RELATÓRIO DE TURISMO DE BARRA DE SÃO FRANCISCO - ES

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Maio de

2012

Relat贸rio da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de S茫o Francisco -ES

Foto: Ricardo Soares


Alexandre Passos Secretário de Estado de Turismo Diomedes Maria Caliman Berger Subsecretária de Estado de Turismo Márcia Abrahão Gerente de Gestão do Turismo Renato Guerios Felício Especialista em Desenvolvimento Humano e Social da GESTUR Mário Cesar Correia Gerente Unidade de Atendimento ao Turismo e Cultura – SEBRAE Abel Monteiro Junior Gestor de Projetos de Turismo da Unidade de Atendimento ao Turismo e Cultura SEBRAE Sérgio Saquetto Gestor de Projetos do SEBRAE - ES Wandeles Cavalcante Prefeito Municipal de Barra de São Francisco - ES – 2009-2012 Paulo Cesar Andrade Secretário Municipal de Turismo, Esporte, Cultura e Lazer Osmar Valério Possatti Coordenador de Turismo

Consultor - Moacir Durães

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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Sumário 1 - Apresentação

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2 – Avaliações quali-quantitaviva da ambiência turística

07

3- Descrições dos Cenários Inerciais por Grupos

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4- Descrições dos Cenários Desejados por Grupos

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5 - Análises Ambientais do turismo

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5.1 – Oportunidades

12

5.2 – Ameaças

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5.3 – Pontos Fortes

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5.4 – Pontos Fracos

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6- Hierarquizações de Prioridades

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7 – Encaminhamentos e Intervenções

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8 - Percepções do Facilitador

29

9 - Relação de presença dos participantes

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10- Avaliações qualitativas dos participantes

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11- Avaliações quantitativas dos participantes

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1 - Apresentação

A Secretaria Estadual de Turismo – SETUR, em parceria com o SEBRAE-ES com o objetivo de analisar e avaliar o sistema municipal de turismo buscando identificar a potencialidade turística, econômica, e cultural, para proceder a uma melhor organização, fortalecimento e integração da governança municipal e integrá-la à governança regional do turismo, promovem uma Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal de Turismo no sentido de ampliar as ações do Programa Nacional de Regionalização do Turismo do Ministério do Turismo. O sucesso da oficina se dá em relação à disposição dos participantes para o estabelecimento do consenso. Os momentos de tomada de decisão se repetem continuamente aumentando o entendimento mútuo até a construção da melhoria contínua que satisfaça se não a todos, a maioria. Cada participante convidado descobre o modo possível de colocar em prática o passo a passo sempre com foco nos conceitos do desenvolvimento sustentável através das temáticas e experiências de vida de cada indivíduo, de cada empreendimento e do território na busca constante por um objetivo comum com fundamento nos seguintes programas:  Na instância federal Macro-programa quatro – Regionalização do Turismo – Plano Nacional de Turismo 2007/2010 – Uma Viagem de Inclusão, que “assimila a noção de território como espaço e lugar de interação do homem com o ambiente, dando origem às diversas maneiras de se organizar e se relacionar com a natureza, com a cultura e com os recursos de que dispõe. Essa noção supõe formas de coordenação entre organizações sociais, agentes econômicos e representantes políticos, superando a visão estritamente setorial do desenvolvimento”.  Na instância estadual, o Macro-programa I – Gestão e Relações Institucionais Plano de Desenvolvimento Sustentável do Turismo do Espírito Santo – 2025, edição 2010. O fortalecimento dessa busca será o foco central na discussão do turismo local e regional, onde preconiza que “integram esse conceito projetos e ações direcionados a: definição das regiões prioritárias do Estado; organização e capacitação dos atores locais; planejamento turístico das regiões e municípios; atuação integrada do Governo e sociedade civil; integração das instâncias municipal, regional, estadual e nacional; ampliação do orçamento público; captação de recursos financeiros; monitoria e avaliação do programa regionalmente”;  Ao Projeto 3 – Apoio ao Desenvolvimento do Turismo Regional:  Incentivar, sensibilizar e criar facilidades para atores públicos e privados do turismo municipal na criação de Instâncias de Governança Estadual;  Intensificar, nos municípios (prefeituras), a fiscalização do uso e ocupação do solo;  Estimular os municípios a participarem das políticas regionais do turismo;

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 Apoiar iniciativas que visem o aprimoramento da gestão pública do turismo, através de melhoria da competência técnica dos gestores;  Incentivar e apoiar a estruturação organizacional para implantação do COMTUR e Secretaria de Turismo na esfera municipal  Ao Projeto 6 – Projeto Gestão Integrada:  Incentivar e promover a gestão integrada entre secretarias, instituições e planejamentos municipais e regionais;  Buscar a existência de políticas e recursos públicos de outras secretarias que possam ser direcionadas ou aprovadas para o incremento da atividade do turismo seja na área rural ou urbana.  Ao Projeto 8 – Consolidação dos Arranjos Produtivos Locais:  Integrar os arranjos produtivos locais na gestão do turismo;  Fortalecer processos e desenvolver modelos de gestão a partir dos arranjos produtivos locais de turismo A solenidade de abertura contou com a presença do Secretário Municipal de Turismo Sr. Paulo Cesar Andrade, onde discorreu sobre o turismo local e as ações da Secretaria Municipal, agradeceu a presença de todos e solicitou aos participantes seu envolvimento quanto à causa desejando sucesso na Oficina. Em seguida, o Assistente Técnico da Gerência de Gestão de Turismo da Secretaria Estadual de Turismo, contextualizou sobre as ações da SETUR e do Programa de Regionalização do Turismo, enfocando o Cadastur previsto no Decreto 7.381 de 02/12/2010, como peça importante de informação e integração do trade turístico. Desta feita, eu Moacir Durães, fui apresentado como facilitador da Oficina, e iniciou-se então com o estabelecimento dos termos de convivência para a realização da Oficina e depois de encerrado os aquecimentos foram citados algumas considerações, tais como: a ausência de informações sobre as pressões exercidas focadas no território municipal, a necessidade de levantar dados que gere informações para a construção de uma base de conhecimento e estatísticas, a velocidade da comunicação de massa através da rede internacional de computadores - internet, a competitividade versus novas tecnologias, a falta de cultura de participação dos munícipes em mobilização para desenvolvimento do turismo, o hábito arraigado em nossa sociedade de planejar de forma setorizada, o egoísmo das secretarias municipais em não trabalhar conjuntamente para o turismo, uma explanação sobre a Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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organização político-administrativa pública compartilhada.

e

gestão

Discorreu-se também, sobre os diversos fatores externos às organizações que podem afetar o seu desempenho e seus reflexos, podendo representar oportunidades ou ameaças ao desenvolvimento do plano estratégico de qualquer natureza. Quando essas intervenções acontecem remetem à reflexão para que a organização perceba que o ambiente externo está mudando face à globalização e à competitividade, e que tenha a mesma agilidade para se adaptar a esta mudança, desta forma, aproveitará melhor as oportunidades e sofrerá menos as consequências das ameaças. Por isso, a análise do ambiente externo é tão importante. Uma coisa é perceber que o ambiente externo está mudando, outra, é ter competência (habilidades) para adaptar-se a estas mudanças (aproveitando as oportunidades e/ou enfrentando as ameaças). No segundo dia, o Gerente Regional do SEBRAE, Sr. Sérgio Saquetto, apresentou ao Coordenador de Turismo Sr. Osmar Possatti, a carteira dos produtos da instituição e se mostrou à disposição do município para enriquecimento social e cultural através de capacitações e qualificações que se fizerem necessárias no município,

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2 – Avaliação quali-quantitativa da ambiência turística Foi realizada uma pesquisa com 17 perguntas com respostas múltiplas e a abordagem utilizada é a quali-quantitativa em que os participantes responderam assim que assinaram a lista de presença na abertura do evento. Responderam ao questionário dezesseis pessoas. Os temas são variáveis e para melhor compreensão do facilitador os elementos e variáveis fornecerão dados onde percepções podem ser medidas e que os gestores municipais possam se aprofundar nas questões com mais objetividade. O objetivo desta pesquisa evidencia a descrição de características de determinada população ou fenômeno e as exploratórias proporcionam uma visão geral acerca de determinado fato, aqui no caso, com referência à gestão e ao turismo do município. 1.

Na sua avaliação a gestão do órgão de turismo atende ao desenvolvimento do turismo que se espera para o município? A) B) C) D)

Atende muito bem pela sua versatilidade de atendimento Atende regularmente em razão das suas condições de trabalho Não atende por falta de pessoal necessário à sua funcionalidade NRA

Avaliação: 50,00% escolheram a resposta “D” seguidos de 33,33% da letra “C”. As escolhas indicam que o órgão de turismo não atende por falta de pessoal necessário. É preciso adequar essa demanda.

2. O orçamento e dotação orçamentária do órgão de turismo atende aos projetos apontados para cada ano? A) B) C) D)

Atende muito bem ao atendimento dos projetos Atende precariamente o calendário de eventos Não. Os projetos de turismo não são considerados relevantes no orçamento anual do município. NRA

Avaliação: 100% optaram pela letra “C”. Esta informação sinaliza que os projetos de turismo não são relevantes no orçamento municipal.

3.

O Conselho Municipal de Turismo é considerado pelo empresariado local: A) B) C) D)

Como uma instituição sem muita importância para o desenvolvimento do turismo Em razão de que os gestores públicos não conseguem arregimentar as lideranças empresariais. Como peça importante, mas espera pela iniciativa do poder público à sua funcionalidade. NRA

Avaliação: 66,6% escolheram a letra “C”, evidenciam que os participantes não tem acesso as informações sobre a necessidade da composição do Conselho Municipal de Turismo associada às iniciativas do poder público que não tem repassado essa exigência do Ministério do Turismo.

4. A população percebe a importância do turismo como atividade econômica para o município? A. Não interage e integra por compreender que cada um deve seguir um caminho independente Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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B. Não interage e integra por não entender que turismo se trabalha em conjunto C. Ao contrário, não consegue interagir e integrar por questões político-partidárias. D. NRA Avaliação: 66,6% escolheram a letra “B”. Este quesito sinaliza que os participantes não compreendem ainda a importância do turismo como atividade econômica.

5. A estrutura turística para o desenvolvimento do turismo do município: A) B) C) D)

Já se pensou, no entanto, os gestores ainda não tomaram a iniciativa do planejamento. Está em fase de planejamento com muita motivação, mas sem dotação orçamentária. Está sendo atendida, porém são necessários mais recursos para sua manutenção. NRA

Avaliação: 83,3% dos entrevistados escolheram a letra “A”. Fica claro neste quesito de que o município precisa tomar a iniciativa do planejamento e da estruturação turística.

6.

O Inventário Turístico de 2005 e as pesquisas de demanda turística, do município: A) São utilizados pelos gestores e empresários para aplicação de projetos e ações para melhorias do destino. B) Não são socializados com a sociedade nem tampouco seu resultado é debatido. C) Não são atualizados sistematicamente, no entanto, esporadicamente quando necessário. D) NRA

Avaliação: 66,6%os entrevistados escolheram a letra “B”. Evidencia que os participantes desconhecem a importância do Inventário Turístico e as pesquisas de demanda turística

7.

O que falta para o município manter sua potencialidade turística? A) B) C) D)

Planejamento de curto, médio e longo prazo, exequíveis. Integração empresarial, social e política. Vontade política dos gestores públicos associado ao interesse empresarial do setor. NRA

Avaliação: 50,0% optaram pela letra “C”, seguidos por 33,3% pela da letra “B”. As opções demonstram claramente que 83,3% dos entrevistados responderam que o município precisa ter mais vontade realizações associados ao interesse empresarial, social e política.

8.

A capacitação e qualificação da mão-de-obra local, no município. A) É uma realidade constante em decorrência das parcerias efetivadas. B) Não existe, devido à falta de perspectivas de efetivação de programas de capacitação e qualificação. C) Tem disponibilidade de cursos de capacitação o bastante, mas não existe clientela suficiente para suas realizações. D) NRA

Avaliação: 83,3$ escolheram a letra “B”. Este resultado evidencia que a oferta de cursos não está efetiva.

9.

A ampliação e melhoria dos equipamentos turísticos do município:

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A) Está acontecendo normalmente para atender às expectativas dos turistas. B) Está adormecido porque os empresários não acreditam no crescimento do turismo local. C) Não está acontecendo por que os empresários não têm recursos suficientes para sua ampliação e melhorias. D) NRA Avaliação: 100% justificam a escolha pela letra “B” porque acreditam no crescimento vegetativo e não no crescimento empreendedor.

10. Os atrativos turísticos e culturais do município: A) B) C) D)

São preservados e de fácil acesso às suas exposições Em razão de sua importância, não estão preservados como deveriam. Não são explorados sustentavelmente como deveriam ser, inclusive, economicamente. NRA

Avaliação: 83,3% dos entrevistados optaram pela letra “C”, demonstrando claramente de que os atrativos turísticos não são explorados sustentavelmente.

11. A divulgação do turismo do município é feita... A) Pelas instituições de governo municipal e estadual. B) De parcerias entre governo e empresas do município, através da Instância de Governança Regional de Turismo. C) Não há parcerias para sua divulgação D) NRA Avaliação: 100% sinalizam pela letra “C”. Manifesta que desconhecem a forma parcerias para divulgação do turismo local.

12. Os participantes acreditam que o município... A) É referência como destino na Região Turística. B) Está deixando de ser referencial em razão da competitividade de outros novos destinos. C) Precisa explorar outros segmentos turísticos (de ecoturismo, de turismo de aventura e cultural...) para ampliar sua competitividade. D) NRA Avaliação: 50,0% optaram pela letra “C”, seguidos de 33,3% pela letra “B”. Evidencia que o município precisa rever a exploração de seus segmentos turísticos para ampliar sua competitividade.

13. O município organiza a receptividade dos turistas... A) B) C) D)

Com antecedência e em discussão com toda comunidade. Através da informação da pesquisa de expectativa dos turistas, extraída de pesquisas de demanda. Não. Aguarda o turista cair do céu, na porta dos empreendimentos e dos eventos. NRA

Avaliação: 66,6% registram a escolha pela letra “C”. Este quesito demonstra que os participantes não sabem como proceder para organizar sua receptividade e consequentemente trabalhar a hospitalidade. Urge a necessidade de capacitação. Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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14.

A Secretaria Municipal de Turismo tem conhecimento sobre a taxa de ocupação hoteleira? A) As empresas do setor repassam rotineiramente o Boletim de Ocupação Hoteleira (BOH), conforme Decreto 7.381 de 02/12/2010. B) Os empresários não repassam por desconhecer a Lei Geral do Turismo C) Acham que o repasse não é importante para o planejamento municipal D) NRA

Avaliação: 50,0% dos entrevistados escolheram a letra “B”, seguidos de 33,3% pela letra “D”. Evidencia que 83,3% dos participantes não tem conhecimento da obrigatoriedade que a regulamentação da Lei Geral do Turismo exige através do Decreto 7.381 de 02 de dezembro de 2010. Nota-se a necessidade de fomentar o conhecimento da legislação do turismo no município.

15.

Os planos de turismo elaborados... A) Tem contribuído satisfatoriamente para o desenvolvimento no município. B) Faz com que a sociedade empresarial tenha abraçado e ajudado na sua execução. C) Perdeu a referência de instrumento gerenciador para execução de atividades e ações. D) NRA

Avaliação: 83,3% dos entrevistados escolheram a letra “C”. Sinaliza de que os planos de turismo perderam referência como instrumento facilitador para execução dos programas e projetos do município.

16.

A Roteirização Turística no município é devida... A) Ao fato do conhecimento do empresariado sobre o Programa Nacional de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil. B) Pela excelente mobilização dos gestores públicos e empresários para sua efetivação C) Ao esforço de alguns empreendedores que reconhecem que a roteirização é boa oportunidades de novos negócios D) NRA

Avaliação: 50,0% dos entrevistados optaram pela letra “C”, seguidos de 50,0% pela letra “D”. As escolhas sinalizam de que os participantes acreditam no empreendedorismo de alguns, no entanto, outros ainda não têm conhecimento da Roteirização Turística para alavancagem do negócio turismo.

17.

A gestão e relações institucionais do órgão de turismo contribuem... A) B) C) D)

Porque as secretarias municipais são integradas com a Secretaria Municipal de Turismo Porque o Executivo Municipal, assim determina a sua integração. Porque o pessoal lotado na Secretaria de Turismo persevera na sua versatilidade. NRA

Avaliação: 100,0% optaram pela letra “D”. Evidencia que a maioria afirma desconhecer as contribuições da gestão e relações institucionais do órgão de turismo. É preciso rever o conceito de gestão do órgão.

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3 – Descrições dos Cenários Inerciais por Grupos Foi solicitado que os grupos expusessem de maneira simples e direta, o estágio em que o município de encontra positiva ou negativamente através do auto reconhecimento de suas dificuldades e fragilidades, como um retrato da realidade atual. Os grupos expuseram suas contribuições e estas aprovadas em plenária, originando uma série de tópicos que compreendessem a expressão de todos. Dessa forma elencam-se abaixo as percepções:

Grupo: Hospedeiros “Um município rico em recursos naturais com pobres e bons exploradores acrescidos de falta de conhecimento e determinação para o turismo.”

Componentes: Elizabeth de Souza Silva Andrade, Nayane Sigesmundo Pedra, Osmar Soares de Oliveira, Mário Milke e Elisabeth Mathos Barbosa.

Grupo: Parceiros “Município que precisa despertar para um turismo possível pois está diariamente em estado bruto faltando ser lapidado.”

Componentes: Elizete de Matos Ferreira, Weliton Ferreira, Paulo Cesar Andrade e José Valdeci de Souza.

4 - Descrições dos Cenários Desejados por Grupos Foi solicitado que os grupos expusessem de maneira simples e direta, o cenário desejado que queiram construir para a cidade e a posição que querem que a cidade se situe, sintetizando numa declaração de onde a cidade deseja estar no futuro, em termo de gestão e sustentabilidade.

Grupo: Hospedeiros “Município com ótima rodoviária e aeródromo, faculdade funcionando perfeitamente e o IFES implantado...”

Componentes: Elizabeth de Souza Silva Andrade, Nayane Sigesmundo Pedra, Osmar Soares de Oliveira, Mário Milke e Elisabeth Mathos Barbosa.

Grupo: Parceiros “Município organizado, estruturado e divulgado turisticamente.”

Componentes: Elizete de Matos Ferreira, Weliton Ferreira, Paulo Cesar Andrade e José Valdeci de Souza. Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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5 - Análises Ambientais do Turismo O objetivo desta etapa foi trazer aos participantes uma visão de objetividade para o desenvolvimento do turismo e produzir subsídios para a construção de caminhos a serem percorridos, percebendo quais são as oportunidades que lhes são facilitadas e as ameaças que lhes são imputadas. Os pontos fortes que deverão ser resguardados e os pontos fracos que deverão ser combatidos ou amenizados.

5.1 – Oportunidades - variáveis externas e não controláveis que podem criar condições favoráveis para o desenvolvimento e crescimento, desde que se tenha o interesse e as condições para usufruí-la. Quais são as oportunidades do município que podem transformar o turismo local?           

Aeródromo (Barra de São Francisco x Mantena/MG) Faculdade presencial (investidores educacionais para o 3º grau). Feira de Granito de Vitória e de Cachoeiro de Itapemirim Investidores para nova rodoviária. Tecnologia para artesanato em granito. Turismo de Negócios Posição geográfica (facilita a integração com outros municípios). Investimento do Governo Federal na construção do IFES Produção de uvas Exploração e beneficiamento do granito Turismo Religioso

5.2 – Ameaças – variáveis externas e não controláveis que podem criar condições desfavoráveis à sua manutenção e sobrevivência, quando não é possível isolá-la ou mitigá-la.

Quais são as ameaças do município que podem transformar o turismo local?       

Enchentes (chuvas de final de ano) Construção de presídio no município A entrada de drogas ilícitas A vinda de pessoas caloteiras para o município A falta de acesso ao conhecimento A falta de inserção do município no planejamento estadual A violência produzida através da droga.

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5.3 – Pontos Fortes – variáveis internas e controláveis que proporcionam uma condição favorável ao município e região. São capacidades, recursos, equipamentos entre outros que possuem e que contribuem para o desenvolvimento e manutenção do turismo. Quais são os pontos fortes do município que podem transformar o turismo local?                 

Grandes variedades de jazidas de pedras ornamentais Investidores nacionais e estrangeiros na exploração de pedras ornamentais Grande exportador de pedras ornamentais Grande produtor de cafeicultura Agropecuária forte Parque Natural Sombra da Tarde Pesque e Pague – Fazenda Paraíso Matriz Igreja Católica Estacionamento rotativo na cidade Aeroporto próximo à cidade Bons hotéis e restaurantes Recursos naturais tais como: montanhas, granito e cachoeiras Desenvolvimento bom, econômico do comércio Cidade bem localizada na Região Noroeste Programas Sociais: AABB e Espaço Alegria Estrutura fundiária bem dividida Diversificada oferta de equipamentos turísticos (bares, restaurantes, etc.)

5.4 – Pontos Fracos – variáveis internas e controláveis que proporcionam uma condição desfavorável ao município e região. Elas correspondem à falta de habilidades, deficiência de qualidades e de recursos que comprometem ou podem vir a comprometer o crescimento do turismo. Quais são os pontos fracos do município que podem prejudicar o turismo local?             

Comodismo da sociedade sobre o turismo Falta de dotação orçamentária Falta de curso profissionalizante Falta de investimento cultural Não observar as oportunidades Falta de um calendário dos eventos municipais Pouco investimento no turismo pelos empresários Integração entre as secretarias (gestão conjunta) Comodismo política empresarial empreendedora Falta de informações da população Falta de competência e habilidades para resolver os problemas do CADIM Falta de divulgação dos recursos naturais, manutenção e criatividade Falta de estrutura de transporte (rodoviária mal localizada, sem acesso direto a outros estados).  A não exploração devida ao Parque Natural Sombra da Tarde, com equipamentos turísticos.

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6 - Hierarquizações de Prioridades

3. Rodoviária em local que provoca intensa movimentação no centro da cidade impactando o sistema viário. 4. Pouco investimento no turismo pelo empresariado local não fortalecendo a rede de negócios. 5. A não exploração devida do Parque Natural Sombra da Tarde, como equipamento turístico. 6. Incipiente investimento na cultura local 7. O trade ainda não se apercebeu das oportunidades oferecidas ao município através do turismo 8. Pouca integração entre as secretarias afins para o desenvolvimento do turismo 9. Falta de um calendário dos eventos municipais; 10. O município carece de identificação e fortalecimento dos seus atrativos turísticos. 11. O município carece de cursos de qualificação para atendimento ao turista

Tendência

2. Falta de dotação orçamentária do órgão de turismo

Urgência

1. Conselho Municipal de Turismo inexistente

Total

Gravidade

Problemas identificados como Pontos Fracos do turismo local

Ambiência

Os pontos fracos foram identificados em plenária, rediscutidos em consenso sua composição, tema a tema até a redação final. Num segundo momento, foram avaliados segundo hierarquização de prioridade dos problemas apresentados, conforme metodologia GUT-A (Gravidade x Urgência x Tendência x Abrangência). O método consiste na pontuação dada a cada item, identificados nas fraquezas com o objetivo de se estabelecer prioridades de tomada de decisão para o gestor local:

5

5

5

5

625

4

5

4

5

400

5

5

5

3

375

5

4

4

4

320

3

4

5

5

300

3

5

4

4

240

4

3

5

4

240

3

5

4

4

240

3

5

3

5

225

3

4

2

5

120

3

3

2

5

90


Total

sua aplicabilidade ou não, com relação ao tempo. 3. Rodoviária em local que provoca intensa movimentação no centro da cidade impactando o sistema viário. 4. Pouco investimento no turismo pelo empresariado local não fortalecendo a rede de negócios. 5. A não exploração devida do Parque Natural Sombra da Tarde, como equipamento turístico.

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Tendência

Urgência

Ambiência

625

4

5

4

Ambiência

Tendência

Total

5

Ambiência

Média Prioridade - pontuação entre 375 a 251: Itens que não oferecerão grandes impactos negativos em razão de

5

400

Total

Tendência

2. Falta de dotação orçamentária do órgão de turismo

5

Urgência

prioridades pontuadas anteriormente;

5

Urgência

Alta Prioridade - pontuação entre 500 a 376: Itens que merecerão especial atenção, mas depois de atendidas as

5

Gravidade

1. Conselho Municipal de Turismo inexistente

Gravidade

de esforços para as tomadas de decisões quanto à garantia de implementação de políticas contra os impactos;

Gravidade

Máxima Prioridade - pontuação entre 625 a 501: Itens em que os participantes deverão se concentrar na união

5

5

5

3

375

5

4

4

4

320

3

4

5

5

300

15


Urgência

Tendência

Ambiência

Total Gravidade

Baixa Prioridade - pontuação entre 250 a 126: Itens que merecem atenção ao seu monitoramento, mas

6. Incipiente investimento na cultura local

3

5

4

4

240

7. O trade ainda não se apercebeu das oportunidades oferecidas ao município através do turismo

4

3

5

4

240

8. Pouca integração entre as secretarias afins para o desenvolvimento do turismo

3

5

4

4

240

9. Falta de um calendário dos eventos municipais;

3

5

3

5

225

não afetam diretamente o contexto geral.

Tendência

10. O município carece de identificação e fortalecimento dos seus atrativos turísticos.

3

4

2

5

120

11. O município carece de cursos de qualificação para atendimento ao turista

3

3

2

5

90

Mínima Prioridade - pontuação entre 125 a 1: Itens que não comprometem o processo.

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Gravidade

Urgência

Ambiência

Total

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7 – Encaminhamentos e Intervenções

No quadro abaixo foram avaliados 11 (onze) problemas a fim de oferecer maior transparência aos programas e projetos a serem enfrentados e/ou amenizados. A disposição deste resultado se apresenta com um formato de fácil assimilação para os Responsáveis/Envolvidos na busca da resolutividade de cada problema. A proposta não é estática e pode ser facilmente flexibilizada frente aos processos praticados por cada gestor.

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Problema 1

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Falta de informação e conhecimento sobre a importância do turismo 1. Buscar modelos com a Instância de Governança Regional e/ou a SETUR. 2. Sensibilizar, mobilizar e arregimentar novos conselheiros do trade. 3. Envolver a Câmara Municipal para agilizar aprovação do projeto de lei ainda neste ano de 2012. 4. Promover assembleia com órgãos públicos pertinentes, entidades de classe e entidades civis a fim de aprovar a proposta. 5. Enviar ao Executivo Municipal o Projeto de Lei posteriormente enviar à Câmara Municipal para votação.

Conselho Municipal de Turismo inexistente

para

análise

e

Início: Primeira quinzena Ago/2012

6. Posteriormente, baixar decreto a fim de empossar urgentemente os conselheiros arregimentados. 7. Criar comunicação direta com os conselheiros para operacionalização do Conselho organizando-os para trabalhar com foco centralizado no desenvolvimento do turismo sustentável, de modo a considerar as especificidades da cidade. 8. Atentar para o Macro programa 1 – Gestão e Relações Institucionais, Projeto 1 – Institucionalização, estruturação e difusão do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Turismo – 2025, edição 2010 – Tópico que se refere à exigência da institucionalização do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), Fundo Municipal de Turismo (FMT), Planos de Desenvolvimento do Turismo e Plano de Desenvolvimento Municipal (PDM) etc.

Término: Out/2012

Responsável: Osmar Possatti – Secretaria de Turismo Participantes: Representantes do trade local: hotéis, restaurantes, associações e Câmara Municipal de Vereadores. Parceiros: SETUR, MTUR.

SEBRAE,

9. Realizar planejamento, o acompanhamento, a monitoria e a avaliação das estratégias dos Encaminhamentos e Intervenções realizados pela Oficina de Fortalecimento da Gestão Municipal.

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Problema 2

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Carente planejamento para estruturação do órgão de turismo por parte dos gestores públicos 1. Formar uma Comissão com os representantes da cadeia produtiva do turismo a fim de sensibilizar o Executivo Municipal.

Responsável: Osmar Possatti – Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer

2. Verificar junto à Secretaria Municipal de Administração quais são os recursos destinados às atividades do turismo, tais como calendário de eventos, custeio e projetos.

Falta de dotação orçamentária do órgão de turismo

3. Realizar estudos, dados e informações econômicas que contribuam para subsidiar o estabelecimento de dotação orçamentária acrescidos dos benefícios que esses investimentos poderão alavancar.

Início: Segunda quinzena de ago./2012

4. Apresentar a proposta ao Executivo Municipal sobre a importância de dotação orçamentária garantida para o município. 5. Levantar quais são os recursos necessários (equipamentos, veículo automotivo, materiais e de pessoal) para composição do custeio administrativo envolvendo a Secretaria Municipal de Administração.

Término: Dez/2012

Participantes: Cadeia do Turismo, Secretaria de Administração, Câmara Municipal de Vereadores Parceiros: SETUR,. Pública

Promotoria

6. Realizar estudos orçamentários para inserção de dotação orçamentária para o ano de 2013. 7. Envolver a Câmara Municipal de Vereadores para aprovação sem impor indicações políticas para ocupação de cargos.

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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Problema 3

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Pressão da movimentação de veículos e de pedestres sobre o sistema viário da cidade 1.

Rodoviária em local que provoca intensa movimentação no centro da cidade impactando o sistema viário.

Realizar levantamento de usuários mensalmente nas empresas de transporte coletivo municipal, intermunicipal e interestadual, nas baixas, médias e altas temporadas no embarque e desembarque no município.

2.

Avaliar as condições de acesso e seu sistema de logística no centro da cidade.

3.

Avaliar o sistema viário do município com relação à localização da rodoviária e sua futura movimentação de passageiros e de ônibus.

4.

Desenvolver projeto que atendam às necessidades futuras tanto de movimentação de pessoas, movimentação de pequenas cargas, circulação de ônibus e passageiros.

5.

Buscar Parceria Público Privada – PPP, com as empresas concessionárias de linhas de ônibus municipais, intermunicipais e interestaduais com o intuito de melhoria de serviços e comodidade.

6.

Direcionar a discussão do projeto para dentro do Conselho do PDM da Cidade, a fim de se ouvir a população através de audiências públicas.

7.

Identificar área para localização e construção de uma rodoviária considerando o crescimento vegetativo e horizontal da cidade.

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

Início: Julho/2012

Término: Março/2013

Responsável: Santusa de Oliveira Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Habitação Participantes: Carlos Augusto Oliveira dos Anjos – Secretaria de Interior e Transportes, José de Fátima Cardoso – Secretaria de Urbanismo Parceiros: Ivanete Smith Kempim Cabral - Secretaria da Fazenda, José Alves Pessoa, Secretaria de Infraestrutura

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Problema 4

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Falta de percepção do empresariado na formação de redes de negócios para a exploração do turismo

Pouco investimento no turismo pelo empresariado local não fortalecendo a rede de negócios.

1.

Realizar seminário de sensibilização e mobilização sobre a importância da atividade turística como fator de desenvolvimento econômico.

2.

Identificar empresários de equipamentos turísticos do município: meios de hospedagens urbanos e rurais, equipamentos turísticos, bares, restaurantes e outros serviços a fim de capacitá-los para futuros negócios em rede.

3.

Estimular o desenvolvimento de projetos vinculados à formação de produtos turísticos;

4.

Formar redes de serviços que atendam aos turistas (hospedagem, alimentação, manutenção de veículos, dentistas, médicos, bares e restaurantes, postos de gasolina, etc.)

5.

Realizar levantamento das demandas de qualificação profissional e empresarial, através de pesquisa junto às empresas e profissionais informais com o objetivo de conhecer os serviços da oferta turística.

6.

Realizar pesquisa de demanda (fluxo turístico) a fim de identificar questões de qualidade no atendimento, produtos e serviços.

7.

Buscar parceria para garantir a efetivação da Rede de Negócios.

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

Responsável: Osmar Possatti – Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer Início: Julho/2012

Participantes: Cadeia produtiva do turismo, Câmara de Diretores Lojistas, Clubes de Serviços, Associações comerciais e rurais.

Término: Março/2013

Parceiros: Instância Governança SEBRAE, SETUR.

de Regional, SENAR,

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Problema 5

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Ausência de circuito turístico que contemple o Parque Natural como equipamento turístico importante na atração de turistas. 1. Solicitar o histórico e a planta do Parque Natural Sombra da Tarde para conhecimento e estudos ao setor responsável pela sua manutenção.

A não exploração devida do Parque Natural Sombra da Tarde, como equipamento turístico.

2. Verificar quais são os problemas que não permitem a exploração do parque como equipamento turístico local. 3. Conforme Ferronato. M.Z. – 2005, avaliar a Potencialidade do Atrativo através do Grau de Uso Atual, da Representatividade, do Apoio Local e Comunitário, do Estado de Conservação da Paisagem Circundante, da Infraestrutura, dos Equipamentos e Serviços, do Acesso e do Transporte com o objetivo de mensurar essas variáveis. 4. Verificar quais são os equipamentos e serviços turísticos instalados no atrativo, que contribuam para sua valoração e facilitem o uso e a permanência dos visitantes no local. 5. Avaliar com base no acesso mais utilizado pelo visitante para chegar até o atrativo, independente da localização do mesmo, no caso se ele fica na área rural ou urbana. 6. Colocar o assunto em discussão como pauta no Conselho Municipal de Turismo.

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Início: Julho/2012

Término: Dez/2013

Responsável: João Marcos Augusto Chipolesch – Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Participantes: José de Fátima Cardoso – Secretaria de Urbanismo, Osmar Possatti – Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer Parceiros: Os empresários e associações locais, IEMA, Ministério de Meio Ambiente

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Problema 6

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Ausência de lideranças que promovam a importância da cultura local como fonte de cidadania 1. Identificar quais motivos que fazem com que os participantes tenham essa percepção ou se é um retrato de toda a sociedade.

Incipiente investimento na cultura local

Início: Julho/2012

2. Verificar quais são os recursos previstos, realizados e a realizar referente à cultura local. 3. Fortalecer os grupos e lideranças ligas às atividades culturais para discussão e elaboração de propostas para repassar aos candidatos a prefeito e vereadores do município. 4. Elaborar relatório da conjuntura atual da cultura local, suas potencialidades, seus valores, grupos folclóricos, manifestações culturais, arte e vídeo etc. a fim de nivelar informação com a sociedade.

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Término: Março/2013

Responsável: Osmar Possatti – Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer Participantes: Trade Turístico Parceiros: AGROFAM, ARJAN

AVLINE,

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Problema 7

O trade ainda não se apercebeu das oportunidades oferecidas ao município através do turismo

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Não há relação entre os empresários quanto à visão das oportunidades que são oferecidas, preferem olhar somente para as atividades pontuais no município. 1. Realizar seminário, workshop, reuniões de sensibilização e mobilização sobre a importância da atividade turística como fator de desenvolvimento econômico. Responsável: Osmar Possatti – 2. Fomentar a importância do turismo junto aos empresários, fortalecendo a Secretaria de Cultura, rede de serviços e suas oportunidades, para o desenvolvimento do turismo. Turismo, Esporte e Lazer 3. Estimular o desenvolvimento de projetos vinculados à formação de produtos Início: turísticos Julho/2012 Participantes: Adenir Moura – 4. Implementar e fortalecer a política de turismo através do Conselho de Secretaria de Turismo para mobilização constante Assistência Social, Término: Sebastião dos Santos – Secretaria de 5. Utilizar os meios de comunicação para atingir todos os munícipes e Março/2013 Agricultura, Santusa de empresários sobre a importância do turismo. Oliveira – Secretaria de Desenvolvimento 6. Identificar empresários de equipamentos turísticos do município: meios de Econômico. hospedagens urbanos e rurais, equipamentos turísticos, bares, restaurantes e outros serviços a fim de capacitá-los Parceiros: Instância de 7. Estimular o desenvolvimento de projetos vinculados à formação de produtos Governanças Regional, turísticos; SETUR, SEBRAE. 8. Priorizar inicialmente os que fazem parte da cadeia direta do turismo ou àqueles que mais diretamente lidam com o turista.

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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Problema 8

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Ausência de percepção de que turismo é uma atividade econômica e de caráter conjunto entre o poder público, empresariado e sociedade civil.

Pouca integração entre as secretarias afins para o desenvolvimento do turismo

1. Promover a integração das secretarias municipais e autarquias no sentido de estabelecer a importância do turismo e implementar o Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil

Início: Julho/2012

Responsável: Wander Onofre – Gabinete e Comunicação

Término: Março/2013

Participantes: Secretarias Municipais pertinentes

2. Identificar as Secretarias de atividades-meio e as Secretarias de atividadesfim para desenvolvimento de projetos voltados para o turismo; 3. Identificar as atribuições de cada secretaria pertinente e fazê-las cumprir; 4. Solicitar ao Gabinete coletividade;

para promover esta integração

em prol

da

5. Sensibilizar e mobilizar de que os programas a serem desenvolvidos façam parte do programa de governo da prefeitura e não somente da Secretaria de Turismo.

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

Parceiros: Executivo Municipal

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Problema 9

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Falta de planejamento para elaboração de um calendário efetivo e de resultados econômicos 1. Convocar os agentes promotores para elaboração de rotinas para realização de eventos; 2. Coleta de informações das manifestações culturais, eventos religiosas, esportivos, grupos musicais etc.; 3. Levantar custos e desenvolver projetos de cada evento a fim de garantir recursos no orçamento municipal e buscar parcerias;

Falta de um calendário dos eventos municipais;

4. Fazer a classificação dos eventos prioritários, ouvindo o Conselho Municipal de Turismo 5. Dimensionar o evento, se pequeno, médio ou grande porte 6. Definir material gráfico de divulgação (convites, adesivos, folders, folhetos, mapas,) 7. Criar condições de assistência médica (pronto socorro, médico, enfermeiros, ambulância etc.). 8. Criar condições de segurança, envolvendo antecipadamente os órgãos pertinentes. 9. Programar recursos físicos: estacionamento, local de informações, instalações sanitárias, pessoal de apoio, pessoal de limpeza, pessoal de manutenção, secretaria geral

Início: Julho/2012

Término: Dez/2012

Responsável: Osmar Possatti – Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer Participantes: Adenir Moura – Secretaria de Assistência Social, Sebastião dos Santos – Secretaria de Agricultura, Santusa de Oliveira – Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Parceiros: Instância de Governanças Regional, SETUR, SEBRAE.

10. Formatar o calendário anual de eventos e divulgar nos meios de comunicação locais, nas igrejas, escolas, etc. e inseri-lo no Calendário Estadual de Eventos; Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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Problema 10

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: O município não despertou para a necessidade de inventariar seus atrativos e potencialidades locais. 1. Formar equipe para elaboração de projeto na Secretaria Municipal de Turismo.

O município carece de identificação e fortalecimento dos seus atrativos turísticos.

2. Elaborar estudos para realização do Inventário Turístico do município.

Início: 2ª quinzena de julho/2012

3. Propor a inserção como projeto no Orçamento de 2013 para sua realização. 4. Contratar consultoria para realização do Inventário Turístico. 5. Hierarquizar os atrativos turísticos com objetivo de formatar circuitos turísticos.

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

Término: Julho/2013

Responsável: Osmar Possatti – Secretaria de Turismo, Participantes: Santusa de Oliveira Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Parceiros: Instância Governanças SETUR.

de Regional,

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Problema 11

Como resolver ou amenizar o problema

Tempo

Responsável/Envolvidos

Provável causa: Não há iniciativas de buscar parcerias para tal atividade, pois em todo Estado, existe oferta de cursos de capacitação. 1. Realizar levantamento das demandas de qualificação profissional e empresarial, através de pesquisa junto às empresas e profissionais informais; 2. Identificar possíveis empreendedores no setor de meios de hospedagens urbanos e rurais, equipamentos turísticos, bares, restaurantes para capacitação e qualificação dos prestadores de serviços. 3. Buscar parceria para garantir a efetivação do Programa de Capacitação e monitorar através da Secretaria de Ação Social.

O município carece de cursos de qualificação para atendimento ao turista

4. Participar da política estadual do turismo. 5. Fomentar a melhoria da infraestrutura física dos Bares, Restaurantes e similares e meios de hospedagem; 6. Buscar parceria com o SEBRAE para desenvolvimento de Planos de Negócios para empreendedores 7. Levantar os setores a serem priorizados inicialmente que fazem parte da cadeia direta do turismo.

Início: 2ª quinzena de julho/2012 Término: Ação constante

Responsável: Osmar Possatti – Secretaria de Turismo, Participantes: Adenir Gomes Secretaria Assistência Social Parceiros: Instância Governanças SETUR.

– de

de Regional,

8. Promover seminário de sensibilização e mobilização para o empresariado local sobre a importância econômica dos produtos locais e seus serviços, no contexto do turismo. 9. Realizar cursos: gestão empresarial, de planilhas de custos, de capacitação para definição de preços de venda.

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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8 – Percepções do Consultor Moacir Durães O município de Barra de São Francisco se destaca atualmente na exploração e beneficiamento de pedras ornamentais e tem recebido várias comitivas estrangeiras para conhecerem suas jazidas. Conforme publicação de artigo do jornalista José Caldas da Costa do Jornal Vox Populi, em 17 de julho de 2012 onde relata entrevista com o Diretor Executivo da Associação Noroeste de Produtores de Rochas Ornamentais – ANPO, Sr. Mário Imbroisi destaca que “70% de todo o granito que hoje é exportado pelo Espírito Santo e o mundo sai de Barra de São Francisco. O município é hoje um polo de produção de granito conhecido no mundo. Nos últimos (5) cinco anos saltamos de 200 pessoas jurídicas para mais de 500, somente na cadeia produtiva do granito”. Ressalta ainda que o município está como “o grande centro de negócios de rochas ornamentais em que está se transformando a cidade, atraindo delegações de estrangeiros todas as semanas para comprar o granito que é a grande vedete do mundo hoje, com uma rede de negócios associados...” Como podemos observar o segmento turístico de rochas ornamentais tem provocado um giro de riqueza e uma atração para o turismo de negócios, que é um fato conforme publicação do Estudo do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios do Espírito Santo do Instituto Jones dos Santos Neves – IJSN, onde demonstra a Taxa de crescimento do PIB dos Municípios, 2008-2009 e que entre as maiores variações, Barra de São Francisco apresentou taxa de crescimento acima de +13,50%, principalmente pela extração de granito. Devido a esses fatores fica claro de que embora a exploração do granito tenha mudado as características econômicas do município, inclusive com um bom número de hotéis na cidade, por outro lado, a formação de redes para negócios de turismo ainda não se formou. De outra forma, o município de Barra de São Francisco conforme pode ser observado nos problemas identificados de nº 1 – Conselho Municipal de Turismo inexistente e o problema de nº 2 – Falta de dotação orçamentária para o órgão de turismo, evidenciam que a população ainda não despertou para o turismo como atividade econômica e provavelmente o resultado seja fruto da não observação pelos gestores públicos, também de mandatos anteriores, sobre as políticas públicas voltadas para o turismo, como o Programa Nacional de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil do Ministério do Turismo e inclui-se aí a situação em que se encontra o município no CADIN, fato preocupante para suas realizações. Durante a Oficina, os participantes nos fizeram perceber de que seu processo de desenvolvimento turístico ainda depende excessivamente das ações de fomento da Prefeitura associado à falta de uma conscientização da sociedade e principalmente por carência de uma orientação estratégica municipal mais efetiva. Vale salientar que quanto aos conceitos adotados na oficina, foi sugerido que fizessem uma releitura sobre todos os assuntos pertinentes ao turismo local, para que reconheçam o seu papel e atuem em parceria com as diferentes instituições de forma a intensificar a troca de


experiências para melhorar indicadores de qualidade de vida e contribuir para o êxito de programas, projetos e ações específicos oriundos dessa oficina. Cabe aqui acrescentar, que os conceitos adotados como estratégico, ao desenvolvimento sustentável, desenvolvidos na Oficina, foram praticados, em: “que foca o ser humano, a participação efetiva das pessoas como sujeito das ações e dos processos implementados no âmbito do território, sejam elas econômicas, socioculturais, políticas institucionais e ambientais”, como preconiza as Diretrizes Operacionais do Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil. Na oficina, foram identificados 11 (onze) problemas e que após, democratizados concentrou-se em 77 (setenta e sete) ações para serem resolvidos ou amenizados. Sugerese que o município recorra ao orçamento anual ainda de 2012 para descrever os objetivos específicos referentes à magnitude e tempo, transformar objetivos em metas mensuráveis onde possa fortalecer o planejamento, à implementação para ações em 2013. Para tanto, este é um ano atípico para os gestores públicos em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal e do processo eleitoral municipal. A garantia de rubricas para o Orçamento de 2013 é imprescindível a fim de manter o que foi proposto nesta oficina. Finalizando, o turismo é uma conjunção de forças e que estas necessariamente precisam estar integradas, desse passo em diante, a formulação de estratégias, indicará de como chegar lá para fortalecer o município turisticamente.

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

30


9 - Relação de presença dos Participantes


Relat처rio da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de S찾o Francisco - ES Consultor: Moacir Dur찾es

32


10 - Avaliação dos participantes quanto à oficina “A oficina foi maravilhosa com muita objetividade e clareza. Abriu nossa visão para uma área que não enxergávamos como uma fonte de economia e desenvolvimento. Espero que comece de mim a iniciativa de por em prática tudo o que foi acrescentado ao meu conhecimento.” – Nayane S. Pedra – Superintendência Regional de Educação. “Foi um espaço de conhecimento e conduzido com muita espontaneidade e competência”. Obrigado. – José Valdeci de Souza – FAPFBSF “Poderia ter sido muito melhor se vários segmentos da sociedade tivessem comparecido”. – Elizabeth Matos Barbosa – Hotel “Convite feito de forma inadequada. Não mobilizou muitos participantes.” – Weliton Bnum – Hotel Universal “Poderíamos ter um resultado muito melhor se todos os segmentos convidados houvessem comparecido.” – Elizete de Maios Ferreira – E.M. Luciene Matos Ferreira.

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11 - Avaliação quantitativa dos participantes da Oficina de Planejamento

Grau de Instrução % Primeiro Grau Segundo Grau Superior Pós-graduado

14,2 28,5 28,5 28,5

Ocupação % Empresário Servidor Público Municipal Servidor Público Estadual Sociedade Civil Organizada Outro

14,2 42,8 14,2 14,2 14,2

Idade % Menos de 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos Acima de 50 anos

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

14,2 14,2 57,14 14,2

34


Quanto à oficina

Muito satisfeito

Satisfeito

01

Atendeu ás minhas expectativas

14,2

28,5

02

Trouxe informações novas e importantes

85,7

14,2

03

Será útil para o meu desenvolvimento profissional no setor turístico

85,7

14,2

04

O tempo de duração foi suficiente para todas as atividades

71,4

28,5

05

As atividades da oficina me ajudaram a compreender melhor o turismo

100

06

Ajudou a avaliar minhas características para obtenção de melhores resultados

85,71

14,2

07

As instalações foram adequadas (mesas, cadeiras e ambiente)

71,4

28,5

Muito satisfeito

Satisfeito

Quanto ao Instrutor 08

Foi claro e objetivo na condução da oficina

100

09

Demonstrou conhecimento e segurança sobre o tema

100

10

Cumpriu o programa por inteiro

85,7

14,2

11

Estimulou a participação e o diálogo entre os participantes

85,7

14,2

12

Utilizou os recursos disponíveis

71,4

28,5

13

Utilizou exemplos e casos da realidade

100

14

Manteve boa apresentação pessoal

85,7

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

Insatisfeito

Insatisfeito

14,2

35


“Não é o desafio com que nos deparamos que determina quem somos e o que estamos nos tornando, mas a maneira com que respondemos ao desafio. Somos combatentes, idealistas, mas plenamente conscientes, porque o ter consciência não nos obriga a ter teoria sobre as coisas: Só nos obriga a sermos conscientes. Problemas para vencer, liberdade para provar. “E enquanto acreditamos no nosso sonho, nada é por acaso.” “HENFILL” Em 18/07/2012 Moacir Durães CRC-ES 010791/0-7

Relatório da Oficina de Planejamento e Fortalecimento Municipal do Turismo de Barra de São Francisco - ES Consultor: Moacir Durães

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