Matéria - Somos os filhos da geração Coca-Cola, por Natália Abreu.

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SÁBADO, 29 DE JUNHO DE 2013

viver &

www.ovale.com.br

FLÁVIO RICCO

D CAPA

CRIATIVIDADE NAS MÃOS DOS JOVENS

O risco de passar vergonha no Mundial ainda é grande

Cartazes para chamar a atenção quanto aos problemas do país “Carlinhos, vem pegar o Colonial às 18 hs (sic) comigo”, diz um dos cartazes elaborado por um manifestante de São José dos Campos que foi às ruas da cidade na última quintafeira, insatisfeito com o valor da passagem do transporte coletivo da cidade diante do serviço que é oferecido.

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

“Desculpe o transtorno. Estamos reformando o Brasil.” Em meio aos cantos em uníssono das manifestações, que trazem transtorno para uns e ao mesmo tempo são totalmente compreensíveis para a maioria desses incomodados, a criatividade vem do mesmo tamanho da multidão de engajados na revolução. Também não poderia ser diferente. Jovens já são criativos por natureza e, acompanhados da insatisfação com a política brasileira, a imaginação vai ainda mais longe. Situações reais, vividas por eles no dia a dia, são resumidas em cartazes que expões os problemas da cidade e do país.

PEDRO IVO PRATES

Jovem na manifestação da última quinta-feira, em São José

Mensagens. Outro cartaz que chamou a atenção foi um que pede mudanças na área da saúde de São José. “O postinho não deve ser UPA. Deve ser UFA, fui atendido”, escreveu. Outros jovens também levantaram a bandeira contra a cura gay, dando recados como “Consideramos justa toda forma de amor”. Alguns, acreditam mesmo é que é preciso “reiniciar o Brasil, ok”. Mas a verdade é que “Tem tanta coisa errada que nem cabe em um cartaz”. l

D OPINIÃO

OS FILHOS DA GERAÇÃO COCA-COLA NATÁLIA ABREU COLABORAÇÃO PARA O VALE

“Somos os filhos da revolução/Somos burgueses sem religião/Somos o futuro da nação/ Geração Coca-Cola”. Esses versos são aclamados em um dos hinos da Legião Urbana, se tornando um clássico da música de protesto brasileira e que serve como trilha sonora nestes tempos de intensas passeatas e manifestações. Essa “geração Coca-Cola” de anos atrás, descrita na letra da música, desafiava um país que ainda vivia às sombras do regime político e desejava o embate pelas causas sociais. Com a crítica encabeçada por Renato Russo, vemos a geração Coca-Cola como a geração do deboche inteligente, que lia livros de grandes pensadores, da consciência política, das Diretas Já, Caras Pintadas, geração que chegou a provocar um impeachment e que representava o futuro da nação mesmo que o confronto fosse literal. Geração que aparentava, até então, ser bem diferente da atual que foi enrolada por um marasmo de CPI’s, medidas provisórias, ‘Lalaus’ e taxas de juros, nos tornando sem esperança e até nos fazendo questionar: para que aquele barulho todo nos anos 80? Afinal, foi mais de uma década tentando construir uma sociedade informada e inconformada. Pensávamos que não tinha dado certo. Fazia 21 anos que a juventude não dava um tapa na cara da sociedade, que a pressão popular não era espelho da sua repressão e que o governo não temia o clamor do povo. A imagem dominante era de jovens manipulados, desunidos, passivos e sem expectativas.

Com passagens por Esporte Interativo, Band e SporTV, Fernanda Gentil, hoje na Globo, foi um dos destaques na Copa das Confederações. Se saiu muito bem em todas, especialmente no ao vivo, com carisma e desenvoltura.

Tirando de letra - 2 Fernanda sabe o chão que ainda tem pela frente e diz se inspirar na irreverência e naturalidade do Tiago Leifert e Glenda Kozlowski. Sobre a indicação de “Musa da Copa”, agradece o carinho, mas diz que está mais para “Gentil” mesmo.

Zezé Polessa teve pouco tempo de descanso depois da novela “Salve Jorge”. Desde o começo da semana, ela já foi envolvida pelos primeiros trabalhos de “Joia Rara”, de Duca Rachid e Thelma Guedes. É a próxima da Globo, na faixa das 6.

Está lá O diretor-geral Vinícius Coimbra está em Miami gravando externas de “Malhação Casa Cheia”, escrita por Ana e Patrícia Moretzsohn. Externas que envolvem os personagens de Fernanda Souza, Gabriel Falcão, Bianca Salgueiro e Hanna Rommanazzi.

Futebol DIVULGAÇÃO

Renato Russo falava da ‘geração Coca-Cola dos anos 80’ e ninguém mais discursou como ele

EM FALTA Para Natália, faltam representantes para fazer uma trilha sonora ao atual momento de revolução do país Até que em junho de 2013 o mundo apreciou uma identidade contestadora: muitos saíram da zona de conforto, usaram a herança dessa geração passada e foram todos para as ruas e, independentemente dos pesares, é importante que o grito continue sendo dado junto à insônia que tomou conta do país. Música. Antes, essa insônia

protestante também refletiu

no que se projetava na cultura. A música é uma das grandes formas de protesto contra a censura e a responsável por grandes mudanças culturais e de comportamento. Os músicos e artistas da geração CocaCola não hesitaram em pregar a revolução por detrás da sua arte, convocando as pessoas para que não deixassem de se envolver com a causa por um mundo melhor e não tenha a convicção ilusória de que, nessa democracia, todas as pessoas estão felizes. Com os recentes acontecimentos, vemos que temos uma geração que se mostra próxima do debate político e social porque é vítima da opressão social, mas parece que a classe

A SENSUAL ELLEN Uma das mulheres mais desejadas do país, Ellen Roche poderia aproveitar, ainda aos 33 anos, propostas para fazer campanhas como modelo ou para expor o corpo escultural. Mas ela decidiu que era

Tirando de letra -1

Zezé de volta

D TV

SÃO PAULO/FOLHAPRESS

Amanhã é o último dia da Copa das Confederações e como “apronto final” para o Mundial que vem aí as emissoras envolvidas sentiram de perto, nestas duas semanas, muito pouco do que irão encontrar no próximo ano. As dificuldades operacionais, que agora não foram poucas, serão ainda maiores, porque em vez de apenas seis sedes, teremos exatamente o dobro, 12 diferentes cidades -- Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal -com uma boa parte delas sem se submeter a qualquer tipo de teste, como competição internacional. Temos um ano pela frente, mas ainda há o que fazer para atender convenientemente a imprensa do mundo inteiro. E se deve começar pelo mínimo, dotando as cabines ao menos em condições de funcionamento, diferentemente do que vimos em algumas situações, como a falta de tomadas de luz -- simplesmente porque alguém esqueceu de colocar. É bom começar, desde já, a olhar para tudo isso, sob o risco de passar uma vergonha universal.

hora de ir além. Hoje, tem um papel fixo na trama global das sete, “Sangue Bom”, na qual interpreta a cômica Brunetty, funkeira que também atende pelo título de Mulher Mangaba. “Só no final do ano passado me disseram que era uma mulher-fruta”, diz.

REPERCUSSÃO Ellen diz que as músicas de sua personagem já tocam nas baladas e até já foi convidada para um show como Mangaba

artística ainda não ressurgiu desse abismo, não temos uma geração de artistas que trilhem e representem este momento que estamos vivendo. Parece que, no hiato que a sociedade brasileira esteve nos últimos tempos, a música brasileira também esteve. Não somos a geração CocaCola, mas temos orgulho em ser seus filhos e, na música e na cultura, aguardamos ansiosamente para que um gigante acorde e seja um novo Renato Russo, e não um latino. l

Natália Abreu é gestora do Movimento Bonanza (facebook. com/movimentobonanza)

Distante do universo do funk, Ellen teve dois meses para se preparar e encontrar o tom da personagem. “Por mais que ela seja gostosona, é muito diferente de mim. Mas não tenho como fugir do meu estereótipo”, diz, em relação às curvas generosas distribuídas em 1,76 m de altura. Para dar vida a Brunetty, o funk teve de passar a fazer parte de seu repertório. “Ouço antes de gravar e dá uma elevada no humor. Inconscientemente, passei a usar salto 15. Até então, só usava modelos mais baixos”. l

O SporTV vai transmitir hoje, às 19h, o amistoso entre Flamengo e São Paulo. É a estreia do ex-treinador da seleção brasileira, Mano Menezes, na equipe carioca. Direto de Uberlândia.

Vai voltar Janine Borba, antecipando o fim da licença-maternidade, vai reassumir as suas funções na apresentação do “Domingo Espetacular”, da Record, com Fabiana ScaCOLABORAÇÃO: JOSÉ CARLOS NERY

ranzi e Paulo Henrique Amorim. Carla Cecato fica só até amanhã.

Pode dar barulho - 1 A estreia do “Gabi Quase Proibida”, quarta-feira, com Ney Matogrosso, não deu o barulho que o SBT esperava. Fechou com 3 pontos. O próximo entrevistado será o excomungado padre Beto, de Bauru, acusado de cometer heresia e de ferir os dogmas da fé religiosa, por considerar a igreja retrógrada sobre a relação entre parceiros bissexuais e do mesmo sexo.

Pode dar barulho - 2 Na entrevista já gravada, pronta para ir ao ar na próxima semana, o ex-padre disse coisas como: “A sexualidade é um poder que temos dentro de nós”; “O pedófilo deve ser punido e tratado. A Igreja tinha que tratar isso com a maior naturalidade possível”; “A homossexualidade não gera consequência mental ou física para o ser humano. Logo, não é doença”.

Festa O “Alta Horas”, neste sábado, tem o aniversário do Serginho Groisman, numa atmosfera kitsch -- sofazão azul no meio, luminárias e flores de plástico. Tudo para receber seus convidados, como Ingrid Guimarães, Alexandre Borges e até a recém-casada Gretchen, pela Internet, direto de Paris.

Segurando ela Aos poucos, liberada para isso, Dani Calabresa passou a aparecer nas vinhetas comerciais do “CQC”. E assim será daqui em diante, sempre com certa parcimônia, e em uma justa divisão de trabalhos com os demais companheiros. Para não dar encrenca entre eles.


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