CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC João Gabriel Barreto Cunha Matheus Machado Moura Vinícius de Melo Coquette
Guia periódico são José dos Campos
São José dos Campos 2013
B273g
Cunha, João Gabriel Barreto Moura, Matheus Machado Coquette, Vinícius de Melo Guia periódico para a cidade de São José dos Campos. / João Gabriel Barreto Cunha; Matheus Machado Moura; Vinícius de Melo Coquette. – São José dos Campos, 2013. 76 f.;Il.;Color. Orientador: Ana Elisa Oliveira Detoni Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Design Gráfico) – Senac, São José dos Campos, 2013. 1. Design Gráfico, 2. Design Editorial. 3. Design Thinking, 4. São José dos Campos, 5. Guia I.DETONI, Ana Elisa Oliveira (orient) II.Título
CDD 741.6
FOLHA DE APROVAÇÃO
João Gabriel Barreto Cunha Matheus Machado Moura Vinícius de Melo Coquette
Guia periódico São José dos Campos Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus São José dos Campos, como exigência parcial para obtenção do grau Lato Sensu em Design Gráfico. Orientadora Profª Ana Elisa Oliveira Detoni
A banca examinadora dos Trabalhos de Conclusão, em sessão pública realizada em / / , considerou o(a) candidato(a):
1) Examinador(a) Prof. ME Ana Elisa Oliveira Detoni
2) Examinador(a) Prof. Dra. Solange de Faria Zandoradi
3) Presidente Prof. ME Vinie Pedra Jorge
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RESUMO
O objetivo da pesquisa é o desenvolvimento de guia periódico prático e útil a todos habitantes e visitantes da cidade de São José dos Campos/SP. Não se trata entretanto, da criação de apenas “mais um guia”, e sim de uma ferramenta personalizada para o usuário. Um veículo que adequado a sua localidade, seja em nível visual, como também contextual. Partindo de uma análise histórica do município, assim como de sua realidade atual no espectro sócio-econômio, buscou-se a essência do cidadão joseense, público-alvo do guia. Com a aplicação da metodologia do Design Thinking, foi determinado o problema a ser solucionado e detectados os possíveis concorrentes ou veículos similares, observando seus pontos fortes e deficiências. A partir dessas premissas, foram geradas ideias relativas a criação do veículo no que diz respeito a sua estrutura e posicionamento editorial. Foram realizados testes com protótipos, sendo que as ideias mais promissoras foram selecionadas e implementadas. Toda recolha e análíse de dados relativos a cidade e seus habitantes foi processada e adequada tendo como parâmetro disciplinas do Design Gráfico como: Design editorial, layout, grid, tipografia, cores, identidade de marca, entre outros temas. O conteúdo editorial explora diversos temas tormando o veículo muito mais abrangente. Cultura (música, dança, arte, cinema), gastronomia, turismo, esporte, vida noturna e compras são algumas das principais editorias. Como resultado de toda pesquisa e aplicação dos conceitos de Design Gráfico, foi criado um veículo que reflete as diversas nuances do cidadão joseense. Um guia diversificado, planejado, conectado ao dia-adia e completo. Uma plataforma de informação e entretenimento focada nos gostos e necessidades dos seus usuários. Palavras-chave: 1. Design Gráfico, 2. Design Editorial. 3. Design Thinking,4. São José dos Campos, 5. Guia
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abstract
This research aims at developing a periodic, practical and useful guide to all residents and visitors of the city of São José dos Campos/SP . However, not just the creation of “another guide”, but a customized tool for the user. A medium that, fit to its location, may see at a visual and at a contextual level. From a historical analysis of the city, as well as its current socio-economic reality, we sought the essence of the citizens of São José dos Campos,, the main guide user. With the application of the Design Thinking methodology, the problem to be solved was determined, possible competitors or similar media were detected, their strengths and weaknesses noted. From these observations, ideas were generated for the creation of the media regarding to its structure and editorial statement. Tests with prototypes were performed, and the most promising ideas were selected and implemented . Every collection and analysis of the data related to the city and its inhabitants was processed and adapted for the disciplines parameters of Graphic Design as: Editorial design, layout, grid, typography, colors, brand identity, among other topics . The editorial content explores various themes making the media much more comprehensive. Culture (music, dance, art, film ), gastronomy, tourism, sport, nightlife and shopping are some of the editorials. As a result of all research and application of the concepts of Graphic Design, a media that reflects the citizen was created. A guide that is diversified, planned, complete, and connected to the day by day life. An information and entertainment platform focused on the tastes and needs of its users. Keywords : 1 . Graphic Design, 2 . Editorial Design . 3 . Design Thinking , 4 . São José dos Campos , 5 . Guide
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lista de ilustrações
Mapa 1 - Localização da cidade de São José dos Campos.............................................. 16 Diagrama 1 - As sete etapas do Design Thinking..............................................................20 Diagrama 2 - Categorias e opções de nomes...................................................................24 Imagem 1 - Logotipo...........................................................................................................26 Imagem 2 - Demonstração do conceito de movimento do logotipo...................................27 Imagem 3 - Demonstração do conceito de diferenciação..................................................28 Imagem 4 - Demonstração das cores................................................................................29 Imagem 5 - Apresentação ilustrativa do aproveitamento de papel...................................32 Imagem 6 - Espelho editorial da edição nº 1 do guia Movmento......................................37 Imagem 7 - Margens.........................................................................................................43 Imagem 8 - Grid modular..................................................................................................44 Imagem 9 - Simulações de layout com diversas fontes....................................................49 Imagem 10 - Tipos na fonte Warnock................................................................................52 Imagem 11 - Tipos na fonte Meta.....................................................................................53 Imagem 12 - Testes de Tamanhos, Leading, Tracking e Justificação................................55 Imagem 13 - CMYK x RGB..............................................................................................59 Imagem 14 - Localização dos elementos do projeto gráfico.............................................65
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................10 2. CONSTRUÇÃO ........................................................................................ 14 2.1 - Informações preliminares ......................................................................................15
2.1.1 - Perfil .................................................................................................. 15
2.1.2 - Enquadramento geográfico e sócio-econômico ...............................16
2.1.3 - Público-alvo ...................................................................................... 18
2.2 – Metodologia - Design Thinking ............................................................................ 18
2.2.1 - Naming ............................................................................................22
2.2.2 - Logotipo .......................................................................................... 26
2.2.3 - Formato e papel .............................................................................. 29
2.2.4 - Processo de impressão e acabamentos ......................................... 33
2.2.5 - Conteúdo editorial .......................................................................... 35
2.2.6 - Identidade visual ............................................................................. 39
a) Grid .......................................................................................... 40
b) Diagramação ............................................................................45
c) Tipografia .................................................................................. 46
d) Cores ........................................................................................ 58
e) Elementos do projeto gráfico ................................................... 63
3. Conclusão ......................................................................................... 66 Referências ....................................................................................... 70
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1. INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
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xiste em São José dos Campos a necessidade, no que diz respeito à divulgação com abrangência de todas as regiões da cidade para os eventos culturais, esportivos, turísticos e de entretenimento, ao estímulo de novas atividades e, de consequente, a geração de público para tais eventos, e ao interesse em preencher um espaço que una mecanismos diversos, é que surgiu a ideia dodesenvolvimento do projeto gráfico de um guia periódico impresso. Acredita-se que os eventos na esfera cultural, de forma geral, merecem um maior protagonismo mediático na cidade de São José dos Campos. E não apenas. Acontecimentos esportivos, turísticos, festas populares e outras manifestações artísticas e culturais poderiam ter uma divulgação mais efetiva e estruturada. Esse guia vem preencher essa lacuna. Os principais objetivos desse guia são utilizar os conceitos e ferramentas do design gráfico na concepção do projeto gráfico e editorial; reforçar a divulgação de eventos de diversas naturezas na cidade de São José dos Campos; (aproximar o cidadão das atividades no município, sejam elas de caráter público ou privado; e abordar todo conteúdo informativo da revista de forma jornalística. A estrutura do guia foi concebida a partir das normas da metodologia do Design Thinking, que divide o processo de desenvolvimento nas seguintes etapas: definir os objetivos, pesquisar sobre a concorrência e projetos similares, gerar ideias, testar protótipos, selecionar as melhores opções para solução dos problemas, implementar essas soluções e, finalmente, concluir o projeto, observando qual foi o seu aprendizado durante todo o processo. Por ser seu um guia direcionado aos cidadãos de São José dos Campos, foram levantados dados sobre a história do município. Sua origem, evolução e situação sócio-econômica atual tem um forte reflexo na identidade visual e no conteúdo editorial do veículo.
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introdução
A escolha das editorias demonstra a abragência pretendida. Sofisticados eventos culturais e festas populares, dividem harmonicamente as páginas com conteúdo para o público infantil, gastronomia, turismo, esporte, vida noturna, entre outros temas. Essa variedade tem como objetivo tornar o guia uma ferramenta de consulta completa e definitiva para se informar do que acontece na cidade. A construção gráfica do guia é norteada pelos conceitos do Design Gráfico, tanto na estruturação estética, como na abordagem criativa de seu conteúdo. A partir das informações contidas na literatura e trabalhos de Design Gráfico disponíveis, foi elaborada uma estrutura fundamentada para a concepção estética e editorial do guia de São José dos Campos. Primeiramente com a criação da marca, que concentrará e representará tudo o que se pretende com o guia, enquanto material de divulgação, estímulo e geração de público para as manifestações culturais, esportivas, turísticas e de entretenimento da cidade. Dessa marca, partirão todas as composições estruturais, linhas editoriais, estilos de texto, fotografia, elementos gráficos e tudo mais que se apresente como necessário no desenvolvimento do guia de São José dos Campos, e que seja inteiramente coerente ao que essencialmente se propõe.
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INTRODUÇÃO
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2. CONSTRUÇÃO
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ara a construção do guia foi escolhida a metodologia do Design Thinking, pois a mesma busca conhecer o usuário, empatizar com suas necessidades e desenvolver, de forma criativa e inovadora, um produto voltado para o consumidor. O aprofundamento nessa metodologia, e todas suas nuances, será feito nesse capítulo.
2.1 - Informações preliminares 2.1.1 - Perfil Este guia destina-se aos habitantes da cidade de São José dos Campos. Aborda os acontecimentos e atividades municipais em sua totalidade, desde que pertinentes à comunidade. Tem a intenção fundamental de informar à população de São José dos Campos sobre toda movimentação da cidade de forma geral. Este guia é uma referência de como as comunidades se comportam culturalmente, tornando visíveis a todos as atividades relacionadas à cultural, turismo, gastronomia, esportes, educação, compras, e onde mais se encontrar a expressão e a essência do povo joseense. O guia é viável para edições mensais. Cada edição contém toda programação disponível no mês, organizadas num calendário visual, dicas de turismo, guia atualizado de gastronomia, com resenhas, informações sobre educação e cursos, indicações de boas compras, conteúdo infantil e tudo mais que acontece no município. O guia é impresso, e distribuído em pontos estratégicos da cidade, de forma que se torne acessível à toda população da cidade. O intuito do guia, prioritariamente, é o de informar. Servir como um novo canal de comunicação com a população, na divulgação de acontecimentos pela cidade. Entende-se que esse guia seja um serviço prestado à população, que pode consultá-lo sempre que precisar de informações úteis e confiáveis, sobre os temas abordados.
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2.1.2 - Enquadramento geográfico e sócio-econômico O objetivo desse estudo é a construção de um guia referêncial periódico com informações relativas a todo município de São José dos Campos - SP, no que toca à cultura, esporte, turismo e entretenimento. Para tanto, é preciso não somente definir o perfil sócio-econômico da cidade, assim como, conhecer sua história, as características do seu povo, no intuito de adequar o guia à essência do que é a cidade de São José dos Campos. O início do povoamento parcial do território, onde hoje se encontra a cidade de São José dos Campos, remonta do final do século 16. Esse povoamento foi conduzido por uma missão jesuíta, por muitos anos. Já em 27 de julho de 1767, o povoado é elevado a categoria de vila e batizada como São José do Paraíba. Essa data marca o aniversário da cidade. Mais tarde, em 1871, a vila, agora como cidade, recebe o nome de São José dos Campos. O município localiza-se no Vale do Paraíba, no cone leste do Estado de São Paulo. Situa-se a 97 Km da cidade de São Paulo e a 342 km da cidade do Rio de Janeiro, sendo cortada pela rodovia Presidente Dutra (BR 116). Outras estradas importantes que passam pelo município são: a rodovia do Tamoios (SP-99), que liga a cidade a Caraguatatuba, no litoral norte paulista, e a rodovia Monteiro Lobato (SP 50), que faz conexão com o Sul de Minas Gerais. Mapa 1 - Localização da cidade de São José dos Campos.
São José dos Campos São José São Paulo dos Campos
Estado de São Paulo São Paulo
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Fonte: Acervo do autor
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A cidade possui centros culturais, teatros, cinemas, museus e bibliotecas. A maioria das atividades culturais de São José dos Campos são promovidas ou apoiadas pela própria prefeitura e governo do Estado, como a Virada Cultural, Festidança, Semana do Meio Ambiente, Festivale, Revelando São Paulo, entre outros. Os eventos culturais realizados pelo municipalidade são promovidos e organizados pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo. Com relação ao turismo, um ponto extremamente favorável é que aproximandamente 60% do território do município são áreas de proteção ambiental, por conta disso, é oferecida uma grande variedade de opções para o ecoturismo, em especial, no distrito de São Franscisco Xavier. A atual explosão na construção de arranha-céus e condomínios fechados, contrasta amigavelmente com as diversas edificações do início do século XX, espalhadas por toda a cidade, fato relevante na arquitetura municipal. A industrialização da região foi impulsionada pela construção da Rodovia Presidente Dutra no início da década de 50. Com ela, diversas empresas multinacionais e nacionais se instalaram, formando o variado parque industrial, que ainda se mantêm em crescimento, sendo que nele se baseia a maior parte da economia da cidade (51,9% do valor adicionado do município). General Motors, Jonhson & Johnson, Embraer, REVAP (Petrobrás) Ericsson e Parker são algumas das empresas situadas em São José dos Campos. Outra característica marcante da industria local, é o desenvolvimento tecnológico, mas evidente no Parque Tecnológico, que reúne diversas empresas do setor. Em São José dos Campos encontra-se uma mistura muito interessante entre a cultura popular nativa do Vale do Paraíba, o que podemos chamar de “caipira”, e outras culturas, trazidas principalmente pelas migrações dos grandes centros, como São Paulo capital e interior, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Essas migrações aconteceram devido aos inúmeros postos de trabalho disponíveis na cidade a partir da metade do século XX. Esse encontro do nativo e do forasteiro transformou-se numa característica individual e revela para a identidade do joseense atual. Para total integração com os seus usuários, suas particularidades e história, o posicionamento do guia possue as mesmas características heterogêneas e multiculturais dos próprios cidadãos ou residentes em São José dos Campos.
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Esse enquadramento ao usuário multifacetado, se reflete nas escolhas das editorias, abordagem das matérias e na variedade do material. Graficamente, as características regionais podem ser encontradas nas cores (sobretudo no logotipo) e em diversos grafismos relacionados as matérias. Quadro 1 - São José dos Campos em números
Área: 1.099,60 Km2 (IBGE) População: 629.921 habitantes (IBGE - 2010) Produto interno bruto per capita: 22.018,04 (2009) A temperatura média anual é de cerca de 21,5ºC (2007) Fonte: São José em dados 2012 (Prefeitura Municipal de São José dos Campos)
2.1.3 - Público-alvo O guia é destinado à toda população de São José dos Campos interessada no movimento cultural da cidade, em qualquer de suas manifestações. Abrange a maioria das áreas de interesse coletivo e todos os seus desmembramentos. Não se restringindo apenas ao evento, e abrigando no conteúdo de cada tema e editoria, o movimento completo da população dentro da cidade, o guia constitui-se como uma ferramenta fundamental de informação à toda população de São José dos Campos.
2.2 - Metodologia - Design Thinking Num projeto de Design concebido a partir de uma ideia, uma intenção criativa, nova ou de transformação, o Designer está, em certa medida, recriando o mundo, direcionando a maneira de olhar do seu espectador. Em análise mais aprofundada sob esses aspectos, busca-se compreender o papel social do Designer Gráfico num projeto de divulgação, que se propõe a gerar um guia para o apoio, crítica e disseminação dos movimentos na cidade.
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Nota-se a necessidade em nortear a estrutura desse guia de maneira que o interesse social esteja em destaque. Não só a partir da convenção de que o Designer Gráfico, dentro da área editorial, tenha como foco a clareza em transmitir informações, e isso, por si só, já exige um olhar para o coletivo, especialmente por que, no caso editorial, a intervenção do Designer torna-o co-autor do que se pretende comunicar. O Designer é mais um dos agentes inseridos no universo cultural, transformando e sendo transformado por ele. Dessa forma, estão excluídos os conceitos problema e solução de Design, pois o Design foi apenas mais um elemento misturado à fórmula da novidade. Para suprir as necessidades do projeto, a metodologia escolhida para abordar esse guia é o Design Thinking.
“O design é um processo iterativo, e o design thinking, o modo como o design é pensado, está presente em cada etapa da jornada que começa como o briefing do cliente e termina com o trabalho pronto. Várias são as soluções possíveis para um determinado briefing, e elas podem se diferenciar umas das outras em termos de criatividade, viabilidade e orçamento.” (AMBROSE; HARRIS, 2010; p. 6)
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Segundo Ambrose e Harris (2010, p.12), o processo de design, sob a ótica do Design Thinking, passa por sete etapas: 1 - Definir 2 - Pesquisar 3 - Gerar ideias 4 - Testar protótipos 5 - Selecionar 6 - Implementar 7 - Aprender Diagrama 1 - As sete etapas do Design Thinking
Definir Briefing
Pesquisar Histórico
Gerar idéias Soluções
Testar protótipos Resolução
Selecionar Justificativa
Implementar Entrega
Fonte: Design Thinking; Ambroise e Harris; 2010; p.12.
1 - Definir Esta etapa se refere ao briefing. O briefing é entendimento das solicitações do cliente para a execução de um determinado trabalho. A definição de um briefing de qualidade passa por entender exatamente quais os objetivos e expectativas do cliente. Esse briefing não pode conter opiniões preliminares de quem fará uso dele para criar, no caso, o Designer. Deve ser a constatação mais abrangente possível de uma situação ou de uma solicitação. O briefing precisa conter também todas informações necessárias para o desenvolvimento do guia. Em resumo, o briefing tem que definir uma solicitação ou situação e fornecer todos os dados para transformá-la. 2 - Pesquisar É a coleta de informações relativas à situação exposta pelo briefing, desde de dados estatísticos até análises de comportamento ou de consumo, afim de definir e revelar características do consumidor.
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Aprender Feedback
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3 - Gerar ideias Já com todas as informações coletadas, é chegada a hora de pensar na transformação. As ideias partem de brainstorming, esboços e adaptação de outros projetos já produzidos. 4 - Testar protótipos Após criar inúmeras possibilidades, é preciso separar as mais promissoras e fazer um protótipo. O protótipo serve para testar se a realização da ideia realmente é viável e cumpre os objetivos determinados pelo briefing. 5 - Selecionar Com um protótipo já selecionado, é hora de focar na concretização da ideia. Porém, antes é preciso ver se o protótipo cumpre com seu propósito, ou seja, é preciso saber se atinje os objetivos, se está sintonizado com o público-alvo, se é exequível, dentro dos prazos e orçamentos. 6 - Implementar Essa é fase de concretização da ideia. Tudo o que foi planejado nas fases anteriores é posto em prática. É o momento de produção e entrega do produto finalizado. 7 - Aprender Com o produto pronto, é preciso captar o retorno de todos, que de alguma forma, tenham contato com ele. Esse retorno é importante para saber se os objetivos foram alcançados, detectar os pontos forte e fracos e descobrir quais os efeitos do produto no seu público. A análise desses dados é importante para o aprendizado e posteriores aprimoramentos nos desdobramentos.
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2.2.1 – Naming Danny Altm, fundador e diretor de criação da agência de naming e branding, A Hundred Monkeys, disse:
“O nome certo prende a imaginação e estabelece uma conexão com as pessoas que você quer alcançar.” (WHEELER, 2012, p. 30)
Para chegar à definição do nome para o guia, foi desenvolvido um processo criativo de naming. Tal processo é constituído, resumidamente, em avaliar o mercado, definir o posicionamento do guia, elaborar possíveis nomes, selecionar e avaliar as disponibilidades legais e estratégicas, a fim de refletir a originalidade indissociável de um projeto de Design para um guia. 1) Análise competitiva Em São José dos Campos, não há concorrentes diretos para o veículo. Não existe nenhum guia informativo de cunho jornalístico com o foco similar. Entretanto, há diversos veículos que podem ser consideradores concorrentes indiretos, pois cobrem isoladamente os eventos em algumas áreas. São eles: - Jornal do Consumidor (editado pela Prefeitura de São José dos Campos) - Jornal da Cidade (editado pela Prefeitura de São José dos Campos) - FCCR em revista (editada pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo) - Programação SESC (Editado pelo SESC São José dos Campos) - Jornal O Vale - Revista Valeparaibano
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Além dos mencionados anteriormente, existem diversas outras publicações regionais de conteúdo mais variado e abrangente, que duelam pelo interesse do público, entre eles: - Revista Vitti - Revista Personi - Revista Nilla 2) Posicionamento O guia tem uma abordagem diferente dos demais veículos existentes em São José dos Campos, pois busca a união entre informação, serviço, diversão e jornalismo. Boa parte dos veículos, principalmente os gratuitos, que se propõem a informar sobre eventos culturais e de lazer, por serem custeados completamente por anúncios publicitários, disponibilizam informações relacionadas ou focadas nesses mesmos patrocínios, deixando claro que o direcionamento editorial é ajustado, ou até mesmo, em alguns casos, corrompido e deturpado. O guia prioriza o cidadão, a disseminação de informações relacionadas às atividades relevantes na cidade, assim como a geração de público, o estímulo à participação, transformação e entendimento do público a partir desses eventos. Pretende-se que este guia torne-se um objeto indispensável ao cidadão, uma referência, um veículo único e altamente identificado com o joseense. O nome do guia precisa refletir isso: Informação, serviço e entretenimento. 3) Elaboração do nome Com o levantamento dos nomes dos veículos similares e definição do posicionamento, iniciou-se o processo de brainstorming de nomes. Nomes de características funcionais, descritivas, geográficas, arbitrárias, entre outros, foram colocados à prova. Dessa prova, originou-se uma listagem mais restrita e dilapidada, sob aspectos mais racionais e práticos, selecionando nomes mais viáveis ao guia para uma fase seguinte de verificação, disponibilidade e usabilidade.
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Diagrama 2 - Categorias e opções de nomes
Siglas e Abreviaturas V.I.R (ver, ir, rever)
Origem ou Geográficos MaisSJC Vale Vê ValeU + Vale Vale Muito Vale Cultura
Arbitrários ou Livres Acontece Viver Vivr Max Q Max E aí? A Boa Xprmenta! Conta + Tudo Eixo All Viva+ Movmento
Descritivos ou Explicativos Agenda+ Agenda Cult Culturando CurtEcult Revista no Ato Cultura-se
Fonte: Acervo do autor
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4) Disponiblidade A busca por um nome autêntico e significativo passa por testes de viabilidade e disponibilidade, de forma que não esbarre em produtos ou serviços com nome igual ou similar, dentro ou fora do mesmo segmento, ou que sugiram algo distante do interesse do guia. A verificação legal é feita juntamente ao INPI (Instituto Nacional de Patentes Industrias) e outros orgãos de direitos autorais, assim como registro de nomes na internet (domínios), desdobramento óbvio de um guia dessa amplitude. Ao final do processo, o nome selecionado foi:
MOVMENTO Numa definição sucinta do se pretende com o guia - abordar todos eventos relevantes na cidade de São José dos Campos -, entende-se que todo ato, toda atividade, todo gesto, tem basicamente um aspecto que os relaciona entre si, o movimento.
“Mo.vi.men.to sm (lat movimentu) 1 Ato de mover ou de se mover. 2 Mudança de lugar ou de posição; deslocamento. 3 Ação, animação, variedade. 5 Série de atividades organizadas por pessoas que trabalham em conjunto para alcançar determinado fim.” (DICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA COMENTADO PELO PROFESSOR PASQUALE, 2009, p. 405)
A partir da definição do dicionário, chegou-se à conclusão de que os diversos significados da palavra movimento encaixam-se perfeitamente com a proposta do guia. A cultura, dentro desse ponto de vista, é o movimento das pessoas em determinada localidade, no caso, São José dos Campos. Sendo assim, o guia fala sobre os movimentos das pessoas ao redor, ou em direção à cultura na cidade. Movimentar as pessoas, e com as pessoas. Não apenas seu movimento na direção dos eventos, mas toda movimentação que também ocorra na forma que as pessoas vêem e pensam a cidade, o
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espaço urbano e o seu papel como indivíduo dentro dessa comunidade. A ideia passa por tornar o próprio guia num movimento social, onde pessoas consumidoras e interessadas em cultura, esporte e turismo, etc. se unam valorizando a cidade e suas atividades. A mudança na grafia, de movimento para movmento (remoção da letra i) é propositada para dar identidade e distinção ao nome, mas sem perder a sonoridade e leitura. Esse retoque no nome também garante a disponibilidade de registro, pois a palavra movimento, escrita de forma correta, já se encontra associada a diversos outros produtos ou serviços. A escolha do nome não tem referência geográfica, ou seja, não tem relação direta com o contexto histórico ou cultural específico da cidade de São José dos Campos. Esse desligamento também é propositado, pois dá ao nome a liberdade para aplicação do guia em outras localidades, como desdobramento ou até mesmo como franquia. Por exemplo: Movmento São José dos Campos, Movmento Campinas, Movmento Salvador, etc.
2.2.2 – Logotipo Imagem 1 - Logotipo
MENTO Fonte: Acervo do autor
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Para a construção do logotipo foram explorados os seguintes elementos: 1 - Movimento Dado que o nome do veículo é Movmento, obviamente, que o conceito de movimento deve, quase que obrigatoriamente, ser aplicado na identidade visual da marca.
“Qualquer imagem estática possui um movimento implícito (ou uma estagnação implícita), assim como o design em movimento partilha com o impresso princípios composicionais.” (LUPTON; PHILLIPS, 2012; p.215)
No logotipo é possível identificar o movimento em duas situações: a) a linha ascendente formada pelos dois emes empilhados b) no efeito espiral da primeira letra “o”. Esse efeito transmite a sensação de movimento cíclico, de constância e continuidade. Imagem 2 - Demonstração do conceito de movimento do logotipo
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MENTO Fonte: Acervo do autor
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2 - Diferenciação O mercado editorial é composto por milhares de títulos. No setor de periódicos, é possível contar centenas de títulos apenas em epenas uma banca de jornais.
“Para ser insubstituível, tem que ser sempre diferente.” (COCO CHANEL apud WHEELER, 2012, p.48).
O logotipo oferece boa legibilidade, mesmo à uma distância razoável, devido a fonte com bastante peso. Seu posicionamento totalmente ao lado esquerdo da capa, ajuda na sua visualização no display entre as outras publicações. O resguardo com contraste entre o logotipo o e fundo garantem um bom diferencial em relação as demais revistas no display, tornando fácil seu reconhecimento por parte do leitor. Imagem 3 - Demonstração do conceito de diferenciação
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3 - Cor Para contextualizar o logotipo com a própria cidade, foram usadas as cores de São José dos Campos no efeito “espiral” na primeira letra “o”. As cores servem para imprimir uma caracterísitica regional. As cores amarelo e azul são reconhecidas facilmente por todos habitantes da cidade. Imagem 4 - Demonstração das cores
MENTO Fonte: Acervo do autor
2.2.3 - Formato e papel Por ser um guia com elevado número de páginas e periodicidade mensal, a preocupação com o consumo de papel é fundamental, não só pela questão econômica, como também ambiental. Para isso, foi preciso balancear a qualidade desejada, com os custos e responsabilidade social. Devido a questões ambientais, o papel offset reciclado parecia a opção mais coerente, entretanto, o seu elevado custo e baixa qualidade de impressão para esse tipo de veículo, inviabilizou a sua utilização. Sendo assim, a opção foi o couché fosco (mate).
“Couché Mate (couché fosco) - Um pouco mais barato do que o couché convencional e como indica o nome, com menos brilho. É frequente seu uso conjugado à aplicação de verniz localizado em determinados elementos gráficos, que assim se destacam pelo brilho e geram uma alternância de texturas que dá um perfil sofisticado a publicação.” (VILLAS-BOAS, 2010, p. 137).
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Esse papel oferece a qualidade de impressão almejada pelo guia, durabilidade para o manuseio com custo acessível. A gramatura do papel é 120 g/m2. Tem uma boa taxa de opacidade e solidez, oferecendo uma visualização do conteúdo, sem transparecer a impressão do verso da página, e está dentro da categoria “média gramatura”.
“Média gramatura (entre 60g/m2 e 130 g/m2) - Comum em revistas, folders, folhetos e miolos de livros. As gramaturas mais utilizadas para miolos são de 75g/m2 e de 90 g/m2.” (VILLAS-BOAS, 2010, p. 119).
VILLAS-BOAS sugere uma gramagem de 75 ou 90g/m2, porém, como estamos usando um couché com revestimento de ambos os lados, o peso (gramagem) aumenta, entretanto, a espessura não é proporcionalmente maior.
“Por exemplo: um papel couché de 120 g/m2 tem espessura mais próxima do papel offset de 90 g/m2 do que do offset de 120 g/m2, pois o couché é por natureza mais pesado devido ao peso do revestimento que lhe caracteriza.” (VILLAS-BOAS, 2010, p. 120).
Todo papel usado na impressão tem certificação FSC (Forest Stewardship Council). Essa certificação garante que a madeira utilizada para fabricação do papel provém de uma floresta com gerenciamento sustentável e responsável, e nunca de florestas virgens ou de desmatamentos. A busca por um tamanho adequado para o guia passou pela análise da quantidade de informação que será inserida, experiência tátil para manuseio do leitor, posicionamento da concorrência e pela eficácia econômica e de aproveitamento de material.
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Após alguns cálculos e consultas a tabelas de aproveitamento de papel fornecidos por diversas gráficas, chegou-se ao tamanho de 21 x 28 cm. Para melhor aproveitamento de papel, foi preciso adequar o formato do veículo pensando no tamanho do papel de fábrica. O papel de fábrica é o papel que é impresso pela máquina e, posteriormente, é refilado (cortado) e dobrado, formando as páginas de uma publicação. No caso em questão, o cálculo é o seguinte: O papel de fábrica escolhido tem 89 x 117 cm (10.413 cm2 de superfície). Nesse papel é possível imprimir 32 páginas, sendo 16 de cada lado, ocupando 9.408 cm2. sendo assim, apenas 9,65% do papel não é aproveitado. Apenas para estabelecer um parâmetro de comparação, imagine que o veículo fosse impresso em formato A4 (21 x 29,7 cm). Para um melhor aproveitamento de papel é preciso usar um papel de fábrica de 66 x 96 cm para impressão de 16 páginas. Fazendo as contas, no formato A4 , 21, 25% do papel seria descartado. Sendo assim, a opção pelo formato 21 x 28 cm, em relação ao A4, resulta em uma diferença de 11,6 % no aproveitamento de papel.
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Imagem 5 - Apresentação ilustrativa do aproveitamento de papel Área não aproveitada
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Fonte: Acervo do autor
A imagem acima reflete onde serão feitos realmente os cortes na folha. Demonstra graficamente a quantidade de papel que não irá ser aproveitada no formato 21 x 28 cm (representada pela área cinzenta).
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O guia tem 68 páginas, sendo 64 de miolo, podendo assim ser impresso exatamente em duas folhas de papel de fábrica, com o máximo de aproveitamento. O material da capa é papel couché fosco (mate) de 200g. A gramatura mais elevada é para garantir uma maior resistência e solidez ao guia, sendo que a alta gramatura do papel da capa, proporciona maior proteção ao miolo e facilita o manuseio, dando maior firmeza.
2.2.4 - Processo de impressão e acabamentos Devido à qualidade de impressão, tiragem e preço, o processo de impressão offset plana (alimentada por folhas) se apresenta como o mais adequado.
“O mais utilizado pelos designers, o offset é o principal processo de impressão desde a segunda metade do século 20. Ele garante boa qualidade para pequenas (a partir de mil exemplares), médias e grandes tiragens a custos compatíveis, com bom rendimento tanto no traço quanto nos meios-tons.” (VILLAS-BOAS, 2010, p. 62).
Para minimizar o impacto ambiental, a escolha da gráfica será restrita àquelas que façam uso de tintas à base de óleo vegetal, como óleo de soja ou óleo de linhaça, ao invés de tintas feitas à base de petróleo. O uso dessas tintas, tem como objetivo reduzir a necessidade de solventes orgânicos. Depois da impressão, o papel de fábrica já impresso precisa passar pelos acabamentos. No caso do guia são precisos 3 acabamentos: refile, dobra e encadernação. a) Refile O refile é o nome dado ao corte que a folha sofre para se adequar ao tamanho final do trabalho. Refilar o processo de cortar as folhas com uma guilhotina.
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“A maioria dos produtos impressos precisa ser cortada, seja antes da impressão, a fim de adequar o papel ao formato da máquina, seja no processo de acabamento - antes da dobra ou depois da encadernação, grampeação ou costura -, para refilar as bordas.” (BANN, 2012, p. 140)
b) Dobra Com as folhas já refiladas no tamanho final, as páginas entram em uma máquina chamada dobradeira, que irá fazer as dobras deixando o material preparado para a encadernação.
“Na impressão plana (...), a folha precisa ser dobrada, depois da impressão, em um dobradeira. As folhas individuas são alimentadas em uma das extremidades da máquina, e os cadernos são dobrados de acordo com o esquema de imposição utilizado.” (BANN, 2012, p. 142)
c) Encadernação A encadernação será feita com o processo de canoa e dois grampos. Essa a maneira mais comum, econômica e prática para esse tipo de veículo, dado a sua natureza periódica, tipo de papel e número de páginas.
“Canoa (ou dobra-e-grampo ou encadernação a cavalo) - É a forma mais simples, rápida e barata para confecção de brochuras: os cadernos são encaixados uns dentro dos outros, sendos reunidos por grampos na dobra dos formatos abertos. O número total de páginas tem que ser múltiplo de quatro. Comum em revistas semanais e de baixo custo.” (BANN, 2012, p. 160)
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2.2.5 - Conteúdo editorial Como todo periódico, o guia também possui seções e editorias que organizam o seu conteúdo. A escolha dessas editorias é baseada nos enfoques a serem dados pelo veículo, assim como pelo grau de importância e destaque dentro da publicação, e interesse do público, podendo ser alterado de acordo com os acontecimentos na cidade. Para facilitar a visualização e criar uma identidade, as editorias terão elementos gráficos próprios para melhor percepção e navegação por parte do leitor. Seções: 1- Sumário O sumário tem a função de identificar e localizar todas editorias dentro do veículo. 2 - Expediente Também conhecido como ficha técnica, é a seção onde estão dispostos todos dados relacionados ao veículo, como nome e cargo das pessoas que trabalham nele, endereços de contato, editora, tiragem, etc. Editorias: 1 - Agenda É um calendário visual com o resumo das atrações na cidade e indicação de onde encontrar mais informações sobre essas mesmas atrações dentro do guia. 2 - Matéria de capa Editoria destinada a desenrolar sobre o assunto abordado na capa. 3 - Entrevista Entrevista com alguma personalidade cujo interesse esteja relacionado a atual edição do guia. 4 - Cultura É a editoria principal e também a maior, em que consta toda informação sobre os eventos culturais na cidade. De acordo com a demanda e a ocasião terá uma série de sub-divisões como: música, dança, teatro, cinema, televisão, arte, literatura, moda, entre outras.
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5 - Compras Dicas de compras e lançamento de produtos. 6 - Gastronomia Reportagens sobre restaurantes e similares com sugestões sobre onde comer bem na cidade. 7 - Vida noturna Matérias sobre bares, danceterias e outros lugares para se divertir à noite. 8 - Turismo Dicas e informações sobre os pontos turísticos na região. 9 - Esporte Relação dos eventos esportivos que acontecerão na cidade, tais como campeonatos, provas ou competições, dicas e curiosidades. 10 - Educação Informações sobre cursos, palestras e workshops em diversas áreas do conhecimento. 11 - Crianças Programação e temas destinados ao público infantil. 12 - Bairro em destaque Matéria com foco em um bairro da cidade. 13 - História Alguma curiosidade histórica sobre a cidade de São José dos Campos. Espelho editorial O espelho editorial é uma ferramenta utilizada para visualização da distribuição do conteúdo em um periódico. É de extrema importância na organização e hierarquização da informação dentro do veículo, assim como no fechamento dos cadernos, para que o conteúdo seja distribuído de forma funcional, completando todos os espaços necessários, seja com matérias, fotos ou anúncios publicitários.
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Imagem 6 - Espelho editorial da edição nº 1 do guia Movmento
Fonte: Acervo do autor
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Continuação da pág.37
Fonte: Acervo do autor
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Esse espelho é exclusivo para a edição número 1, sendo que para cada edição é preciso montar um novo espelho que pode, ou não, diferir do espelho apresentado, por questões de mudança de conteúdo, tanto editorial quanto publicitário.
2.2.6 - Identidade visual Com todas características físicas determinadas (tamanho, números de páginas..) assim como as guias editoriais (editorias, seções..) é chegada a hora de definir o grafismo do guia, ou seja, fazer o layout.
“O layout é o arranjo dos elementos de um design em relação ao espaço que eles ocupam em conformidade com um esquema estético geral. Também pode ser chamado de gestão da forma e do espaço. O principal objetivo do layout é apresentar os elementos visuais e textuais que precisam ser transmitidos de uma forma que o leitor os receba com o mínimo de esforço.” (AMBROSE; HARRIS, 2012; p.11).
Qualquer plataforma exige considerações a cerca das proporções e áreas máximas e mínimas de layout, definir uma área estruturada para o design, em todos os contextos, gráficos ou multimídia. O layout dispôe de uma série de ferramentas para distribuir, organizar e identificar todo o material a ser expostos nas páginas. As ferramentas a serem utilizadas no guia são: a) Grid b) Diagramação c) Tipografia d) Cores e) Elementos do projeto gráfico
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a) Grid O desenvolvimento de trabalhos de design gráfico parte de uma necessidade fundamental de organização. A função do designer, por princípio, volta-se para a comunicação, e essa exige um automático esforço organizativo, como o realizado na formação de palavras a partir de letras, e frases a partir de palavras, e ideias. Todo trabalho de Design impresso envolve, além do esforço criativo para a composição de um material de qualidade, a efetividade na solução de problemas visuais básicos, desde a composição harmônica de diferentes objetos, textos, imagens e ilustrações, bem como o posicionamento hierárquico de quais informações merecem mais ou menos ênfase. Num trabalho mais extenso, como num livro ou revista, a organização visual desses elementos são fundamentais para clareza e o ritmo da leitura e compreensão do trabalho.
“Todo trabalho de Design envolve a solução de problemas em níveis visuais e organizativos. Figuras e símbolos, campos de textos, títulos, tabelas: todos esses elementos devem se reunir para transmitir a informação. O Grid é apenas uma maneira de juntar esses elementos”. (SAMARA, 2011, p. 22)
O grid é uma ferramenta que tem como função principal organizar as informações dentro de um determinado formato. O papel do grid é proporcionar clareza e ordem na disposição dos elementos gráficos dentro do layout. É composto por margens, colunas, módulos, entre outros elementos que interagem entre si, visando criar o dinamismo e compreensão propostos pela publicação em questão.
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Para que uma informação se torne fluida num trabalho gráfico, é necessário que não haja problemas maiores para o leitor/receptor consiga compreender a mensagem passada, seja ela forma escrita, ilustrada ou através de registros fotográfico. As peças visuais devem se encaixar no decorrer das páginas, para que o olhar percorra o espaço programado pelo Designer, e que a informação se faça compreendida.
“O grid é um meio de dispor e relacionar os elementos de um design a fim de facilitar e auxiliar a tomada de decisões.” (AMBROSE, 2012; HARRIS, 2012; p.53).
Um bom design gráfico editorial deve continuamente excitar o receptor com estímulos visuais, que modificam padrões herméticos, como são necessariamente os corpos e manchas de textos. Também é função do Designer estender o grau de interesse do receptor para além do que a construção textual pode levar. Esses estímulos podem ser conseguidos através do rompimento dos corpos de texto e seus intervalos, por parágrafos mais largos, ou destaques maiores, elevando a importância de determinados espaços de texto, hierarquisando-os, por exemplo. Alguns elementos do grid encontrados no guia são margens, colunas, guais horizontais e módulos. Antes de começar a compor todo o material dentro das páginas, é preciso determinar qual será a área de trabalho ou área útil onde os textos, imagens e demais elementos serão expostos. Para isso temos as margens, que delimitam o espaço de resguardo entre o corte da página e o conteúdo editorial.
“Margem são os espaços que cercam a mancha gráfica, lateralmente, acima e abaixo na página.” (AMBROSE; HARRIS, 2012; p.168)
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Esse espaço de resguardo é necessário para a praticidade do manuseio, uniformidade visual e também para problemas com material muito próximo aos refiles e dobras. O manuseio de materiais editoriais encadernados é feito, normalmente, utlizando-se parte lateral de fora, sendo assim, é conveniente que haja espaço de margem suficiente para que os dedos do leitor, durante sua navegação pelo veículo, não interfiram na leitura. As margens também servem para orientar a visão do leitor, que ao se deparar com uma margem uniforme por algumas páginas, sabe exatamente onde começa e termina o conteúdo na página seguinte, e assim por diante. Conforme já explicado anteriormente, o papel depois de impresso é cortado (refile) para se adequar ao formato final do veículo, caso não haja uma margem de segurança, parte do conteúdo pode ficar muito próximo do corte, dificultado a leitura, ou, até mesmo, sendo cortado no processo de refile. Para o guia optamos pelas seguintes margens: 1,7 cm mm na extremidade superior 1,7 mm na extremidade inferior 1,3 mm na extremidade lateral externa 1,7 mm na extremidade lateral interna É usual dar uma margem maior na extremidade lateral interna em relação a extremidade lateral externa por conta da dobra e encadernação que acabam tomando algum espaço da margem. As margem não tem que ser necessariamente idênticas entre os quatro lados de uma folha, entretanto, convém que os valores se repitam ou se espelhem simetricamente entre páginas diferentes, buscando criar uma padronização visual. Por ser um veículo com uma quantidade maciça de textos e imagens, as margens focam em deixar o maior espaço útil possível, sem perturbar a leitura ou o manuseio do guia.
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Imagem 7 - Margens
Fonte: Acervo do autor
Dentro das margens, são utilizados elementos como módulos, guias e colunas Os módulos são as unidades básicas do grid. Dispostos em sequência vertical formam as colunas, e na horizontal, as faixas. As guias horizontais quebram horizontalmente a página em faixas de leitura. Os módulos, quando agrupados, formam áreas individuais ou diferenciadas, para o posicionamento de imagens ou gráficos. Com o espaço de trabalho determinado pelas margens, é preciso selecionar qual o tipo de grid ideal para o guia. Devido a diversidade do material, tanto a nível estrutural, quanto de conteúdo, o grid modular se demonstra claramente o mais adequado, dado a sua flexibilidade, podendo acomodar com facilidade diversos tipos de módulos e oferecendo opções na organização e disposição de elementos, sejam eles textos, imagens, tabelas, gráficos ou grafismos. Guia periódico São José dos Campos
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O grid é o mesmo em todas páginas, respeitando a simetria, adotada nas margens, em páginas espelhadas. Entretanto, essa simetria só precisa ser respeitada no que dizer respeito aos limites das margens, sendo que o conteúdo pode ser distribuído de forma assimétrica conforme a conveniência. O grid possui 7 colunas e gutter (espaço entre as colunas) de 5 mm. A escolha de um número ímpar para as colunas aumenta a mobilidade dos módulos, possibilitando maior dinamismo e diversidade à diagramação dos conteúdos e administração dos espaços de respiro. Imagem 8 - Grid modular
Fonte: Acervo do autor
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b) Diagramação A forma de distribuir e organizar os elementos editorias dentro de um grid ou espaço pré-determinado, dá-se o nome de diagramação. Na composição de qualquer material de natureza editorial, seja ele impresso ou digital, a diagramação é responsável pela organização e relação entre os elementos com a finalidade de transmitir a mensagem proposta de forma mais eficaz. De acordo com o conteúdo, proposta gráfica da peça ou posicionamento editorial, a diagramação irá coordernar a comunicação entre os elementos gráficos, priorizando algumas características como: legibilidade, ordem, fluidez, navegação e percepção. Dependendo do tipo de material a ser diagramado é preciso dar maior ênfase a uma ou outra característica. Como base para criar as relações entre os elementos gráficos são utilizados os fundamentos da Gestalt do Objeto.
“De acordo com Gestalt, a arte inicia-se no princípio da pregnância da forma. Ou seja, na formação de imagens, os fatores de clareza e harmonia visual constituem para o ser humano uma necessidade e, por isso, são considerados indispensáveis - Seja em obra de arte, produto industrial, peça gráfica, edifício, escultura ou em qualquer outro tipo de manifestação visual...” (GOMES FILHO, 2008, p.14)
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A utilização das leis e fundamentos da Gestalt na construção, não só da diagramação, como também na escolha da tipografia e na criação dos elementos gráficos, será de grande importância na percepção, leitura e identificação do veículo por parte do leitor. c) Tipografia No design editorial, a tipografia exerce um papel fulcral na identidade do guia. Toda legibilidade, estrutura e clareza repousa sobre a escolha acertada dos tipos a serem utilizados.
“Em geral, a arte da tipografia para além de seus aspectos globais - fazer o texto ajustar-se na página junto com outros materiais e parecer estiloso no layout - passa desapercebida. No entretanto, os detalhes, ou seja, o tratamento dado a pontuação, símbolos, aos alinhamentos de subtítulos e texto dentro dos parágrafos e às viúvas, são igualmente, senão, mais importantes para garantir a boa leitura. “ (SAMARA, 2011, p. 42)
O texto traz consigo tomadas de decisão ainda mais avançadas, pois subdivide-se em partes que, juntas ou separadas, influenciam e até distinguem de maneira decisava um trabalho de design gráfico. O olhar próximo a toda anatomia do corpo de texto, pode-se entender, racionaliza a subjetividade de uma criação, já que a própria letra e o seu sentido, configurado em palavra, ganham uma dimensão concreta, pois é através da palavra escrita ou impressa que as ideias ganham sentido. Letra, espacejamento, parágrafos, corpo de texto são contribuintes fundamentais dessa boa comunicação de ideias. Qualidade tipográfica quando se pensa em desenvolver um projeto tipográfico, deve-se levar em conta três aspectos: a qualidade da ideia, ou seja, sua proposta conceitual, a qualidade do desenho e a resolução técnica. A letra é o ponto de partida para um layout que possua texto. E a partir dela, e com ela, que se pode gerar consonâncias temáticas, associativas e sensoriais a cerca do tema em que o texto se
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desenrola. É a letra que carrega a identidade fundamental, mas não integral do elemento tipográfico em um layout. O texto, ou o corpo de texto, é o caminho por onde as ideias caminham.Essa fluidez ou tensão, dependendo da intensão criativa, podem ser definidas por kernings (o padrão métrico dos espaços entre as letras) mais ajustados, para que a exatidão contida na natureza das fontes nos espaços entre as letras não produzam efeitos visuais desconfortáveis à leitura, ou espaços que chamem atenção para si, rivalizando com o layout ou com o sentido das palavras. Sobre os espacejamentos:
“Tecnicamente, a qualidade de uma fonte é definida pela legibilidade e pela harmonia da composição das palavras e textos. Portanto, o ritmo e a cor de um bloco de textos estão relacionados com o equilíbrio entre as formas das letras e suas respectivas contraformas, mais a justaposição dos caracteres em sequência, na formação das palavras.” (ROCHA, 2005 p.44)
O espacejamento entre as palavras e os entrelinhamentos horizontais estabelecem o conforto e o fôlego na leitura. Os entrelinhamentos, em especial, auxiliam na evolução da leitura, sem que os olhos se percam pulando ou repetindo uma mesma linha do texto. Os alinhamentos dos parágrafos à esquerda, à direita, centralizados ou justificados, quando o texto é pressionado à alinhar-se tanto à esquerda como à direita, dão o teor formal ou informal ao texto corrido. Os alinhamentos também podem variar para enfatizar determinadas partes dos textos, definindo uma hierarquia para as informações ali contidas.
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“A hierarquia se expressa por um sistema nominal (...) mas ela também se exprime visualmente, através das variações em escala, tonalidade, cor, espacejamento ou posicionamento(...) A hierarquia visual controla a transmissão e o impacto da mensagem” (LUPTON; PHILLIPS, 2012; p. 115)
Escolha da tipografia Para o guia foram selecionadas duas famílias tipográficas. Grande parte dos autores dos livros que abordam o assunto, aconselham o uso de uma ou, no máximo, duas famílias tipográficas.
“Apenas uma família tipográfica com variações de pesos e itálicos pode ser o suficiente; adicionar uma segunda família é bom para agregar textura, mas não exagere. A inserção de muitas famílias tipográficas causa distração, perda do foco e pode confundir ou cansar o leitor.” (SAMARA, 2010, p.13)
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Testes de tipografia Imagem 9 - Simulações de layout com diversas fontes
Fonte: Acervo do autor
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Fonte: Acervo do autor
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Fonte: Acervo do autor
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As famílias tipográficas escolhidas foram: Warnock Imagem 10 - Tipos na fonte Warnock
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Meta Imagem 11 - Tipos na fonte Meta
The quick brown fox jumps over the lazy dog Guia periódico São José dos Campos
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As mistura entre uma família de tipos com serifas e outra sem serifas, visa o contraste, para clara divisão do conteúdo de forma visual. Essa junção é amplamente difundida em diversos veículos impressos por conta do seu dinamismo, funcionalidade e simplicidade A opção de uma fonte com serifas (Warnock) para o corpo do texto se justifica pela legibilidade, já que o veículo lida com uma grande quantidade de texto.
“Pesquisas mostraram que serifas, mesmo que pouco perceptíveis, auxiliam bastante o reconhecimento dos caracteres e ajudam a leitura guiando o olho ao longo da linha de texto. Por essa razão, os textos são mais fáceis de ler em fontes com serifa.” (AMBROSE; HARRIS, 2011, p.97)
A fonte sem serifas (Meta) foi escolhida para título e demais elementos que não façam parte do corpo do texto.
“Fontes sem serifa, como o nome sugere, não têm toques decorativos que guiam o olho e, portanto, parágrafos longos nessas fontes são difíceis de ler. Seu design limpo e simples é ideal para títulos como cabeçalhos. legendas e outros usos que não no corpo do texto.” (AMBROSE; HARRIS, 2011, p.97)
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Tamanhos, Leading, Tracking e Alinhamento Após diversos testes de impressão foram definidos os estilos tipográficos do guia. Não só a escolha dos tipos acima, como também os tamanhos dos tipos, leading, tracking e justificação, foram baseados nesses testes de impressão. Imagem 12 - Testes de Tamanhos, Leading, Tracking e Alinhamento
Fonte: Acervo do autor
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Fonte: Acervo do autor
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Em um veículo impresso de comunicação de massa, a funcionalidade principal a ser considerada é a legibilidade. A organização dos elementos gráficos no layout, por sí só, não tem força se a mancha de texto, títulos e outros elementos tipográficos não oferecerem uma legibilidade razoável. Segundo MULLER-BROCKMANN, para uma boa legibilidade, a largura da coluna de texto precisa comportar de 7 a 10 palavras por linha. (1996, p. 30). Para aproximar a mancha do corpo de texto a esses parâmetros, foi utilizada a fonte Warnock com 9pt de tamanho no corpo do texto. Não existe uma tamanho ideal de fonte para o corpo do texto, valores entre 8 a 14 pt são os mais comuns, levando em consideração a proposta, tamanho físico e natureza do veículo. Por exemplo, um livro para crianças normalmente tem menos texto e exige uma melhor legibilidade, pois a criança precisa visualizar bem os caracteres, sendo assim, o tamanho de fonte escolhido deve ser maior que em um livro convencional para adultos. Tracking é o nome dado ao espaçamento que é aplicado uniformemente entre os caracteres e palavras. No caso em questão foi escolhido um tracking de -20, pra obter uma mancha de texto mais densa e encaixar mais caracteres por coluna. Já o espaço entre as linhas de texto é chamado leading. A escolha de um leading ideal oferece conforto na leitura. Uma macha de texto com leading exagerado faz com que o bloco de texto perca sua unidade, dispersando a atenção do leitor. Já um leading muito apertado pode causar confusão na leitura, torno o texto demasiadamente denso e de difícil leitura. O leading no corpo do texto é de 2pt, ou seja, a altura do tipo é 9 pt e entre uma linha e outra há 2pt de espaço, totalizando 11pt. O alinhamento, como o próprio nome diz, determina como texto de alinha horizontalmente em uma linha. O texto pode ser alinhado à direita, à esquerda, centralizado, justificado, etc. No guia, o texto é alinhado à esquerda, sem justificação. Na língua portuguesa a leitura é feita da esquerda para a direita, sendo assim, para aumentar a legibilidade, o alinhamento segue a direção da leitura. A ausência de justificação facilita a leitura ao mudar de linha e evita espaçamentos desiguais entre as palavras.
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d) Cores A cor é percepção do ser humano da transmissão das ondas de luz refletidas. Essas ondas são captadas pelos olhos e interpretadas pelo cérebro. Essas interpretações geram sentidos subjetivos.
“A cor traz uma variedade de mensagens psicológicas que podem influenciar o conteúdo. Esse componente emocional da cor opera em um nível instintivo, mas também é influenciado pela sociedade e pela cultura.” (SAMARA, 2011, p.28)
A atribuição de cor as formas ou imagens afeta os seres humanos psicologicamente, sendo que determinadas cores ou junção de cores estimulam e causam sensações ligadas aos instintos, ao repertório cultural e a cultura regional. O que compreendemos como cor é que uma série de fótons que são assimilados pela retina e essa informação posteriormente é processada pelo cérebro. A cor luz nada mais é que a cor formada pela emissão direta de luz, suas cores primarias* são o verde, o azul e o vermelho, sendo que a combinação dessas três cores formam o branco e a ausência da cor luz forma o preto. Em contra partida, a cor pigmento é a cor refletida por uma superfície, ou seja, quando a luz incide na superfície alguns comprimentos de ondas são absorvidos e outros são refletidos, a partir dessas ondas refletidas enxergamos as cores. Diferente da cor luz, suas cores primárias são o magenta, o ciano e o amarelo e a mistura dessas cores não resulta no branco e sim num tom escuro. Atualmente os sistemas de cores mais utilizados são o RGB e o CMYK. O sistema RGB é o sistema de cores baseado na teoria tricromática de Young-Helmholtz, onde as principais cores são: Vermelho (R), Verde (G) e Azul (B) e sua principal função é a reprodução de cores em aparelhos eletrônicos. O sistema CMYK é composto pelas cores Ciano (C),Magenta (M), Amarelo (Y) e Preto (K), sendo utilizado basicamente para impressão.
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Imagem 13 - CMYK x RGB
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RGB
Fonte: Acervo do autor
“Uma cor, ou uma composição colorida, pode significar algo diferente para cada pessoa que olha para ela. Poderíamos dizer que a cor não se forma apenas no olho, mas também no “eu”. (BANKS; FRASER, 2012. p.10)
O estudo referente a psicologia das cores é algo extremamente importante, pois como comentado anteriormente, a cor transmite muita coisa além do visual, mas o mais importante é tentar pesquisar e adentrar esse universo para desenvolver projetos coerentes e concisos, pois esse tema não possui uma interpretação fixa referente a cada cor, cabendo a cada indivíduo assimilar e gerar novas interpretações. Tendo como base a psicologia das cores, as escolha das cores que diferenciam as editorias do veículos foi ajustada de forma a estimular a ligação psicológica através das sensações cromáticas, sejam elas de fundamentos afetivos e/ou materiais.
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A seguir, relacionamos algumas das cores com as editorias, acompanhadas de suas devidas justificativas:
Entrevista - Amarelo
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“Associação afetiva: iluminação, conforto, alerta, gozo, ciúme, orgulho, esperança, idealismo, egoísmo, inveja, ódio, adolescência, espontaneidade, variabilidade, euforia, originalidade, expectativa.” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.101)
Cultura - Azul escuro
C:100, M:89, Y:9, K:1
“O azul-escuro indica sobriedade sofisticação, inspiração profundidade e está de acordo com a idéia de liberdade e de acolhimento. Designa infinito, inteligência, recolhimento, paz, descanço, confiança, segurança” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.102)
Compras - Dourado
C:10, M:15, Y:100, K:0
“Por ser raro, pouco abundante, a cor ouro tem associações vinculadas à escassez: dinheiro, luxo e até felicidade.” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.106)
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Gastronomia - Vermelho
C:0, M:100, Y:100, K:0
“A cor vermelha traz a refência com alimentação, assim como com energia e fluxo (sangue), além de acolhimento, (fratenidade).” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.99)
Roxo - Vida noturna
C:35, M:91, Y:0, K:0
“Associação material: noite, janela, igreja, aurora, sonho, mar profundo.” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.103)
Turismo - Verde
C:73, M:0, Y:100, K:0
“Associação material: umidade, frescor, diafaneidade, primavera, bosque, águas claras, folhagem, tapete de jogos, mar, verão, planície, natureza”. (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.101)
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Esporte - Laranja
C:0, M:56, Y:100, K:x0
“Associação afetiva: desejo, excitabilidade, dominação, sexualidade, força, luminosidade, dureza, euforia, energia, alegria, advertência, tentação, prazer, senso de humor.” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.100)
Educação - Azul
C:55, M:13, Y:0, K:0
“Associação afetiva: espaço, viagem, verdade, sentido, afeto, intelectualidade, paz, advertência, precaução, serenidade, infinito, meditação, confiança, amizade, amor, fidelidade, sentimento profundo.” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.102)
Crianças - Rosa
C:0, M:29, Y:19, K:0
“É uma cor terna e suave muito utilizada em associações com o público infantil...” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.105)
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História - Cinza
C:16, M:16, Y:21, K:0
“Associação afetiva: tédio, tristeza, decadência, velhice, desânimo. serenidade, sabedoria, passado, finura. pena, aborrecimento, carência Vital.” (FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. 2006. p.98)
As seções “Matéria de Capa” e “Bairro em Destaque” terão rúbricas diferentes que não serão diferencias pela cor. e) Elementos do projeto gráfico Além da definição de grid, tipografia, cores e outros parâmetros, é necessário determinar padrões de elementos gráficos que farão parte da identidade visual do guia. A escolha desses elementos, assim como a sua aplicação, são de grande importância na construção de um layout eficiente, que favoreca a legibilidade, a navegabilidade e a usabilidade. Segue abaixo a relação dos elementos a serem utilizados com regularidade no veículo. 1. Chapéu: é o elemento que fica no topo da página. É normalmente usado para abrigar o nome da editoria ou indicar o contexto no qual o conteúdo da página está inserido. 2. Ícone: cada editoria e subeditoria tem seu próprio ícone. Esse ícone faz uma associação gráfica direta com o nome da editoria contida no chapéu, reforçado a sua identidade visual e agilizando o seu reconhecimento pelo leitor. 3. Título: sintetiza em poucas palavras a abordagem dada na matéria. Precisa ser contundente e apelativo. 4. Lead (ou linha-fina): é um texto introdutório que complementa o título, fornecendo uma prévia do assunto em questão. 5. Corpo do texto: é o conteúdo principal. A mancha de texto, como é chamada esse massa de conteúdo formada pelo corpo do texto, é um importante elemento gráfico na construção de um layout funcional.
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6. Entretítulo: são pequenos títulos dentro do corpo do texto. Servem tanto para aliviar a exaustão causada pela leitura de uma mancha de texto muita extensa, como também para separar conteúdos com enfoques diferentes dentro da mesma matéria. 7. Olhos (ou citação): consistem em excertos retirados do próprio corpo de texto e exibidos de forma destacada, afim de expor algum ponto de vista ou informação importante. 8. Box: são caixas destinadas a separadas determinados conteúdos do corpo do texto. São usadas para destacar ou isolar informações. 9. Fio: são linhas verticais ou horizontais usadas para marcar a separação de conteúdos similares visualmente. 10. Foto/ imagem/ ilustração: são elemento gráficos não-textuais, responsáveis por ilustrar as matérias, dando uma apresentação mais visual ao conteúdo. 11. Gráficos/ Infográficos: quando há a necessidade de apresentar dados com maior apelos visual, para uma melhor compreensão do conteúdo, são utilizados gráficos e/ou infográficos como suporte de informação. 12. Legendas: são explicações ou dados complementares de elementos não-textuais. 13. Assinaturas ou créditos: assinaturas são referentes aos autores ou colaboradores na criação do conteúdo. Já os créditos são citações das fontes da origem de um determinado conteúdo produzido por terceiros. 14. Numeração de página: a numeração das páginas é o elemento que organiza e facilitada a navegação pela veículos, pois é pelo número da páginas que conseguimos determinar a posição de um determinado conteúdo. Os elementos são utilizados conforme a necessidade, sendo que nem todas páginas devem conter todos elementos. Além disso, outros elementos não citados podem ser necessários para uma diagramação mais eficiente.
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Guia periódico São José dos Campos
Novembro 2013
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Lutar pelo amor
Teatro
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Expedipis voluptias
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Sábado
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Teatro
CuLtura
construção
Imagem 14 - Localização de alguns elementos do projeto gráfico
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3. conclus達o
conclusão
A partir do levantamento e análise dos dados apresentados anteriormente, o desenvolvimento de um guia periódico para a cidade de São José dos Campos, regulamentado pelas diretrizes do Design Gráfico, não apenas se mostrou viável como também necessário, seja pela escassez de veículos informativos de caráter jornalístico e informativo, como pela total ausência de um suporte idôneo que busque não apenas informar o cidadão sobre o que acontece no município, como também entretê-lo. Sendo assim, a hipóstese da possibilidade da elaboração de um guia periódico impresso adequado ao cidadão joseense, construido com uma base metodológica calçada no Design Thinking e respeitante das premissas e ensinamentos do Design Gráfico foi confirmada com êxito. O uso da metodologia do Design Thinking como alicerce, manteve o foco no ser humano, e na experiência otimizada do produto ou serviço com seu usuário final. Desde a sua concepção, o guia Movmento se integra ao leitor ávido por conhecimento sobre a cidade, sempre buscando satisfazer os seus anseios. A opção pela metodologia do Design Thinking apresentou-se eficaz, pois com esse método foi possível levantar dados fundamentais para o conhecimento do usuário, saber sobre o seu habitat e costumes, analisar a concorrência e veículos similares, criar soluções e implemantá-las com segurança e fundamentação. Essa metodologia permite um maior aprendizado, pois não se fecha em etapas, sendo que é sempre possível retornar ao passo anterior para eventuais acertos. O conhecimento do público-alvo através da análise de sua história social, geográfica e econômica, aliado aos princípios heurísticos de diversas diciplinas do Design Gráfico como Design Editorial, Tipografia, identidade de Marca, entre outras, levou ao sucesso na construção do guia que preza não só os interesses e gostos dos leitores, mas também respeita as regras do Design Gráfico, na busca da funcionalidade e legibilidade adequadas.
Guia periódico São José dos Campos
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conclusão
Devido a grande abrangência de disciplinas abordadas no projeto, foi encontrada uma vasta bibliografia sobre os temas, tanto de autores nacionais como estrangeiros, fato que facilitou a pesquisa possibilitando, em alguns casos, comparar opiniões de diferentes autores sobre o mesmo assunto. Na execução desse veículo, foi analisada uma grande quantidade de dados para a construção desse guia. Felizmente, essa fartura de informações captadas foi processada com a ajuda do Design Thinking, resultando em um projeto personalizado e na elaboração de um percurso de aprendizado que pode ser refeito e rearranjado de forma a se adaptar a outras realidades e contextos, para a construçao de outros projetos. Portanto, o objetivo de desenvolver um guia periódico para a cidade de São José dos Campos tendo como base os ensinamento do Design Gráfico foi atingido sem maiores percalços, tendo como resultado um produto diferenciado, altamente estruturado, bem fundamentado e pronto para a utlização dos usuários.
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conclusão
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referĂŞncias
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