três: pelas voluntárias Maria Augusta Ferraz e Arminda Quartas e pela utente Maria Duarte. Maria Duarte também foi “apanhada” pelo Alzheimer há alguns anos, mas beneficia, juntamente com o seu marido, do carinho, força e dedicação das voluntárias ao domicílio. “Comecei a cantar umas canções e a D. Maria conseguiu entrar no ritmo. Em cada visita fazemos sempre algo diferente”, frisou a voluntária Arminda Quartas ou “Nininha”, como é tratada pela utente. “Parece que a Maria renovou quando passou a receber estas visitas das senhoras voluntárias, são de facto uma mais-valia para nós”, reconheceu o marido de Maria Duarte. Dada a sua doença, Maria Duarte necessita que lhe dê a comida à boca, exceto na hora do lanche, uma vez que a voluntária Maria Augusta Ferraz conseguiu que comesse a maçã cozida sozinha: “Estava-se a dar-lhe na boca, mas a D. Maria pegou na colher da mão de quem lhe estava a dar. Ao presenciar essa situação decidi tirar proveito desse gesto e a partir daí a D. Maria comeu sempre a maçã pela mão dela”, conta. À pergunta da voluntária Maria Augusta “Vou-me embora?” a reposta da utente não tarda a chegar: “Não sei porquê?”. “Quando chega a hora de ir embora não queremos ir”, referiu Maria Augusta, cujo olhar se cruza com os olhares daquela família, estabelecendo-se, assim, um “diálogo em que há sempre respostas às perguntas”.

“Não sei porquê?”

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Maria da Graça Castro e Madalena Oliveira visitam o utente Pedro Braga Pedro Braga tem 64 anos de idade. Há dois anos um enfarte fez-lhe estar 23 meses internado e ser-lhe amputada uma perna. Apesar de viver sozinho e das limitações que a vida lhe colocou, Pedro Braga é possuidor de uma cultura invejável, espírito de iniciativa e de uma grande criatividade. Por onde passa deixa marcas, e com quem já conviveu não esquece e nem é esquecido. Às quintas-feiras à tarde, Pedro Braga recebe a visita das voluntárias Maria da Graça e Madalena Oliveira que está a substituir, por motivos de saúde, a voluntária Maria Madalena Lemos. Pedro Braga diz gostar de conhecer pessoas novas, falar e ouvir: “Normalmente sou “Normalmente sou eu eu quem mais fala” (risos). A visita é sempre diferente e bastante dinâmiquem mais fala” ca, uma vez que entre música e poesia, Pedro Braga faz ainda questão de mostrar os seus trabalhos artísticos às voluntárias. Por outro lado, o utente, que é adepto das novas tecnologias, não perde a oportunidade de mostrar o mundo do facebook às voluntárias: “No outro dia mostrei à D. Madalena o que o filho andava a fazer no facebook”. A voluntária Madalena Oliveira está a gostar desta experiência e pretende continuar. Já a voluntária Maria da Graça diz a Laços de Amor que quem recebe “ é que tem de dizer se gosta”. E Pedro Braga diz que estas visitas são momentos muito bem passados “ainda para mais com chocolates e compotas” como as voluntárias costumam mimar o utente (risos). “Agradeço à Misericórdia por me ter dado esta oportunidade de fazer novos amigos, através das visitas de apoio domiciliário”, acrescenta a voluntária Maria Madalena Lemos. A assessora para o Voluntariado da Misericórdia de Gaia, Maria Augusta Ferraz, já revelou que até ao final do ano vai constituir mais uma equipa para o voluntariado ao domicílio que no momento atua no equipamento social António Almeida da Costa. No entanto, a técnica do serviço

de Apoio Domiciliário, Carla Cidade, afirma que gostaria que este tipo de voluntariado fosse alargado aos utentes dos outros equipamentos sociais, com o mesmo tipo de necessidades.


AGENDA

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA NOVA DE GAIA

JULHO:

AGOSTO:

De 1 a 12 - Época balnear para as crianças da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa

Dia 10 - Inauguração da iniciativa Boeira Portugal in a bottle na quinta da Boeira, V. N. de Gaia

Dia 1 - Comemoração do 24.ª aniversário do Serviço de Voluntariado da Misericórdia de Gaia

Dia 20 - Peregrinação a N.ª Sr.ª da Saúde pelos residentes e utentes da Misericórdia de Gaia

Dia 4 - Comemoração do 21.º aniversário da estrutura residencial Conde das Devezas

Dia 30 - Comemoração dos aniversários dos utentes, colaboradores e voluntários do equipamento social António Almeida da Costa

Dia 16 - Passeio de verão a Ílhavo pelos residentes e utentes da Misericórdia de Gaia Dia 30 - Assembleia Geral extraordinária da Misericórdia de Gaia

SETEMBRO: Dia 3 - Inauguração do Aquivo Histórico da Misericórdia de Gaia Dia 6 - Passeio às Vindimas pelos residentes e utentes da Misericórdia de Gaia Dia 20 - Passeio convívio entre utentes e colaboradores do equipamento social António Almeida da Costa - Jornadas Europeias do Património com roteiro histórico pelo Conjunto da Fábrica de Cerâmica das Devezas De 25 a 29 - Semana Cultural da Misericórdia de Gaia no Boeira Portugal in a bottle, V. N. de Gaia

Dia 31 - Comemoração dos aniversários dos utentes, colaboradores e voluntários do equipamento social António Almeida da Costa

SABIA QUE... … A Misericórdia de Gaia é membro fundador da Academia Sénior de Gaia, pertencendo também ao seu Conselho de Gestão? ... A Misericórdia de Gaia tem um Protocolo de Cooperação com a Novo Futuro – Associação de Lares para Crianças e Jovens, com cinco moradias arrendadas àquela organização, na rua Mouzinho de Albuquerque? ... Em 28 de junho de 1986, em sessão solene na Câmara Municipal, comemorativa da elevação de Vila Nova de Gaia a cidade, a Misericórdia foi agraciada com a Medalha de Mérito Municipal - Classe Ouro? FICHA TÉCNICA: PROPRIETÁRIO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; DIRETOR: Dr. Pedro Nobre; EDITOR: Dr. Pedro Nobre COORDENADORA: Dr.ª Marisa Pinho; REDATORA: Dr.ª Marisa Pinho; COLABORADORA: Dr.ª Manuela Pinto; DESIGN GRÁFICO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; TIRAGEM: 1150; PERIODICIDADE: Trimestral; SEDE DA REDAÇÃO: Rua Teixeira Lopes, n.º 33, 4400-320, Vila Nova de Gaia; PRODUÇÃO: Aguifil - Artes Gráficas de Ana Guimarães & Filhos, Lda. Rua 1.º de Maio 145, 4430-177 V.N. de Gaia NOTA: Publicação isenta de registo na ERC ao abrigo da Lei de Imprensa 2/99 de 13 de janeiro, artigo 9

Os artigos foram escritos com base no novo acordo ortográfico

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EQUIPAMENTOS SOCIAIS E UNIDADES DE EXPLORAÇÃO

www.scmg.pt geral@scmg.pt www.facebook.com/misericordiadegaia


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