Mordomia Cristã

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B í b li c a

D o m i m i c a l 1º Trimestre / 2020

Mordomia Cristã


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Editorial««««««« Periódico trimestral criado pelo Instituto Bíblico Guineense e produzido pela Imprensa Cristã Editora para utilização em estudos bíblicos coletivos, Escolas Bíblicas Dominicais e Cursos de Formação de Obreiros. É expressamente proibido copiar e reproduzir por qualquer modo sem a devida autorização escrita do Instituto Bíblico Guineense®. Instituto Bíblico Guineense Imprensa Cristã Editora Diretor: Pr. Lucas Pereira Igreja Assembleia de Deus Guineense Presidente: Pr. Cláudio da Silva e Silva 1º Vice Presidente: Pr. Augusto Mendes 2º Vice Presidente: Pr. Lucas Pereira Equipe Instituto Bíblico Guineense - IBG® Comentários: Pr. Lucas Pereira Edição e Diagramação: Pr. Lucas Pereira Revisão e Correção: Pr. Alcindo Pereira Equipe Imprensa Cristã Editora - IpC® Impressão e Acabamento: Joel Monteiro Consultor Teológico e Doutrinário Pr. Cláudio da Silva e Silva

Obs.: Todas as citações bíblicas são retiradas da Bíblia Tradução Brasileira ou Almeida Revista e Corrigida (CPAD). Impresso na Guiné-Bissau - Bairro Míssera dezembro/2019

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IBG e IpC O Instituto Bíblico Guineense e a Imprensa Cristã Editora são duas instituições informais fundadas em 2014 pelo Missionário Pr. Lucas Pereira. Vinculados à Igreja Assembleia de Deus Guineense o IBG cria e a IpC produz os materiais teológicos para uso em toda Guiné-Bissau.

A Revista da Escola Bíblica Dominical A Escola Dominical é uma aula tradicional da Igreja Assembleia de Deus em todo o mundo e para melhor aproveitamento do aluno é necessário um material didático (fascículo). Em 2014 nós desenvolvemos nosso material 100% guineense e neste trimestre completamos 6 anos de implantação da Revista da Escola Bíblica Dominical. Hoje produzimos cerca perto de 600 exemplares por trimestre para adultos, jovens e adolescentes, além de materiais para discipulado e seminários em geral. Comemore conosco participando dessa grande obra. 2 Imprensa Cristã Editora® Seja aluno da EBD!


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1º Trimestre/2020

Sumário

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1 O Que é Mordomia Cristã

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2 O Mordomo Fiel

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3 Os Mistérios de Deus

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4 A Administração da Igreja

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5 O Ministério Diaconal

10

6 Dedicando nosso Tempo a Deus

12

7 O Cuidado com o Corpo

14

8 O Cristão e a Bênção Financeira

16

9 O Dízimo Bíblico

18

10 O Crescimento Material da Igreja

20

11 A Função Social da Igreja

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12 O Perigo do Materialismo

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13 O Mordomo Fiel

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Lição 01

0 5 / 0 1 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

O Que é Mordomia Cristã? Texto Áureo: “Cada um administre aos outos o dom que recebeu, como b o ns d e sp ense i r o s da multiforme graça de Deus.” 1 Pedro 4.10

Introdução Neste trimestre iremos estudar sobre o tema Mordomia Cristã, com certeza iremos compreender o que é a mordomia e quais são nossas responsabilidades diante de Deus como mordomos. O Antigo Testamento nos apresenta o fundamento dessa doutrina e de como o homem se relaciona com Deus nesse aspecto. O N o v o Te s t a m e n t o transporta esse conceito para 4

Objetivos: 1. Fundamentar o que é mordomia cristã 2.Apresentar as origens da função de mordomo no AT. 3.Apresentar o conceito de mordomia cristã no NT

um novo patamar e nos responsabiliza mais diretamente a respeito de nossas atitudes. 1. Mordomia Cristã Ao estudar a Bíblia Sagrada o homem é convencido de que nada neste mundo lhe pertence, logo há alguém acima dele. As riquezas, os bens, o tempo, as obras, a vida e até mesmo a saúde, nada é nosso. Tudo nos é dado por Deus o Senhor de todas as coisas. E ele é quem comanda todas as coisas Imprensa Cristã Editora®


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com a força de sua vontade e segundo o seu propósito. Ao compreender isso o descobrimos que todas as coisas foram entregues ao homem para que por um tempo, alguns anos, ele a administre, e então depois disso deverá prestar contas ao criador de tudo o que fez e como administrou o que lhe foi entregue. O julgamento se dará baseado nos planos de Deus e não de acordo com nossas vontades terrenas. 2. No Antigo Testamento No AT há pelo menos três expressões que sugerem a função do mordomo. São elas: 1.H a - i s h a s h e r a l ( q u e significa “o homem que está sobre algo ou alguém” – Gn 43.19; 2.A s h e r a l b a y i t h ( q u e significa “quem está sobre a casa” – Gn 44.4; e 3.Bem mesheq (que significa “filho da aquisição” – Gn 15.2. A razão desta última expressão não é clara, mas talvez sugira que no caso em que um homem não tivesse filhos, o seu mordomo tornavase herdeiro legítimo. Como no caso de Abraão e Eliézer, seu mordomo damasceno. 5

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3. O Conceito Atual A palavra mordomia no texto grego é oikonomia, vocábulo que deu origem ao termo economia, em língua portuguesa. Economia se transformou numa verdadeira ciência, que consiste em análise da produção, distribuição e consumo de bens e serviços. De modo geral, mesmo pessoas não instruídas nesta ciência, entende e pratica economia em casa ou no trabalho no sentido de administração dos recursos naturais, materiais ou financeiros. Então a palavra mordomia fundamenta nosso conceito de administração, que todos nós já conhecemos bem e agora vamos aplicar esse conceito em nossa vida cristã. Conclusão: Ser um mordomo não é uma escolha, mas sim a posição do cristão em relação aos bens recebidos da parte de Deus. Administrar bem esses bens é o segredo para frutificar e agradar ao Senhor que confiou em nós a ponto de entregar em nossas mãos os talentos. Nossa missão é multiplicar os talentos. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 02 1 2 / 0 1 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

O Mordomo Fiel Texto Áureo: “Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o Senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Lucas 12.42

Introdução Ao estudarmos o tema na aula passada concluímos que no contexto do Novo Testamento nós somos mordomos colocados sobre os bens materiais e espirituais dados por Deus. Logo devemos compreender quais são as características de um bom mordomo, para que possamos nos comportar de acordo. Além disso também é necessário deixar claro quais são as responsabilidades individuais 6

Objetivos: 1. Descrever as características do bom mordomo 2.Mostrar a responsabilidade individual do mordomo 3.Despertar o aluno para ser um mordomo melhor

que temos ao administrar os bens dados por Deus e nisso nós podemos melhorar. 1. Quem é o mordomo? Jesus Cristo questiona a respeito do mordomo para iniciar uma parábola que tinha por objetivo ensinar o povo a respeito da administração fiel e justa dos bens de um determinado Senhor. Na parábola, o mordomo apresentava quatro características, duas evidentes: Imprensa Cristã Editora®


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fiel e prudente e duas escondidas: confiável e responsável. Para que o mordomo recebe os bens de seu Senhor deve ser fiel, ou seja, administrará os bens de acordo com o vontade e o caráter de seu senhor. Também deve ser prudente para que não se envolva em dívidas perdendo o bem que lhe foi confiado e por fim deverá ser de confiança do Senhor tanto a vista quando distante dele. 2. A Responsabilidade Talvez a maior característica que está escondida nesse texto é a responsabilidade do mordomo. Jesus explica que o mordomo dará o sustento aos seus conservos, isso quer dizer que ele será o “senhor" ainda que por um tempo, dos demais servos, ainda que ele mesmo seja um servo. Nesse papel, espera-se que o mordomo não se prevaleça e não passe a oprimir seus companheiros (Mt 24.48 - 51). Cumprir seu papel significa satisfazer seu Senhor isso só será possível se o mordomo exercitar sua responsabilidade em tudo o que fizer para Deus. 7

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3. Somos Fiéis ou Infiéis? Segundo a parábola de Jesus o mordomo podia escolher ser fiel ou não. A fidelidade o levaria a responsabilidade sobre os bens confiados e isso lhe traria ainda mais confiança e ele seria colocado sobre todos os bens do seu Senhor. Por outro lado ele poderia escolher se prevalecer dos servos, seus companheiros e passar a açoitá-los, essa infidelidade o levaria a irresponsabilidade e então ele se envolveria com o mundo, passaria a comer e beber e embriagar-se gastando os recursos do Senhor. O seu “pagamento” seria a rejeição. O mordomo mau será lançado fora na companhia dos injustos, enquanto o servo bom será recolhido ao gozo do seu Senhor. Conclusão: O mordomo deve ser fiel e prudente, de confiança e responsável. Para alcançar as demais características o mordomo deverá acostumar a agir em tudo com responsabilidade, diante do Senhor ou longe dele. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 03

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Os Mistérios de Deus Texto Áureo: “ Q u e o s h o m ens no s considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus.” 1Coríntios 4.1

Objetivos: 1. Apresentar os bens espirituais 2.Aprender como administrar esses bens 3.Mostrar os riscos da má administração

Introdução Vimos ao início do trimestre que Deus nos considera como mordomos e por isso nos entrega bens para que os administremos de acordo com a sua vontade. Dentre tantas coisas que recebemos devemos lembrar também dos bens espirituais que são: o batismo no Espírito Santo, os dons espirituais, os ministérios e demais aptidões e capacitações para o desempenho da Obra de Deus.

Esses bens devem ser bem administrados pois daremos conta ao Senhor que nos confiou tias bens e que espera os frutos.

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1. Os Bens Espirituais Po r b e n s e s p i r i t u a i s podemos considerar tudo aquilo que recebemos de Deus para utilizar no seu Reino. O batismo com o Espírito Santo é um bem que recebemos para melhor atuar na pregação do Evangelho. Imprensa Cristã Editora®


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Definido na teologia como “revestimento de poder” o Batismo é buscamos como um prêmio ao bom crente, mas na realidade o batismo é uma ferramenta de combate. Os dons espirituais também são todos para desenvolvimento da Obra de Deus e devem ser administrados conforme o propósito divino, bem como os ministério práticos e as aptidões individuais, tudo deve ser utilizado da melhor forma possível para o crescimento do Reino de Deus na terra. 2. Os Ministérios Ao recebermos um ministério estamos recebendo a capacitação para o desempenho de uma função. Veja a definição de Paulo: ”tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé; se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo; ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.” Romanos 12.6-8. 9

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3. O Servo Mau e Infiel Mateus 25.14-30 registra a parábola dos talentos e o foco é na atitude dos servos que receberam os talentos. Um deles recebeu apenas 1 talento, mas não prosperou o talento como o Senhor esperava. Essa atitude fez dele o exemplo de servo infiel porque tratou seu talento com desprezo e o enterrou. Esse talento pode representar um dom espiritual, uma capacitação ou um dom natural dado por Deus e que deve ser utilizado para o benefício do Reino de Deus. Ser um servo infiel tem por consequência ser lançado fora da presença do Senhor, rejeitado passará a eternidade em local de sofrimento, ardor de fogo e ranger de dentes. Esse é a recompensa por sua infidelidade e negligência. Conclusão: Somos despenseiros dos mistérios de Deus e devemos cuidar com responsabilidade. Os “mistérios” são ministérios, dons, capacitação e aptidões dadas por Deus, tudo isso deve ser usado para o crescimento do Reino de Deus. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 04

2 6 / 0 1 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

A Administração da Igreja Texto Áureo: “Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, […] nem cobiçoso de torpe ganância” Tito 1.7 adaptado

Objetivos: 1. M o st ra r a e st r u t u ra administrativa da igreja local 2.Explicar como administrar a Igreja do Senhor 3.Mostrar os benefícios da boa administração eclesial

Introdução A Igreja de Cristo é um corpo espiritual, formando por todos os crentes do mundo. Essa é a noiva de Cristo. No entanto devemos também considerar a Igreja como uma instituição material, que emprega pessoas, possui patrimônio, possui responsabilidade diante do governo e deve ser administrada com responsabilidade. Dessa administração decorre o testemunho para o mundo e

devemos fazer isso com cuidado pois trata-se da Obra de Deus aqui na terra e deve ser o espelho da igreja espiritual.

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1. A Igreja Administrativa A Igreja administrativa é a instituição que é registrada no tribunal e deve respeitar as regras do país. Isso não significa que o governo vai influenciar a pregação do evangelho, mas a Igreja deve respeitar as leis, Imprensa Cristã Editora®


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respeitar outras religiões e pagar os impostos devidos. Além disso, a Igreja emprega funcionários, seja na própria igreja ou em outra instituição ligada a ela, como a Escola, por exemplo. A AD Guineense é formada por 1 pastor presidente, 2 pastores vice-presidentes, 1º e 2º secretários, 1º e 2º tesoureiros e um Conselho Fiscal que fiscaliza os gastos da igreja. As congregações possuem 1 pastor encarregado, 1º e 2º secretários, 1º e 2º tesoureiros. 2. A Administração A boa administração consiste em cuidar da igreja e do seu patrimônio. As ofertas trazidas a igreja devem ser investidas de acordo com a prioridade da Igreja, tais como: auxílio dos obreiros, construção/manutenção de templos e auxílio a necessitados. Os obreiros devem ter um auxílio definido e jamais poderão utilizar o dinheiro da igreja para custear suas necessidades pessoais. Além disso, toda a igreja deverá zelar pelo patrimônio, sabendo que todo dano causa prejuízo a toda igreja. 11

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3. A Bênção de Deus O obreiro que agrada a Deus é aquele que cuida da igreja com carinho, que zelam dos salvos com amor e alegria (Hb 13.17. Devemos entender que o pastor é “dado" “entregue” a igreja, isso quer dizer que ele está posto par servir a igreja e não para ser servido por ela. Ao administrarmos os bens materiais da igreja com zelo e aplicar os recursos com honestidade a bênção de Deus será sobre toda a igreja, não apenas em sentido espiritual, mas material também. Devemos considerar que quanto maior a arrecadação da igreja e melhor a sua administração maior será também o desenvolvimento do Reino de Deus em expansão de igrejas e envio de missionários para pregar o evangelho. Conclusão: A Administração da Igreja de Cristo é um dever que deve ser desempenhado com muita responsabilidade. Ao ser bem feito será caso de recompensa divina, do contrário, receberemos a desaprovação de Deus. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 05

0 2 / 0 2 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

O Ministério Diaconal Texto Áureo: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos." Marcos 10.45

Introdução Mordomia é administrar bens, valores e pessoas, ou ainda, dons, capacitações, aptidões e funções Nisso enquadra-se a administração de nosso ministério. Nosso serviço a Deus não é um trabalho, ajuda ou favor que fazemos para o Reino de Deus, mas é uma dádiva que recebemos de poder contribuir para o avanço do Evangelho. Isso deve ser desempenhado por todos os crentes e da melhor 12

Objetivos: 1. Apresentar o conceito de servo na mordomia cristã 2.Explicar a função diaconal de todos os cristãos 3.Incentivar que todos sejam servos de Deus e da Igreja

forma possível, para que nosso ministério seja produtivo e que nossos frutos permaneçam conforme João 15.16. 1. O Mordomo é Servo No cristianismo quanto mais alto se deseja chegar mais a pessoa deve servir, quanto mais alto o cargo que se alcança maior é a responsabilidade por servir a igreja de Cristo. Esse exemplo, apesar de não seguido por muitos, é a premissa do cristianismo. Jesus Imprensa Cristã Editora®


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se coloca como exemplo tanto do que fazer quanto do que sofrer. O mordomo cristão é aquele que administra os bens da igreja, o patrimônio, os recursos financeiros, as ofertas, os dízimos e etc. Mas também devemos administrar nossa vida pessoal em favor do evangelho, nossa profissão, nosso tempo, nossa capacidade. Nosso trabalho secular deve ser desempenhado como se fosse ao próprio Senhor conforme Cl 3.23 e Ef 6.7. 2. Somos Todos Diáconos Na última páscoa que Jesus celebrou com seus discípulos ele fez questão de demonstrar a todos a sua humildade e nos deixar um exemplo: o maior sirva ao menor. Isso nos mostra que não existe uma “obrigação" dos obreiros em servirem, mas essa é a missão de todo cristão. Principalmente após Paulo escrever para que cada um considere os outros como superiores (Fl 2.3). Todos nós devemos servir e amar nossos amigos e inimigos, administrar nossos ministérios para alcançar outras pessoas. 13

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3. Crescendo em Graça O ministério diaconal é uma missão sublime demonstrada pelo próprio Jesus (conforme nosso texto áureo) e reforçada pelo Espírito Santo em Atos 6 quando ocorre a instituição formal dos Diáconos. Os diáconos e diaconisas são um grupo reconhecidamente de serviçais que atuam na igreja, porém todos nós devemos lutar por desenvolver nossa capacidade de servir aos santos. Pedro orienta “Servi uns aos outros de acordo com o dom que cada um recebeu, como bons administradores da multiforme graça de Deus.” (1Pe 4.10). Só nos resta compreender quem somos e que podemos servir ao Reino de Deus cada dia melhor, seja auxiliando aos santos ou estendendo a mão aos pobres, oprimidos, rejeitados e sem esperança (Lc 14.21). Conclusão: Jamais podemos privar alguém da verdade de Deus (Rm 1.18). A graça é um dom de Deus que nos é dado gratuitamente e assim devemos administrar em favor de todos os homens, em tudo testemunhando de Cristo. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 06 0 9 / 0 2 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

Dedicando Nosso Tempo a Deus Texto Áureo: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos ma s p r i nc i pal m ente ao s domésticos da fé.” Gálatas 6.10

Introdução Normalmente o tempo é o bem mais desprezado em nosso dia-a-dia. Temos dificuldade em compreender o tempo como algo passageiro. No entanto, em diversos momentos a Bíblia nos alerta quanto a isso, pois o que fazemos com nosso tempo influencia diretamente em nosso relacionamento com Deus. Te n d o i s s o e m m e n t e devemos aproveitar nosso tempo para estar em comunhão 14

Objetivos: 1.Apresentar o tempo como bem precioso 2.Explicar como aproveitar Io tempo para fazer o bem 3.Incentivar a prática religiosa proveitosa

com Deus, trabalhar secularmente e trabalhar para o Re i n o d e D e u s d e f o r m a proveitosa. 1. Um Presente Diário O salmista nos orienta a a ser feliz e aproveitar o dia que Deus nos dá, conforme Salmos 118.24. Isso porque nem sempre paramos para agradecer a Deus pelo dia que estamos vivendo, pensamos apenas em trabalhar, conquistar riquezas e nos Imprensa Cristã Editora®


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esquecemos de dedicar a Deus pelo menos um período do nosso tempo. Muitas pessoas possuem o hábito de adiar as coisas e deixam de fazer o que é importante e nisso inclui o hábito de não orar e ler a Bíblia como é necessário. Eclesiastes 11.4 mostra que aquele que espera pelas condições perfeitas nunca realizará nada, pois essa pessoa vive sempre em incertezas e indecisões, assim perderá seu tempo precioso. 2. Administrando o Tempo A Bíblia nos ensina algumas estratégias para aproveitar melhor nosso tempo. 1.Seja organizado - Fl 1.10; 2.Planeje-se - Ec 10.10; 3.Seja equilibrado - Ec 4.6; 4.Durma bem - Sl 4.8; 5.Defina objetivos realistasEc 6.9; 6.Reserve tempo para estar com Deus - este é o ponto mais importante. O tempo que passamos com Deus é o melhor período da nossa vida, uma pesquisa no [ … ] Po d e m o s e d e v e m o s melhorar. 15

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3. O Devocional Diário Entre os cristãos do 1º século era muito comum a prática do devocional diário. Esse é um momento de espiritualidade individual em que o cristão busca ter experiência com Deus. Em resumo, devocional é o período que passamos a sós com Deus, e as formas de fazer são simples e flexíveis. Horário - é indicado que seja no período mais calmo do dia; Período - tempo suficiente para ler um trecho bíblico, meditar nele e orar a Deus sem pressa; Assunto - você deve se aproximar de Deus, não apenas para pedir, mas para “sentir" a presença dEle. O crente deve permitir que o Espírito Santo o guie em adoração e louvor a Deus. Isso nos trará crescimento espiritual. Conclusão: Nosso tempo não é nosso, é um bem precioso que Deus nos dá diariamente. Temos o dever de separar um período diariamente para nos aproximarmos de Deus em oração e leitura da Bíblia para, dessa forma, conhecê-lo melhor. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 07

1 6 / 0 2 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

O Cuidado com o Corpo Texto Áureo: “'Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vo sso e sp í r ito , o s qua i s pertencem a Deus.’ 1Coríntios 6:20

Objetivos: 1.Explicar sobre os cuidados básicos com o corpo 2.Explicar sobre a prevenção de doenças 3.M o st ra r q u e ta m b é m adoramos com nosso corpo

Introdução Um dos conceitos mais profundos do cristianismo sobre o corpo é que nós somos o templo do Espírito Santo. Esse aspecto não é simplesmente espiritual, mas também físico e humano, uma vez que é através do corpo físico que testemunhamos do evangelho e de Deus. Portanto é natural cuidar do corpo como forma de adoração a Deus, claro que isso deve ser de forma regrada e possui

limites para não avançarmos no campo da idolatria, mas nossa adoração deve incluir nosso corpo e tudo o que nele usamos.

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1. O Templo do E. Santo O corpo humano é suscetível a todo o tipo de moléstias e degradações por conta do pecado e da maldade que se instalou no homem. Po r é m e x i s t e a l g u n s cuidados que devemos levar em consideração para evitar a Imprensa Cristã Editora®


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“destruição do corpo” como algo intencional. Paulo registra que: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.” (1Co 3:17). Isso deixa claro nossa responsabilidade de cuidar, sem cultuar, nosso corpo. Os cuidados envolvem desde a prevenção a doenças até a alimentação correta e regrada, a abstinência a vícios, fumo e alcoolismo, visto que o resultado disso é prejudicial ao corpo. 2. O Cuidado do Templo Como citamos no tópico a n t e r i o r, p o s s u í m o s a responsabilidade de nos prevenir de possíveis prejuízos à nossa saúde. As bebidas alcoólicas e o fumo são sabidamente prejudiciais a nossa saúde, porém a alimentação também deve ser observada.. A refeição deve ser sem exagero, para não entrar em glutonarias, (Pv 23.2) e tudo deve seguir a orientação de Paulo: “Assim, quer vocês comam, quer bebam, […] façam tudo para a glória de Deus. (1 Co 10.31). 17

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3. Nossa Adoração Plena Nossa adoração deve incluir quem somos e como somos e não apenas o que falamos. A adoração é essência e não aparência, esse é o exemplo deixado pela mulher que quebrou o vaso se alabastro para prestar uma adoração incomum a Jesus. Salmos 103.1 registra: “Bendize, minha alma, a Jeová, e tudo o que há em mim, bendiga o seu santo nome.” Nesse aspecto está incluso a razão e o corpo (Rm 12.2) como um sacrifício vivo, santo e agradável. A completude somente é alcançada quando tudo em nós está ligado a Deus e aos seus princípios santos. Por isso cuidar da mente (2Co 10.5) e do nosso santuário terreno que será trocado pelo eterno (2Co 5.1-10). Conclusão: Devemos compreender que a adoração não é um ato mas sim uma forma de vida. Adoramos com palavras, com atitudes e com o cuidado pessoal, evitando doenças e glorificando a Deus com nosso corpo. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 08

2 3 / 0 2 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

O Cristão e a Bênção Financeira Texto Áureo: “Os planos do diligente conduzem à abundância, mas todo precipitado apressa-se para a penúria.” Provérbios 21.5

Introdução A bênção financeira é uma das coisas mais pedidas pelos crentes, apensar de nem todos admitirem. No entanto devemos compreender que Deus está interessando em que o cristão tenha uma vida equilibrada, que não possua demais mas que também não passe por muitas privações. A privação é normal, mas pode ser evitada com o planejamento e sabedoria, visto 18

Objetivos: 1. Explicar sobre o planejamento financeiro 2.Explicar a sabedoria na administração financeira 3.Mostrar que o sustento financeiro é uma bênção divina

que todo o sustento que o cristão consegue só é possível mediante a força recebida de Deus, logo é uma bênção. 1. Planejamento Financeiro

Devemos compreender que Deus não se agrada das coisas improvisadas, Ele nos ensina, através da Bíblia Sagrada, que devemos planejar nossos gastos afim de não entrarmos em miséria e sermos envergonhados diante dos ímpios. Imprensa Cristã Editora®


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Jesus pergunta: Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? (Lc 4.28) Em Pv 16.3 diz: Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos. O planejamento é orientação divina e uma casa deve ter seus gastos planejados para que possa se desenvolver. Gastos com alimentação, saúde, escola, vestimentas, devem fazer parte de um planejamento rígido. 2. Vivendo com Sabedoria Pv 10.22 registra: A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores. Esse texto nos impulsiona a viver as bênçãos de Deus, no entanto é necessário agir com sabedoria. Quando Deus pergunta: “Porque gastais o dinheiro naquilo que não é pão?” Ele está falando sobre os gastos exagerados com coisas sem importância. Devemos investir nossos recursos com sabedoria para o sustento de nossa família e criar uma reserva para as necessidades que possam surgir, e sempre confiar em Deus. 19

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3. A Bênção Financeira A bênção financeira é diferente da teologia da prosperidade. A teologia da prosperidade condiciona a bênção de Deus às contribuições. Na verdade a contribuição é nossa gratidão a Deus pela bênção que já recebemos. Ou seja, não ofertamos para receber, mas ofertamos porque já recebemos. Muitas pessoas perguntam se o tamanho da oferta interfere na bênção, e a resposta é: não. A bênção de Deus está condicionada ao nosso sentimento, aquelas pessoas que ofertarem esperando bênçãos maiores jamais receberão nada, mas aqueles que ofertarem de puro coração receberam bênçãos tais que será impossível medir, e Deus não interromperá suas bênçãos sobre essa pessoa. Conclusão: Deus não tem prazer no sofrimento do justo, no entanto Deus não nos livra de problemas que podiam ser evitados com um planejamento. Ao sermos abençoados devemos render nossa gratidão a Deus através de nossas ofertas. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 09

0 1 / 0 3 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

O Dízimo Bíblico Texto Áureo: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” 2Coríntios 9:7

Objetivos: 1. Apresentar os fundamentos bíblicos do dízimo 2.Explicar sobre a aplicação do dízimo na Igreja. 3.Incentivar as contribuições constantes

Introdução O ensino do dízimo é um ponto muito delicado de ser abordado na Igreja, isso porque normalmente é ensinado de formas erradas. Primeiramente devemos estudar sobre os fundamentos bíblicos do dízimo e depois fazer a aplicação desses fundamentos em nossa igreja atual. Por fim, os crentes precisam estar cientes das necessidades que a igreja precisa suprir e o dízimo deve ser voluntária.

Seja a oferta seja em dinheiro, trabalho ou alimentos, que seja pouco ou muito, mas que seja com gratidão e alegria.

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1. O Dízimo Bíblico O dízimo possui algumas caraterísticas: 1.É anterior a Lei: Abraão e Melquisedeque (Gn 14.20); 2.Voluntário: 1 Cr 29.9; 3.Não pertence a lei: O dízimo é anterior a Lei de Moisés, pois foi praticado por Abraão diante de Melquisedeque Imprensa Cristã Editora®


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(Gn 14.18.). A Lei aproveitou o princípio do dízimo para organizar o sustento do templo e dos levitas; 4. É símbolo de gratidão: O sentimento de Abraão era de agradecimento a Deus e a Lei tinha por objetivo ensinar o povo a ser grato a Deus; 5. Possui 3 finalidades: Há 3 necessidades que o dízimo deve atender. 1. Sustento de obreiros (Nm 18.21-32); 2. Amparo de órfãos e viúvas (Dt 14.22-29); e 3. Sustento da Obra de Deus (1Cr 29.1-9). 2. A Finalidade do Dízimo A Lei de Moisés se utiliza do dízimo para o sustento dos sacerdotes e levitas, ainda que na atualidade não estejamos sujeitos à Lei a finalidade permanece. Os obreiros na atualidade exercem função parecida com os sacerdotes e levitas, devem guardar o templo e os patrimônios da Igreja, apascentam o rebanho de Deus e assim possuem o direito de gozar dos seus frutos. Paulo diz: “[…] Digno é o trabalhador do seu salário” (1Tm 5.18). Esse é o sustento do obreiro e da sua família. 21

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3. Os Mantenedores O cristão deve ser voluntário em contribuir. Paulo relata em 1Co 8.3 que as ofertas eram espontâneas. Os Pastores e Obreiros devem ensinar a respeito das necessidades da Igreja e sobre as formas de contribuição para que todo cristão seja espontâneo em contribuir. Os dízimos e ofertas são oferecidos a Deus por gratidão e Deus recompensa a cada um com bênçãos celestiais. As bênçãos não devem ser associadas aos dízimos e ofertas mas sim ao sentimento de gratidão. Nós somos os mantenedores da obra de Deus e devemos sustentar o Reino dos Céus aqui na Terra. Deus não é injusto e recompensará cada um conforme suas obras (2Co 9.6-11). Conclusão: O Dízimo não pertence a Lei, mas é princípio divino. Serve para o sustento dos obreiros do Senhor. O cristão voluntário em ofertar é abençoado por Deus por sua gratidão e mais bênçãos receberá de Deus. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 10 0 8 / 0 3 / 2 0 2 0 - 1 º Tr i m e s t r e

O Crescimento Material da Igreja Texto Áureo: “Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e aumentavam em número cada dia.” Atos dos Apóstolos 16.5

Introdução A Igreja de Jesus é um corpo único em todo o mundo, é pura e imaculada, viva e com a manifestações dos dons e do poder do Espírito Santo, essa é a Igreja Espiritual. Há, também, a igreja material, é composta pela comunidade local e deve ser mantida pela união dos membros. A igreja não pode parar, mas deve crescer a cada dia em número e administrativamente, 22

Objetivos: 1. Mostrar a necessidade de crescimento financeiro da Igreja 2.Mostrar que os templos são referência do evangelho 3.A p r e s e n ta r a I g r e j a Missionária.

desde que cada membro assuma sua parcela de responsabilidade em construir o Reino de Deus e fazer o evangelho conhecido. 1. A Igreja Local A Igreja local é aquela implantada em uma cidade ou uma tabanca, essa igreja deverá ser mantida pelos crentes daquele lugar. Ao iniciar suas atividades é normal que dependa de auxilio financeiro da igreja sede ou de outro local, como os campos Imprensa Cristã Editora®


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missionários dependem de ajuda, no entanto isso deve ocorrer por um período e logo a igreja deve buscar se tornar auto suficiente. Ser auto suficiente é possuir condições de manter o auxílio ao obreiro para que este trabalhe com alegria e aumentem o rebanho de Deus, além disso devem possuir o suficiente para a construção de templos e a manutenção de outros projetos de evangelização e projetos sociais na localidade e, se possível, fora dela. 2. Local de Adoração A Igreja passa a ser um local de referência de adoração a Deus na cidade ou na tabanca. A ordem correta é: 1. Cultos domésticos; 2. Almas para Jesus; 3. Batismo nas águas; 4. Implantação de um templo. Essas despesas devem ser suportadas pela igreja r e spo nsá vel pela abertu ra daquele trabalho pelo tempo que for necessário. No caso de não ocorrer a implantação da igreja, quando não houver mais cultos naquele lugar não haverá mais referência do evangelho, o trabalho terá sido em vão. 23

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3. Igreja Missionária Igreja missionária é aquela que além de promover a evangelização em seu território envia missionários para outros locais exclusivamente para evangelização. A manutenção da igreja local é um alto custo e depende integralmente das ofertas e dízimos dos membros daquela igreja. O sustento dos obreiros, despesas administrativas e o trabalho social são necessidades que a igreja não pode descuidar. O sustento de missionários é o resultado de uma igreja que deseja expandir o Reino de Deus. Essa atividade trará grandes despesas mas é de extrema importância que a Igreja tenha esse compromisso, pois somente assim estaremos cumprindo o mandamento de Jesus e cumprindo sua vontade de forma plena (Mt 28.19). Conclusão: A Igreja precisa crescer materialmente para sustentar seus obreiros e implantar igrejas. É responsabilidade individual de cada cristão promover financeiramente a pregação do evangelho. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 11

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A Função Social da Igreja Texto Áureo: “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é essa: visitar os órfãos e as viúvas em suas aflições e guardar-se a si mesmo isento da corrupção do mundo.“ Tiago 1.27

Introdução Função social da igreja é o desenvolvimento de qualquer atividade que não seja exclusivamente espiritual, mas sim de finalidade social para atender a uma necessidade da comunidade em geral ou da pessoa individual Temos falado muito sobre o sustento de obreiros pois sem eles não há rebanho, não igreja, portanto é necessário que sejam bem amparados, mas há também que se observar o 24

Objetivos: 1.Apresentar a função social da Igreja 2.Explicar sobre o sustento dos obreiros, órfãos e viúvas 3.Explicar sobre a implantação de outros projetos sociais

cuidado dos órfãos e viúvas e ainda outros projetos que a igreja pode desenvolver em favor da comunidade. 1. O Trabalho Social Po r f u n ç ã o s o c i a l o u trabalho social consideramos as atividades desenvolvidas pela igreja que não possuem finalidade espiritual, ou seja, projetos que promovem a defesa de alguém que está em perigo ou que promove o desenvolvimento material do Imprensa Cristã Editora®


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povo, independente de ser crente ou não. Na Guiné-Bissau possuímos a Casa de Amparo que resgata e protege mulheres vítimas de casamento forçado, violência sexual e perseguição religiosa, mas também possuímos a Escola Evangélica Irmã Leopoldina que atende a sociedade em geral, inclusive beneficiando pessoas que não possuem condições financeiras. Esses projetos são mantidos pela igreja e servem como porta de entrada para o evangelho. 2. Auxílios e Amparos A atividade do pastoreio toma muito tempo do obreiros o que, em muitos casos, o impede de trabalhar materialmente para sustentar sua família. Ao deixar a Obra de Deus para trabalhar, o benefício espiritual não será completo por isso se opta por ter um obreiros dedicado em tempo integral e recebendo auxílio da Igreja para cuidar do rebanho do Senhor. Além disso devemos desenvolver o cuidado pelos órfãos e viúvas segundo o modelo bíblico (1 Tm 5) pois isso é agradável a Deus e é a realização da nossa religião. 25

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3. Os Projetos Sociais É responsabilidade do pastor local identificar necessidades da comunidade que podem ser solucionadas pela igreja, lembrando que esses projetos deverão ser custeados pela igreja local. Em alguns casos, como a Escola Irmã Leopoldina, a igreja pode ser beneficiada financeiramente, mas desde que o obreiro deve ter responsabilidade na administração. Em outros casos a comunidade pode ter necessidade de uma fonte de água, ou uma clínica médica e a igreja poderá desenvolver esse tipo de projeto para atender a sociedade em que está inserida. Todos os projetos devem possuir a finalidade de introduzir o evangelho e ganhar almas para Jesus. Conclusão: A Igreja está inserida na comunidade e deve procurar satisfazer suas necessidades, desde que isso seja possível financeiramente para a igreja local. Todos os projetos devem possuir caráter evangelizador. Imprensa Cristã Editora®


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Lição 12

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O Perigo do Materialismo Texto Áureo: “Os que querem tornar-se ricos caem em tentação, e em laço, e em muitos desejos insensatos e nocivos, os quais arrastam os homens à ruína e à perdição. 1 Timóteo 6:9

Introdução Ao tratar da Mordomia Cristã falamos muitas vezes na prosperidade material e na b ê n ç ã o f i n a n c e i r a . Po r é m devemos alertar que o cristão não deve contribuir para ser abençoado, ou fazer troca com Deus para receber bênçãos. As riquezas podem nos proporcionar conforto e alegrias porém quando ocupa um espaço muito grande passa a ser avareza e portanto pecado. 26

Objetivos: 1. Apresentar o conceito de riqueza e o apego humano 2.Apresentar a avareza como o pecado da idolatria 3.Incentivar o cristão a confiar em Deus

Devemos viver na modéstia, independente das riquezas e bens materiais. 1. O Amor ao Dinheiro Quando a Bíblia cita que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1Tm 6.10) está relacionado o sentimento do homem as riquezas e não apenas ao dinheiro. Afinal, o que são riquezas? Mt 6.21 registra: “porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração." Imprensa Cristã Editora®


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Tudo aquilo que o homem valorizar acima de Deus é o seu tesouro e ele irá se apegar a isso. Muitas pessoas imaginam que ao possuir grande quantia de dinheiro estarão seguras e poderão viver comodamente, no entanto esquecem-se de que Deus nos dá tudo o que precisamos. Nossa riqueza pode ser dinheiro, carro, casa, família, ou até mesmo partido político ou time de futebol, qualquer coisa que tome o lugar de Cristo. 2. Avareza é Idolatria Ao falarmos do apego ao dinheiro devemos compreender que isso gera a avareza que é pecado. O homem avarento se recusa a fazer o bem ou a contribuir na igreja pois teme ficar sem dinheiro e deposita nas suas posses financeiras toda sua confiança. A avareza é semelhante ao pecado de idolatria pois menospreza o cuidado de Deus pois o homem passa a confiar que o dinheiro será capaz de lhe dar toda a segurança necessária (Sl 127.1) mas a única segurança é Deus (Sl 127.2). 27

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3. O Deus da Provisão Confiar em Deus é um exercício necessário para todo cristão. Quando alcançamos as bênçãos financeiras não podemos valorizar mais a bênção do que Deus que é o abençoador. Mesmo aqueles que alcancem uma grande riqueza não devem se esquecer que quem provê todas as coisas é Deus e em tudo devemos ser grato a ele. O homem não pode imaginar que podo conquistar a prosperidade financeira com suas próprias forças e nem que ao alcançar as riquezas estará livre de infortúnios, pelo contrário, a Bíblia nos afirma que as mesmas aflições se cumprem entre todos os santos em toda a terra, sejamos fiéis e constantes. Conclusão: A prosperidade financeira é uma bênção, desde que o coração do homem não esteja apegado às riquezas. Independente de nossas condições devemos ser gratos a Deus por tudo o que ele nos dá e pelo sustento diário. Imprensa Cristã Editora®


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Encerramento 29/03/2020

Um Mordomo Fiel Texto Áureo: “Porque a todo o que lhe será dado e terá abundância; mas ao que tem, até o que tem, lhe tirado.” Mateus 25.29

tem, em não será

Objetivos: 1. Incentivar o cristão a ser um bom mordomo 2.Incentivar a sujeitar seus bens a Deus 3.Responsabilizar o cristão do crescimento do Reino de Deus na terra

Propósito Devemos compreender que os bens que recebemos não são nossos, mas são bens que Deus confia em nossas mãos para serem administrados em favor do seu Reino na terra. Portanto tudo o que possuímos deve estar dedicado ao serviço de Cristo e ao propósito de ganhar almas para Jesus. É nossa responsabilidade que o Reino de Deus cresça e uma das formas é através de nossa contribuição e sustento financeiro. 28

Leitura Bíblica Semanal Leia e ore todos os dias. Segunda-Feira: 1 Timóteo 4.14 Terça-Feira: Lucas 16.11 Quarta-Feira: Romanos 14.11-12 Quinta-Feira: 2 Coríntios 9.6-7 Sexta-Feira: Mateus 5.14-16 Sábado Mateus 6.19-34

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Propósito do Culto Caro Pastor, neste culto é indicado fazer a apresentação de um relatório do crescimento da igreja, iniciando pelo patrimônio, incluindo o sustento dos obreiros (não é necessário falar no valor mensal) e no resultado obtido. A igreja precisa ser informada de novos trabalhos que foram abertos e quantas almas foram alcançadas através da contribuição financeira da congregação. É necessário que a igreja compreenda que os dízimos e ofertas estão resultando em almas para o Reino de Deus.

Liturgia do Culto Neste dia, é importante que haja uma palavra consistente do Pastor e um relatório por parte da comissão financeira ou do Tesoureiro. Também é possível fazer uma coleta especial para alguma finalidade que esteja aprovada e que seja de interesse da igreja. É indicado que se faça uma oração especial pelos dizimistas e ofertantes, a fim de incentivá-los a continuarem voluntários na contribuição. A pregação deve ser baseada no tema das bênçãos de Deus sobre as pessoas que são gratas a ele.

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Instituto Bíblico Guineense O Instituto Bíblico Guineense é uma instituição informal que tem por objetivo propagar a Palavra de Deus. Para isso produzimos material teológico direcionado ao ensino bíblico para as seguintes áreas de ministração: - Discipulado Cristão; - Escola Bíblica Dominical; - Curso Básico de Teologia; - Seminários e Conferências. Nosso objetivo é conhecer mais sobre Cristo e destacamos alguns passos para alcançarmos sucesso: - Ore e leia a Bíblia Sagrada por no mínimo 30 min por dia;

- Faça anotações pessoais sobre tudo o que te chamar atenção durante o estudo bíblico;

- Procure compreender o significado correto de cada palavra do texto em análise, a interpretação da Bíblia depende da interpretação correta das palavras;

- Em caso de dúvida, consulte sempre o teu Pastor. A equipe do IBG deseja toda a sorte de Bênçãos sobre você e que o Espírito Santo te guie sempre na busca da verdade. “Conheçamos e prossigamos em conhecer a Deus…” (Os 6.3)

Pr. Lucas Pereira

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