Curso Imagens de Cidadania

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Imagens de Cidadania módulo 1 cinco princípios da democracia agosto de 2017

Antes de falarmos sobre os princípios da democracia, precisamos entender alguns conceitos...

Foto: Murilo Siqueira

democracia, ética e cidadania

democracia Não existe uma definição do conceito de democracia que seja aceita universalmente. Ao longo da história, diferentes pensadores a conceituaram de formas diversas.

Democracia provém do grego: demo (povo) e kratos (poder).

Assim, democracia seria o regime político no qual o povo delegaria as funções de poder a seus representantes, mas todos participariam do processo decisório sobre aquilo que tivesse consequência na vida de toda a coletividade.

democracia No entanto, para que isso seja realidade é fundamental que, entre outras coisas: • os sistemas políticos contemplem todos os setores sociais e populacionais, como mulheres, pessoas negras, povos indígenas, LGBT, classe trabalhadora, juventude, etc; • que os sistemas eleitorais sejam confiáveis; • que existam mecanismos eficazes de participação social; que haja uma cultura política disseminada na sociedade; • que todos exerçam sua cidadania. É preciso ainda que a sociedade seja permeada por valores éticos.

democracia segundo Betinho “A democracia se constrói em torno de alguns princípios fundamentais, simples em seu enunciado, complexos e radicais em sua realização histórica: igualdade, liberdade, diversidade, solidariedade, participação.

Separados eles se negam, juntos eles constroem o processo que leva à democracia.”

“Cidadania e democracia se fundam em princípios éticos e, por isso, têm o infinito como seu limite.”

Mas como a ética se relaciona com a democracia?

ética Ao convivermos em sociedade, os conflitos de vontades, interesses, ideologias são inevitáveis.

Numa sociedade verdadeiramente democrática é fundamental que a solução desses conflitos tenha como base a ética. Ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa).

Ela se difere de moral, pois esta se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos. É mutável.

Já a ética define como o homem deve comporta-se diante do meio social. É permanente.

Assim, ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade.

ética segundo Betinho “Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações humanas. Esses princípios devem ter características universais, precisam ser válidos para todas as pessoas sempre.”

“A ética é uma espécie de cimento na construção da sociedade: se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada, organizada; e quando esse sentimento ético se rompe, ela começa a entrar numa crise autodestrutiva.”

É preciso um senso ético forte para buscarmos uma sociedade mais justa, para todos. Essa busca se dá pelo exercício da cidadania.

Vamos saber mais?

cidadania Cidadania vem do latim civitas, que quer dizer cidade.

Antigamente, cidadão era aquele que fazia parte da cidade (polis), tendo direitos e deveres por nela habitar.

Pelo conceito contemporâneo de cidadania, o cidadão não é apenas aquele que vota, mas aquela pessoa que tem meios para exercer o voto de forma consciente e participativa.

Portanto, cidadania é a condição de acesso aos direitos sociais (educação, saúde, segurança, previdência) e econômicos (salário justo, emprego) que permite que o cidadão possa desenvolver todas as suas potencialidades, incluindo a de participar de forma ativa, organizada e consciente, da construção da vida coletiva no Estado democrático.

cidadania segundo Betinho “Cidadania é a consciência de direitos democráticos, é a prática de quem está ajudando a construir os valores e as práticas democráticas.”

Quando o cidadão descobre que ele é o princípio do que existe e pode existir com sua participação, começa a surgir a democracia.

“Um cidadão com sentido ético forte e consciência de cidadania não abre mão do poder de participação.”

Agora que entendemos os principais conceitos relacionados à democracia e vimos o pensamento de Betinho sobre cada um deles...

Vamos falar dos 5 princípios da democracia segundo Betinho!

5 princípios da democracia igualdade

diversidade

participação

solidariedade liberdade

igualdade Betinho dizia que a igualdade é o primeiro princípio da democracia.

“Como este mundo é desigual! Os países são desiguais. Uns

extremamente ricos, outros na indigência. Mas quem condena a

igualdade? Este é o grande desafio do mundo moderno. Como fazer um mundo para toda a humanidade?”, questionava.

“O princípio da igualdade questiona todas as relações

existentes de forma permanente e em profundidade, e não existe uma relação social, econômica, política ou cultural que possa

escapas dessa verificação. Todas as questões concretas de nossa

sociedade têm como ponto de referência a realização (ou não) desse princípio, da reforma agrária até a luta pelos direitos humanos das menores minorias...”

ideias relacionadas a igualdade • •

•

Como seria o Brasil se houvesse mais igualdade de diretos?

Importância da igualdade no acesso à cidade (direito de ir e vir, acesso à cultura, ao lazer, etc)

Diferentes aspectos relacionados à convivência com a igualdade: - igualdade social

- igualdade de gênero

- igualdade de direitos - igualdade racial

- igualdade no trabalho - igualdade religiosa

- igualdade no acesso à Justiça

diversidade O segundo princípio da democracia, na visão de Betinho, é o da

diversidade. “Nós queremos a igualdade, mas queremos também

respeitar as diferenças. Igualdade e diferença podem vir juntas, porque toda a igualdade que elimina a diferença acaba com a igualdade.”

Betinho ressaltava que é preciso fazer distinção entre diferença e

desigualdade. Segundo ele, “desigualdade deriva de um tipo de privação social, por exemplo, quando um é rico e o outro é pobre. Isso não

significa que os dois sejam diferentes, mas que, diante da riqueza, um

tem e o outro não tem. (...) A igualdade e a desigualdade são princípios éticos.(...) Um pessoa pode ser diferente da outra, e não ser desigual.”

E exemplifica: “a nossa história escravocrata não fez do negro um diferente, mas um desigual, dominado pelo branco e excluído da sociedade.”

ideias relacionadas a diversidade •

•

Globalização e diversidade

Diferentes aspectos relacionados à convivência com a diversidade:

- diversidade de gênero - diversidade religiosa - diversidade cultural - diversidade étnica

- diversidade e pessoa com deficiência

participaçao Participação, para Betinho, é o terceiro princípio da democracia.

“Eu não quero receber de graça, nem como dádiva, nem a minha

liberdade, nem a minha igualdade. Eu quero que isso seja construído com a minha participação.”

“Falamos aqui de participação em todos os níveis, sem exclusão

prévia de nenhum grupo social, sem limitações que restrinjam o

direito e o dever de cada pessoa tomar parte e se responsabilizar pelo que acontece no planeta. Em resumo, cada um de nós é

responsável pelo que acontece nas questões locais, nacionais e internacionais. Somos cidadãos do mundo e, portanto,

corresponsáveis por tudo o que ocorre. A única forma de

transformar este direito em realidade é através da participação.”

ideias relacionadas a participaçao •

Iniciativas e mobilizações, recentes e antigas, nas quais a

participação foi fundamental para atingir os resultados pretendidos •

Mecanismos existentes de participação popular na vida pública (características, potencialidades e limitações)

• •

•

Relação entre participação e democracia

Exemplos recentes de conquistas sociais obtidas pela participação

Diferentes aspectos relacionados com participação: - participação política - ativismo

solidariedade O quarto princípio, segundo Betinho, é o da soliedariedade. Ele afirmava que os princípios de uma verdadeira democracia “têm de ser permeados pelo sentimento e pela emoção de ser solidário. A solidariedade é a

emoção mais forte que a humanidade pode viver e experimentar.

Solidariedade significa a convicção de que não estamos isolados; é aceitar a relação.”

Ele advertia, no entanto, que é preciso distinguir assistencialismo de

solidariedade. “Solidariedade é que nós fazemos com nossos amigos, até

mesmo com nossos filhos, com os nossos vizinhos. Solidariedade é o que

acontece numa nação quando ocorre uma catástrofe, um terremoto ou uma grande enchente, por exemplo. Ninguém questiona a distribuição de alimentos aos flagelados, ou chama esse ato de assistencialismo.”

ideias relacionadas a solidariedade •

Projetos, iniciativas sociais baseadas na solidariedade, a exemplo de mutirões, campanhas, trabalho voluntário, etc

•

•

Relação entre solidariedade e democracia

Sororidade (aliança/irmandade entre mulheres para fortalecimento da luta feminista)

liberdade O quinto princípio da democracia, na concepção de Betinho, é a liberdade.

“Não quero que ninguém outorgue a minha liberdade. Quero conquistar a minha liberdade através da participação. Todo homem e toda mulher

precisa ser livre. Quantos são hoje realmente os cidadãos e cidadãs livres neste mundo? Somos poucos.”

Ele também percebia a liberdade como “uma conquista diária, que

vivenciamos momento a momento, na participação com os outros”. E dizia que deveríamos “pensar a liberdade, o que acontece em sua falta e o que se pode fazer com sua presença.”

•

ideias relacionadas a liberdade

Limites entre a liberdade individual e a liberdade do outro

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Relação entre liberdade e cidadania

O quê acontece quando não se tem libedade num país Diferentes aspectos relacionados à convivência com a liberdade:

- liberdade de expressão - liberdade de imprensa - liberdade religiosa

- liberdade de ir e vir

- liberdade de gênero

- liberdade de pensamento

- liberdade político-ideológica

Betinho propoe que imaginemos... “...Uma economia que organizasse a produção para produzir de tudo para todos (igualdade e diversidade), fundada em todos os níveis,

em todos os momentos na participação de todos os atores sociais,

movida pelo compromisso real de incluir em seu processo todas as

dimensões de todas as pessoas (solidariedade) e fundada no respeito concreto à liberdade de cada um”.

Para saber mais sobre

os 5 princípios da democracia acesse

www.celebrarbetinho.org.br/os-principios-da-democracia

fontes SOUZA, Herbert de. Em nome da ética. São Paulo, Folha de S. Paulo, 21 ago. 1994.

SOUZA, Herbert de. Construir a utopia – proposta de democracia. “Coleção Fazer”.

Petrópolis (RJ): Vozes, 1987.

SOUZA, Herbert de; RODRIGUES, Carla. Ética e Cidadania. São Paulo: Editora Moderna, 1994.

SOUZA, Herbert de. Escritos Indignados: Democracia X neoliberalismo no Brasil.

Rio de Janeiro: Rio Fundo Editora/ Ibase, 1991.

GONTIJO, Ricardo. Sem vergonha da utopia: conversas com Betinho. Petrópolis (RJ): Vozes, 1988.

MOBILIZAÇÃO: Betinho & a cidadania dos empregados de Furnas. Rio de Janeiro: Comitê Furnas Ação da Cidadania, 1998.

fontes SOUZA, Herbert de. Participação. Fórum Educação de Jovens e Adultos (EJA).

BRASIL ESCOLA http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-cidadania.htm CULTURA E DEMOCRACIA. Site. http://www.culturademocratica.com.br/8203a-origem-do-conceito-de-democracia.html SUA PESQUISA.COM. Site. http://www.suapesquisa.com/o_que_e/etica_conceito.htm

Pesquisa de conteúdo e textos Eliane Araujo

Programação visual

Luiz Eduardo Lomba Rosa Apoio

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Imagens de Cidadania módulo 1 – aula 2

princípios da democracia por Pedrinho Guareschi agosto de 2017

O professor Pedrinho Guareschi conheceu Betinho nos anos 1980 e, anos depois, utilizou os cinco princípios da democracia em seus escritos sobre mídia e democracia no Brasil.

Aqui ele apresenta sua visão sobre esses princípios.

princípios da democracia Betinho dizia que “uma concepção de democracia que realmente possa atender às questões de integridade social e superação das divisões e discriminações, se concretiza através de cinco princípios fundamentais”.

Esses princípios têm de ser tomados em conjunto e é necessário um juízo criterioso e maduro para poder harmonizá-los.

igualdade

igualdade

“Todas as pessoas, numa sociedade que se queira democrática, são fundamentalmente iguais no que se refere à dignidade fundamental da pessoa”.

Boaventura Sousa Santos ajuda a iluminar este princípio: “Devemos ser iguais naquilo que nos inferioriza e devemos ser diferentes naquilo que nos descaracteriza (massifica)”.

diversidade

diversidade A diversidade resgata a subjetividade e a singularidade de cada ser humano.

Na igualdade fundamental das pessoas é necessário respeitar as diferenças que constituem e singularizam os diversos membros dessa sociedade.

Quando a igualdade elimina as diferenças, acaba com a igualdade.

Igualdade e diversidade Esses dois princípios são uma tentativa de superação dos limites de duas concepções de Ser Humano: • Liberalismo Individualista - o ser humano é visto como um. Não tem absolutamente nada a ver com os outros. Esta concepção estabelece desigualdades gritantes entre as pessoas.

• Totalitarismo Coletivista – o ser humano é simples parte de um todo, peça de uma máquina. Esta concepção uniformiza e massifica os seres humanos, negando sua diversidade.

participação

participação

Betinho não colocou cidadania como princípio e sim a participação. Por quê?

Porque a essência da cidadania é participar.

A participação é cidadania, e a cidadania é exercício.

Mas há três níveis de participação.

Vamos entender:

participação

Há a participação: • na execução – todos participamos quando trabalhamos.

• nos resultados - é o quanto com que cada um fica daquilo que foi produzido.

• no planejamento – é quando se decide o que fazer (execução) e quem fica com quanto (resultados).

O segredo da participação, como Betinho a entendia, é participação no planejamento. E aí está a cidadania!

participação

Para entender participação segundo a concepção de Betinho é preciso falar também sobre ética.

O que é ético? É aquilo que as pessoas discutem em igualdade de posição, quando todos podem expressar sua opinião, manifestar seu pensamento.

Quando todos falam, chegamos a um acordo temporário. E esse acordo é um patamar ético.

solidariedade

solidariedade

A gente só entende solidariedade quando compreende que o ser humano não é nem indivíduo - que não tem a ver com os outros - nem peça da máquina , do sistema. É quando o percebemos como pessoarelação, que está no meio entre a igualdade e a diversidade.

Solidariedade acontece quando o ser humano percebe que ele só pode ser se considera os outros.

diferentes concepções de ser humano

liberdade

liberdade

O melhor enfoque para discutir esse princípio é o de Paulo Freire, que resgata a liberdade através da consciência.

A consciência é o quanto de resposta eu consigo à pergunta: por que eu sou o que sou? Por que as coisas são assim?

Ninguém é livre sem ter consciência.

liberdade

A liberdade é um processo infinito, como dizia Betinho, de busca de razões do porquê eu sou o que sou. Ou seja: à medida em que cresço em consciência, vou me libertando.

Quando uma comunidade se reúne e começa a descobrir as razões de ser o que é, de ter os problemas que tem, ela vai se libertando e crescendo, e se torna responsável.

liberdade e dignidade humana

A consciência leva à liberdade e a liberdade nos torna responsáveis. Essa é a essência da dignidade humana.

Assim, o tripé da dignidade humana é: consciência – liberdade – responsabilidade

A dignidade é algo que é construído.

Vamos nos tornando dignos.

para saber mais Leia a entrevista que o professor Pedrinho Guareschi concedeu à Rede Mobilizadores:

“Participação é cidadania e a cidadania é exercício”:

http://www.mobilizadores.org.br/entrevis tas/participacao-e-cidadania-e-acidadania-e-exercicio/

fontes

• GUARESCHI, Pedrinho. “Participação é cidadania e a cidadania é exercício”. Rede Mobilizadores, 21 ago. 2017.

• GUARESCHI, Pedrinho; ROMANINI, Moises.

Política e (é) liberdade: reflexões sobre alguns pressupostos. Diálogo, n. 22, abr. 2013.

• GUARESCHI, Pedrinho. O Direito humano à comunicação: pela democratização da mídia.

Editora Vozes, 2013.

VÍDEO DE BOLSO Prêmio Betinho Imagens de Cidadania 2017 curso rápido | edição especial

Bem-vindo (a) ao curso rápido Vídeo de Bolso, nesta edição especial para o Prêmio Betinho Imagens de Cidadania.

VÍDEO DE BOLSO Prêmio Betinho Imagens de Cidadania

Serão 4 aulas, onde falaremos sobre a gravação em vídeo utilizando dispositivos móveis compactos como celulares, tablets ou câmeras fotográficas digitais.

Também vamos apresentar dicas de edição e informações básicas sobre como compartilhar vídeos na Web. Vamos lá.

Tutoria Sílvia Sousa MTb 8616 SRTE/DF Assessora de comunicação da Rede Nacional de Mobilização Social Coep Nacional

AULA 1

Para fazer a diferença Com maior acesso às plataformas digitais e com a popularização da Web e das Redes Sociais, a circulação de conteúdos nos meios de comunicação passaram por grandes mudanças.

Mas, se está previsto que em 2019 a Web receba 1 milhão de conteúdos em vídeo por minuto, o que fazer para que o seu vídeo fique atraente esteticamente e desperte o olhar das pessoas?

A comunicação de hoje tem tudo a ver com conteúdos em vídeo. E vídeos autorais e criativos podem ser especialmente interessantes.

Acompanhe, neste curso rápido, alguns pontos importantes.

Seja direto Informe a mensagem principal nos primeiros 15 a 20 segundos do seu vídeo. Cause impacto. Diga logo a que veio, sem perda de tempo. As pessoas não querem mais esperar por uma informação. Para mantê-las interessadas nos desdobramentos do seu vídeo fale logo, sem rodeios.

Conteúdo Tenha muito zelo com o conteúdo. Opte por elaborar um material com valor relevante, de qualidade, novo, raro. Seja direto, mas dê muita atenção à informação, ao conhecimento.

Desperte emoção. Traga para o vídeo algo inesperado, inspirador.

Crie vínculos Aproxime-se da audiência criando vínculos. Por exemplo: uma pessoa comum, com fala simples e direta, geralmente produz empatia nas pessoas. Desperte emoção. Traga no vídeo o inesperado ou inspirador.

Verdade Seja sincero com as pessoas. Nada melhor para despertar o engajamento e a identificação do público do que um conteúdo transparente, real, factual e espontâneo. As pessoas se interessam muito pelo que é verdadeiro.

Foco Mantenha o foco. Fale o que a audiência espera ouvir de uma maneira que ela possa entender. Seja simples, objetivo e claro. Outro ponto essencial: O vídeo precisa ser bem planejado e ter início, meio e fim.

Seja leve Sim, o seu vídeo pode ser descontraído, leve, ousado, divertido. Acerte o tom, use o bom humor e intercale informação e entretenimento. A linguagem audiovisual do cinema e do documentário, que é mais livre, pode ser uma boa inspiração.

Som e imagem Lembre-se que a composição de um vídeo, ou seja, um audiovisual, é formada essencialmente por som e imagem.

Portanto, capriche na captação desses elementos. Não adianta gravar uma ótima imagem e ficar com um áudio ruim, ou viceversa.

Trilha sonora Dedique-se à escolha da trilha sonora. Uma boa trilha pode destacar o seu vídeo, já uma trilha ruim pode distanciar as pessoas. Perceba: a trilha sonora serve para preencher vazios, despertar sensações que não estão evidentes, destacar pontos.

Vídeos para ilustrar Reflita um pouco sobre os conceitos que acabou de ver e guarde suas primeiras percepções.

Nas próximas páginas, assista aos vídeos que selecionamos para ilustrar e inspirar você.

Se surgirem as suas primeiras ideias para um vídeo autoral, não perca tempo, anote tudo. Lembre-se que seu vídeo pode concorrer ao Prêmio Betinho 2017 - Imagens de Cidadania.

Para saber mais sobre o Prêmio Betinho 2017 acesse o site www.celebrarbetinho.org.br

Vídeos para ilustrar TÉCNICAS DE GRAVAÇÃO

Nosso álbum de férias Esta sequência de trechos curtos conta uma história. Com humor, criatividade e bom senso, a família Takimoto fez um resumo das férias. Veja o quanto é importante planejar o vídeo antes de partir para a gravação.

clique na imagem para assistir

Fonte: Elika Takimoto goo.gl/KPVsU1

Mapinguari A animação de volumes, ou stop motion, é uma técnica muito interessante de criação. Neste caso foram usadas massinhas de modelar. As cenas são criadas e fotografadas, quadro a quadro, para dar a ideia de movimento.

clique na imagem para assistir

Fonte: Daniel Rabanéa goo.gl/G6nFCi

Por um mundo mais cultivado e florido Figuras recortadas ilustram fala da narradora e o resultado é muito interessante.

Fonte: Luciana Fernandes goo.gl/LUTpMO clique na imagem para assistir

O que tem na geladeira? Abóbora!

Vídeos feitos para simplificar, desmistificar ou revelar processos fazem sucesso. É o passo a passo das coisas, como culinária, artesanato, marcenaria, construção, dentre inúmeras possibilidades.

Fonte: Rita Lobo clique na imagem para assistir

goo.gl/6gqSyJ

Draw my Life de Iberê Tenório O “draw my life”, ou “minha vida em desenhos” propõe que as pessoas descrevam algo por meio de desenhos. Geralmente o autor grava seus desenhos avança as imagens (se não, fica interminável!)que são cobertas, em um segundo momento, por uma narração.

Fonte: Iberê Tenório clique na imagem para assistir

goo.gl/PS4fmN

Vídeos para ilustrar CONTEÚDO TEMÁTICO

Criança fala LIBERDADE: Curta sobre projeto Criança Fala, destinado a crianças da comunidade do Glicério (São Paulo/SP).

Parte das gravações foram feitas por crianças da comunidade.

Fonte: Cria Cidade clique na imagem para assistir

goo.gl/1KtNM6

Dicionário de Gêneros DIVERSIDADE: O Dicionário de Gêneros é um projeto que busca discutir a diversidade de gêneros e sua representatividade, por meio de depoimentos pessoais.

Fonte: Afro Reggae goo.gl/H5idxE clique na imagem para assistir

Meninas rappers cantam resistência IGUALDADE: Reportagem em vídeo ilustra a importância da música no combate ao racismo e à desigualdade para crianças negras como MC Soffia.

Fonte: TV Folha goo.gl/BnGB1J clique na imagem para assistir

AULA 2

EQUIPAMENTOS BÁSICOS

Celular, câmera fotográfica, tablet ou outro equipamento portátil para captação de imagens [e áudio, se não tiver gravador separado]

Iluminação natural

Equipamento portátil com gravador ou microfone portátil (direcional e/ou lapela) ou equipamento com aplicativo para gravação do áudio

Câmera ligada Com um equipamento compacto que filma, como celular ou câmera digital, e mais alguns cuidados, você dispõe de: . Boa capacidade de captação, principalmente se lembrar de fazer backup dos seus arquivos e deixar sempre a memória disponível; . Menos detalhes para gerenciar, pois boa parte das configurações podem ficar em modo automático;

. Possibilidade de usar aplicativos que vão facilitar a gravação do áudio; [neste caso, grava-se

primeiro a imagem, depois o som.

Ou, se gravação concomitante, é necessário mais de um aparelho – um para gravar as imagens, outro para a captação do áudio.] . Possibilidade de instalar aplicativos para edição do vídeo direto no equipamento (smartphones, tablets).

Lembre-se, é importante: . Fazer backup sempre para liberar espaço na memória do seu telefone ou câmera portátil; . Carregar a(s) bateria(s) ou obter pilhas suficientes antes de sair para a gravação; . Higienizar as lentes do seu equipamento e levar consigo o que geralmente usa para limpar, caso necessite;

. Conhecer o equipamento, suas possibilidades e limitações; . Treinar bastante. A prática irá aprimorar o seu olhar e te dar a tranquilidade para boas gravações. . Persistir. Tentar de novo, de novo, até acertar. A constância te trará a segurança e experiência necessárias.

PRÉ-PRODUÇÃO

Planejar, antes de começar a gravar o seu vídeo, faz muita diferença e é um potencial facilitador.

Dificilmente você conseguirá finalizar um vídeo, com todos os elementos necessários, se não tiver planejamento antecipado.

Ideia O ponto de partida de um vídeo é sempre uma ideia, uma semente. Pode vir de um fato ou uma ficção, de um livro, ou de uma notícia, de um personagem ou de uma demanda. Todo o vídeo tem um público-alvo e é preciso oportunizar a reação desse público a partir da mensagem que se deseja transmitir.

Pesquisa Estude textos e fotografias, notícias, com o cuidado de checar a confiabilidade das informações. Busque fontes oficiais. Converse com pessoas locais, com especialistas, ouça com atenção. Anote pontos interessantes e registre os contatos de pessoas que possam ser procuradas novamente.

Planejamento Organize suas ideias e pesquisa em um planejamento. Veja quais associações são possíveis, o que pode ser considerado no vídeo, onde irá gravar, quando irá gravar, quais serão os personagens. Pense no contexto, nos destaques, nas perguntas que irá fazer. Finalmente, transcreva tudo em um roteiro.

ROTEIRO

Os roteiros podem seguir diversos formatos, o importante é capturar uma história universal, que fale a partir de uma linguagem comum a todos.

Opte, por exemplo, por um roteiro de ficção ou de documentário. O resultado pode ser interessante, inovador e surpreendente.

Roteiro tradicional Se você deseja explicações sobre a elaboração de um roteiro tradicional, sugiro que assista os 4 vídeos do Guia Audiovisual Roteiro, realizados pela Produtora Experimental da Faculdade Cásper Líbero.

clique na imagem para assistir

Dedique-se à produção do seu vídeo com organização e comprometimento.

PRODUÇÃO

Para conseguir um bom vídeo, tenha claro o que deseja de resultado.

Planeje, fique muito atento(a) e comece a gravação quando estiver bem seguro(a).

COMUNICAÇÃO EM VÍDEO

Alguns veículos de comunicação inovaram bastante ao utilizar, em suas reportagens em vídeo, a linguagem do cinema e do documentário.

Assista aos vídeos, a seguir, extraídos da TV Folha.

Tente perceber as técnicas de produção utilizadas.

Fonte deste capítulo: João Wainer. Vídeos jornalísticos para internet. ANJ e Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.

Entrevista - Repórter grava

entrevista com determinado personagem; em outra gravação, repórter fala sobre como foi

realizar a entrevista com a fonte; Composição final mescla as duas falas – o relato do repórter e as respostas do entrevistado.

Assista exemplo: "Dilma é clique na imagem para assistir

romântica e gosta de sonhar", revela ex-marido – TV Folha

Ensaio - Vídeo tem pouco texto e muita imagem, é mais poético, tem mais liberdade, trilha sonora bem elaborada.

Assista exemplo: Não existe cor em SP – TV Folha clique na imagem para assistir

Minha história - Personagem conta sua história para criar texto base que irá cobrir as imagens. Vídeo

mescla trechos da entrevista, imagens de cobertura, fotografias, documentos.

Assista exemplo: Minha História: A aposentadoria do meu cão-guia – TV clique na imagem para assistir

Folha

Musicais - Vídeo mistura trecho de entrevista com arte. Por exemplo, se for um cantor, música do

artista entra em trechos da entrevista. Se for teatro, cenas da peça intercalam com as falas.

Assista exemplo: Hermeto Pascoal, 80; veja entrevista com multiclique na imagem para assistir

instrumentista – TV Folha

Humor e ironia - Vídeo utiliza a liberdade criativa para inovar e despertar a reflexão com bom humor e inteligência.

Assista exemplo: Suposto

alienígena aparece em terreno sob disputa judicial – TV Folha clique na imagem para assistir

Percepções A partir desses exemplos,você pode observar e aplicar em suas produções percepções como: A linguagem do documentário como referência para os vídeos permite a entrega de resultados mais livres, atuais, ousados, com mais elementos; A linguagem do documentário como referência traz uma fotografia mais sofisticada, trilha sonora melhor elaborada, permite uma montagem sugestiva;

Percepções A apropriação de elementos do documentarismo e do cinema para o cotidiano aprimoraram o desenvolvimento da linguagem; Essas novas referências permitiram o uso, por exemplo, do humor e da ironia nos vídeos-reportagem, algo antes improvável; Você pode usar a liberdade da inexperiência com vídeos a seu favor.

Fonte slides 12-19 João Wainer. Vídeos jornalísticos para internet.

ANJ e Centro Knight para o Jornalismo nas Américas.

AULA 3

IMAGEM

Limpeza das lentes Gravar um vídeo com o seu equipamento portátil não é difícil.

Mas é preciso atenção e cuidado com os detalhes que farão diferença.

Primeiro passo: Limpe as lentes do seu equipamento. Sempre. Pode parecer bobagem mas imagine perder a sua gravação porque as lentes estavam sujas, arranhadas, com marcas de dedos ou engorduradas.

Imagens de internet

Grave na horizontal A captação de imagens deve ser feita com o equipamento no sentido horizontal.

Esta forma ocasiona maior definição, o vídeo preenche toda a tela quando for assistido.

Imagens de internet

Olhe para as lentes Para falar direto com o seu espectador, descubra onde estão as lentes da câmera do seu equipamento e lembre-se de olhar para elas.

Se for gravar uma outra pessoa, dê a ela essa orientação. Nada de olhar para a tela/visor do equipamento. Olhe sempre para as lentes da câmera.

Imagens de internet

Câmera traseira Se for gravar com telefone celular / smartphone / tablet, priorize o uso da câmera traseira.

Em boa parte dos equipamentos portáteis, a câmera frontal (quando há) captura imagens com qualidade inferior à câmera traseira.

Imagens de internet

Estabilidade A dica para escapar das imagens tremidas na gravação e ganhar estabilidade é segurar o dispositivo com as duas mãos e manter os braços apoiados no corpo.

Se esticar os braços, provavelmente sua captação para o vídeo terá imagens instáveis.

Se desejar movimentos de câmera suaves, mais naturais e fluidos, no lugar das mãos, movimente o seu o corpo.

Imagens de internet

Estabilidade Outra forma de conseguir estabilizar a sua gravação com equipamentos menores é segurar a câmera ou filmadora ou telefone com uma mão e com a outra apoiar o cotovelo, que deve ser mantido junto ao corpo.

Este formato ajuda bastante em gravações mais longas.

Imagens de internet

Estabilidade Prefira a captação o mais perto possível do objeto ou da pessoa, como nos planos fechados (closes).

Assim irá registrar imagens mais nítidas e fáceis de assistir em telas pequenas.

Se possível, apoie o dispositivo em alguma superfície ou tripé.

Evite movimentos rápidos, com mudanças bruscas do fundo das cenas, para não perder qualidade na imagem.

Novamente: a diferença entre segurar a câmera com uma mão (sem apoiar a outra no cotovelo) ou com as duas mãos é muito grande.

Evite o uso do zoom digital. Faça esses movimentos caminhando com o equipamento.

Realize testes de vídeo e áudio antes de começar a gravação das tomadas finais.

Gravar direto Se conseguir gravar direto as falas, em um só take (tomada), ótimo. Em algumas ocasiões, quanto menos edição, melhor; Você pode imaginar que está ao vivo e gravar sem cortes.

Se julgar interessante e se agregar valor, valorize o ambiente que será o pano de fundo do seu vídeo.

Mas, se gravar direto, não faça vídeos muito longos, que podem “pesar” e te atrapalhar na hora da edição.

Imagens de internet

SOM

Captação do som É preciso conhecer bem seu dispositivo para extrair o melhor de sua capacidade na captura do som.

A gravação do áudio é muito importante, tanto quanto a captação de imagens.

Se o áudio não estiver bom, nem sempre adianta ter boas imagens.

Microfone dedicado Se não puder utilizar um microfone externo direcional ou de lapela, minimize as possíveis imperfeições na gravação. Por exemplo: Localize o microfone do dispositivo e procure falar – ou gravar as entrevistas – com o som da voz principal direcionado para o microfone.

Quanto mais for possível aproximar o microfone da fonte do som (sem encostar!!!), melhor.

Se for gravar com alguma distância, capte o som com outro equipamento.

Pode ser um gravador externo, um celular com aplicativo de gravação, ou outra câmera, ou tablet. Na edição, sincronize o áudio captado com o vídeo.

Se estiver na rua, use espuma ou outras proteções ao redor do microfone do equipamento pode evitar sons não desejados.

Faça testes de gravação para começar.

Microfone dedicado Observe ao redor e escolha bem o ambiente. Se possível, opte sempre pelo local mais silencioso.

Se a alta interferência do som indesejado for inevitável no local (como vento, caixas de som, trânsito), procure um ambiente fechado para gravar. Dentro de um carro, por exemplo, você tem um espaço bem eficiente para improvisar um estúdio.

Não fale “colado” no microfone enquanto faz a captação para não prejudicar o equilíbrio final do áudio.

Leve um fone de ouvido para escutar os testes de captação do áudio e corrigir, em tempo hábil, o que for necessário. Em alguns equipamentos, o fone de ouvido também tem um microfone que pode salvar determinadas captações.

LUZ

Iluminação natural Evite se posicionar contra uma fonte de luz na hora de filmar.

Quando você está a favor da iluminação, exige menos da câmera e consegue captar imagens melhor iluminadas.

No geral, equipamentos portáteis respondem melhor quando a filmagem acontece em ambientes abertos e sob luz do dia. Opte por gravações pela manhã bem cedo, quando o sol está começando a nascer; ou no final do dia, perto do pôr do sol.

A menos que você queira usar a contraluz como efeito artístico, tente não filmar contra o sol. Use a luz do sol a seu favor, para iluminar a cena. Além de dar cores naturais ao seu filme, ela é gratuita e eficiente.

Se for gravar em um ambiente fechado, abra as janelas para que a luz do sol possa entrar e dar o tom.

Iluminação artificial Caso precise realizar as gravações à noite, posicione-se - ou o seu entrevistado - na frente ou perto de algum objeto luminoso. Nunca embaixo da luz, isso irá projetar uma sombra na sua captação que pode prejudicar o resultado final.

Para cenas não muito claras, ou muito escuras, habitue-se a mudar de posição sempre que necessário até encontrar um ângulo favorável à iluminação desejada no enquadramento.

Imagem: Sílvia Sousa

LOCAL

Locação adequada A escolha do local para a gravação do seu vídeo precisa ser coerente com a sua proposta. A credibilidade do vídeo também passa pelo cenário escolhido.

Se o local não estiver coerente com a história, o personagem, a proposta, nada feito. Todo o conjunto visual precisa compor a ideia que se quer passar.

Imagem: Sílvia Sousa

AULA 4

EDIÇÃO E MONTAGEM

Edição básica Feitas as gravações de áudio e captadas as imagens para o seu vídeo, é preciso entrar na etapa de edição e montagem. É nesta hora que, de fato, o trabalho vai tomar corpo e ritmo e chegar ao formato final para contar uma história.

Também é quando se escolhe a trilha sonora.

A montagem é fundamental para fisgar o seu espectador. Nesta etapa, é feita a triagem do que foi filmado, define-se o que serve e o que não serve para o vídeo a partir da seleção das cenas e as falas.

Mais que o conhecimento técnico ou o programa de edição que irá escolher, o que realmente conta é a qualidade da mensagem que o vídeo irá transmitir e como será desencadeada.

O vídeo deve ficar esteticamente interessante e é importante fazer os cortes para manter apenas o que for realmente importante.

Edição básica Um vídeo com edição simples pode falar muito mais com o público do que uma grande produção, se o conteúdo puder ser observado e absorvido com clareza e objetividade por quem o assiste.

Sua sensibilidade, bagagem cultural e interesse em zelar por uma boa entrega serão as principais referências do seu trabalho.

Lembre-se: um bom vídeo deve desenvolver plenamente uma ideia e ater-se somente às informações relevantes.

Deixe de lado os conteúdos desnecessários, que apenas alongariam a duração do vídeo.

Apresente no vídeo um propósito muito claro.

Mão na massa Com as facilidades de edição, tutoriais acessíveis e os programas cada vez mais intuitivos, escolha como dará sequência e sentido à sua história.

Para editar, você pode usar um computador, aplicativos no seu smartphone ou editar direto na internet, em plataformas de distribuição de vídeo como o Youtube.

A edição básica não tem muito segredo. A chave é detalhar cada etapa no roteiro. Caminhe por um processo autoral crítico e minucioso. Tente não se perder no intuito de transmitir uma mensagem coerente e clara.

PASSO A PASSO

PASSO 1 Importe o conteúdo bruto que foi captado pelo seu equipamento de gravação (imagens em vídeo, fotos, áudios, trilha sonora, gráficos, entrevistas, desenhos, etc.) para o equipamento onde fará a edição.

(Importar significa transferir as informações de determinado arquivo de um sistema para outro, por exemplo, do celular para o computador)

. No equipamento onde fará a edição, crie uma pasta para armazenar os arquivos. . Conecte os equipamentos e transfira os arquivos para a pasta criada, fazendo uma cópia ou transferência definitiva das informações de um equipamento para o outro.

PASSO 2 Assista/escute todo o material gravado Esta percepção geral te dará a noção real do seu material. Você saberá o que ficou bom ou não.

Perceba quais informações são as mais importantes, o que entra e o que não entra no seu vídeo, os pontos fortes que irá destacar.

Foto: Freepik

PASSO 3 Nomeie e organize separadamente os arquivos úteis Faça uma cópia de segurança de todo o conteúdo bruto. Em seguida, selecione os arquivos que irá utilizar no vídeo, faça uma cópia em pasta separada e dê nome a cada um deles, preferencialmente em sequência (cena 1, cena 2, cena 3, narração 1, narração 2, figura 1, figura 2, figura 3, música 1, música 2, ...)

Foto: Freepik

PASSO 4 De acordo com os arquivos, insira no roteiro todas as informações relacionadas à edição:

3) Pontos de entrada e de saída narrativa, animações, gráficos, legendas, imagens, trilha sonora.

1) Nome das cenas (Cena 1, Cena 2, ...) conforme nomeou cada arquivo, e de acordo com a sequência que deseja obter na montagem do vídeo.

4) Aproveite para estimar o tempo máximo de duração do vídeo.

2) Pontos de entrada e de saída de cada uma das cenas, ou seja, a marcação do tempo de início e fim de cada cena que será utilizada (00:14:16 – 00:14:45).

EXEMPLO DE ROTEIRO: Quadro: Descubra e mobilize - Tecnologia Social Primeira sequência – Chamada – Pontos de fala do entrevistado (marcação do tema) Cena 4 00:00:45 – 00:00:51 Cena 5 00:04:21 – 00:04:36 Vinheta Segunda sequência – Sílvia Sousa apresenta o quadro, o tema e a convidada (Paula Mendes) Cena 1 00:00:18 – 00:01:37 (Legenda S. Sousa, 4 segundos, surgir à esquerda) Cena 2 00:04:21 – 00:06:04 (Música A, 00:01:14 – 00:01:22 transição entre cenas 2 e 4) Terceira sequência – Parte 1 da entrevista com Paula Mendes Cena 4 00:00:15 – 00:02:01 (Legenda P. Mendes, 4 segundos, surgir à esquerda) Cena 5 00:04:03 – 00:06:25 Cena 6 Fotografias 1, 2, 3 e 4 (corte seco, 0,5 segundo cada) Quarta sequência – Externa sobre a tecnologia social apresentada pela entrevistada Paula Mendes Cena 3 00:16:21 – 00:17:44 (Música B, 00:00:00 – 00:55:00, toda a cena) (Legenda: localização, Contemporâneo fade 3) Infográfico – Narração 1 em OFF – (Música C, 00:00:01 – 00:00:35, toda a

PASSO 4 Escolha um programa de edição e inicie o seu projeto Entenda que há um universo de programas de edição, gratuitos e pagos, para iniciantes e para profissionais, com recursos básicos e com recursos cinematográficos.

Sugerimos que comece pelo mais simples.

Dois aspectos importantes:

1. Verifique se a versão do programa de edição que escolheu é compatível com o formato de vídeo do equipamento que utilizou para captar as imagens, para não haver perdas do material bruto durante a importação.

2. Verifique se o formato de vídeo que será gerado na renderização (produto final do processamento do vídeo) é suportado pelo site onde será publicado (quando for o caso).

Nos próximos slides, veja alguns exemplos de processos básicos de edição. Vamos adotar o editor padrão e gratuito da Microsoft: Windows Movie Maker versão 2012.

(Atenção: se optar por este editor, é muito importante que instale ou atualize a sua versão para 2012 ou superior), instalado em computador com sistema operacional da Microsoft, Windows 7.

Windows Movie Maker A favor: Ferramenta simples, intuitiva. Oferece comandos básicos como: cortar, inserir transições, legendas, efeitos de cor, sonorização.

Contra: Pode ser limitado em relação aos formatos de vídeo suportados na importação e gerados na exportação.

Tutorial rápido

Importação e recortes

Abra o programa de edição e importe o conteúdo bruto, transferindo as informações entre sistemas. Por exemplo, de uma pasta de armazenamento para o programa de edição.

. No Windows Movie Maker: a) Clique em “Adicionar Vídeos e

Fotos” e localize a pasta onde estão os arquivos para o vídeo b) Selecione os arquivos de vídeo e imagem que deseja importar e

c) Clique em “Abrir”.

Veja que as cenas ficarão enfileiradas na linha do tempo do seu projeto. Para maior agilidade e organização, confira se os arquivos de vídeo e imagem estão

na sequência do roteiro. Comece a editar.

No Windows Movie Maker: Mude os arquivos de lugar, se necessário. Basca clicar no arquivo (geralmente botão esquerdo do mouse) e arrastar para o local desejado.

Se em um mesmo arquivo de vídeo você for utilizar dois ou mais trechos, você precisa dividir esse arquivo.

No Windows Movie Maker: Na área de reprodução do vídeo, aperte o Play e siga até o ponto onde deseja dividir um mesmo arquivo em duas ou mais partes. Pause no momento exato.

Acione o botão “Dividir”.

Depois dos primeiros recortes, faça um ajuste mais pontual em cada trecho.

Conforme o roteiro, determine os pontos de entrada e de saída de cada arquivo.

Descarte o que não irá utilizar.

No Windows Movie Maker: a) Separe os trechos que serão utilizados dos que serão descartados, por meio da “Ferramenta de Corte”. b) Na aba Ferramentas de Vídeo clique em Editar c) Em seguida, clique em Ferramenta de corte.

Clique em cada vídeo que deseja separar os trechos. Se especificou no roteiro o ponto inicial e o ponto final do trecho, na aba Ferramentas de Video clique em: Editar -> Ferramenta de corte -> Digite os valores de tempo nos campos Ponto Inicial e Ponto final; Ou: aperte o Play, dê pausa no momento que desejar o recorte, e clique em “Definir ponto inicial/Definir ponto

final”.

Com os valores definidos, clique em

“Salvar corte”. Especificamente no Movie Maker, os trechos que não serão utilizados são descartados automaticamente da linha do tempo.

Repita a operação para os demais trechos (Vídeo 1, Vídeo 2, Vídeo 3...)

Observação: Caso queira utilizar mais de um trecho de cada vídeo (Vídeo 1, por exemplo),

você pode importar

novamente o arquivo base e repetir o processo.

Determinados os pontos de entrada e de

saída de cada arquivo em vídeo, ajuste também o tempo de exposição das imagens.

No Windows Movie Maker: Clique na primeira imagem que deseja editar. Na aba Ferramentas de Vídeo -> Editar, clique em Duração e determine o tempo (em segundos) de exposição da imagem que está em edição.

Repita o processo com as demais imagens.

Trilha sonora

Esta é uma boa hora para inserir a trilha sonora. Opte por músicas que tenham a ver com a história, que

traduzam sensações que não estão nas palavras ou imagens captadas.

Atenção: As músicas geralmente são

protegidas por direitos autorais. Para evitar problemas, sonorize o seu vídeo de forma legal, usando bancos de trilhas sonoras brancas e gratuitas (você encontra na internet). Outra opção são as músicas de domínio público, cujo autor ou coautor morreu há mais de 70 anos e a família não recebe mais os direitos autorais.

No Windows Movie Maker: Na tela Iniciar, clique em “Adicionar uma música”; escolha a canção em seus arquivos e clique em “Abrir”.

Perceba que a música aparecerá no painel de visualização, logo abaixo das

imagens. Dê um clique no trecho musical e comece a editar detalhes como volume, recortes, pontos inicial e final, efeitos de Fade in e Fade out, entre

outros.

Animações, transições e efeitos

Está na hora de determinar as

transições, etapa onde escolhe como as cenas serão interligadas, como será a transição de uma ação em cena para outra. Esta etapa confere identidade e

características importantes ao vídeo.

A transição pode transmitir uma intenção, de acordo com a movimentação escolhida para a passagem entre as cenas. Se bem aplicada, a transição é uma importante aliada. Ela dá ritmo e conceitua o vídeo: suavidade, rapidez, dinamismo.

No Windows Movie Maker: a) Clique na divisão entre o primeiro e o segundo vídeo da sequência. b) Clique em Animações

c) e escolha a transição desejada.

Repita a ação para as demais sequências.

Ainda em Animações, você também pode adicionar efeitos de panorâmica e de zoom aos itens selecionados.

No Windows Movie Maker: a) Clique na divisão entre o primeiro e o segundo vídeo da sequência b) Clique em Animações c) e na aba “Panorâmica e zoom” escolha

o efeito desejado.

Insira elementos, em trechos ou íntegra

do vídeo, a partir da aplicação de efeitos. Use este recurso, por exemplo, para dar ênfase a determinada cena.

No Windows Movie Maker: a) Clique na sequência que deseja editar b) clique em Efeitos visuais c) e na aba “Efeitos” escolha o recurso desejado.

Títulos, legendas e créditos

Com as cenas já editadas, chegou a hora

de inserir textos e frases que irão complementar as informações do vídeo e descrições que as imagens por si não conseguem passar.

Nas legendas você identifica pessoas ou ajuda o espectador e entender certos trechos A legenda é muito oportuna em diversas ocasiões. Complete informações sobre localização, substitua pontos de fala (como perguntas em uma entrevista), insira reflexões e textos que otimizem o tempo do vídeo ou possam corrigir áudio com captação ruim.

Desde o início desta etapa, defina parâmetros de padronização para os textos de abertura, legendas e créditos de encerramento. Estabeleça a posição, o tipo, a cor, o tamanho das fontes, e como fará a transição/apresentação dos textos.

Use um padrão para dar uniformidade ao vídeo e não quebrar a sequência lógica da mensagem que será transmitida - as letras escolhidas e seus formatos

também são uma forma de comunicar.

Inserir TÍTULO no Windows Movie Maker: . Em Início, clique em Título

. O programa vai inserir uma área nova para edição. . Escreva o título do vídeo, escolha a fonte, o tamanho, o alinhamento, cor do texto e do plano de fundo. Ajuste o tempo de duração e o modo de transição inicial e final.

Colocar LEGENDAS no W. Movie Maker: . Em Início, clique em Legendas

. O programa vai inserir uma janela nova para edição. . Escreva a legenda, escolha a fonte, o tamanho, o alinhamento, cor do texto e do plano de fundo. Ajuste o tempo de duração e o modo de transição inicial e final.

Colocar CRÉDITOS no W. Movie Maker:

. Em Início, clique em Créditos . Escolha, entre as opções: Créditos, Diretor, Estrelando, Local, Trilha

Sonora. . Complete as informações, escolha a fonte, o tamanho, o alinhamento, cor do texto e do plano de fundo. Ajuste o tempo de duração e o modo de transição inicial e final.

Lembre-se de colocar nos Créditos todos os colaboradores do projeto.

O W. Movie Maker também oferece temas de filmes, que formatam automaticamente os efeitos do vídeo.

Para utilizar este recurso, na página

Inicial clique em “Temas de filme automático” e faça a sua escolha.

Renderização

Finalizada a edição do seu vídeo chegou

a hora de renderizar, ou seja, obter o produto final de um processamento digital.

No Windows Movie Maker: . Em Início, clique em Salvar Filme Perceba que o programa de edição irá passar um tempo trabalhando na finalização do seu vídeo. Tudo pronto, passe para a última etapa: publicação e divulgação do seu vídeo.

Edição profissional com software gratuito

Pulo do gato Se você deseja ir direto para uma edição profissional,sugiro conhecer o software gratuito Hitfilm Express, que você pode baixar direto no site do fornecedor https://hitfilm.com/express].

Se esta for sua opção, recomendo assistir antes ao vídeo do Brainstorm Tutoriais, um excelente canal no Youtube que traz muita informação sobre tudo que precisa aprender antes de começar sua edição no Hitfilm.

clique na imagem para assistir

Publicação no Youtube

Publicar um vídeo no Youtube não tem

mistério.

Mas, se será a sua primeira publicação por lá, o próprio Youtube disponibiliza

uma série de vídeos e tutoriais para quem deseja se aventurar e abrir um canal de vídeos.

Sugiro que acesse a Central de Ajuda do Youtube para saber mais detalhes, neste site: https://support.google.com/youtube/

E aqui concluímos nosso curso de vídeos especial Prêmio Betinho.

Boa sorte!