Guia Buenos Aires VT

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COLEÇÃO

DE BOLSO

O guia que passeia com você

COMPRAS EM

BUENOS AIRES 2012/2013

MODA • ELETRÔNICOS • COSMÉTICOS • CASA • VINHOS


foto: PABLO DE SOUSA

As brasileiras indicam Elas moram em Buenos Aires hรก anos e sabem (de cor) a cartilha de compras da cidade

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VIAGEM E TURISMO compras em buenos aires


Prateleiras da Tienda Palacio

Não faz muito tempo que os brasileiros descobriram a Buenos Aires das compras bacanas e baratas. Afinal, bacanas, elas sempre foram; mas baratas, só ficaram mesmo depois da crise argentina e da consequente desvalorização do

peso, no início da década de 2000. Muito antes de as lojas portenhas se tornarem motivo de viagem, uma brasileira já percorria as ruas locais com suas sacolinhas. Talvez não tanto por prazer, mas por necessidade: a arquiteta e emVIAGEM E TURISMO compras em buenos aires

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30©1 VIAGEM E TURISMO compras em buenos aires

fotos: ©1 XAVIER MARTIN, ©2 divulgação

Lustres coloridos da Cualquier Verdura


presária Carmen Lucia Silveira, 58 anos, trocou o Brasil pela Argentina em 1985 e, desde então, passou a depender das tiendas de Buenos Aires, onde vive. Ainda hoje, uma de suas lojas favoritas não é de roupas ou de objetos de decoração. Trata-se de um lugar onde ela pode matar, um pouquinho, a saudade do Brasil. “Na Casa Polti (Calle Juramento, 2499, Belgrano, 4784-3081, casapolti.com.ar; 8h/20h; Cc: A, M, V), um empório alimentício, encontro produtos que não são fáceis de achar aqui, como feijão, farinha de mandioca, polvilho, leite de coco...”, diz ela. Deixando a saudade de lado, Carmen confirma algo que todo brasileiro tem em mente quando sai às compras na capital argentina: as lojas de couro são diferentes de qualquer uma que exista no Brasil. “Gosto da qualidade, dos preços e dos modelos, que são muito bonitos. As peças de couro daqui só ficam atrás daquelas que encontrei na Itália”, afirma. A jornalista Ana Manfrinatto, 29 anos, há cinco em Buenos Aires, é fã da rede Falabella (pág. 166), uma loja de departamentos chilena sem unidade no Brasil. E adora a Complot (pág. 139), não só por causa de suas roupas jovens no estilo “bohemian chic com vintage, folk e rock’n’roll”, como ela própria define. É que na loja, que tem várias unidades pela cidade, Ana encontra peças em tamanhos que vão até o 44 – algo raro entre as tiendas de moda jovem. “As argentinas são magérrimas, este país tem taxas altíssimas de casos de anorexia e, não raro, as lojas vendem tamanho único ou, então, numerações irreais e minúsculas”, adverte ela. As lojas de decoração estão entre as que ela mais visita. Cheias de peças assinadas pelos criativos designers argentinos, essas casas proporcionam um passeio irresistível e barato. “O design aqui é mais acessível que no Brasil”, opina Ana. A Tienda Palacio (pág.

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Casa Lopez, especializada em couro

MI QUERIDA TIENDA As lojas preferidas das brasileiras em Buenos Aires: Casa Lopez (pág. 89): “a melhor em couro”, Carmen Lucia Silveira Complot (pág. 139): “não resisto”, Ana Manfrinatto Cualquier Verdura (pág. 59): “a mais diferente”, Gisele Teixeira Estancias Chiripá (pág. 166): “uma das preferidas”, Lia Rosa Barros Falabella (pág. 166): “tem de tudo”, Ana Manfrinatto Febo (pág. 167): “sapatos confortáveis”, Lia Rosa Barros La Toldería de la Griega (pág. 158): “roupas tipo oriental, coloridas”, Carmen Lucia Silveira Tienda Palacio (pág. 133): “o novo design argentino”, Gisele Teixeira

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Fuja das grifes importadas “A Calle Florida, os shoppings e os outlets de Villa Crespo concentram marcas importadas que os brasileiros adoram. Mas acho que eles deveriam se atrever mais a comprar marcas locais.” Ana Manfrinatto, 29 anos, é jornalista e está há cinco anos em Buenos Aires. Pague em dinheiro “É a única maneira de conseguir algum desconto. Evito usar cartão de crédito e, se uso, pergunto quantas prestações podem ser cobradas sem juros.” Carmen Lucia Silveira, 58 anos, arquiteta, vive em Buenos Aires há 27 anos.

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Compre o que só tem aqui “Uma das minhas dicas é comprar coisas que não existem no Brasil, como antigos sifões vendidos no Mercado de San Telmo (pág. 60), especiarias do El Gato Negro (pág. 72), um belo caderno da Papelera Palermo (pág. 132)...” Gisele Teixeira, 41 anos, em Buenos Aires há três, mantém a coluna “Cartas de Buenos Aires” no Blog do Noblat (oglobo.com/noblat). Procure promoções “Os outlets de Villa Crespo e as lojas de Palermo costumam ser mais baratas que a Calle Florida. Há boas lojas de fábrica e outlets na região norte, principalmente em San Isidro.” Lia Rosa Barros, 43 anos, empresária, mora na cidade há cinco anos e tem o blog Buenos Aires para Brasileiros (buenosairesparabrasileiros. blogspot.com).

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NO ACEPTAMOS TARJETAS Não é difícil encontrar a frase acima estampada nas vitrines e nos balcões. Parte das lojas ainda não aceita cartões de crédito – é bom sair de casa sempre com dinheiro no bolso. Na hora de pagar, pechinche, mas não se assuste com a reação dos atendentes. Muitos costumam ser, inclusive, menos simpáticos com quem pede desconto. “O argentino não é bom com o atendimento ao público”, diz a advogada e empresária Lia Rosa Barros, 43 anos, há cinco na capital argentina. Casada com um canadense, ela já passou apuros na hora de ir às compras. Um dia, em uma loja, seu marido perguntou o valor de um suporte para celular. O atendente respondeu que o objeto custava 60 pesos. Surpresa com o preço, Lia foi até ele e repetiu a pergunta em espanhol fluente. A resposta: 20 pesos. “Se você parecer estrangeiro, os preços sobem”, diz. Moradora da região norte da capital federal, perto da divisa com a vizinha San Isidro, Lia descobriu verdadeiros segredos fora do circuito turístico de Buenos Aires. Um deles é a loja de roupas femininas Estancias Chiripá (pág. 166). Outros são as fábricas de marcas locais, que vendem peças a preços mais baixos que nas lojas oficiais e estão instaladas, quase sempre, na Avenida Fondo de la Legua, em Lomas de San Isidro; e os outlets de grifes esportivas na Ruta Panamericana, a rodovia que contorna a capital. Depois de encontrar esses “achados”, Lia dificilmente vai a lojas de bairros mais centrais. “A Calle Florida é excelente para passear, mas os preços também costumam ser ‘turísticos’”, afirma. t

fotos: ©1 arquivo pessoal, ©2 PABLO LOPEZ

133) é o exemplo dado por ela e pela jornalista Gisele Teixeira, 41 anos, moradora de Buenos Aires há três. “É moderna, arrojada e reúne muito do novo design argentino”, diz Gisele.

SIGA AS DICAS


Um dos outlets de Villa Crespo VIAGEM E TURISMO compras em buenos aires

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