(...) jazz como filho das época das realidades económicas políticas vigentes de como o jazz dos anos vinte de armstrong foi diferente do jazz dos anos trinta de ellington do dos quarenta de parker do free dos sessenta e dos noventa (...) jazz afinal uma palavra que quer dizer nada como joão
SINCOPADAS REVISTA JAZZ
EDITORIAL • Em música, Síncope é uma característica rítmica que se diferencia pela execução de uma nota tocada em tempo fraco, ou parte fraca do tempo que se prolonga até ao tempo forte, criando um deslocamento com acentuação rítmica. Sonora, ritmada, harmoniosa e irreverente. Assim apresentamos a SINCOPADAS, uma revista de colecção que se centra na música enquanto factor integrante da história mundial. Os nossos leitores, ficarão a conhecer, não só um pouco mais sobre a história da música, como também alguns dos grandes nomes que dela fazem parte. Conhecendo-nos, facilmente acede à informação pretendida, sendo esta revista um bom livro de consulta. Abordamos a história com ritmo e sentimento, para que a música esteja não só no seu disco de vinil ou na biblioteca do seu computador, mas também na estante de sua casa. Esta edição, constituída por cinco livros, aborda um estilo musical ao qual ninguém fica indiferente. Uma estranha sonoridade, um embalo difícil de definir. Uma nova forma de acrescentar algo a um ritmo já existente, uma nova forma rítmica que pede movimento - O JAZZ
#13 NASCIMENTO DO JAZZ
#16 BE-BOP
#19 O BE-BOP SOBREVIVEU AOS ANOS 40
#30 HARD-BOP
#24 COOL-JAZZ
#26 O BELO TIMBRE DE GETZ
#33 REFERÊNCIAS
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“do dos quarentas de parker”
SINCOPADAS
# 4
SINCOPADAS
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SINCO#12
NASCIMENTO DO JAZZ O MOVIMENTO FUNDADOR DO JAZZ MODERNO
Em 1940 o mundo do jazz ficou dividido em dois campos superpostos: swing ( big bands e alguns combos) e revival do jazz de New Orleans. Alguns jovens músicos que trabalhavam nas orquestras de swing queriam não somente aumentar suas oportunidades no mercado, mas procuravam na música um espaço para desenvolver seus próprios estilos. Sentindo que o swing tinha se encaminhado para uma abundância de clichês e de solos previsíveis, jovens artistas se reuniam em jam sessions (as mais conhecidas foram no “Minton’s Playhouse” e no “Monroe’s Uptown House” em New York) e experimentaram acordes mais avançados e improvisos mais arriscados. Em torno de 1945 o mundo do jazz já estava permanentemente modificado com a rápida ascensão do be-bop.
13#PADAS
“EM REACÇÃO À SUMPTUOSIDADE, À IMPERTURBABILIDADE E AO ASPECTO DEMASIADO POLIDO DAS BIG-BANDS”
BE-BOP • 1940-1950 Ao retornarem da Segunda Grande Guerra,
dos ouvintes tinha poucas oportunidades
veteranos e fãs de jazz, acostumados com
de acompanhar o desenvolvimento da
Glenn Miller e Benny Goodman, ouvir bop
música, e quando ela acontecia, acontecia
parecia a eles que estavam desinformados
de uma forma radical e revolucionária, com
em pleno 1945. A greve contra as
seus tempos rápidos, ritmos excêntricos,
gravadoras entre 1942-44, fez com
e harmonias muito avançadas. Na realidade,
que a maioria dos músicos não gravassem
era uma etapa lógica da evolução do jazz:
por dois anos, portanto a maioria
do swing se chegava ao bebop.
UMA ETAPA LÓGICA DA EVOLUÇÃO DO JAZZ: DO SWING SE CHEGAVA AO BE-BOP
17#PADAS
Os músicos boppers tinham como
A função de marcação do tempo foi
precursores o trompetista Roy Eldridge,
assumida pelo baixista, que, naquela
os tenoristas Coleman Hawkins e Lester
época, afora Jimmy Blanton e Oscar
Young, a seção rítmica de Count Basie
Pettiford, todos os outros baixistas
e o pianista Art Tatum, mas ao invés de
tocavam estritamente o necessário
imitarem seus ídolos, eles partem para
atrás dos solistas. Os bateristas não eram
aproveitar a chance e acabam mudando
mais compelidos à batida do surdo (bass
o jazz, que deixou de ser música dançante
drum) e o acompanhamento se tornou
e passou a ser uma forma de arte.
cada vez mais imprevisível, tocando
Os resultados não levaram o jazz para
coloridas modulações, porque não
um lado muito lucrativo, mas criaram um
mais funcionariam como um metrônomo.
divisor de águas contra a música popular,
Quanto aos trompetistas, seus solos
fazendo do bebop o movimento fundador
se tornaram menos amarrados
do jazz moderno.
à melodia e mais à estrutura dos acordes.
Bop se diferencia do swing de muitas
A improvisação baseada em acordes
maneiras, mas a que mais se destaca está
impulsionava os solistas a tentarem
no uso do piano. Enquanto os pianistas
construir seus próprios temas, utilizando
clássicos e de swing conservavam a
o arcabouço da canção. Muitos dos
batida com acentuação na mão esquerda
“originais” gerados pelo bop eram
enquanto que a mão direita cuidava das
novos padrões de acordes das canções
variações melódicas, os pianistas bop
do swing, se tornando outras melodias;
(como o brilhante Bud Powell) tinham
p. ex., “Groovin’ High” na realidade é
mais campo de ação para a mão esquerda,
“Whispering” disfarçado; “Donna Lee” foi
eventualmente livres acordes, enquanto
uma complexa “Indiana” e “Anthropology”
a direita tocava solos velozes, ao estilo dos
foi uma das muitas canções derivadas
trompetes; esta técnica tem sido adotada
dos acordes de “I Got Rhythm” .
por todos os estilos de jazz moderno.
BILLY ECKSTINE ORCHESTRA
O BE-BOP SOBREVIVEU AOS ANOS 40 •
Armstrong e Tommy Dorsey) enquanto
O período de 1940-44 pode ser pensado
os ouvintes tentavam compreender.
como o de incubação do bop, antes de
Com o declínio do swing, em torno
ser descoberto. Em 1943 tanto Gillespie
de 1947, o bop começava a ser aceite
como Parker pertenciam à orquestra
e durante 1948-49 um grande número
de Earl Hines, uma importante big band
de gravadoras fazia o melhor que podia
que, desafortunadamente, nunca gravou
para fazer do bebop um novo passatempo.
(época da greve contra as gravadoras),
Benny Goodman, Ziggy Elman (“Boppin’
onde também participavam Billy Eckstine
With Zig”), Charlie Barnet, Lionel Hampton,
e Sarah Vaughan. No ano seguinte,
Gene Krupa e até mesmo Frank Sinatra
Eckstine formou sua própria big band,
(“Bop Goes My Heart”) gravaram variantes
levando Gillespie, Parker e Vaughan.
de bop na esperança de explorar um
A Billy Eckstine Orchestra (1944-47)
novo filão para substituir o swing como
foi a primeira bop big band, e até o fim
a música popular da América. Infelizmente
do grupo a maioria dos notáveis do jazz
a tentativa não deu certo, e por volta
moderno passaram pela big band, como
de 1950 o movimento bop parecia estar
os trompetistas Navarro e Miles Davis, os
em colapso. Na realidade, o bop nunca
tenoristas Gordon e Ammons, o altoísta
teve a chance de se tornar uma música
Stitt e o baterista Blakey.
popular, muito pelo fato dos músicos
Também importante no acanhado
desencorajarem os ouvintes a dançar
campo da big band foi Woody Herman
nos shows. Uma das principais razões
(no primeiro Herd revelou o tenorista
do swing ter explodido em 1935 foi porque
Flip Phillips e o trombonista Bill Harris
ele era destinado a quem gostasse de
e no segundo Herd foi responsável na
dançar. Durante os anos bop, a presença
introdução do cool jazz) e o original Stan
física de Dizzy Gillespie (com seus “óculos
Kenton que, como Monk criou um mundo
bop,” a bochecha e o cavanhaque) teve
musical muito próprio. Apesar de Gillespie
mais publicidade que as performances
ter participado junto com Coleman
de Charlie Parker.
Hawkins de sessões em 1944 que muitos
Com certeza, o bebop sobreviveu à
agora consideram como as primeiras
década de 40. Alguns de seus praticantes
gravações bop (outros argumentam que
acabaram se envolvendo com o cool jazz
foi a Cootie Williams Orchestra em 1942
e o hard bop nos anos 50; outros, devido
na versão de “Epistrophy”, de Monk),
à epidemia de heroína, não duraram
mas em 1945 o bop entrou em cena com
muito. Ironicamente, por volta de 1960,
as primeiras gravações da dupla Parker/
quando o free jazz estava começando a
Gillespie. Muitos veteranos do swing
se tornar notícia, o bebop foi considerado
falaram mal contra o bop (inclusive Louis
conservador e tradicional.
NOMES DO BE-BOP
CHARLIE PARKER DIZZY GILLESPIE BUD POWEL
Em reacção à sumptuosidade, à
do que anteriormente, ao admitir um
imperturbabilidade e ao aspecto demasiado
grande numero de notas estranhas (ainda
“polido” das big-bands, alguns músicos,
com mais colorido do que as blue notes),
desde os finais dos anos 1930, quiseram
a harmonia torna-se igualmente mais
explorar outras galáxias sonoras, um pouco
sofisticada sendo, por vezes, influenciada
menos convencionais. Os três nomes mais
pela música erudita, utilizando, acordes
representativos desta corrente modernista
ricos (nonas, décimas primeiras e décimas
foram o trompetista Dizzy Gillespie, o
terceiras). Quanto às estruturas utilizadas,
pianista Bud Powell e o saxofonista Charlie
além das estruturas das suas próprias
Parker.Apesar de as suas diferenças terem
composições, baseiam-se essencialmente
sido importantes, possuem em comum
sobre as “padronizadas” que são
algumas características: a sua condução
readaptadas e integralmente reutilizadas.
melódica, muito virtuosa, é mais livre
AGOSTO 1920 - MARÇO 1955
OUTUBRO 1917 - JANEIRO 1993
O altoísta Charlie “Bird” Parker, que
O trompetista John Birks “Dizzy” Gillespie
ganhou experiência com a big band
conseguiu alguma fama enquanto tocava
do pianista Jay McShann em Kansas
com “Cab Calloway’s Band” durante
City, alterou de forma permanente o
1939-41, época em que Calloway sempre
vocabulário do jazz e suas frases desde
acusava Dizzy de tocar ‘música chinesa’,
cedo ecoaram para um grande número
na realidade, Dizzy tinha a habilidade
de instrumentistas, indo muito além dos
e coragem de tocar a ‘nota errada’,
meros saxofonistas. Capaz de executar
sustentá-la e fazer como tudo parecesse
solos numa velocidade impressionante,
lógico. Acrescentando às suas legendárias
Bird não era somente um grande
colaborações com Parker, Gillespie
explorador de improvisos, mas um grande
liderou a mais significativa big band bop
executante de blues. Ele viveu apenas 34
durante 1946-49; viveu até a idade de 75
anos devido à ruinosa presença da heroína
anos, gravou por mais de 50 anos e foi
em sua vida, conjugada a álcool em
um professor entusiasta que incentivava
demasia, mas durante os seus dez anos
outros trompetistas (inclusive Miles Davis)
de brilho, Bird gravou muitas pérolas nas
para aprender a tocar piano e compreender
gravadoras Savoy, Dial e Verve, introduziu
a estrutura dos acordes.
no seu quinteto, o trompetista Miles Davis
Gillespie foi um animador bem-humorado
e o baterista Max Roach, assim como
que ajudava a desmistificar o bop e torná-
apadrinhou outros grandes músicos.
lo mais acessível.
CHARLIE PARKER
DIZZY GILLESPIE
SINCO#22
SETEMBRO 1917 - JULHO 1966 Bud Powell foi uma figura trágica: em sua trajetória, foi agredido na cabeça por um policial racista em 1944 e sofreu de doença mental pelo resto da sua vida torturada. Acima desses problemas, Powell pôde gravar jóias musicais durante 1947-51 (especialmente para a Blue Note) e virtualmente, mudou a forma como que o piano era tocado no jazz. Bird, Diz e Bud foram todos prendados virtuoses considerados como os melhores em seus instrumentos. Eles, com toda a certeza, não estavam sozinhos no desenvolvimento do bop. No Minton’s e no Monroe’s, estavam instrumentistas do porte do pianista-compositor Thelonious Monk (cuja música altamente pessoal e complexa sempre ficou à parte dos boppers), do baterista Kenny Clarke (foi o primeiro a tirar a bateria do papel de marcação de tempo) e do guitarrista Charlie Christian (da banda de Benny Goodman) que estendia os acordes comuns, colocando sua marca no jazz, um passo acima do swing.
BUD POWELL 23#PADAS
COOL-JAZZ • 1950-1960
e contraponto). É assim, que o Modern
Os primeiros cinquenta anos do período
Jazz Quartet, dirigido pelo pianista John
histórico do jazz viram esta musica
Lewis, com Milt Jackson no vibrafone,
comportar-se de forma bastante animada,
Percy Heath no contrabaixo e Connie
expansiva e até agitada, no período
Kay na bateria, nos faz ouvir arranjos
do be-bop. É por isso que esse jazz muito
das fugas de Bach e que soam como
ritmado viu ser-lhe atribuída a classificação
composições próprias, pelas sonoridades
de hot (quente). Alguns músicos, desde os
tão particulares. No domínio vocal,
anos quarenta, não se sentiram à vontade
as Swingle Sisters adoptam o mesmo
nessa estética do “cada vez mais rápido”
processo e farão concertos com o próprio
e escolheram, deliberadamente, uma
MJQ. Para terminar, é preciso mencionar
atitude musical muito mais calma
uma corrente que se estabeleceu
e comedida, por vezes indolente mas,
na Califórnia, a West Coast.
certamente, não linfática. Em oposição,
Os seus membros, brancos na maioria
esta corrente que trazia, dizia-se então,
tocam um jazz limpo e bem comportado,
uma “frescura” nova, foi designada de cool
que privilegia as baladas e que não hesita
jazz (o jazz “frio”). Um dos precursores
em trabalhar, enfeitando-se com um
deste estilo foi o saxofonista Lester
modernismo demasiado marcado, para o
Young, cuja forma de tocar, bastante
cinema e a televisão. Entre os numerosos
sóbria, recusava todo o artificio
músicos, podemos citar, nomeadamente,
e virtuosismo gratuito para produzir
o pianista Dave Brubeck que se tornou
apenas as notas essenciais. Primeiro,
o especialista das estruturas rítmicas
foi seguido por saxofonistas como Stan
complexas, e o seu colega saxofonista,
Getz e Gerry Mulligan e depois por outros
Paul Desmond que se escreveu o célebre
instrumentistas como Miles Davis.
Take Five a cinco tempos, e Shorty Rogers
Uma outra tendência so cool jazz foi
e Stan Kenton, ambos orientados
o fascínio pela musica erudita nos
para grandes formações orquestrais.
domínios da escrita musical (harmonia
O BELO TIMBRE DE GETZ • Durante o período de 1947-48 “Woody Herman’s
em 1952 fez de “Moonlight In Vermont”
Second Herd”, a banda dos “Four
um best-seller e o belo timbre de Getz
Brothers” (assim chamada depois da
ficar conhecido com “The Sound.”
música de Jimmy Giuffre), personificou
Não pode-se chamar a música bombástica
três jovens tenores (Stan Getz, Zoot Sims
e dramática de Stan Kenton de“cool,”
e Herbie Steward, que depois foi trocado
mas muitos de seus sidemen ironicamente
por Al Cohn) tocando em estilos parecidos
fizeram grandes contribuições para este
com o de Lester Young. A faixa de maior
estilo musical. Howard Rumsey, baixista
sucesso que Stan Getz gravou em “Early
originário da orquestra de Kenton, em
Autumn” com Herman ajudou a popularizar
1949, convenceu o dono de um pequeno
o tenor cool e sua interpretação
nightclub chamado “Lighthouse” a realizar
SINCO#26
STAN GETZ • 1927-1991
apresentações de jazz. As jam sessions
Rogers (que virou uma importante força
noturnas levaram à formaçã do Lighthouse
em compor partituras com influências
All-Stars. Como vários dos músicos
jazzísticas para filmes), o baterista
de Kenton e os sidemen de Herman
Shelly Manne, os tenoristas Bob Cooper
se estabeleceram em Los Angeles
e Bill Perkins, os altoístas Bud Shank,
na esperança de trabalhar em filmes
Jimmy Giuffre (como tenor, clarinetista
ou programas de televisão, esse grupo
e barítono), o trombonista Frank Rosolino
começou a tocar regularmente no
e o trompetista Conte Candoli.
Lighthouse e em outros clubes locais. Entre os mais significantes músicos estavam o trompetista e arranjador Shorty
27#PADAS
HARD-BOP • 1950-1960
Blakey (1919-1990) e Max Roach (nascido
Como que por ressalto e quase
em 1925), o contrabaixista Charles Mingus
em simultâneo à corrente descrita
(1922-1979) assim como Miles Davis
anteriormente, no outro lado dos Estados
(e os seus numerosos e excelentes
Unidos, em Nova Iorque, os músicos
músicos) que mudou então de estilo
quiseram romper com a estética cool
e, o meteoro que foi o saxofonista John
e reencontrar um vigor de execução,
Coltrane (1926-1967). Tecnicamente,
a seus olhos demasiado lassa, bem como
esta corrente limitará a utilização de
uma maior facilidade de acesso do publico,
padrões melódicos e harmónicos modais
por vezes, um pouco confuso devido ao
alongando-se por vários compassos.
aspecto intelectual de alguns excertos.
Os dois modos “antigos” preferidos dos
Encontramos entre estes contestatários
músicos eram os de sol (sem fá#) e de
apaixonados pelo ritmo os bateristas Art
ré (com um si bequadro e um dó natural).
ABRIL 1922 - JANEIRO 1979
SETEMBRO 1926 - JULHO 1967
Contrabaixista, pianista, compositor
Saxofonista tenor, soprano e compositor,
e chefe de orquestra, natural do Arizona,
nasceu na Carolina do Norte, EUA.
EUA. Estudou contrabaixo com Red
Ganhou notoriedade com Gillespie em
Callender e tocou com Louis Armstrong,
1946. Depois tocou com Johnny Hodges,
Lionel Hampton, Art Tatum, Stan Getz,
Miles Davis, Benny Golson, Paul Chambers,
Charlie Parker, “Dizzy“ Gillespie e Max
Hank Mobley, Thelonious Monk, Johnny
Roach. As suas composições são marcos
Griffin, “Cannonball“ Adderley, entre
na história do jazz, nomeadamente
alguns mais. Em 1960, formou o seu
Pithecanthropus Erectus, Fables of
próprio quarteto, considerado, com o jazz
Faubus, Goodbye Pork Pie Hat e Freedom,
de Parker, como o que mais influenciou
marcadas pelo culto da negritude e
a música jazz desde Armstrong. Recorria
provocação social. A sua obra permanece
a longos solos, pois só assim encontrava
viva e, além de incluída no reportório de
espaço e tempo para o que tinha a dizer
grande parte dos músicos da actualidade,
sobre um tema. Um paradigma, o seu
é permanentemente divulgada pelas
tratamento do standard My Favourite
gravações e concertos da excelente
Things. Compôs vários clássicos do jazz,
Mingus Big Band.
sucessivamente recriados pelas gerações seguintes: Blue Train, Giant Steps, Naima. Na fase derradeira, o seu fervor religioso e universalista levaram-no a interessar-se pela música indiana e africana. É outro mestre que morreu novo.
CHARLES MINGUS
JOHN COLTRANE
31#PADAS
REFERÊNCIAS • DUARTE, José - “História do Jazz“, Lisboa: Sextante Editora, Lda, 1º edição; 2009 PLATZER, Frédéric - “Compêndio de Música“, Lisboa: Edições 70, Lda, 1º edição; 2006 Wikipédia www.clubedejazz.com
Edição nº 1 SINCOPADAS • REVISTA JAZZ 1º Pub. “jazz como filho da época das realidades económicas políticas vigentes” 2º Pub. “de como o jazz dos anos vinte de armstrong foi diferente” 3º Pub. “do jazz dos anos trinta de ellington” 4º Pub. “do dos quarents de parker” 5º Pub. “do free dos sessenta e dos noventa”
Cortante Editora, Lda Av. Gomes Pacheco, nº 27 c/v dt.ª Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor
A publicação desta obra conta com o apoio do Centro de Estudos de Jazz Design Susana Alves Fontes tipográficas capa Univers LT Std miolo Univers LT Std Revisão Susana Alves Pré-impressão, impressão e acabamento Sempre Imagem Digital 1º edição Junho de 2010 Depósito legal 284305/09 ISBN 948-929-7093-81-2