Revista Alavanca Nr 264 - 2º Trim (Abr-Mai-Jun) 2022

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Nº 264ABRIL • ABRIL | MAIO | JUNHODE DE2022 2022 | MAIO | JUNHO

‘‘Meu Senhor e meu Deus’’ (Jo 20,28)


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És um projeto do Pai: tua missão é fermentar do Evangelho este momento da história!

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Editorial

Caríssimos cursilhistas, Estamos vivenciando uma fase de transição pós pandemia onde estamos saindo muito machucados pelas perdas de familiares e amigos. O planeta contabiliza mais de 6 milhões de óbitos pelo implacável vírus SARS-CoV-2. Mas, neste momento, temos presenciado uma redução gradativa da doença, no entanto, devemos permanecer em orações pedindo para que não ocorra novas mutações. E com a queda da pandemia, aos poucos, estamos assistindo o tão esperado retorno dos cursilhos, ainda que em ritmo lento, mas, com certeza, de forma muito esperançosa. Sabemos das precariedades das casas de retiros das Dioceses, principalmente, por terem permanecido fechadas por mais de dois anos, o que agora está exigindo cuidados especiais de manutenção. E, aproveitando o ensejo, gostaria de compartilhar com vocês algumas novidades interessantes sobre o MCC. Apresentamos a vocês o nosso novo site:

https://www.cursilho.org.br/novo/ Remodelado pelo talento e dedicação do colaborador Jesiel, entregando uma paginação moderna, atraente e muito mais interativa para os cursilhistas. Outro fato relevante é que a nossa Revista Alavanca completou, no mês de março deste ano, 57 anos desde seu lançamento, em 1965. E nessa sintonia, deparamo-nos com outro grande feito, também do Jesiel, o qual fez a garimpagem e contagem cabal da Revista Alavanca, desde o lançamento da sua edição inaugural. Sem dúvidas, foi uma tarefa árdua e minuciosa, pois a revista passou por várias fases e estilos gráficos: • A Revista Alavanca surgiu em 1965, ainda como Boletim Alavanca. Neste primeiro ano, foram lançadas 7 edições; • A partir de 1965, ela surge já como Revista Alavanca, mas sua periodicidade não era definida;

• Foram encontrados exemplares da revista, buscando nas caixas e arquivos do MCC, das edições de número 1 até 173; • A Última Edição com a numeração encontrada foi a de dezembro de 1983, edição 173; • Foram encontradas outras edições, a partir de 1985, em formato de Boletim, novamente, e as edições neste estilo duraram por 5 edições, até 1987; • As edições seguintes só aparecem nos arquivos do escritório do ano de 2002, na celebração dos 40 anos do MCC, ainda como Boletim Alavanca. • Em 2003, a Revista Alavanca é relançada, mas com a numeração começando como 001, já com edições TRIMESTRAIS. Esse formato durou até 2006, contabilizando, no total, 17 edições; • A partir de 2007, a Revista Alavanca perde, novamente, a numeração, mas continua, até 2020, no formato trimestral, totalizando 52 edições; E, em 2021, devido à pandemia, a Revista Alavanca passa a ser, totalmente, digital, tendo sido lançadas até o momento 5 edições, exclusivamente, neste formato. E para se chegar à numeração exata da revista, foi seguida a seguinte contagem: - 1ª Fase 1965 – Boletim Alavanca: 7 Edições; - 2ª Fase 1966 – Revista Alavanca: 173 Edições; - 3ª Fase 1985 – Boletim Alavanca: 5 Edições; - 4ª Fase 2002 – Boletim Alavanca: 4 Edições; - 5ª Fase 2003 – Revista Alavanca: 17 Edições; - 6ª Fase 2007 – Revista Alavanca: 52 Edições; - 7ª Fase 2021 – Revista Alavanca Digital: 5 Edições. Assim sendo, estamos entregando essa nova edição trimestral, já com numeração atualizada (nº 264), regulamentando as publicações futuras. Ultreia!

Adair José Batista Coordenador do Grupo Executivo Nacional

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NOSSA CAPA

EXPEDIENTE Jornalista Responsável Giulia Micheli Pozzobon - MTB/RS 18.496 Editor Wladimir Francisco Barros Comassetto Artigos Corinto Luiz Arruda do Nascimento Lisiane Maria Bannwart Ambiel Marcelo Moura Maria Messias Borges Gonçalves Padre Francisco Luis Bianchin Padre José Roberto Ferrari Padre José Gilberto Beraldo Wladimir Comassetto Marketing e Vendas Grupo Executivo Nacional Publicidade e Assinaturas Grupo Executivo Nacional Revista Alavanca É uma publicação trimestral do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil

Edição 264

NESTA EDIÇÃO

12 ORAÇÃO MCC

GEN - Grupo Executivo Nacional Coordenador Adair José Batista Vice-Coordenador Corinto Luiz do Nascimento Arruda Assessor Eclesiástico Nacional Pe. José Roberto Ferrari Vice-Assessor Eclesiástico Nacional Pe. Wagner Luis Gomes Assessor Eclesiástico Adjunto Pe. Flavio Augusto Forte Melo Endereço Rua Domingos de Moraes, 1334 Conjunto 07 - Vila Mariana São Paulo (SP) - CEP 04010-200 Críticas e Sugestões  (11) 5571 7009 gen-alavanca@cursilho.org.br www.cursilho.org.br Projeto Gráfico e Diagramação ideiasemidias.com.br Revisão Dizy Ayala Circulação Nacional ISSN 2178-5333

20 PENTECOSTES

Dia 16 de Junho de 2022 celebramos Corpus Christi (Corpo de Cristo). Cristo deseja percorrer as ruas de nossas cidades e estender, sobre a população e as famílias, as bênçãos e a proteção divina. Nos fala o Papa Francisco: “se o recebermos com o coração, este Pão irradiará em nós a força do amor: sentir-nos-emos abençoados e amados, e teremos vontade de abençoar e amar, a começar daqui, da nossa cidade, das estradas que vamos percorrer nesta tarde. O Senhor passa pelas nossas estradas para dizer-bem de nós e para nos dar coragem. A nós, pede-nos também para sermos bênção e dom”. Cursilhistas somos chamados a encontrar este Cristo, aclamá-lo como Deus e Senhor, e com ele em nossos corações sermos sal, fermento e luz em nossos ambientes.

SEÇÕES

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Editorial

05

Reflexão

06

Formação

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Testemunho

12

Oração

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Você Já Leu?

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Sementes do Reino

20

Pentecostes

24

Palavra do Vaticano

26

Eventos

36

Memória

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Reflexão

V

Alimentar a esperança

ivemos tempos difíceis, tempos contraditórios e, até, incompreensíveis; vivemos situações de decepção como as guerras, conflitos, radicalismos exacerbados, violências. Temos, portanto, pela frente, grandes desafios. Torcemos pelo fim da pandemia, das guerras e de todo tipo de violência, mas teremos que enfrentar as sérias consequências advindas dessa doença e da maldade humana. O fato de podermos andar sem máscara não significa que resolvemos todos os problemas da pandemia. Teremos um longo caminho pela frente. Um dos problemas gerados pela doença, para muitos, é a perda da esperança. Queremos refletir sobre essa realidade da esperança ferida, manchada e em crise. Muitos perderam os horizontes, outros perderam a alegria, outros, ainda, perderam o entusiasmo e o amor pela vida. Todos nos sentimos roubados em muitas dimensões. Alguns, quem sabe, foram roubados na virtude fundamental, que alenta e dá sentido à vida, à esperança. Então, agora, somos convidados a recuperar, reconquistar e devolver a esperança aos desanimados, aos tristes e abatidos. Precisamos buscar razões e motivos que alimentem e fortaleçam a esperança. Necessitamos, apesar dos enormes desafios e das decepções, crer na vida, crer no futuro, crer no ser humano. Repito: apesar dos imensos desafios. Para fortalecer a esperança, necessitamos parar diante do amanhecer e encantar-nos com a fidelidade do sol que nos visita todos os dias gratuitamente. Precisamos alimentar a esperança, parando

diante da pequena semente que, jogada na terra, germina silenciosamente; sim, precisamos fortalecer nossa esperança, parando diante da criança, de sua simplicidade, de sua ternura e aprender com ela a confiança, sem muitas perguntas. Necessitamos desenvolver a sensibilidade, descobrindo, assim, a beleza das atitudes gratuitas dos pais, descobrir nos gestos de generosidade, de tantas pessoas, o respeito e o amor ao próximo. Há poucos dias, celebramos o Dia das Mães. Temos, nelas, o extraordinário exemplo de esperança. Busquemos em suas atitudes, razões para alimentar nossa esperança. Necessitamos fortalecer nossas amizades, voltar a conviver com os amigos, reservar tempo para o essencial, as pessoas que amamos. É tempo de renovar a esperança! Não permitamos que as dificuldades, os tropeços, as contrariedades nos roubem a alma da vida: a Esperança. Olhemos para tantos heróis que existem ao nosso redor que doam a vida fazendo o bem, promovendo a paz e a fraternidade e alimentemos nossa esperança! A sociedade de hoje espera por nós, pela nossa alegria, pelo nosso entusiasmo e amor pela vida. Sintamo-nos convidados a ser portadores e promotores da esperança. Todos precisam, mas, em especial, nossos jovens têm o direito de esperar de nós que sejamos sinais de esperança!

Pe. Francisco Luis Bianchin (Pe. Xiko) ASSESSOR REFERENCIAL PARA FORMAÇÃO

 gen-pexiko@cursilho.org.br

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Formação

Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão

“O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do Terceiro Milênio”. Papa Francisco, 17/10/2015

Para “caminhar juntos” como Igreja sinodal é preciso a reflexão e a compreensão do ser Igreja e da missão da Igreja, que continua a missão de Jesus.

T

ambém, é necessário que nos deixemos educar e guiar pelo Espírito Santo, ter coragem e liberdade num processo de conversão – pessoal e comunitária – sem o qual não será possível uma “reforma perene da qual a Igreja, como ins-

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tituição humana e terrena, necessita perpetuamente” (EG, 26). A caminhada do MCC, sempre em conjunto com a Igreja, nos convida a compreender mais e melhor a nossa responsabilidade, em especial, neste momento, em que somos desafiados a retomar a realização dos cursilhos, após o tempo de pandemia. Somos chamados a nos preparar com a orientação da Igreja e do GEN para juntos levar a alegria e a luz de Deus para as situações de tristeza, luto e solidão. Jesus, “Evangelho de Deus”, foi o primeiro e o maior dos evangelizadores. Cristo anuncia o Reino de Deus e anuncia a salvação, este grande Dom de Deus que é a libertação de tudo o que oprime o homem, sobretudo o pecado, na alegria


de conhecer a Deus e de ser por ele conhecido e amado. A alegria deste anúncio enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus (EG,1). Na alegria, os que acolhem a Boa Nova, reúnem-se em nome de Jesus e constituem uma comunidade também ela evangelizadora. A ordem dada aos doze apóstolos “Ide, pregai a Boa Nova” continua válida para todos nós, cristãos. A Boa Nova é para todos os homens de todos os tempos. Assim, a tarefa de evangelizar constitui a missão essencial da Igreja. A sinodalidade é vivida na Igreja a serviço da missão – a Igreja existe para evangelizar, para dar testemunho de Deus, revelado por Jesus Cristo, no Espírito Santo, que foi enviado para santificar continuamente a Igreja (EN 14; LG 4). Conforme declarou o Papa Francisco: “o mundo em que vivemos e que somos chamados a amar e servir, mesmo nas suas contradições, exige da Igreja o reforço das sinergias em todas as áreas da sua missão”. O chamado a cooperar na missão da Igreja – transformação eclesial e social – é feito a todo o Povo de Deus, do qual fazemos parte como cristãos batizados e como membros do Movimento de Cursilhos. No nosso quarto dia, somos motivados a pôr em prática esta missão, cada um no seu estado de vida, transformando seus ambientes com critérios cristãos, levando a alegria, a honestidade e a amizade sincera. Com relação à sinodalidade, três dimensões da Igreja são destacadas: comunhão, participa-

Av. Floriano Peixoto, 735 – Uberlândia (MG) | (34) 3235-4050

ção e missão. Estas três dimensões estão, profundamente, interrelacionadas e são os pilares vitais de uma Igreja sinodal. Não há hierarquia entre elas. Pelo contrário, cada uma enriquece e orienta as outras duas. Há uma relação dinâmica entre as três que deve ser articulada tendo em conta o conjunto. Comunhão. Por sua graça e vontade, Deus nos reúne em uma só fé, através da aliança que oferece ao seu povo. A comunhão que partilhamos encontra as suas raízes mais profundas no amor e na unidade da Trindade. É Cristo que nos reconcilia com o Pai e nos une uns aos outros no Espírito Santo. A Igreja Comunhão acontece na unidade com Cristo: ela é o Corpo Místico de Cristo, Ele a cabeça e nós os membros, com a mesma dignidade entre todos – todos somos irmãos, somos companheiros de caminho. Juntos, somos alimentados pela Eucaristia, somos inspirados pela escuta da Palavra de Deus,

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através da Tradição viva da Igreja e com base no instinto da fé – o sensus fidei – que nos ajuda a discernir aquilo que vem, realmente, de Deus. Assim, todos temos um papel a desempenhar no discernimento e na vivência do chamado que Deus faz ao seu povo. O MCC, como movimento eclesial, deve viver esse espírito de comunhão da Igreja e deve, além disso, ensinar a vivê-lo. É tarefa do MCC converter-se em “casa e escola de comunhão” e fazer com que todas as suas propostas, atuações e estruturas estejam orientadas e regidas pelo espírito de comunhão (IFMCC, 308). As avaliações propostas ao final de cada cursilho, de cada assembleia nos ajudam a avaliar este caminho de comunhão. Participação. Uma Igreja sinodal é uma Igreja participativa e corresponsável. A participação se baseia no fato de que todos os fiéis estão habilitados e são chamados a se colocar a serviço uns dos outros, com os respectivos dons recebidos do Espírito Santo. Na Igreja sinodal, toda a comunidade, na livre e rica diversidade dos seus membros, é convoca-

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da para rezar, escutar, analisar, dialogar, discernir e aconselhar ao tomar as decisões pastorais, mais em conformidade com a vontade de Deus. O chamado à Participação implica “um chamamento ao envolvimento de todos os que pertencem ao Povo de Deus para se empenharem no exercício de uma escuta profunda e respeitosa uns dos outros. É fundamental buscar espaços de diálogo onde as estruturas não sufoquem as aspirações do Espírito Santo de Deus. Esta escuta cria espaço para ouvirmos juntos o Espírito Santo e guia as nossas aspirações para a Igreja do Terceiro Milênio”. Missão. A sinodalidade é vivida na Igreja a serviço da missão. A Igreja existe para evangelizar, para testemunhar o amor de Deus, no meio de toda a família humana, para animar o Povo de Deus que, fortalecido na fé, possa atuar, cada qual no seu ambiente familiar, profissional, na cidade e no campo, nas periferias espirituais, sociais, econômicas, políticas, geográficas e existenciais do nosso mundo.


Fala Jovem

Todo batizado é convocado para ser protagonista da missão, pois todos somos discípulos missionários. Todos os fiéis são chamados a testemunhar e anunciar a Palavra de verdade e de vida, enquanto são membros do Povo de Deus profético, sacerdotal e régio em virtude do Batismo. A Igreja existe para evangelizar. No cursilho, assumimos esta missão, de forma específica e concreta, e a realizamos em comunhão – a equipe na proclamação querigmática-testemunhal e toda a família cursilhista unida em oração-alavanca. Para que o nosso anúncio e testemunho seja entusiasmado, provoque a admiração e conversão, como aconteceu com Jesus e os apóstolos, precisamos, como Igreja que somos, ouvir sem cessar aquilo que devemos acreditar. Não podemos esquecer que a Igreja tem sempre necessidade de ser evangelizada, daí a necessidade constante de formação e a importância da Escola Vivencial, pois como Igreja nos evangelizamos por uma conversão e renovação constantes, a fim de evangelizar o mundo com credibilidade (EN,15). Caminhar juntos implica em refletir e aprender com o caminho percorrido, procurar a vontade de Deus para crescer como Igreja sinodal. Seguir

juntos e viver a comunhão; com mais alegria e maior responsabilidade, realizar a participação; para abrir-se e assumir, com amor e entusiasmo, a missão. Pensando no processo de conversão, podemos nos perguntar: o quanto estamos promovendo a escuta, o diálogo, a participação, vivendo a comunhão e sendo corresponsáveis na missão - na nossa vida cristã pessoal, nos nossos ambientes, na comunidade paroquial e nas atividades do Movimento de Cursilhos? Que o Espírito Santo nos guie e nos dê coragem, entusiasmo e fervor espiritual para continuarmos juntos, na missão de evangelizar. Que nós, cursilhistas, saibamos ativar o carisma recebido e presente na nossa vida para discernir os caminhos da evangelização ambiental escutando a voz do Espírito. Avante! DeColores!

Lisiane Maria Bannwart Ambiel Grupo de Apoio ao GEN

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TESTEMUNHO

Maria Messias

Borges Gonçalves

Santinha Meu nome é Maria Messias Borges Gonçalves. Quando nasci, ganhei o apelido de Santinha. Pertenço ao GED de Uberlândia (MG). Cresci na Igreja Católica, tendo como exemplo minha mãe, uma mulher muito devota. Quando adolescente, procurando respostas para minhas angústias e indagações, passei a fazer parte de uma seita religiosa chamada Congregação Cristã. Nesse período, tudo que aprendi foi a ter medo de Deus, dos seus castigos, e a falar mal da Igreja Católica, de Nossa Senhora e de todos os santos. Casei-me muito jovem e meu marido era católico de família tradicional, e, assim, fiquei um longo período perdida na minha fé, acreditando em muitas crenças populares: espiritismo, horóscopo,

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tarot etc. Até que um dia, conheci um casal cursilhista muito assíduo na igreja católica, Pedro Matias (hoje é diácono) e sua esposa Maria José, e, então, nos tornamos grandes amigos.


Este casal convidou-me para fazer o cursilho. Ao primeiro convite, eu disse “não”. Eu achava que não estava precisando, pois me considerava uma boa esposa, mãe e filha. E não aceitei. O segundo convite eu, também, recusei, porque meus filhos eram muito pequenos e eu tinha que cuidar deles e não tinha com quem deixá-los. E, por fim, em um terceiro convite, eu fiquei envergonhada e aceitei participar daquele retiro espiritual de três dias, em outubro de 1982. Cheguei pensando que era a dona da verdade, com conhecimento total sobre minha pessoa e todas as coisas. À noite, já não dormi direito, foi uma noite muito incômoda, de muita reflexão, fazendo um filme da minha vida, sobre tudo o que já tinha passado e, aos poucos, fui, realmente, descobrindo quem eu era. No dia seguinte, na primeira reunião do grupo, eu estava, ainda, um pouco resistente, achando que toda a reflexão não fosse para mim e sim para as outras pessoas.

A partir da segunda reunião de grupo, as carapuças começaram a me incomodar e eu fui me introvertendo, tornando-me cada vez mais reflexiva sobre minhas escolhas até aquele momento. E, no final do encontro, algo muito intenso mudou em mim e eu parecia estar até flutuando. Após meu retorno do Cursilho, passei a viver meu quarto dia e me interessar, conhecer e participar da estrutura do movimento, tornando-me a primeira mulher coordenadora do GED Uberlândia, por um mandato de três anos, sendo um grande privilégio e um marco em minha vida. Minha prioridade na coordenação foi trabalhar com os jovens e, com muita luta e ajuda de diversas pessoas, formamos equipes de veteranos para, enfim, realizar o 1º cursilho para jovens em nossa Diocese. Sempre acreditei na juventude, pois os jovens possuem força renovadora, impulsionadora e criativa, basta dar-lhes os meios e oportunidade. Sinto gratidão e alegria, pois em 2022, faz 40 anos que estou junto ao MCC, evangelizando e a serviço da igreja. Peço à Maria Santíssima, mãe nossa e da igreja, que nos ensine a evangelizar e a colaborar com seu filho, nosso Senhor Jesus Cristo, na construção do reino de salvação. Um abraço fraterno Decolores! Maria Messias Borges Gonçalves (Santinha)

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ORAÇÃO

Oração Alavanca Irmãos e irmãs, todos nós, cursilhistas do Brasil e do mundo inteiro, tivemos a graça de vivenciarmos o tempo do cursilho, onde, pela dinâmica de conversão, especialmente, na mensagem de compromisso pastoral e inserção na vida comunitária, ou seja, o encontro com a comunidade, nos foram apresentadas as alavancas, aqueles registros de orações em várias línguas, nas quais os irmãos e irmãs, de diversos ambientes, em todo o mundo, estiveram intercedendo por todos nós, no momento em estávamos participando da experiência dos três encontros em nosso cursilho. Hoje, somos nós que ofertamos as nossas orações para os novos irmãos e irmãs que passam pela mesma experiência, que um dia nós passamos, sabendo o quanto é importante a eficácia da oração de intercessão para toda ação transformadora, nos corações dos futuros cursilhistas e, também, para aqueles que estarão no serviço. Para bem servir, precisamos de oração, pois sem ela podemos nos sentir fracos e frágeis, e

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tentados a agir pelos nossos próprios pensamentos mundanos, esquecendo do Paráclito. Eu posso afirmar, com convicção, que me sinto mais forte no espírito e com maior confiança quando rezo a Deus, solicitando ao Senhor que me ilumine e me oriente pelo Seu Espírito Santo. Jesus nos afirma: “Pedis e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto; pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao bater lhe abrirá’’ (Mateus 7,7-8). Assim, faremos o que um dia fizeram, também, por nós. Vamos juntos, resgatando este importante pilar do nosso tripé, não somente para com os cursilhos que estão retornando, mas, também, para com as assembleias regionais e diocesanas, inclusive retiros e eventos importantes do MCC. Queremos unir-nos em oração para que sejamos um, como nós somos um com o Pai, pois a unidade é uma graça que o Espírito Santo quer nos conceder, por meio da oração pessoal, que cada um edifica, fortalece e alavanca todos irmãos e irmãs para a missão.


O Grupo Executivo Nacional quer resgatar o envio das alavancas e, mais do que o envio da mensagem e de estar em oração por todos os eventos dos GERs e GEDs do Brasil e do mundo, queremos receber, das coordenações, vossas programações para que possamos estar unidos a todos, em orações. Os membros do GEN e GA serão vossos intercessores com o compromisso de rezarem para o bom êxito de vossos eventos, portanto pedimos a todos vocês que nos enviem por o e-mail abaixo:

gen-alavanca@cursilho.org.br vossas datas para que possamos, tão breve começarmos, este importante movimento. Estaremos aguardando por todos.

Marcelo Moura Grupo de Apoio ao GEN

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Você já Leu?

ANIMAÇÃO BÍBLICA DA PASTORAL A PARTIR DAS COMUNIDADES ECLESIAIS MISSIONÁRIAS

“E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14).

Estudos da CNBB Nr 114 (2021)

O

documento de estudos da CNBB quer reavivar e atualizar tudo que foi proposto na “Dei Verbum” e na “Verbum Domini”. “Em nossos dias, torna-se indispensável estabelecer e fortalecer, em pessoas e comunidades, o vínculo entre a Palavra de Deus e a vida, tornando a ação pastoral cada vez mais alicerçada no contato fecundo com a Escritura Sagrada” (p.15). Na perspectiva do carisma do Movimento de Cursilhos de Cristandade, a Comunidade Eclesial Missionária é o grupo de cristãos, ou o Núcleo de Comunidade Ambiental que participo. Assim, este documento de estudo nos propõe um vínculo ainda mais forte de nossos grupos ou NCAs com a Palavra de Deus, propõe que nosso agir seja cada vez mais alicerçado na Escritura Sagrada. Discernir ou agir sem a Palavra é como se a Igreja quisesse evangelizar silenciando o próprio Jesus (Nr 3). Somos chamados, novamente, de forma enfática, a, através da Palavra, realizarmos nosso Encontro com Cristo e com Ela, e, por Ela, impulsionarmos nosso Encontro com a Comunidade. “Sem semente, sem pão, a vida humana cessa. Sem a Palavra bíblica, facilmente, se esgota o

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diálogo com Deus; sem a leitura da Palavra, não é possível o encanto por Jesus Cristo e o encontro com Ele (21)”. O DAp enfatiza que: “A Palavra de Deus, escrita por inspiração do Espírito Santo”, é, com a Tra-


dição, fonte de vida para a Igreja e alma de sua ação evangelizadora. Mas deixou, também, uma forte advertência: “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo” (DAp, n. 247). O DAp reavivou em nós a importância de encontros profundos com Jesus Cristo, fomos chamados a dizer NÃO à superficialidade. O encontro verdadeiro e profundo com Jesus nos torna evangelizadores “com alma”. E o Doc 114 reconhece que se quisermos evangelizar com alma, com paixão, se deseja que a fonte da Palavra sempre jorre para seu povo, não há caminho mais efetivo do que deixar-se mover pela força da Palavra em todas as suas ações e todos os seus projetos. “Quando não se formam os fiéis num conhecimento da Bíblia, conforme a fé da Igreja, no sulco da Tradição viva, deixa-se, efetivamente, um vazio pastoral” (VD, n. 73). A expressão “vazio pastoral” é forte. Por se tratar da Escritura, ela faz aflorar o pensamento de um diálogo silenciado entre Deus e seu povo. Indivíduos e comunidades continuariam sedentos (24). Como cursilhistas, somos chamados a não cairmos no “vazio pastoral”, a fonte para sermos evangelizadores “com alma” ou “com espírito” é a Palavra. Esta afirmação revive a Verbum Domini, quando o Papa Bento XVI propõe a “Animação Bíblica

da Pastoral inteira” (VD, n. 73). Eis o que ele afirma: “Não se trata simplesmente de acrescentar qualquer encontro na paróquia ou na diocese, mas de verificar que, nas atividades habituais das comunidades cristãs, nas paróquias, nas associações e nos movimentos, se tenha realmente a peito o encontro pessoal com Cristo que se comunica a nós na sua Palavra” (VD, n. 73) (31). Este ano, nas ARs e ADs, estamos compreendendo que nosso Deus é sinodal, que caminha conosco, escuta, dialoga e nos conduz ao discernimento, sob a força do Espírito Santo. Esta sinodalidade é narrada na Sagrada Escritura e, portanto, deve ser renovada em cada atividade, tornando o encontro pessoal com Cristo verdadeiro caminhar junto, verdadeira escuta e verdadeiro diálogo, onde todos nos sintamos queridos de Deus, filhos amados e, com esta certeza, sairmos a semear entusiasmados. Para vivermos esta proposta, o Doc de Estudos 114 nos orienta a estudarmos a Palavra com o tripé: literatura, história e fé. Ela deve ser lida com as ciências da linguagem, as ciências humanas e sociais, e a teologia. Na verdade, no

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texto, há uma riqueza de sentidos. O sentido do texto não está somente em um dos elementos do tripé. Selecionando-se somente um dos três, estraga-se a beleza da Palavra de Deus. A esse fenômeno se dá o nome de fundamentalismo, que pode aparecer sob a máscara do literalismo, do historicismo ou do pietismo. Sua forma mais conhecida, contudo, é o literalismo ou leitura ao pé da letra (59). Precisamos conhecer os gêneros literários, isto é, os modos de sentir, dizer ou narrar, segundo as circunstâncias da cultura e do tempo que o texto bíblico foi escrito, A Palavra de Deus é viva. O horizonte vital no qual ela deve ser interpretada é a fé eclesial, em um contexto de investigação histórica e literária, iluminada pelo único e mesmo Espírito (VD, n. 31) (62). E continua nos pedindo para que tomemos consciência de que a Bíblia é um conjunto de textos que nascem em contextos históricos bastante específicos. Ela, contudo, é Palavra de Deus às comunidades de fé de todos os tempos. É fruto de uma relação de amor entre Deus e o seu povo. Ela foi curtida e escrita sob a luz do Espírito Santo. E deve ser lida e interpretada sob o olhar desse mesmo Espírito, que dá a unidade entre o ontem e o hoje (59). Uma das formas que nos permite a meditação e compreensão de cada texto, de forma ampla, é a Leitura Orante, pois ela proporciona uma aproximação existencial do texto, por meio de perguntas simples

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que permitam à Palavra falar às realidades vividas pelos membros da comunidade: O que a Palavra diz? O que o texto diz em si mesmo? (observa-se o texto com atenção); O que a Palavra diz para mim? O que o texto diz para mim? (abertura à subjetividade); O que a Palavra diz para nós? O que o texto diz para nós? (dimensão sócio comunitária); O que o texto me faz dizer? (Nível da oração); O que o texto me faz viver? (Compromisso missionário-semeadura). Após cada pergunta, ou outras parecidas com essas, mas sempre partindo do texto bíblico, cada membro da família ou da pequena comunidade tem oportunidade de falar (225). Sejamos irmãos e irmãs, não a religião do livro, mas a religião da palavra, palavra viva. Vivamos a sinodalidade, escutando este Deus que caminha conosco na história, ela que dialoga conosco e “está no meio de nós”. Recomendamos complementar a leitura do Doc de Estudos 114 com o Livro Ideias Fundamentais do MCC nos Nrs: 57, 99, 210, 246 e 284. Decolores! Viva a vida!

WLADIMIR COMASSETTO Conselheiro do GEN

 wfbcomassetto@gmail.com


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Sementes

do Reino “Aquele que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel!.” (Mt. 25, 20-21)

Introdução. Sigamos refletindo sobre a parábola dos talentos confiados a alguns de seus empregados por um patrão “que ia viajar para o estrangeiro”... “Depois de muito tempo, o senhor voltou e foi ajustar as contas com os servos” (Mt 25,19). Chegou a hora. Anotações feitas, lá vão eles. Dois deles estão tranquilos; o outro, nervoso e agitado. Afinal, daquele momento é que vai depender o seu futuro como empregado e, portanto, a sua subsistência, assim como a de sua famíliaerosidade. Servo bom e fiel... Servo mau e preguiçoso. Pessoas simples, sem muita informação ou conhecimento na área econômica, provavelmente, recorreram a amigos ou a gente bem-informada que os ajudassem na mais apropriada aplicação dos talentos, para poder apresentar um lucro razoável ao exigente patrão. Essa iniciativa produziu

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resultados significativos: o primeiro conseguiu mais cinco talentos e o companheiro outros dois. E o terceiro? Bem, esse, com receio de aplicar o seu único talento, enterrou o seu capital para não correr risco de depreciação, perda do dinheiro ou lucro inferior ao esperado pelo patrão. Indagado sobre sua decisão, explicou: ”Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ajuntas onde não semeaste” (Mt 25, 24). Talento: moeda antiga ou aptidão... É fácil compreender a perene atualidade desta parábola – agora, interpretando o significado de “talento” não mais como moeda antiga, mas como aptidões dos seres humanos... Conscientes devemos sempre estar dos dons que recebemos de Deus e que, como aqueles empregados, cada um de nós, de acordo com suas capacidades, deve investir para produzir os frutos por Ele esperados: “Temos dons diferentes, segundo a graça que nos foi dada”,


explica-nos São Paulo, em sua carta aos Romanos (12,6-8): Pode ser o dom da profecia, do serviço, de ensinar, de exortar, de coordenar um grupo, de dedicar-se a obras de misericórdia. Qualquer que seja, deve ser empregado com alegria. Servos bons e fiéis, ou maus e preguiçosos? Dotados de livre arbítrio, ou escolhemos produzir frutos ou enterramos os talentos recebidos. Talvez, seja mais cômodo cruzar os braços e permanecer em nossa zona de conforto, do que, ainda que com poucos talentos, frutificar através do testemunho de vida. Mais cedo ou mais tarde, seremos chamados pelo Pai, ainda que sempre misericordioso, a prestar contas.

nos dá, a cada momento de nossa vida, para usá-los como discípulos missionários, como operários da messe, ou escondemo-nos atrás da falsa humildade que nos leva a dizer que não temos qualidades para nada? b) Esforçamo-nos por aprender a colocar nossas qualidades pessoais a serviço do Reino, ou as “enterramos” com a desculpa de que não vale a pena nos arriscarmos ao insucesso?

Questionando... a) Procuramos descobrir, ininterruptamente, quais os talentos que Deus

Equipe Sacerdotal do Grupo Executivo Nacional

Pe. José Gilberto Beraldo  jberaldo79@gmail.com

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Pentecostes

SOLENIDADE DE PENTECOSTES CINQUENTA DIAS DE GRAÇA E PREPARAÇÃO PARA PODERMOS CELEBRAR A ALEGRIA DE SERMOS CRISTÃOS ADULTOS. O fogo ardente da sarça que apareceu a MOISÉS se faz presente, neste momento, de preparação dos Cristãos para entrarem na Gloriosa missão de levar a Boa Notícia (Evangelho).

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Com o envio do Espírito Santo, os Cristãos se encontram na responsabilidade de anunciar a Alegria do Cristo ressuscitado. Após terem sido libertados da escravidão do Egito, por mão poderosa do Senhor Deus, os filhos de Jacó, descendentes de Abrahão, povo Santo de Deus, passaram a lembrar esta data com grande alegria e, assim, celebravam este momento com a festa da “Passagem - Pulo” PÁSCOA.

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No 50° dia após a festa da Páscoa, os Hebreus, ainda hoje, celebram uma festa, tipicamente, agrícola, em agradecimento a Deus pelos dons da terra – colheita do trigo e dos primeiros frutos colhidos, as primícias. Esta festa significa, também, para o povo de Israel, a memória do recebimento da tábua da Lei que Deus entregou a Moisés no monte Sinai. E, por isso, tornou-se, também, motivo de peregrinação. Todas as tribos se dirigiam para Jerusalém, em forma de agradecimento a Deus e para comemorarem (At 1,12). Para nós, Cristãos, a Páscoa – paixão, morte e ressurreição de Cristo, significa, também, Passagem – Pulo. Passagem do homem velho para o homem novo, do estado de pecador para o estado da Graça, do homem escravo do pecado para o homem livre em Jesus Cristo.

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Assim celebramos, pois, a Páscoa Cristã. Cinquenta dias após esta solenidade, celebramos o momento da maturidade na Fé deste homem novo, nascido do útero da Igreja, pia batismal, nas águas do batismo. A plenitude da Graça com a descida do Espírito Santo, com os seus sete dons (Tertuliano 155-220). Também no livro dos Atos dos Apóstolos, São Lucas, no segundo capítulo, narra este momento de suma importância para o Povo Santo de Deus – Igreja. A festa de Pentecostes é importante para a Igreja de Cristo porque, neste vendaval impetuoso que desce sobre os Apóstolos e Maria, que estavam reunidos a portas fechadas por medo dos judeus (At 2,2), eles se sentem impulsionados a saírem do medo, abrirem as portas e darem início ao anúncio de um novo tempo. Assim Pedro anuncia o seu primeiro querigma, faz sua primeira pregação (At 2,14ss). E, com o mesmo entusiasmo, através do Apóstolo Pedro e do Apóstolo Paulo, a PALAVRA começa, então, a ser anunciada e chega até os confins da Terra. Este comando de ir até os confins da Terra, anunciando o Evangelho – Boa Notícia – dado pelo próprio ressuscitado, na ideia do apóstolo Tiago, deveria ser colocado em prática “ad literam”. Por isso, incansavelmente, continuou pregando a boa Notícia até chegar em Compostela,


Espanha. Ali, o apóstolo acreditava ter chegado aos confins da Terra, como lhe tinha ordenado o Mestre, e ali foi sepultado. Santiago de Compostela. Ali, na década de quarenta, do século passado, dá-se início a um grande momento na história da Igreja. Uma grande ação do Espírito Santo, impulsionando um extraordinário projeto de evangelização, chamado Movimento de Cursilhos de Cristandade, nascido para a evangelização e transformação dos ambientes, com o mesmo ardor e a mesma força do Espírito Santo, que receberam os Apóstolos na Festa de Pentecostes, cinquenta dias após a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Também nós, ao celebrarmos o Jubileu dos 60 anos deste abençoado Movimento no Brasil, queremos nos colocar dentro deste vento impetuoso (At 2,2b), deixando-nos invadir pela força da ação do Divino Espírito Santo e nos colocarmos em caminho, corajosamente, com mochila nas costas e sandálias aos pés, evangelizando os ambientes deste mundo no qual vivemos, porque é ele o canteiro do Amor de Deus, como nos disse o Papa Francisco. Ali precisamos semear a Boa Notícia. Que a Virgem Maria, presente no momento do envio do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, nos ajude a sermos corajosos evangelizadores, nos cubra com o seu manto sagrado, nos acolha com carinho em sua casa, em Aparecida do Nor-

te, no próximo dia 10 de setembro, e nos de a Sua benção. E São Paulo Apóstolo, que não mediu esforços para viver, plenamente, a sua missão, nos proteja. Que a força do martírio que Ele experimentou se faça presente no coração de cada Cristão, de modo particular no coração do Cristão Cursilhista, por ter ele já experimentado a alegria do anúncio do querigma, que possamos irmãos e irmãs “FALAR COM AUTORIDADE E ENSINAR COM AMOR” (CF 2022). Esta é a nossa missão neste mundo da pós verdade, desnorteado e moribundo como o samaritano à beira do caminho, que necessita, urgentemente, de pessoas como eu e você que possam lhe indicar o NORTE. Que Deus Pai todo poderoso abençoe esta nossa caminhada Jubilar, que do Ouro ao Diamante cresça sempre mais o entusiasmo de viver o Evangelho. Você pode ser a única forma que muitas pessoas encontram para ler a Boa notícia que Jesus Cristo Ressuscitado nos deixou. Coragem irmão, coragem irmã, amados e amadas de Deus.

Pe. JOSÉ ROBERTO FERRARI ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC

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Palavra do Vaticano

Papa: a família é antídoto para a pobreza material e espiritual “Este vínculo de perfeição, consiste em uma ação amorosa motivada pelo dom”. “A família humaniza as pessoas através da relação do ‘nós’ e, ao mesmo tempo, promove as diferenças legítimas de cada um”. Palavras do Papa Francisco durante o encontro com os participantes na Plenária da Pontifícia Comissão das Ciências Sociais que teve como tema a família. O Papa Francisco recebeu no Vaticano os participantes da Sessão Plenária da Pontifícia Comissão das Ciências Sociais. O tema focado pelo Santo Padre foi sobre a realidade da família, tema da plenária da Comissão, que pode ser considerada como um “bem relacional”. Francisco iniciou comentando que o contexto mundial atual, com

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crises múltiplas e prolongadas, “coloca as famílias estáveis e felizes à dura prova”. “Podemos responder a esta situação – continuou – redescobrindo o valor da família como fonte e origem da ordem social, como célula vital de uma sociedade fraterna e capaz de cuidar da casa comum”. O Papa recordou que “a família está quase sempre no alto da escala de valores de diferentes povos, porque está inscrita na natureza própria da mulher e do homem. Neste sentido, o matrimônio e a família não são instituições puramente humanas”. “Além de todas as diferenças – prosseguiu – existem traços comuns e permanentes que revelam a grandeza e o valor do matrimônio e da família”. E, em seguida, adverte: “Porém, se este valor for vivido de forma individualista e privada, como é, em parte, o caso no Ocidente, a família


pode ser isolada e fragmentada no contexto da sociedade. Assim, perdem-se as funções sociais que a família desempenha entre os indivíduos e na comunidade, especialmente, em relação aos mais fracos, tais como crianças, pessoas com deficiência e idosos dependentes”. Por isso, explicou o Papa, “trata-se de uma questão de compreender que a família é um bem para a sociedade, não como uma simples agregação de indivíduos, mas como uma relação fundada em um ‘vínculo de perfeição mútua’, para usar uma expressão de São Paulo”. Vínculo relacional de perfeição

“O bem da família – disse – não é agregativo, ou seja, não consiste em agregar os recursos dos indivíduos para aumentar a utilidade de cada um, mas é um vínculo relacional de perfeição, que consiste em compartilhar relações de amor fiel, confiança, cooperação, reciprocidade, das quais derivam os bens de cada membro da família e, portanto, sua felicidade”. Aprofundando o tema, Francisco acrescentou: “Este vínculo de perfeição, que poderíamos chamar de seu específico ‘genoma social’, consiste em uma ação amorosa, motivada pelo dom, vivendo de acordo com a regra da reciprocidade generosa e da generatividade. A família humaniza as pessoas através da relação do ‘nós’ e, ao mesmo tempo, promove as diferenças legítimas de cada um”. “O pensamento social da Igreja ajuda a compreender este amor relacional próprio da família, como a Exortação Apostólica Amoris Laetitia procurou fazer, seguindo os passos da grande tradição”. Antídoto para a pobreza material e espiritual

Em seguida, o Papa sublinhou outro ponto importante da família: “lugar de acolhida. Suas

qualidades são, particularmente, evidentes em famílias com membros frágeis ou deficientes. Estas famílias desenvolvem virtudes especiais, que aumentam a capacidade de amor e a resistência do paciente às dificuldades da vida” e confirma: “A família – como sabemos – é o principal antídoto para a pobreza, tanto material quanto espiritual, como também para o problema do inverno demográfico ou da maternidade e paternidade irresponsáveis”. E para isso serve a ajuda de outras pessoas e das instituições, mesmo governamentais, para que a família se torne um vínculo de perfeição: “É necessário que em todos os países sejam promovidas políticas sociais, econômicas e culturais ‘amigas da família’”. “É possível uma sociedade ‘amiga da família’, pondera Francisco, continuando: “porque a sociedade nasce e evolui com a família. Nem tudo é feito por contrato, nem tudo pode ser imposto por comando. Na verdade, quando uma civilização desarraiga a árvore do dom como gratuidade de seu solo, seu declínio se torna incontrolável. Pois bem, a família é o principal plantador da árvore da gratuidade”. Três condições

da beleza da família

Por fim, o Papa destacou três condições para redescobrir a beleza da família: “A primeira é tirar dos olhos da mente a ‘catarata’ das ideologias que nos impedem de ver a realidade”. A segunda condição, “é a redescoberta da correspondência entre matrimônio natural e sacramental. A separação entre os dois, de fato, termina, por um lado, fazendo as pessoas pensarem na sacramentalidade como algo acrescentado, algo extrínseco e, por outro lado, arriscando-se a abandonar a instituição da família à tirania do artificial. A terceira condição é, como recorda a Amoris Laetitia, a consciência de que a graça do sacramento do Matrimônio – que é o sacramento ‘social’ por excelência – cura e eleva toda a sociedade humana e é um fermento de fraternidade”.

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Eventos 38ª AR GER SUL 4 realizou-se, de modo virtual, no dia 12 de fevereiro de 2022, pela plataforma ZOOM A 38ª AR GER SUL 4, sendo assessorada por Marcelo Moura - GA.

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42ª ASSEMBLEIA REGIONAL MCC - GER OESTE 2 Pe. José Roberto Ferrari – Assessor Eclesiástico Nacional do GEN, assessorou a 42ª AR que teve a presença do 1º Secretário do GEN (Roberto Leandro Alves), do 2º Secretário do GEN (Alexandre Caetano Pontes) e Luzilene da Silva Oliveira Martins – GA. A assembleia foi realizada na cidade de Rondonópolis (MT), de 18 a 20 de fevereiro de 2022.

39ª AR GER NE 3/1 AR eletiva, a nova coordenação do GER. Coordenador: Otacílio Joaquim Rodrigues Cerqueira (GED Aracaju-SE) e Vice-coordenadora: Rosemery Barbosa Bonfim Melo (GED Senhor do Bomfim-BA). Ocorreu nos dias 05 e 06 de março, em São Cristovão (SE) no Convento de São Francisco e foi assessorada por Antônia Katia Pinheiro de Medeiros – GA.

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42ª ASSEMBLEIA REGIONAL GER SUL 1 - Campinas Foi realizada na cidade de Campo Limpo Paulista (SP), de 04 a 06 de março de 2022, sendo assessorada pelo 1º Secretário do GEN – Roberto Leandro Alves.

40ª AR GER N3 NE5 Realizada de 11 a 13 de março, em Imperatriz (MA) e assessorada pelo Pe. José Roberto Ferrari – Assessor Eclesiástico Nacional do GEN. Foi uma AR eletiva onde a nova Coordenação tomou posse: Ana Clecia Felix de Sousa Santos – Coordenadora e Elisângela Conceição Silva – Vice Coordenadora.

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40ª ASSEMBLEIA REGIONAL GER SUL 3 RS 1 A Assembleia ocorreu em Bom Princípio de 11 a 13 de março de 2022. AR eletiva, novo coordenador: Lucas Scortegagna, do GED de Passo Fundo (RS), vice coordenador Darci Berlatto, também do GED de Passo Fundo (RS). Foi assessorada pela Representante Jovem do GEN – Daiana Cristina Buzzo.

40ª ASSEMBLEIA REGIONAL GER SUL 3 RS 2 Ocorreu de 11 a 13 de março, em Santa Maria (RS), sendo assessorada pelo Vice Assessor Eclesiástico Nacional – Pe. Wagner Luis Gomes, com a presença do Wladimir Francisco Barros Comassetto (Chiquinho) – Conselheiro do GEN e do Pe. Francisco Luiz Bianchin (Pe. Xiko) – Assessor Eclesiástico Formação. Tomaram posse a nova coordenação eleita na AR anterior: Dari Barrichello Zanuso – Coordenador e José Carlos Perini – Vice Coordenador.

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39ª ASSEMBLEIA REGIONAL OESTE 1 - Campo Grande, MS A Assembleia ocorreu de 18 a 22 de março de 2022 e foi assessorada por Wladimir Francisco Barros Comassetto (Chiquinho) – Ex. Coordenador e atual Conselheiro do GEN.

39ª ASSEMBLEIA REGIONAL NE 2 Ocorrida de 25 a 27 de março, em Maceió – AL, foi assessorada por Antônia Katia Pinheiro de Medeiros – GA e por Pe. Flávio Augusto Forte Melo – Assessor Eclesiástico Nacional Adjunto.

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35ª ASSEMBLEIA REGIONAL GER LESTE 2 MG 2 A assembleia foi realizada de modo virtual nos dias 25 e 26 de março, através da plataforma ZOOM, sendo assessorada pelo vice Coordenador do GEN, Corinto Luiz do Nascimento Arruda, com a participação do 2º Tesoureiro do GEN, Paulo Marcos Marques Roque (Erê).

41ª ASSEMBLEIA REGIONAL LESTE 1 A Assembleia foi assessorada pelo Pe. José Roberto Ferrari – Assessor Eclesiástico Nacional do GEN e pelo 1º Secretário do GEN – Roberto Leandro Alves, com a presença do Marcelo Moura – GA.

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4ª ASSEMBLEIA REGIONAL GER NE 3/2 A Assembleia Regional foi realizada de modo virtual, nos dias 25 e 26 de março, em Itabuna - BA, pela plataforma ZOOM, sendo assessorada por Adair José Batista – Coordenador Nacional do GEN.

45ª ASSEMBLEIA REGIONAL DO CENTRO OESTE Ocorrida de 1º a 03 de abril, em unai - MG, a Assembleia foi assessorada pelo Coordenador Nacional do GEN – Adair José Batista. A nova coordenação, eleita na 44ª AR, tomou posse no dia 25 de janeiro. Sônia Pereira dos Santos Lara – Coordenadora e Vice Coordenador Elmir Pedro Freitas Castro Júnior.

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25ª ASSEMBLEIA REGIONAL GER SUL 1 APARECIDA A 25ª AR foi realizada de 08 a 10 de abril de 2022 na cidade de São José dos Campos - SP, sendo assessorada pelo Coordenador Nacional do GEN – Adair José Batista e pelo 1º Secretário do GEN – Roberto Leandro Alves.

38ª ASSEMBLEIA REGIONAL GER LESTE 2 MG 1 A Assembleia ocorreu de 22 a 24 de abril de 2022 e foi Assessorada pelo Pe. Francisco Luiz Bianchin (Pe. Xiko) – Assessor Eclesiástico Formação. Teve a presença do Adair José Batista – Coordenador Nacional do GEN, Pe. José Roberto Ferrari – Assessor Eclesiástico Nacional do MCC, Roberto Leandro Alves – 1º Secretário GEN e Alexandre Caetano Pontes – 2º Secretário GEN.

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6º Encontro Macrorregional Sul para Jovens Cursilhistas Aconteceu dos dias 22 a 24 de abril de 2022, na cidade de Apucarana - Paraná, o 6º Encontro Macrorregional Sul para Jovens Cursilhistas, sediado pelo GER Sul 2 PR 2, que contou com a presença de jovens dos três estados da Região Sul do País (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), estando presentes jovens de 28 Dioceses e de mais de 100 municípios, totalizando 210 Jovens. O Encontro contou com a presença do cantor Thiago Brado para uma noite de Missão com os jovens presentes. Foram meses de preparação e organização por parte do GER Sul 2 PR 2 e da Diocese de Apucarana, em conjunto com a Coordenadora do Encontro, a Representante Jovem da Macro Sul Taynara Cristina Knebel. Durante estes dias, fomos chamados por Deus a vivenciar momentos de partilha, comunhão, estudos e Celebrações Eucarísticas que nos levaram a ver nossas realidades, desafios, progressos e refletirmos sobre as realidades das nossas comunidades e os desafios que enfrentamos para ser Igreja de uma maneira, verdadeiramente, sinodal, baseada na escuta e no diálogo.

Foi realizada, ainda, a eleição do próximo Representante Jovem de Macrorregião, que assumirá no Encontro Nacional para Jovens, em 2023. Os jovens presentes no 6º EMJC aproveitaram muito o Encontro, revigorando sua fé e sua alegria, e, ao final, firmaram compromissos para que a Juventude Cursilhista possa viver o carisma do MCC e a sua missão, em Sinodalidade, vivendo a escuta, o diálogo e o discernimento em comum, sendo assim, Profetas da Unidade e da Comunhão, no Espírito e na verdade, rumo ao Jubileu de Diamante, “onde todos somos irmãos”. Taynara Cristina Knebel Representante Jovem da Macrorregião Sul



Memória

MOVIMENTOS ECLESIAIS Evangelizando as cidades

Às vésperas da grande comemoração jubilar – 60 anos do Movimento de Cursilhos de Cristandade no Brasil, achei oportuno relembrar um momento especial ocorrido em Aracruz, distrito de Santa Cruz – Praia Formosa, no Estado do Espírito Santo, que, durante quatro dias, reuniu pouco mais de mil cursilhistas para celebrar o Jubileu de Ouro ‐ 50 anos do MCC no Brasil. Nessa oportunidade, o teólogo Antônio Boeing abordou sobre “Movimentos Eclesiais ‐ Evangelizando as cidades”, cujo tema, nos dias atuais, continua sendo de grande relevância como desafio para evangelizar as cidades, principalmente, as de grande concentração demográfica. Boeing é professor e, à época, coordenava o Curso de Teologia das Faculdades Claretianas de São Paulo e fez uma análise detalhada da sociedade contemporânea, numa manhã de sábado ‐ dia 1º de dezembro de 2012.

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O palestrante enfatizou que “todo o contexto pós‐moderno esfria as relações, mata a espiritualidade de muita gente” e apresentou algumas brechas que o cursilhista necessita para levar a mensagem de Cristo para os seus ambientes. Enfatizou sobre o Documento de Aparecida, que diz que vivemos uma mudança de época e que a mais profunda transformação é a cultural. “Vivemos um momento de desumanização das pessoas, que se tornam cada vez mais calculistas, egoístas e traidoras. Percebemos, também, que existe um esvaziamento das instituições como o Estado (que organiza), a família (que socializa), a Igreja (que moraliza) e a escola (que culturaliza). A vida humana fica mais fragilizada quando essas organizações não cumprem seu papel. Nesse contexto, a sociedade vive algumas ‘pobrezas’: material, intelectual, afetiva e espiritual”.


Na ocasião, o palestrante apresentou uma reportagem publicada em 2010 no jornal ‘O Estado de São Paulo’, mostrando que de 2008 a 2010, foi criada mais informação do que em toda a existência da humanidade – informação demais, segundo ele. “Dados mais recentes sugerem que a quantidade de informação dobra a cada dois meses. Com as redes sociais, milhões de informações são postadas a cada minuto. Mas qual é a qualidade dessas informações? O mais triste é saber que é com elas que estamos competindo na hora de evangelizar”. E fez um questionamento para que os participantes refletissem: “Qual o caminho?” A constatação é dura, disse ele. “Para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve”. E prosseguiu a explanação: ‘‘Mas existem diversas saídas para mudar as realidades. Há quem escolha a violência, outros optam por não fazer nada. Há, ainda, quem deseja mudar o que parece impossível... e é aqui que nós devemos nos enquadrar. É preciso dar testemunho, é preciso acreditar que existe brecha para mudança. Se a gente não for referência para o outro, certamente, outra pessoa será”. Continuou evidenciando sobre o papel do cristão comprometido com o Reino de Deus, hoje. “É preciso lembrar dos valores que

definem a evangelização: via comunidade, onde se partilha, pratica a solidariedade, a acolhida, a reciprocidade e a fidelidade”. Esse tema, continua tendo grande relevância nos dias atuais, já que a sociedade neoliberal e líquida continua propondo o afastamento, do homem e da mulher, da Graça de Deus.

COMO ESTÃO OS NOSSOS AMBIENTES HOJE? • O ambiente profissional onde se passa o maior tempo do dia, o social onde se mantém um círculo de amizades... são sadios? • E o ambiente familiar... como está? • É preciso avaliar, com bastante critério, usando o nosso senso crítico humano e cristão, a respeito da nossa participação nesses núcleos ambientais. Fraternal abraço!

Corinto Luiz do Nascimento Arruda Vice-Coordenador do Grupo Executivo Nacional

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LIVRO

2008-2015

2016-2021

Livros disponíveis na plataforma da Amazon


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Profetas rumo ao Jubileu, onde todos somos irmãos!


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