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CAPOTERAPIA É TEMA DE PROJETO DA APAE DE LEME
usuários que a APAE de Leme implantou a Capoterapia, método que utiliza da capoeira como forma de habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência e/ou idosos.
O projeto começou em maio de 2022 e atende 50 usuários da instituição. O público é diverso, desde crianças a idosos. A iniciativa é realizada todas as terças-feiras durante todo o dia, revezando as turmas.
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Quem realiza as aulas é o professor capoterapeuta, Douglas Pires. “Durante minhas aulas, é notável a participação dos alunos e o interesse em aprender, desenvolver e partilhar entre eles esse conhecimento. Estou muito satisfeito em ver a riqueza da nossa cultura brasileira fazendo parte dessa transformação social, intelectual e pessoal na vida de cada participante. Espero contribuir e aprender ainda mais”, afirma.
As aulas utilizam elementos da capoeira adaptada para pessoas que procuram participar ou necessitam de alguma atividade física ou esportiva, respeitando as condições, as potencialidades, os limites e as características psicológicas e individuais do praticante.
Originária do século XVI, quando colonizadores portugueses trouxeram milhões de africanos em navios negreiros para serem escravizados no Brasil, a capoeira surgiu como forma de defesa do povo escravizado para enfrentar os escravocratas e, quem sabe, conseguir fugir em busca da libertação.
A prática, que já foi considerada ilegal, mesmo após a abolição da escravatura, hoje é reconhecida como representação cultural da história do Brasil e seus elementos trabalham diversas áreas de conhecimento, como o esporte, a dança, a cultura popular, a música e as brincadeiras. Foi pensando em desenvolver habilidades e promover o bem-estar dos
Benef Cios
Alguns dos benefícios para os usuários são a melhora da densidade muscular e óssea, redução da pressão arterial e o aumento da potência aeróbica, além de apresentar melhora significativa na autoestima, imagem corporal, funções cognitivas e de socialização e redução do estresse e da ansiedade.
“Estamos encantados com o trabalho desenvolvido até aqui. Nossos usuários necessitavam deste tipo de experiência, assim como as vivenciadas em outros projetos de nossa instituição”, explica a diretora técnico-administrativa, Vivian Pavan.
O projeto idealizado pelo setor de captação de recursos teve avaliação positiva. Os usuários estão felizes e engajados nas sessões, ficam atentos às orientações e se soltam nos movimentos aplicados.
Apae Barueri Promove Atendimento
Especializado Em Comunica O
Suplementar E Alternativa Com
Uso Da Tecnologia
Programa Voz Amiga atende 30 usuários e suas famílias em sessões semanais de 50 minutos
Ouso da alta tecnologia pode garantir a comunicação quando a pessoa tem ausência temporária ou permanente da fala. Esses são recursos da área da comunicação suplementar e alternativa, que a APAE de
Barueri aderiu em fevereiro de 2022, por meio do Programa Voz Amiga. O objetivo é ampliar as possibilidades e habilidades comunicativas e apoiar o desenvolvimento da pessoa com necessidades complexas de comunicação (PNCC), favorecendo a independência, a autonomia, a interação e a inclusão social, em parceria com a família e com a escola.
As ações do programa são desenvolvidas por equipe técnica formada por fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e assistente social. O público-alvo são usuários que já são acompanhados na organização, na faixa etária de 3 a 17 anos, que apresentam necessidades complexas de comunicação. É realizado um processo avaliativo e, a partir dos resultados, traçado um plano de atendimento individualizado.
Atualmente, 30 usuários são atendidos semanalmente no programa, em sessões que duram 50 minutos, tempo esse dividido entre usuário e família. “As famílias são parte integrante, recebendo orientações específicas no final de cada atendimento e participando das atividades propostas. Assim como os terapeutas, as famílias também são parceiras de comunicação. Dessa forma, precisam ter conhecimento e participação para melhor evolução do atendido em todos os ambientes que ele frequenta”, destaca Fabiane Taira Gushiken, fonoaudióloga.
A visita domiciliar e o acompanhamento escolar também fazem parte do processo, com a finalidade de compreender como é a comunicação do usuário em todos os ambientes em que está inserido e identificar quais são as maiores dificuldades enfrentadas nos diversos contextos sociais. “A visita domiciliar e o acompanhamento escolar são itens fundamentais no Programa Voz Amiga, porque são os ambientes em que a criança e o adolescente permanecem por mais tempo. Utilizamos como estratégias, recursos de baixa tecnologia, como pranchas impressas, cartões de comunicação, livros adaptados e jogos, e alta tecnologia, como tablet e computador, em parceria com o LIVOX, um software com inteligência artificial”, explica Dryelle Aparecida Pereira Torres, que também atua como fonoaudióloga no programa.
Avan Os Na Comunica O
Após alguns meses em funcionamento, os usuários que participam do programa já mostram avanços no desenvolvimento e nas habilidades de comunicação. “É possível notar a melhora na intenção comunicativa, na manifestação dos desejos, no desenvolvimento da linguagem, maior independência e autonomia, aumento do repertório comunicativo e da autoestima”, conta Vanessa Mayumi Sarmento, terapeuta ocupacional do Programa Voz Amiga.
Porém, tão importante quanto o feedback dos profissionais é o dos próprios familiares, que convivem diariamente, por isso, conhecem os principais obstáculos enfrentados pelos usuários. “Eu não sou mais só a interprete do Pedro. Hoje ele ganhou a própria funcionalidade de dizer como ele se sente, pois muitas vezes eu não consigo interpretar todos os sentimentos dele, e agora ele consegue dizer quando ele tá [está] triste, quando ele tá [está] feliz. Não é só o sim para tudo. Ele aprendeu, ainda que de forma limitada, por ora, dizer o que ele quer. Então eu não sou mais a pessoa que anda com o Pedro e tem que dizer o que o Pedro quer, ele sabe dizer”, finaliza Jeniffer Ellen da Silva Rocha, mãe de usuário atendido no programa.