VIII ENCONTRO MUNDIAL DE DIRIGENTES
ABRIL | MAIO | JUNHO DE 2022 Nº 267 • JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO DE 2023
um coração missionário, sempre em movimento’’
‘‘Com
Acesse o site oficial do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil Acompanhe nossas redes sociais CursilhoBrasil cursilho_brasil_oficial mcc brasil És um projeto do Pai: tua missão é fermentar do Evangelho este momento da história!
Caríssimos irmãos cursilhistas,
Estamos inaugurando um novo formato na Revista Alavanca para o ano que se inicia. Após a reunião presencial GEN-GA, realizada no mês de novembro de 2022, foi refletido que a Revista Alavanca, até então com edição trimestral, publicava os artigos com os temas já transcorridos. E, por sugestão do Pe. José Roberto Ferrari foi votado que, a partir da nova edição (267), a revista passaria a publicar os eventos, antecipadamente.
Assim sendo, a partir desta edição, estaremos colhendo testemunho dos coordenadores regionais. Iniciamos com Júlio César, da Encanação do Regional Sul 1 Aparecida, o qual foi anfitrião na celebração do Jubileu de 60 anos da chegada do MCC no Brasil.
Esta edição traz a capa alusiva ao VIII Encontro Mundial OMCC, com matéria específica sobre o evento que aconteceu aqui em nosso continente, bem próximo ao Brasil. Trata-se de um encontro mundial de suma notoriedade, pois, nessa ocasião, foram votadas alterações estatutárias na forma de governo do OMCC.
Nos alegra a celebração dos 64 anos de sacerdócio do Pe. Beraldo, no artigo escrito pela Maristela.
A Campanha da Fraternidade está sendo refletida pelo Pe. José Roberto Ferrari, com o Tema: Fraternidade e fome e o Lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer”
O Natal ganha um brilho especial nas palavras do Pe. Wagner.
“Um tempo de renovação, de certeza, de superação, de olhar para a Vida com os olhos do coração e ter a Certeza: Deus está conosco, o Emanuel”.
Com muito entusiasmo, publicamos nesta edição a revelação da mais jovem coordenadora de GED no Brasil. Trata-se da jovem Istefany Paixão, de 24 anos, GED Macapá, estado do Amapá.
Boa leitura a todos!
Boa leitura a todos!
3 JAN-FEV-MAR 2023
Adair José Batista Coordenador Nacional do MCC - Brasil
EDITORIAL
Esta edição traz a capa alusiva ao VIII Encontro Mundial OMCC, com uma matéria específica sobre o evento que aconteceu aqui em nosso continente, bem próximo ao Brasil. Trata-se de um encontro mundial de suma notoriedade, pois, nessa ocasião, foram votadas alterações estatutárias na forma de governo do OMCC.
Jornalista Responsável Giulia Micheli Pozzobon - MTB/RS 18.496 Editor Wladimir Francisco Barros Comassetto Artigos Corinto Luiz Arruda do Nascimento Daiana Cristina Buzo Jesiel Silva Gomes José Carlos da Silva Perini Lisiane Maria Bannwart Ambiel Lucília Alves Cunha Maristela Conz Pereira Mansi Padre Francisco Luis Bianchin Padre José Roberto Ferrari Padre José Gilberto Beraldo Padre Wagner Luis Gomes Wladimir Comassetto Marketing e Vendas Grupo Executivo Nacional Publicidade e Assinaturas Grupo Executivo Nacional 03 05 07 10 11 14 16 18 22 26 27 29 32 Editorial VIII EMDCC Sinodalidade Depoimento jovem Cronograma ARs 2023 Entrevista Pe. Flávio CF 2023 Palavra do Papa Sementes do Reino Testemunho Desiderio Desideravi Memória Eventos NOSSA CAPA cursilho brasil mccbrasil EXPEDIENTE NESTA EDIÇÃO SEÇÕES 12 24 A dimensão vivencial do Agir É sempre Natal Edição 267 Revista Alavanca É uma publicação trimestral do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil GEN - Grupo Executivo Nacional Coordenador Adair José Batista Vice-Coordenador Corinto Luiz do Nascimento Arruda Assessor Eclesiástico Nacional Pe. José Roberto Ferrari Vice-Assessor Eclesiástico Nacional Pe. Wagner Luis Gomes Assessor Eclesiástico Adjunto Pe. Flavio Augusto Forte Melo Endereço Rua Domingos de Moraes, 1334 Conjunto 07 - Vila Mariana São Paulo (SP) - CEP 04010-200 Críticas e Sugestões (11) 5571-7009 gen-alavanca@cursilho.org.br www.cursilho.org.br Projeto
ideiasemidias
Circulação
Gráfico e Diagramação
Revisão Dizy Ayala
Nacional ISSN 2178-5333
VIII ENCONTRO MUNDIAL DE DIRIGENTES DO CURSILHO DE CRISTANDADE
01 a 04 dezembro 2022
Mar Del Plata Argentina
Mar Del Plata, Argentina, sediou o VIII Encontro Mundial do MCC, realizado de 1º a 04 de dezembro de 2022. Esse encontro foi uma recomendação do Dicastério para o Laicato, a Família e a Vida (da Santa Sé), convocando para uma Reunião o OMCC (Comitê Executivo e Grupos Internacionais), buscando restabelecer a união entre os quatro Grupos Internacionais, que se dividem na defesa de “iniciadores” ou “fundadores” do Movimento. Além disso, neste momento, há também uma preocupação em preservar os movimentos que se encontram em risco de auto extinção por adulterarem o seu próprio CARISMA, como está acontecendo com o OPUS DEI, citado pelo Papa Francisco, na carta apostólica MOTU PROPRIO “AD CHARISMA TUENDUM”
VIII ENCONTRO MUNDIAL DE DIRIGENTES
5 JAN-FEV-MAR 2023
Nessa reunião, que ocorreu de 30 maio a 03 de junho de 2022, tratou-se de diversos assuntos concernentes ao MCC, em nível mundial, sendo proposto pelo Dicastério a realização de ELEIÇÕES LIVRES e alterações estatutárias, ajustando uma proposta de nova forma de governo (coordenação), devendo esse novo modelo incluir representantes dos quatro grupos internacionais, o que permitiria vivenciar uma realidade mais abrangente.
Para ajustar o Estatuto à nova forma de governo, foram convocados alguns colaboradores indicados pelos Grupos Internacionais: GLCC (Maria Elisa Zanelatto), GECC (Álvaro Martinez), APG (Margaret Morris), e NACG (Marisela Rodriguez Garcia).
Em clima de oração e discernimento, foi indicado pelo dicastério e convocado pelo OMCC, sob a presidência de Juan Adolfo Moguel Ortiz, o VIII Encontro Mundial do MCC destinado a ser um grande encontro presencial de conciliação e votação das alterações estatutárias. E, seguindo tais orientações do Dicastério, tudo foi organizado em tempo recorde: reformulação do Estatuto e convocação de todos os dirigentes.
Assim, reuniram-se em Mar Del Plata 220 dirigentes do MCC para analisar e refletir sobre os ajustes no sistema de governo do OMCC, de acordo com a sugestão do Dicastério, fazendo uma leitura dos sinais dos tempos e, sobretudo, zelando pelo carisma do Movimento.
O Brasil compartilhou convite aberto a todos os cursilhistas que desejassem participar do Encontro Mundial, mas, devido às dificuldades pós-pandemia, poucos puderam comparecer.
O MCC do Brasil foi representado por 7 brasileiros: Coordenador Nacional, Adair J. Batista; Assessor Eclesiástico Nacional, Pe. José Roberto Ferrari; Maria Elisa Zanelatto, a serviço do OMCC e as voluntárias: Gisa de Oliveira Bri-
golini Porfírio (vencedora do Festival Musical do Jubileu de Diamante do MCC), GED Rio de Janeiro; Maria Regina Gonçalves da Fonseca, GED Rio de Janeiro; Elisângela Conceição Silva, GED Imperatriz e Maria Mafalda Woehl Kollross, GED Joinville, GER Sul IV, Santa Catarina.
O VIII EM FOI AGLUTINADOR E ENRIQUECEDOR: OS GRUPOS PRODUZIRAM EXCELENTES REFLEXÕES ACERCA DOS TEMAS CANDENTES APRESENTADOS, REVELANDO SUA CONVICÇÃO DE QUE, ASSIM COMO A IGREJA, O MOVIMENTO DEVE DAR RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS FEITAS PELOS HOMENS E MULHERES DE HOJE, AOS QUAIS DEVEMOS EVANGELIZAR ATRAVÉS DE NOSSO CARISMA.
O momento da votação da proposta de modificação do Estatuto – presencial e virtualmente – não revelou, de imediato, o resultado esperado de dois terços de votos favoráveis, até porque nem todos os Secretariados Nacionais inscritos conseguiram acesso via Internet no momento exato de votar. Entretanto, em 12 de dezembro de 2022, dia da festa de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, o Dicastério para o Laicato, a Família e a Vida emitiu Decreto, Prot. Nº 2022/982, aprovando o novo Estatuto.
Teremos, agora, pela frente, um período de preparação para o IX Encontro Mundial, que se realizará na última semana de maio de 2023, em Monterrey, México, durante o qual será eleito o novo OMCC, nos novos moldes estabelecidos pelo estatuto.
6 JAN-FEV-MAR 2023
Adair José Batista Coordenador Nacional do MCC - Brasil
Caminhar juntos com coragem e ousadia
Feliz Ano Novo! Recomeçar é sempre uma graça de Deus.
Nossa caminhada, neste ano, continua alicerçada na Sinodalidade, enquanto modo específico de viver da Igreja, expressa pela comunhão, pelo caminhar juntos através da escuta, do diálogo, do discernimento em conjunto e do participar, efetivamente, na missão evangelizadora que envolve todos os seus membros.
Viver a Sinodalidade significa estar em sintonia com os problemas atuais, examinar os sinais dos tempos, atentos ao Espírito Santo, adaptar os meios e os métodos do apostolado às necessidades atuais, fortalecer relações e a comunhão entre todos os membros, com Deus
e entre si, vivendo a corresponsabilidade com ousadia e entusiasmo.
“Caminhar juntos – ensina o Papa Francisco – é a via constitutiva da Igreja; a cifra que nos permite interpretar a realidade com os olhos e o coração de Deus; a condição para seguir o Senhor Jesus e ser servos da vida nesse tempo ferido. Respiro e passo sinodal revelam aquilo que somos e o dinamismo de comunhão que anima as nossas decisões. Somente nesse horizonte podemos renovar de verdade a nossa pastoral e adequá-la à missão da Igreja no mundo de hoje. Somente assim podemos enfrentar a complexidade deste tempo, reconhecidos pelo percurso realizado e decididos a continuá-lo com parrésia*”. (CTI, Sinodalidade, 120)
7 JAN-FEV-MAR 2023 FORMAÇÃO SINODALIDADE
A Sinodalidade, na missão do MCC, acontece na evangelização dos ambientes pela ação de pessoas: nos seus próprios ambientes e nos ambientes orientados pela Diocese, em ação conjunta, sinodal, superando uma mentalidade individualista.
A opção básica da estratégia do MCC é possibilitar a fermentação cristã dos ambientes pela ação de pessoas convertidas e convencidas que, atuando a partir de uma realidade comunitária, projetam-se sobre os seus próprios ambientes de modo consciente e responsável (IFMCC 118).
Pessoas, vivência comunitária, amizade e transformação dos ambientes fazem parte da estratégia do MCC. Podemos olhar para ela como missão, desafio e oportunidade para superar situações como o individualismo, desconfiança e isolamento.
O quanto conhecemos e somos fiéis a esta estratégia e à sua aplicação nos três tempos: PRE-CUR-PÓS?
Em sinodalidade, somos chamados a viver o carisma do MCC como dom do Espírito Santo e, em comunhão, buscar o discernimento de como e onde o carisma será colocado a serviço, ou seja, qual é a vontade de Deus a respeito do MCC. Também somos chamados a entender finalidade e estratégia para melhor aplicar o método, para renovar nosso compromisso de apostolado, para estarmos preparados às novas situações e necessidades do mundo de hoje, com seus encantos e com sua complexidade. Coragem, ousadia e criatividade podem ajudar neste processo.
A pessoa é o centro da atuação do MCC. A primeira e mais importante atividade é fazer com que pessoas concretas se encontrem com o Senhor e que, com Ele, vivam em plenitude. Toda pessoa é chamada a encontrarse com Deus, experimentar o amor de Deus na
sua vida cotidiana, a transformar sua vida e a converter-se em testemunha do Evangelho. A plena realização humana é parte essencial da vida cristã, da vocação à santidade que toda pessoa tem que descobrir e viver. É a pessoa que, vivendo o fundamental cristão no seguimento de sua vocação, com suas capacidades e suas circunstâncias, transforma os ambientes a partir do Evangelho, do testemunho da própria vida, da amizade e da oração.
Como acolhemos e cuidamos de cada pessoa em cada um dos três tempos: PRE-CURPÓS? E na Escola Vivencial? Com relação às pessoas, a atuação do MCC exige sempre o máximo respeito, atenção e consideração por aquilo que as pessoas são e podem vir a ser. A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA E A AMIZADE SÃO CONSEQUÊNCIAS DA OPÇÃO PELA PESSOA, QUE É UM SER SOCIAL. VIVER COMO CRISTÃO É CONVIVER; A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA É CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO DA VIDA CRISTÃ DE CADA PESSOA EM SEU AMBIENTE, SENDO A AMIZADE A FORMA PRIVILEGIADA DE CONVIVÊNCIA. A AMIZADE É, TAMBÉM, UMA FORMA CONCRETA DO AMOR QUE DEUS OFERECE ATRAVÉS DE CRISTO AOS HOMENS E OS CONVIDA A VIVER ENTRE SI: “EU OS CHAMEI AMIGOS...” (CF Jo 15,15).
A finalidade última do MCC não é procurar a conversão isolada de pessoas, mas, sim, possibilitar que toda a sociedade possa transformar-se pela ação de pessoas convertidas.
8 JAN-FEV-MAR 2023
Para possibilitar esta transformação dos ambientes é necessário estudar e entender as condições, as circunstâncias, como as pessoas influenciam ou sofrem as influências e, portanto, se faz necessário o estudo e discernimento dos ambientes. A transformação dos ambientes produz-se pela ação individual de pessoas que, em cada ambiente, vivem o fundamental cristão, de forma consciente e compartilhada, e pela ação de grupos de cristãos que se comprometem, conjuntamente, num mesmo ambiente.
Como promovemos os grupos cristãos?
As pessoas têm a oportunidade de compartilhar, em clima de amizade, o fundamental cristão, podem se ajudar no processo de conversão ou na transformação evangélica de seu ambiente?
A Sinodalidade na missão do MCC passa, obrigatoriamente, pela amizade cristã, amizade onde amigos em Cristo se reúnem, servem com muito diálogo, escuta e discernimento em conjunto, com responsabilidade e corresponsabilidade para que o carisma seja vivido, a mentalidade, a estratégia implementada e o método colocado em prática, com amor e confiança no dom recebido pelo Espírito Santo.
A parrésia no Espírito, pedida ao povo de Deus no caminho sinodal, é a confiança, a franqueza e a coragem de “entrar na amplidão do horizonte de Deus” para “anunciar que
no mundo existe um sacramento de unidade e, por isso, a humanidade não está destinada a ficar à deriva e desorientada”. A experiência vivida e perseverante da sinodalidade é para o povo de Deus fonte da alegria prometida por Jesus, fermento de vida nova, trampolim para uma nova fase. (CTI, Sinodalidade, 121)
Que Deus nos dê a graça de não hesitar quando o Espírito nos exige dar um passo à frente, nos convida a navegar em águas mais profundas, e que o façamos com alegria e entusiasmo. Que o nosso caminho seja trilhado em comunhão, juntos, seguindo o desejo de Jesus: “que todos sejam um só, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti” (Jo 17,21).
Avante! DeColores!
*PARRÉSIA
É uma das características ou aspectos do chamado à santidade que o Papa Francisco, na exortação Gaudete et Exsultate, coloca em evidência. É uma das cinco grandes manifestações do amor a Deus e ao próximo, que considera importantes, devido a alguns riscos e limites da cultura de hoje: ansiedade nervosa e violenta que nos dispersa e enfraquece; o negativismo e a tristeza; a acédia cômoda, consumista e egoísta; o individualismo e tantas formas da falsa espiritualidade sem encontro com Deus que reinam no mercado religioso atual.
Santidade é parrésia: é ousadia, é impulso evangelizador que deixa uma marca neste mundo. Para isso ser possível, o próprio Jesus vem ao nosso encontro, repetindo-nos com serenidade e firmeza: “Não tenhais medo!” (Mc 6,50). “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Essas palavras permitem-nos partir e servir com aquela atitude cheia de coragem que o Espírito Santo suscitava nos Apóstolos, impelindo-os a anunciar Jesus Cristo. Ousadia, entusiasmo, falar com liberdade, ardor apostólico: tudo isso está contido no termo parrésia, uma palavra com que a Bíblia expressa, também, a liberdade de uma existência aberta, porque está disponível para Deus e para os irmãos.
A parrésia é selo do Espírito, testemunho da autenticidade do anúncio. É uma certeza feliz que nos leva a gloriar-nos do Evangelho que anunciamos, é confiança inquebrantável na fidelidade da testemunha fiel, que nos dá a certeza de que nada será capaz de nos separar do amor de Deus” (Rm 8,39). (GE, 110-139)
9 JAN-FEV-MAR 2023
Floriano Peixoto, 735 – Uberlândia (MG) | (34) 3235-4050
Lisiane Maria Bannwart Ambiel Grupo de Apoio ao GEN
Av.
Me chamo Istefany Paixão, tenho 24 anos, sou da cidade de Macapá, estado do Amapá.
Fiz o 6° Cursilho Misto para Jovens em 2016, porém, eu já tinha uma caminhada dentro do MCC – GED MACAPÁ, pois minha mãe, Lúcia Telma da Paixão, fez o cursilho em 2005 e, desde então, eu vinha participando com ela. Também, fiz um cursinho para crianças, nesse período, e tudo isso foi contribuindo para fortalecer a minha caminhada, até oficializar meu compromisso em 2016.
No dia 19 de fevereiro de 2022, ocorreu uma Assembleia Eletiva, a qual fui convidada para ser Vice-Coordenadora, juntamente, com a Elza Moura, 56 anos. Passados seis meses, ela pediu afastamento da coordenação e assim estou, desde então, Coordenadora do Movimento de Cursilhos de Cristandade de Macapá.
Agora, eu digo para os jovens: tenham coragem, confiem no Senhor. Eu disse meu sim em um dia em que fui buscar uma muda de planta na casa da dona Elza e, assim como aquela muda, hoje, eu sou regada e cuidada por Deus, para que nesta missão eu possa dar muitos frutos.
Não é fácil aceitar e ter que encarar as provações de estar à frente de um movimento, mas Deus está comigo e nunca falhou. E se Ele me conduziu a seguir esse caminho é porque me preparou e sabe que eu vou honrar a sua vontade.
Meus irmãos, jovens cursilhistas, lancem suas vidas a Deus e saberão o verdadeiro significado de que Cristo Conta Contigo... E, nós, com a sua Graça!
Paixão GED MACAPÁ
10 JAN-FEV-MAR 2023 DEPOIMENTO
Istefany
Chiquinho Cuiabá (MT)
Marcelo Sorocaba (SP)
Roberto Dourados (MS)
Maristela Campo Limpo (SP)
Lins (SP)
(SC)
(RS)
(PB)
de Santana (BA)
(SP)
(MG)
Lisiane Ubá (MG)
Pe. Xiko Osório (RS)
Daiana Vitória da Conquista (BA)
Chiquinho Goiania/Inhuma (GO)
Lene Guarapari (ES)
Roberto Niterói (RJ)
Adair Brodoswsky (SP)
Erê Embú das Artes (SP)
Corinto Araguaiana (TO)
Chiquinho Salinópolis (PA)
DAS AR’s 2023
10/11/12 24/25/26
1
2
GER
1 SOROCABA
GER
2
1
GER
1 CAMPINAS
GER
1 BOTUCATU
GER
GER
GER
MG 2
GER
1
GER
/ 2
GER
OESTE
GER
3 ES
GER
1 RJ
GER SUL 1 RIBEIRÃO PRETO
GER
1
GER
/ 3
GER
/ 2
GER
CRONOGRAMA
ESTRUTURA PERÍODO ASSESSOR(A) 2022 LOCAL FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO
03/04/05 10/11/12 17/18/19 24/25/26 15/16 21/22/23 19/20/21 26/27/28 GER SUL 2 PR
Adair Cascavel (PR) GER OESTE
SUL
SUL 2 PR
Pe. José Roberto Apucarana (PR) GER OESTE
SUL
SUL
Barciela
GER SUL 4 Adair Joinville
GER SUL 3 RS 2 Corinto Santa Cruz
GER NE 2 Corinto Patos
GER NE 3 / 1 Vinícius Feira
SUL 1 APARECIDA Maristela Guaratinguetá
LESTE 2 MG 1 Pe. Wagner Perdões
LESTE 2
SUL 3 RS
NE 3
CENTRO
LESTE
LESTE
SUL
SP
NE 5
NE 1
NE 1 Kátia Iguatu (CE)
A dimensão vivencial do
O MCC do Brasil assumiu para a sua ação evangelizadora, como instrumento de mudança das realidades ambientais, o método Ver-Julgar-Agir.
Neste artigo, quero me ater ao agir e refletir a sua dimensão vivencial, e propor uma contribuição para a unidade entre estes dois conceitos. Tudo no Cursilho é vivencial, como afirma o Livro Fundamentos do MCC. Se podemos elencar alguns pontos, referimo-nos à Escola Vivencial, à vivência comunitária e à vivência da amizade. No MCC, fala-se muito do aspecto impulsivo do agir: impulsionados para agir.
O impulso brota dentro da pessoa e a sua intensidade a empurra, por assim dizer, para fora de si, em um movimento de entrega a uma
12 JAN-FEV-MAR 2023
MCC
tarefa, a uma causa ou a alguém (Frankl, 2003), assumindo, por sua vez, influências subjetivas. Se de um lado está o impulso para a ação, do outro está a vivência caracterizada pela sua objetividade, como algo realizado no mundo.
A vivência se completa em algo externo a pessoa. Em um polo há o impulso para sairmos de nós mesmos, no outro, somos atraídos desde fora. Com efeito, o impulso é mobilizado por algo fora do homem, como reflete o frade capuchinho Jonas Silva (2018) ao assumir as palavras do cardeal polonês, Stefan Syszynski: “Deus é o princípio de toda a atividade (...). Daquele primeiro impulso, nasceu todo movimento” (p. 77).
É a questão metafísica do sentido da vida. O ser humano para o Cursilho está em busca do sentido da sua vida, encontra-o na Graça de Deus e o vivencia na fraternidade. O impulso é o pontapé para o agir, a vivência é a sua finalidade. Sem a perspectiva da vivência, o impulso vai, aos poucos, desviando a sua finalidade, transformando-se em ação estéril, um risco para o entusiasmo evangelizador.
A vivência é a experiência de quem constrói o caminho juntos, de quem vai, gradativamente, partilhando e participando da vida do outro, na abertura para o encontro e para o diálogo, na espontaneidade da vida. O espírito de sinodalidade purifica o agir como instrumento que aponta para a vivência, construindo um ambiente vivificante para todos. O agir intervêm no ambiente para transformá-lo em um ambiente de convivência. Não se pode perder a sensibilidade de construir um ambiente de escuta da Palavra, pois ela é a luz a iluminar os nossos atos vivenciais.
A dimensão da vivência deve sempre alicerçar o agir. Este deve ser vigilante para com a vivência, pois, na sua falta, o agir pode ser reduzido a vivências prazerosas, mas sem a abundância do sentido da vida e sem a dimensão humana da sinodalidade.
13 JAN-FEV-MAR 2023
Diego Moraes Batista
GED Capanema (Pará) - Regional N° 1 e 2
Pe. Flavio Augusto Forte Melo
Pe. Flávio, conte-nos como o senhor descobriu sua vocação sacerdotal?
O chamado de Deus é sempre uma surpresa e de diversos modos. Eu, desde criança, dizia que queria ser padre, e se alguém me perguntava o que era ser padre, eu sempre dizia que não sabia, mas que queria ser padre. Na minha Ordenação Presbiteral, tivemos o depoimento de uma professora que me alfabetizou e disse que eu sempre manifestei esse desejo. Quando me tornei adolescente, logo, procurei o Seminário e, aos 14 anos, já ingressei no Seminário Santa Teresinha, em Mossoró (RN), para iniciar o Ensino Médio.
Onde
Quando conclui o Ensino Médio, em Mossoró, a Diocese me enviou para fazer a Filosofia em Recife e, posterior, a Teologia em João Pessoa.
Desde que fui ordenado, trabalho na Diocese de Mossoró (RN).
14 JAN-FEV-MAR 2023
Por quais dioceses o senhor já caminhou? A revista ALAVANCA, nesta edição 267, entrevista o Pe. Flávio Augusto Forte Melo, assessor eclesiástico adjunto do MCC do Brasil (Triênio 2022-2024). ENTREVISTA
o senhor realizou seus estudos teológicos?
Quais os cargos o senhor já desempenhou na
igreja?
Já fui Reitor do Seminário Santa Teresinha, vigário em várias paróquias: São José, São Manoel, Assu e, atualmente, na Catedral, em Mossoró.
Quando e como o senhor conheceu o Movimento de Cursilhos de Cristandade?
Eu fiz o Cursilho de três dias em 1997. Desde então, procuro me integrar participando do GED, em Mossoró.
O senhor foi convidado a integrar a Equipe Sacerdotal do Grupo Executivo Nacional, compondo o comitê triênio 2022 – 2024. Qual o significado desta missão?
Toda missão que recebo, encaro sempre como um serviço, um chamado de Deus. Procuro sempre compreender que estamos neste mundo para servir. É com esse espírito que recebi e encaro essa missão.
No seu regional, os cursilhos estão retornando após pandemia, ou ainda enfrenta dificuldades?
Estamos retomando com muitas dificuldades, as pessoas ainda temem e isso tem gerado uma apatia e dificuldade em algumas dioceses.
Quais os avanços e retrocessos provocados pela pandemia, sob seu ponto de vista?
O grande retrocesso foi o isolamento. As pessoas não querem mais sair para se encontrar com os irmãos, o que gera falta de compromissos com os grupos. O grande avanço foi a possiblidade de usar os meios digitais para uma maior interação.
O MCC este ano celebra 60 anos da sua chegada ao Brasil, como o senhor analisa este jubileu de diamante?
O Jubileu serve para a gente parar, celebrar e buscar entender os novos desafios.
Temos que olhar o que já foi feito e procurar ler os sinais dos tempos para redescobrir o papel do MCC na sociedade e na Igreja.
Quais os desafios para o MCC em 2023?
O maior desafio será tirar as pessoas da indiferença e da apatia; não estamos mais querendo nos envolver e, com isso, não nos comprometemos. Cada um quer continuar em casa, vivendo sua fé de modo isolado. Como superar, novamente, essa tendência será o grande desafio.
15 JAN-FEV-MAR 2023
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023
Tema: Fraternidade e fome. Lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer”.
Todos os anos, a Igreja no Brasil vive a panha da Fraternidade, escolhendo um tema relacionado com problemas sociais.
A partir deste tema, a Igreja católica nos convida a fazermos um caminho de prepara ção para a Páscoa de Ressurreição.
Neste ano de 2023, trabalharemos a realidade da fome no Brasil, abordando todos os aspectos desta situação de injustiça e desigualdade, em um país onde os recursos para que todos possam viver uma vida digna não faltem.
Neste nosso artigo, quero abordar um aspecto do problema da fome mais ligado ao espiritual e não, exatamente, aquele do estômago vazio. Quero falar da fome que sofrem, também, aquelas tantas pessoas que estão em estado de obesidade.
Por isso, escolhi, para esta reflexão, o título: HOMENS SEM FOME.
Homens sem fome e anestesiados, correndo atrás de si mesmos, zumbis, resultado de uma doutrinação perversa da “era da pós verdade” e da “ideologia líquida”, onde cada elemento é um universo, senhor absoluto da própria história.
sa inerte, entorpecida pela tela de seus aparelhos eletrônicos, repletos de notícias, que não raramente são fakes e sensacionalistas, esperando acontecer algo para dizerem: “muito bem” ou, então, “foi mal, deu errado”.
Não se tem mais a noção das consequências de uma decisão tomada sem os critérios da verdade, sem a Luz da Palavra de Deus (Evangelho = Boa Notícia).
Nesta geração, anestesiada e sem fome de um alimento verdadeiro e nutritivo, a dimensão vertical, que é a haste da Cruz que simboliza a espinha dorsal, que mantem o homem de pé e firme na sua caminhada, perdeu totalmente a sua força, dando lugar à dimensão horizontal.
Tudo é analisado segundo critérios humanos do prazer e da vantagem individual, o transcendente não significa mais nada.
16 JAN-FEV-MAR 2023 CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023
O que vemos, hoje, são pessoas raquíticas, totalmente enfraquecidas, mas sem fome. Mesmo que se prepare diante deles um banquete, com produtos de altíssima qualidade e capacidade nutricional, não são mais capazes de perceber e sentir o desejo por estes alimentos saudáveis, preferem os fast food com produtos da modernidade, que, muitas das vezes, se encontram contaminados, mas que oferecem aparência e prazer. Isto nos remete à origem da humanidade no capítulo 3 da Gênesis, quando Adão e Eva se deixaram enganar com a falsa promessa que se comecem daquele fruto se tornariam Deuses.
Qual será nossa resposta a esta situação?
“Dai-lhes vós mesmos de comer”. (Mc 6,37)
Assim nos ordena Jesus.
Nós, o povo Santo de Deus (Eclésia), precisamos recuperar a capacidade de produzir alimentos nutritivos e apetitosos, que possam revigorar os joelhos enfraquecidos (Is 35,3). Utilizar de forma correta e eficaz a Palavra de Deus, no seu autêntico e original sentido, para podermos levar Luz aos olhos dos cegos. (Is 35,5)
A Boa Noticia (Evangelho) tem a sua originalidade, não pode ser misturada com noticias genéricas, esta geração precisa de Cristãos autênticos e maduros na Fé, anunciadores da verdade, ministros do verdadeiro alimento, que não estão disponíveis nos self service da vida.
Se esta geração precisa do verdadeiro pão para mastigar e se alimentar, é necessário que se tenha destes pães, pães que estejam dispostos a serem mastigados, devorados, comidos. “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6,37).
A Campanha da Fraternidade quer nos oferecer uma estrada, uma prática quaresmal, para chegarmos, de coração, preparado para receber o maior dom de Amor que a humanidade já pode experimentar, Jesus Cristo.
Ele é o verdadeiro alimento para o mundo. Cristo se fez pão, o pão da vida, se deixou de-
vorar pelos pecados da humanidade e deixou em nós esta sede e fome de Deus, por isso, devemos ser a presença viva deste Cristo no mundo, para que toda esta geração sinta o desejo de se alimentar e encontre este verdadeiro alimento. Por isso, irmão e irmã queridos, não tenham medo de perder suas vidas por causa do Evangelho, não tenham medo de entrar na graça do martírio, deixando-se devorar por quem está precisando de alimento. Isto é Páscoa, vida nova, experiência do ressuscitado.
O Senhor é fiel e nos dará o cêntuplo de tudo o que fizermos por Ele.
Que São Paulo Apóstolo, nosso celestial Patrono, nos acompanhe em nossa caminhada e interceda por nós, ensinando-nos o caminho do martírio que Ele percorreu com alegria, reconhecendo-o como uma coroa de glória.
Santa e Feliz Páscoa. DeColores e viva a vida.
Pe. JOSÉ ROBERTO FERRARI ASSESSOR ECLESIÁSTICO NACIONAL DO MCC
17 JAN-FEV-MAR 2023
QUAIS OS SINAIS DE VIDA E ESPERANÇA E COMO PODEMOS FAZER DE NOSSO MUNDO UM LUGAR MELHOR?
CIDADE DO VATICANO, 8 DE DEZEMBRO DE 2022. MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO POR OCASIÃO DO 56º DIA MUNDIAL DA PAZ A SER CELEBRADO EM 1º DE JANEIRO DE 2023 COM O TEMA “NINGUÉM SE SALVA SOZINHO. RECOMEÇAR DA COVID-19 PARA TRILHAR JUNTOS CAMINHOS DE PAZ”.
“Irmãos, quanto ao tempo e ao momento, não é necessário que vos escreva. Vocês sabem perfeitamente que o Dia do Senhor virá como um ladrão no meio da noite” (Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 5,1-2).
1. Com estas palavras, o Apóstolo Paulo convidou a comunidade tessalonicense, que esperava o encontro com o Senhor, a permanecer firme, com os pés e o coração bem assentes na terra, capaz de um olhar atento à realidade e às vicissitudes da história. Por isso, ainda que os acontecimentos da nossa existência pareçam tão trágicos e nos sintamos empurrados para o túnel escuro e difícil da injustiça e do sofrimento, somos chamados a manter o coração aberto à esperança, confiando em Deus que se faz presente, nos acompanha com ternura, ampara-nos no cansaço e, sobretudo, guia-nos o caminho. Neste espírito, São Paulo exorta constantemente a comunidade a ser vigilante, buscando o bem, a jus-
tiça e a verdade: “Não durmamos, pois, como os demais: vigiemos e sejamos sóbrios” (5,6). É um convite a permanecer alerta, a não nos fecharmos no medo, na dor ou na resignação, a não ceder à distração, a não desanimar, mas a ser como sentinelas capazes de vigiar e distinguir as primeiras luzes da aurora, especialmente à noite, horas mais escuras.
2. A Covid-19 mergulhou-nos no meio da noite, desestabilizando a nossa vida cotidiana, perturbando os nossos planos e costumes, perturbando a aparente tranquilidade até das sociedades mais privilegiadas, gerando desorientação e sofrimento, e causando a morte de tantos irmãos e irmãs.
Lançado em um turbilhão de desafios inesperados e em uma situação que não era totalmente clara, nem mesmo do ponto de vista científico, o mundo da saúde se mobilizou para aliviar a dor de tantos e tentar remediá-la; da mesma forma, as autoridades políticas tiveram
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de tomar medidas drásticas em termos de organização e gestão da emergência.
Junto com as manifestações físicas, a Covid-19 provocou também um mal-estar generalizado que atingiu os corações de muitas pessoas e famílias, com sequelas e mal alimentadas, por longos períodos de isolamento e diversas restrições de liberdade.
Além disso, não podemos esquecer como a pandemia atingiu o fator social e econômico, expondo contradições e desigualdades. Ameaçou a segurança do trabalho de muitos e agravou a solidão, cada vez mais difundida em nossas sociedades, especialmente dos mais fracos e pobres. Pensemos, por exemplo, nos milhões de trabalhadores informais, em muitas partes do mundo, que ficaram sem emprego e sem qualquer apoio durante todo o confinamento.
Raramente, os indivíduos e a sociedade avançam em situações que geram tamanho sentimento de derrota e amargura; pois isso enfraquece os esforços dedicados à paz e causa conflitos sociais, frustrações e violências de todos os tipos. Nesse sentido, a pandemia parece ter abalado até as áreas mais pacíficas do nosso mundo, trazendo à tona inúmeras carências.
3. Depois de três anos, chegou a hora de tirar um tempo para se questionar, aprender, crescer e se deixar transformar, de modo pessoal e comunitário; um tempo privilegiado para nos prepararmos para o “Dia do Senhor”. Já disse, várias vezes, que dos momentos de crise nunca saímos iguais: saímos deles melhores ou piores. Hoje, somos chamados a nos per-
guntar: o que aprendemos com esta situação de pandemia? Que novos caminhos devemos trilhar para nos libertarmos das amarras de nossos velhos hábitos, para estarmos mais bem preparados, para ousar com o novo? Que sinais de vida e esperança podemos aproveitar para seguir em frente e tentar fazer do nosso mundo um lugar melhor?
Certamente, depois de ter sentido a fragilidade, que caracteriza a realidade humana e a nossa existência pessoal, podemos dizer que a maior lição que a Covid-19 nos deixa herdada é a consciência de que todos precisamos uns dos outros; que o nosso maior tesouro, embora também o mais frágil, é a fraternidade humana, fundada na nossa comum filiação divina, e que ninguém se salva sozinho.
Portanto, é urgente buscarmos e promovermos juntos os valores universais que traçam o caminho desta fraternidade humana. Aprendemos, também, que a fé depositada no progresso, na tecnologia e nos efeitos da globalização não só tem sido excessiva, mas se transformou em uma embriaguez individualista e idólatra, comprometendo a almejada garantia de justiça, harmonia e paz. Em nosso mundo acelerado, problemas generalizados de desequilíbrio, injustiça, pobreza e marginalização, muitas vezes, alimentam agitação e conflito, levando à violência e até à guerra.
Se, por um lado, a pandemia trouxe tudo isso à tona, por outro, conseguimos fazer descobertas positivas: um benéfico retorno à humildade; uma redução de certas reivindicações do consumidor; um renovado sentido de solidariedade que nos encoraja a sair do nosso egoísmo para nos abrirmos ao sofrimento do outro e às suas necessidades; assim como o empenho, em alguns casos, verdadeiramente
heroicos, de tantas pessoas que não pouparam esforços para que todos superassem melhor o drama da emergência.
Desta experiência emergiu uma consciência mais forte que convida todos, povos e nações, a recolocar no centro a palavra “juntos”. De fato, é juntos, em fraternidade e solidariedade, que podemos construir a paz, garantir a justiça e superar os acontecimentos mais dolorosos. De fato, as respostas mais eficazes à pandemia têm sido aquelas em que grupos sociais, instituições públicas e privadas, e organizações internacionais se unem para enfrentar o desafio, deixando de lado interesses particulares. Só a paz que nasce do amor fraterno e desinteressado pode ajudar-nos a superar as crises pessoais, sociais e globais.
4. Ao mesmo tempo, assim como ousamos esperar que o pior da crise da pandemia do Covid-19 tivesse passado, um novo e terrível desastre se abateu sobre a humanidade. Assis-
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timos ao início de mais um flagelo: uma nova guerra, em parte comparável a do Covid-19, mas impulsionada por decisões humanas condenáveis. A guerra na Ucrânia faz vítimas inocentes e espalha insegurança, não só entre os diretamente afetados, mas de forma generalizada e indiscriminada em todo o mundo; também afeta aqueles que, mesmo a milhares de quilômetros de distância, sofrem seus efeitos colaterais – basta pensar na escassez de trigo e nos preços dos combustíveis.
Esta, certamente, não é a era pós Covid-19 que esperávamos ou antecipávamos. Na verdade, esta guerra, juntamente com todos os outros conflitos pelo planeta, representa uma derrota para a humanidade como um todo e não apenas para as partes diretamente envolvidas. Embora uma vacina contra o Covid-19 tenha sido encontrada, soluções eficazes para acabar com a guerra ainda não foram encontradas. Com efeito, o vírus da guerra é mais difícil de derrotar do que os que atingem o corpo, porque não vem de fora, mas de dentro do coração humano, corrompido pelo pecado (cf. Evangelho segundo São Marcos 7,17-23).
5. O que, então, nos é pedido que façamos?
Em primeiro lugar, deixarmo-nos mudar de coração pela emergência que vivemos, ou seja, deixar que Deus transforme os nossos critérios habituais de interpretação do mundo e da realidade através deste momento histórico. Já não podemos pensar apenas em preservar o espaço dos nossos interesses pessoais ou nacionais, mas devemos conceber-nos, à luz do bem comum, com sentido de comunidade, isto é, em comunhão, abertos à fraternidade universal. Não podemos buscar apenas nos proteger; é hora de todos nós nos comprometermos com a cura da nossa sociedade e do nosso planeta, criando as bases para um mundo mais justo e pacífico, que esteja seriamente envolvido na busca de um verdadeiro bem comum.
Para o conseguir e viver melhor, após a emergência do Covid-19, não podemos ignorar
um fato fundamental: as várias crises morais, sociais, políticas e econômicas que vivemos estão todas interligadas e o que consideramos serem problemas autônomos são, na verdade, uma só causa ou consequência das demais. Assim, somos chamados a enfrentar os desafios do nosso mundo com responsabilidade e compaixão. Devemos voltar à questão de garantir a saúde pública para todos; promover ações de paz para acabar com os conflitos e guerras, que continuam gerando vítimas e pobreza; cuidar, conjuntamente, de nossa “casa comum” e aplicar medidas claras e eficazes para lidar com as mudanças climáticas; lutar contra o vírus da desigualdade e garantir alimentação e trabalho decente para todos, apoiando quem não tem nem um salário mínimo e passa por grandes dificuldades.
O escândalo das cidades famintas nos machuca. Temos de desenvolver, políticas adequadas, ao acolhimento e a integração, sobretudo dos migrantes e dos que vivem como descartados nas nossas sociedades. Somente investindo nessas situações, com um desejo altruísta inspirado pelo amor infinito e misericordioso de Deus, podemos construir um mundo novo e ajudar a construir o Reino de Deus, que é um Reino de amor, justiça e paz.
Ao compartilhar essas reflexões, espero que no novo ano possamos caminhar juntos, aproveitando o que a história pode nos ensinar. Expresso os meus melhores votos aos Chefes de Estado e de Governo, aos dirigentes das organizações internacionais e aos líderes das diversas religiões. A todos os homens e mulheres de boa vontade, desejo um feliz ano, no qual possam construir, dia após dia, como artesãos, a paz. Que Maria Imaculada, Mãe de Jesus e Rainha da Paz, interceda por nós e pelo mundo inteiro.
Vaticano, 8 de dezembro de 2022. Papa Francisco
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Sementes do Reino
“Aquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas”. Depois, ele me disse: “Escreve, pois estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”. E disse-me ainda: “Está feito! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, eu darei, de graça, da fonte de água vivificante. Estas serão a herança do vencedor, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Ap 21,5-7).
Introdução. Adeus ano velho, feliz ano novo. Que tudo se realize no ano que vai nascer: muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender. Para os solteiros: sorte no amor, nenhuma esperança perdida. Para os casados: nenhuma briga: paz e sossego na vida”. Essa velha canção será, provavelmente, ouvida no final de 2022 e início de 2023. Suas palavras são perfeitamente coerentes com a cultura e a mentalidade contemporâneas: aspirações legítimas de uma sociedade consumista e de busca inútil de realização de felicidade plena... Seria tudo isso suficiente para a plena realiza-
ção pessoal e solidária de um cristão? O que há, por trás das canções populares, de mensagem cristã que possa nos remeter ao projeto de Deus para o nosso tempo? Proponho dois pontos que poderão, eventualmente, nos ajudar a responder a essas perguntas.
1. Revisão de um ano que termina. Não é necessário muito esforço para trazer à memória fatos e acontecimentos do ano que termina – sobretudo aqueles nos quais estivemos envolvidos ou tivemos alguma participação positiva ou negativa, próxima ou distante. Aliás,
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como os modernos meios de comunicação nos colocam praticamente no centro de tudo o que ocorre no mundo inteiro, cabe a nós, cristãos que somos, refletir sobre qual foi a nossa reação ou nossa análise em relação a esses fatos e acontecimentos.
2. Previsões e projetos para o início de um novo ano. “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21, 5a). Como decorrência daquela revisão e como critério para nossas previsões e projetos para o ano que se inicia, haveremos de levar em conta os critérios de justiça, solidariedade e fraternidade. Acerca de cada nova ação ou projeto (previsto ou habitual), cabe-nos perguntar se correspondem a tais critérios, mesmo que contrariem nossos desejos e aspirações de uma vida melhor, ou interesses individuais ou familiares que nos sejam mais convenientes. É justo, sim, almejar melhorias em todos os campos de nossas atividades, desde que elas não afetem negativamente o bem-estar de nossos semelhantes. Levemos, pois, em conta que no primeiro dia de janeiro – no qual celebramos a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus – comemoramos também o Dia da Fraternidade Universal e o Dia Inter-
nacional da Paz (este último celebrado, também, no dia 21 de setembro). Que aquela que, como Serva do Senhor, nos trouxe a salvação, nos ajude a interiorizar e praticar a fraternidade e a nos conscientizar sobre a necessidade inadiável de construir a paz que substitua a vida atroz de nossos irmãos e irmãs que vivem nos países atualmente em guerra.
Questionando... Estamos dispostos a... a) ... rever o ano que está terminando à luz dos critérios evangélicos para superar nossas falhas? b) ... colaborar para que, no ano que começa, se façam novas todas as coisas, a partir de critérios de justiça, solidariedade e fraternidade? c) ... esforçar-nos para construir nossa paz interior, primeiro passo para que o mundo de paz se torne realidade?
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Pe. José Gilberto Beraldo Equipe Sacerdotal do Grupo Executivo Nacional jberaldo79@gmail.com
Celebramos, a cada ano, com os corações repletos de alegria e esperança, a Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um tempo de renovação, de certeza, de superação, de olhar para a Vida com os olhos do coração e ter a Certeza: Deus está conosco, o Emanuel!
A celebração da manifestação do Verbo de Deus à humanidade é a demonstração do amor de um Pai que quer que seus filhos e filhas olhem para seu rosto e vejam, em sua simplicidade, a grandeza da fé, a força para a Vida e para a caminhada desafiadora de todos os homens. E tão importante acontecimento que nos remete ao sentimento espiritual que decorre da própria liturgia, ou seja, que oferece para todos nós, para nossa meditação, o Nascimento eterno do Filho de Deus.
Celebrar o Nascimento de Deus mesmo (Filho), neste dia, isto é, o verdadeiro Sol, a luz capaz de iluminar o Mundo (interno e externo), nos traz a certeza de que as trevas podem até fazer parte do caminho, mas, no Filho, somos, também, filhos e filhas da luz! O Natal é um fato, um acontecimento que mudou o curso da história. Deus se faz homem, assumiu em tudo a condição humana, menos o pecado, para nos tornar seus filhos e filhas como nos lembra Santo Irineu! Um acontecimento de significativa importância e acentuada decisão, que se faz necessário ser lembrado e vivido a cada ano, para
estarmos abertos a esse Deus que quis vir ao nosso encontro. Pois esse resplendoroso tempo nos recorda e garante que Deus está presente em todas as situações, nas quais muitas, senão na maioria das vezes, achamos que Ele está ausente ou que Ele não pode estar! É tempo de abrir o coração, pois esse é um caminho que não se resume ao tempo do Natal, mas que vai acontecendo e nos iluminando em toda caminhada com Jesus, ao longo de todo ano litúrgico. É no Nascimento do Senhor que vamos preparando nossa Vida para renascermos com Ele, na Páscoa! Como devemos compreender esse grande mistério de amor e de proximidade com Deus em nossa vida? Primeiro não só celebrar esse tempo como cumprimento de um rito, como troca de presentes, ceias fartas, luzes e enfeites; mas de olhar para dentro e nos deixar iluminar e transformar com a presença do Salvador, como quando rezamos com fé, na Santa Missa: “Ele está no meio de Nós”. E esta certeza tem que nos acompanhar durante toda nossa Vida: em todos os dias, em todas situações e ocasiões, sejam elas boas ou ruins. O Natal acontece, primeiramente, em nossos corações. Sim, nosso Coração é a manjedoura em que o Senhor deseja nascer (ou melhor, renascer). Muitas vezes, para nós, o Natal é apenas uma festa passageira, que se resume aos presentes, às mesas esplendorosas, na beleza das praças,
24 JAN-FEV-MAR 2023 MCC
Caríssima família Cursilhista, saudações de saúde, amizade e Paz a todos(as)!
avenidas e shoppings, mas, lamentavelmente, nossos corações permanecem os mesmos, na escuridão, na dúvida, na falta de fé, na falta de Amor, na falta de conversão e de esperança.
Celebrar, a cada ano, o Natal é renovar a esperança, reascender as luzes da alma, ter a fé e o olhar voltado para o presente mais precioso de nossa Vida: Jesus Cristo, Filho de Deus, que nasceu entre nós. Em um tempo em que o individualismo, o materialismo, o hedonismo, o poder, o status, a disputa, o ódio, a aparência, os feitos humanos, a maldade do homem se sobressaem, cada vez mais, é urgente olhar para o Natal e perceber quem é Deus e o que, realmente, Ele quis de nós ao assumir nossa condição humana!
É preciso reassumir com Deus o Compromisso de filhos e perceber que só em Deus tudo acontece, tudo se torna possível. Na cena do presépio, vemos um Deus que surpreende o mundo pela simplicidade, generosidade, grandeza ao se fazer pequeno com os pequenos, fraco com os fracos, trazendo alegria e felicidade aos infelizes e tristes.
Nesta grande festa, em nossa vida, compreendemos qual o projeto que Deus propõe para vivermos, como sentido da nossa missão, neste novo ano que começou?
É preciso, em tudo que somos e fazemos, espalhar essa alegria, fazendo com que seja Natal todos os dias. Deixemos que o que celebramos no Natal aconteça em nossos corações, para que seja, também, uma realidade em nossa missão. Não percamos o brilho do Natal em cada dia desse novo ano, pois é assim que vamos vencendo as dificuldades e obstáculos de cada dia, tornando o mundo um lugar melhor, cheio de luz, esperança, paz, alegria, encantos que aproximam e não afastam os homens da verdadeira felicidade. Em tudo aquilo que realizarmos neste novo trecho do caminho, realizemos com a certeza do que o Natal nos traz: Nunca estamos sozinhos, Deus está conosco! Desejo a todos(as) um Novo Ano, repleto de luz, paz, amor e saúde e que juntos possamos caminhar na missão que o Senhor nos confiou, contando sempre com sua graça, com coragem e alegria, certos de que mesmo sem precisar, o Senhor quis precisar de nós! Façamos jus a essa confiança.
25 JAN-FEV-MAR 2023
Pe. Wagner Luis Gomes Vice-Assessor Eclesiástico Nacional
JÚLIO CÉSAR DA ENCARNAÇÃO
Queridos irmãos e irmãs em Cristo! DECOLORES!
Testemunhar a vivência do Carisma do Movimento de Cursilhos de Cristandade, evangelizando e transformando os ambientes em que estamos inseridos, é sermos verdadeiros sacrários vivos. E, quando propomos esta transformação ambiental, é preciso, em primeiro lugar, que haja esta transformação dentro de nós. É preciso estarmos em sintonia com a nossa igreja, com o Papa Francisco e seus ensinamentos, com a mentalidade e o carisma do MCC. É preciso fazermos esta experiência comunitária do fundamental cristão, sermos verdadeiros profetas no anúncio do reino, abrindo nossos pensamentos e o nosso coração, termos uma verdadeira mudança de atitude, para que possamos participar deste processo de escuta e, assim, caminharmos juntos com a igreja do Cristo, pois somos peregrinos neste mundo rumo à casa do Pai.
E por onde passarmos durante esta caminhada, é preciso que deixemos a mesma marca que o Cristo deixou em nós, o AMOR.
É isso que tenho me esforçado em fazer. Proporcionar às pessoas com as quais encontro pelo caminho da minha vida, a experiência da alegria, da amizade sincera e do amor verdadeiro, que o encontro com o ressuscitado fez em minha vida.
Vivenciar a alegria de estarmos juntos dentro das estruturas do MCC e poder experimentar a verdadeira amizade que foi gerada entre nós pela presença do Cristo, é uma experiência que todo ser humano deveria ter a oportunidade de vivenciar, de beber desta fonte de água vívida. E através da amizade, precisamos fazer novos amigos para fazê-los amigos de Cristo!
26 JAN-FEV-MAR 2023 TESTEMUNHO
Viva a vida!
Júlio César da Encarnação Coordenador do GER SUL 1 APARECIDA
DESIDERIO
DESIDERAVI (DD)
“DESEJEI ARDENTEMENTE”
Em 29 de junho de 2022, por ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, o Papa Francisco publicou a Carta Apostólica Desiderio Desideravi, sobre a formação litúrgica do Povo de Deus.
A publicação tem como primeiro propósito o de prosseguir a busca constante pela Comunhão Eclesial em torno da unidade de expressão da lex orandi, tão desejada pelo Concílio Vaticano II.
É um texto de meditação, com fundamento bíblico, patrístico e litúrgico que oferece um
lindo caminho para que compreendamos e contemplemos a verdade e a beleza da Celebração Litúrgica.
A carta é um testemunho vivo de sinodalidade, eis que nos quer partícipes do Corpo e Sangue de Cristo, nos quer em escuta, diálogo e discernimento em conjunto.
A citação Bíblica: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta ceia pascal, antes de padecer” (Lc 22,15), quer abrir nossos corações e mentes para a profundidade do amor da Santíssima Trindade para conosco. Deus,
DESIDERIO DESIDERAVI 27 JAN-FEV-MAR 2023
por sua presença no meio de nós, durante toda a história da salvação, quer nos preparar para esta ceia, mas nos quer dispostos para receber este Dom.
Nesta ceia, não se conquista lugar, todos são convidados, são atraídos pelo desejo ardente de Jesus Cristo de comer a Páscoa com eles (DD,4).
Mas Jesus vai além, enfatiza o desejo de cear com todos, assim, não deveríamos jamais descansar até que todos recebam esta ceia (DD, 5), para que todos possam se sentar à mesa e comer a Ceia do Sacrifício do Cordeiro e viver com Ele.
Hoje, ao irmos à missa, vamos porque somos atraídos pelo desejo que Ele tem de nós (DD,6). Quantas vezes ouvimos na mensagem da Graça, no Cursilho, o texto bíblico: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3,20). Nosso Deus, de forma sinodal, nos ama primeiro, nos procura primeiro e deseja, ardentemente, nos atrair para que nos sintamos amados e sentemos à mesa com Ele.
O Papa Francisco quer que compreendamos este convite, quer que nos sintamos atraídos por este amor e celebremos cada momento da Celebração Eucarística com amor, entendendo que nela temos um verdadeiro encontro com Jesus Cristo, na comunidade que celebra: “Fazei isto em memória de mim” (DD, 8).
A atração nos conduz a compreender que a celebração não é um teatro, não é encenação, mas é memória, de modo que o Espírito Santo iluminou a Igreja a compreender que tudo que era visível de Jesus, o que podia ser visto com os olhos e tocado com as mãos, suas palavras e gestos, a concretude da Palavra Encarnada, havia passado para a Celebração dos Sacramentos (DD, 9).
Assim, o Papa nos orienta que a Liturgia é um lugar privilegiado do Encontro com Cristo.
“Na Eucaristia e em todos os Sacramentos, é garantida a nós a possibilidade de encontrar o Senhor Jesus e de ser alcançados pelo poder de sua Páscoa’’ (DD,11).
Esta Carta Apostólica nos quer vivendo o encontro profundo com Jesus Cristo, a partir da Eucaristia e de todos os Sacramentos. Estou tendo esta consciência? Tenho vivido cada momento de escuta, de diálogo e de discernimento em conjunto, na Eucaristia e nos outros Sacramentos?
WLADIMIR COMASSETTO
Conselheiro do GEN wfbcomassetto@gmail.com
28 JAN-FEV-MAR 2023
REFLEXÕES PARA CURSILHISTAS DE CRISTANDADE
Dando continuidade ao tema acima, darei ênfase ao segundo capítulo do livro: “A REALIDADE”.
O autor aborda um ponto crucial na vida do cursilhista, hoje, ressaltando a nossa missão no mundo. Para tal, deixa claro a importância de se aguçar a percepção da realidade. Quer deixar claro que para se vislumbrar um futuro promissor, mais humano e igualitário, é preciso estar atento aos acontecimentos que estão ao nosso redor. Vejamos o que ele diz: “Cumpre reconhecer o ambiente em que nos movemos, as circunstâncias que nos rodeiam e as nossas possibilidades de ação, para fazermos da nossa realidade presente o ideal que perseguimos. Não podemos fugir da realidade, nem podemos submergir‐nos indolentemente nela. Vamos penetrar nela, à guisa de fermento novo, para que recenda a Cristo! Não pensaste alguma vez no rótulo que Deus há de ter posto no mundo atual?”.
Monsenhor Gayá ressalta a mensagem que Pio XII proferiu, aos 26 de outubro de 1946, aos participantes do Congresso Catequístico dos Estados Unidos da América e que causou, e ainda causa, muita tristeza: “O pior pecado da vida moderna é ter perdido a consciência do pecado”.
Dentro da nossa cultura atual, viventes numa sociedade líquida onde impera a pós‐verdade, o ser humano nem sequer impressiona ao falar sobre moral sem pecado. E o autor, clama a Deus dizendo: “Que paciência a tua, Senhor!”.
Só o amor infinito pode aguentar tamanho absurdo! A nossa tarefa, hoje, é impelir para o ideal ‐ abordado na edição passada. Assim, poderemos ver essa decepcionante realidade, pois muitas coisas têm de serem repensadas diante dos acontecimentos.
Não pode ser empenho de um só dia nem de uma só pessoa, pois seria um peso muito grande para poucos ombros. Contudo, esse mundo nos espera... espera a nossa palavra, nosso testemunho, nossa atitude, nossa vivência cristã. Quanto mais desesperada a sua prostração, tanto maior é a esperança, íntima naqueles que podem ajudar Nosso Senhor a limpá‐lo e a elevá‐Lo.
Se cada dia se conseguir ser um pouco melhor e se a cada dia se conseguir fazer um pou-
29 JAN-FEV-MAR 2023
MEMÓRIA
Sebastian Gayá Riera
co mais e melhor às pessoas que fazem parte do cotidiano nos ambientes: trabalho, família, ou seja, no ambiente em que se encontra, cada dia se conseguiria encurtar alguns centímetros a distância que separa o “ideal” da “realidade”. Diante dessa possibilidade, o autor enfatiza: “E logo... chegará o Senhor com os magníficos “acréscimos da sua Graça!”.
“Todos levamos dentro de nós uma história natural e, fora, uma história artificial. A primeira, em rústica; a segunda, bem encadernada”.
E Monsenhor Gayá faz uma autoanálise: “Se me vissem por dentro! Até o melhor de mim tem os seus desvios. Até o melhor de mim necessita dessa ‘encadernação’ da minha dissimulação. Porque se me vissem!
E o mal é que o Senhor me vê por dentro. A qualquer hora teria de repetir o que disse o publicano: ‘Tenha compaixão, ó Deus, deste pecador’”.
E continua: “Que seria de mim se não contasse com a compaixão e misericórdia do Senhor? Faz‐me humilde, Senhor, e, sobre a rústica da minha humildade, acende uma labareda de amor que renove constantemente a face de minha alma...”.
Deixa claro que a pior enfermidade da inteligência é vermos as coisas como a gente quer que sejam, ao invés de as vermos tais como são. A pior enfermidade do coração é crermos que amamos a quem mal nos interessa, ou não sabermos amar mais aqueles que nos amam ou nos “interessam”. O autor ressalta: “Pois a verdade é que poucas vezes coincide o meu pensamento com os critérios do Evangelho e menos vezes coincide o meu amor com a extensão universal que Deus quer que projete. Dá‐me olhos, Senhor, para ver! Dá-me vontade de amor! Ao refletires na realidade do mundo atual, não te esqueças de que um amor especulativo, romântico, platônico ‐ amor de palavras, subterfúgios e eufemismos ‐ não serve para transformar a terra.
Amar é muito mais. Amar é querer, é procurar, é fazer o bem ‐ todo o bem ‐ àqueles cuja miséria material ou espiritual é insulto ao nosso cristianismo. Enquanto nós fica-
mos inertes de braços cruzados, suspirando por um mundo melhor, pouquíssimos melhorarão o nosso mundo”.
Monsenhor Sebastian deixa‐nos uma reflexão e que merece aprofundarmos.
“Amemos não de palavra e de boca ‐ dizia São João, o discípulo que aprendeu na melhor escola do Amor ‐ mas com obras e de verdade”. “Obras ‐ obras! ‐ são amores e não as boas razões”.
E nos faz um apelo: “Se transiges nos princípios, atraiçoas Cristo; se és duro nas formas, afastas os que deves atrair para Ele. Firmeza, sim: nas ideias! Suavidade, sim: nos modos!
Com as tuas palavras, porém, e as deles ‐bem aproveitadas ambas ‐ podem resultar algo de bom. E de todas pode aproveitar‐se Cristo para dilatar o Reino”.
Monsenhor Gayá nos passa algo que deveria ser a base do relacionamento interpessoal nos ambientes... em que vivemos e convivemos: “Se a todos tratardes igualmente, se os medires pela mesma pauta, se não tiveres, para cada um, ‘algo’ que seja próprio para ele, nunca chegarás à sua alma”.
Dá‐nos, também, ideia de medida: “Ele é ele e só ele. E ele é tanto ele, em quanto se diferencia dos demais. Não queiras suprimir a personalidade dele, pois suprimirias o que ‘nele’ há ‘dele’. Respeita-o... se queres sublimá‐lo! Esforça‐te quanto puderes para chamar cada um pelo seu nome”.
O livro Reflexões para Cursilhistas de Cristandade nos dá dicas importantes para o relacionamento interpessoal em nossos ambientes, nos dias atuais.
O mundo muda a passos largos, mas a essência permanece, pois é e sempre foi o alicerce na vivência comunitária.
Que Deus nos ajude! De Colores!
Luiz do Nascimento
30 JAN-FEV-MAR 2023
Corinto
Arruda Vice-Coordenador do Grupo Executivo Nacional
6º ENCONTRO DA MACRORREGIÃO SUL, EM APUCARANA (PR)
com a participação de aproximadamente 220 pessoas sendo jovens, adultos, padres assessores, coordenadores de GEDs e GERs, aconteceu nos dias 22, 23 e 24 de abril, com o Tema Juventude e Sinodalidade na Missão do MCC, abordamos também a importância do caminhar juntos através de mensagens e oficinas. A jovem Lenisse Aquino foi eleita pra ser a nova representante jovem da Macrorregião Sul em 2023.Também refletimos sobre a história do jovem dentro dos 60 anos do Movimento de Cursilhos.
Nós, jovens cursilhistas, vindos dos regionais SUL 2 PR 1 e PR 2, SUL 3, SUL 4 RS 1 e RS 2, reunidos na cidade de Apucarana (PR), tivemos a imensa alegria de participar do 6º Encontro Macrorregional para Jovens Cursilhistas da Macrorregião Sul, que ocorreu de 22 a 24 de abril de 2022. O Encontro teve como tema: “A SINODALIDADE NA MISSÃO DO MCC” e como lema: “Preservar a unidade do Espírito (Ef 4,3) e seguindo a verdade em amor” (Ef 4,15).
Durante estes dias fomos chamados por Deus a vivenciar momentos de partilha, comunhão, estudos e Celebrações Eucarísticas, que nos
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levaram a ver nossas realidades, desafios, progressos e o que deve ser feito nesse retorno de atividades em nossos GERs. Iniciamos essa retomada motivados pela representante macrorregional, Taynara Cristina Knebel, a nos colocar em posição de aprendizes e concluímos que, na atual realidade pós pandemia, esse encontro é um importante momento de recomeço.
É importante destacar que este foi o primeiro encontro de macrorregião após o período de pandemia, sendo um dos primeiros grandes eventos realizado de forma presencial, que contou com 210 participantes inscritos, vindos de 28 Dioceses representando mais de cem municípios.
O 6º EMJC nos proporcionou, com o auxílio dos Padres Valtuir Bolzan e Alexsandro Miola, além da Representante Jovem Nacional, Daiana Cristina Buzo, a oportunidade de refletir sobre nossa missão enquanto cristãos, concluindo que nosso Movimento possui um histórico de Carisma Sinodal e Missionário, prezando pelo diálogo e discernimento em conjunto, desde as assembleias nacionais até as pequenas comunidades de fé. A partir disso, fomos motivados a agir, sendo o agora de Deus, evangelizando a partir do exemplo de fé e entrega de Maria.
Nas reuniões de grupo e plenárias, nos debruçamos sobre as realidades das nossas comunidades e os desafios que enfrentamos para ser Igreja de uma maneira, verdadeiramente Sinodal, baseada na escuta e no diálogo. Reafirmamos a importância de que jovens e adultos cursilhistas caminhem juntos, em
unidade e se apoiem na caminhada. Salientamos a importância da acolhida e do testemunho autêntico dos cursilhistas para que haja perseverança dos novos membros, ressaltando a unidade entre os três momentos do Cursilho (PRÉ, CUR E PÓS).
Através das oficinas realizadas, afirmamos a importância da representatividade da Juventude Cursilhista, conquistada ao longo dos 60 anos MCC no Brasil, e refletimos sobre os desafios da evangelização no quarto dia do jovem cursilhista.
Também no 6º Encontro Macrorregional para Jovens Cursilhistas do Sul, foi eleita como nova Representante Jovem, Lenisse de Fátima Silva Aquino, assumindo as suas funções no próximo Encontro Nacional para Jovens Cursilhistas, em 2023.
Os jovens reunidos no 6º EMJC se comprometem viver a sinodalidade, a acolhida e o diálogo nos três tempos do Cursilho, nas comunidades e nos ambientes que frequentamos.
Na certeza de que este Encontro alcançou seus objetivos e revigorados na fé pela comunhão e pelo carisma do MCC, inspirados pelo nosso patrono, São Paulo Apóstolo, voltamos para os nossos GEDs com a certeza de que, dia a dia, estamos buscando viver a unidade, fermentando o Evangelho em nossos ambientes.
Fraternalmente,
Jovens Cursilhistas do 6º Encontro Macrorregional Sul
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5º EMJC NORDESTE
nos dias 23, 24 e 25 de setembro, aconteceu o 5º Encontro da Macrorregião Nordeste na cidade de Feira de Santana (BA), com a presença de jovens representantes de cada cantinho do Nordeste. Contamos com a participação de coordenadores regionais sendo uma do Grupo de apoio do GEN, a Katia, que também representou o GEN neste encontro. Trabalhamos sobre a importância do jovem dentro do MCC e da Sinodalidade, esse caminhar juntos sem deixar ninguém para trás. Tivemos a eleição para o novo representante jovem da macro que assumirá no próximo ano de 2023 no encontro nacional, sendo ele Davyd Carvalho que se reelegeu. Contamos com a oração de todos para continuar evangelizando todos os ambientes.
“Sinodalidade na missão do MCC”
(Lc 6,36)
Nós, jovens cursilhistas, vindos dos regionais GER NE 2, GER NE 3.1, GER NE 3.2, GER NE 5 N3, reunidos na cidade de Feira de Santana (BA), tivemos a imensa alegria de participar do 5º Encontro Macrorregional para Jovens Cursilhistas da Macrorregião Nordeste, que ocorreu nos dias 23 a 25 de setembro de 2022. O Encontro teve como tema: “A JUVENTUDE E SINODALIDADE NA MISSÃO DO MCC” e como lema: “Preservar a unidade do Espírito (Ef 4,3) e seguindo a verdade em amor” (Ef 4,15).
Durante estes dias, fomos chamados por Deus a vivenciar momentos de partilha, comunhão, estudos e Celebrações
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Eucarísticas, que nos levaram a ver nossas realidades, desafios, progressos e o que deve ser feito nesse retorno de atividade em nossos GERs. Iniciamos essa retomada motivados pelo Representante Macrorregional, Davyd Carvalho, a nos colocar em posição de aprendizes e concluímos que, na atual realidade pós pandemia, esse encontro é um importante momento de recomeço. O 5º EMJC nos proporcionou a oportunidade de refletir sobre nossa missão enquanto cristãos, concluindo que nosso movimento possui um histórico de carisma sinodal e missionário, prezando pelo diálogo e discernimento em conjunto, desde as assembleias nacionais até as pequenas comunidades de fé, com o auxílio da Representante Jovem Nacional, Daiana Cristina Buzo. Fomos motivados a atuar, sendo o agora de Deus e evangelizando a partir do exemplo de fé e entrega de Maria.
Nas reuniões de grupo e plenárias, discutimos sobre as realidades das nossas comunidades e os desafios que enfrentamos para ser Igreja de uma maneira, verdadeiramente, sinodal, baseada na escuta e no diálogo. Reafirmamos a importância de que jovens e adultos cursilhistas caminhem juntos, em unidade, e se apoiem na caminhada. Ressaltamos a importância da acolhida e do testemunho autêntico dos cursilhistas, para que haja perseverança dos novos membros, dando destaque à unidade dos três momentos do Cursilho (PRÉ, CUR E PÓS).
Através das oficinas realizadas, afirmamos a importância da representatividade da Juventude Cursilhista, conquistada ao longo dos 60 anos do MCC no Brasil, e refletimos sobre os desafios da evangelização no quarto dia do jovem cursilhista. Também no 5º EMJC foi reeleito como Representante Jovem, Davyd Carvalho, reafirmando as suas funções no próximo Encontro Nacional para Jovens Cursilhistas, em 2023.
Os jovens reunidos no 5º EMJC vão usar como motivação as frases que foram definidas em cada grupo: “Os desafios pessoais e limitações não impedirão de sermos ousados e cuidarmos do bem comum”; “Que tenhamos coragem de caminhar com ousadia e acolher com alegria” e “Avante juventude! Façamos da caminhada um instrumento de amor e amizade”.
Na certeza de que este Encontro alcançou seus objetivos e revigorados na fé pela comunhão e pelo carisma do MCC, inspirados pelo nosso patrono, São Paulo Apóstolo, voltamos para os nossos GEDs com a certeza de que, dia a dia, estamos buscando viver a unidade, fermentando o Evangelho em nossos ambientes.
Fraternalmente, Jovens Cursilhistas do 5º Encontro Macrorregional Nordeste.
35 JAN-FEV-MAR 2023
6º EMJC CENTRO OESTE
De 07 a 09 de outubro em Jucimeira de São Lourenço - Mato Grosso aconteceu o 6º Encontro da Macrorregião Centro Oeste, com a participação de vários jovens e adultos, representantes e coordenadores de GEDs e GERs, tendo também a participação da Lene que é do grupo de apoio do GEN. Padres assessores abrilhantaram nosso encontro, e o encontro foi expetacular com a animação dos participantes. Deixamos claro a importância da união do jovem e adulto e da Sinodalidade. Na eleição, a Jovem Mila Munique foi eleita para ser a próxima representante jovem da macro Centro-Oeste.
Nos dias 07, 08 e 09 de outubro de 2022, os Jovens Cursilhistas dos GERs Centro-Oeste e GER Oeste 2, com a ausência do GER Oeste 1, reuniram-se, sendo 34 participantes para o 6º Encontro Macrorregional para Jovens Cursilhistas da região Centro-Oeste, realizado na casa de retiro, no distrito de Fátima de São Lourenço, no município de Juscimeira (MT).
O Encontro contou com a presença da Representante Jovem Nacional, Daiana Cristina Buzo; do Representante Jovem da Macrorregião Centro-Oeste, Reidner José de Souza; da Coordenadora do GER Oeste 2, Luzilene da Silva Oliveira Martins; da Vice-Coordenadora do GER Oeste 2, Andréia Giseli Bragatto Battiston do Lago; do Assessor Eclesiástico Padre Lidiomar Gonçalves dos Santos; do ViceCoordenador do Centro-Oeste, Elmir Pedro
Freitas Castro Junior e do Assessor Eclesiástico, Padre Carlos Arantes de Gouvea. Também participaram os Padres: Pe. Marcos Antônio G. dos Santos e Pe. Arthur Moreira Brito.
Inspirados pelo Tema: “Juventude e Sinodalidade na missão do MCC”, tendo como Lema: “Preservar a unidade do Espírito (EF 4,3) e seguindo a verdade em amor” (EF 4,15), fomos chamados por Deus a vivenciar momentos de partilha, estudos, comunhão e celebrações Eucarísticas, que nos levaram a ver nossas realidades, progressos, desafios e o que deve ser feito nesse retorno de atividade em
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nossos GERs, através de mensagens, trabalhos de grupos e oficinas. Desenvolveram-se partilhas com a finalidade de estimular o “Caminhar juntos, sem deixar ninguém para trás”.
Neste encontro, foi escolhida a jovem cursilhista Milla Munique Rodrigues Franco, do Oeste 2, como nova Representante da Macrorregião Centro Oeste, tendo como seu Suplente, o jovem cursilhista Marcus Matheus de Faria Ferreira, do GER Centro Oeste. A referida jovem assumirá suas funções no Encontro Nacional para Jovens Cursilhistas no ano de 2023.
Fomos motivados a discernir sobre a Sinodalidade, a história dos jovens dentro dos 60 anos do movimento e quais os seus desafios de evangelização. Também fomos motivados a agir, sendo agora de Deus e evangelizando a partir do exemplo de Fé e entrega de Maria.
Reafirmamos a importância de que jovens e adultos cursilhistas caminhem em unidade e se apoiem na caminhada, se comprometendo a viver em Sinodalidade, na acolhida e no diálogo, nos três tempos de cursilho e, em todos os ambientes que frequentamos.
Movidos pela ação do Espírito Santo e com o coração cheio de amor de Deus, para que permaneçamos firmes no caminho da Oração, Conversão e Ação, iremos fermentar de Evangelho nossos ambientes.
Fraternalmente, jovens cursilhistas do 6° encontro Macrorregional Centro-Oeste.
Fátima de São Lourenço (MT)
7º EMJC SUDESTE
nos dias 21, 22 e 23 de outubro aconteceu o 7º Encontro da Macrorregião Sudeste em Niterói (RJ). Contamos com a participação de aproximadamente 95 pessoas dos oito GERs dos dez que fazem parte da nossa macro. Tivemos também a presença do assessor eclesiástico Padre Wagner do GEN e também do coordenador nacional do GEN Adair, dentre outros assessores e coordenadores de GEDs e GERs. A jovem Daiana Cristina Buzo foi reeleita para continuar sendo a representante da macro Sudeste. Tivemos um momento mariano feito pelo Adair com a imagem de Nossa Senhora Aparecida recebida na Romaria em Aparecida especialmente para este encontro, além das mensagens e oficinas onde trabalhamos sobre a história do jovem no Mcc e da Sinodalidade. Foi um encontro para reabastecermos nossas energias para continuar sendo sal, fermento e luz nos ambientes.
Nós, jovens do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil da Macrorregião Sudeste, reunidos na Casa de Retiro Atalaia na cidade de Niterói - RJ, protegidos na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, guiados pelo nosso
patrono São Paulo Apóstolo e envolvidos na alegria do Evangelho, com a presença da Representante Jovem da Macrorregião Sudeste, Daiana Cristina Buzo, nos reunimos para a realização do 7º Encontro de Macrorregião, moti-
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vados pelo Tema: “Juventude e Sinodalidade na missão do MCC” e sob Lema: “Preservar a unidade do Espírito (Ef 4,3) e seguindo a verdade em Amor (Ef 4,5)”.
Fortalecidos pelas palavras do nosso pastor, o Papa Francisco, e em busca de trabalhar a proposta do Sínodo 2021-2024, orientados pelo roteiro de estudos para assembleias e escolas vivenciais “A Sinodalidade na História do MCC”, em espírito de amizade e de amor, procuramos conhecer, refletir e propor um caminhar juntos, conforme o Sínodo, preservando o diálogo, a escuta e o discernimento diante das realidades dos presentes GERs.
Buscamos um recomeço com motivação, empatia, comunhão e unidade através da coragem e da corresponsabilidade. E após muito
estudo, reflexão, trabalhos em grupo, impulsionados pelas oficinas realizadas (A história do jovem dentro do MCC e Os desafios da Evangelização) e guiados pelo Espírito Santo, buscamos assumir o compromisso de agir em nossos ambientes e viver a Sinodalidade.
Esperançosos de continuar sendo “Agentes Transformadores” e fomentando a alegria cursilhista, saímos deste encontro motivados a ser como os primeiros amigos de Cristo que, mesmo com limitações, perseveraram no Caminho.
CRISTO CONTA CONOSCO E NÓS COM A SUA GRAÇA!
Niterói (RJ)
6º EMJC NORTE
nos dias 04, 05 e 06, de novembro para encerrar com chave de ouro aconteceu o 6º Encontro da Macrorregião Norte em Santarém no Pará, onde os participantes chegaram entusiasmados para este encontro e cheios de vivência. Contamos com a participação de assessores, coordenadores de GEDs e GERs e destacamos a presença de uma jovem de apenas 24 anos que já é coordenadora de GED. É muito bom ver o jovem tendo oportunidades, e melhor ainda ver que eles caminham juntos com os adultos e exatamente isso foi um dos temas abordados no encontro, a importância de caminhar juntos. Foi o encontro que mais teve candidatos na eleição, quatro pessoas, sendo que a única mulher dos quatro candidatos inscritos ganhou, Ellen Cristina que assumirá no próximo encontro nacional em 2023.
A Macrorregião Norte se reuniu no 6º Encontro para Jovens do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil, realizado na cidade de Santarém no período de 04 a 06 de novembro
de 2022, com o tema “JUVENTUDE E SINODALIDADE NA MISSÃO DO MCC” e lema “Preservar a unidade do espírito (Ef 4,3) e seguindo a verdade e o amor (Ef 4,5)”
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O Encontro contou com a presença da representante jovem nacional Daiana Cristina Buzo, do coordenador regional Francisco Moraes, do vice – coordenador regional Raimundo Francisco, dos coordenadores dos GEDs Santarém, Jonatas Oliveira e Macapá Istefany Paixão, do representante jovem de Macrorregião Norte Ricardo Rocha e de representantes Jovens dos GEDs: Santarém,Capanema,Belém,Macapá, e setor de Ged Monte Alegre
Nesse encontro foi escolhida a Jovem Ellen Cristina Martins como nova representante da macrorregião norte, tendo como seu suplente o jovem João Felipe Andrade. A referida jovem assumirá suas funções no Encontro Nacional para jovens Cursilhistas no ano de 2023.
Motivados pelos documentos: Ideias fundamentais do MCC, roteiro de estudos e pela exortação Christus Vivit e fortalecidos pelo Espírito Missionário de São Paulo Apostolo, procuramos conhecer, refletir e propor um caminhar juntos conforme o sínodo preservando o diálogo, a escuta e o discernimento diante das realidades presentes na macro.
Movidos pela ação do Espírito Santo e sob a proteção materna de Nossa Senhora da Conceição e vivendo essa espiritualidade em sua totalidade acolhemos a misericórdia em nossos corações, pois a misericórdia é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro.
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Santarém
64 ANOS DE ORDENAÇÃO PADRE JOSÉ GILBERTO BERALDO
Celebrar, por si só, já é um presente de Deus. Celebrar uma vida, um nascimento, uma vocação, enfim, celebrar é agradecer, reviver. E celebrar um aniversário de 64 anos de sacerdócio, então, com certeza, é um privilégio, uma dádiva concedida por Deus, nesse caso, para Padre Beraldo e para todos que são e foram privilegiados por essa vocação.
A vocação, esse chamado, de ser escolhido por Deus para dedicar sua vida à comunidade, assim como, São João Crisóstomo, partindo do duplo Ministério sobre o Corpo Sacramental e místico de Cristo, afirma a alta dignidade do Sacerdócio Católico.
Comparando o culto do Novo Testamento ao do Antigo, com as palavras de São Paulo: “O que havia de glorioso, aparece despojado de toda a glória, em presença de uma glória mais eminente”. Como nem aos Anjos fora dado o poder
das chaves, neste sentido de perdoar os pecados, então a dignidade e a honra dos sacerdotes supera até mesmo a dos Anjos. E como Nosso Senhor vinculou os sacramentos do Batismo e da Eucaristia à salvação, conclui o Santo Doutor que os sacerdotes, pelos quais ordinariamente recebemos estes sacramentos são necessários à salvação das almas.
Nesse sentido, Padre Beraldo dedicou e dedica sua vocação à dignidade do sacerdócio, sem que possamos contabilizar, nem imaginar, quantas vidas, famílias já foram resgatas e salvas, através de seus ensinamentos, empenho, carinho, dedicação e zelo, que teve e tem com nosso movimento.
Em todos esses anos de sacerdócio, foram grandes os desafios enfrentados: mudança de época, linguagem, reconhecimento do estatuto, mas Pe. Beraldo sempre se manteve firme na fé
e caridade, para que cada um de nós, milhares de pessoas, pudessem colher os frutos plantados em cada dia de seu sacerdócio, pois, durante todo esse tempo, não teve um só dia que ele não vivesse pelo movimento.
Nessa celebração em agradecimento, celebrada pelo próprio Padre Beraldo, ele consagrou o vinho no cálice de sua ordenação, desenhado por ele mesmo, e o entregou de presente ao Padre Rogerio, que concelebrava.
O GEN, o Movimento de Cursilhos, agradece muito a Deus, pela sua vida, pela sua vocação e por nos presentear, com vossa sabedoria e direcionamento, com um legado sem comparação.
Rogamos a Deus que continue lhe concedendo saúde e sabedoria. É uma honra desfrutar de vossa presença.
LIVRO
2008-2015 2016-2021
Maristela Conz Pereira Mansi
1ª Tesoureira do GEN Livros disponíveis na plataforma da Amazon