Interural 41

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Agricultura

InteRural Revista do Agronegócio

Avicultura Doenças em Aves

Produção sustentável de Cana de açúcar Página 26

Página 38

Pet

Golden Retriever

Página 73

r$ 7,90 | nº 41 | Fevereiro de 2011 | ANO 5

www.interural.com Página 36

nº 41 | Fevereiro de 2011 | ANO 5


Agricultura

InteRural Revista do Agronegócio

Avicultura Doenças em Aves

Produção sustentável de Cana de açúcar Página 26

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Página 73

r$ 7,90 | nº 41 | Fevereiro de 2011 | ANO 5

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nº 41 | Fevereiro de 2011 | ANO 5



CAPA PUBLICITÁRIA

Rações Cooprata Nova Fábrica de Rações e Suplementos Cooprata, situada no novo Polo Industrial João Batista de Queiroz Rod. BR 497 - Km 80,8 - Prata-MG - (34) 3431-2555

Página 70


Expediente Direção geral Mário knichalla Neto mario@interural.com

www.interural.com

Jornalista responsável Wolney Domingos Mtb 04.847 MG Diretora Executiva Layse Bento layse@interural.com Revisão Aline Defensor alinedefensor@hotmail.com Diagramação Thaís Guetta diagramacao@interural.com

Editorial

N

esta edição, estamos dando um destaque especial à realização do maior evento de genética de bovina leiteira da América Latina. O FestLeite Tropical acontece em Uberlândia nos dias 18,19 e 20 de fevereiro e é mais uma realização da conceituada Tropical Genética. Serão ofertados mais de 1011 produtos de alta qualidade de

produção de leite, em sistema de feira de negócios e um grande leilão, que terá duração de 10 horas sem interrupção. A expectativa dos promotores é fechar excelentes negócios, mas, acima de tudo, proporcionar um grande encontro, em que os pecuaristas poderão discutir e

Redação Wolney Domingos wdqueiroz@gmail.com

debater questões voltadas ao segmento leiteiro de alta produção. A InteRural é parceira no

Consultoras de Venda Daiane Lemes daiane@interural.com

tas, flashes e comentários diretamente do parque de exposições de Uberlândia. A InteRural

Lydiane Caixeta lydiane@interural.com

está assistindo em casa. Na próxima edição, vamos produzir uma matéria especial, mos-

Consultoria Jurídica Breno Henrique Alfonso de Arruda Fotógrafos Colaboradores Clécio Duarte / Ernane Silva Colaboradores Agripoint / ReHagro Pré-impressão XPress Digital

FestLeite Tropical.

O site www.interural.com vai transmitir o evento ao vivo, apresentando entrevis-

é referência em transmissão de eventos do agronegócio. A empresa dispõe de equipamentos de última geração, oferecendo muita qualidade e, principalmente, comodidade para quem trando o que foi a realização do FestLeite Tropical. Como novidades, estamos melhorando o conteúdo do caderno PET. Desde que começamos a publicar artigos técnicos e detalhes sobre criação de pequenos animais, recebemos muitos pedidos para uma maior divulgação sobre esse assunto. Assim, em cada edição, vamos melhorando o conteúdo. Também é importante chamar atenção sobre os assuntos relacionados à agricultura e à pecuária.

As fortes chuvas desse período trouxeram problemas para muitos produtores,

como você vai ler em uma reportagem sobre o cultivo de feijão em Goiás. Na região do Triângulo Mineiro, o município de Prata ganhou uma moderna fábrica de rações e suplementos minerais. A obra pertence à Cooprata e a produção da mesma vai beneficiar milhares de produtores do município. Aproveitamos para agradecer as inúmeras mensagens de apoio à

Impressão Gráfica Brasil

publicação da Revista InteRural. Todas as mensagens estão sendo respondidas. Para nós é

InteRural Uberlândia - MG Rua Rafael Marino Neto, nº 600 Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 contato@interural.com (34) 3210-4050

ao encontro dos interesse da classe produtora.

muito importante sua observação. Queremos fazer o melhor, tratando de assuntos que vão

Pra você, uma boa leitura, Wolney Domingos

InteRural Itumbiara - GO Av. Beira Rio, 1001, sala 07 Itumbiara-GO interural.go@hotmail.com

Jornalista Responsável

www.interural.com

página 86 LEILão

PECUÁRIA

Que café nós bebemos

do Agronegócio Interural revista

r$ 7,90 | nº 38

Leilão Querença

Bem-estar de bezerros página 32

| outuBro de 2010

| Ano 4

www.interural.com

A revista InteRural é uma publicação mensal. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.

EspEcial lEilõEs página 24

CAFÉ

ação no Campotores Projeto Educ em nos pequenos produ

Empresas invest tecnologias em dia de e apresentam novas campo em Uberlândia ão em malha Irrigação por aspers Pasto verde o ano Inteiro página

40

página

nto Programa mais Alime

página

50

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Sumário

Página 36 InteRural News 8

|

Revista InteRural

Notas 10

|

Açúcar

Notícias em Alta 20

|

Alta Grátis

Agricultura 22 | 28 |

Contençao de daninhas na soja Cana de Açúcar

Ovinos 32 |

Desafiosda Ovinocultura

Avicultura 34 |

Doenças em Aves

Produtor de Sucesso 44 |

Pet Girolando Guima

52 |

Espaço Gourmet Golden Retriever

68 |

Fazenda Alto de Santa Gertrudes

Brahman 56 |

Parcerias Internacionais

Pecuária 46 | 50 |

Setor de Couro Leite em Pasto

Eventos 70 |

COOPRATA

Leilões Girolando 64 |

76 | Nova Diretoria

Negócios 66 |

Arrendamento e Parceria Rural

Celso Iran

Classificados 84 | Fique por dentro dos preços e realize bons negócios nos classificados da InteRural



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INTERURAL NEWS

No dia 11 de janeiro, aconteceu, na cidade de Prata, no Triângulo Mineiro, a inauguração da Fábrica de Ração e Suplementos Minerais da COOPRATA. A fábrica vai funcionar em modernas instalações, no polo industrial da cidade que leva o nome do produtor João Batista de Queiroz (João Terra). A solenidade de inauguração reuniu produtores rurais, convidados especiais, dirigentes sindicais e de cooperativas e autoridades regionais. Estiveram presentes os deputados estaduais mineiros Luiz Humberto Carneiro, Romel Anísio Jorge e o deputado Federal Marcos Montes. O presidente da COOPRATA, Adelino José, era um dos mais felizes com a entrega da obra.

A empresa TiraLeite Sulinox realizou em janeiro mais um curso de preparação de mão de obra para produção de leite de alta qualidade. A iniciativa tem como objetivo preparar futuros profissionais para trabalharem com equipamentos de alta tecnologia, como a ordenhadeira mecânica. A equipe da InteRural esteve no local prestigiando o evento, que teve como organizador Paulo Garcia.

Durante este mês, a InteRural irá fazer uma ampla cobertura do FestLeite Tropical. O evento acontece no Parque de Exposições de Uberlândia nos dias 18,19 e 20 de fevereiro e promete ser o maior evento de oferta de genética bovina leiteira da América Latina. De acordo com o Diretor Comercial Mário Knichalla Neto, uma grande estrutura está sendo montada para fazer a melhor transmissão dentro do site www.interural.com.Serão instalados equipamentos de ponta para garantir a melhor qualidade de imagem através da internet. Durante a transmissão do FestLeite Tropical, serão apresentadas entrevistas, reportagens e matérias especiais. O acordo para cobertura foi feito durante reunião entre Mário Neto (InteRural) e Milton Magalhães Neto (Tropical Genética).

No dia 24 de janeiro, a InteRural acompanhou a realização do XII Encontro de Produtores de Grãos do Triângulo Mineiro e Sudeste Goiano. O evento aconteceu no auditório da CDL e reuniu centenas de participantes. Na programação, foram realizadas palestras com os seguintes temas: “O Mercado Mundial de Soja e outras Sementes”, com o economista Parry Dixon, e “O Uso de Biorreguladores na Cultura de Soja”, com Antônio Luiz Fancelli. Em Uberaba, a InteRural participou da realização do espaço Gourmet, na sede da Guima Agropecuária. O evento reuniu convidados de vários municípios da região. O momento foi de confraternização, mas o empresário Guilherme Marquez aproveitou a oportunidade para colocar à venda alguns de seus animais Girolando; e o resultado foi excelente. Muitos convidados adquiriram produtos e o ambiente se transformou em uma rodada de negócios, com uma movimentação de aproximadamente 40 mil reais.

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Açúcar representa 39% das exportações de PE

NOTAS

D

Em 2010, o volume de produção do açúcar foi de 1,6 milhão de toneladas

o total da pauta de exportação de Pernambuco, o açúcar corresponde a 39%. Em 2010, o volume de produção do açúcar foi de 1,6 milhão de toneladas, do qual 800 mil foram exportadas. De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, o principal destino desse derivado da cana em 2010 foi a Rússia, que comprou 44%. Em seguida, vêm os Estados Unidos (17%), Espanha e Portugal (19%), Venezuela (6%), Canadá (5%) e Bulgária (4%). “Das 800 mil toneladas, 400 mil foram de açúcar refinado e ensacado e a outra metade do tipo VHP (Very High Polarization) ou a granel. Apesar de o valor da commodity açúcar ter um bom preço em relação às demais nas bolsas internacionais, o setor não está podendo aproveitar em função da sobrevalorização do Real versus Dólar. Estamos tendo boa chance sobre o balanço mundial do açúcar em relação à demanda, mas isso fez com que o valor da commodity subisse, o que nos prejudica porque exportamos em Dólar”, declarou Cunha. Ainda segundo o presidente do Sindaçúcar, “quando convertemos o Dólar para Real não é o suficiente para suprir os custos na exportação. Temos que focar nas despesas de produção

que não estão sendo neutralizadas em relação à baixa competitividade do Dólar em comparação ao Real”, reforçou. Para escoar maior volume do produto e, assim, aquecer o mercado nacional, está previsto o lançamento, em Suape, da licitação para o arrendamento do novo terminal açucareiro complementar ao do Porto do Recife. Já existe, inclusive, uma trade inglesa interessada em concorrer, a ED & F MAN. O terminal exportará o açúcar refinado, o que ainda não é feito pelo Porto do Recife. “O empreendimento custará, em média, US$ 50 milhões e vai escoar o produto para a cadeia produtiva. A comercialização dos volumes, via Suape, será para o Norte da África e Orien-

te Médio. Trata-se de uma operação mais moderna. O açúcar vai abastecer o navio fábrica Bibo, que receberá o produto a granel para ser empacotado no seu destino”, disse. Para Renato Cunha, neste momento, as exportações do açúcar e do álcool são mais convidativas porque a demanda é maior. “O açúcar tem mais protecionismo, mas, por conta da queda na produção da Índia, nos últimos três anos, conseguimos exportar um volume maior para vários países. Quando isso ocorre, faz com que o mercado mundial se valorize e a comercialização fique mais rápida. Já o etanol tem muitas barreiras, como as altas tarifas e outras dificuldades”, concluiu.

Brasil pode impor barreiras ao trigo paraguaio

P

Trigo importado poderia abastecer apenas 50% do consumo interno brasileiro

rodutores e exportadores de trigo estão preocupados, no Paraguai, com notícias vindas do Brasil, dando conta de que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prepara, para 2011, um pacote de medidas para diminuir o predomínio do trigo importado e fortalecer a produção nacional. De acordo com o jornal La Nación, no ano de 2010, o Paraguai exportou quase 90% de sua produção de trigo ao mercado brasileiro, em especial aos Estados das regiões sul e sudeste do país, situação que torna os exportadores paraguaios dependentes das oscilações verificadas do lado de cá da fronteira. Entre as medidas em análise pela equipe do novo governo, uma de-

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las seria a imposição de “cotas” ao trigo importado, que poderia abastecer, apenas, 50% do consumo interno brasileiro. As estratégias em estudo incluiriam, segundo o La Nación, criação de períodos em que a importação estaria proibida (coincidindo com o período de escoamento da safra brasileira), elevação de impostos ao produto estrangeiro e concessão de incentivos fiscais às empresas que adquirirem trigo nacional. As barreiras podem incluir, ainda, proibição de importação de produtos agrícolas de países que utilizam defensivos agrícolas proibidos no Brasil e criação de novas burocracias sanitárias nas fronteiras. Caso tais medidas sejam de fato aplicadas, exportadores do Paraguai e da Argentina prometem protestar. InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011


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Commodities agrícolas terão novo ano de altas em 2011

NOTAS

A

s commodities agropecuárias foram negociadas em 2010 com valores jamais atingidos antes no país. Boi, açúcar, café e algodão estão entre esses produtos segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da ESALQ/ USP, órgão que acompanha diariamente os preços das principais commodities agropecuárias no mercado interno. Em 2010, houve duas fases distintas. Uma fase no primeiro semestre, em que os preços internacionais, apesar de estarem acima da média histórica, continuaram relativamente pressionados e, consequentemente, no mercado interno também com preços considerados baixos, principalmente para o milho. No segundo semestre, os preços melhoraram com tendências altistas. Para o especialista em commodities da Cerealpar Corretora de Cereais Ltda., Steve Cachia, alguns fatores favoreceram essa situação. “Na verdade, a mudança foi causada por fatores climáticos este ano. Estávamos em uma situação incerta, apesar da demanda aquecida oriunda do mercado internacional, mas, em função da crise econômica, vimos especuladores e fundos de investimentos meio retraídos com expectativa da safra americana relativamente grande, e o pessoal não quis arriscar demais”, analisa.

“Quando chegou julho, começou a seca na Europa, o que acabou mudando o panorama do mercado. A demanda continuava forte, mas tínhamos um cenário diferente, em que a oferta não era tão grande quanto o esperado.” Na comparação com anos anteriores, Cachia lembra que as diferenças são gritantes. “Mas temos de lembrar que ninguém consegue comercializar tudo o que produz de uma vez. Quando começou a alta do preço, boa parte do mercado já havia negociado sua safra, mas na média o ano, para os produtores, foi melhor que o ano anterior”, acredita. As perspectivas para 2011, segundo o analista, seguem otimistas: “Isso porque ainda existem incertezas climáticas na América do Sul, por conta

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do fenômeno La Niña, principalmente na Argentina, que está deixando várias áreas com risco de estresse na lavoura, risco de quebra”, lembra.

produto. “Agora pode ser a vez da soja, não sei ao certo o que vai acontecer, mas ela talvez lidere a alta das commodities este ano”, afirmou.

“E também por causa da demanda forte e agressiva, principalmente na China. Esses dois fatores, aliados ao fato de que o pior momento da crise econômica já passou, talvez possam estimular fundos e especuladores a serem mais atuantes no mercado, e isso seria um fator de alta”.

“Sabemos que a demanda da China é agressiva, as incertezas na safra da América do Sul e a forte demanda para óleos vegetais estão deixando os estoques muito apertados. Quem sabe não é a hora da soja de liderar a alta de preços dos grãos?”.

Para Cachia, a realidade atual do mercado não permite afirmar que uma commodity possa se destacar durante o ano. “Na minha visão, o mercado está todo interligado, não tendo como destacar uma commodity apenas. Um puxa o outro, e isso também aconteceu em 2010, quando a soja não devia ter subido, mas subiu porque o trigo teve quebra na Europa e acabou puxando o milho e a soja. Depois veio a vez do milho de liderar a alta das commodities, porque a safra americana ficou muito abaixo do esperado, e ele puxou novamente trigo e soja”. Para Cachia, a soja poderá iniciar esse ciclo de aumentos das commodities em 2011, principalmente devido à alta demanda da China pelo

Para o especialista, a expectativa é de que nos primeiros meses de 2011 ainda tenhamos preços elevados. “No segundo semestre, o panorama pode mudar, porque sabemos que o mercado agrícola responde muito rápido à alta de preços. Quando o preço sobe, todo mundo planta o produto mais rentável, e, se não tivermos problemas climáticos nos EUA no ano que vem, teremos oferta abundante - o que geraria pressão sobre os preços”, diz Cachia. Lucílio Alves, pesquisador do CEPEA, diz que há três anos o setor de commodities vivia momentos ruins, com pouca rentabilidade. A primeira reação dos produtores foi o uso de menos tecnologia na produção ou a transferência para outras culturas, mais rentáveis. O resultado foi uma oferta menor, acentuada ainda mais pela ocorrência de problemas climáticos em várias regiões produtoras.

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011


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Consultoria Agrícola Financiamento

NOTAS

C

ada vez mais o produtor rural necessita de um planejamento na tomada de decisões. Atualmente, a procura por crédito é comum para que o produtor adquira os recursos necessários para a construção da infraestrtura adequada para o plantio, como o custeio e investimentos. Por outro lado, os recursos necessitam ser bem planejados, para que não prejudiquem o produtor e se encaixem em um orçamento limitado. Dessa forma, uma análise detalhada dos custos e do investimento previsto pode fazer com que o produtor escolha melhores opções de investimento, muitas vezes não gastando recursos próprios em empreendimentos nos quais o financiamento se mostra mais vantajoso. Para arrecadar esses recursos,

atualmente, o setor público tem as melhores condições de juros, que podem variar de 5,5 a 12% ao ano, e prazos do mercado. No entanto, para isso, o produtor necessita de um maior planejamento pelos processos necessitarem de projetos mais elaborados, que muitas vezes podem levar alguns meses para se concretizarem. As linhas de crédito mais utilizadas são oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, por intermédio de qualquer banco comercial, diferenciando-se apenas nas taxas de intermediação, que variam para cada banco. Em relação ao custo-benefício, as linhas ofertadas são muito mais vantajosas, como é possível observar em alguns exemplos na Tabela a seguir. O recomendado seria seguir uma estratégia que antecipasse a ne-

Rodrigo Brandão - Ápis Consultoria rodrigo.brandao@apisinvestimentos.com

cessidade dos recursos em pelo menos 3 meses, com o objetivo de elaborar um bom projeto e captar recursos da melhor opção possível. Como visto, o produtor, atualmente, possui excelentes possibilidades no mercado, entre as principais se encontram as linhas públicas de crédito. Por outro lado, a visão estratégica e o conhecimento dos procedimentos do mercado se mostram essenciais e uma boa forma de proteção para o produtor que sempre está em contato com as melhores oportunidades.

O produtor rural é um empresário cheio de desafios para enfrentar.

Fonte: Programas BNDES 2010-2011

Análise de Mercado

Redson Vieira – Ápis Consultoria redson.vieira@apisinvestimentos.com

Perspectivas para a safra brasileira 2010/2011 Boi No mercado de boi, as perspectivas para o ano de 2011 são bastante favoráveis, visto que a demanda global por carne está se estabilizando após 3 anos de queda devido à crise econômica, enquanto que, na outra ponta, a oferta se mantém apertada para o próximo ano. Para a demanda externa, ou seja, o comércio global, a expectativa é, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de crescimento de mais de 2% no próximo ano em razão do crescimento do consumo

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dos importadores tradicionais e emergentes. Para a demanda interna, mantém-se a previsão de continuação do crescimento em razão do aumento do consumo per capita de carne, fruto do avanço econômico por que passa o país atualmente. Outra razão que explica os bons ventos favoráveis esperados para a pecuária no próximo ano é a oferta. Esta se mantém retraída devido à queda da produção em importantes países, como EUA, Canadá e Austrália, e na União Européia em razão dos aumentos dos custos de produção. Com este cenário, o Brasil torna-se cada vez mais importante como ofertante no merca-

do de carnes, proporcionando aos produtores brasileiros boas perspectivas para o próximo ano.

Grãos De acordo com a CONAB, a produção de grãos poderá atingir o volume de 149,09 milhões de toneladas, inferior em 0,1% ou 117,6 mil toneladas à obtida em 2009/10. A soja lidera o ranking da produção nacional de grãos, com participação de cerca de 46%. Nas tabelas abaixo, vemos os indicadores para as safras de soja e milho.

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011


Milho De acordo com dados levantados pela CONAB, projeta-se uma queda acentuada na produção de milho para a próxima safra, 2010/2011, de 6,09%, e a expectativa para a área total (primeira e segunda safras), cultivada com milho em todo o Brasil, deve oscilar em torno de 12.683,1 hectares, com variação próxima de 2,2% menor que a área semeada na safra passada. Uma das razões para a queda da produção, apontada pela CONAB, é a irregularidade das chuvas, que não está favorecendo o desenvolvimento da cultura. Em relação à demanda, esta continua aquecida, principalmente em razão da conjuntura externa, que espera que o Brasil exporte em torno de 10 milhões de toneladas em 2010, e da demanda interna, em razão dos leilões realizados pelo governo.

Soja A projeção da produção de soja, realizada pela CONAB, teve uma ligeira queda em relação à safra passada, devido, principalmente, a problemas climáticos como a presença do fenômeno La Niña no país, que provocou atrasos no plantio e chuvas abaixo do normal em importantes regiões produtoras. O valor da safra 2010/11 poderá atingir, em toneladas, 68.551, o que representará uma variação negativa de apenas 0,2% em relação à safra anterior. Em relação aos preços praticados, estes seguem uma trajetória de alta, sustentados pelo aumento da demanda externa da China. Diante deste cenário de elevação dos preços da soja, a safra 2010/2011 vem atingindo recordes seguidos de comercialização antecipada. De acordo com a CONAB, até 03/12, foram comercializados cerca de 33% da produção nacional, frente aos 18% de igual período do ano anterior.

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

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Mercado Futuro

NOTAS

Rodrigo Brandão – Ápis Consultoria rodrigo.brandao@apisinvestimentos.com

Atualmente, o produtor rural possui no mercado futuro um excelente meio para se proteger. Porém, esse mercado ainda é desconhecido para muitos ou proporciona um número grande de dúvidas e medos. O principal objetivo dessa coluna é informar e desmistificar o mercado, levantando pontos fundamentais para seu entendimento. Dados do último mês de novembro mostram que o mercado de contratos futuros está crescendo a cada dia no país. Muito disso se dá devido à oportunidade dada aos produtores de realizar a proteção de suas produções, cobrindo pelo menos seu custo de produção. Em novembro de 2010, de acordo com a BM&FBovespa, responsável por intermediar e cuidar desse mercado, foram negociados 283.242 contratos futuros de commodities, crescimento de 70,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e queda de 2,2 se comparado a out/10. Este é o 2º maior volume registrado no ano. Em relação ao volume financeiro, este atingiu R$ 9,8 bilhões, crescimento de 7,7% em relação a out./10 e alta de 148% sobre nov./09, se tornando o 2° maior volume da historia, atrás apenas de jun./08, com R$ 9,9 bilhões. Esses dados só comprovam como esse mercado cresce e tem um enorme potencial a se explorar.

Mas como o mercado funciona na verdade?

Os contratos futuros são acordos de compra/venda de um ativo para uma data futura a um preço estabelecido entre as partes na negociação. Estes são padronizados em relação à quantidade e qualidade do ativo, formas de liquidação, garantias, prazos de entrega, dentre outros, e têm negociação apenas em bolsa. Derivam de um produto físico e pode, ou não, haver entrega física. São negociados da Bolsa de Mercado futuros: ÍNDICE, DÓLAR, BOI GORDO CAFÉ, MILHO e SOJA. Dessa forma, as commodities representam um grande volume dentro do mercado futuro, principalmente devido a sua importância econômica no país.

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Como o produtor pode participar?

Para participar, o produtor precisa utilizar uma corretora autorizada a negociar esses tipos de contratos. O valor necessário para participar varia de acordo com o produto que se deseja negociar. Esse valor é chamado de margem de garantia, uma quantia em dinheiro ou em garantias que é depositada pelo cliente para garantir a posição em aberto que possui. A Margem de Garantia é solicitada pela câmara de compensação para cobrir os compromissos assumidos pelos participantes no mercado futuro. Outro procedimento é o Ajuste Diário da posição referente ao fechamento do pregão. Por meio desse mecanismo, tanto a conta do comprador quanto a do vendedor do contrato serão ajustadas diariamente (creditada ou debitada), de acordo com a variação do preço futuro negociado.

Para exemplificar, pode-se observar o contrato de boi gordo. Cada contrato de boi é composto por 330 arrobas. O preço que aparece na BM&F, no Home Broker ou em outros softwares é de uma arroba. Então, como exemplo, se o preço estiver em R$ 81,00, o valor financeiro de 1 contrato será este: R$ 81,00 X 330 = R$ 26.730,00. Porém, por se tratar de um contrato futuro, não precisa ter todo esse valor em conta para comprar ou entrar vendido em 1 contrato. É necessário apenas um valor de margem de garantia, que pode ser dinheiro em conta, ações, CDB, títulos públicos, etc. A margem de garantia do contrato futuro de boi gordo está informada logo abaixo. Assim, o produtor necessita de R$ 2300,00 para ingressar no mercado. Para o milho e a soja, o raciocínio é o mesmo, apenas com a alteração dos valores da margem de garantia, como mostram as tabelas a seguir.

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011


Qual é vantagem do produtor? A grande vantagem, que precisa ser sempre lembrada, é a garantia do mercado físico. Após as negociações, o produtor garante numa data futura a venda de seu produto a um preço X. Quando esta data chega, se o preço no mercado futuro estiver maior que no físico, o produtor fez um grande negócio, porém, se estiver menor, a perda de valor ocorrida no mercado

M

futuro será suprida pelo mercado físico. No decorrer desta coluna, daremos detalhes sobre todos os procedimentos pertencentes ao mercado futuro, com exemplificações, gráficos e tabelas que facilitem, da melhor forma, o entendimento de todas as oportunidades que o mercado pode oferecer ao produtor.

Preços decepcionam no Mercotexel

esmo num momento positivo para a carne ovina no país e com a presença de investidores gaúchos, paranaenses e catarinenses, o leilão do 13º Mercotexel, em Santana do Livramento, vendeu só 25 ovinos por R$ 79,48 mil. O resultado frustrou a expectativa de faturamento de R$ 200 mil. Em 2010, a comercialização foi de R$ 120 mil. O criador David Martins ficou surpreso. “Curiosamente, neste momento de valorização, os preços ficaram muito abaixo do que esperávamos. Quem adquiriu os animais, de alto padrão genético, fez negócios excepcionais”. Na avaliação do leiloeiro Eduardo Knorr, houve descompasso entre o valor pretendido pelos vendedores e o que o mercado estava disposto a pagar.

“O setor atravessa um momento positivo, mas, no geral, é preciso cuidado para que não haja uma superexpectativa em relação a preços”. O animal mais valorizado do Mercotexel foi um Borrego PO, geração 2009, da Cabanha Surgida, de Rio Pardo, adquirido por Rogério Pereira, de Alegrete, por R$ 8 mil. As médias foram as seguintes: fêmeas PO R$ 2.979,46, machos PO R$ 4.868,57, machos RGB R$ 1.440,00 e machos SO R$ 1.266,67. O Mercotexel integra a 33ª Exposição de Ovinos de Verão de Santana

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

do Livramento, que encerrou em 02 de fevereiro, no Parque de Exposições Augusto Pereira de Carvalho. O faturamento acumulado chega a R$ 499,57 mil em cinco leilões.

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SENAR-MG atendeu 135 mil produtores e trabalhadores rurais em 2010

NOTAS

O

O objetivo é capacitar 120 mil pessoas este ano.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MG), responsável pela capacitação profissional de produtores, trabalhadores rurais e familiares, fechou 2010 com a realização recorde de 7,1 mil eventos, atendendo cerca de 135 mil pessoas. O número de cursos cresceu 5,6% em relação a 2009. Os cursos de Formação Profissional Rural mais realizados foram Aplicação de Agrotóxico, Operação e Manutenção de Tratores, Bovinocultura de Leite, Inseminação Artificial e Operação e Manutenção de Roçadoras. Na Promoção Social, os destaques foram Pintura em Tecido, Artesanato de Tecido, Produção Artesanal de Alimentos, Saúde Bucal e Saúde Reprodutiva. Para estimular a adoção de técnicas modernas de gestão, o SENAR realizou 21 programas de Gestão com Qualidade em Campo, direcionados a 393 proprietários rurais e gerentes; três programas Gestão com Qualidade no Sindicato, com a presença de 30 dirigentes e funcionários de Sindicatos dos Produtores Rurais; e cinco edições do Programa de Formação de Novas Lideranças Rurais, com a participação de 156 pessoas.

Em Uberlândia, foi realizada a entrega dos certificados para a primeira turma de formandos do Programa de Formação por Competência em Bovinocultura de Leite. O curso pioneiro, com carga horária de 664 horas, foi desenvolvido pelo SENAR em parceria com a Cooperativa Agropecuária de Uberlândia Ltda. (CALU). O mesmo programa também está em andamento para duas turmas de alunos do Ensino Médio da Fundação Rogê, em Delfim Moreira, no Sul do Estado. Já no Programa Cana Limpa, 1,082 mil cortadores de cana de açúcar participaram de seminários contendo informações sobre saúde e segurança no trabalho. Outros 2,675 mil trabalhadores participaram de cursos de tratorista, plantio de cana, colheitadeira e aplicação de agrotóxico, entre outros. Dirigido aos alunos e professores da rede pública de Ensino Fundamental, o Programa completou dez anos e trouxe como tema a Integração Campo-Cidade. Presente em 830 municípios, o Semeando levou a educação ambiental a 153 mil professores e 2,897 milhões de alunos. O SENAR MINAS realizou ainda quatro programas Cidadão Rural

– um mutirão com serviços de cidadania, saúde e lazer – com a participação de 3,580 mil pessoas; 14 Encontros de Jovens e Mulheres Rurais, reunindo 2,850 mil participantes e 31 campanhas de Saúde Bucal, atendendo 13,2 mil pessoas. Metas para 2011 – O objetivo é capacitar 120 mil pessoas. De acordo com o superintendente do SENAR MINAS, Antônio do Carmo Neves, uma das metas, além de fortalecer os programas já existentes, é implantar a Educação a Distância. “Vamos desenvolver o projeto no primeiro semestre e oferecê-lo à população rural no segundo”. Ele destacou também a realização do II Encontro das Entidades Cooperadas, dando continuidade ao trabalho iniciado em 2010.

“Faremos Oficinas Regionais de Planejamento e vamos discutir junto com nossos parceiros as prioridades de treinamentos e programas que devemos realizar em 2012”, informou.

Serão realizadas dez oficinas – uma por regional do SENAR MINAS – a partir da segunda quinzena de fevereiro.

TIRALEITE Sulinox

O

TIRALEITE Sulinox realiza curso de treinamento para melhoria de mão de obra Melhorar a qualidade do leite é meta da empresa

curso foi organizado pelo Centro de Treinamen to TIRALEITE Sulinox e teve a participação de 25 pessoas, entre produtores rurais e funcionários que foram em busca de informações sobre as atividades leiteiras e o uso correto de equipamentos como a ordenhadeira mecânica. O curso de capacitação foi realizado das 8 às 17 horas. Na primeira parte, os participantes receberam informações teóricas com destaque para a questão sanitária, mostrando que

uma boa qualidade de leite começa na forma correta de manejo da ordenha. A questão sanitária foi abordada pelo veterinário Calmon José Antônio de Souza. Os participantes conheceram modelos de equipamentos de ordenha e inteiraram-se sobre a mastite, suas definições, diagnóstico, tratamento e controle; manutenção preventiva e higienização do equipamento; rotina de ordenha; preservação ambiental e segurança no trabalho. De acordo com o organizador do evento,

Paulo Garcia, mais uma vez, o curso correspondeu à expectativa e o grau de interesse dos participantes ficou acima da média. “Nosso

objetivo é, acima de tudo, qualificar a mão de obra. Se o funcionário estiver bem preparado, o produto final, que é o leite, sairá das fazendas com alta qualidade”, disse Paulo.

Quer produzir leite com qualidade? Centro de Treinamento TIRALEITE Sulinox Curso completo de ordenha mecânica.

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Inscreva-se 34. 3238-4135 34. 9996-5298

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NOTÍCIAS EM ALTA

Alta recebe visitantes da Agropecuária Conquista A Central de Produção e Tecnologia de Sêmen da alta recebeu nesta manhã a visita do gerente geral da Agropecuária e Comercial Conquista, Murilo Vilela e do gerente Vanderlei Pereira, da fazenda localizada em Itirapina, SP. A fazenda Itirapina, tem hoje um plantel de cerca de 450 matrizes para a produção de tourinhos Nelore Mocho PO e busca o aumento desse número para atender a demanda crescente por tourinhos mochos. A meta é, em curto prazo, aumentar o rebanho e estabilizar o rebanho em 700 fêmeas. O grupo é criador e proprietário dos raçadores Crífor da Conquista, Grande Campeão Nacional em 2004, com sêmen disponível na Alta, e Instax Conquista, Grande Campeão da Expoinel 2009, e em coleta na Alta. O grupo confina cerca de 10.000 cabeças de gado anualmente, com produtos adquiridos no mercado por um peso aproximado de 290Kg e conduzidos a recria na fazenda Avanhandava, localizada no estado de São Paulo. São propriedades aptas para exportar para a Comunidade Européia, permitindo agregar até 5% ao valor de comercialização da arroba junto aos frigoríficos. Para Vilela, este resultado

reflete a mentalidade progressista do grupo “são boas parcerias estabelecidas em vários segmentos, tais como sanidade animal, orientação técnica e genética de ponta, como a oferecida pela Alta”, revela.

Conheça mais sobre a fazenda Conquista acessando o site: www.conquista.com.br Instax da Conquista

Crifor da Conquista

Altagrátis - Lançamento Alta para 2011 O touro 11HO9799 AltaGRATIS (Shottle x Best) tem incriveis 2394 de LPI, e ainda é um AltaPROTEINA. A partir do programa Advantage Canadense®, AltaGRATIS surge como o filho número 1 de Shottle no Canadá, pois é o melhor posicionado entre os Top 10 em LPI, sendo o 9º colocado. Originado de Juror Faith, uma família de vacas testadas e reconhecidas por produzir indivíduos notáveis, AltaGRATIS promete ser o que já vinha sendo previsto: Alta Produção de Leite(1.187 kg de leite, 133 kg G+P, 0,34% G, 0,15% P) e interessantes caracterisiticas para tipo (+10 Conf., +10 Textura de Úbere, +11 Profundidade). Aliando a tambem impressionantes avaliações para Saúde, incluindo Vida Produtiva (106), Velocidade de Ordenha (106) e Temperamento na Ordenha (109), completam um perfil bem

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original. Alta Gratis impressiona ainda mais pois é o único touro no Canada acima de: 10 Conformação 0,10 para %G e %P 1.000 kg de leite

sentado sua primeira prova agora no inicio de Dezembro, antes disso já tinhamos em andamento o processo de importação do semen deste touro. Portanto teremos disponibilidade prevista para segunda quinzena de Janeiro.

Como touro destaque do programa AltaADVANTAGE no Canada afirmamos que seus padrões de acasalamento trazem animais balanceados e muito concistentes. Suas filhas tambem apresentam úberes com textura desejável, ligamentos exepcionais e tetos com colocações ideais. AltaGratis é um touro que faz muitas coisas bem feitas, e ainda temos a certeza que ele não será apenas o favorito dos nossos consultores AltaADVANTAGE, mas sim o favorito de nossos clientes. Apesar de AltaGRATIS ter apreInteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011


Habilidade Maternal é avaliação genética mais valorizada Em dezembro lançamos a pergunta: “Qual informação de avaliação genética você mais valoriza?”. Durante a votação, 217 pessoas opinaram e 40% elegeram Habilidade Maternal como característica principal na seleção de bovinos de corte. Conheça mais sobre esse tema:

Habilidade Maternal Habilidade maternal à São todos os efeitos ambientais e genéticos determinados através da mãe durante os períodos de gestação e de amamentação e define as qualidades de uma fêmea tida como boa criadeira. Comprovamos essa influência mediante a observação da capacidade leiteira da mãe, ou ainda o temperamento da fêmea no apego à cria e consequentemente ao seu produto. Essa característica é herdável em 30-40%, o que constitui uma vantagem muito grande do melhoramento da espécie. Uma vaca com boa habilidade maternal começa por lamber e secar a cria logo após o nascimento, para

livrá-la dos fluidos fetais e assiste-a com cuidado até que fique de pé e possam mamar regularmente. Protege-a também das intempéries e contra os predadores. Essa habilidade pode ser estimada mediante a verificação das perdas, que ocorrem durante a fase de aleitamento ou ainda, segundo o peso alcançado pelos bezerros por ocasião da desmama. O principal componente da Habilidade Maternal é, fora de dúvida, a

produção leiteira da vaca. Essa influência chega a 70% da variância do peso à desmama dos bezerros das raças de corte. Com certeza o segredo de termos um produto mais pesado em um menor espaço de tempo deve-se a essa característica. Resultado da importância da seleção para habilidade maternal é cenário dos sumários das raças de corte. Confira os 10 touros com melhor avaliação em Habilidade Maternal com sêmen disponível na Alta:

Alta comercializa 10 milhões de doses de Sêmen em 2010 A Alta Genetics anunciou nesta quarta-feira, 29 de dezembro, que as vendas mundiais de sêmen da empresa ultrapassaram em 2010 a marca das 10 milhões de doses. O resultado foi divulgado pelo presidente internacional da Alta, Cees Hartmans, em comunicado enviado a todos os funcionários da empresa no mundo. Para ele, o resultado deste sucesso é uma mistura da qualidade genética dos reprodutores da empresa, aliada ao desempenho profissional do time que integra a empresa, “Eu só posso

me curvar e aplaudir toda a empresa por mais essa conquista. Vejo tambem que cada vez mais clientes desejam fazer negócios com a Alta, na verdade temos um puro reflexo do sucesso, da realização e do respeito pelas pessoas da Alta”, comentou Hartmans na nota divulgada. Com centrais na Holanda, China, Argentina, Estados Unidos, Canadá e Brasil, a Alta exporta sêmen para mais de 70 países em todo o mundo. A marca das 10 milhões de doses reflete um crescimento no mercado mundial

que consolida o trabalho da empresa. Para Heverardo Rezende de Carvalho, diretor da Alta Brasil, o sucesso não é surpresa “Ter atingido essa marca era uma conquista que não tardaria em acontecer. É fruto do trabalho e da dedicação de nossas equipes no campo, nos laboratórios e nos escritórios, que concluem uma cadeia de atendimento de qualidade, e uma carteira de clientes super especiais, que sabe valorizar o melhor produto aliado ao melhor atendimento”, avalia.

Mr. Querença 3000 Mr. Querença 3.000 foi eleito o Grande Campeão da Expozebu 2.008, se tornando o melhor Macho Adulto do Ranking 2008/2009. Possui carcaça extraordinária, linha de dorso lombo comprida e larga, com costelas muito arqueadas e profundas. É um animal muito bem caracterizado, de umbigo curto e bem posicionado. Sua ossatura é forte e o posterior bastante volumoso, com garupa comprida e larga, além de carne descendo até o jarrete.

Mr. Querença 3.000 é filho do extraordinário JDH Mr. Elliott Manso com a grande Miss Diamond A 69/9 (JDH Mr. Union M. 455-3). Com estas características, não faltam motivos para utilizar Mr. Querença 3.000 em seu rebanho. Conheça o perfil de Mr. Querença 3000 clicando aqui! Veja abaixo a foto de Miss Diamond A 69/9:

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Medidas para contenção de plantas daninhas na soja

AGRICULTURA

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Embrapa Agropecuária Oeste oferece medidas para o monitoramento

nibir o acesso das plantas daninhas à luz e, consequentemente, o seu desenvolvimento. Essa deve ser a principal medida para evitar a infestação de invasoras na cultura da soja. Para isso, a Embrapa Agropecuária Oeste oferece medidas para o monitoramento contínuo das plantações, começando pela semeadura em lavoura limpa. O pesquisador Germani Concenço alerta o produtor para o chamado Período Crítico de Competição, entre 20 e 50 dias após a emergência da soja, quando as plantas daninhas causam maior impacto sobre a plantação. O controle químico, contudo, é realizado conforme necessário na dessecação pré-plantio, enquanto o pós-emergência é feito no estádio V3, dependendo do nível de desenvolvimento das invasoras. Porém, quanto mais velhas, menos suscetíveis aos herbicidas. Por isso o ideal é controlar cedo — explica Germani. Clima, a época de semeadura, as espécies e a densidade das invasoras presentes são fatores que devem ser levados em consideração para a adoção de providências. Variando de uma região para outra, entre as espécies daninhas mais tolerantes ao herbicida Glifosato estão Trapoeraba, Capim amargoso, Falso Rhodes e Corda de viola. A Buva é outra que preocupa os agricultores com a infestação das lavouras de soja e incidência significativa no sul do país e grande probabilidade no Mato Grosso

do Sul. As sementes da Buva são carregadas pelo vento, que provoca a disseminação a grandes distâncias. A falta de rotação de culturas e de cobertura do solo na entressafra está entre os grandes responsáveis pela propagação da espécie daninha. Segundo o pesquisador da EMBRAPA, em áreas de soja transgênica com presença de Buva resistente, o remédio é a mistura de herbicidas, verificando o estado de conservação dos pulverizadores, a regulagem adequada e o cálculo correto das doses das substâncias e as condições climáticas adequadas de aplica-

ção. O ideal é fazer a pulverização em períodos com temperaturas mais amenas e umidade mais alta, ou seja, no início da manhã e fim da tarde. Porém, o produtor de soja deve conjugar as ações de controle, mantendo a área coberta na entressafra para evitar o surgimento e a produção de sementes de invasoras, utilizar rotação de culturas e de herbicidas com diferentes mecanismos de ação, proporcionar o rápido fechamento do dossel da cultura após a emergência e utilização da integração lavoura-pecuária.

PRONAF dispõe de R$ 220 mi para agricultores familiares do Tocantins

O

Os juros variam de 0,5 % a 4,5%, dependendo do tipo de empréstimo

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) disponibilizou para a safra 2010-2011 R$ 220 milhões de reais para os agricultores familiares do Tocantins. O montante é para ser utilizado em linhas de crédito de investimentos, custeios e comercialização. Na safra 2009-2010, foram aplicados R$ 141 milhões, beneficiando 9,4 mil projetos agrícolas. Até o último mês, as agências financiadoras já tinham aplicado em linhas de crédito cerca de R$ 92 milhões.

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A safra anual iniciou em julho do ano passado e encerra em junho de 2011. Atualmente, existem linhas de crédito em diversas atividades do campo voltadas para os PRONAFs A, A/C, B, Jovem, Agroindústria, Florestal, mulher, entre outros tipos de créditos. Os agricultores podem financiar de R$ 1 mil até R$ 130 mil, de acordo com os projetos de cada agricultor.

Os juros variam de 0,5 % a 4,5%, dependendo do tipo de empréstimo. O prazo de pagamento é de 1 a 12 anos.

PRONAF é um programa do Governo Federal. Foi criado em 1995, em parceria com o governo Estadual, com o intuito de atender de forma diferenciada os mini e pequenos produtores rurais que desenvolvem suas atividades no campo. Tem como objetivo o fortalecimento das atividades desenvolvidas pelo produtor familiar, de forma a integrá-lo à cadeia de agronegócios, proporcionando-lhe aumento de renda e qualidade de vida, agregando valor ao produto e à propriedade.

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Terminal Intermodal de Pirapora/MG facilita exportações de milho O noroeste de Minas Gerais é uma das principais regiões produtoras de grãos do Estado

M

inas Gerais exportou 122 mil toneladas de milho em 2010 por meio do Terminal Intermodal de Pirapora, no norte do Estado. O volume corresponde a 25% de todo o milho exportado pelo Estado nos 11 primeiros meses do ano. O terminal de Pirapora foi inaugurado em 2009 pela Vale/Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e faz parte do programa Pró-Noroeste, desenvolvido em parceria com o Governo de Minas, Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (FAEMG) e Banco do Brasil. O Pró-Noroeste tem por objetivo promover o crescimento agrícola sustentável da região. A produção de grãos a ser exportada é levada para o terminal e, de lá, segue por ferrovia até o porto de Vitória, no Espírito Santo. Para facilitar o acesso entre os municípios produtores do noroeste do Estado e o terminal da região norte, o Governo de Minas está pavimentando várias rodovias da região. Cerca de 600 quilômetros de estradas já foram asfaltados recentemente pelo Governo do Estado.

“A exportação de milho via terminal de Pirapora começou em 2010. Até então, os carregamentos que seguiam para o litoral eram de soja. O terminal poderá ainda ser utilizado para outros produtos, inclusive etanol”, explica o su-

perintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), João Ricardo Albanez. Além da ligação ferroviária até o litoral, o terminal conta com galpões e silos para armazenamento de 18 mil toneladas. O investimento da Vale/FCA nesse corredor logístico para exportação de produtos agrícolas foi de R$ 300 milhões. Em 2009, foram transportadas 250 mil toneladas de grãos pelo corredor logístico, mas a capacidade é dez vezes maior. O noroeste de Minas Gerais é

uma das principais regiões produtoras de soja, milho e feijão do Estado. Mas as lavouras de grãos só ocupam 15% da área total da região. Estudos indicam que ainda há cerca de 2,5 milhões de hectares disponíveis para plantio. O potencial da região para a produção de grãos e os investimentos para o escoamento da produção estão despertando o interesse de diversos produtores. Desde maio de 2010, quatro caravanas de produtores de Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná já visitaram o noroeste de Minas e o terminal de Pirapora para avaliar as condições de produção e exportação do local. “Primeiro

fomos aos outros Estados para divulgar a região noroeste de Minas e o terminal de Pirapora. Os produtores que vieram conhecer a nossa estrutura e as condições de produção em Minas Gerais ficaram com ótima impressão. Muitos estão analisando a possibilidade de investir no plantio

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de soja no Estado”, explica o

analista de mercado da Vale, William de Almeida. As exportações totais de milho por Minas Gerais nos primeiros 11 meses de 2010 foram de 475 mil toneladas. Um crescimento de quase 2.000% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas com as vendas externas do grão também tiveram um crescimento significativo. De janeiro a novembro, o faturamento chegou a US$ 95,7 milhões. Um aumento de 1.600% em relação ao mesmo período de 2009.

“A quebra de safra de cereais na Rússia, grande produtor mundial, fez com que crescesse a demanda por milho para alimentação animal no mercado europeu. Além disso, o aumento do uso do etanol feito de milho para combustível nos Estados Unidos abriu novos mercados para países como o Brasil”, comenta Albanez.

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Os desafios do agronegócio brasileiro Atual realidade brasileira é de uma economia aberta

AGRICULTURA

P

ara Fernando Homem de Melo ainda é cedo para saber o que muda na política agrícola brasileira no governo de Dilma Rousseff. O professor titular do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (FEA/USP) considera essencial, no entanto, a continuidade de algumas iniciativas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “O Pronaf é hoje um programa muito importante para o agronegócio brasileiro”, afirma. Segundo Homem de Melo, a atual realidade brasileira é de uma economia aberta, em que os preços internacionais, a taxa de câmbio, juros, financiamento, custos de produção são muito mais importantes ao funcionamento do agronegócio do que jamais foram. “E a nova política agrícola vai ter que levar isso em conta”, adverte. Para o professor da USP, o principal desafio do novo governo no campo será elevar a competitividade do agronegócio brasileiro, assegurando

sua expansão com sustentabilidade ambiental. “As forças da agricultura hoje se chamam “ganhos de produtividade” e ocupação dos cerrados. É isso que a tornará apta a atender as crescentes demandas interna e externa. Evidentemente, uma taxa de câmbio melhor ajudará”, pondera. Em entrevista à Avicultura Industrial, uma das maiores autoridades brasileiras em agricultura e alimenta-

Fonte: Redação Avicultura Industrial

ção, Homem de Melo fala sobre as tendências do mercado internacional de grãos, avalia o potencial do Brasil para tornar-se um dos grandes jogadores do mercado internacional de produtos agrícolas, elenca os desafios do governo Dilma Rousseff na área do agronegócio e aborda assuntos atuais com a guerra cambial e seus possíveis reflexos na cotação das commodities agrícolas.

Confira! AI - Os preços dos grãos no mercado internacional apresentaram expressivas altas a partir do segundo semestre de 2010 e se mantêm em patamares elevados. Em contrapartida, nesse período, houve grande valorização da moeda brasileira em relação ao dólar. Com essa relação como ficou a rentabilidade do produtor? Homem de Melo - A melhoria dos preços internacionais ocorreu a partir de junho, mas se acentuou após agosto. Isso está sendo repassado aos produtores, repasse esse algo prejudicado pela continuada apreciação do real. Tudo começou com o trigo em julho deste ano, com as quebras de produção no leste europeu seguido por restrições às exportações desse cereal em alguns países. Através do efeito-substituição subiram os preços do milho e, em menor grau, do arroz. Entre junho e outubro os aumentos em dólares do trigo e do milho na Bolsa de Chicago foram, respectivamente, de 52,7% e 57,4%. Nesse mesmo período o nosso índice total de preços internacionais - café, suco de laranja, algodão, açúcar, soja, trigo e milho - subiu 36,9%.

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Já a apreciação de nossa moeda nesse intervalo foi de 6,8%. Dois pontos merecem ser destacados: primeiro, os aumentos dos preços em dólares se estenderam para outros produtos de nossa pauta exportadora; segundo, a apreciação cambial de junho para cá foi compensada - e em muito - pela melhoria dos preços internacionais.

AI - O aumento dos preços dos grãos no mercado internacional vai influenciar a safra brasileira? Homem de Melo - É difícil dizer se essa melhoria dos mercados agrícolas ainda terá influencia positiva nos diversos plantios no Brasil. Acho que essa valorização chegou um pouco tarde para influenciar a safra 2010/2011. Além das dificuldades das mudanças de planos, como por exemplo, na compra de insumos, existe o problema da irregularidade das chuvas e os atrasos nos plantios. Seja como for, as entregas de fertilizantes em setembro foram 14,4% maiores na comparação com setembro de 2009 (4,4% a mais no ano). As significativas altas nos preços das commodities agrícolas no mercado internacional, certamente, melhoram as perspectivas

para a safra 2010/2011.

AI - O relatório anual Perspectivas Agrícolas 2010-2019, publicado pela FAO e OCDE prevê excelentes perspectivas futuras para os países emergentes no mercado internacional de produtos agrícolas, sobretudo de grãos e carnes, inclusive com preços maiores. Que avaliação o senhor faz dessas perspectivas? Homem de Melo - O prognóstico contido no relatório elaborado pela FAO e OCDE é absolutamente pertinente. É preciso entender que dois novos fatores passaram a afetar o mercado internacional na década passada. O primeiro é a nova demanda por grãos e oleaginosas, resultante, quase no mundo todo, da ênfase na maior utilização de biocombustíveis [etanol e biodiesel]. Essa nova realidade mudou radicalmente a demanda mundial por grãos e oleaginosas, sobretudo o milho nos EUA para a fabricação de etanol. Para se ter uma ideia, neste ano foram direcionadas 118 milhões de toneladas de milho para etanol nos EUA. Esse montante representa um terço da produção

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norte-americana e quase 20% da produção mundial de milho. Portanto, essa é a primeira razão para uma mudança estrutural na demanda no mercado internacional de commodities agrícolas. A segunda razão é que o crescimento econômico mundial passou a ser mais dependente do maior crescimento econômico dos países emergentes, o que alguns analistas chamam de “efeito” China. Os países emergentes estão crescendo vigorosamente, enquanto nos países ditos desenvolvidos o crescimento econômico está estagnado. Só que as economias de alta renda já estão bem saciadas no seu consumo de alimentos, particularmente carnes. Nos países emergentes, ao contrário, o aumento da renda das camadas mais pobres da população cria margem para o crescimento no consumo de alimentos. Esses dois fatores conjugados - aumento na demanda por biocombustíveis e crescimento econômico global centrado nos países emergentes - alteram de modo estrutural o mercado internacional, através de uma taxa de crescimento maior das respectivas demandas internas e das importações de grãos, carnes e outros produtos nesses países.

AI - Há mais algum fator que venha exercendo influência sobre os preços dos grãos no mercado internacional atualmente? Homem de Melo - Sim, há um fator conjuntural ligado à crise econômica atual. Refiro-me à decisão do Fed [Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos], tomada recentemente, de injetar na economia norte-americana US$ 600 bilhões até julho de 2011. Essa medida vai gerar liquidez nos mercados e as baixas taxas nominais de juros, provavelmente negativas em termos reais, estão provocando realocação nas aplicações financeiras na direção das commodities. E aqui me refiro a todas elas: minério, petróleo e agrícolas. É isso que vem ocorrendo nos últimos meses. Uma nova onda de elevação nos preços das commodities. Em setembro e outubro últimos o nosso índice Total de Preços Internacionais de Produtos Agrícolas já passou a superar os elevados níveis do período pré-crise [junho e julho de 2008]. Portanto, acredito que esses três fatores - os dois estruturais e o conjuntural, e aqui é importante frisar que esse último fator é conjuntural, mas pode durar alguns anos - são tremendamente importantes para o Brasil porque a elevação de pre-

ços que estava restrita ao milho, soja, trigo etc. se repassou para todos os produtos, inclusive café, que são cotados em Bolsa e que têm grande liquidez.

AI - O senhor falou na decisão do banco central norte-americano. Estados Unidos e China travam uma guerra cambial particular, mas com impacto em todo o comércio internacional. Como o senhor avalia essa disputa e que tipo de impactos ela pode trazer para o comércio mundial de produtos agrícolas. Homem de Melo - O perigo para o Brasil é a depreciação excessiva do dólar e a consequente valorização de nossa moeda. O real já está valorizado - o dólar está hoje na casa de R$ 1,70 -, mas já esteve numa cotação mais baixa, que foi contida pelas medidas do governo que aumentou o IOF para frear a desvalorização da moeda norte-americana. A dúvida que fica é sobre o quê o próximo governo vai fazer para enfrentar esse problema. A nova presidente já demonstrou preocupação com a questão cambial. O Ministério do Desenvolvimento também reconhece a gravidade que a valorização do real representa para o País em termos de desindustrialização. Mas não é só isso. O agronegócio brasileiro sofre com essa situação já que a rentabilidade do setor diminui com a apreciação do real. A única vantagem em relação aos produtos manufaturados é que as commodities agrícolas, sejam elas primárias ou processadas, estão conseguindo uma compensação, isto é, maiores preços em dólares. Mas a agricultura certamente é um setor que sofre com o câmbio apreciado. Por outro lado, essa medida do banco central dos EUA pode ser favorável ao Brasil.

AI - Favorável? Homem de Melo - Dependendo da resposta dos consumidores norte-americanos pode haver um incremento da demanda interna nos EUA, que hoje encontra-se deprimida. E esse incremento na demanda pode levar ao crescimento dos Estados Unidos, o que é bom para o Brasil sob o ponto de vista de nossas exportações. O Brasil hoje reclama muito da medida do FED pelo efeito de apreciação que causa em nossa moeda. Mas se a economia norte-americana voltar a crescer vamos ganhar um pouco mais de mercado para produtos manufaturados. A recuperação da economia norte-americana é

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boa para o Brasil e para o mundo.

AI - O que cabe ao Brasil fazer para enfrentar essa guerra cambial? Homem de Melo - O governo Dilma Rousseff vai ter que intervir, vai ter que ser mais ativista na política cambial. Torço para que o Banco Central comece um processo de diminuição de nossa taxa de juros. Isso vai conter o diferencial de rentabilidade entre juros internos e juros externos. Torço também para que adote outras medidas, inclusive o controle de capitais para deter a continuada apreciação do real. Isso sem falar na redução da carga de impostos, dos investimentos em infraestrutura que são reformas necessárias para tornar o Brasil mais competitivo.

AI - Em sua opinião o que muda na política agrícola brasileira no governo de Dilma Rousseff? Homem de Melo - Vamos ter que aguardar para saber, ver quem será nomeado ministro da Agricultura, conhecer suas ideias, suas propostas. Mas um ponto importante é a continuidade de certas políticas, como o Pronaf, por exemplo. O Pronaf é hoje um programa muito importante para o agronegócio brasileiro. Em segundo lugar é preciso estabelecer uma política de preços mínimos mais ativa, particularmente para produtos como feijão, mandioca e outros que não participam do mercado internacional. Para produtos que participam do mercado internacional a política agrícola vai ser um pouco menos necessária, porque os preços em dólares estão muito bons, apesar do câmbio apreciado. Aí entram outros instrumentos como contratos de opções, financiamentos e coisas desse tipo, voltados para a agricultura familiar, mas que obviamente têm extensão à agricultura empresarial. Um ponto que costumo salientar é que com a abertura comercial, iniciada no governo Collor, o regime de câmbio flutuante, a austeridade fiscal e a política monetária, implementadas pelo governo FHC e aperfeiçoada no governo Lula, melhoraram muito a situação da atividade agrícola brasileira. O maior efeito favorável à agricultura da abertura comercial foi a drástica redução das tarifas de importação de insumos, principalmente fertilizantes e defensivos, e máquinas

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AGRICULTURA

agrícolas. Para fertilizantes, por exemplo, as tarifas de importação foram praticamente zeradas. A utilização de fertilizantes passou de 3,3 milhões de toneladas em 1989 para 12,2 milhões em 2008. Então a rentabilidade da agricultura está melhorando, os preços estão melhorando, e os custos estão caindo com a apreciação de nossa moeda. Então a nova política agrícola vai ter que levar isso em conta. Hoje a realidade brasileira é de uma economia aberta em que os preços internacionais, a taxa de câmbio, juros, financiamento, custos de produção são muito mais importantes do que antes.

AI - A política agrícola também tem sido usada pelo governo para manter os alimentos em patamares adequados no mercado interno... Homem de Melo - Nos últimos dois meses houve grande impacto do item alimentos no IPCA [índice oficial de inflação do País medido pelo IBGE] e, portanto, também na cesta básica do Dieese. Com isso os consumidores, sobretudos os mais pobres, estão sendo negativamente afetados. Então, além de olhar o lado da produção agrícola, o governo vai ter que olhar também para a questão dos preços dos alimentos aos consumidores. Aí pode entrar uma outra política tributária, promover uma redução ou eliminação de alguns tributos que incidem na comercialização de alimentos, que é muito necessária.

AI - Na opinião do senhor quais serão os grandes desafios que o próximo governo terá de enfrentar dentro do setor de agronegócio? Homem de Melo - É o investimento em pesquisa e em tecnologia. É preciso dar maior ênfase à Embrapa e promover maior interação com o setor privado na área de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A contribuição da Embrapa para a evolução do agronegócio brasileiro é enorme. É necessário dar condições para que a Embrapa continue desenvolvendo tecnologias que promovam o aumento de produtividade nas mais variadas áreas do agronegócio. Para isso é preciso um orçamento maior. E segundo é promover a interação com o setor privado. Isso vai levar o Brasil certamente a taxas maiores de aumentos de produtividade em comparação aos nossos países concorrentes

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como, por exemplo, os EUA.

AI - O senhor considera a política agrária um dos desafios do próximo governo? Homem de Melo - Essa é uma grande dúvida em relação ao próximo governo. Como é que a presidente Dilma vai conduzir a política agrária? A meu ver o presidente Lula foi excessivamente tolerante com o MST e com as invasões de terra. Isso aumentou o risco de investimento na agricultura brasileira. Ninguém vai investir sob o risco de ter sua propriedade invadida. Os compromissos firmados por ela durante a campanha, exigem um fino entendimento entre o ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário para coibir os excessos do MST e diminuir os riscos do investimento na agricultura. Mediar essa relação é um dos desafios do governo Dilma Rousseff. Espero que o próximo governo faça coisas positivas nessa área, o que não significa dizer que a questão agrária não possa ser bem enfocada, inclusive sob o ponto de vista da reforma agrária.

AI - O crédito rural passou de R$ 20 bilhões em 2002 para pouco mais de R$ 100 bilhões em 2010. É comum se ouvir, no entanto, afirmações de que o crédito rural não chega ao produtor. Por que isto ocorre e o que mudaria se este dinheiro realmente chegasse às mãos do agricultor? Homem de Melo - Chegar chega. O problema é que esse dinheiro é insuficiente. Numa conta fácil de fazer, esse pouco mais de R$ 100 bilhões de crédito representa um terço da necessidade em termos de financiar custos de produção. Um terço é o crédito agrícola, um terço são recursos próprios e um terço recursos das empresas privadas, sistema troca-troca, CPLs, principalmente grãos e exportação. O crédito rural cresceu bastante nos últimos anos, especialmente o Pronaf. Espero que continue crescendo, mas o problema é o alcance do crédito rural, porque ele tem definições quantitativas e monetárias. O crédito rural é muito mais importante na região Sul, onde predominam pequenos e médios produtores, do que no Centro-oeste, onde estão os médios e grandes produtores. Esses limites quantitativos fazem com que os médios e grandes produtores do Centro-oeste procurem

mais as empresas privadas para suas necessidades de custeio. Acho que o dinheiro oficial não vai dar para atender 100% das necessidades e acredito que não seja necessário. O agricultor tem que se capitalizar no tempo de vacas gordas - e o ano que vem vai ser um ano de vacas gordas. Ele tem que se capitalizar, tem que aprender a ser prudente, como não foi no passado, e guardar mais para aumentar esse um terço de dinheiro próprio para financiar sua safra. É preciso também resolver o problema do endividamento. Aproveitar o ano que vem que será bom em termos de renda agrícola, para aumentar a participação do dinheiro próprio no custeio e também encaminhar o problema do endividamento que será uma outra questão para o próximo governo.

AI - A boa votação da candidata Marina Silva parece denotar uma maior preocupação da população em geral com a sustentabilidade ambiental. Quando essa discussão chega ao agronegócio ela desperta paixões. Na avaliação do senhor como o setor do agronegócio vem lidando com a questão ambiental? Ele tem feito a sua parte? Homem de Melo - Todos, em sã consciência, exceto os radicais de lado a lado, prezam pelo crescimento agrícola com sustentabilidade. A sustentabilidade ambiental é uma pré-condição para o desenvolvimento do agronegócio. A ocupação dos cerrados é um grande desafio. Primeiro por que são cerca de 50 milhões de hectares disponíveis, alguns razoavelmente próximos aos centros de consumo e portos de embarque. A polêmica pavimentação da BR 163, que pode abrir espaço para expansão da agricultura adicional em Mato Grosso, também é. As obras de infraestrutura do PAC, as ferrovias, como a construção da ferrovia Norte-Sul e a Ferronorte, são obras que podem beneficiar a expansão agrícola. Mas é preciso tomar cuidado com a questão da sustentabilidade. Então um outro desafio para o governo Dilma, além da questão agrária e do investimento em pesquisa, será equacionar a expansão do agronegócio brasileiro com sustentabilidade ambiental. O agronegócio brasileiro tem boas perspectivas para os próximos anos. Há espaço para expansão, mas vamos ter que expandir com cuidado ambiental.

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Produção sustentável de Cana de açúcar Fernando Rati, Engenheiro Agrônomo, Equipe ReHAgro

AGRICULTURA

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Brasil consolida a posição de maior produtor de cana de açúcar do mundo. Características climáticas, tecnologia avançada e solos ideais para o plantio fazem com que o Brasil tenha um custo de produção aproximadamente 50% (EMATER, 2009) menor em relação a seus concorrentes, e com seus 6,5 milhões de hectares plantados nosso país é também o maior exportador de açúcar e álcool do mundo. Devido à preocupação com o meio ambiente, a cana de açúcar ganhou ainda mais força nos últimos anos, principalmente por ser uma alternativa de energia renovável, limpa e não poluente. Além disso, a cana tem sido citada como insuperável em termos de produção de matéria seca e energia por hectare, sendo assim uma interessante alternativa para alimentação animal, além de ser uma forrageira viável inclusive para propriedades pequenas, que não disponibilizam de muita tecnologia. O ponto-chave e maior benefício da cana de açúcar em relação a outros volumosos é a produtividade. Existem variedades com potencial de produção de volumoso (colmo + folhas) na ordem de 200 toneladas por hectare em um único corte, além de teores de matéria seca interessantes para alimentação animal (TABELA 1). Esse grande potencial da cana de açúcar é subutilizado por algumas propriedades rurais, atingindo baixas produções de matéria seca por hectare e diminuindo a vida útil de alguns canaviais. Essa realidade representa uma oportunidade para melhorarmos nosso processo de produção e adquirirmos conhecimento para implantar uma lavoura bem estruturada, com alta produtividade por hectare, preparo de solo adequado e melhor aproveitamento de tecnologias disponíveis.

Continuando com o foco em produção de volumoso, a cana de açúcar geralmente ocupa pouco espaço da área total das fazendas e representa uma alternativa de alimento conservado em pé, ou seja, o agricultor não tem custo para guardar este alimento na entressafra, o que representa menor custo com máquinas, implementos e mão de obra. Essa economia de atividades não é possível com a produção de silagem de milho, por exemplo, pois o grão é plantado anualmente e é necessário abrir silos para armazenamento, gerando custos consideráveis. Por outro lado, a cana é plantada em torno de cinco anos e o agricultor tem à sua disposição diferentes variedades com diferentes estágios de maturação para planejar a alimentação dos animais durante toda a entressafra. Logo abaixo, estão algumas dicas e informações técnicas para um bom e produtivo canavial:

Amostragem de solo Os pontos escolhidos para a retirada das amostras devem representar bem a área de implantação do canavial, e elas devem ser retiradas com a antecedência necessária para que sejam feitas todas as correções. São coletadas de 18 a 20 amostras por gleba, da camada de 0-20 cm para avaliarmos a quantidade de calcário e fertilizante necessários. Para avaliarmos a necessidade de gesso, devem ser coletadas de 18 a 20 amostras por gleba, da camada de 20-40 cm.

processo produtivo, desde pequenos agricultores até propriedades de grande escalão. É necessária a aplicação do calcário pelo menos 90 dias antes do plantio, lembrando que a umidade do solo é fator importantíssimo para a eficiência do mesmo. A calagem é um pré-requisito à adubação, pois reduz a perda dos nutrientes pelo aumento do poder tampão e da CTC do solo (Capacidade de Troca de Cátions).

Gessagem Como visto, a necessidade de gesso é avaliada por amostras da camada de 20-40 cm da superfície. O gesso, se necessário, geralmente é aplicado depois do calcário. A umidade do solo é fator limitante para a eficiência do gesso, já que é preciso que o corretivo se dirija para a camada mais profunda do solo. Por ser solúvel em água, o gesso leva nutrientes como cálcio e magnésio até as camadas mais profundas do solo e, como consequência, estimula o enraizamento da planta e o aumento da tolerância a veranicos.

Adubação de plantio

Assim como as correções, as adubações serão baseadas na interpretação da análise de solo, no histórico da área e produtividade esperada. Os solos brasileiros são geralmente muito pobres em fósforo. Além disso, este nutriente possui baixa mobilidade no solo, dificultando a extração do mesmo pela raiz da planta. Dessa forma, Correção do solo após uma boa calagem, devemos nos preocupar com uma boa correção des Além de corrigir o pH do solo, te nutriente, já que a cana de açúcar é o calcário é a fonte mais barata de uma culta semiperene. Em solos muito cálcio e magnésio. Por isso, esse cor- deficientes, muitas vezes se torna neretivo é utilizado em grande escala no cessária a correção em área total antes do plantio, além da apliTABELA 1. Composição bromatológica de variedades de cana de açúcar cação no sulco de plantio. Outro nutriente com o qual precisamos nos preocupar na adubação de plantio é com o potássio, que será aplicado junto com o fósforo no sulco, de acordo com as recomendações feitas a partir da interpretação da análise do solo.

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Dicas de Plantio

Adubação de cobertura

Cultivares Geralmente, uma cultivar boa para a usina também é boa para a alimentação animal, pelos fatores: alta produção de colmos, alto teor de sacarose, rebrota vigorosa, resistência a pragas e doenças, ausência de joçal e longevidade do canavial. Na escolha da variedade, levar em consideração fertilidade da área a ser plantada, aspectos agronômicos da cultivar, características bromatológicas, profundidade do solo e regime hídrico local. É recomendado o plantio de variedades de diferentes ciclos: precoce, médio e tardio. Esse plantio é importante para obtenção de um material com máxima produção de matéria seca e energia durante épocas diferentes no ano. Além disso, um corte antes da hora certa impacta na rebrota e na qualidade do alimento para os animais, já que a cana não estará com as características nutricionais adequadas. As variedades precoces têm recomendação para corte de maio a junho, variedades médias, de junho a agosto e tardias, de agosto a novembro.

Época de plantio - Cana de ano: é plantada quando o agricultor necessita da produção rápida de volumoso. O plantio é feito no começo da época chuvosa (setembro a outubro). Apresenta o menor potencial de produção no primeiro ano e requer solos menos suscetíveis a erosão por ser implantada em meses de alta precipitação. - Cana de inverno: o plantio ocorre nos meses de junho a agosto, em regiões onde não há inverno rigoroso, podendo ser necessário irrigar neste período. - Cana de ano e meio: o plantio ocorre nos meses de fevereiro a maio. Devido ao longo tempo de crescimento do primeiro corte (14 a 20 meses em solo no primeiro corte), tem um grande potencial produtivo. Esta tem sido a época mais recomendada de plantio para a maioria das situações, mas exige um planejamento da demanda de forragem com uma maior antecedência.

Com as informações aqui apresentadas, a cana de açúcar, sem dúvida, representa uma excelente alternativa para produção de volumoso e possibilita ao gestor das propriedades que possuem canaviais uma melhor gerência das atividades por ser uma cultura mais barata em relação a outros volumosos e possuir ótimos valores nutricionais e energéticos. O conteúdo deste artigo representa somente algumas atividades que são indispensáveis para obtermos um canavial produtivo e de longa duração. A cana de ano e meio representa a melhor alternativa em termos de produtividade, principalmente por ficar mais tempo no campo e o plantio coincidir com a época chuvosa. Para os produtores que necessitam de alimento urgente, a cana de ano é uma boa opção para resolução de parte dos problemas alimentares. Diante disso, o pecuarista consegue aumentar o índice de unidade animal por hectare (UA/ha) e otimizar a produção animal de maneira sustentável e organizada. Fonte: Landell, 2009

Nas adubações de cobertura, ficar atento às necessidades de potássio (K) e de nitrogênio (N), já que a cana extrai em grande escala estes nutrientes. Na literatura, para cada 100 toneladas de cana produzidas, são requeridos 100 kg de nitrogênio (N) e 150 kg de potássio (K). Os demais nutrientes devem ser disponibilizados segundo as exigências da cultura, lembrando da lei do mínimo, que explica: a produção de uma determinada cultura é limitada pelo nutriente em menor disponibilidade. Isso mostra a importância de uma boa interpretação da análise do solo por um profissional habilitado.

- Checar qualidade das mudas antes de comprá-las. Devem estar livres de doenças e pragas, ter colmos eretos e com bom desenvolvimento; - A profundidade do sulco de plantio deve estar em torno de 40 cm; - As mudas (colmos) devem ser distribuídas dentro do sulco, de forma a termos de 12 a 18 gemas por metro. Caso seja preciso colocar os colmos paralelos, sempre colocar pé de um com a ponta do outro; - A seguir, as mudas devem ser picadas (o número de gemas deve ser de 12 a 15 por metro) e cobertas com aproximadamente 5 a 10 cm de terra. Tanto a distribuição, quanto a picagem e o cobrimento devem ser efetuados no mesmo dia em que os sulcos foram abertos.

Foto1: Plantio de cana-de-açúcar

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Chegou 2011. O que você espera “de novo”?

AGRICULTURA

M

ais um ano se inicia. Para muitos de nós, o fim do “ano velho” e chegada do “ano novo” representam o fechamento de um ciclo antigo e abertura de um novo, respectivamente. Na verdade, o que quero dizer, sem a menor conotação mística, é que temos o hábito de encarar nossos anos como ciclos, ou seja, ano após ano é a mesma coisa: planejamos tudo aquilo que desejamos no período de um ano, fazemos uma enorme lista. Nas empresas, são desenvolvidos os “budgets” (ou popular orçamento), as metas de vendas. Nas fazendas, é contabilizada a produção e são traçadas as perspectivas de incremento no volume de leite para o próximo ano, sacas produzidas por hectare ou arrobas, dependendo do negócio. Com o planejamento em mãos, começamos o árduo trabalho para cumprir tudo aquilo, gastando o mínimo para se obter o máximo. Trabalhamos muito e novamente chegamos ao fim de mais um ano, em que contabilizamos todo o trabalho novamente e planejamos o que alcançaremos no próximo ano. Curiosamente, construímos nossas vidas em ciclos anuais e, durante esses ciclos, sempre “replanejamos” o que não conseguimos executar em anos anteriores e dizemos que, de novo, mais um ano se inicia. Esse hábito é algo que nos dificulta inovar, expandir soluções e, principalmente, focar em grandes objetivos de longo prazo, por-

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Caique Oliveira, Gerente de Marketing do ReHAgro

que estamos viciados nos ciclos de um ano, sempre declarando: este ano vou aprender inglês, este ano vou fazer um curso, este ano vou mudar de emprego, este ano produziremos mais, etc. No entanto, poderíamos analisar esse hábito de uma forma diferente, ou seja, não como ciclos simplesmente, mas como uma linha. O que quero dizer é que, se pensarmos em um período maior, como 20 anos ou mais, veremos que os planejamentos anuais são apenas degraus para que alcancemos objetivos muito maiores, que estão lá na frente: objetivos de vida. Por exemplo, “este ano vou iniciar um curso de pós-graduação porque pretendo oferecer novos serviços para atender apenas um segmento de clien-

tes, os quais me demandarão conhecimento específico e, por isso, pagarão pelo valor agregado. Isso irá gerar um acréscimo de 30% no meu faturamento anual nos próximos anos”. A partir dessa forma de pensar e traçar planos, observamos que o que realmente precisamos enxergar é a linha evolutiva até a realização daquilo que pretendemos e encarar os ciclos anuais como degraus. Portanto, neste ano, sugiro fazermos algo novo, diferente: planejar estrategicamente. Isso quer dizer que, quando você estiver pensando em como será o desempenho de sua fazenda em 2011, ou talvez seu desempenho profissional ou até aquilo que almeja para sua vida, deve considerar: • Quais são os objetivos a serem alcançados: liste seus alvos, descreva como você os enxerga no futuro. • Como e quando atingirá seus objetivos: trace uma linha do tempo e marque períodos definidos onde serão realizados os pré-requisitos para que atinja os objetivos. Defina esses períodos com datas de início e término. • Quanto deverá ser investido: considere o tempo, dinheiro e todos os outros recursos que deverão ser investidos. Elabore um orçamento e liste algumas opções que o ajudarão a otimizar os recursos, como estabelecimento de parcerias, por exemplo. Ao terminar, é importante se lembrar de que um bom planejamento é aquele factível de ser executado e também que ele nunca deve ser guardado, mas sempre consultado, recebendo ajustes, marcações de ações

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concluídas e anotações de percepções e falhas observadas no decorrer do período de execução. Além disso, planejar de maneira estratégica é ampliar a mente para voos mais altos, é exercitar a criatividade, a capacidade de inovação, ambicionar de maneira saudável o crescimento e desenhar dribles aos desafios que espera-se encontrar. Que 2011 não seja para você mais um ano de novo, e sim, um ano novo dos vários anos novos que virão.

Chuvas prejudicam cultura do feijão em Goiás

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Além de a água provocar problemas no desenvolvimento da planta, dificulta a aplicação de defensivos

grande quantidade de chuvas ocorrida desde o mês de dezembro tem prejudicado principalmente a cultura de feijão no Estado de Goiás. Em plena época de desenvolvimento das plantas, a grande quantidade de água significa problema, pois as folhas se colam umas nas outras e aparecem as doenças de origem fúngicas. As cidades mais atingidas no momento pelo problema são Cristalina e Montividiu. O presidente da Comissão de Grãos da FAEG, Alécio Maróstica, diz que o prejuízo é esperado, mas não há como calcular nada agora. Ele ressalta que a situação mais grave é mesmo a do feijão, pois a planta já está

em estágio avançado. Além de a água provocar problemas no desenvolvimento da planta, dificulta a aplicação de defensivos via terrestre – pois o barro impede a circulação das máquinas - e via aérea, pois não há como sobrevoar as plantações. As chuvas também diluem os fertilizantes e levam o produto embora nas enxurradas, prejudicando a absorção da planta, que sem esses recursos sofre com a queda na produtividade. A previsão é de que a colheita seja a menor das três safras. Em relação à soja, até agora não houve relatos de ocorrência da ferrugem asiática. Segundo o analista

de mercado da FAEG, Pedro Arantes, a situação está um pouco mais tranquila, uma vez que o vazio foi bem feito. Mas ele acrescenta que os produtores devem ficar em alerta, pois se houver 15 dias nublados, já é período suficiente para afetar a produção. Outro problema grave causado pela chuva é a piora na condição das estradas goianas. Várias rodovias estaduais e federais que cortam o Estado e são rota do escoamento da produção estão interditadas. A colheita começa em fevereiro e há três anos os produtores de grãos do Estado reclamam das péssimas condições das rodovias estaduais, que nesta safra devem ficar ainda pior.


3Ds: os três desafios da ovinocultura em 2011

OVINOS

No último dia 17, o FarmPoint lançou uma enquete questionando os leitores sobre os desafios em 2011. Leitores de vários estados participaram (BA, GO, MS, MT, PE, PR, SP, RJ, RS, SC e SE) e sugeriram melhorias regionais e nacionais para fortalecer os elos da cadeia ovina no Brasil. No ano passado, o portal lançou a mesma enquete e os desafios mais comentados foram: união de produtores e mão de obra qualificada, animais de elite x produtores de carne, ausência de informações confiáveis no setor e, por último, padronização e escalonamento de produção. Neste ano, alguns itens foram citados novamente e novas dificuldades foram apontadas. Confira a compilação dos comentários logo abaixo:

Planejamento da atividade

Manejo dos animais

De acordo com Paulo de Tarso dos Santos Martins, zootecnista e coordenador da cadeia produtiva de ovinos e caprinos do MT Regional, de Cuiabá/MT, os gurus das empresas vencedoras de grandes resultados já falavam aos quatro cantos do mundo que os 3Ds do sucesso são: determinação, disciplina e dedicação e que, na ovinocultura do MT, não é diferente. “Determinados temos que estar na manutenção de uma ovinocultura crescente, numérica e qualitativa. Disciplinados como empresários: programar, executar, analisar e reprogramar, sempre usando profissionais qualificados em todos os processos. Dedicados como nunca, como uma mãe cuida de sua prole, em todos os elos da cadeia produtiva”. Na mesma linha, Jaime de Oliveira Filho, consultor da CSO consultoria e serviços de Itapetininga/SP, comentou que há falta de planejamento para escala de produção e que devem ser feitos bons projetos com profissionais da área, tendo a atividade como uma linha de produção, ciente dos gastos e lucros. Para Marcelo Spinola Vianna, produtor de ovinos e diretor de operações da Green Lamb do Brasil, de Araruama/RJ, o dono da criação tem que aprender a criar, e não apenas mandar o funcionário fazer um curso para o negócio tomar uma forma profissional. “Só com a mão na massa as coisas funcionam. Não adianta dizer que a ovelha é frágil, que a verminose é a grande vilã se o “dono” vai ver os animais a cada 15 dias, quando vai passear pela fazenda. Ovinocultor tem que viver dentro do seu negócio, ou o “dono” vai ser sempre aquele funcionário especialista em tudo. É incontestável que temos nas mãos a pecuária que mais cresce no Brasil, mas, sendo criadores de final de semana, não adianta. Nada melhor do que o perfume da sua ovelha no seu macacão no final do dia”. Eduardo Amato Bernhard, médico veterinário e presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Naturalmente Coloridos (ABCONC), de Porto Alegre/RS, destacou que estamos numa fase excepcional para a ovinocultura e temos que aproveitar isso para organizar a cadeia e criarmos uma agenda a curto, médio e longo prazo.

Adilson Carvalho de Fonseca, zootecnista e extensionista da CATI de São Manuel/SP, deu algumas sugestões. “Antes de o produtor levar os animais para sua propriedade, ele deve prepará-la (pastagens, instalações, mão de obra, etc.). Eu queria ver alguém abrir um supermercado e não ter prateleiras para colocar as mercadorias, largar tudo no chão ou contratar pessoas que nunca viram uma caixa registradora. O produtor também deve incessantemente melhorar os índices zootécnicos (sanidade, nutrição, genética, gerenciamento)”. Tiago Gallina, extensionista da EMATER, de Pelotas/RS, comentou que é necessário cuidados com a nutrição dos animais para melhorar a produtividade. “Temos que cuidar do pré-encarneiramento e pré-parto para não repetir índices muitas vezes péssimos. O controle da verminose também deve ser realizado por meio do manejo integrado, com ajuste de lotação e implementação de técnicas que permitam uma menor dependência do uso de fármacos”. Ricardo José de Almeida Silva, proprietário do confinamento Hovinotel Vale do Sol, de Sinop/MT, apontou que um dos desafios ainda é o controle da verminose e Cecília José Veríssimo, pesquisadora do Instituto de Zootecnia de Nova Odessa/SP, espera que, em 2011, os fabricantes de fármacos aumentem a variedade de drogas para o combate à verminose. “A droga à base de levamisole, por exemplo, praticamente sumiu do mercado. O que a maioria dispõe aos produtores é ivermectina e albendazole, drogas que, segundo os últimos levantamentos, realizados em SP e MS, revelaram que não foram eficazes (a eficácia foi menor que 90%) em todas as propriedades avaliadas”. De acordo com Antonio Lemos Maia Neto, médico veterinário e Fiscal Estadual Agropecuário da ADAB, de Salvador/BA, é necessário implantação do Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos e Programas Sanitários Estaduais. “Devem ser feitos investimentos também nos Programas de Melhoramento Genético, para que, no futuro próximo, tenhamos reprodutores comprovadamente melhoradores”.

“O objetivo é consolidarmos o mercado de carne ovina com garantia de qualidade, preço, escala de produção, aumento de produtividade e criação de programas efetivos de melhoramento genético e sanidade, visando alcançar a confiança do mercado e índices de produção compatíveis com a nossa capacidade e que permitam ganho real ao produtor”. 36

Incentivos fiscais e ações do governo Claudio Fontoura, produtor de ovinos de Dom Pedrito/RS, ressaltou que devemos organizar a cadeia de carne ovina do “útero ao prato”. “Governo e iniciativas privadas devem estimular os ovinocultores para que os mesmos otimizem seus resultados, para que cada vez mais o negócio seja rentável e que a indústria seja cada vez mais confiável em relação a pagamentos e classificação de produtos ofertados ao público”. Corroborando com esse comentário, Gustavo Martini, zootecnista do Grupo Marfrig, de AraçaInteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011


tuba/SP, também aposta no incentivo fiscal, principalmente sobre o ICMS. Já João Luiz Lopes, diretor-técnico da Tecnovinos, de Goiânia/ GO, comentou que hoje ficamos esperando ações governamentais para o desenvolvimento do setor. “O que os governos fazem além de tributar nossa produção? É o papel deles! Um ou outro cria, na teoria, uma linha de crédito específica, diminui uma pequena parcela do ICMS de venda do produto por um determinado período de tempo e/ ou fornece um lote de animais (poucos) para início de um criatório sem ofertar nenhum conhecimento técnico ao criador. É muito pouco senhores, entretanto, é só isso que eles fazem e nós, os produtores, já nos damos por satisfeitos com essas “migalhas”. Somos, ainda, muito pequenos enquanto classe. Temos muito que evoluir até chegarmos ao ponto de sentarmos lado a lado, em uma mesa redonda, e discutirmos de igual para igual. E quando acontecerá isso? Quando fizermos as tarefas de casa direitinho. Quando reconhecermos que o setor da ovinocaprinocultura é do tamanho de uma caixinha de fósforo frente ao caminhão de demanda existente para os produtos, subprodutos e derivados dessas espécies”. Marcelo Spinola Vianna também opinou sobre incentivos fiscais. “Amigos, não adianta pedir algum tipo de benção para reduzir impostos relativos ao nosso produto. Partindo do princípio de que somos todos produtores rurais e vivemos exclusivamente das nossas terras, temos que batalhar por incentivos de crédito das instituições financeiras, custos interessantes das indústrias de sementes, adubos, medicamentos, rações, etc. Impostos, e muitos, sempre iremos pagar. Esqueceram-se de que vivemos no Brasil?”.

Marketing Denis Sabin, produtor de ovinos de Pinhão/SE, frisou que o marketing é essencial para mostrar para o consumidor que a carne ovina pode ser uma opção para o dia a dia. Clédson Augusto Garcia, professor da UNIMAR, de Marília/SP, também acredita no marketing. “A oferta de carne inspecionada nas casas de carne e supermercados, com cortes especiais, aliada a um bom marketing, faz com que o cordeiro saia do espeto e faça parte do cardápio semanal das famílias”. Claudio Fontou-

ra também falou sobre investimentos em marketing: “a população tem que conhecer a verdadeira qualidade da carne ovina, quebrando preconceitos e tendo conhecimentos sobre suas amplas possibilidades gastronômicas”. Vanderlei Pereira, empreendedor da área frigorífica de Campinas/ SP, sugeriu que os revendedores (supermercados, casas de carne, etc.) deem a atenção ideal para o produto, pois hoje encontramos a carne ovina em poucos locais e, mesmo assim, são em poucos que o produto está bem acondicionado, visível e dentro de uma arrumação ideal. “Além disso, numeraria mais um item: a importância da divulgação por parte das cooperativas, associações, etc. Isso ajudaria a melhorar a venda em termos de marcas e competição”.

Informalidade Estéfano da Mota Pereira, diretor da Assistec, de Curaça/BA, acredita que cada região possui suas particularidades.

“Aqui na região onde moro, uma das maiores produtoras de ovinos, os frigoríficos instalados estão ociosos”.

Antonio Lemos Maia Neto declarou que acredita que um dos desafios é mudar a situação da informalidade que caracteriza a cadeia produtiva na maioria dos Estados brasileiros e Tiago Gallina citou que, para isto, é necessário compromisso dos órgãos fiscalizadores e consciência do consumidor. Já Marcelo Spinola Vianna co-

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mentou que falam muito na comercialização clandestina e na carne importada como grandes concorrentes, mas que o atravessador que chega à porteira e leva uma carreta de cordeiros para algum destino desconhecido, no caso do Rio de Janeiro, é fundamental, visto que são eles que mantêm o mercado de escala ativo. “Se os frigoríficos deixarem de ser gulosos e pagarem melhor, então é possível que esse tipo de comprador vá desaparecendo aos poucos. Quanto à carne importada, devemos agradecer sempre aos irmãos uruguaios, pois, graças a eles, nossa iguaria se tornou conhecida e popular”.

Escala de produção Denis Sabin destacou que um dos desafios é a escala de produção. “O mercado está aquecido, produtores, mantenham suas fêmeas no rebanho”. Na mesma linha, Claudio Fontoura disse que devemos absorver matrizes de criadores que desejam acabar com seus rebanhos, aproveitando o aquecimento do mercado. “Nosso rebanho diminuiu muito e devemos retornar a patamares anteriores, seria desastroso perder essas matrizes. Caso isso não ocorra, ficaremos à mercê de outros países produtores de carne ovina”. Cyro Calovy Filho, agrônomo e diretor da Calovy Representações, de Alegrete/RS, acha que a questão da escala de oferta de animais em uma só época, sazonalidade na sua região, faz com que faltem animais a partir de março, e isso é muito explorado pela indústria frigorífica.

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IMA estabelece normas atendimento a doenças em aves para A portaria determina a interdição de granjas

AVICULTURA

O

Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) publicou a portaria nº 1.104, de novembro de 2010, que estabelece normas para o atendimento a suspeitas ou casos confirmados de doenças em aves no Estado de Minas Gerais. A portaria determina a interdição de granjas avícolas ou outros estabelecimentos com suspeita ou caso confirmado de doenças de notificação obrigatória, que são as doenças de vigilância epidemiológica que devem ser notificadas à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), tais como Influenza Aviária, Newcastle e Laringotraqueíte infecciosa das aves. São objetos de interdição aves vivas para quaisquer finalidades, produtos ou subprodutos avícolas, como ovos, cama de aviário, penas e outros. O médico veterinário responsável técnico ou qualquer profissional envolvido com a avicultura fica obrigado a notificar ao IMA qualquer suspeita de doença de notificação obrigatória e o aumento na taxa de mortalidade de aves na granja. O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, acredita que, com essa medida, Minas Gerais mantém a sanidade animal no Estado.

“Essa portaria ajuda na manutenção do reconhecimento que Minas conquistou pela seriedade dos trabalhos desempenhados na área da saúde animal”, afirma. Essa medida considera a importância da avicultura para Minas Gerais e a necessidade de manter os plantéis avícolas livres de doenças de impacto econômico e social. Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos de mesa do Brasil com uma produção de 8,69 milhões

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de caixas com 30 dúzias. O Estado também se destaca na exportação de ovos, sendo o maior exportador do Brasil. Além disso, Minas está entre os maiores produtores de frango, ocupando o quinto lugar, com 431 milhões de frangos produzidos durante o ano de 2009. Em novembro, IMA interditou todas as granjas avícolas em quatro municípios do Sul de Minas: Itanhandu, Passa Quatro, Itamonte e Pouso Alto. Exames feitos no Laboratório Nacional de Agropecuária de Campinas (LANAGRO), pertencente ao Ministério da Agricultura, confirmaram a presença de Lariongotraqueíte infecciosa, uma doença respiratória que pode provocar a morte das galinhas. A Laringotraqueíte infecciosa é contagiosa entre as aves. Causa a mortalidade e diminuição

da produção de ovos. Embora possa afetar todas as aves, em qualquer idade, as galinhas de postura comercial são os principais hospedeiros da doença. Os sintomas são mais observados nas aves já adultas. A porta de entrada natural da doença são as vias respiratórias e a transmissão ocorre pelo contato direto entre aves ou indiretamente, por meio de equipamentos e cama contaminados. O número de aves mortas contaminadas pela Laringotraqueíte infecciosa ainda não é significativo em Minas Gerais. Mas, para evitar que a doença se espalhe, o IMA criou barreiras sanitárias e está fiscalizando as cargas nos caminhões. Além disso, a Laringotraqueíte infecciosa não é transmitida ao homem e não há problema nenhum o consumo da carne e dos ovos dos animais contaminados.

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MS: boas perspectivas para o setor avícola em 2011

C

om uma produção média mensal de 12,1 milhões de frangos, o setor avícola de Mato Grosso do Sul alimenta boas perspectivas para 2011. Não só pelas condições favoráveis do mercado, como também pela perspectiva de inclusão dos aviários no Programa de Avanços da Pecuária (PROAPE), uma iniciativa do governo estadual criada com objetivo de promover o desenvolvimento da cadeia produtiva da pecuária sul-mato-grossense. Atualmente abrangendo os segmentos da bovinocultura e suinocultura, o PROAPE traz benefícios fiscais que viriam socorrer os produtores no momento em que as granjas precisam se adequar à Instrução Normativa nº 59 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As normas do Ministério exigem adequações físicas e sanitárias demandando investimentos médios de R$ 60 mil para cada granja.

“O investimento conjunto dos mil aviários do Estado exigiria recursos na ordem de R$ 60 milhões”, calcula a

assessora técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Adriana Mascarenhas. A entidade pleiteia junto ao governo estadual a inclusão do setor avícola no PROAPE. O programa prevê, entre outras vantagens, a redução de tributos como o que incide sobre a venda do frango aos abatedouros. Confiante na “sensibilidade’ do governo estadual para a extensão dos benefícios fiscais ao segmento, Adriana prevê um ano favorável para o segmento a partir do cenário já estabelecido este ano, impulsionado pela recuperação econômica do brasileiro e pelo aumento da demanda no mercado doméstico, devido à alta no preço da carne bovina. O saldo da avicultura sul-mato-grossense já foi positivo em 2010, com

ampliação em 19,1% na receita e em 6,7% no volume das exportações de carne de frango de janeiro a novembro, segundo dados da SECEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Das seis empresas instaladas no Estado, quatro atendem basicamente ao mercado externo, principalmente para Japão, Arábia e Hong Kong.

1º LEILÃO GIR E GIROLANDO

da Sabedoria e convidados 27 de abril às 20h no Parque de Exposições de Monte Alegre de Minas Realização

Apoio

Transmissão Sindicato Rural de Monte Alegre de Minas

Prefeitura Municipal de Monte Alegre de Minas

Informações: 34 9227-0506 - Wagner Lúcio | 34 9966-8144 - Léo Rabelo

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CAPA 40

Frete Especias para todo o Brasil!

InteRural - Revista do Agroneg贸cio | Fevereiro 2011


FestLeite da Tropical Genética será maior evento da América Latina

O

FestLeite será organizado pela Tropical Genética, empresa destaque no segmento de genética bovina. O evento promete ser um dos melhores da América Latina e vai oferecer 1011 produtos (touros, bezerras, novilhas, doadoras e prenhezes) da mais alta qualidade das raças Girolando e Gir Leiteiro e será a maior oferta de genética bovina leiteira do Brasil. O evento acontecerá no Parque de Exposições do CAMARU, onde será montada uma excelente estrutura para receber os investidores de várias regiões do país e América Latina. Nos dias 18 e 19 de fevereiro, os visitantes poderão comprar seus produtos por meio de uma feira, onde ficarão expostos cerca de 700 animais. No espaço que também pode ser chamado de shopping de animais, uma equipe de consultores de vendas ficará à disposição para recepcionar e tirar as dúvidas dos produtores.

De acordo com o diretor-administrativo da Tropical Genética, Milton Neto, tudo que envolve a realização do FestLeite Tropical foi avaliado por uma equipe de profissionais com amplo conhecimento no agronegócio, e os animais ofertados passaram por uma avaliação de controle de qualidade. Empresas de genética, nutrição, saúde animal e novas tecnologias confirmaram presença, reforçando e abrilhantando o empreendimento. Para o conselheiro da Tropical Genética, Vicente Nogueira, o FestLeite Tropical será o grande negócio da pecuária leiteira do Brasil, e a intenção é colocar o mesmo no calendário oficial do agronegócio do município e transformar Uberlândia na “Capital do Leite”, durante o período do evento. A Tropical Genética se diferencia em sua atuação por fortalecer a genética de alto nível das raças por meio de um banco genético de excelentes

“Estamos tomando todas as precauções, queremos fazer um evento cercado de muita qualidade, em que nosso principal objetivo é proporcionar bons negócios para os criadores de gado de leite”, disse Milton Magalhães Neto.

doadoras. Atualmente, em controle oficial realizado pela ABCZ, a Tropical Genética ocupa a posição de maior produtora de leite de Gir Leiteiro do Brasil. Nos últimos controles, foram produzidos em média mais de 1.300 litros de leite/dia, com

produtividade de aproximadamente 16 litros por vaca/dia. E os números da Tropical Genética são ainda maiores, quando somados à produção de leite da raça Girolando, a empresa ultrapassa a marca de 7.500 litros/dia. No dia 20/02, acontece um grande leilão, com oferta de animais de alta seleção, que terá início às 10 horas e encerramento às 20 horas sem interrupção. Para a realização do leilão, a Tropical Genética fez uma parceria com as leiloeiras Estância Bahia e InteRural Leilões e terá transmissão do canal Terra Viva. Os leiloeiros Adriano Barbosa e Cássio Paiva serão os responsáveis pela batida do martelo. “Tenho certeza que será um grande momento para o mercado de leite, uma vez que a Tropical Genética faz um trabalho sério e altamente profissional, na busca por ofertar o melhor para os compradores de todo o país”, afirma Cássio Paiva.

O diretor da Tropical Genética, Joaquim Lima, avalia de forma positiva a realização da feira de animais e o leilão.“Entendo que um dos objetivos é levar para os pecuaristas animais de melhor qualidade genética para aumentar o potencial da produção leiteira e, consequentemente, gerar emprego e renda”. Para a realização do FestLeite, a Tropical Genética conta como apoio do Sindicato Rural da Prefeitura de Uberlândia e de alguns convidados especiais com larga experiência na criação de Girolando e Gir Leiteiro.

“A Tropical Genética, conceituada pelo relevante trabalho de melhoramento genético e pela expressiva produção leiteira, considera o apoio de todos importante para o sucesso do evento”, destaca

Milton Magalhães Júnior, diretor-geral da Tropical. A larga experiência em biotecnologia de reprodução bovina e a produção de animais Gir Leiteiro e Girolando com alto valor genético fazem parte da identidade da empresa e consolidam sua força na comercialização do rico material genético que desenvolve. A Tropical Genética se diferencia em sua atuação por fortalecer a genética de alto nível das raças por meio de um banco de excelentes doadoras. O trabalho de melhoramento genético das Raças Gir Leiteiro e Girolando ultrapassa os vinte anos. A empresa também possui uma Central de Receptoras com mais de dois mil animais rigorosamente selecionados. Essa estrutura está preparada para oferecer todo suporte interno necessário nas técnicas de Fertilização in vitro (FIV) e Transferência de Embriões (TE), como também para levar até o cliente toda a qualidade dos serviços e segurança nos processos reprodutivos. Sempre utilizando a mais alta tecnologia do mercado e garantindo serviços diferenciados, a Tropical Genética alcança os excelentes índices reprodutivos comprovados pelos resultados oferecidos aos seus clientes.

Frete Especias para todo o Brasil!

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Evento ganha repercussão no Congresso Nacional e no Governo de Minas

CAPA

O

presidente da Comissão Nacional de Agricultura da Câmara Federal, deputado Marcos Montes (Uberaba), disse que a iniciativa da Tropical Genética de promover um evento de alto nível reforça a visão empreendedora e a capacidade de promover o progresso em um dos segmentos que mais colabora com o crescimento econômico do país. Além disto, sob o ponto de vista empresarial, destaca Marcos Montes, a Tropical Genética se consolida no mercado por oferecer produtos de alta qualidade e também por acreditar nas potencialidades do país, principalmente no agronegócio. O deputado federal Marcos Montes já confirmou a presença no evento e vai estar à disposição dos produtores rurais para ouvir sugestões e reivindicações voltadas aos interesses da pecuária leiteira. O líder do governo de Minas Gerais na Assembleia Legislativa, o Deputado Luiz Humberto Carneiro, considera o FestLeite da Tropical Genética um marco histórico para a pecuária brasileira, uma vez que dará oportunidade a produtores de diferentes classes econômicas de adquirir produtos de ponta, seja na feira de animais ou no grande leilão do dia 20.

“Conheço bem a equipe da Tropical Genética, eu sei da seriedade com que é desenvolvido o trabalho de seleção. Fico feliz por Uberlândia, mais uma vez, ganhar um evento dessa grande envergadura”. O deputado Luiz Humberto Carneiro tem suas origens ligadas ao setor rural. É produtor rural e empresário, ex-secretário Municipal de Agropecuária e Abastecimento (1991/95) e de Habitação (1996/99) em Uberlândia. Ex-presidente do Sindicato Rural de Uberlândia (1990/98). Como líder sindical e secretário Municipal de Agropecuária, implantou 100% de eletrificação na zona rural, transformando Uberlândia na primeira cidade brasileira de grande porte a alcançar essa marca. Desenvolveu o programa de combate

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Diretoria Tropical Genética: Milton Jr., Vicente Nogueira, Milton Neto e Joaquim Lima

ao abate clandestino de bovinos e suínos, garantindo a fiscalização sanitária de 99% da carne consumida em Uberlândia. Foi o coordenador nacional do Movimento “Não Posso Plantar”, escolhido entre os presidentes de 3 mil sindicatos rurais do país. Outro político que manifestou apoio total ao FestLeite da Tropical Genética foi o deputado estadual Romel Anísio Jorge (Ituiutaba). “Acredito que será um sucesso absoluto! Os empresários da Tropical Vicente Nogueira, Joaquim Lima, Milton Magalhães Júnior e Milton Magalhães Neto fazem um trabalho diferenciado e hoje são referência no setor de produção de genética bovina”, disse Romel. O deputado também já ocupou funções nas comissões nacionais e estaduais de agricultura.

- Evolução dos Preços no Atacado - Assistência Técnica - Cooperativismo - Sistema Agroindustrial do Leite - Situação do Mercado de Leite e Produtos Lácteos - Melhoramento Genético

FestLeite terá espaço para palestras e debates

Para o leiloeiro Cássio Paiva, proprietário da InteRural Leilões, o FestLeite Tropical vai marcar época na pecuária leiteira do Brasil. A quantidade e a qualidade dos produtos ofertados, 1011 produtos, são sem dúvidas o maior diferencial desse grande evento. “Tenho o prazer de, junto com a Estância Bahia, poder realizar o maior evento de genética bovina leiteira de toda a América Latina. Produtos Girolando e Gir Leiteiro com potencial de produção e capacidade de adaptação em qualquer ponto do território nacional”,

Durante a realização do FestLeite Tropical, os visitantes terão oportunidades de participarem de palestras, debates e discussões técnicas que envolvem o mercado leiteiro. De acordo com Vicente Nogueira Diretor da Tropical Genética, alguns assuntos tendem a maior destaque como, por exemplo: -Preço do Leite ao Produtor

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Segundo Vicente Nogueira, O FestLeite é um evento que tem a finalidade de vender genética bovina leiteira de alta qualidade, mas também de abrir espaço para troca idéias e de fortalecer o mercado com discussões de temas relevantes.

Leilão da Tropical Genética será realizado por InteRural Leilões e Grupo Estância Bahia

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disse Cássio. De acordo com o leiloeiro Cássio Paiva, o país nunca viu em um só evento a quantidade e a qualidade de embriões, prenhezes, bezerras, novilhas, doadoras e touros, todos produtos de FIV e de uma facilidade de compra para qualquer produtor de leite, independentemente do seu tamanho e da sua posição geográfica. O FestLeite Tropical acontecerá no Parque de Exposições de Uberlândia - CAMARU, nos dias 18,19 e 20 de fevereiro. Estarão à disposição dos visitantes mais de 700 animais nos pavilhões do CAMARU, que estarão à venda com preço fixo e em condições especiais de pagamento. O FestLeite Tropical terá transmissão ao vivo pela InteRural TV, no site WWW.interural. com. No dia 19, das 08h30 às 12h30, os clientes poderão acompanhar o FestLeite Tropical também pelo Canal Terra Viva. No dia 20, o evento terá início a partir das 10 horas da manhã com o leilão ao vivo e transmissão pelo canal Terra Viva, sem interrupção, até as 20 horas. O evento dessa importância fez com que surtisse uma parceria do leiloeiro Cássio Paiva, com 20 anos no mercado de leite, com a estância Bahia, empresa com reconhecimento internacional na realização dos maiores eventos de bovinos do mundo. A Estância Bahia Leilões, empresa líder de Mercado no Brasil na comercialização de animais para cria, recria e engorda e também reprodutores e matrizes PO, ressaltando que no ano de 2010 foram mais de 200.000 animais de corte e 10.000 reprodutores e matrizes, mais uma vez, busca novos horizontes. E, em parceria com a InteRural, realizará, no dia 20 de fevereiro, domingo, a partir das 10 horas da manhã, com duração até as 20 horas,com transmissão pelo canal Terra Viva, o maior evento de uma só marca das raças Girolando e Gir Leiteiro que o Brasil já presenciou. “Marcada pela sua credibilidade e inovação, a Estância Bahia percorreu um caminho promissor, expandido sua atuação em diversas cidades do país e ampliando sua experiência para vários setores do agronegócio, contribuindo diretamente com o desenvolvimento da nossa pecuária. Agora, além de um grande prazer, é também mais uma missão a ser cumprida em parceria com a Tropical Genética na realização do FestLeite, em Uberlândia”, destaca o empresário Maurício Tonhá.

Seguindo o formato de eventos como os Mega Leilões realizados pela Estância Bahia, os amigos que vivenciam a pecuária leiteira no Brasil poderão encontrar quantidade e qualidade, animais do mais alto padrão, buscando melhorar a qualidade genética, potencial de produção leiteira e, consequentemente, aumentar a lucratividade no FestLeite.

“Venha ser mais um grande parceiro! Esteja conosco durante os dias 18,19 e 20 de fevereiro no Parque de Exposições do CAMARU, em Uberlândia, participando da feira de animais e do grande leilão no dia 20, domingo. Não fique de fora do evento que, com certeza, ficará na história”, disse Maurício. Cooperativa de Prata-MG adquire produtos de FIV da Tropical Genética Com o objetivo de proporcionar acesso a produtos de alta qualidade genética, a Cooperativa dos Produtores Rurais do Município de Prata-MG adquiriu da Tropical Genética um lote de bezerras produtos de FIV (Fertilização In Vitro). “Procuramos a Tropical Genética porque confiamos no trabalho de seleção que a empresa faz e no compromisso de gerar animais de qualidade

na produção de leite. Aqui em Prata, a maioria dos nossos cooperados tem atividade concentrada na produção de leite, portanto é dever da cooperativa criar alternativas para o acesso a animais de qualidade, e o lote adquirido na Tropical Genética tem correspondido todas as nossas expectativas”, disse Adelino, presidente da COOPRATA. A Tropical Genética possui uma larga experiência em biotecnologia de reprodução bovina e na produção de animais Gir Leiteiro e Girolando com alto valor genético. A empresa faz uso de técnicas de ponta, como a Fertilização In Vitro, diminuindo o intervalo entre gerações e aumentando a produção de descendentes. A FIV é uma biotecnologia em que os processos fisiológicos são obtidos em laboratório, ou seja, fora do útero do animal. São selecionados animais que possuem um material genético de alto valor agregado. Essa técnica possui vantagens, pois a coleta pode ser realizada em animais de diferentes idades e nas mais diferenciadas condições reprodutivas, tais como gestantes e animais com problemas reprodutivos, além disto, só é necessária uma única dose de sêmen para várias doadoras e não necessita do uso de hormônios (superovulação) nas mesmas. Sempre utilizando a mais alta tecnologia do mercado e garantindo serviços diferenciados, a Tropical Genética alcança os excelentes índices reprodutivos comprovados pelos resultados oferecidos aos seus clientes. A Tropical Genética se diferencia em sua atuação por fortalecer a genética de alto nível das raças por meio de um banco gené-

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tico de excelentes doadoras. A raça Gir Leiteiro já ultrapassa 20 anos de seleção e a raça Girolando, disponível em todos os seus graus de sangue, alcançou grande aprimoramento genético. Beef Milk e Boi Assessoria presentes no

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FestLeite Tropical em Uberlândia As empresas Boi Assessoria e Beef Milk Brasil Assessoria, dos técnicos Davi Roberto e Celso Menezes, na busca por melhor atender seus clientes, ampliando sua atuação no mercado de gado de leite, fizeram uma parceria com investimentos em infraestrutura, pessoal e profissional. A Boi Assessoria, com bastante experiência, atuando no mercado há 3 anos, e a Beef Milk, empresa formada pelo zootecnista e ex-superintendente da Girolando, Celso Menezes, continuarão trabalhando com os mesmos nomes, carregando as duas logomarcas em todas as suas atividades. As duas empresas estarão presentes no FestLeite da Tropical, oferecendo todo serviço de assessoria de que os investidores necessitarem. “Estamos contentes por fazermos parte do FestLeite Tropical. Após a realização do evento, a pecuária bovina leiteira brasileira terá uma nova dimensão na forma de oferecer genética de qualidade”, comenta Celso Menezes.

FestLeite Tropical tem total apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando “Um evento dessa magnitude, mais do que demonstrar arrojo e competência de seus organizadores, valoriza e dignifica a raça que representamos, além de ser um propulsor para a pecuária leiteira nacional. Esperamos que o FestLeite Tropical seja balizador dos grandes eventos que teremos ao longo dessa nova gestão que estamos iniciando na Associação Brasileira dos Criadores de Girolando”, disse José Donato. O atual presidente da Girolando, José Donato Dias Filho, foi reeleito e comandará a entidade durante o triênio 2011/2013. Mineiro da cidade de Bocaina de Minas, ele cria a raça Girolando na Fazenda São Roque, em Miguel Pereira (RJ). Com formação em Engenharia Eletrotécnica e Administração de Empresas, Donato ainda atua como membro do Conselho de Administração da Empresa de Pesquisa Agropecuária

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do Estado do Rio de Janeiro (PESAGRO) e do Conselho Fiscal do SEBRAE/RJ.

“Mais que minha opinião, temos o posicionamento do mercado. Segundo uma especialista da revista DBO, ‘a raça Girolando está para a pecuária leiteira assim como o Nelore está para o corte’. O Girolando hoje é mais que uma raça brasileira, é um produto desejado pelos países tropicais”. Presidente do SRU, Paulo Ferolla, recebe diretores da Tropical Genética Sindicato Rural de Uberlândia é parceiro no FestLeite Tropical O FestLeite Tropical será realizado durante os dias 18,19 e 20 de fevereiro. Para a realização do mesmo, o Sindicato Rural de Uberlândia não mediu esforços e abriu as portas do parque para receber o evento de maior importância da pecuária leiteira. Os diretores da Tropical Genética, Milton Júnior, Milton Neto, Joaquim Lima e Vicente Nogueira, entregaram oficialmente ao presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da silva, o projeto de realização do FestLeite Tropical. Em uma reunião cercada de harmonia, a diretoria da Tropical Genética apresentou detalhes técnicos do evento e falou da importância que

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o evento terá para a pecuária leiteira nacional. A parceria com o Sindicato Rural é de grande relevância, uma vez que o FestLeite será realizado dentro das instalações do CAMARU. “Desde que começamos a planejar o FestLeite, tínhamos a certeza de que o Sindicato não se furtaria em nenhum momento para prestar total apoio à realização. Um evento dessa envergadura tem que ser realizado onde o produtor se sente bem, e falo isso não somente por causa das ótimas instalações do parque, mas porque aqui é a verdadeira casa do produtor rural”, disse Milton Neto. Para o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da Silva, a Tropical Genética, mais uma vez, dá uma grande demonstração do espírito desenvolvimentista que representa a empresa. “Além de trabalhar com biotecnologia, uma área que requer grande responsabilidade, a Tropical tem visão de futuro. Realizar o FestLeite aqui é dar a Uberlândia um presente de grandes proporções. Nunca o agronegócio voltado à produção de leite teve um evento com essa finalidade de ofertar genética. Tenho certeza que os produtores de todo o Brasil e também do exterior saberão valorizar essa iniciativa. Está de parabéns toda a diretoria da Tropical Genética”, comentou Paulo Ferolla. Para o 1º vice-presidente da entidade, Júlio César Pereira, a parceira com a Tropical Genética é, acima de tudo, uma demonstração de que o Sindicato trabalha para fortalecer o crescimento do mercado leiteiro da região. “Quando acontece um evento dessa importância, é obrigação do Sin-

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dicato fazer parte da parceria. Assim, estamos proporcionando a todos os pecuaristas uma grande oportunidade de adquirir produtos com genética comprovada. Gostaria nessa oportunidade de parabenizar todos os diretores da Tropical Genética pela brilhante iniciativa”. Para o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da Silva, a Tropical Genética, mais uma vez, dá uma grande demonstração do espírito desenvolvimentista que representa a empresa. “Além de trabalhar com biotecnologia, uma área que requer grande responsabilidade, a Tropical tem visão de futuro. Realizar o FestLeite aqui é dar a Uberlândia um presente de grandes proporções. Nunca o agronegócio voltado à produção de leite teve um evento com essa finalidade de ofertar genética. Tenho certeza que os produtores de todo o Brasil e também do exterior saberão valorizar essa iniciativa. Está de parabéns toda a diretoria da Tropical Genética”, comentou Paulo Ferolla. Para o presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, Paulo Ferolla da

Silva, a Tropical Genética, mais uma vez, dá uma grande demonstração do espírito desenvolvimentista que representa a empresa.

“Além de trabalhar com biotecnologia, uma área que requer grande responsabilidade, a Tropical tem visão de futuro. Realizar o FestLeite aqui é dar a Uberlândia um presente de grandes proporções. Nunca o agronegócio voltado à produção de leite teve um evento com essa finalidade de ofertar genética. Tenho certeza que os produtores de todo o Brasil e também do exterior saberão valorizar essa iniciativa. Está de parabéns toda a diretoria da Tropical Genética”, comentou Paulo Ferolla.

O Parque de Exposições de Uberlândia pertence ao Sindicato Rural, tem ótima localização e dispõe de excelente estrutura para realização de feiras de negócios e leilões.

Durante a realização do FestLeite Tropical, os visitantes terão oportunidades de participarem de palestras, debates e discussões técnicas que envolvem o mercado leiteiro. De acordo com Vicente Nogueira Diretor da Tropical Genética, alguns assuntos tendem a maior destaque como, por exemplo:

-Preço do Leite ao Produtor - Evolução dos Preços no Atacado - Assistência Técnica - Cooperativismo - Sistema Agroindustrial do Leite - Situação do Mercado de Leite e Produtos Lácteos - Melhoramento Genético

Segundo Vicente Nogueira, O FestLeite é um evento que tem a finalidade de vender genética bovina leiteira de alta qualidade, mas também de abrir espaço para troca idéias, de fortalecer o mercado com discussões de temas relevantes.

A Tropical Genética, por meio de seus Diretores Vicente Nogueira, Milton Magalhães Júnior, Joaquim Lima e Milton Magalhães Neto, agradecem de forma especial o apoio e a colaboração de todos na realização do FestLeite Tropical; em especial aos seguintes patrocinadores:

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PRODUTOR DE SUCESSO

Girolando Guima Há 12 anos, nascia o Girolando Guima, um projeto planejado na construção de uma atividade leiteira objetiva e lucrativa. Sediada em Uberaba/MG e contando com a direção de Guilherme Marquez de Rezende, o Girolando Guima desde o começo teve como foco a produção de leite da raça Girolando, especificamente no grau de sangue 5/8. Nesses 12 anos, a Guima conquistou inúmeros prêmios nas mais diversas pistas brasileiras. Atualmente, o rebanho Guima conta com 100 animais em lactação, todos registrados e com controle leiteiro oficial pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Nesta edição, vamos conhecer um pouco mais do trabalho do criador Guilherme Marquez de Rezende, que realiza um trabalho de grande sucesso. “A

raça Girolando vem crescendo em qualidade a cada ano. A melhoria das matrizes e dos touros provados estão nos permitindo enriquecer nosso rebanho rapidamente. Queremos compartilhar nossos 12 anos com aqueles que um dia nos permitiram entrar em seus rebanhos e escolher indivíduos diferenciados para levarmos para a Guima”, destaca o produtor de sucesso da edição deste mês.

Há quanto tempo o senhor fundou o Girolando Guima? O Girolando Guima surgiu em 1996, quando mudamos de Goiânia para Uberaba e adquirimos 40 vacas Girolando do criatório do Sr. Virmondes Rodrigues, que na época era um dos

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maiores produtores de leite da região de Uberaba. Na verdade, o nome Guima não significa as iniciais de Guilherme Marquez, mas sim a união de Guilherme e Mariana. Após essas primeiras matrizes, a paixão pelo Girolando tomou conta de nós facilmente. Buscamos animais diferenciados em vários criatórios de renome de nosso país, faço questão de

citar alguns: Mario José Afonso Caetano, Fazenda Capão Seco – Uberaba/MG, MA SHOU TAO – Agropecuária Boa Fé – Jubaí/ MG, Fazenda Cofrarrina – Rio das Flores/ RJ, Carlos Eduardo Cunha – Nova Caracol - Uberaba/MG, Girolando IAIA – Adolfo Nunes – Piraí/RJ, Morada Corinthiana – Uberlândia/MG, Girolando Muquem – Prata/MG, Fazenda Nossa Senhora de Fátima – Uberaba/MG.

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demos errar em nossas anotações e, principalmente, não podemos errar em nosso orçamento.

Como está sendo feito o trabalho de seleção e melhoramento no rebanho?

O senhor teve apoio de alguém em especial para fundar a Guima?

Com certeza a importância dos valores da família. Minha mãe, Eliane, sempre foi o esteio central de nossas vidas e sempre nos apoiou em nossas decisões. Somos dois filhos, Mariana e eu. Sempre um cuidou do outro independentemente de hora, local ou situação. Através da minha união com Juliana, uma nova força incentivadora, começamos a trabalhar mais forte. Agora, com a vinda do Augusto, temos um sentido ainda maior, ou seja, construir algo tendo alguém para continuar.

Quais as atividades que são desenvolvidas na propriedade? Desenvolvemos 4 atividades na fazenda, temos uma grande área de produção de cana de açúcar em parceria com a Usina Caeté, temos um pequena produção de animais para engorda, produção de leite e produção de genética para leite.

Sobre o trabalho com o Girolando, ele requer muita dedicação?

Qualquer trabalho que fazemos, seja na fazenda ou na cidade, o sucesso não acontece por acaso. Existe muito trabalho, muita atenção e muito planejamento. No caso do Girolando, estamos construindo uma raça, e isso demanda tempo. Não podemos errar em nossos acasalamentos, não podemos errar em nossa nutrição, não po-

Temos o acompanhamento do Educampo/Sebrae há cerca de 4 anos. Essa parceria trouxe um novo rumo para a nossa atividade. Criamos critérios de seleção voltados ao retorno financeiro. Assim, selecionamos nossos animais adultos por meio de critérios reprodutivos, produtivos e fenotípicos. Nos anos de 2009 e 2010, fizemos uma parceria com a Centenário Genetics (Copervale) no projeto de coleta de embriões. A partir dessa parceria, aceleramos ainda mais o nascimento seletivo de animais superiores. Fizemos aspirações em vacas especiais da fazenda e produzimos bezerras com o que há de melhor disponível na raça. Focamos então na produção do Girolando 5/8 e PS. Todas as nossas vacas são acasaladas para produzir o 5/8 ou PS. Fizemos uma parceria com a ALTA Genetics para utilizarmos os touros 5/8 em nossas vacas. O resultado é muito bom. Em 2010, colhemos ótimos frutos dessa parceria, tanto nas pistas quanto na sala de ordenha. Vaca tem que produzir leite, tem que reproduzir e tem que viver bem.

Quantos animais o senhor possui atualmente?

Atualmente, estamos com 120 animais de leite em nossa fazenda. São animais selecionados há mais de 12 anos. 75% dos animais adultos estão produzindo leite.

Como o senhor divide o tempo das atividades particulares e o da Alta Genética, empresa na qual o senhor desenvolve um excelente trabalho?

Treinando muito bem os colaboradores que trabalham no Girolando Guima. Fazemos um planejamento anual, com a participação de todos, e daí é seguir o que foi combinado. Todos os finais de semana estamos juntos e a fazenda fica a apenas 30 km da minha casa, qualquer problema resolvemos rapidamente.

nossas condições de plantio, de produção, nosso clima, nossos recursos hídricos, nossa boa vontade para trabalhar, porém precisamos capacitar pessoas. Escuto todos os dias várias pessoas reclamarem de sua atividade do agronegócio, no leite isso é quase unânime. A pergunta básica “quanto você está recebendo pelo litro do leite?” já é motivo de depreciação de nossa atividade. Ninguém pergunta quanto custa produzir um litro de leite, ninguém assume os erros primários que são feitos na fazenda. Mas todos, ou quase todos, afirmam que a atividade leiteira é ruim. Alguns até se explicam dizendo que não é mais sofredor, que agora engorda gado. Tudo isso é desculpa de pessoas não preparadas. Todo negócio precisa de planejamento. O agronegócio precisa de planejamento urgente, o governo precisa investir mais em capacitação, em informação, em atividades com apoio técnico. Quando olhamos as outras atividades, por exemplo as do comércio, percebemos que é a mesma coisa. Se não tem planejamento, a loja fecha. Repito aqui: temos tudo de bom para sermos os maiorais do agronegócio no mundo, mas precisamos de informação, capacitação e planejamento das atividades.

Qual é a contribuição da pecuária na geração de emprego e renda? A atividade pecuária é mais uma atividade do agronegócio que exige a permanência de pessoas para seu funcionamento, o que gera empregos, gera renda que movimenta o comércio e diminui o êxodo rural. Existem fazendas de pecuária que movimentam uma cidade, são grandes fazendas que empregam mais de 100 pessoas. Acredito que, por meio de projetos de capacitação de empreendedores rurais, essa contribuição irá com certeza aumentar cada vez mais.

Que análise o senhor faz do atual momento do agronegócio brasileiro?

Temos que dar graças a Deus por nosso país ser tão rico em recursos,

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Setor de couro prevê elevar faturamento para US$ 3,8 bi

PECUÁRIA

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Os dados são do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB)

setor de couro prevê faturar mais de US$ 3,8 bilhões este ano, contra os US$ 3,4 bilhões previstos para o fechamento de 2010. O volume de abates deve superar a marca de 44 milhões de cabeças de gado ao longo de 2011, mantendo o Brasil como o segundo maior produtor de couro cru do mundo atrás da China. Os dados são do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB). As exportações de couro devem fechar 2010 com US$ 1,7 bilhão, receita 10% inferior à de 2008 e 46% superior à registrada em 2009. Para o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, o grande fato do ano passado foi que a indústria brasileira do couro não conseguiu recuperar o preço médio das vendas do ano pré-crise mundial, fechando em média mensal de US$ 170 milhões, ante os montantes de 2008 quando o setor registrou exportações em torno de US$ 180 milhões. Apesar das incertezas em relação à economia mundial, para 2011 a expectativa é que as exportações atinjam um total de US$ 2 bilhões. Goerlich acredita que o crescimento do faturamento futuro vai depender mais do aumento da produção de artigos de maior valor agregado do que da quantidade de couros trabalhados. "Apesar dos altos custos de produção em nosso país que inibem a industrialização e favorecem a exportação de matérias-primas e de produtos de baixo valor agregado, apostamos numa evolução positiva em médio prazo", disse. Com uma produção de couros bovinos crus de aproximadamente 44 milhões de unidades em 2010, ante os 43 milhões de 2009, o país se mantém na frente da Índia e dos Estados Unidos no ranking de maiores produtores. "A nossa participação na produção mun-

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dial é de 13% com tendência crescente. Ficamos atrás apenas dos chineses. Para 2011 espero uma produção com certeza superior a 44 milhões", afirmou. O presidente do CICB ainda destacou que com o faturamento global de todos os tipos de couro, de US$ 55 bilhões por ano, o Brasil representa aproximadamente 6,5% no mercado mundial em receita obtida, atrás de China, Itália e Índia. "Com esses números ficamos em uma das mais destacadas posições no ranking mundial. Na produção de

couros crus bovinos, ocupamos depois da China a segunda posição e, em faturamento geral da indústria curtidora, ocupamos a quarta posição depois da China, da Itália e da Índia", comentou ele. O Rio Grande do Sul ainda é o maior polo de curtumes do país, seguido por São Paulo, considerado maior exportador, Paraná, Ceará, Bahia, Mato Grosso, Mato Groso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Pará. "Nós ainda somos os maiores em industrialização de couro do país, com um volume de 10 milhões de unidades anuais. Mas a aposta agora é investir em tecnologia e desenvolvimento genético para melhorar a

qualidade do couro", frisou Francisco Gomes, presidente da Associação das Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul). Apesar de todo o otimismo do setor, a valorização do real, os impostos altos e os atrasos na restituição dos créditos da exportação são alguns dos entraves que diminuem a capacidade de competição brasileira, disse Goerlich. "Para nossa indústria, que em grande parte depende da exportação, a burocracia excessiva e as altas contribuições sócias, particularmente em comparação com o nosso maior competidor, a China, são outros entraves. A nossa indústria é competitiva, apenas nos falta isonomia em relação aos nossos competidores”. Francisco Gomes, da AICSul, também defende as mudanças para melhorar a rentabilidade e competitividade do setor. "O problema do câmbio piorou ainda mais a nossa competitividade. Precisamos reduzir o Custo Brasil para ampliarmos as nossas condições de igualdade com nossos concorrentes", contou. Goerlich defende que o setor precisa investir permanentemente em inovação para agregar um diferencial ao produto brasileiro ante a concorrência. "O setor precisa investir mais e de forma permanente em inovação, fomentando a criatividade, e se orientar cada vez mais no modelo italiano. A única chave para sobreviver é a criação de produtos diferenciados e de preços mais altos", finalizou. O setor de couro prevê faturar mais de US$ 3,8 bilhões este ano, acima dos US$ 3,4 bilhões inicialmente previstos para 2010. O volume de abates deve superar a marca de 44 milhões de cabeças de gado ao longo de 2011, mantendo o país como o segundo maior produtor mundial de couro cru, logo atrás da China. Os dados são do CICB.

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Interações entre a nutrição e a eficiência reprodutiva em bovinos de corte – Novos enfoques

PECUÁRIA

A

s relações entre o “status” nutricional e os índices reprodutivos em bovinos são um tema que vem sendo abordado há bastante tempo por diversos grupos de pesquisa no mundo. Porém, o metabolismo animal tem uma infinidade de inter-relações, mecanismos de controle das suas atividades e, além disso, a extrema especificidade dos hormônios possibilita várias formas de estímulo ou inibição da atividade reprodutiva em bovinos. Dentro desse tema, novos enfoques têm sido dados à atuação de algumas substâncias, interferindo diretamente na ação dos hormônios responsáveis pela reprodução. Dessa maneira, colocam-se novas possibilidades de interação entre a nutrição e a reprodução, além do “status” nutricional. É sabido que tanto a ”subalimentação” como a “superalimentação” afetam negativamente a reprodução nos bovinos, sendo o balanço energético negativo o fator de maior impacto nos sistemas de produção de bovinos de corte baseados em pastagens. No caso do Brasil, o impacto negativo da entrada de matrizes com baixa condição corporal na estação de monta em relação às taxas de prenhez e nascimentos fica em torno de 10%, sendo significativo para a produção final de bezerros. Com o objetivo de diminuir os impactos da seca sobre a condição corporal das matrizes, muitos produtores utilizam a suplementação protéica como forma de atenuar as deficiências nutricionais desses animais no período de seca, continuando essa suplementação durante o pós-parto. Esse tipo de manejo não só é indicado como possibilita ótimos resultados em relação às

André Alves de Souza

taxas de prenhez do rebanho na estação de monta seguinte. É válido lembrar que, em qualquer situação, a relação custo/benefício da suplementação deve ser avaliada, bem como o melhor momento de se aplicar tal manejo. Porém, a falta de balanceamento desses suplementos pode ter um efeito contrário e levar a alterações metabólicas que prejudiquem o desenvolvimento embrionário e o estabelecimento da gestação. O uso excessivo da ureia como fonte de nitrogênio não protéico do suplemento pode levar ao aumento da concentração de amônia no líquido ruminal, na corrente sanguínea e na luz uterina, levando à morte embrionária e queda nas taxas de prenhez. Outra situação que pode levar às mesmas ocorrências citadas acima é o desbalanço protéico energético do ambiente ruminal. Suplementos com grandes proporções de proteína e pouco carboidrato degradável no rúmen levarão a aumentos da concentração de amônia ruminal e sanguínea. Segundo Funston (2004), o uso de gordura em suplementos de fêmeas de corte tem efeito direto nos índices reprodutivos, pela ação direta de alguns ácidos graxos. Essa ação direta se daria pela formação do ácido araquidônico, precursor de prostaglandinas. Porém, dependendo do ácido graxo presente, podemos ter a formação de prostaglandinas dienoicas ou trienoicas (PGF2alfa ou PGF3alfa). Diversos trabalhos de pesquisa mostram que os ácidos graxos podem atuar na reprodução por meio do aumento do número e tamanho de folículos, tamanho do corpo lúteo, qualidade de embriões e concentração de hormônios relacionados à reprodução.

A maior concentração de hormônios esteroides em resposta à suplementação lipídica ainda não está bem definida, podendo ser devido ao aumento da produção desses hormônios e/ou à diminuição do metabolismo dos mesmos. A teoria da diminuição do metabolismo dos esteroides é atualmente uma das mais discutidas para explicar as maiores concentrações de esteroides na suplementação lipídica (SARTORI e GUARDIEIRO, 2010). Hawkins et al. (1995), citados por Sartori e Guardieiro (2010), avaliaram o mecanismo pelo qual a inclusão de gordura na dieta aumenta a concentração de progesterona circulante. A concentração de progesterona foi maior para as fêmeas tratadas, porém com concentrações luteais de progesterona similares entre os animais suplementados ou não, sugerindo não haver diferença na secreção total de progesterona. Além dos aspectos relacionados às concentrações hormonais de progesterona circulante, existem os efeitos dos ácidos graxos sobre os embriões e sua fixação na parede uterina no início da gestação. Em relação ao embrião, tem-se os efeitos da suplementação lipídica sobre a qualidade do embrião e sua capacidade de produção do interferon t. Outra possibilidade de atuação dos lipídeos seria em relação ao ambiente uterino, possibilitando melhor desenvolvimento embrionário, queda da “reabsorção” embrionária e aumento das taxas de prenhez. Diversos fatores nutricionais e/ ou nutrientes estão sendo demonstrados como determinantes na ocorrência da reprodução, nos dando a possibilidade de interferirmos diretamente nos índices reprodutivos por meio da nutrição. Tal fato é extremamente importante, pois prova que, de alguma maneira, os nutricionistas tinham razão ao utilizar a famosa frase: “O cio entra pela boca”. Referências bibliográficas: FUNSTON, R. N. Fat supplementation and reproduction in beef females. J. Anim. Sci., v. 82, p. 154-161, 2004. SARTORI, R.; GUARDIEIRO, M.M. Fatores nutricionais associados à reprodução da fêmea bovina. Rev. Bras. Zootec., v. 39, p. 422-432, 2010.

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Módulos mínimos de produção: custos da produção de leite em pasto Marco Aurélio Factori - Pós-Graduando em Zootecnia Ciniro Costa - Prof. do Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal Paulo Roberto de Lima Meirelles - Prof. do Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal Cristiano Magalhães Pariz - Pós-Graduando em Zootecnia

PECUÁRIA

N

as últimas décadas são consideráveis os avanços no campo da nutrição e alimentação de ruminantes. Novas técnicas de alimentação e manejo foram propostas para minimizar os custos e aumentar a renda dos diversos setores e sistemas produtivos. Em se tratando de produção de leite em pasto, quando a forragem é diretamente colhida pelo animal, os custos de produção podem sofrer sensível redução. A oferta de alimento no momento certo (ponto ótimo de manejo da forragem) e em quantidade adequada resulta em dieta volumosa adequada para que as vacas possam produzir até 12 litros de leite por dia (DERESZ e MATOS, 1996), desde que os animais tenham potencial genético para tanto. Dessa forma, um sistema com pastagem bem estabelecia e baixo custo de implantação em comparação aos demais sistemas de produção de leite confere segurança e versatilidade frente aos altos preços de insumos e baixo preço do leite. Considerando como base o pasto (volumoso de verão), é de fundamental importância utilizar sistemas mais produtivos (lotação/ha) plantando forrageiras de alto potencial de produção. Assim, dentre esses sistemas, uma das opções é a adoção do pastejo com lotação rotacionada, que nada mais é que uma área subdividida em piquetes (por meio de cerca eletrificada), tendo como finalidade fornecer ao animal forragem de alta qualidade. Após o pastejo, esse capim deverá ser

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adubado (verão). No inverno, o uso da cana de açúcar substitui a silagem ou feno, alimentos mais caros (Tabela 1) utilizados rotineiramente nos sistemas de confinamento. A cana de açúcar é hoje o volumoso mais barato depois do pasto. Embora quando usada exclusivamente proporcione baixas produções de leite por animal por dia (4-6 litros), é atrativa por ser de baixo custo e de fácil manejo. Quanto à suplementação das vacas ao longo do ano, estas não precisam de rações que contenham produtos milagrosos que, a um passe de mágica, farão com que os animais aumentem a produção. O uso de subprodutos da agroindústria como parte dessa suplementação tem se tornado prática comum, com resultados positivos para o sistema, reduzindo o preço do concentrado utilizado. Para fechar um sistema simples e objetivo, o armazenamento do leite produzido deve ser levado a sério, mesmo que os preços para se produzir leite em pasto sejam menores em comparação à produção de leite com vacas

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FMVZ/UNESP/Botucatu/SP FMVZ/UNESP/Botucatu/SP FMVZ/UNESP/Botucatu/SP FMVZ/UNESP/Botucatu/SP

confinadas. Embora as lucratividades, segundo a literatura, sejam por volta de 20 a 30% sem considerarmos mão de obra, a obrigação é que o leite entregue ao caminhão que vai até a fazenda ou é levado até um tanque comunitário esteja em perfeitas condições físico-químicas e microbiológicas. Esta publicação objetiva relacionar e quantificar os custos de uma produção leiteira em pasto, desde a implantação da espécie forrageira até a entrega do leite no tanque de resfriamento. Assim, seguem abaixo os custos de uma produção leiteira em pasto com produção de 300 litros de leite por dia, atualizados para o ano de 2010. Para tanto, cabe ressaltar que os alguns cálculos foram realizados por docentes e discentes da área de Forragicultura e Pastagens do curso de Pós-Graduação em Zootecnia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP de Botucatu, incentivados pelos constantes questionamentos referentes à viabilidade dos sistemas de produção de leite em pastagem conduzidos com mão de obra familiar, tendo como base

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informações do IBGE de que o Brasil possui 4,8 milhões de estabelecimentos rurais e, dentre eles, 4,1 milhões são estabelecimentos familiares com média de 26 ha cada. A renda mensal média é de zero ou negativa para 15% destes, 55% até R$ 250,00, 20% entre R$ 250 e R$ 666,00, 5% entre R$ 666 e R$ 1.250,00, 3% entre R$ 1.250 e R$ 2.291,0,0 e apenas 2% acima deste valor. Assim, justifica-se essa preocupação em relação à área do sistema e a renda do mesmo. Considerou-se, então, uma família que conseguisse obter 3 salários mínimos de rentabilidade no sistema, tendo como base no ano de 2010 o salário mínimo de R$ 510,00. Assim, para efeito de cálculo, tomaremos por base uma rentabilidade de 25% (sem considerar custos com mão de obra, a qual será familiar). No entanto, fixaremos um salário hipotético de 3 salários mínimos (3* R$ 510,00 = R$ 1530,00) e um preço do leite de R$ 0,70 (média histórica). Aplicando-se rentabilidade de 25%, temos, por litro de leite vendido, lucro de R$ 0,18. Para uma renda de R$ 1.530,00 (1530,00 / 0,18), a produção diária deve ser de 283 litros. Para isso, necessita-se de 18 vacas em lactação de 16 litros de leite em média, mais 6 vacas secas. Considerando uma taxa de lotação no pasto (verão) de 15 UA/ha e 1 hectare de cana para alimentar de 20 a 25 vacas

durante um período de 150 dias (inverno), temos: 1,6 ha de pastagem (verão) e 1 ha de cana de açúcar, ambos bem manejados. Além disso, computou-se 1 ha para instalações. No entanto, não só produzir a baixo custo é necessário, mas também que o investimento inicial seja o menor possível. Para tanto, considerando uma rentabilidade igual à citada anteriormente, de três salários mínimos, é comum observarmos sistemas rentáveis como a criação de frangos, que em menos de 1 ha consegue rendas acima do previsto. Todavia, o investimento inicial é alto se considerados os equipamentos utilizados, dentre eles bebedouros, comedouros, além de toda a estrutura de barracão e demais construções. Nesse contexto, de acordo com a Tabela 2, observam-se os custos para o módulo de produção de leite em pasto, desde a implantação do pasto, compra de animais e custo de investimentos com instalações. As instalações serão o mais simples possível, porém funcionais para o aspecto de higiene, condições de trabalho e versatilidade. Na Tabela 3, encontram-se os valores do custo de manutenção das benfeitorias, diluídos para os anos de utilização. Na Tabela 4, encontram-se a receita do leite vendido e os custos de produção, não inclusos gastos com mão de obra.

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A partir da visualização das tabelas, pode-se concluir que a produção de leite é rentável (R$ 1.530,00) em pequenas áreas (3,6 ha) em relação às outras atividades pecuárias, como a bovinocultura de corte e ovinocultura, que necessitam de áreas maiores para se obter o mesmo lucro, que serão abordadas em outras publicações. Apesar dos custos iniciais inerentes à atividade, é possível diluí-los. Assim, toda e qualquer benfeitoria pode ser financiada, bem como a compra dos animais, que pode ser gradativa e seguindo metas previamente estabelecidas. Para tanto, todo e qualquer sistema de produção precisa de planejamento e oportunidades de mercado devidamente gerenciados para cumprir objetivos e alcançar o sucesso. Fica evidente que a produção de leite em pasto é a atividade pecuária que demanda menor área quando se trata de estabelecimentos familiares. Literatura citada CEPEA/ESALQ-USP - Metodologia do índice de preços dos insumos utilizados na produção pecuária Brasileira. Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, 2010. DERESZ, F.; MATOS, L. L. Influência do período de descanso da pastagem de capim elefante na produção de leite de vacas mestiças Holandês x Zebu. In: Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia, 33, 1996, Fortaleza. Fortaleza: SBZ, 1996, v. 3, p.166-167.

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Golden Retriever

PET

Aparência

A pelagem vai do dourado até o creme. Possui um porte atlético, constituição simétrica e harmoniosa, dorso curto com um tórax poderoso, costelas longas e bem arqueadas e linha superior do dorso direita. Cabeça e crânio equilibrados, com um stop pronunciado (chanfradura nasal, isto é, o desnível entre a testa e a base do nariz). Parte superior da cabeça larga. Focinho forte, largo e comprido, com um comprimento semelhante ao do crânio. Nariz preto. Olhos castanho-escuro, bastante afastados, com bordos escuros. Orelhas de tamanho médio, implantadas mais ou menos ao nível dos olhos. Maxilar forte com perfeita oposição das duas maxilas. Membros anteriores direitos, membros posteriores fortes e musculados, sendo longa a parte inferior da coxa e o ângulo do corvilhão bem marcado. Os jarretes devem ser amplos e rectos, sem desvios. O Golden tem pés de gato, arredondados. A cauda está implantada à altura da linha dorsal e normalmente mantém-se nessa posição. Deve chegar até os jarretes e não é curva na ponta. Os movimentos de cão são fortes, com boa cadência.

Temperamento

Seu temperamento é calmo. É excelente para atividades físicas como o agility, uma das formas que os proprietários arrumaram para uma maior integração com seus cães, que estão sempre prontos a agradar e obedecer. Por ter um excelente olfato, é muito usado para farejar drogas e como guia de cegos. Por ser um cão de temperamento equilibrado, acredita-se que possa ser criado, inclusive, em apartamentos, apesar de seu grande porte. Também pode ser criado para a terapia.

Bem-estar

O Golden Retriever tem boa adaptação a qualquer espaço, inclusive a apartamentos. É muito popular por ser dócil com seus donos, amistoso com crianças, obediente e muito inteligente. Bastante mimado, não suporta a solidão durante muito tempo caso não tenha sido habituado a isso desde pequeno. Por vezes, é preciso proteger o cão da criança, de tão dócil que ele é. Adora comer, por isso convém ter cuidado para que o cão não fique obeso. Não apresenta quaisquer sinais de agressividade e tolera muito bem outros animais. Bastante inteligente, aprende facilmente qualquer ordem. Precisa ser ensinado desde pequeno

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Golden Retriever é uma raça de cães de origem britânica. Em inglês, seu nome significa: Golden= dourado - Retriever= o que recupera

para que não falhe quando adulto.

História

A seleção da raça teria sido iniciada pelo Lord Tweedmouth em Brighton, no Sul da Inglaterra, por volta de 1835, quando supostamente teria adquirido 8 cães de um circo russo. Levou-os para a sua propriedade na Escócia, que se chamava Guisachaar. O Lorde possuía o passa-tempo de caçar cervos. Foram feitos acasalamentos com o Bloodhound para aperfeiçoar o olfato e diminuir o tamanho dos cães. Estas são apenas suposições, que se deparam com outra hipótese: o cruzamento com Tweed Water Spaniel, hoje uma raça extinta, e dos Wavy-Coats pretos com o Setter Irlandês. A linhagem desenvolvida na Escócia chamava-se Ilchester. Ao longo dos anos, outras linhagens foram desenvolvidas, até que se chegou ao Golden conhecido hoje. O primeiro Golden chegado ao Brasil foi Patrick, que tinha o nome de registro: Eldorado of Gold Leaf. Sua proprietária, Sra. Yvette Tobião, o comprou de um canil na Califórnia. A partir daí, a raça começou a entrar no Brasil por mais dois canis no Rio de Janeiro e, hoje, se encontra por todo o país. A raça foi reconhecida em 1911. Tido hoje como ótimo cão de companhia para quem gosta de cães de porte grande, ele é assim, um companheiro fascinante. Muito dócil, ele tem um ótimo comportamento e é muito agradável. Além de manhoso, é também um amigo confiável, o melhor deles.

Saúde

Como todo cão de caça, o Golden é resistente, mas suscetível a problemas, como:

• Displasia coxo-femural - detectada entre o 5º e 8º mês de idade, sempre antes dos 18 meses. Cães com este problema não devem reproduzir, evitando-se, assim, transtornos no futuro e que seja colocada em risco a reputação do criador. • Atrofia progressiva da retina detectada entre o 4º e o 8º ano de vida, pode levar à cegueira total ou parcial do animal. Podem ser feitos exames oftálmicos depois dos 24 meses para prevenção. • Catarata e Entrópio de pálpebras - pode aparecer a partir do 3º mês de idade. • Piodermite - pode ocorrer por inúmeros fatores; distúrbios metabólicos, deficiências imunológicas, descontrole endócrino ou por processos alérgicos.

Cuidados

A escovação semanal é necessária, sempre com a escova de pinus ou rasqueadeira. Os ouvidos, por essa raça possuir orelhas caídas, devem receber atenção especial. Limpe-os com uma solução específica semanalmente. Nos banhos, dados com shampoo ou sabão próprios, o cão deve ser bem enxaguado para que não fiquem resíduos que possam prejudicar sua pele. O uso de um bom condicionador para cães é indicado para amaciar o pelo. As orelhas deverão ser limpas quinzenalmente. Os Golden Retriver são os cachorros mais dóceis de todos, são muito espertos e adoram brincar. Nas competições, são ágeis e obedientes, com as crianças são muito comportados e brincalhões. Seu peso vai de 30kg até 40kg. Os machos chegam a ter de 56 a 61 cm e as fêmeas, de 51 a 56 cm.

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Border Collie

O

Border Collie é um cão de origem inglesa, fronteira com a Escócia. Raça desenvolvida por fazendeiros, pastores de ovelhas, teve todo o trabalho de aperfeiçoamento genético voltado para o pastoreio, há mais de 200 anos. Era chamado de Collie trabalhador, para distinguí-lo do Rought Collie (no Brasil conhecido por Collie - Lassie). Esses homens da acidentada região fronteiriça inglesa, daí o nome Border (fronteira), tinham como preceito cruzar apenas os exemplares que mais se destacavam para o trabalho com ovelhas, escolhendo entre o plantel (cães da criação) os melhores pastores, resultando destes cruzamentos, exímios cães de trabalho. Essa condição era a principal entre os que desenvolviam a raça e, por causa da simplicidade desses fazendeiros, o BorderCollie ganhou a aparência rústica e exótica - que mais parece um "viralatinha" do tipo que geralmente vemos nas ruas -, mas ganhou também uma inteligência extraordinária, considerado pelo estudioso do comportamento canino, Stanley Coren, como o cão mais inteligente do mundo.

Aparência

Tamanho entre 40 e 52 cm, peso de 13 a 27 kg (machos) ou a 25

kg (fêmeas). Todas as cores são admitidas, sendo o branco e preto o mais abundante, com possibilidades comuns de variação para: preto, chocolate, tricolor, merle, sable, saddle. Existem duas variedades de pelagem: pelo longo (ou grosseiro), com cerca de 8 cm de comprimento, e pelo curto (ou liso) com 2,5 cm de comprimento.Por dia gasta, em média, apenas de 300 a 550g de ração.Ele é um cão muito belo para se ter em casas, desde que tenha bastante espaço para ele se exercitar.

Temperamento

Deve ser criado em espaços amplos e necessita de constantes exercícios. No Ranking de inteligência elaborado por Stanley Coren, o Border Collie é cotado como o cão mais inteligente do mundo. A convivência com outros cães e crianças costuma ser tranquila.

Utilidade

É muito usado na prática de agility, Frisbee, obediente e excelente pastor de ovelhas. É resistente, ágil e considerado um cão incansável. Por seu alto gasto de energia, não deve ser mantido confinado em espaços pequenos e, quando na cidade, deve ser levado para passear e correr regularmente. Deve-se salientar que esse cão não se cansa facilmente, já que foi aprimorado geneticamente durante séculos para

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ser um cão de pastoreio, o que significa que ele precisa de, no mínimo, um par de horas, ou mais, de atividade diária para ser um cão equilibrado e feliz. Também é muito usado como cão de companhia, mas devem ser feitas com ele atividades diárias, nem que seja uma volta para passear. Ele é brincalhão e se dá muito bem com outras raças. Dotado de extrema habilidade, o BorderCollie atinge uma velocidade de mais de 70 km/h e, por ser um cão de trabalho pesado, resiste ao cansaço enquanto trabalha, demonstrando muita disposição até terminá-lo. De ótima tratabilidade, os Borders são talvez a única raça cujo padrão oficial permite várias colorações de pelagem e, também, um olho de cada cor nos cães cuja pelagem seja do tipo "merle" (cor em que se misturam várias tonalidades, sobre um fundo geralmente acinzentado).

Companheiros comuns Os Borders geralmente se dão bem com outros animais, de estimação ou não. Na presença de grandes animais, como bois e ovelhas, a raça tende a mordiscar seus jarretes, na tentativa de pastoreá-los. Esse comportamento também é observado com crianças pequenas.

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Toxoplasmose: com conhecimento se previne corretamente.

C

ausada pelo protozoário Toxoplasma gondii, um dos mais prevalentes parasitos dos vertebrados de sangue quente, a Toxoplasmose é uma importante zoonose. Muitas dúvidas existem em torno dessa doença e as fezes dos felinos na maioria das vezes são apontadas como a principal forma de infecção para os humanos, mas devemos saber que existem outros meios de infecção, como por exemplo, ingestão de carnes malpassadas, leite cru entre outros, que devem ser conhecidos.

PET

Ciclo de vida do parasita

Os felídeos são os únicos animais em que o protozoário pode completar o seu ciclo, ou seja, eles são os hospedeiros definitivos do parasito. Outros animais (bovinos, equinos, caprinos, ovinos, aves e cães) e o homem apenas podem manter a fase assexuada do parasito, ou seja, são hospedeiros intermediários. Os felídeos são infectados ao ingerir a carne do hospedeiro intermediário com o parasita e isso faz com que eles eliminem oocistos imaturos nas suas fezes. O ciclo assexuado tem início quando o oocisto é formado, no tubo digestivo do hospedeiro definitivo, e eliminado pelas fezes. Após a sua eliminação se dá a esporulação, que é caracterizada pelo aumento de volume do parasito e pela produção de esporozoítos no seu interior. Esse processo só estará completo quando formar espo-

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Priscila Figueira Brabec marketing@tortuga.com.br

rozoítos, que é o que caracteriza o oocisto infectante. O tempo da esporulação depende das condições ambientais no solo onde está o oocisto (geralmente 1 a 5 dias). A ingestão do oocisto constitui uma das formas de infecção dos hospedeiros intermediários e neles o oocisto se rompe no intestino, liberando os esporozoítos que invadem os enterócitos (células intestinais). Dentro do enterócito, cada parasito é denominado taquizoíto. O taquizoíto se divide várias vezes, de forma assexuada até o rompimento da célula hospedeira. Esse processo se repete várias vezes, liberando grande número de taquizoítos para a invasão de novas células no sangue e nos tecidos. Logo após a invasão de uma nova célula por um taquizoíto, o ciclo assexuado pode levar à formação de bradizoítos intracelulares. A formação de bradizoítos começa a ocorrer com maior intensidade quando o hospedeiro intermediário desenvolve imunidade específica, caso contrário os taquizoítos continuam infectando novas células. Os bradizoítos se multiplicam bem mais lentamente que os taquizoítos, mas estão menos acessíveis à resposta imune, no interior de cistos teciduais. O ciclo se completa, quando o felídeo ingere os tecidos infectados do hospedeiro intermediário. Isso possibilita aos bradizoítos encistados infectarem o seu intestino, realizarem o ciclo sexuado levando à formação final de oocistos e eliminá-los novamente.

Aspectos clínicos em felinos: Aproximadamente 10% a 20% dos felinos experimentalmente inoculados desenvolveram diarreia autolimitante no intestino delgado por 1 a 2 semanas. A toxoplasmose extraintestinal fatal pode se desenvolver a partir da replicação sistêmica dos taquizoítos após infecção primária, com o envolvimento dos tecidos hepático, pulmonar, do sistema nervoso central e pancreático. Filhotes infectados transplacentariamente ou pela amamentação desenvolvem os sinais mais graves e geralmente morrem ou desenvolvem doença ocular. Os achados clínicos comuns nos felinos com toxoplasmose disseminada incluem depressão, anorexia e febre seguida de hipotermia, efusão peritoneal, icterícia e dispneia. A infecção de T. gondii deve estar na lista de dos diagnósticos diferencias para felinos com uveíte anterior ou posterior, febre, hiperestesia muscular, perda de peso, anorexia, ataxia, icterícia, diarreia ou pancreatite.

Diagnóstico:

Os felinos com toxoplasmose podem ter uma variedade de anormalidades clínico-patológicas e radiográficas, mas nenhuma documenta especificamente a doença. Nos testes sorológicos, a IgM é a imunoglobulina que melhor se correlaciona com a toxoplasmose clínica

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felina, já que essa classe de anticorpo raramente é detectada no soro de felinos saudáveis. O diagnóstico da toxoplasmose clínica pode ser baseado na combinação de: - Demonstração de anticorpos no soro, o que confirma a exposição ao T. gondii. - Demonstração de qualquer título de IgM acima de 1:64 ou aumento de quatro vezes ou mais no título de igG, o que sugere infecção recente ou ativa. - Sinais clínicos

Tratamento:

Deve ser instituído o tratamento de suporte, quando necessário. Hidrocloreto de clindamicina administrado por quatro semanas ou uma combinação de trimetropim-sulfonamida administrada também por quatro semanas tem sido usados mais frequentemente para o tratamento da toxoplasmose felina clinica. Azitromicina tem sido usado com sucesso em um número limitado de felinos, mas a duração ótima da terapia é desconhecida. Felinos com sinais clínicos sistêmicos de toxoplasmose, como febre ou dor muscular associada à uveíte, devem ser tratados com fármacos antitoxoplasma em combinação com corticosteroide oral ou parenteral para se evitar luxações secundárias da lente e glaucoma. Os sinais clínicos que não envolvem os olhos ou o SNC usualmente se resolvem dentro dos primeiros 2 a 3 dias de administração dos fármacos; a toxoplasmose ocular e do SNC responde mais lentamente à terapia. A recidiva dos sinais clínicos pode ser mais comum nos felinos tratados por um período menor que quatro semanas.

Aspecto zoonótico e prevenção

No homem, a maior parte dos casos de infecção pós-natal se manifesta de maneira subclínica ou assintomática e o sistema imunológico, quando saudável, consegue combater a doença gerando imunidade. Entretanto, quando uma gestante não imune se infecta pode ser muito grave. Nesse caso o feto é mais susceptível à infecção, visto que pode desenvolver lesões oculares e no SNC. Isto é chamado de infecção pré-natal. Outro caso extremamente grave da doença é observado em situações de imunossupressão ou imunodeficiência. Um exemplo disso é o que ocorre quando a toxoplasmíase se manifesta em aidéticos. Nesse grupo, esta parasitíase é uma das principais causas de morte por encefalite.

Na maioria dos casos o diagnóstico é realizado através de sorologia (métodos imunoenzimáticos e de aglutinação). A identificação do parasito também pode ser feita em líquidos orgânicos, como líquor e lavado brônquico. Outras técnicas menos usuais são a biópsia, o PCR e o isolamento em animais de laboratório. Os humanos adquirem toxoplasmose mais comumente através da ingestão de oocistos esporulados ou cistos teciduais, ou via transplacentária. Nas tabelas abaixo temos os métodos para prevenção da toxoplasmose em humanos: •Prevenção da ingestão de oocistos; •Evitar alimentar os felinos com carne malcozida ou crua; •Não permitir que os felinos comam ratos; •Limpar a caixa de areia diariamente e jogar as fezes na bacia sanitária, com posterior descarga e lavar com água escaldante; •Usar luvas para trabalhar com o solo; •Lavar bem as mãos com sabão e água após a jardinagem; •Lavar bem os vegetais antes da ingestão; •Beber água filtrada; •Tratar a eliminação de oocistos dos felinos com fármacos antitoxoplasma. •Prevenção da ingestão de cisto tecidual; •Não comer carnes malcozidas; •Não tomar leite cru; •Cozinhar todos os produtos cárneos a 66 ºC; •Usar luvas quando manusear carnes; •Lavar bem as mãos com sabão e água após a manipulação de carnes; •Congelar toda a carne no mínimo por 3 dias antes de cozinhá-la.

- Os felinos geralmente eliminam oocistos apenas por poucos dias ou semanas, após inoculação primária; - A eliminação de oocistos é rara, mesmo nos felinos imunodeficientes; - Os felinos são muito limpos e geralmente não permitem que as fezes permaneçam na sua pele por período de tempo suficiente para levar a esporulação dos oocistos; - Não é só porque é gato que possui toxoplasmose, ele precisa se infectar;

Ter contato com gatos não é uma via comum de se adquirir toxoplasmose pelas seguintes razões:

Bibliografia: NELSON R. W.; COUTO C. G. Medicina interna de pequenos animais. Rio de Janeiro, 2006, 3º edição, 1259-62p.

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Por essas razões, devemos nos atentar principalmente aos alimentos e higiene e seu cozimento, que, para nós humanos, são mais relevantes contra a infecção de T. gondii. Conhecendo melhor o ciclo da toxoplasmose, podemos concluir que a mulher quando fica grávida não precisa se desfazer de um gato de estimação, apenas utilizar os métodos de prevenção citados na tabela 1 ou, se preferir, levar o animal ao médico veterinário para realizar a sorologia e, caso necessário, o devido tratamento. O mito mulher grávida x gatos, por muitas gerações deixou gatos abandonados à própria sorte nas ruas, expondo-os ao risco de uma infecção pelo T. gondii devido ao fato de terem que caçar e buscar alimentos no lixo para sobrevivência, tornando-se um sério problema de saúde pública não só pela infecção de T. gondii, mas também pelo risco de adquirir outras zoonoses (raiva, giárdia, dermatófitos, entre outros) e reprodução sem controle.

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UberBrahman consolida parcerias internacionais

BRAHMAN

O

plantel UberBrahman, de Aldo Valente e Carlos Balbino, firmou durante o Congresso Mundial da Raça Brahman, realizado no Brasil em outubro, importantes parcerias com criadores e empresas da Colômbia e Venezuela. Essas relações comerciais foram consolidadas em visita aos países no início de dezembro O médico veterinário e gerente-técnico do plantel UberBrahman (Uberlândia/ MG), Thiago Camargo, participou da Feira Nacional Cebu, em Bogotá – Colômbia, no início do mês de dezembro e aproveitou a ocasião da viagem para consolidar parcerias comerciais entre o plantel e criadores daquele país, que foram firmadas inicialmente durante o Congresso Internacional da Raça Brahman, que ocorreu em Uberaba/MG. Thiago realizou a viagem acompanhado de Emilio Poubel, um dos técnicos do UberBrahman. No total, foram 7 dias na Colômbia que envolveram diversas ações de estreitamento comercial entre o plantel UberBrahman e criadores e empresas daquele país. A principal delas foi uma visita à Central San Esteban, de Bogotá, para conhecer os touros Brahman disponíveis. A ocasião também foi produtiva, pois Thiago conheceu pessoalmente o touro colombiano JPS Neru Manso 005/D5, adquirido em sistema de condomínio pelo plantel UberBrahman, Fazenda Braúnas e JPS em parceria com a Central durante o Leilão Internacional de Touros, no Brahman Congress. Neru é destaque absoluto no rebanho Colombiano e é o único touro daquele país com sêmen liberado para venda no Brasil.

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“Temos interesse em realizar novas aquisições para troca de genética com a Colômbia, por isso a viagem foi bem-sucedida no sentido de conhecermos os protocolos, custos de produção, jovens reprodutores, entre outros detalhes que são importantes para se consolidar novas parcerias”, comentou Thiago.

Ele complementa que realizou um levantamento da produção e venda do sêmen de JPS Neru Manso 005/D5 e programou a produção de 500 doses de sêmen por semana. Hoje, a dose do sêmen desse touro está avaliada em R$ 30,00. “A Colômbia trouxe dos EUA uma genética de ponta na raça Brahman há muitas décadas e desenvolveu animais funcionais e produtivos, aptos às condições do Brasil. Nosso objetivo é abrir as portas comerciais entre o Brasil e a Colômbia e estender esse relacionamento para outros criadores interessados”, Thiago ressalta.

Outras ações na Colômbia Ainda na Colômbia, aproveitando os 7 dias de passagem por aquele país, Thiago Camargo realizou outras ações importantes. Uma delas foi a concretização de uma negociação para intercâmbio de genética com a Embriogen Cenate SA, viabilizada através de uma reunião com o gerente da unidade, Julio César Olaya Oyuela. Outros momentos importantes foram: o encontro com o presidente da Associação Colombiana de Criadores de Zebu (ASOCEBÚ), José Victor Chahin, momento no qual discutiu sobre as ava-

liações genéticas aplicadas pelo plantel UberBrahman em Uberlândia/MG; e, também, uma visita realizada à Fazenda San Gabriel, um criatório tradicional colombiano tanto em volume de produção como em representatividade genética e comercial naquele país. Para finalizar as ações na Colômbia, Thiago acompanhou presencialmente alguns dias da Feira Nacional Cebú, que é o evento mais importante do gado Zebu colombiano, reunindo exemplares das raças Brahman, Gir e Guzerá, bem como insumos agrícolas, pecuários e acessórios. Durante o evento, realizou várias tratativas para exportar sêmen e embriões para Colômbia, onde a genética que leva a marca UBER já é bastante esperada.

Venezuela No Estado de Barinas, na Venezuela, região onde há a maior concentração pecuária do país, o plantel UberBrahman realizou estreitamento comercial com os proprietários e parceiros do animal Mr. Uber Átina 353, comercializado também durante o Brahman Congress em Uberaba/MG. “Lá conhecemos a Ganaderia Nuevo Mundo, no município de La Mula. Nossa intenção é, também, o estreitamento de relações para abrir portas comerciais para a raça Brahman com aquele país”. Conheceram diversos rebanhos com mais de 30 anos de seleção, muitos deles com mais de 1.000 matrizes registradas Brahman. Criadores venezuelanos utilizam avaliações zootécnicas há muitas décadas e adquiriram genética UberBrahman objetivando levar um refrescamento de sangue com aumento de produtividade aos plantéis. Carlos Linares, atual sócio do UberBrahman, está muito empolgado: “criamos Brahman há mais de 40 anos, com investimento constante na melhor genética Brahman, e estamos certos de que o Mr. UBER Átina 353 promoverá aqui na Venezuela o mesmo salto genético que conhecemos no Brasil, mais especificamente no plantel com a marca UBER”. Somente para o seu rebanho, Carlos já solicitou a produção de 3.000 doses de sêmen do jovem reprodutor, que é Campeão de Pistas e de Provas Zootécnicas. As ações desenvolvidas acima terão continuidade até o final do mês de janeiro de 2011, quando os criadores da Venezuela e da Colômbia virão até Uberlândia/MG para conhecer pessoalmente os animais do plantel UberBrahman, os trabalhos genéticos desenvolvidos pelo plantel e prosseguir com os acordos comerciais entre os países.


Simulação de um Cenário Leiteiro utilizando Fêmeas F1 Brahmolanda, IC Leite Isaac Cohen Persiano1, Gustavo Guerino Macedo2 1Brahman IC, Governador Valadares, MG. brahmanic@terra.com.br 2Doutorando Medicina Veterinária – UFV DTI-2 FAMEZ, Campo Grande, MS

A

seleção Brahman IC Voltada a contribuir com a pecuária comercial é efetuada desde 2003 visando Brahman com forte estrutura corporal, produzindo touros funcionais, de bons aprumos e umbigo corrigido, e vacas F1 para leite sempre usando linhagens de excelente habilidade materna e que transmitem bons úberes. Tal seleção inclui ainda animais de pista como MR IC POI 19 (1º premio Uberaba) com venda de sêmen pela ABS PECPLAN. Além do mais é avaliado o leite das vacas, sendo pioneiro em pesagem oficial pela ABCZ de vacas brahman puras, e produção de F1 através de FIV e TE. Neste sentido, observa-se a possibilidade de produzir F1 Brahmolanda através do cruzamento de vacas Brahman puras de excelentes úberes e de linhagens de alta habilidade materna com sêmen de touros holandeses provados para produção de leite e persistência de lactação. Acredita-se que a melhor situação para o pequeno e médio produtor de leite, seja utilizar o espaço todo de sua propriedade para vacas em idade de reprodução, adquirindo F1 Brahmolanda de qualidade e usar touros Brahman para fazer bezerros(as) de alto valor de revenda (bezerros ¾ Brahman se enquadram como os melhores para recria de corte). Propriedades menores, que se dedicam em recriar fêmeas para serem futuras vacas de leite, perdem um espaço que poderiam estar ocupados com vacas em produção, consequentemente maior volume leite/dia. Se analisarmos, mais produção de leite, bezerros mais valorizados e vacas descarte de maior valor, conseguiremos mais lucro e melhor gerenciamento. Neste sentido faz-se a seguinte análise funcional em uma propriedade de 100 hectares. Sistema tradicional com recria de fêmeas: Calculando 100 reses teríamos espaço aproximado para 50 vacas e 50 fêmeas de recria de 7 meses a 3 anos. Com 50 vacas em lactação média de 9 meses e um índice de 80% de fertilidade/ano, teremos próximo de 30 vacas no curral e uma produção anual de 40 bezerros/ano de menor peso, por serem produtos de vacas leiteiras, consequen-

Momento do Registro da 1º Brahmolanda Alice IC pela ABCZ no Congresso

temente de menor valor de mercado. Sistema de aquisição de fêmeas F1 Brahmolanda e venda total de bezerros ¾ Brahman: Neste sistema vamos reduzir o número total para 80 cabeças (por se tratarem de vacas adultas), respeitando o mesmo tempo de lactação (9 meses) e percentual de fertilidade (80%).Teremos 48 vacas produzindo leite (60% a mais que no sistema anterior), consequentemente 64 bezerros(as) sendo 24 a mais de maior valor, tanto pelo peso como valor por MISS IC POI 7 - 4219kg lactação 305 dias

MISS IC POI 8 - 4597kg lactação 305 dias

InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

arroba devido à melhor qualidade. Temos que considerar ainda vacas de descarte de maior valor, o que diminui a diferença de reposição na compra de uma F1 Brahmolanda. Assim observa-se a grande vantagem da utilização do sistema proposto. Este cruzamento tem sido usado em vários países de clima tropical com sucesso há longos anos. As F1 (zebu x holandês) são comprovadamente as mais adequadas para produção de leite a pasto em países tropicais. F1 Brahmolandas para leite

Momento do Registro da 1º Brahmolanda Alice IC pela ABCZ no Congresso

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Brahman IC:

a marca que se traduz em sucesso na criação da raça Brahman

BRAHMAN

U

ma raça em crescente expansão pelo mundo vem conquistando há poucos anos um seleto número de criadores na região leste de Minas Gerais, que encontraram na raça as características ideais para quem vislumbra resultados positivos aliados à qualidade animal. Empresário e produtor rural, Isaac Cohen Persiano, 54 anos, é pioneiro na criação de Brahman em Governador Valadares e investe na raça há sete anos. Apesar de poucos anos de investimento, o interesse pela pecuária teve início ainda cedo. Natural de Governador Valadares, Isaac morou dos 8 aos 21 anos em Belo Horizonte, juntamente com a família. Caçula entre seis irmãos, Isaac Persiano retornou para Valadares após o falecimento do pai, onde sua família era proprietária de uma loja. Uma das motivações do retorno foi o casamento com a então namorada, Mônica Vargas Ramos Persiano, cujo matrimônio já completa 31 anos. Nessa época, a parceria da família se estendeu para o âmbito da pecuária. “Quando

meu pai morreu, tivemos o apoio do meu tio, Alberto Mirai, que continuou como nosso sócio e nos encaminhou. Eu iniciei minhas atividades na propriedade do meu irmão Vilson e a pecuária é uma paixão que eu tenho. Vilson é agrônomo e quando formou ele veio trabalhar na região e nós viramos sócios, juntamente com o meu tio e meu irmão Nelson. Nós quatro éramos sócios, mas depois cada um seguiu o seu caminho e há aproximadamente cinco anos fiz o arrendamento de terra”,

explica Isaac. O arrendamento a qual o produtor rural se refere constitui a atual propriedade na qual desenvolve o trabalho com a raça Brahman. A propriedade pertencente à senhora Zita Bote-

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Andressa Tameirão Revista Agrominas

2º Café Rural-2010

lho e está localizada há 5 km do anel rodoviário, sentido Ipatinga, e conta com 150 hectares de terra. Com a marca Brahman IC, Isaac Persiano desenvolve um trabalho focado na produção de tourinhos, fêmeas F1 Brahmolandas e venda de sêmen. Segundo Isaac, já foram comercializadas pela Brahman IC mais de 10 mil doses de sêmen. Com um plantel de mais de 150 animais, a estrutura da propriedade é simples, assim como a rotina das atividades. O gado da fazenda é criado a pasto, mas o gado de pista também já foi um dos focos de trabalho do produtor rural. “A minha esposa Mônica está sempre comigo à frente dos negócios e, quando nós iniciamos, trabalhamos certo tempo com o gado de pista, até que sentimos que era hora de produzir tourinhos para servir a campo e também fazer meio sangue F1, que no caso são as Brahmolandas, o cruzamento de holandês com o Brahman. É a partir daí que tem início a nossa história com a produção de F1”, esclarece. De início, o que mais impressionou Isaac Persiano em relação à raça foi a qualidade de úbere das vacas. Daí é que surgiu o interesse de avaliar o leite de algumas vacas Brahmans, já que as mesmas seriam a base para os cruzamentos. ”Nós preparamos uma vaca e tiramos o leite dela com pesagem oficial da ABCZ. Fiz questão de que um técnico acompanhasse todo o trabalho. Tiramos uma média de 17kg

em uma novilha de primeira cria e depois tiramos 15kg de uma outra vaca. Posteriormente, nesses dois animais, resolvi fazer a lactação completa e acompanhamos 10 meses de lactação, aproximadamente. Elas produziram mais de 4 mil Kg de leite. Há três anos, durante a realização de uma fecundação in vitro, solicitei que usassem uma dose de sêmen de touro holandês, no caso o Towch Dow, em uma de nossas vacas, a IC 7 que teve uma lactação de 4.200kg. Na época, isso pareceu aventura para muitos, mas hoje tem muitas pessoas fazendo o Brahmolando em volume”, argumenta Isaac. O Brahman conquistou Isaac Persiano por características peculiares à raça. Além da qualidade maternal, o Brahman produz leite com uma qualidade de úbere interessante e é um animal de natureza dócil, segundo Isaac. “O úbere tem bons ligamentos, Premiações Minas Show-BH Mônica e Isaac

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MR IC POI 19-1º Prêmio Uberaba

Filhos do MR IC POI 19

boa distribuição de teta, além disso, a docilidade é uma característica fantástica para se produzir gado leiteiro. O nosso país tem um clima tropical, em sua maior parte quente, e o holandês puro não resiste a esse desconforto térmico. O zebu resiste, porém não te dá o volume de leite que o produtor rural necessita. Então, a produção de Brahmolandas alia as características do zebu com o holandês, tendo a fêmea Brahman como base para esse cruzamento”, enfatiza o produtor. Como criador Isaac Persiano conhece bem o mercado de exportação de carne bovina, mesmo atuando fora desse mercado. Segundo o produtor rural, atualmente, a carne do angus é a mais aceita mundialmente. Mas, o fato da raça Brahman estar presente em mais de 70 países tem contribuído muito para a aceitação da carne de animais dessa raça no mercado mundial. “Aqui em Governador Valadares, eles já chegaram a abater o animal com 34 meses, com 19 arrobas e acréscimo de 1 arroba no gancho. Mesmo na desossa, o rendimento da carne do Brahman é muito bom e é um animal que tanto na maciez quanto na cobertura de gordura possui os pontos ideais para a exportação. Em outras regiões, o abate é feito até mesmo antes dessa idade. O Brahman é precoce tanto em seu acabamento, quanto na questão da fertilidade. As fêmeas entram no cio cedo. A partir de 1 ano e meio algumas

vacas começam a indicar cio a campo e se forem tratadas entram mais cedo. Os touros também entram em reprodução cedo”, afirma. O Brahman IC faz a seleção de animais desde o início de suas atividades e tem feito o uso do garrote IC 19 com maior freqüência, diante dos bons resultados de produção apresentados pelo animal. Além de fazer uso da técnica de fecundação in vitro, a propriedade trabalha com a inseminação artificial. A técnica de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) tem sido usada com freqüência também e o programa tem sido coordenado pelo médico veterinário Felipe Melo. O objetivo de Isaac Persiano, agora, se volta para a compra de embriões de Brahmolanda, e para a empreitada revela o interesse em parcerias. A estação de monta não é definida, mas os trabalhos de produção na propriedade são intensificados na época das águas, geralmente entre os meses de novembro e abril. A raça Brahman é uma das que mais crescem no Brasil e acompanhando esse ritmo Isaac Persiano realizou neste ano o 1º Leilão Brahman IC e Convidados, onde foram colocados 50 animais, durante a Expoagro de Governador Valadares. ”O leilão foi muito interessante, e nos ajudou a promover a raça. Em 2008 e 2009, o Brahman foi a raça que mais cresceu nesse período percentualmente no Brasil.. Para se ter uma idéia, hoje, já são mais de 170 mil Brahmans registrados na ABCZ. Outro evento que foi de fundamental importância para os criadores foi o XV Congresso Mundial da Raça Brahman”, afirma o produtor. O referido congresso aconteceu entre os dias 17 e 24 de outubro, no Parque Fernando Costa, em Uberaba. O evento foi realizado pela primeira vez no Brasil e a organização estima que tenha passado pelo Parque cerca de 30 mil pessoas. Durante o evento, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) realizou o primeiro registro de um animal fruto do cruzamento entre Brahman e Holandês. O primeiro registro foi justamente de uma fêmea do criatório Brahman IC. “Foi com muita satisfação que eu recebi o comunicado de que um animal nosso teria sido escolhido para se registrar, e nós registramos uma das filhas da IC 7 com o Towch Dow, que está com 32 meses de idade. Eu sempre acreditei muito nesse trabalho de cruzamento porque a F1 está em falta no Brasil e eu acredito

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que o Brahman vem a ser essa base que vai fazer a F1”, destaca o produtor. Na Seção Pôster do XV Congresso Mundial da Raça Brahman dos 58 trabalhos inscritos, dentre científicos e técnicos, Isaac Cohen Persiano apresentou o trabalho com o tema „Simulação de um cenário leiteiro utilizando fêmeas F1 Brahmolanda, IC e faturou o segundo lugar na categoria técnica. O prêmio foi mais uma prova para o criador de que o investimento na raça é satisfatório e vem revelando bons resultados. “Dos trabalhos apresentados, nós entramos com o trabalho técnico e fomos os únicos a apresentar um produto. Foi nos reservada uma área para que pudéssemos apresentar uma F1 Brahmolanda. Em nosso trabalho, falamos tanto dessa reprodução quanto do Brahman como a base desse cruzamento. Para nós foi importantíssimo, pois além de sermos premiados, participamos de um momento único e histórico do registro da número 1 com a arquibancada cheia. O resultado do Congresso em si foi fantástico. Muitas pessoas de outras raças entraram para o Brahman e com o Congresso isso se intensificou. Nós tivemos a oportunidade de compartilhar idéias com os criadores e também de apresentar e ouvir trabalhos de outras pessoas. Foi uma interação muito grande e saímos muito motivados. O Brahman, que já estava crescendo muito, agora vai ter um impulso maior”. Mas todo esse esforço e dedicação vem acompanhado de pessoas que fazem de Isaac Persiano um criador de sucesso. “O mais importante que eu acho de tudo isso são as pessoas que tem contribuído. Eu sempre tive muito apoio de amigos, mas há duas pessoas, em especial, que foram fundamentais em meu trabalho: Luciano Márcio Dias, que foi um rapaz que nos deixou muito cedo e é um grande amigo e minha esposa Mônica, que tem me incentivado e motivado sempre. Além de ser o amor da minha vida, ela tem sido meu braço direito”, declara o criador. Produtos de FIV

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BRAHMAN

O

Brahman do Lago iniciou-se em 2009, quando nós, da família Camargos, fomos convidados pelos amigos Luiz Amaral e Olídio Blanc, ambos do Brahman Arrojo, a conhecer a raça. Assim foi plantada a ideia de iniciar esse trabalho. Para dar andamento ao processo, buscamos conhecer o máximo possível da raça e seus benefícios. Esse período de maturação durou alguns meses até que fomos convidados para o 10º Leilão Querença no dia 05/09/2009, onde adquirimos os primeiros exemplares da raça Brahman: um lote triplo com três novilhas de uma das mais importantes famílias da raça Brahman no Brasil. São os animais QERJ 3798 (QERJ 147 x QERJ 1670), QERJ 3816 (Didor Crata 697 X JDH Navasota 55/1) e a QERJ 3871 (QERJ 1117 “Michele” x JDH MR Woodman Manso 578/6). A partir daí, começou a paixão do Brahman do Lago pela raça. Nessa fase de aproximadamente um ano e meio foram feitos grandes investimentos na aquisição de participação e de genética das mais renomadas doadoras e suas famílias. Além disso, foram firmadas parcerias com grandes criadores e também realizados investimentos significativos na aquisição de genética estrangeira. Atualmente, com pouco menos de 18 meses de existência, o Brahman do Lago conta com uma média de 250 prenhezes prontas para nascer em 2011 e mais de 200 animais P.O. Brahman em seu plantel. Desses, aproximadamente 100 animais já são nascidos com registro próprio, sendo reconhecidos pela série LAKO.

Entrega do Ranking Mineiro – Fazendas do Lago O evento de confraternização e entrega do Ranking Mineiro 2010 aconteceu na Fazenda do Lago em 11/12. Foi um enorme prazer para nós, da família Camargos e do Brahman do Lago, receber em nossa casa a entrega do Ranking. No evento, fomos prestigiados com a presença de todos os associados da Associação Mineira do Brahman (AMB), além dos amigos de outros Estados que também compartilharam conosco um dia maravilhoso. Dentre alguns, destacamos Raphael França NKR e Miguel MPX. A organização do evento co-

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Brahman do Lago

Fazendas do Lago, lar do Brahman do Lago

meçou alguns meses antes, quando muitos amigos brahmistas se dispuseram a ajudar, tais como: José das Graças Lamounier, Presidente da AMB; Flávia Géo Latorre, Diretora Executiva da AMB; Circe Massud e Adeli do Brahman Massud; Moisés e Tabita da Querença; Olídio Blanc, Luiz Amaral e Simone do Brahman Arrojo; Mario Cárpena e Ximena, dentre outros. Na véspera da confraternização, pudemos contar com a presença dos amigos em nossa fazenda, onde já era perceptível um clima de descontração, alegria e companheirismo, ou seja, todos os bons sentimentos que emanam da raça Brahman diretamente para seus criadores. Após meses de organização e um evento impecável, tivemos como principal resultado alcançado a conquista de três novos associados/criadores e, acima de tudo, a certeza de que estamos no caminho correto ao apostar na pecuária brasileira, em parcerias estratégicas com criadores tão dedicados e, ainda, na raça Brahman como pilar fundamental de nosso criatório. Para o Brahman do Lago fica a certeza de que, embora no

Fábio Camargos e Asteca YSE 9

caminho certo, apenas abrimos a porteira que nos guia para essa linda e longa estrada que é a família Brahman.

Expectativas do Brahman do Lago para o mercado As expectativas são de um crescimento exponencial da raça Brahman no Brasil e em países da América do Sul. O Brahman do Lago irá acompanhar essa ampliação, em busca de qualidade e progresso constantes. Atualmente, temos um projeto para produção de 400 prenhezes / ano a partir de 2011. Entrega do Ranking Mineiro de 2010

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BRAHMAN

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Nova diretoria da Girolando Posse da nova diretoria da Girolando reúne criadores de todo o Brasil Investir em modernização dos serviços é meta da associação “temos que ser otimistas, uma vez que sabemos produzir e temos tecnologia e rebanho para fazer com qualidade. O governo anunciou, em novembro, durante um seminário em Brasília, a sua disposição em buscar novos mercados, inclusive com a participação dos setores produtivos. A grande incógnita para nós é o problema cambial. Como não afeta apenas o nosso setor, temos esperança e confiamos no seu equacionamento de forma a nos colocar no mercado externo”. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro, Silvio Queiroz, lembrou a parceria entre as duas entidades na realização da MEGALEITE, principal feira do agronegócio do leite no país, que será realizada em junho. O presidente da Câmara Municipal de Uberaba, Luiz Humberto Dutra, destacou a importância do trabalho que a Girolando vem desenvol-

vendo em prol da pecuária leiteira. O deputado federal, Paulo Piau, salientou o avanço da raça nos últimos anos e a grande capacidade dos criadores brasileiros em produzir alimentos de alta qualidade. A solenidade, realizada em Uberaba, contou com a presença de associados e funcionários da Girolando, representantes de diversas empresas e entidades do setor.

Posse Girolando

Foto: Pitty

GIROLANDO

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nova diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando tomou posse em (24/01) em solenidade que contou com a presença de criadores e autoridades de várias partes do país. O presidente reeleito, José Donato Dias Filho, destacou os principais projetos da nova diretoria para o triênio 2011/2013. “Tivemos um crescimento significativo da entidade nos últimos anos, o que reflete o grande potencial da raça. Houve aumento no número de registros, de associados, de animais participantes do Programa de Melhoramento Genético da raça Girolando. Para os próximos anos, vamos investir ainda mais na modernização de nossos serviços e na construção do Centro de Capacitação Girolando”, disse o presidente da associação. Sobre as perspectivas do mercado para este ano, o presidente da Girolando tem a seguinte opinião:

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NEGÓCIOS

A

Apontamentos sobre o arrendamento e parceria rurais de pessoas físicas

tualmente, a cessão do uso da terra é elemento necessário para o aumento da eficiência dos produtores rurais. Essa cessão normalmente é realizada por meio de contratos de arrendamento e/ ou de parcerias rurais, regulados pelo Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/64) e respectivo regulamento (Decreto nº 59.566/66) e constituem importante instrumento de ganho de eficiência e produtividade. Cada vez mais presente no campo, sobretudo nos setores canavieiro e de grãos, o Contrato de Arrendamento Rural é aquele pelo qual o proprietário (arrendador) cede ao arrendatário, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de seu imóvel rural – no todo ou em parte, com ou sem benfeitorias e outros bens –, para que o arrendatário

exerça atividade extrativa, agropecuária, agroindustrial ou mista, mediante retribuição certa ou aluguel. No arrendamento, o arrendador e arrendatário têm tratamento diferenciado. Enquanto o proprietário (arrendador) recebe a retribuição certa, na forma de aluguel, sem participar dos riscos do negócio, o arrendatário, além de cobrir todos os riscos da atividade agrícola, se obriga a pagar quantia líquida e certa para o arrendador - independentemente da produção. Em contrapartida, os contratos de parcerias rurais são celebrados com o objetivo de se dividir os riscos do negócio, na proporção estipulada em contrato, não havendo que se falar em valor fixo de aluguel. Por este contrato, tanto o parceiro-outorgado (cultivador direto) quanto o parceiro-

-outorgante (dono da terra) assumem, em igualdade de condições, os riscos e as vantagens do negócio. As despesas são distribuídas entre as partes e, no caso de insucesso da safra, ambos arcarão com os prejuízos decorrentes. Por outro lado, para que um contrato seja considerado de arrendamento rural, deverá observar as seguintes exigências do estatuto da terra, sob pena de ser desqualificado como tal, para todos os efeitos legais: (i) prazo mínimo de 3 anos para a vigência do contrato; (ii) direito de preferência na aquisição do imóvel; (iii) direito a indenização das benfeitorias necessárias e úteis feitas no imóvel; (iv) limitação do preço do aluguel em função do valor cadastral do imóvel; e (v) direito à renovação do contrato de arrendamento.

Do Tratamento Fiscal A receita de arrendamento rural é tributada como aluguel (renda em função da cessão do imóvel), sendo considerada rendimento líquido tributável pelo Imposto de Renda, sujeita à tabela progressiva. As parcerias rurais, por outro lado, se firmadas por contrato observando-se as regras exigidas pela legislação e, essencialmente, a assunção dos riscos do negócio por ambas as partes envolvidas, tem o seu resultado tributado como decorrente de atividade rural. Por esta razão, torna-se a opção mais econômica ao produtor, na medida em que autoriza a dedução de despesas e é tributada em separado dos demais rendimentos do beneficiário. No entanto, em se verificando o pagamento de percentual fixo para o parceiro, ainda que o contrato seja denominado parceria, as receitas serão consideradas de arrendamento e tributadas como tal. Este é o posicionamento adotado pela Receita Federal, que em inúmeros casos desqualifica as parcerias firmadas entre produtores, que acreditam que o simples contrato firmado, lhes autoriza usufruir dos benefícios concedidos às atividades exercidas efetivamente em parceria. ________ (Para maiores informações, contate Fialdini Advogados – www.fialdiniadv.com. br)

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Fazenda Palo Alto de Santa Gertrudes

ESPAÇO GOURMET

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espaço Gourmet desta edição foi realizado em Uberaba, na fazenda Palo Alto de Santa Gertrudes, onde está localizada a sede do Girolando Guima, de propriedade de Guilherme Marquez. Os convidados foram recepcionados para saborearem uma tradicional feijoada, feita com bastante criatividade e muito tempero do bom. Para acompanhar o verdadeiro prato brasileiro, caipirinha e cerveja bem gelada. Mas também tinham sucos e refrigerantes. Desta vez, o espaço Gourmet teve uma dinâmica diferente. O produtor Guilherme Marquez aproveitou a presença dos convidados para fazer uma exposição dos produtos da fazenda. Como destaque, o Girolando Guima vai se consolidando como um dos melhores criatórios da região. A ideia foi fazer uma demonstração sem abusar da paciência dos convidados. De forma bem descontraída, as pessoas foram conhecendo as potencialidades dos produtos Girolando Guima. Ao final do dia, o que se pôde perceber foi uma bem-sucedida “feira de negócios”, com o registro de aproximadamente 40 mil reais. “Gostaria de agradecer a presença de todos que aceitaram o convite e compareceram para esta reunião simples, porém feita do fundo do coração. Em especial, agradeço minha mãe, Eliane Marquez, minha esposa e, sobretudo, a Revista InteRural pela iniciativa de promover o evento aqui em Uberaba”, disse Guilherme. A trajetória de sucesso do Girolando Guima e o empenho da família na execução do projeto você pode constatar na entrevista com Guilherme Marquez na página “Produtor de Sucesso”. Então veja como foi feita a feijoada para o Espaço Gourmet.

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Feijoada Ingredientes:

1 KG Feijão 1 KG Bacon 1 KG Calabresa 1 KG Lingüiça paio 1 KG Costelinha defumada 1 KG Charque Sal a gosto Pimenta do reino Alho Cheiro verde folha de louro couve laranja

Modo de Preparo:

Cozinhar o feijão tirar o sal das carnes salgadas, misturar tudo com o feijão e deixar cozinhar até chegar ao ponto.

Sugestão:

Servir com farofa, couve refogada, laranja e arroz branco.

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Cooperativa de Produtores Rurais de Prata inaugura Fábrica de Rações de Suplementos Minerais

EVENTOS

O

Os silos podem armazenar até 6700 toneladas de milho, sorgo e soja

município de Prata, no Triângulo Mineiro, é um dos mais importantes na produção agrícola do Estado de Minas. Agricultura e pecuária contribuem com a maior parte da arrecadação da cidade. Com arrojo e desenvolvimento, Prata acabou de inaugurar uma das mais modernas fábricas de rações e suplementos mineiras de toda a região. Em uma solenidade que movimentou a população da cidade, no dia 14 de janeiro, a Cooperativa dos Produtores Rurais de Prata (COOPRATA) entregou as novas instalações da fábrica. Com tecnologia de ponta e seguindo rigorosamente as normas de Boas Práticas de Fabricação (BPF), a capacidade de produção foi ampliada de 10 para 45 toneladas/hora, o que assegura a capacidade em atender de forma diferenciada os clientes e parceiros. A nova unidade destina-se também ao recebimento, secagem e armazenamento de grãos. Possui a capacidade de recebimento de 180 toneladas/hora de grãos e a secagem de 50 toneladas/hora. Os silos podem armazenar até 6700 toneladas de milho, sorgo e soja. “A instalação dessa unidade e o grande investimento comercial realizado pela COOPRATA só foram possíveis graças à união de seus associados. Essas ações visam não somente suprir a demanda de nossa região, mas levar o nome e a excelência de nossos produtos para produtores que investem e buscam a alta qualidade, produtividade e sanidade do rebanho”, disse o presidente da COOPRATA, Adelino José. Ainda de acordo com o presidente da Cooperativa, a nova unidade permite a geração de produtos e serviços com maior valor agregado; e a eficácia de estratégias apropriadas permite a solidificação do associado e da cooperativa. Prova disso é a concretização do novo Polo Industrial João Batista de Queiroz (João Terra), que fica às margens da rodovia MG 497 km 80. Instalada no polo industrial, a nova fábrica possui localização privilegiada, oferecendo boas condições de acesso aos produtores, aos fornecedores e também aos funcionários. A solenidade de inauguração começou no período da manhã com

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a benção do pároco Pe. Célio Pereira Lima, da igreja Nossa Senhora do Carmo. Na parte da noite, deu-se prosseguimento à solenidade com os descerramentos das placas de Polo Industrial João Batista de Queiroz – João Terra – e da Fábrica de Rações. De acordo com o produtor que recebe a homenagem, enquanto muitas outras cooperativas no Brasil inteiro passam por dificuldades, a COOPRATA é uma das mais rentáveis e organizadas de toda a região.

“Hoje eu estou muito feliz, além de ver a inauguração desse grande empreendimento, também pude rever muitos amigos, que, ao longo dos anos, também colaboraram para essa grande realização. A cidade de Prata está de parabéns, mas gostaria de parabenizar, sobretudo, o produtor rural e a diretoria da cooperativa por meio do presidente Adelino (Braquiara)”, falou João Terra.

A solenidade de inauguração da Fábrica de Ração e Suplementos Minerais da COOPRATA contou com vários convidados ligados ao setor rural e

também ao meio político. Dentre eles, o Deputado Federal Marcos Montes – presidente da comissão da Agricultura no Congresso Nacional –, os deputados estaduais Romel Anísio Jorge (Romão) e Luiz Humberto Carneiro, líder do governador Antônio Anastasia na Assembleia Legislativa em Minas Gerais e também do presidente da Federação Pan Americana de Leite, Sr. Vicente Nogueira. Os convidados presentes no evento acompanharam atentamente o pronunciamento das autoridades e puderam ver de perto o compromisso com que o deputado estadual Luiz Humberto Carneiro se propôs a buscar recursos para viabilizar a entrada de acesso à fábrica, uma vez que a mesma fica às margens da rodovia, onde o trânsito de veículos é intenso. Em pronunciamento, o presidente da FEPALE e COTRIAL, Vicente Nogueira, agradeceu o convite e parabenizou a COOPRATA pela ousadia e empreendedorismo no investimento realizado. De acordo com Vicente, o cooperativismo como sistema econômico faz das cooperativas a base de todas as atividades de produção e de distribuição de riquezas, e tem obtido excelentes resultados no município de Prata. “Vejo com alegria a inauguração dessa Fábrica de Rações, uma vez que ela irá agregar valores e promover o crescimento de todos os seus cooperados”, disse Vicente. Também compareceram à solenidade os Conselheiros Administrativos e Fiscal da COOPRATA, dos coordenadores das comunidades e da grande

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maioria dos associados e familiares, colaboradores e de parceiros da COOPRATA, e a presença de vários diretores de cooperativas da região. O prefeito municipal, Luiz Roberto Santos Vilela, não pode comparecer, mas foi representado pelo filho Fabrício Franco Vilela, que é também o atual presidente do Sindicato Rural de Prata. Em sua fala, destacou a representatividade da COOPRATA para o município de Prata na arrecadação de impostos e geração de empregos. Foi enfático ao reconhecer a força que os produtores representam no cenário nacional de nosso país para o agronegócio e setor agropecuário. Dentre os homenageados da noite, o gestor da nova Fábrica de Rações, Sr. Luciano Teodoro Rezende, recebeu do diretor da COOPRATA uma moção de aplauso pelo desempenho e dedicação frente à execução do projeto. Os silos podem armazenar até 6700 toneladas de milho, sorgo e soja. Um momento marcante da solenidade foi o discurso do presidente da COOPRATA, Sr. Adelino José Pereira Neto, que fez um agradecimento especial a todos os associados e disse que a fidelidade e a participação deles representam o ponto forte para a solidez da cooperativa. Os colaboradores também fizeram parte de seu discurso, que ressaltou o quanto são importantes para a COOPRATA, destacando o trabalho do gerente geral Celívio Freitas, sempre dedicado ao desempenho da construção da obra. Durante o pronunciamento, Adelino José Pereira ressaltou que, quando começou seu mandato na COOPRATA como presidente, em 2003, o faturamento anual da empresa representava 49 milhões de reais, mas, em 2010, ultrapassou os 140 milhões. A captação de leite da COOPRATA cresceu numa proporção de 10% ao ano, enquanto que a média nacional foi de 5%. Isso comprova a excelente administração e a confiança dos associados. Destacou, ainda, a relevância da Semana de Agronegócios para os cooperados, que teve sua primeira edição em 2007 com a comercialização de 1,5 milhão de reais, e no ano de 2010 mais de 20 milhões de reais foram comercializados. O presidente, emocionado, destacou a importância que sua família teve ao longo do ano como dirigente da COOPRATA e encerrou seu discurso não como uma despedida, mas como um até breve, uma vez que se colocou à disposição da entidade.

“Sempre que precisarem, podem contar com o meu apoio”, finalizou Adelino.

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COOPRATA: uma administração sólida e de conquistas

EVENTOS

A

Nova Fábrica de Rações e Suplementos COOPRATA é mais uma conquista da atual gestão. Nesses últimos oito anos de administração a COOPRATA se fez uma das dez melhores cooperativas do setor agropecuário, como apontado em pesquisa de revista especializada do setor. Além da Nova Fábrica, podemos ainda destacar: • A reforma e ampliação da Loja Agropecuária Cooprata aumentando sua capacidade de produtos e oferecendo preços mais competitivos aos produtores rurais, • O Departamento Técnico da Cooprata conquistou seu prédio independente e ampliou seu leque de serviços oferecidos aos produtores, com assistência técnica personalizada, venda direta de produtos e a profissionalização da mão de obra do campo com sua equipe técnica, • O leite produzido pelos os associados da COOPRATA e vendido à empresas do setor lácteo obteve um maior valor agregado devido à sua qualidade, confiabilidade e a constante profissionalização dos associados, tornando leite da Cooprata mais competitivo no mercado, • Outra reforma importante foi do Supermercado COOPRATA que aumentou sua área de vendas, produtos e triplicou seu faturamento, um benefício a mais não só para os cooperados Cooprata, mas para toda a população pratense. • A COOPRATA promoveu a capacitação e profissionalização de seus associados e colaboradores, com cursos de capacitação e treinamentos oferecidos principalmente pela a Ocemg/Sescoop (Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais), • A Semana de Agronegócios da Cooprata, que teve sua primeira edição em 2007, tornou-se um evento de referência do setor a nível regional e nacional. Nesses quatro anos de sua realização, a comercialização de insumos agrícolas e de produtos voltados ao agronegócio foi altamente expressiva, destacando-se com um dos melhores projetos de fomento da pecuária leiteira.

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Essas conquistas deram-se pelo apoio de um conselho administrativo atuante, representando o empreendedorismo do associado, sendo precisos nas tomadas de decisões, determinantes nas diretrizes, metas, normas e planos de ação para atingir os objetivos traçados pela cooperativa. Um conselho fiscal voltado para a transparência nas prestações de contas apresentadas à sociedade, garantindo assim, a manutenção do patrimônio do associado. Podemos destacar também, o estreitamento do elo entre as comunidades rurais e a cooperativa, debatendo os anseios dos associados com os interesses comuns entre os sócios, compartilhando experiências e opiniões individuais e chegando a um senso comum.

“Por tudo isso, a COOPRATA deixou de ser uma simples cooperativa do setor agropecuário e passou a ser uma referência nacional de compromisso com o setor, responsabilidade administrativa, sempre mantendo seus princípios cooperativistas, promovendo o sucesso e a credibilidade do associado”. Concluiu o presidente Adelino.

COOPRATA Promovendo o Cooperativismo e o Sucesso do Associado!


A Semana de Agronegócios da COOPRATA

C

om a Semana de Agronegócios a COOPRATA abriu as portas e estendeu o conceito da palavra cooperativismo.Os associados da COOPRATA, juntamente com os conselhos fiscal e administrativo e diretoria, tiveram a preocupação e cautela em realizar um evento que abordasse o agronegócio. Isso foi comprovado em suas amplas atividades como o Dia de Campo, Leilão, Cursos para Jovens e Mulheres cooperativistas oferecidos pelo Sistema Ocemg/Sescoop, comercialização de insumos COOPRATA e de produtos das empresas patrocinadoras participantes, desfile, shows, team penning, shopping de animais enfim, eventos que demonstram a amplitude e relevância da semana.

Na sua primeira edição em 2007, a COOPRATA contava com 06 parceiros, em 2008 com 16, em 2009 34 parceiros e em 2010, com a participação de 51 parceiros expositores. O evento a cada ano vem tomando maiores proporções, possibilitando além da comercialização futura de produtos uma maior integração entre COOPRATA e produtor fortalecendo assim, o agronegócio e movimentando a região. A programação da Semana de Agronegócios para 2011 já se encontra toda programada e com muitas novidades. Esperamos contar com a participação de todas as pessoas voltadas ao agronegócio, novas tecnologias, conhecimento e entretenimento.

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EVENTOS



Vida de Leiloeiro

LEILÕES

Celmo Iran

O

personagem desta edição, no quadro “Vida de leiloeiro”, é uma pessoa de muitos atributos e de um caráter intocável. Simpatia e simplicidade são alguns dos adjetivos que os amigos costumam destacar. De voz suave, jeito calmo, conduz os leilões em que trabalha de forma bem natural, oferecendo aos participantes muita clareza na maneira de vender os animais. Neste espaço, o próprio Celmo Iran relata a carreira de sucesso do profissional do martelo. Iniciei minha carreia como leiloeiro em 1990, mas meus primeiros contatos com leilões se deram a partir de 1985, quando fui contratado por uma empresa que, na época, promovia a maioria dos leilões da região, a PLANTEL LEILÕES. Nessa empresa passei a conhecer tudo aquilo que envolve a realização de um leilão, desde os contatos com os produtores para a captação dos animais até a entrega dos mesmos aos seus respectivos compradores. Em 1990, com a expansão vertiginosa do mercado de leilões, houve uma grande demanda de mão de obra especializada, mas, como era uma profissão nova, faltava profissionais. Foi aí que, aconselhado pelo colega “João Calu”, também leiloeiro e proprietário

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da empresa em que eu trabalhava, me credenciei junto aos órgãos responsáveis o mais rápido que pude. A partir daí, sempre recomendado pelo colega “João Calu”, a quem eu devo muito pelo sucesso que alcancei, as portas foram se abrindo e hoje tenho uma grande satisfação de dizer que completei 25 anos trabalhando com leilões, sendo que 20 deles como leiloeiro. Antes de trabalhar com leilões, tive uma rápida passagem pelo instinto órgão do governo estadual Instituto Estadual de Saúde Animal (IESA), substituído pelo atual Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) logo que terminei o curso de técnico em agropecuário. Foi ali que tive meus primeiros contatos com pecuarista e pessoas que foram importantes para minha carreira. Hoje o meu campo de atuação se baseia, praticamente, à região do Triângulo Mineiro, cidades como Uberlândia, Ituiutaba, Monte Alegre, Prata, Tupaciguara, Indianópolis foram onde eu mais atuei. O segmento em que eu mais trabalho é o de leilão misto, em que a grande maioria dos animais é destinada ao mercado de corte. Quanto aos leilões virtuais, tive poucas experiências nesse campo, por isso necessitaria de uma base maior

para emitir uma opinião mais contundente. Mas creio que, futuramente, poderá ter uma aceitação bem maior por parte do mercado. No segmento em que mais atuo, o de gado de corte, em que as imagens são muito mais importantes que as informações, o comprador encontra uma grande dificuldade para balizar o que realmente está comprando e, por essa razão, existe, ainda, certa cautela por parte do pecuarista na hora de comprar nesse tipo de evento. Sou casado há 28 anos com Dona Sueli, com a qual tenho 3 filhos, as joias mais preciosas que possuímos. Também não me esqueço de dizer que temos 2 netos, não menos preciosos que os filhos. A profissão, no meu caso específico, que é o que me permite estar em casa todos os dias, jamais dificultou o meu relacionamento familiar, pelo contrário, foi ela que me deu condições necessárias para realizar belas viagens, passeios, reuniões que nos traz, sempre, lembranças inesquecíveis. Eu creio que o maior sucesso que um homem pode obter é dentro do seu lar e, por isso, busco sempre priorizar a minha família. Hoje sou grato a Deus e aos amigos que me incentivaram a abraçar a carreira. Por meio dela conheci novas cidades, muitas pessoas, fiz amigos. Ela me proporcionou a realização de muitos dos meus sonhos.

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LEITE

& negócios

INFORME PUBLICITÁRIO

Sinal verde para o mercado leiteiro

O ano de 2010 foi ótimo para o mercado de venda de gado leiteiro, com alto índice de liquidez e valorização do investimento feito pelos criadores que aumentaram a produção de leite no país e seus rebanhos, gerando um crescimento notável de mercado. Sob essa perspectiva, 2011 promete ser muito positivo, com os horizontes de negociação em expansão, devido a uma demanda interna cada vez maior. Para Leonardo Beraldo, presidente da Embral, maior leiloeira de gado leiteiro do Brasil, as expectativas são de um ótimo ano. “Temos um mercado mais exigente e teremos animais ainda melhores à venda, devido aos investimentos de 2010, feitos pelos criadores. Todo esse trabalho está sendo valorizado e devemos quebrar mais recordes sob esse contexto”, aponta. Maurício Coelho, um dos criadores de maior destaque do ano passado, confirma que o momento é mesmo bom para o investimento em genética de ponta. “As raças leiteiras vivem seus melhores momentos, fruto

LEILÕES Leonardo Beraldo, presidente da Embral da significativa evolução da genética. Os programas de melhoramento vêm apresentando resultados cada dia melhores, mais consistentes, e as raças vêm conquistando não apenas o mercado nacional, mas também vários países da America Latina e a África”, reforça Maurício. Outras raças leiteiras como o Jersey e o Holandês tiveram bons remates em 2010 e registraram balanço positivo. “Vivemos um excelente momento na raça Holandesa, com recordes e ótimas médias, fruto da evolução da genética dos animais. Em 2011 esperamos colher os resultados dos investimentos dos últimos anos”, revela Eduardo Moraes, gerente da Fazenda Cachoeira.

Centrogen oferta Girolando de elite em Leilão Virtual 65 bezerras, produtos de FIV, estarão no 2º Leilão Girolando Centrogen e Convidados, pregão imperdível a ser realizado no dia 26 de fevereiro, às 14h. “Apostamos em uma venda de animais de elite, todas fertilizadas in

vitro e embriões provenientes de doadoras de genética comprovada.” revela Herbert Siqueira da Silva, promotor do evento. Mais informações do leilão podem ser obtidas com a Embral pelo telefone (11) 3864 5533.

venda direta www.embral.com.br

05/02 (14h) Liquidação Fazenda Capão Grande - Gerwald Decker

BR050 Uberlândia sentido Uberaba KM99 (MG) Transmissão: Terra Viva

13/02 (14h) 10º Leilão Fazenda Figueireda

Parque de Exposições Antônio Daguer em Coromandel (MG) Transmissão: Novo Canal

15/02 (21h) 27º Leilão Tradição - Fazenda Santana - Waldyr Junqueira

Virtual Transmissão: Terra Viva

19/02 (14h) 3º Leilão Anual da Fazenda Fartura

Estrada Catalão a Ipameri KM28 a esquerda em Goiandira (GO) Transmissão: Terra Viva

26/02 (14h) 2º Leilão Girolando Centrogen e Convidados

Virtual Transmissão: Terra Viva

27/02 (14h) Liquidação Fazenda Caridade

Genética de tradição em Lins O criador Waldyr Junqueira de Andrade da Fazenda Sant’Ana, localizada em Lins (SP), realiza no dia 15 de fevereiro a 27ª edição do Leilão da Tradição. O remate tem início às 21 horas e negociará 100 animais Girolando registrados. Mais informações do remate com a Embral Leilões pelos telefones (11) 3864 5533 ou (11) 9105 0394, com Paulinho.

Goiatuba recebe elite do Girolando Excelentes animais do criador Paulo Afonso estarão à disposição do mercado no próximo dia 27 de fevereiro no 1º Leilão Anual Girolando Registrado, a ser realizado no Recinto de Exposições de Goiatuba (GO), às 14 horas. A oferta conta com 150 vacas 1/2 e 3/4 paridas e amojando, 50 novilhas Girolando prenhas e 50 bezerras de inseminação TE e FIV.

Recinto de Exposições de Goiatuba (GO) Transmissão: Novo Canal

Consulte-nos para

realizar seu leilão

(11) 3864 5533 (11) 9105 0394

com Paulinho

Leite & Negócios é uma realização da Embral Leilões Rurais, Rua Airosa Galvão, 97, São Paulo /SP, telefones (11) 3864-5533 InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

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Destaques do Mês Sindicato Rural de Uberlândia promove 1º Leilão de 2011

LEILÕES

O tradicional leilão de gado de corte, do Sindicato Rural de Uberlândia, abriu oficialmente o calendário das atividades para 2011. O leilão de gado de corte acontece há mais de 30 anos, sempre aos domingos, a partir das 16 horas, no tatersal 02 do CAMARU. Depois do intervalo das festas de final de ano, os produtores começam a direcionar os negócios voltados à com-

Leilão virtual Crioulos do Cerrado fatura R$ 370 mil Oferta de 43 animais do Haras Anchieta, de Gama (DF), teve média geral de R$ 8 mil A quarta noite de negócios da raça crioula em 2011, no dia 20 de janeiro, foi marcada pelo Leilão Virtual Crioulos do Cerrado, promovido pelo Haras Anchieta, de Gama (DF), do criador Délcio Rodrigues Pereira. A oferta de 43 exemplares incluiu potrancas e potrancos, éguas de cria e reprodutores, todos os animais adaptados à região do cerrado brasileiro, além de coberturas de garanhões destacados, como o multifinalista do Freio de Ouro Olímpico do Purunã. O lote mais valorizado do remate saiu para Goiânia (GO) pelo valor de R$ 25 mil. A égua gateada Santa Mônica Barcelona foi arrematada pelo novo criador Jefferson Quadros de Mattos. Com Fábio Crespo no martelo, pela Crioulo Remates, a comercialização dos animais somou R$ 370,5 mil de faturamento e registrou média de R$ 8,6 mil. Já a venda de nove coberturas arrecadou R$ 21,6 mil.

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pra de gado. No primeiro leilão do ano, o sindicato rural reuniu quase mil animais, ofertados pelos pecuaristas de Uberlândia e também de municípios vizinhos. De acordo com o leiloeiro oficial do CAMARU, João Calu, os produtores estavam ansiosos pelo retorno dos leilões. De acordo com ele, o mercado tem boas perspectivas para quem deseja investir na atividade. Para o coordenador dos leilões do Sindicato Rural de Uberlândia, Marcelo Ferreira Silva, o resultado do remate foi acima da expectativa e as vendas atingiram preços acima da média. Bezerro Nelore de 8/10 meses R$ 645,00; Bezerro Nelore de 10/12 meses R$ 695,00; Garrote Nelore de 15/18 meses R$ 845,00; Garrote Nelore de 20/22 meses R$1.050,00; Bezerro Nelorado de 8/10 meses R$ 605,00; Bezerro Nelorado de 10/12 meses R$ 655,00; Bezerro Nelorado de 12/15 meses R$ 800,00; Garrote Nelorado R$ 924,00; Bezerra Nelore de 8/10 meses R$ 530,00; Vaca Magra Nelo r e R $ 9 0 7 , 0 0 .

7º Leilão Sul das Gerais Santo Antônio do Amparo MG A Embral leilões realizou, no dia 16 de janeiro, em Santo Antônio do Amparo, em Minas Gerais, o 7º Leilão Sul das Gerais. Mais uma vez o evento correspondeu às expectativas dos organizadores. Foram reunidos animais de alta qualidade genética leiteira, o que aumentou o interesse por parte dos compradores. O remate apresentou os seguintes resultados: Girolando 03 Bezerras Médias de R$ 1.080,00, 02 Novilhas P+ Média de R$ 3.240,00. Holandesa 53 Bezerras Médias de R$ 1.589,43, 16 Novilhas a Ins Média de R$ 1.944,0, 15 Novilhas Ins Média de R$ 2.757,59, 28 Novilhas P+ Média de R$ 3.105,00, 01 Vaca Amojando Média de R$ 5.184,00, 15 Vacas em Lactação Média de R$ 4.608,00, Jersolando, 03 Novilhas a Ins Média de R$ 1.728,00, 03 Novilhas P+ Média de R$ 1.728,00. Faturamento total R$ 338.040,00.

33º Verão de Livramento, RS: 7º Estância Artigas faz pista com 405 animais O criador Francisco de Paula Assumpção Magalhães recebeu convidados no Parque de Exposições de Santana do Livramento, RS, na segunda-feira, 17 de janeiro, para o 7º Leilão Anual Estância Artigas. Reuniram-se para o pregão 300 convidados, que assistiram a um show de liquidez na apresentação de 405 animais Corriedale. Os negócios duraram cerca de duas horas, sob o comando de Lauro Fittipaldi. O remate teve no bojo a oferta de fêmeas. Elas responderam por 89% dos animais comercializados, pela fatura de R$ 114.590. A maior procura foi por ovelhas selecionadas, que totalizaram 307 exemplares a R$ 350. As registradas somaram 25 ofertas a R$ 360. Os machos saíram em menor quantidade, mas por preços mais elevados. A venda de 25 borregos puros de origem alcançou preço médio de R$ 1.592, seguida de 49 borregos selecionados a R$ 902. Foi do grupo o preço máximo de R$ 4.340. De registro 195 e propriedade de Francisco Magalhães, o animal foi adquirido pelo selecionador Cláudio Wetternick, com criação no município. A renda total do 7º Anual Estância Artigas encostou nos R$ 200 mil, fazendo média geral de R$ 486. Junto com outro remate realizado em Bagé, também no Estado, a raça já aponta fatura de R$ 400 mil em 655 animais vendidos. Até o fechamento do mês estão previstos mais sete eventos para venda de Corriedale no calendário gaúcho. O remate foi organizado pela Balcão Agronegócio. Os pagamentos ficaram em 14 parcelas para os animais selecionados e 300 dias para os animais comerciais.

Interural Leilões promoveu o Leilão águas Quentes A InteRural Leilões realizou dia 26 de janeiro o leilão virtual das Àguas Quentes. Na oportunidade foram ofertados 40 lotes de animais Gir Leiteiro. A seleção foi feita pelo criador Caio Sandro de Araújo. O leilão foi transmitido para todo Brasil pelo canal Terra Viva e teve como leiloeiro o experiente Cássio Paiva. O remate apresentou as seguintes médias. Novilhas Gir Po R$ 8.900, vacas Gir PO R$ 16.900, Prenhez Sexada R$ 7.200, pacote com duas doses de sêmem do touro Caju R$ 3.360 01 dose de sêmem sexado Meteoro Brasília R$ 4.800. Os produtos foram vendidos em 24 parcelas.

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Está chegando a hora de aumentar ainda mais a qualidade do seu rebanho

Você é nosso convidado Participe de nossa agenda de leilões

25 FEVEREIRO

Leilão Virtual das Fazendas

Sexta-feira às 21 horas PELO CANAL TERRA VIVA  Realização LESTE LEILÕES

32 3441-3608

Transmissão

Monte Belo e Santa Felicidade Zé do Gino e Dr. Júlio Ferreira Silva Dois ícones do leite da Zona da Mata Mineira

Animais Girolando criteriosamente selecionados  Vacas em lactação  Novilhas com prenhêz confirmada  Novilhas e bezerras

Condições de pagamento facilitadas

MARÇO

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Quinta-feira às 21 horas PELO CANAL TERRA VIVA  Realização

1º Leilão Virtual Gir Leiteiro ZBR Limeira / Fazenda Kastelo / Agropecuária Giannini

Encontro de raça, tradição e amigos

Transmissão

MARÇO

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6º Leilão Virtual

Sexta-feira às 21 horas PELO CANAL TERRA VIVA  Realização LESTE LEILÕES

32 3441-3608

Transmissão

Um leilão cheio de qualidade genética Um exagero de produtividade

 José Márcio de Simoni Silveira – ZBR Limeira  Carlos de Simoni Silveira – ZBR Limeira  Osmar Rodrigues da Silva – Fazenda Kastelo  Mateus Giannini – Agropecuária Giannini

Fazendas Reunidas Iguaçu e Sertão Marco Aurélio Menezes Marcondes

Serão ofertados animais com qualidade superior  Vacas prenhes e paridas  Novilhas prenhes

Animais filmados na Zona da Mata Mineira

Mais informações: (34) 3210-4050 ou acesse nossa agenda de leilões pelo site: www.interural.com




Concluído leilão de cavalos nobres em Mato Grosso do Sul

LEILÕES

T

erminou o leilão dos cavalos de raça apreendidos pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal de Campo Grande. Foram ao todo 18 equinos que pertenciam a um militar do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, preso por tráfico de drogas no dia 22 de julho de 2010 em Ponta Porã. O leilão deveria ter ocorrido em 19 de novembro do ano passado, porém foi suspenso pela própria Justiça Federal devido a suposta apresentação de pedigree dos animais. Após a não apresentação dos documentos, foram remarcadas mais duas datas: 1° leilão, no dia 16 de dezembro do ano passado, e o 2° em 17 de janeiro, ambos de forma presencial e online. Foram arrematados 14 animais na primeira data e outros 3 na segunda. Dentre os compradores, estavam empresários do ramo de equinos, criadores e competidores que puderam disputar cavalos da raça Puro Sangue Inglês, Puro Sangue Árabe, Crioulo e Quarto de Milha.

Segundo a leiloeira, Maria Fixer, franqueada da empresa de Leilões Judiciais Serrano®, que conduziu os leilões, o evento foi um sucesso.

“Os participantes adoraram os animais, pois além de poderem comprá-los por um valor bem menor que o de mercado, os animais estavam em excelente saúde e ótimas condições”. Segundo criadores, alguns

animais estavam avaliados no valor de R$ 100 mil. Veja os preços de alguns dos cavalos arrematados, valor de avaliação, lance mínimo e valor arrematado: Cavalo Crioulo, pelagem baio, c/ 04 anos. Avaliação R$ 4.000,00; Lance Mínimo R$ 2.400,00; Valor Arrematado R$ 4.900,00. Cavalo Quarto de Milha, pelagem palomino (amarilho), c/ 03 anos. Avaliação R$ 4.000,00; Lance Mínimo R$

2.400,00; Valor Arrematado R$ 10.000,00. Égua Puro Sangue Inglês, pelagem tordilho, c/ 2,5 anos. Avaliação R$ 3.500,00; Lance Mínimo R$ 2.100,00; Valor Arrematado R$ 3.700,00. Cavalo Quarto de Milha, pelagem preta, c/ 07 anos. Avaliação R$ 3.000,00; Lance Mínimo R$ 1.800,00; Valor Arrematado R$ 7.300,00. Égua Puro Sangue Inglês, prenha, pelagem castanha, c/ 04 anos. Avaliação R$ 3.000,00; Lance Mínimo R$ 1.800,00; Valor Arrematado R$ 4.000,00.

DÉCIO GONZAGA SIMÕES JUNIOR (DEDÉ) - 34 9971-0207

Reprodução Assistida Inseminação artificial Transferência de embriões Coleta e envio de sêmen Avaliação reprodutiva de garanhões e éguas Alojamento de doadoras e receptoras Aluguel de receptoras Venda de coberturas 86Paula

Caroline Pereira

Médica Veterinária Responsável

(34) 9202-3281 9682-1220

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Boi Gir Leiteiro Valor: R$ 2.800,00 Vendedor: Clebio Domingues da S. Júnior Cidade: Uberlandia - MG E-mail: clebiodomingues@yahoo.com.br Telefone: (34) 9661-0680 - (34) 9661-0680

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Ano I - nº 02 -fevereito 2011 Caderno Especial da raça gir publicado pela Revista Interural e Portal Girbrsil

Fazenda Genipapo

Página 14

Produtor de leite, de genética leiteira e de grande campeã na Expozebu


Paulo Roberto Andrade Cunha Uberlandia (MG) Fone: (34)9968-9736 E-mail: fazenda.genipapo@hotmail.com


Capa Publicitária

Fazenda São Matheus Seleção de linhagens leiteiras alternativas de Gir Página 8


OtacĂ­lio Ferreira Matos Uberlandia (MG) Fone: (34)9977-3609 E-mail: otaciliomatos@yahoo.com.br


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Paxá Hábil Paxá Hábil Espantoso Everest Benfeitor Cal Caju Brasília

Umidade Cal Umidade Cal Paquera Senxém Rocar Induzia Nata Silvania

149,70 173,80 256,20 338,10 579,80 359,70

Touros em Teste de Progênie ADO

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Pai

Apache Cal Apollo Cal Astro Casper Destaque Dialogo Dom Espelho Estanho Fargo Gabinete Hargo Jutai Kalika Mustang Planalto Procan Renovado Segredo Tabu Vazão Cal

Marcante Benfeitor Sansão Sansão Modelo Gandy Meteoro Everest Benfeitor Barbante Dom Modelo Sansão Radar Emulo Uaçaí Jaguar Everest Oriz Ozano Radar Nobre

Mãe Nagy Cal Lenda Exilada Ovação Cafona Groselia Garbha Profana Nefrita Ovação Ametista Azaléia Bacabal Solução Afinal Inacia Cal Nefrita Chandrakali Lembrança Juliana Planta

Lactação 10.356 11.118 7.225 10.354 11.950 9.577 12.463 17.182 9.041 10.354 10.585 9.063 6.887 8.956 11.520 8.540 9.041 6.899 9.181 12.480 10.281


Visita aos rebanhos de Gir do Triângulo Mineiro

Editorial

A segunda edição do caderno Girbrasil foi feita entre os criadores de gir do Triângulo Mineiro e para isso tivemos que conviver um pouco com esses criadores e seus rebanhos. Aproveitamos para acompanhar a visita do criador Costarriquenho Edgar Sanches a quatro rebanhos de gir em Uberaba: Sílvio Queiroz (Fazenda Arapoema), Henrique Figueira (Fazenda Figueira), Uniube (Universidade de Uberaba) e Epamig (Fazenda Experimental Getúlio Vargas). Nessas andanças visitei a antiga fazenda laranjeiras, do saudoso Rodolfo Machado Borges, em Uberaba e no mesmo dia participei do dia de campo na Guima Agropecuária, do criador de Girolando Guilherme Marques, assessor de marketing da Alta Genetics, em Uberaba. Também estive na fazenda São Matheus, de Otacílio Ferreira Matos, em Uberlândia, onde o criador mantém um rebanho de 200 animais de alto valor racial e agora inicia um processo de avaliação para produção de leite. Otacílio também irá participar do Programa de Melhoramento Genético das Linhagens Leiteiras Alternativas da Girgoiás. Passamos pela Fazenda Xapetuba, de Thiago Bianchi Silveira, uma propriedade integrada que desenvolve um arrojado projeto para produção de leite de animais girolando produzidos na própria fazenda a partir das vacas gir leiteiro de vários rebanhos brasileiros. Visitei também o retiro de Gir Leiteiro da Tropical Genética, onde fui recebido por Milton Neto, um dos diretores de empresa. A Tropical é a maior produtora de leite de gir do Brasil. São quase 1.500 quilos de leite por dia. Lá acompanhamos a ordenha da tarde toda feita mecanicamente. Retornei à Fazenda Genipapo, de Paulo Roberto Andrade da Cunha, onde visitamos os animais Gir que estão sendo preparados para as exposições e torneios leiteiros. Também estive nos piquetes da Genipapo que estão sendo irrigados com os dejetos da sala de ordenha. Além do gado, nessa visita Paulo nos premiou com um almoço maravilhoso, que incluiu no cardápio peixe frito produzido na própria Fazenda. Por fim, fui à Fazenda Sabedoria, de Wagner Lúcio, em Monte Alegre de Minas, onde conheci sua nova propriedade e parte do seu rebanho de gir leiteiro e girolando. Lá ouvi de Wagner seu projeto da Hospedagem de Matrizes de alta produção de leite para serem preparadas para controle leiteiro oficial e torneios leiteiros. O criador também está preparado para prestar serviços na área de reprodução por meio de Fiv, já que fez uma parceria com a SamVet, de Morrinhos (GO). Em Uberlândia tive contados com os criadores José Sab Neto, presidente da Assogir, Virgílio e Roberto Matos de Brito, da Fazenda São Nicolau e Elson Braga Avelar, morador em Uberlândia, proprietário da Fazenda Bragança, em Monte Alegre de Goiás. Rosimar Silva Editor de Girbrasil Direção geral Mário knichalla Neto mario@interural.com Rosimar Silva rosimardogir@gmail.com Editor e Jornalista responsável Rosimar Silva Revisão Aline Defensor Diagramação Thaís Guetta

Consultoras de Venda Daiane Lemes daiane@interural.com (34) 9966-5635 Lydiane Caixeta lydiane@interural.com (34) 9967-9308 Fotógrafos Colaboradores Clécio Duarte / Ernane Silva Sugestões e Anuncios: InteRural Uberlândia - MG Rua Rafael Marino Neto, nº 600 Bairro Karaíba, Ubershopping, loja 56 contato@interural.com

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Expediente (34) 3210-4050 www.interural.com Portal Girbrasil Goiânia - GO (62) 8415-3211 / (62) 9215-2035 www.portaldogir.com rosimardogir@gmail.com O Caderno Girbrasil é uma publicação mensal, publicado pela Revista InteRural e o Portal Girbrasil. Todos os anúncios, imagens e artigos publicados e assinados são de responsabilidade de seus autores. É estritamente proibida a reprodução parcial ou total sem autorização de seus autores.

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caderno

GIRBRASIL

caderno

Últimas de Girbrasil  Expozebu 2011

 Moet do Gir

Em menos de seis horas todas as 78 vagas para o torneio leiteiro foram preenchidas pelos criadores brasileiros. Serão dois pavilhões só de vacas para o torneio leiteiro. Foi preciso montar uma fila de espera. O gir começa quente em 2011. O concurso leiteiro será de 3 a 6 de maio. A expozebu começa dia 26 de abril.

A EMBRAPA Gado de leite já concluiu o projeto para realização do Moet - Múltipla Ovulação e transferência de Embriões – de Goiás. O líder do projeto é o pesquisador Rui Verneque. Estão envolvidos nesse projeto pesquisadores da Epamig, Pólo Genético de Uberaba, Uniube, UFG, Cenargen e Sebrae. A Girgoiás busca mais parceiros para o Moet que será somente com linhagens leiteiras alternativas.

 Fórum Rosimar Silva, editor do caderno Girbrasil aqui na Interural e do portal de notícias Girbrasil, na Internet, foi eleito presidente do Fórum Permanente dos Núcleos de criadores do Estado de Goiás, vinculados a SGPA – Sociedade Goiana de Pecuária e Abastecimento. São 10 núcleos que compões o Fórum.

 Prova do Leite Girgoiás e ABCZ acertaram uma parceria que visa a realização de Prova Brasileira de Produção de Leite a Posto em Goiás. A Embrapa Arroz e Feijão e a Embrapa Gado de Leite vão participar do projeto cedendo uma área com infraestrutura e pastos piqueteados para sediar a prova. 96

 Caso Radar O Ministério da Agricultura – MAPA - ainda não divulgou o resultado da genotipagem que definirá o DNA verdadeiro do touro que teve sêmen falsificado e está causando sérios problemas aos criadores Brasileiros. O MAPA garante que será preciso investigação policial para se chegar aos verdadeiros responsáveis pela fraude genética.

 Fazendas colaboradores A Uniube – Universidade de Uberaba e a Tropical Genética são os dois mais novos rebanhos colaboradores do Programa de

Melhoramento Genético das Linhagens Leiteiras Alternativas da raça Gir, pois vão usar os touros em teste de progênie da Girgoiás. Em Uberlândia o criador Otacílio Ferreira Matos também irá usar os touros em teste da Girgoiás.

 Xapetuda Rosimar Silva e Mário Knichalla visitaram a fazenda Xapetuba, onde está sendo montado um projeto de produção de leite gigantesco. A Xapetuba está produzindo o rebanho Girolando a partir de excelentes matrizes gir leiteiro. Segundo Thiago Bianchi Silveira, a primeira geração de girolando da Xapetuba inicia a produção de leite ainda este ano.

 Central de Hospedagem Wagner Lúcio, fazenda Sabedoria, depois de uma temporada criando gir em Bela Vista de Goiás, agora está com seu criatório em Monte Alegre de Minas, onde também terá uma central de hospedagens de matrizes leiteiras para controle e torneios leiteiros.

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Estância MilagrE apresenta

KARAN E. MiLAGRE Este é o melhor filho do Radar que já vi. Prof. Edmardo Naves

Este animal me impressionou muito Milton Neto Tropical Genética

radar x argelia l. 6.720 KG Oficial ABCZ Primeira cria

V

Raça Leite Caracterização = Karan E. Milagre

Sêmem com proprietário

Família de campeãs

Avó MATERNA Clemente L. v 6.761 Kg - Oficial ABCZ

MãE Argelia L.v 6.720 Kg - Oficial ABCZ

TiA Ameixa 7.559 Kg - Oficial ABCZ

Irmãs de Karan

FAdA E. MiLAGRE

FANTASTiCA E. MiLAGRE

ESPARTA E. MiLAGRE

Eduardo JorgE MilagrE Fones: 34 3236-4409 / 9971-3168 - emilagre@triang.com.br Uberlândia-MG - Controle Leiteiro Oficial ABCZ - Técnico: Tiago A. Brito


caderno

Empresário inaugurará fábrica de ração com atendimento personalizado

GIRBRASIL

A idéia de Otacílio Matos é produzir ração e são mineral de acordo com as necessidades de cada rebanho, “de qualquer tamanho”. O empresário e criador de Gir Otacílio Ferreira Matos, da fazenda São Matheus, em Uberlândia, resolveu entrar para o ramo da nutrição animal como produtor de ração concentrada e sal mineral, com uma idéia inovadora: tratar todos os seus clientes de forma diferenciada. O nome dos seus produtos já foi escolhido, mas o empresário prefere manter em sigilo até a data da inauguração da fábrica, prevista para abril desde ano. Otacílio está fazendo um grande investimento para

“construir uma fabrica que possa atender o pecuarista em qualquer parte do Brasil com ração de qualidade e personalizada”.

Segundo o empresário, que pesquisou muito antes de iniciar o projeto, cada tipo de animal requer um tipo de nutriente, “seja ele concentrado, ou sal mineral”. Por isso, Otacília resolveu investir na produção de um produto especifico para cada rebanho.

Formulação Segundo Otacílio, seu cliente irá receber por parte da fábrica um atendimento técnico para “identificar quais as necessidades nutricionais e minerais do rebanho, seja ele de corte, ou de leite”. Otacílio conta que será estru-

turado um corpo técnico que irá acompanhar “o produtor até sua propriedade onde será feito um diagnóstico apurado para se formular um produto dirigido para aquele rebanho, levando em consideração a categoria dos animais, as pastagens, os níveis de minerais no solo e etc”. Esse tratamento vip, a grosso modo, custa caro. Mas Otacílio garante que seus produtos serão “diferenciados e não vão onerar o bolso do produtor, pois ele não irá pagar mais por esse atendimento personalizado, vamos oferecer um produto de altíssima qualidade com preços competitivos, pode esperar para ver”, finaliza.

Fazenda Engenho, mais de uma década selecionando Gir Leiteiro A fazenda Engenho há mais de uma década aposta na seleção de gir leiteiro. Localizada no município mineiro de Araxá, a fazenda Engenho pertence ao criador Leandro Aguiar, que intensificou a seleção, segundo Marcelo Solé, assessor pecuário, no final dos anos 90, com a aquisição de várias matrizes de criadores do Triângulo Mineiro. Segundo Solé, Leandro Aguiar adquiriu “várias matrizes leiteiras do criatório de Torres Lincoln Prata Cunha”, do sufixo “Poty VR”. Esses animais Poty VR “demonstraram cla-

ramente suas qualidade produtivas, as quais foram passadas às suas descendentes”, informa Solé.

Foco leite

Buscando produtividade, a fazenda Engenho decide, então, em 2000, focar sua seleção exclusivamente no Gir Leiteiro e “foi feito um trabalho direcionado para isso”.

Após essa decisão, durante dois anos, foi utilizado o touro Bem Feirtor Raposo, na época líder do sumário, “produtor de campeões e recordistas de preços, na vacada da Fazenda Engenho”, conta Marcelo Solé. Os resultados, informa Sole, “Foram extraordinários”. Segundo ele, “mesmo nas matrizes gir consideradas dupla aptidão, o aumento de produção leiteira foi bastante significativo”.

Controle Leiteiro

A partir dessa experiência bem sucedida com o touro Bem Feitor Raposo Cal, a Fazenda iniciou o controle leiteiro oficial da ABCZ.

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Marcelo Solé diz que “na vacada filha de Bem Feitor usamos touros consagrados como CA Sansão, Nobre da Cal, Modelo de Brasília, Patrimônio da Silvânia, Vindouro, Bagdá e Andaka dos Poções, dentre outros, que formam a base do plantel atual”. Paralelamente a esse processo de seleção, a Fazenda Engenho também foi até o mercado e adquiriu várias doadoreas de vários criatórios, “tais como Calciolândia, Terras de Kubera e outros”, revela Solé.

Exposições

A Estratégia da Fazenda Engenho é participar de vários exposições agropecuárias do Pais, como Passos (MG), Araxâ (MG), Expozebu e Megaleite, em Uberaba (MG). Seus animais são comercializados na Fazenda, mas também por meio de leilões de recinto e virtuais. Marcelo Solé informa que a fazenda Engenho realizará um leilão virtual no mês de Abril e no dia 2 de maio, durante a Expozebu, realizara o leilão Fazenda Engenho e Convidados Especiais.

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BUTUCADA DA F.E. (FELG-159)

Bem Feitor Raposo x Batucada da F.E.  Reservada Campeã Novilha Maior EXPORIOPRETO 2010  2ª Melhor Novilha EXPORIOPRETO 2010  Campeã Novilha Menor EXPOARAXÁ 2010

BIONDA FIV DA F.E. (FELG-149)

Teatro da Silvania x Linda da Poty VR.  Melhor Novilha EXPORIOPRETO – SP 2010  Campeã Novilha Maior EXPORIOPRETO – SP 2010  1º Prêmio Categoria Novilha Menor, Passos – MG 2010

AMADEUS DA F.E. (FELG-54)

Nobre TE Cal x Princesa Her.Cal. Campeão Macho Jovem FEILEITE’09 Reservado Grande Campeão PASSOS´10 1º Prêmio EXPOZEBU’10 Reservado Grande Campeão PATOS DE MINAS’10 2º Prêmio MEGALEITE´10.

Conta to: A n ton i o A n a n i as (34 ) 9 1 1 8- 9 838 / (34 ) 36 62-7 7 74 Esc r i tór i o: C h á ca ra B e lla Vi sta , B r 2 62 - K M 6 84 - Trevo A raxá / Pa tos d e Mi nas - E m a i l : fa ze n da e n ge n h o @ te r ra .co m . br


caderno

Girista acredita na das linhagens

GIRBRASIL

Criador de Uberlândia montou um plantel de animais somente das linhagens alternativas e fará forte pressão de seleção para leite no rebanho

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seleção leiteira alternativas

O começo Otacílio iniciou sua criação de Gir no ano de 2006 e seu gado tem origem nos planteis de Zeid Sab, Edmardo Naves, Eni Sab e José Alfredo, do gado EVA. Desde que começou a criação de gir, Otacílio vem lecionando as linhagens EVA, Krishna e Alecrim.

“Meu gado é o resultado do cruzamento dessas linhagens, que particularmente gosto muito”. Otacílio ainda não está fazendo controle leiteiro oficial, “pois estou numa face de constituição de rebanho, mas desde o começo faço a identificação de animais que são leiteiros e descarto aqueles que não apresentam nenhuma aptidão para leite”. Segundo ele, dentro de pouco tempo iniciarei o controle leiteiro oficial, principalmente na geração nova, fruto dos meus acasalamentos.

Genética Otacílio diz que agora que o seu plantel já se estabilizou, ele pretende iniciar um

“mais apurada, com controle leiteiro e priorizar definitivamente a produção de leite”. processo de seleção

Entre as decisões visando o melhoramento genético das linhagens leiteiras alternativas da raça gir, Otacílio entrou para o programa de melhoramento genético da Girgoiás e sua propriedade passa a ser a mais nova fazenda colaboradora do teste de progênie da Girgoiás, “também irei produzir tourinhos para serem avaliados pelo programa da Girgoiás”, conta.

Com um rebanho de aproximadamente 200 fêmeas da raça Gir, Otacílio Ferreira Matos acredita numa seleção leiteira baseada nas linhagens leiteiras alternativas. Seu rebanho está na Fazenda São Matheus, às margens do lago da represa Miranda, em Uberlândia, um lugar belíssimo, com uma natureza exuberante e pastagens de ótima qualidade. InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011

Leilão Otacílio também pensa em realizar um leilão de fêmeas ainda este ano. Segun-

“tenho um plantel de vacas e novilhas da mais alta qualidade e gostaria de ofertar minha genética ao mercado brasileiro”. O projeto do leilão do ele,

ainda está em construção. Enquanto o leilão não é marcado, ele continuará a vender tourinhos, matrizes e novilhas na própria fazenda.

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caderno

Girista monta Central de Hospedagem de matrizes leiteiras Criador está preparado para preparar fêmeas para participar de controle leiteiro oficial e torneios leiteiros, além de protocolos para produção de embriões

GIRBRASIL

ro oficial, de torneios leiteiros, das exposições e de um programa de reprodução por meio de Fiv, produzindo embriões e prenhezes, sem que o criador se preocupe com todas as etapas”.

O mineiro Wagner Lúcio, da Fazenda Sabedoria, situado na BR365, em Monte Alegre de Minas Gerais, há 2 Km do Trevão, é criador de gir leiteiro e transformou sua propriedade numa central de hospedagem de matrizes produtoras de leite (de todas as raças) e preparação para exposições. Segundo Wagner Lúcio, experiente criador e promotor de leilões, o projeto em atender outros criadores na preparação de animais para controle leiteiro oficial, torneio leiteiro e exposições foi motivado pela necessidade do mercado nesse tipo de serviço e pela localização da propriedade. A fazenda Sabedoria está às margens da rodovia que liga a BR 153 (liga São Paulo a Goiás e Braília) a Uberlândia e, consequentemente a Uberaba. Fácil a acesso com ótimas estradas, haja vista que a rodovia Uberlândia/Trevão está sendo duplicado.

FIV

Além desses serviços, Wagner Lúcio é o representante da Central Sa-

Primeiro cliente

mVet, de Morrinhos, “uma das centrais de maior respeito no mercado, com ótimos profissionais e excelentes resultados em Fiv e TE no Brasil”, garante. Além dos serviços, a SamVet também possui um banco de recptoras prontas para serem usadas.

Serviço completo

Wagner Lúcio informa que está estruturado para oferecer o trabalho completo aos criadores e selecionadores, “pois podemos preparar o animal para participar do controle leitei-

A larga experiência e a credibilidade do empresário e criador Wagner Lúcio, fazem com que a Central de Hospedagem de Animais, da Fazenda Sabedoria, seja referência. A excelente estrutura do local , recebeu em janeiro 06 animais do criatório Uberbrahman. São exemplares de alta qualidade genética e que estão em fase inicial de lactação, com controle oficial. E outros 06 animais em gestação serão levados para central de hospedagem este mês. “ Estamos aqui para atender criadores de toda região oferecendo um serviço de qualildade e acima de tudo com responsabilidade. Estou contente pela confiança do produtor Aldo Valente, em destinar os animais Brahman para a nossa central de Hospedagem, isso só reforça as boas perspectivas de nosso serviço”. Disse Wagner.

Para obter resultados com o seu animal e fazer todos os protocolos seguros para reprodução controlada e produção de embriões”, finaliza. Wagner Lúcio Jacinto

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InteRural - Revista do Agronegócio | Fevereiro 2011


GIR SABEDORIA  Hospedagem de animais  Controle Leiteiro  Transferência de Embrião  Venda de Prenhêz e Animais

RAQUETE TE DA CAL Dalton TE da Cal x Pesquisa da Cal Lactação: 9.300 kg em 360 dias

CONTATO WAGNER LÚCIO JACINTO 34 9913-2000 / 9227-0506 luciogirdasabedoria@hotmail.com

REPRESENTANTE


FOLIA TE

BABI DA GENIPAPO

C.A. Paladino IN X Oscarlina Grande Campeã Torneio Leiteiro Barretos 2010

Afetivo da Epamig X Ibérica Lactação: 31,917 Kg - Média dia Reservada Campeã Vaca Jovem do Torneio Leiteiro MegaLeite 2010 e Vaca Jovem do Torneio Leiteiro XVIII Expocap 2010

BACANA DA GENIPAPO Afetivo da EPAMIG X Gazeta Campeã Torneiro Leiteiro e Campeã Vaca Jovem Uberlândia 2008 e Ituiutaba 2008 Com apenas três tetos funcionais


Genética Leiteira Produtiva, uma chuva de resultados em Torneio Leiteiro ESCALA TE EXÓTICA TE Modelo TE de Bras X Artista Lactação: 9.746,16 Kg em 365 dias

IVANA Tronco ZS X Uruguaia da Favela Campeã Vaca Senior Barretos 2010 Reservada Grande Campeã Torneio Leiteiro Barretos 2010

Grande Campeã da Raça Gir Vaca Adulta do Torneio Leiteiro XVLLL EXPOCAP | CAPINÓPOLIS JUNHO/2010


caderno

Produtor de leite, de genética leiteira e de grande campeã na Expozebu Criador uberlandense se sente honrado em trazer para o município um título de grande campeã conquistado na principal pista do zebu brasileiro: Expozebu, em Uberaba (MG)

P

aulo Roberto Andrade Cunha é um conhecido produtor de leite do triângulo Mineiro e uma das mais respeitadas lideranças classistas da região, pois já foi presidente do Sindicato Rural de Uberlândia por três mandatos. Um experiente dirigente. Foi na sua gestão que o gir voltou a brilhar em Uberlândia, onde realizou memoráveis exposições nos anos de 2007, 2008 e 2009. Produtor de mais de sete mil litros de leite por dia na Fazenda Genipapo, Paulo não esconde para ninguém que de produção de leite ele entende. Além da produção do leite, ele também produz genética leiteira e seu gado girolando é disputado pelo mercado.

GIRBRASIL

Aliado Gir Leiteiro

Gemada

Contudo, Paulo considerou que não bastava ser um bom produtor de leite, saber fazer uma vaca girolando excelente, achou que deveria entrar para a seleção de gir leiteiro. Não pensou duas vezes e buscou animais em vários planteis de gir do Brasil e começou sua própria seleção. Não demorou muito e os resultados começaram a aparecer. Seus animais começaram a ganhar títulos em pista de julgamento em disputados torneios leiteiros. Até que em 2009 ele chegou ao topo das conquistas de um girista: faturou um grande campeonato na maior exposição de zebu do mundo, Expozebu 2009, em Uberaba.

Foi uma glória para um criador do porte de Paulo Roberto, “pequeno e ainda desconhecido no gir leiteiro, na época”, ressalva. Gemada da Genipapo foi o grande destaque daquele ano na Expozebu, “um animal diferente, cuja mãe é uma vaca de linhagem alternativa e o pai um reprodutor da Epamig”, esclarece Paulo Roberto. Gemada da Genipapo (8,267 quilos de leite em 365 dias), grande campeã da Expozebu 2009, na pista de gir leiteiro, é filha de Iléia da Favela com Afetivo da Epamig. Gemada foi a vaca número um no ranking da Abcgil 2008/2009.

Paulo não esconde a alegria de ter o filho Caio sempre ao seu lado colaborando com as tarefas da fazenda. “Caio tem sido um dos responsáveis pela nossa seleção de gir leiteiro, é ele quem cuida dos acasalamentos, de descobrir novos animais para o nosso rebanho e participa da comercialização, um grande ajudante e entendido de gir leiteiro”.

Novos animais Depois da geração de Gemanda, que foi vendida durante a Expozebu 2009, num leilão nacional, Paulo também já produziu outros animais que se destacam em seu plantel e no cenário nacional, como Banaca da Genipapo, Babi da Genipapo e Ivana.

“Sinto-me bastante honrado por ter produzido a Gemada aqui na Fazenda Genipapo e ofertado ao Brasil um animal com abertura de sangue, um genética nova, completamente aberta e fácil de trabalhar”, destaca.

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Bacana

Bacana tem lactação oficial de 6.423 quilos de leite e é filha de Afetivo da Epamig na Gazeta - 3.498 quilos de leite em três ordenhas durante 268 dias. Segundo Paulo Roberto, “Bacana da Genipapo já ganhou dois torneios leiteiros consecutivos na primeira lactação com menos de 45 dias de parida, com média de 24,7 kg de leite em Uberlândia e Ituiutaba (MG) com 23,9 kg. Nesses três torneios leiteiros, Bacana estava apenas com três tetos funcionais”.

Babi

Babi da Genipapo tem produção de 6.619 quilos de leite, em três ordenhas, em 338 dias, ou 9.669 kg (ajustada), filha de Ibérica (5.430 kg), que é filha de tronco ZS, uma revelação leiteira entre os touros de linhagens alternativas. Segundo Paulo Roberto Andrade Cunha, “Babi foi Reservada Campeã Nacional 2010 na categoria Vaca Jovem. Doadora estruturada, bem caracterizada racialmente, de pedigree invejavelmente aberto e de uma docilidade inigualável”.

Ivana

Ivana , média de 26.300 quilos de leite na exposição de Barretos e produção oficial de 6.807 quilos de leite na primeira lactação. Ivana é filha de Tronco ZS na Uruguaia da Favela. Ivana foi a reservada campeã do torneio leiteiro de Barretos 2010.

Paulo diz que este ano participará de algumas exposições e torneios leiteiros com animais novos, de outras

“mas vamos mostrar para o Brasil algumas preciosidades em produção de leite, em conformação de tipo leiteiro e, principalmente, animais com excelentes úberes, é só esperar para ver”, finaliza.

linhagens,


caderno

Querência Kathiavar submeterá o rebanho gir ao controle leiteiro oficial

GIRBRASIL

Além do controle leiteiro, a Kathiavar usa a reprodução In Vitro (FIV) para acelerar o processo de seleção da raça na fazenda

Os irmãos Felipe Augusto e Guilherme Afonso Frizzo estão empenhados no melhoramento genético da raça gir na Querência Kathiavar, em Uberlândia (MG). Grandes pecuaristas, eles são proprietários da Baru Rural Agropecuária, que controlam várias fazendas pelos estados de Minas Gerais e Goiás, onde criam, recriam e selecionam animais das raças Gir, Girolando, Nelore e Cavalo Crioulo. A seleção de Gir é feita na Querência Kathiavar, em Uberlandia, voltada exclusivamente para a produção de animais leiteiros. Para isso a kathiavar participa do controle leiteiro oficial “com o objetivo de identificar e valorizar os animais superiores para produção de leite”, revela Carlos Avelar, zootecnista da Baru Rural. Com um rebanho de rara beleza racial, com grande caracterização racial, a Querencia Kathiavar implantou na fazenda um amplo programa de FIV (fertilização In vitro) em duas linhas: uma usando os touros provados e reconhecidos do gir leiteiro como Brilhante, Segredo, Emulo, Fardo e Vaidoso. Das mesmas doadoras foram produzidos embriões com touros das chamada linhagens alternativas, porém leiteiras. Segundo Carlos Avelar, “a intenção é não perder os ganhos em caracterização usando touros gir leiteiro com perfil melhorador para raça e vamos continuar uma seleção com as linhagens alternativas na perspectiva de se produzir e melhorar as linhagens leiteiras alternativas, pois existem excelentes matrizes leiteiras no rebanho antigo da fazendo, o que nos faz crer que é possível, como o controle leiteiro, identificar essas linhagens”.

Produção de leite A Baru Rural também está decidida a produzir leite em larga escala. A intenção é fazer do leite uma atividade do dia-a-dia da fazenda, “pois

vamos ofertar no mercado animais testados na fazenda, avaliados em nossos sistemas de produção”. O projeto prevê a ordenha de um rebanho significativo de animais das raças girolando e de Gir.

O projeto para produção de leite usará quase 100% de animais produzidos na fazenda. Todos os animais serão minuciosamente avaliados do ponto de vista da produção de leite e da fertilidade e “os animais que se destacarem iram compor o nosso banco genético para reprodução e composição do time elite da fazenda”, explica Carlos Avelar.

Outras raças A Baru Rural possui várias propriedades onde criam e recriam animais das raças Nelore PO padrão e Mocho e Cavalo Crioulo. Além do nelore elite, a Baru Rural tem um rebanho comercial e até um lote de animais Nelore Pintado, que é uma variação da pelagem. Segundo Felipe Augusto Frizzo, “nosso trabalho visa desenvolver um pecuária sustentável, com respeito ambiental e compromisso com o pa-

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drão racial de todas as raças do nosso plantel”. No caso do Gir, “o foco será a produção de leite, sem perder os ganhos raciais da raça, principalmente do nosso rebanho de longa data de seleção e melhoramento genético para tipo, mas agora vamos passar para a etapa seguinte que será a avaliação de todos os animais por meio do controle leiteiro e até de teste de progênie para os machos”, finaliza.

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A Baru Rural é uma empresa familiar criada em 2005 pelos irmãos Felipe Augusto Frizzo e Guilherme Afonso Frizzo, a qual tem em seus sistemas de produção as criações de Nelore PO, Gir PO, Girolando e Cavalos da raça Crioulo. Todos os sistemas de produção têm como ênfase a criação sustentável sem perder o padrão racial e suas funcionalidades naturais, como produção de Leite, Carne ou Trabalho. A empresa tem sua sede em Uberlândia MG, sendo seus sistemas de produção locados em Uberlândia MG, Tupaciguara MG, Itumbiara GO, Iporá GO e Rio verde GO. Nestas Propriedades se dividem a criação de nelore a campo (comercial), Nelore Pintado (variação de pelagem), Nelore Elite, Recria e comercialização de Tourinhos, Girolando e Gir PO. Na Querência Kathiavar, no município de Uberlândia, detém se em suas dependências, a criação de Cavalos Crioulo de trabalho e rédeas, Nelore PO, Padrão e

Mocho, com ênfase na produção de carne com animais de alto desempenho a campo voltado todo para o sistema de produção de carne, sempre preconizando a pureza e caracterização Racial, Girolando, o qual passa por rigorosa seleção para produção de leite totalmente a pasto, sempre utilizando os melhores touros da raça holandesa em nossas melhores matrizes e doadoras da raça Gir. O Gir, que sempre ocupou um lugar cativo na propriedade com trabalho de melhoramento genético o qual já era desenvolvida na propriedade a mais de 20 anos, agora este processo se torna ainda mais rigoroso, pois soma a ele todo o controle oficial realizado pela ABCZ. Controles estes como ponderais dos machos e controle oficial leiteiro, isto sempre sem perder o nosso grande diferencial que foi a pureza racial e a caracterização de nossos animais. E para que possamos atingir estes resultados estamos utilizando o que há e

mais moderno no mercado como TE e FIV. Utilizamos como nossa bateria de touros animais já provados, ABCGIL e EMBRAPA, como também animais que se destacaram com bons históricos leiteiros de grande pureza racial, de linhagens com JZ, ZS, ENA, FSN, EVA e outros. O projeto da Baru Rural é implantar no ano de 2011 um sistema de produção de leite a pasto, produzindo 4000 litros de leite dia, utilizando animais das raças GIR e Girolando, quase que em sua totalidade, crias da própria fazenda. Todos os animais da fazenda serão controlados com pesagens oficiais de suas respectivas associações, sendo que sempre teremos um time de Elite para ambas as raças, os quais percorrerão as exposições e competições nacionais, para que divulgue e principalmente mostre a todos o trabalho que esta sendo realizado na Baru Rural, Este time será a verdadeira cara do trabalho realizado dentro da Querência Kathiavar.

DOADORAS

CONTATOS: FELIPE FRIZZO - 34 9198-6646 | CARLOS AVELAR - 34 9654-3990 FERNANDO FAGUNDES - 34 9136-3514 | VIRGÍLIO - 34 9971-7660 | CASSIO - 64 9999-8950 RUA POLIDÓRO DE FREITAS RODRIGUES, 180 - UBERLÂNDIA-MG WWW.BARURURAL.COM.BR


Agropecuテ。ria Matos de Brito LTDA FAZENDA Sテグ NICOLAU Roberto Matos de Brito

Rodovia BR 050 - KM 108 Uberaba/MG roberto.matos@robertomatos.adv.br Contato: Virgテュlio Matos de Brito (34) 9971-7660


BARRANCO

PAMONHA FSN

PORVENIR ( PINTOR H.L. X PAMONHA VELHA)

GENUÍNO II


caderno

Uberlândia tem rebanho berço das grandes linhagens da raça gir

O rebanho da Fazenda São Nicolau, de Roberto Matos de Brito, é uma verdadeira reserva genética da raça indiana

composto por mais de 150 animais. Roberto não esconde que “o sucesso genético do nosso rebanho deve-se à persistência e ao amor pela raça do Virgílio, meu irmão,que se dedica a pesquisa da raça, buscando acasalamentos corretos voltados para a trilogia: - carne, docilidade e leite”. Graças à dedicação de Virgílio, “ nossos animais estão voltados para a preservação da qualidade racial do gir identificando as linhagens mais leiteiras do rebanho, com maior carcaça e mansidão”.

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Novos tempos

Criadores de Goiás visitam a Fazenda São Nicolau para conhecer o trabalho de preservação das tradicionais linhagens de gir

O advogado Roberto Matos de Brito cria gir há mais de duas décadas na Fazenda São Nicolau, situada às margens da BR 050, entre Uberlândia e Uberaba, onde estão descendentes de algumas das linhagens mais importantes do gir nacional. Tudo começou em 1985, quando os irmãos Virgílio, Eduardo, Luiz, Patrícia, Gilberto e Roberto compraram alguns animais de Dimas Alves de Brito, tio dos irmãos Matos de Brito, apaixonado pelo gir criado por seu pai Joaquim Pereira de Brito, aprimorado por animais adquiridos em Uberaba. Segundo Roberto, “era um gado espetacular, mas sem registro da ABCZ” e com ele tomaram gosto pela raça. Nos anos 1987 a Fazenda São Nicolau, buscando melhorar o gado adquirido, mas a falta, recebeu os primeiros touros das linhagens ZS (Zeide Sab) e JZ (José Zacarias), mas a sequência do gado adquirido no tio não daria o resultado esperando. Foi quando,

Roberto e Virgílio Matos de Brito, parceria familiar em favor da raça gir

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em 1990, descartaram o gado antigo e compraram de José Zacarias 70 fêmeas, algumas prenhas. “Vieram para o nosso rebanho vacas da cabeceira da lendária seleção JZ, vacas maravilhosas que deixaram produções importantes em nosso plantel, que hoje preservamos a linhagem ”, revela Roberto.

Jogado

A Seleção da Fazenda São Nicolau foi palco de importantes fatos da história do gir brasileiro, como a doação do touro Jogado ZS, feita por Zeide Sab ao Virgílio Matos de Brito. Segundo Virgílio, irmão de Roberto, “nossa amizade com o Zeide Sab era tão grande que ele doou para nosso rebanho um dos melhores touros do Brasil em todos os tempos”, Incentivando a continuidade na criação da raça. Roberto conta que além de jogado, “passou pela São Nicolau outros bons touros da seleção de Zeide Sab, como Tchim (Napy X Eletrada), Colosso (Chave de Ouro Filho X Arandela) e Líbio (Fantástico X Líbia), e outros animais de renomados giristas, amigos e incentivadores.

Virgílio

O rebanho da São Nicolau é

Depois que o rebanho já estava consolidado, outras linhagens de grandes rebanhos foram usadas para refrescamento de sangue na São Nicolau. Roberto usou, por exemplo, o touro Pintor HL, filho de Brinco com a Baunilha, “vaca de rara beleza, feminina e extremamente caracterizada, segundo Virgilio”. Atualmente a Fazenda São Nicolau usa o touro Barranco (Panã JZ X Carranca EVA). Segundo Roberto, Carranca é a última filha de monta natural do touro Genuíno EVA, do sempre lembrado Evaristo de Paula, de Curvelo (MG), criador do gado EVA. Genuíno EVA, foi um grande raçador no rebanho de Evaristo de Paula, e que atualmente está sendo usado pelo criador José Luiz Junqueira Barros, de São Paulo, por meio de FIV.

Pamonha da São Nicolau

A vaca Pamonha “velha”, com o touro Pintor HL, produziu o touro Porvernir da São Nicolau e a a Pamonha da São Nicolau. Segundo Virgílio, Pamonha da São Nicolau “é uma excelente matriz da raça, grande, profunda e está se destacando na produção de leite, com trabalho de FIV para abril próximo”. É um animal cobiçado por vários criadores, mas Roberto diz que fica na fazenda. Roberto também destaca os touros Genuíno II da São Nicolau (Barranco X Ricadona) e Panã Jacutá da São Nicolau (Barranco X Lorena), “touros de rara beleza e excelentes produções comprovadas”.

Projeto

Roberto não esconde que tem em sua propriedade um banco genético da raça gir e “isso me orgulha muito, pois sei que não se faz seleção de uma raça sem animais puros e dentro do padrão da raça”. Sua intenção é continuar selecionando animais “caracterizados, adaptados a pasto, férteis e com aptidão leiteira”, finaliza.

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Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro ABCGIL

Em defesa dos interesses dos criadores de Gir Leiteiro, sócios da ABCGIL, intensifica ações de Melhoramento Genético da raça GIR na sua função para produção de leite, através do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro - PNMGL.

a i t déia s e e r ! o p r o c In

PNM L Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro

Sede Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 Pq. Fernando Costa - CEP 38022-330 Escritório Técnico Av. Edílson Lamartine Mendes, 215 - Parque das Américas Fone/Fax: (34) 3331-8400 CEP: 38045000 Uberaba - MG www.girleiteiro.org.br


caderno

GIRBRASIL

Criadores investem em genética de Gir Leiteiro e Girolando A união de criadores na busca da excelência na produção de leite fez nascer em Uberlândia a Tropical Genética, produtora de leite e animais de alto valor genético, além da prestação de serviços em reprodução bovina Milton Magalhães Júnior, experiente produtor de leite, líder classista no meio dos criadores de girolando e gir leiteiro, ocupantes de cargos importantes nas entidades dessas raças, por muitos anos liderou o Grupo Gama até encontrar com os irmãos Vicente Nogueira e Joaquim Lima, produtores de leite em Uberlândia. Milton e o filho com o mesmo nome, Milton Neto, se uniram aos irmãos Vicente e Joaquim, da Agropecuária Curicaca, e daí nasceu a Tropical Genética, um grupo determinado a produzir animais e genética leiteira para as regiões tropicais do Brasil. O foco, então, é produzir animais das raças girolando e gir leiteiro. Segundo Milton Neto (foto abaixo), “nossa

meta é vender a melhor genética e prestar serviços de reprodução bovina, com alta tecnologia e sustentabilidade, promovendo a satisfação dos produtores”. Produção

A Tropical Genética, segundo Milton Magalhães Júnior, “acredita na raça gir leiteira como raça brasileira

Vacas gir na sala de ordenha na tropical genética

para produção de leite e no girolando, que é o melhor cruzamento tropical para produzir leite”.

Maior produtor A Tropical Genética é a maior produtora de leite da raça gir do Brasil, com mais de 1.300 litros por dia, com médias superiores a 16 quilos por dia, em controle oficial da ABCZ. Ao todo a empresa produz com os rebanhos de girolando e Gir leiteiro, mais de 7.500 quilos de leite por dia. Para Milton Neto, “nossos sistemas de produção levam em consideração os avanços tecnológicos, mas também não fugimos da realidade brasileira, pois acreditamos que produzir

leite a baixo custo tem que, necessariamente, manejar o gado em pastos”.

Gir a pasto O rebanho de Gir Leiteiro da Tropical Genética, em Uberlândia, é todo manejado no pasto. Os animais são ordenhados mecanicamente duas vezes por dia, recebem uma pequena complementação e passa a maior parte do tempo em piquetes rotacionados. No período seco do ano, o rebanho recebe alimentação a base de silagem de milho.

Genética de ponta A tropical Genética também presta serviços de reprodução bovina por meio de FIV e TE, além disso possui à disposição dos clientes um banco de receptores com dois mil animais prontos para serem usados. Segundo Milton Neto, “nossa empresa se envolve na produção de leite, na recria dos animais e no melhoramento genético com tecnologia de ponta, pois isso estamos aptos a fornecer animais e serviços que visam o aprimoramento genético das raças gir leiteiro e girolando”. A empresa oferta seus animais por meio de vendas diretas aos produtores, mas também promove periodicamente leilões e participas de leilões presenciais e virtuais pela televisão.

Milton Neto, diretor da Tropical Genética

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Orgulhosa ZS 7.806 kg de leite em 305 dias Oficial ABCZ Lago Verde ZS x Arnica ZS

Arnica ZS Secretario ZS x Petala ZS

Lago Verde ZS Krishna Gori Ghiliri (A 212) x Tiquira ZS

VENDA PERMANENTE ANIMAIS, EMBRIÕES E SÊMEN Uberaba - MG - Rodovia BR 050 Km 126 (34) 3215-8419 / 9215-6166 / 9116-7179 josesab@fazendaamericana.com.br


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