Trabalho de filosofia os direitos das mulheres

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Escola Básica e Secundária do Levante na Maia ´

Trabalho Realizado por: - Ana Braga, nº2 - Ana Teixeira, nº4 - Inês Neves, nº14 - Patrícia Rocha, nº26 10ºA 1


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Introdução..................................................................................................................... 4

Os direitos da mulher ................................................................................................... 5 Feminismo e as mudanças da mulher .......................................................................... 6 Importância da mulher na sociedade ........................................................................... 7 Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã ........................................................... 8 Dia da mulher ................................................................................................................ 9 Mulheres Talibãs ......................................................................................................... 10 Onde são cumpridos dos direitos? ............................................................................. 11 O que os filósofos dizem acerca das mulheres? ......................................................... 12

Conclusão .................................................................................................................... 13 Webgrafia.................................................................................................................... 14

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No âmbito da disciplina de Filosofia foi-nos proposto a elaboração de um trabalho de investigação, sendo o tema escolhido “Os Direitos das Mulheres como Direitos Humanos”. No trabalho pretendemos mostrar o lado feminista por parte de alguma população ao lutar pelas igualdades, abordaremos ainda a evolução desta perspetiva ao longo dos séculos e até aos dias de hoje. Pretendemos explicar a relevância do dia da mulher que foi uma data bastante importante e a opinião de alguns filósofos em relação ao tema abordado.

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O termo Direitos da Mulher refere-se aos direitos objetivos e subjetivos reivindicados para mulheres em diversos países. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), os direitos das mulheres são: 1) Direito à vida. 2) Direito à liberdade e à segurança pessoal. 3) Direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação. 4) Direito à liberdade de pensamento. 5) Direito à informação e à educação. 6) Direito à privacidade. 7) Direito à saúde e à proteção desta. 8) Direito a construir relacionamento conjugal e a planejar sua família. 9) Direito a decidir ter ou não ter filhos e quando tê-los. 10) Direito aos benefícios do progresso científico. 11) Direito à liberdade de reunião e participação política. 12) Direito a não ser submetida a torturas e maltrato.

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Feminismo é o movimento social que defende a igualdade de direitos e estatutos privilegiados entre homens e mulheres. O feminismo foi responsável por várias mudanças na vida da mulher:  O direito ao voto;  Crescimento das oportunidades de trabalho para mulheres e salários mais próximos aos dos homens;  Direito ao divórcio;  Controle sobre o próprio corpo em questões de saúde;  Antigamente a educação da mulher era dada em casa, ela não podia ir até a uma escola e só aprendia a fazer as tarefas domésticas e tomar conta dos filhos. Hoje tem uma educação livre;

Ilustração 1 – Mulher a votar.

 A mulher agora tem a possibilidade de participar na vida ativa da sociedade, podendo usufruir de um estatuto privilegiado. Uma das coisas que ainda há em comum nos dias de hoje e se calhar das mais grave é a violência doméstica e nesse aspeto muitas das mulheres ainda não conseguiram lutar contra isso. As responsabilidades familiares não são partilhadas igualmente, continuando as mulheres a assumir a maior parte das tarefas domésticas e dos cuidados com as crianças. Apesar de legalmente cada vez mais se caminhar no sentido de uma paternidade partilhada, muitos homens ainda não conseguem usufruir das licenças de acompanhamento parental.

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Há alguns anos atrás, a mulher era um ser destinado à procriação, ao lar, para agradar o outro. Durante o desenvolvimento das sociedades, a história regista a discriminação homem-mulher, principalmente em relação à educação. Kant usa um discurso sexista ao descrever sobre a mulher e seu viver para o homem. Foi influenciado por Rousseau ao utilizar a ideia de inferioridade feminina com relação à sua incapacidade de raciocinar como o homem, reforçando a ideia de inferioridade feminina. A sedução, por exemplo, é fonte de poder para a natureza feminina e a falta de autodeterminação da mulher é

também

natureza.

No

inerente

à

sua

imaginário

dos

filósofos, não havia necessidade alguma de conferir à mulher um estatuto político, pois para a ideologia do século XVIII, o homem era a causa final da mulher.

Devido

às

ideias

iluministas, o romantismo favoreceu o desenvolvimento e a expressão do amor em todas as suas formas. Nota-se a discriminação consolidada pelo discurso da mulher frágil, emotiva, amorosa. No século XIX, surge um novo discurso filosófico sobre a mulher. Com as manifestações contra a discriminação feminina e a luta pelo direito ao voto, acontecimentos que prevê em uma melhoria na perspetiva da forma de viver das mulheres.

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A Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã é um texto jurídico produzido em 1791, com a exigência de um status de completa assimilação jurídica, política e social das mulheres, escrito em setembro de 1791 pela escritora Marie Gouze conhecida por Olympe de Gouges sobre modelo da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que fora proclamada em 27 de agosto de 1789, mas não contemplativa às mulheres. A Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã repensa a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que enumera os direitos, mas que se aplicam apenas aos homens, enquanto as mulheres não têm o direito de votação, de acesso a instituições públicas, a liberdade profissional, direitos de propriedade, Olympe de ouges defende, ironicamente contra o preconceito masculino, a cauda das mulheres, “Mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos.” A declaração foi rejeitada sendo completamente ignorada politicamente e academicamente e Olympe de Gouges ficou quase desconhecida das pesquisas até ser republicada em 1986 por Benoite Groult. A declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã é, portanto, apontada como uma defesa brilhante e radical em nome de demandas das mulheres e considerada a proclamação autêntica dos direitos dos humanos universais.

Ilustração 2 – Declaração dos Direitos da mulher.

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O Dia Internacional da Mulher é celebrado a 8 de março e tem como origem as manifestações das mulheres russas que lutavam por melhores condições de vida e de trabalho. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Ilustração 3 – Mulheres em protesto pelos seus direitos.

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O regime Talibã é considerado um dos mais radicais e primitivos da história, principalmente em relação às mulheres. É impossível resumir em alguns pontos o abuso, a humilhação e os maus-tratos permanentes a que são submetidas as mulheres. Mas mesmo assim, a RAWA (Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão) elencou 29 pontos, um mais humilhante e cruel que outro, para que a população mundial possa ter uma ideia do sofrimento que é a vida dessas mulheres. Destes 29 pontos podemos destacar os seguintes: 1) Total proibição do trabalho feminino fora de casa. Apenas algumas médicas e enfermeiras estão autorizados a trabalhar nos hospitais de Cabul. 2) Total proibição de qualquer atividade feminina fora de casa se a mulher não estiver acompanhada por um mahram (parente próximo do sexo masculino, como pai, irmão ou marido). 3) São impedidas de fazer compras com comerciantes masculinos.

Ilustração 4 – Mulheres Talibãs.

4) Não podem ser tratadas por médicos do sexo masculino. 5) Proibidas de estudar em escolas, universidades ou qualquer outra instituição educacional (o Taliban converteu as escolas para meninas em seminários religiosos). 6) Obrigação do uso da burca, vestimenta que as cobre da cabeça aos pés.

Pelo que acima descrevemos as mulheres talibãs não têm posse dos mesmos direitos que nós.

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 Holanda A liberdade de expressão não é o único pilar do povo holandês. Agora, em 2014 a Holanda é considerada o país com a menor desigualdade entre homens e mulheres no mundo, segundo uma pesquisa desenvolvida pela ONU. O Reino dos Países Baixos tomou o lugar da Islândia, outro país com oportunidades igualitárias para meninos e meninas de dar inveja ao resto do globo. A mulher holandesa conseguiu o direito ao voto em 1919. Durante os anos 1960 e 1970 – grupos foram sendo criados para estudar a mulher na sociedade. No final dos anos 1980, o feminismo foi absorvido dentro do governo. Atualmente, em qualquer cidade da Holanda existe alguém responsável por assuntos relacionados à mulher.

 Canadá Ao garantir o que é necessário para o bem-estar e as liberdades básicas das mulheres, o governo do Canadá se tornou um modelo para a maioria dos outros países. A mulher canadense obteve o direito de votar em 1918. Onze anos depois, lutou contra uma decisão que a impedia de assumir cargos no Senado. A história mostra que, desde então, as mudanças sociais em relação às mulheres foram se fortalecendo. Na vida familiar, as mudanças levaram à ampliação da inclusão feminina no mercado de trabalho – em 1991, 60% já faziam parte da mão-de-obra assalariada.

 Suécia Em um destino onde as mulheres jogam melhor futebol do que os homens, as suecas também têm voz ativa e são muito independentes na sociedade. Cerca de 77% fazem parte da força trabalhista do país e só 7% em idade adulta estão desempregadas. Em 2014, a Suécia ficou em segundo lugar da lista da ONU de igualdade.

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Kant “O facto das mulheres se destacarem na história por sua capacidade intelectual, não era um fator suficiente para serem reconhecidas.

Para

isto

teriam

que

ser

“homens”.“

Simone Beauvoir “É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distância que a separava do homem. Somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência concreta.”

Charles Fourier “A ampliação dos direitos das mulheres é o principio básico de todo progresso social.”

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No fim da realização deste trabalho ampliámos o nosso conhecimento em relação aos direitos das mulheres aumentou, verificando que aumentaram; refletimos a importância da mulher na sociedade e sobre as mudanças estabelecidas na sociedade em relação a ela. Podemos dizer que na atualidade se fala mais dos direitos humanos, em geral do que propriamente nos direitos das mulheres apesar de vários direitos serem comuns aos dois. Percebemos que a existência dos direitos humanos para as mulheres fez com que elas ganhassem um “novo papel” na sociedade e fez com que tudo passasse a ser diferente. Com pequenas mudanças como: a mulher ter o direito ao voto que é conhecido como o sufrágio feminino, que foi uma das mudanças mais importantes, porque fez com que ela tal como os homens pudesse ter o direito a votar em quem queria de acordo com o que pensava. Ficámos a conhecer vários filósofos que dão a sua opinião sobre os direitos das mulheres, uns contra outros a favor. Assim, a mulher hoje em dia tem um peso tão importante quanto o homem na sociedade.

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 Direitos da mulher. Wikipédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_da_mulher. [consultado em 2014-05-28].  Os direitos da mulher como direitos humanos. Slideshare, http://www.slideshare.net/benficamartavanessa/os-direitos-das-mulher-comodireitos-humanos. [consultado em 2014-05-22].  Dia Internacional da Mulher. Eselx, http://www.eselx.ipl.pt/cienciassociais/Temas/direitos_mulher/. [consultado em 2014-06-05].

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