Revista Estilo 12 por 8 – Ano 01 – Ed.04

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( ) Ver meu time ser campeão. ( ) Infartar nos pênaltis.

Vitor Belfort

Viver mais é uma escolha que você faz. No Brasil, nada mata mais que a Hipertensão. A falta de controle da pressão alta pode causar infarto do coração, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e renal, demência, além de outras complicações que alteram significativamente a qualidade de vida. Escolha viver mais: tome os remédios regularmente, faça exercícios físicos, controle o peso, a alimentação e visite seu médico periodicamente.

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EDITORIAL

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Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia se solidariza e apoia os movimentos e manifestações das instituições médicas e dos médicos que têm como objetivo comum e final a valorização e o respeito à nossa profissão, aos nossos pacientes e à população brasileira. Repudiamos as atitudes do governo federal no que tange a política de saúde ora adotada. Equivocada, desrespeitosa e autoritária, com o claro objetivo eleitoreiro para a perpetuação do poder político a qualquer custo. Quem age não é digno de exercer tal poder. Conclamamos médicos, profissionais de saúde, brasileiros a se unirem contra os desmandes desse governo. Todos nós merecemos um país melhor.

WEIMAR KUNZ SEBBA BARROSO DE SOUZA Presidente do DHA 2012/2013

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povo brasileiro saiu às ruas clamando por mais saúde, menos tarifas e pelo fim da corrupção. As medidas adotadas pelo governo, como a de importar médicos sem garantia de qualificação, demonstram uma visão distorcida da realidade. Para uma boa saúde são necessários recursos que não sejam desviados, saneamento básico, educação, alimentação de qualidade e estrutura de assistência à saúde. Nesta edição, especialistas demonstram que mudanças simples de hábitos podem operar milagres na prevenção e controle das doenças cardiovasculares, as que mais matam em nosso país.

MARCUS VINÍCIUS BOLÍVAR MALACHIAS Cardiologista e Coordenador da Campanha “Eu sou 12 por 8”

Presidente do DHA-SBC Weimar K. Sebba Barroso de Souza

ESTILO 12 POR 8 é uma revista do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia DHA-SBC para médicos, profissionais da saúde e público em geral.

Editor Marcus Vinícius Bolívar Malachias

Apoio:

Editores Associados Alexandre Alessi, Audes Diogenes de Magalhães Feitosa, Mario Fritsch Toros Neves, Rui Manuel dos Santos Povoa e Oswaldo Passarelli Junior.

Jornalista Responsável: Vanessa Brauer MTB 40.141 Projeto Gráfico e diagramação: MK Productions Diretor de Arte: Eduardo Menke e-mail: estilo12por8@mkprod.com.br


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DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UM MAL TAMBÉM PARA AS MULHERES

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cada ano, 8,6 milhões de mulheres morrem de doenças cardiovasculares no mundo, mais do que todas as mortes combinadas por todos os tipos de câncer – como mama, útero e ovário – e infecções, incluindo a AIDS. No Brasil, segundo o Ministério de Saúde, em 2011, a primeira causa de mortes em mulheres entre 20 e 59 anos, nas cinco regiões, foi o grupo de doenças cardiovasculares, principalmente o infarto e o AVC, sendo este último popularmente conhecido como derrame. Há cinquenta anos, de cada dez mortes por infarto nove ocorriam em homens e apenas uma em mulheres. Atualmente essa proporção de ocorrência de infartos é de seis homens para quatro mulheres. A ex-presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Regina Coeli Carvalho, acredita que esta proporção deverá se estabilizar neste patamar e não irá aumentar ainda mais. “As mudanças são decorrentes de um processo lento de conscientização de que a mulher está morrendo mais por doenças cardíacas”, explica. A cardiologista, que também é coordenadora

Há cinquenta anos, de cada dez mortes por infarto nove eram homens e uma mulher. da Unidade de Terapia Materna da Maternidade Escola Assis Chateaubriand da Universidade Federal do Ceará, lembra que a solução requer uma mudançanaspequenasatitudesdavida dasmulheres. “É preciso fazer visitas periódicas ao cardiologista para que se faça a avaliação do estado de saúde, assim como o acompanhamento de doenças préexistentes como a hipertensão, colesterol elevado, diabetes e a obesidade, entre outras”, orienta.

SINTOMAS DIVERSOS Um estudo publicado pela Associação Médica Americana constatou que as mulheres de 45 anos correm 30% mais riscos que os homens da mesma idade de ter um infarto, sem dor no peito. Esse índice cai para 25% na faixa entre 45 e 65 anos e a diferença só vai desaparecer após os 75 anos. Para a cardiologista, a situação não é diferente no Brasil e nem em qualquer outro país. O infarto na mulher tem manifestações diversas do que as apresentadas pelos homens, como a dor no peito, de forte intensidade e com irradiação para o braço esquerdo. Na mulher, a doença coronariana pode se apresentar como um mal estar inespecífico, com queixa de cansaço, desproporcional ao esforço físico, com sintomas gástricos, náuseas ou ânsia de vômito ou com uma angústia no peito, podendo ser confundida como estresse emocional. “Na maioria das vezes, a própria mulher desvaloriza o sintoma, assim como os familiares”, relata a médica.


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CRUZADA MUNDIAL

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coração feminino já é uma preocupação mundial há anos. Organizações internacionais, como a Federação Mundial do Coração, e parceiros como a Associação Americana do Coração, nos Estados Unidos, abraçaram esta causa e já é um sucesso o programa ‘Go Red for Women’, algo como ‘Vá de Vermelho pelas Mulheres’, para chamar a atenção e conscientizar dos riscos das doenças cardíacas. “No Brasil, o Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia vem desenvolvendo programas de educação continuada, em conjunto, com a classe médica e a população para que possamos, um dia, diminuirmos a morte por doença cardiovascular, no sexo feminino”, conta Regina Coeli Carvalho. A atriz Paloma Bernardi ressaltou a importância

REPOSIÇÃO HORMONAL A reposição hormonal jamais deve ser indicada para a prevenção das doenças cardíacas. O tratamento prescrito pelo ginecologista irá definir, individualmente, qual a melhor estratégia terapêutica a ser utilizada e fazer o acompanhamento, em longo prazo, dos possíveis efeitos adversos da terapia e de sua suspensão, quando não houver mais benefícios em sua continuidade”, alerta. Cerca de 25% das mulheres não apresentam sintomas significativos da menopausa e não tem indicação de fazerem a terapia de reposição hormonal.

de ter uma vida saudável: “faça exercícios, mantenha uma boa alimentação - tudo com bom humor e seja 12 por 8 sempre!”. O ator Caio Castro lembrou que praticar atividades físicas com regularidade, além de elevar a autoestima é essencial para o corpo. “As pessoas podem fazer caminhadas ou como orientam os médicos, subir três lances de escada ou até descer do ônibus um ponto antes, para andar um pouco”, sugere.


ALIMENTAÇÃO

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CONSUMIR BANANAS DIARIAMENTE REDUZ O RISCO DE AVC

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m dos alimentos mais cultivados no propriedades funcionais semelhantes às fibras planeta, a banana é fundamental nutricionais, sendo utilizada para a prevenção para nossa saúde. Pesquisadores britânicos de doenças crônicas como o diabetes, e italianos, das Universidades de Warwick obesidade e hipertensão arterial. “A banana e Nápoles, respectivamente, avaliaram 11 nessa fase de maturação contém menores estudos e constataram que a ingestão diária percentuais de amido, sacarose e açúcares de três bananas – cerca de 1,6 mil miligramas o que contribui para a redução da quantidade de potássio por dia – reduz em 21% as chances de calorias por unidade”, acrescenta a médica. de derrame (AVC). Gláucia ressalta ainda que Segundo a presidente da A banana pode ajudar na os benefícios da banana Sociedade de Cardiologia prevenção de derrame, constatados nos estudos, do Estado do Rio de também foram observados auxilia no controle da Janeiro, Gláucia Maria no consumo de outros obesidade e hipertensão Moraes de Oliveira, a alimentos ricos em banana é conhecida como arterial. potássio, como espinafre, um dos alimentos mais nozes e água de coco. completos e constitui uma inesgotável fonte “Na publicação desse estudo no Journal de hidratos de carbono, potássio, sódio, of American College of Cardiology, os fósforo, cloro, magnésio, enxofre, silício, cálcio, pesquisadores estimam uma redução de cerca niacina, vitaminas A, B1, B2 e C. Possui um de um milhão de mortes por ano no mundo por aminoácido chamado triptofano, um precursor AVC, utilizando-se apenas a prevenção através direto da serotonina que produz sensação de hábitos saudáveis como a redução de sal de bem-estar e saciedade. na dieta, consumo de mais porções diárias de A banana verde é ainda mais benéfica, porque frutas e legumes e prática de exercícios físicos”, é rica em amido resistente e apresenta conclui.

Alimentos ricos em potássio: Frutas: melão, maracujá, laranja pera, ameixa preta, ameixa vermelha, amora, mamão, figo, tamarindo, uva, abacate, lima da pérsia, banana prata, banana d’água, damasco. Vegetais: batata inglesa, batata doce, milho verde, cenoura, beterraba, acelga, aipo, couve manteiga, couve flor, couve de Bruxelas, palmito em conserva, rabanete, tomate, almeirão, brócolis, espinafre, mandioca, mandioquinha, chicória. Leguminosos: feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja. Fonte: Ministério da Saúde


EXERCÍCIO

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MUSCULAÇÃO É ALIADA PARA CONTROLAR A HIPERTENSÃO

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esmo sabendo que a atividade física regular faz bem ao coração, 49% dos brasileiros ainda são sedentários. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram que o tipo de atividade preferido por quem se exercita é a caminhada (28%), seguida pelo futebol (13%), musculação (6%) e ciclismo, praticado por apenas 4% das pessoas. Segundo o diretor da SOCESP – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, Rui Póvoa, o número pouco expressivo dos que fazem musculação se deve ao mito de que a prática de “puxar ferro” pode sobrecarregar o coração e causar a morte súbita. “Também é comum a ideia de que o exercício é voltado apenas para quem quer ficar muito forte, os ‘marombados’, que abusam de anabolizantes - drogas usadas para ganho rápido de massa muscular e que são prejudiciais ao coração”, esclarece. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo mostrou que a musculação favorece a captação da glicose pelas fibras musculares. “Esse processo ajuda a equilibrar os níveis de açúcar e insulina na corrente sanguínea”, afirma Póvoa. Vários outros estudos científicos demonstram que os exercícios aeróbios, como caminhadas, corridas, pedaladas, natação ou dança, principalmente quando complementados pela musculação, ou como dizem os médicos “exercícios resistidos”, promovem reduções significativas da pressão arterial. Para o Presidente do Grupo de Estudos em Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica (RCPM) da SBC, Tales de Carvalho, a associação entre exercícios é muito importante tanto para a prevenção quanto para o tratamento da hipertensão. “O exercício diminui a pressão arterial, dentre outras razões, por desencadear ação vasodilatadora, por modular o sistema nervoso autônomo diminuindo a ação da adrenalina, por ser um potente ansiolíticoe

antidepressivo e por contribuir para o aprimoramento metabólico, melhorando a glicemia, por exemplo”, orienta o especialista. A prática exercícios físicos moderados, de forma contínua ou acumulada, durante 30 minutos em pelo menos cinco dias por semana, pode, comprovadamente, reduzir o risco de problemas cardíacos em 66%. Antes de iniciar qualquer atividade física é necessário receber orientação médica e durante a musculação, procure ajuda de um profissional de educação física. Tales de Carvalho dá algumas dicas de exercícios resistidos: “é recomendado a frequência semanal entre 2 e 3 vezes, com 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições, considerando os principais grupos musculares, seguidos até a fadiga moderada e reduzir a carga quando a velocidade e a coordenação dos movimentos estiverem comprometidas”, conclui.


COMPORTAMENTO

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FELICIDADE: UM SANTO REMÉDIO QUE FAZ BEM AO CORAÇÃO

O otimista tem menos chances, cerca de 50%, de ter um infarto ou AVC.

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moderna medicina tem buscado cuidar da saúde das pessoas e não somente de doenças. A alimentação saudável e a prática regular de atividade física são caminhos conhecidos para a longevidade com qualidade de vida. Agora nesta fórmula entra mais um ingrediente: a felicidade. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, avaliaram o impacto do otimismo sobre as doenças cardiovasculares e os resultados foram animadores. Os pesquisadores se debruçaram em mais 200 estudos que, de alguma forma, relacionavam

otimismo, bem estar psicológico, prazer e felicidade interior. As pessoas que buscavam esta “positividade” não apenas conseguiram uma proteção contra os males cardiovasculares, mas também retardaram a progressão de doenças já estabelecidas. Os riscos de um infarto ou um derrame (acidente vascular cerebral), por exemplo, caíram consideravelmente nos “mais felizes”: cerca de 50% menores. Para o coordenador da campanha “Eu sou 12 por 8”, Marcus Bolivar Malachias, os otimistas buscam um estilo de vida mais saudável, evitando cigarro, álcool em excesso e formas de combater o estresse. Para o também cardiologista Mário Borba, é possível avaliar o otimismo já na primeira consulta. “Em geral desde o modo como senta, olha, conversa e narra e sua história: ‘vim porque meus familiares pediram’, ‘estava no outro médico e ele constatou mais este problema’. Há os pacientes que citam os fatos e há aqueles que lembram detalhes dos sofrimentos e padecimentos de si e daqueles que ama”. Segundo Mário Borba, o incentivo para a felicidade pode começar observando com o paciente se os obstáculos que a vida nos apresenta podem ser motivos para celebrar. “É como numa corrida de barreiras, ao ultrapassarmos as barreiras devemos comemorar e deixá-las lá, não trazê-las conosco durante toda a corrida”, resume.


COMPORTAMENTO

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A espiritualidade também tem sido pesquisada

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Sociedade Brasileira de Cardiologia estruturou, recentemente, um grupo de estudos onde está sendo pesquisado e analisado o efeito da espiritualidade sobre o coração. Mário Borba é o diretor científico deste grupo e lembra que o paciente espiritualizado tem uma aceitação melhor das suas enfermidades, que independe de sua religião. “Não é submissão, ‘Deus quis assim’, mas compreensão do processo pelo qual está passando”, complementa. O GEMCA – Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular – está propondo um olhar diferente sobre o que já existe. Desde a antiguidade, o coração teve uma conotação que vai além dos aspectos fisiológicos de bombear o sangue. “Precisamos revisar o que tínhamos no passado e atualizar cientificamente os conhecimentos considerados antigos e também incentivar a cardiologia brasileira a nacionalizar as pesquisas nesta área. Em nenhum outro país temos a amostragem de espiritualidade que temos aqui. Os aspectos relativos à espiritualidade

“O médico pode auxiliar o paciente a ampliar a compreensão da fé e assim promover uma visão mais otimista e feliz da vida.”

do paciente, do próprio médico e dos ambientes onde trabalhamos não é algo novo, mas é algo que devemos voltar a incluir na prática médica”, espera Mário Borba. O GEMCA não é um grupo composto apenas por religiosos, tem integrantes de todos os segmentos, inclusive céticos. “É importantíssimo fomentar este debate para que o médico possa auxiliar o paciente a ampliar a compreensão da fé e assim promover uma visão mais otimista e feliz da vida.”


COMPORTAMENTO

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DORMIR DEMAIS PREJUDICA O CORAÇÃO. DORMIR POUCO TAMBÉM. QUAL O IDEAL?

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sono pode ser um grande aliado do coração, quando dosado corretamente. Já as alterações na qualidade e na quantidade de horas dormidas podem ser grandes vilãs. Segundo estudo publicado no European Heart Journal, realizado com quase 500 mil pessoas, quem dorme menos de 6 horas por noite dobra o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto, além de aumentar em 1,6 vezes a chance de insuficiência cardíaca. Por outro lado, passar mais de 9 horas na cama aumenta a prevalência de angina (dor no peito) e doença coronária (obstrução das artérias que levam sangue ao coração). “O recomendado é que a noite de sono deva ser entre 7-8 horas em média. No entanto, é preciso respeitar padrões individuais. Existem pessoas que habitualmente dormem 6 horas e ficam bem”, explica o médico assistente da Unidade de Hipertensão do Incor-SP, Luciano Drager. De acordo com o cardiologista, ”alterações da quantidade e da qualidade do sono podem gerar um desarranjo metabólico, com alteração de vários hormônios que regulam a ingestão de alimentos. Isto favorece o aparecimento da obesidade, que por sua vez explica, em parte, o aumento da probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares”. A noite mal dormida também é prejudicial. Pessoas que sofrem de apneia do sono, especialmente nas formas moderadas ou graves, têm cerca de três vezes mais chances de desenvolver a hipertensão arterial em um prazo de até quatro anos, do que os indivíduos que não têm o problema.

“O recomendado é que a noite de sono seja entre 7 e 8 horas, em média”. O distúrbio provoca obstrução parcial ou completa da via superior durante o sono, que dificulta ou impede a passagem do ar. Ocorre então uma queda do oxigênio na circulação e um breve despertar para a retomada da respiração normal. Essa queda transitória mas recorrente da oxigenação favorece a sobrecarga do coração e a lesão dos vasos, podendo contribuir ao longo do tempo para fenômenos como a aterosclerose – obstrução das artérias – e a própria hipertensão arterial. “Evidências recentes americanas e um estudo epidemiológico realizado em São Paulo mostraram que cerca de 1/3 da população adulta tem apneia. Isto pode ser explicado tanto pela melhora dos métodos diagnósticos, quanto pela crescente epidemia de sobrepeso e obesidade”, afirma Drager. Reconhecer e tratar a apneia do sono pode ser tão bom quanto um medicamento para a pressão. “Existem estudos mostrando que o CPAP (um pressurizador de ar que impede as obstruções que ocorrem na apneia) pode reduzir a pressão, especialmente nos casos de hipertensão resistente. Se a pessoa toma três remédios para controlar a pressão, pode passar a tomar dois, por exemplo. Em alguns casos, o paciente pode ser autorizado pelo médico a suspender a medicação se o tratamento da apneia for regular”, conclui Drager.


VOCÊ SABIA?

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NEY MATOGROSSO É 12 POR 8

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ey Matogrosso é um exemplo de saúde e boa forma. Além da versatilidade de interpretar canções de autores tão diferentes quanto Los Hernanos, Chico Buarque, Roberto Carlos e Cartola, poucos artistas têm a vitalidade de dançar, pular e cantar, sem perder o fôlego, mantendo o ritmo e a afinação perfeita por 2 horas ou mais de cada um de seus espetáculos. Aos 71 anos, Ney mantém a saúde graças a checkups periódicos, alimentação saudável, atividade física regular e controle rigoroso do peso. Quando necessário, segue as recomendações e prescrições de seu médico, o cardiologista Lúcio Rodrigues.

Ney mantém a saúde graças a checkups periódicos, alimentação saudável, atividade física regular e controle rigoroso do peso. Como a genética influencia na hipertensão? Quem tem o pai ou a mãe com hipertensão tem 30% de chances de se tornar também hipertenso. Se a herança é bilateral, ou seja, pai e mãe com pressão alta, o risco vai para até 50%. Herdamos, junto com nosso código genético, milhões de possibilidades de surgimento de doenças. No caso da hipertensão, quem é filho de hipertensos deve fazer avaliações médicas periódicas, controlar o peso, o estresse, restringir o consumo de sal e manter uma alimentação balanceada, rica em vegetais.

Essa e outras 25 perguntas e respostas estão disponíveis no site www.eusou12por8.com.br. Entre lá e se informe mais sobre a hipertensão.


c e h con

o a n O o c i d me ca. o r t se

Todos os anos no Brasil, 24 mil pessoas morrem por intoxicação medicamentosa.1 Um dos fatores para esse grave problema é a troca de medicamentos sem a receita médica.

Respeite as prescrições do seu médico. Seu conhecimento, ética e responsabilidade não podem ser trocados.

Referência Bibliográfica: 1. A Importância do Profissional Farmacêutico no Combate à Automedicação no Brasil. Patrícia Prado, Hudson W. O. e Sousa; Jennyff L. Silva; Marcelino S. Neto Julho/2013

7007846

7010592 - 7010594 – Outubro/2013

o t n ime


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