REVISTA COMEMORATIVA AO
DO MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE DA ARQUIDIOCESE DE SANTA MARIA (RS)
Celebrar 50 anos de história, viver o Jubileu de Ouro em ação de graças a tudo o que Jesus Cristo presenteou o Movimento de Cursilhos de Cristandade de Santa Maria.
50 anos de vidas transformadas, de ambientes transformados pelo Evangelho, pelo testemunho de inúmeros homens e mulheres, jovens e adultos, os quais cantaram, cantam e cantarão entusiasmados o Decolores! Viva a vida! A nossa capa retrata o MCC como movimento eclesial, pois foi assim, que peregrinamos nestes 50 anos, sendo Igreja.
Coordenação do Grupo Executivo Diocesano Marcos Trevisan e Rosângela Trevisan Coordenadores do Grupo Executivo Diocesano
Fabrício Coutinho Kubaski e Cristiane Kubaski Vice-Coordenadores do Grupo Executivo Diocesano
Pe. Francisco Luis Bianchin (Pe. Xiko) Assessor Eclesiástico do Grupo Executivo Diocesano Equipe de Eventos do Jubileu de Ouro Vanderley Teikowski e Tatiana Teikowski Bárbara Dalvite e Luciano Pereira Wladimir Comassetto e Liane Comassetto
Projeto Gráfico e Diagramação Ideias e Mídias - Juarez Rodolpho dos Sanros
Revisão Dizy Ayala
Adair José Batista
Jubileu de Ouro GED Santa Maria
2022 configura-se realmente como um ano jubilar para o MCC. Ainda há pouco celebrávamos em Aparecida o Jubileu de 60 anos da chegada do movimento no Brasil. E agora, na Arquidiocese de Santa Maria, temos a alegria de comemorar o Jubileu de Ouro.
O tema e o lema definem bem este momento histórico: 50 Anos Transformando Vidas e Ambientes (Vós sois o sal da terra e a luz do mundo).
Conclamamos a todos neste período pós pandêmico a motivarem os cursilhistas afastados a retornarem para o movimento. Precisamos da união de todos nas escolas vivenciais, nos três tempos do método: pré, cursilho e pós e, em todas as estruturas de serviço do movimento.
Decolores e Viva a Vida!
Dari Barichello Zanuso
Jubileu de Ouro
O Grupo Executivo Regional SUL3 RS2 sente-se muito honrado de ter, neste ano de 2022, dois GEDs que comemoram 50 anos do MCC em suas dioceses.
No dia 08 de outubro de 2022, foi realizado, junto ao GED de Santa Cruz do Sul (RS), o evento de comemoração aos 50 anos do MCC.
Nele, foi celebrada uma Santa Missa na Igreja Matriz e, após, todos saíram em passeata nas principais ruas da cidade até chegar à comunidade Santo Inácio, onde foi realizado um jantar de confraternização entre mais de 400 cursilhistas presentes.
Na oportunidade, foram homenageados todos os ex-coordenadores presentes no evento, que contou, também, com a presença do Sr. Edgar Hofmman, que fez o primeiro Cursilho naquela diocese no ano de 1972.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento. Transformando
Adair J. Batista Coordenador Nacional MCC
e Ambientes | 3
Vidas
O GER fez uso da palavra através do seu Vice-Coordenador José Carlos Perini e do Coordenador Dari Barichello Zanuso, elogiando a iniciativa daquele GED e que a passeata serviu como um verdadeiro pré-cursilho devido ao número elevado de pessoas que presenciaram. Muitos aplaudiram e cantaram junto com os cursilhistas.
Já o GED de Santa Maria (RS) irá comemorar seus 50 anos do MCC naquela diocese, no próximo dia 04 de dezembro de 2022.
Também haverá várias programações neste evento que, com certeza, será marcante para todos os cursilhistas de Santa Maria e setores ligados ao GED.
Ressaltamos que o GED de Santa Maria já sediou o GER por duas vezes, realizando um trabalho exemplar junto aos demais GEDs e setores.
O GER SUL3 RS2 congratula estes dois GEDs pelos seus 50 anos de uma caminhada perseverante, levando Jesus Cristo a muitos lares e pessoas, fazendo uma profunda transformação de vidas junto aos mesmos.
A todos os ex-coordenadores, aos assessores espirituais, aos que fizeram parte das coordenações e a todos os que, de uma forma ou outra, colaboraram para que o MCC perseverasse, nestes 50 anos de caminhada, nossa gratidão e desejo de que Deus os ilumine e que possamos continuar sempre com este belo trabalho de “evangelizar ambientes”.
Dari Barichello Zanuso Coordenador
4 | Revista
Jose Carlos Perini Vice-Coordenador
Jubilar
•
50 Anos MCC Santa Maria
(RS)
Grupo Executivo Diocesano da Arquidiocese de Santa Maria
Caros irmãos e irmãs! Estamos aqui reunidos para celebrar! São 50 anos de amor a Jesus Cristo.
São 50 anos que homens e mulheres, jovens e adultos, peregrinam com alegria e com entusiasmo, levando em suas mochilas fé e esperança, através do estudo, oração e ação. São 50 anos que vivemos este tripé, e nele alicerçados, cursilhistas de ontem e de hoje transformam ambientes, transformam vidas a partir do essencial: um encontro amoroso e profundo com Jesus Cristo.
Nestes 50 anos, gostaríamos de lembrar: quantas pessoas, a partir do Encontro consigo mesmo, para ir ao Encontro com Cristo, e com Ele, mostraram e mostram com suas vidas, com seu testemunho, as palavras de nosso Patrono Celestial São Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
Vamos lembrar dos irmãos e irmãs que ouviram e ouvem o pedido de Maria, nossa Mãe e, percorreram pelos ambientes “fazendo o que Ele lhes dizia”.
Isto é viver o Jubileu! Lembrar de tantos que anunciaram, e abraçá-los, quer com os braços, quer com a nossa oração, mas também olhar ao nosso lado e ver quem está conosco a nos motivar... esses que praticamente dizem, a exemplo de São Paulo, seja com gestos, sorrisos ou palavras: “Exorto-te a reavivar o dom espiritual que Deus depositou em ti pela imposição das minhas mãos. Pois Deus não nos deu um espírito de medo, mas um Espírito de força, de amor e de sobriedade. ” 2Tm 1, 6-7.
Assim peregrinou o Cursilho em Santa Maria, nestes 50 anos, com um Espírito de força, de amor e de sobriedade ou, como nos fala nosso livro Ideias Fundamentais: com Amizade, Sinceridade, Normalidade, Liberdade e Alegria (Nr 79).
Vamos relembrar como esta história começou:
O Movimento de Cursilhos iniciou em Santa Maria quando o primeiro grupo de pessoas de nossa cidade foi convidado para participar do 11º Cursilho de Londrina, no Paraná, nos dias 12 a 15 de agosto do ano de 1971. O convite foi realizado pelo Pe. José Maria Maimone, que exercia
suas funções ministeriais naquela cidade, e foram oferecidas quatro vagas para Santa Maria, nas quais participaram os padres Antoninho Stefanello e Clarindo Redin, e os leigos Amir Girondi e Noli Brum de Lima.
Este pequeno grupo voltou entusiasmado com o Cursilho e teve a boa acolhida de D. Erico Ferrari, então Bispo de nossa cidade, que passou a incentivar mais leigos a participar do Movimento.
Naquele mesmo ano de 1971, foram oferecidas mais quatro vagas para participar do 8º Cursilho de homens de Apucarana, no Paraná, que aconteceu nos dias 07 a 10 de outubro, e do qual participaram os leigos Santa-marienses Airton Rodrigues, Josefino Francesquetto, Tristão Gonçalves de Borba e Mário Franco Gaiger.
Foram homens que se apaixonaram pela proposta de evangelização que o Cursilho oferece, assumindo o compromisso de levar adian-
Transformando Vidas e Ambientes | 5
te este projeto de serem profetas no seu tempo e em seus ambientes.
Mas o sonho se tornou realidade em Santa Maria nos dias 24 a 27 de agosto do ano de 1972, quando aconteceu o 1º Cursilho de Homens, realizado no Colégio Máximo Palotino. Organizado pela Setorial Sul, o Cursilho foi coordenado por Edmundo Giostri de Ponta Grossa (PR) e contou com a participação de dirigentes de Porto Alegre, Ponta Grossa, Apucarana, Santa Cruz do Sul e Santa Maria.
Participaram ainda os seguintes sacerdotes: o Pe. Florindo Ciman de Porto Alegre, que foi o diretor espiritual deste primeiro Cursilho, D. Érico Ferrari, Bispo de Santa Maria, Mons. Floriano Cordenonsi, Pe. Antoninho Stefanello, Pe. Aguinelo Burin, Pe. Luiz Quaini e Pe. José Maria Maimone, que foi o grande incentivador da instalação do Cursilho em Santa Maria.
Neste 1º Cursilho de homens, além dos dirigentes e sacerdotes, participaram 53 leigos, sendo 31 de Santa Maria e os demais de Humaitá, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Caxias do Sul, Porto Alegre, Cachoeira do Sul, Rio Pardo, Santo Augusto, Formigueiro e Venâncio Aires.
O 1º Cursilho de mulheres foi realizado no mesmo ano de 1972, porém, nos dias 23 a 26 de novembro, também no Colégio Máximo Palotino, e foi coordenado por Marlene Camargo de Curitiba (PR), com a participação do padre Florindo Ciman, de Porto Alegre, que foi o diretor espiritual, Pe. Antoninho Stefanello, Pe. Achylle Rubin, Pe. Aguinelo Burin e Pe. Luiz Quaini.
Além dos Sacerdotes e Dirigentes, participaram deste Cursilho mais 50 mulheres, sendo trinta de Santa Maria e as demais de Humaitá, Santo Augusto, Porto Alegre, Formigueiro, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul.
Mais tarde os Cursilhos passaram a ser realizados na Casa de Retiros, onde houve reforma e adequações para este fim.
As primeiras reuniões sempre eram feitas na casa Paroquial da Igreja Nossa Senhora das Dores, sendo o Pe. Antoninho Stefanello o primeiro diretor espiritual do Movimento em Santa Maria, nos anos de 1972 a 1978.
Em 1973, podemos dizer que o Cursilho marcou, de forma impressionante, a vida de um sacerdote, Pe Francisco Luis Bianchin, nosso querido Pe. Xiko. Ele, sempre à frente do seu tempo, assumiu com amor este movimento, de Santa Maria para o GER, e do GER para o GEN. Um presente para o Brasil, Pe. Xiko, assume em 2009 como Assessor Eclesiástico Nacional, de mochila e sandália, como exemplo para todos nós, de forma incansável, cruza o país, de norte a sul de leste a oeste, anunciando com as palavras e a vida, o valor do MCC, como instrumento da Igreja.
O Cursilho para Jovens, na Arquidiocese de Santa Maria, teve o início em agosto de 1991 e, em 2019, realizou-se o 29º Cursilho masculino e 29º Cursilho feminino.
Nesta caminhada surgiram muitas atividades de Pós-Cursilho como o CEM, o PAEM, o JEM e a Tenda do Shalom.
Olhar para estes 50 anos de história nos permite afirmar em alta voz, com alegria, fé e esperança, o Espírito Santo encheu os corações de inúmeras pessoas, homens, mulheres, adultos, jovens, pré-adolescentes e crianças, e fez com que o Movimento de Cursilhos se tornasse um lindo instrumento para a Igreja em nossa Arquidiocese. Decolores! Viva a vida!
6 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Pe. Francisco Luis Bianchin, SAC (Pe.Xiko)
Graças ao Cursilho, tornei-me um cidadão, um cristão e um padre melhor
Na década de setenta, a Igreja católica, no mundo – consequentemente também no Brasil – vivia tempos de graça e renovação. Acabara de ser encerrado o Concílio Vaticano II, que foi o maior acontecimento religioso do século 20. Foi dentro e marcado por esse clima que chegou o Movimento de Cursilho em Santa Maria. Esse encontrou, portanto, um ambiente favorável por parte da Igreja, não, porém, no contexto político e social, porque estávamos num regime de excessão, regime militar, onde reinava a censura e a repressão aos movimentos sociais.
Estrategicamente, os primeiros dirigentes, muito sabiamente, convidaram o general do Exército, o comandante da Base Aérea e o comandante da Brigada Militar para participarem dos primeiros Cursilhos, o que realmente aconteceu. Por essa razão, os cursilhos nunca tiveram censura ou contraposição por parte do regime militar. O primeiro Cursilho realizou-se no Colégio Máximo Palotino, de 24 a 27 de agosto de 1972, com a participação de 53 novos integrantes que viveram o primeiro Encontro. Participaram dois bispos - Dom Érico Ferrari, bispo da Diocese de Santa Maria, e Dom José Maria Maimone, bispo Palotino, de Umuarama, no Paraná – e que foi o grande incentivador para que o Cursilho viesse para Santa Maria. Estiveram presentes, portanto, dois bispos, cinco padres, 28 dirigentes e 53 leigos participantes.
O Cursilho trazia uma nova metodologia, uma nova estratégia e, sobretudo, pelo seu carisma, uma nova proposta de vida e de evangelização dos ambientes.
Assim, nascia a história que hoje celebramos. Com certeza, nesses 50 anos foram transformadas muitas vidas, muitas famílias, muitas paróquias e muitos ambientes. O Cursilho é um valioso instrumento de evangelização, extremamente atual e eficaz. Tem como objetivo gerar uma nova visão de Deus, de mundo e de cristianismo. O Cursilho não se explica, porque é uma experiência de vida. Somente quem dele
participa pode saber realmente o que é. Vivi meu primeiro Cursilho em 1973, ainda no colégio Máximo Palotino. Foi uma experiência inesquecível, mesmo que minha real mudança tenha acontecido depois do Cursilho, graças às escolas. Mas as marcas dos três dias permanecem até hoje. Afirmo, com toda a certeza, graças ao Movimento de Cursilho tornei-me um cidadão, um cristão e um padre melhor. O Cursilho mudou minha vida e minha trajetória de vida, de tal forma que, desde lá, nunca mais me afastei do Cursilho. Encontrei ali a mais bela proposta de evangelização, porque entrei de corpo inteiro. Tenho certeza que a obra dos cursilhos é ação de Deus. O Cursilho nasceu na estrada e vive nela, mas pela força do Espírito Santo.
Sou grato ao Movimento de Cursilho e, consequentemente, a cada um dos que me levaram a ele. E àqueles com os quais, há 50 anos, caminhamos juntos. O Cursilho mudou minha vida para melhor, dando sentido à vida e entusiasmo ao meu Apostolado.
Nunca permitiu que me acomodasse. Aprendi e aprendo muito ao estar no Cursilho. Hoje, posso afirmar, com segurança, que não só estou e vivo do Cursilho, mas o Cusilho vive em mim. Foi ali que fiz e tenho as mais belas experiências de Deus. Minha vida confunde-se com a história do Cursilho.
Foi no Cursilho e a partir do Cursilho que construí os melhores e mais fiéis amigos, a quem agradeço e reverencio. Foi no Cursilho que aprendi a amar e deixar-me amar por Deus e pelos irmãos. Foi o Cursilho que me despertou a profunda paixão pela minha Igreja e por sua missão.
Por tudo isso, sou grato a Deus, pelo dom de ter entrado nesse instrumento de Igreja. Sou grato a cada um. Eterna gratidão e amizade.
Transformando Vidas e Ambientes | 7
Padre Clarindo Redin, SAC
Tive a graça de ser o primeiro a fazer o Cursilho em Santa Maria (RS), acredito que foi pelo ano de 1971. Eu e mais três companheiros fomos até Ponta Grossa (PR) num fordzinho, chegamos até atrasados na quinta de noite. E, logo depois voltando, já enviamos mais quatro para participar.
Trabalhei no Cursilho somente dois anos, entre 1971 e 1972, porque depois eu fui enviado pelos palotinos à Bélgica para estudar. […] Eu acho o Cursilho o melhor dos movimentos da Igreja, porque ele é Eclesial e bem focado em Jesus Cristo, que é a Igreja se manifestando neste trabalho, nestes rollos (mensagens) maravi-
lhosos, que as pessoas dão. Parabéns a vocês, o Cursilho merece sempre todo meu apoio e sempre vai ter. Meu abraço a todos vocês, ao GED e ao Padre Xiko, que foi esse baluarte que carregou sempre o Cursilho. Deus os abençoe.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
Mário Franco Gaiger
Numa tarde de uma segunda-feira, entram na loja: Dom Érico Ferrari, Padre Clarindo Redins, Padre Antoninho Stefanello e o Lori Brum de Lima, me convidando para participar de um curso no final de semana. Concordei!
O Cursilho seria em Londrina (PR) e, na época, era muito difícil de se locomover, pois as estradas eram todas de terra. Fomos a Porto Alegre (RS), pegamos o avião para Curitiba (PR) e depois o ônibus para Londrina.
Terminado o Cursilho, nos colocaram numa caminhonete, nos levaram para a rodoviária e pegamos o ônibus para Porto Alegre. O trajeto de Porto Alegre à Santa Maria foi feito de Kombi, numa viagem tranquila onde, cantando e brincando, chegamos às quatro horas da madrugada e fomos direto à Rua Padre Caetano Pagliuca. Começamos, então, a cantar, no meio da rua, o Decolores em espanhol. Algumas janelas come-
çaram a se abrir, dentre elas a do Padre Clarindo, que ali apareceu, de modo que nos encontramos, nos abraçamos e nos comprometemos a criar o movimento de cursilhos em Santa Maria.
Em 1972, com o auxílio da Diocese de Porto Alegre, junto ao Coordenador de Ponta Grossa (PR), foi realizado o primeiro cursilho de homens da Arquidiocese de Santa Maria.
O cursilho foi algo que mudou completamente a minha vida. Hoje dou graças a Deus por ter feito o cursilho.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
8 |
(RS)
Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria
CURSILHO TRANFORMANDO VIDAS E AMBIENTES
Victor Pozzobom
DECOLORES!
Em breves palavras, quero trazer a trajetória de vida e participação no Movimento de Cursilhos de Santa Maria do casal Victor Pozzobon e Maria Brondani Pozzobon (in memoriam).
Tendo participado desde os primeiros anos do Cursilho de Santa Maria, encontraram no Movimento uma fonte de formação e crescimento da fé. Naturais do município, foram convidados a participar do Cursilho. o Victor, em 1973, no segundo retiro realizado na cidade, e a Maria, no ano seguinte, possivelmente no terceiro ou no quarto retiro.
Tempos diferentes do que temos hoje (início de jornada), os cursilhistas da época tinham uma grande missão como propósito, tornar conhecida uma nova ferramenta de evangelização e fortalecer a Igreja de Santa Maria.
Jesus Cristo, com um “toc toc” diferente, chegava de mansinho pela fresta que cada um deixava, à medida em que Ele era mais conhecido.
Houve muitas novidades e grandes desafios, muitas amizades e muito trabalho na construção deste movimento que alcançou a muitos.
Apesar de estarem sempre próximos das coordenações e atividades, o casal fizera a opção de atuar nas bases. Era muita alegria para animar o povo nas cantorias e na produção dos folhetos de cantos. Era muita disposição para conduzir os trabalhos da cozinha; desde a lenha do fogão aos “quitutes” e sobre-
mesas. Tinha na lista bastante oração e muitos galhos verdes com flores para a decoração.
Ao Cursilho foram chamados e do Cursilho foram enviados para suas comunidades, e onde mais fosse necessário o testemunho do compromisso cristão. Atuaram por muitos anos na Catedral Metropolitana de Santa Maria, mas sempre tiveram no MCC o ponto de partida e de reabastecimento.
Nesta homenagem ao nosso Movimento, quero também deixar a gratidão ao casal Victor e Maria Pozzobon, pelo testemunho e a forma simples de servir.
10 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
VIVA A VIDA! Edson Pozzobon
Jurema Maria Sarzi Trevisan
2º Cursilho para Mulheres da Arquidiocese de Santa Maria - 1973
Decúria: Nossa Senhora da Paz
Outras Cursilhistas: Eda Pigatto, Esposa de Hélio L. Pigatto, Eufrasia Zemolim, Esposa de Aquilino Zemolim
As palestras eram chamadas de “Rollos”. Participaram nestas palestras: Pe. Gentil, Pe. Florindo, Pe. Ciro, Gilda.
Não tenho certeza, mas parece que o convite foi feito pelo Pe. Osvaldo. Para mim, o Cursilho era coisa totalmente estranha e já no primeiro dia, eu tinha vontade de ir embora. Depois fui entendendo a grandeza da vida cristã. Fazia muito frio, mas aos poucos fomos acostumando. Como se cantava Decolores em espanhol, ficou na lembrança, Barracão e muitas outras canções. A despedida nos deixou saudades e muitas amizades. O Cursilho tem me ajudado muito na atuação na Igreja, nos setores dos quais participei.
Shalom, paz, amor, alegria, felicidade! Ultreia, Avante!
Transformando Vidas e Ambientes | 11
O MOVIMENTO DE CURSILHOS EM SÃO SEPÉ DO ROLLO INICIAL AO 4º DIA
Naquele tempo, num fim de tarde de outubro, quatro ansiosos sepeenses, num misto de curiosidade e confiança, aguardavam solitários com suas bagagens, em frente à Igreja de Fátima, em Santa Maria (RS), pois tinham sido, assim, orientados, pelo grupo de formigueirenses que os convidara sem, no entanto, maiores revelações.
Aos poucos, outros foram chegando, também, com bagagem; alguns com travesseiros embaixo do braço e até alguém, mais prevenido e friorento, com pala no ombro.
Logo chegaram alguns outros, porém sem bagagem, convidando a todos para o interior da igreja e, gentilmente, se encarregaram de colocar nos dois ônibus, que acabavam de estacionar, as bagagens e pertences de quem ali estava. (inclusive um violão que permaneceu quieto, dentro do estojo, durante todo o evento).
Com uma breve saudação de boas-vindas, uma “Ave Maria” e orientados a embarcarem nos ônibus, em ordem alfabética, fez-se a chamada nominal de todos ali presentes.
Então, Almirante Sagastum Coelho, Fábio Ferreira Bitencourt, Getúlio de Souza Picada e Ledoniz Pires Motta partiram rumo ao desconhecido e, na tentativa de conhecê-lo, recebiam sempre a resposta: – Não se preocupem, tudo está previsto; ao se concluir um ato, iniciará outro e, assim, sucessivamente.
Enquanto o ônibus se deslocava, olhares atentos e comentários ao acaso:
– Vamos ver, então, o que é esse tal de “cursilho”!
– Não é “concílio”? Indagou alguém mais descontraído.
Já noite, desembarca-se (como galinha comprada) em meio a árvores frondosas e lá está um casarão, logo identificado por alguns: a “Casa de Retiros”!
Naquele 10 de outubro de 1974, com o 6º Cursilho de Homens da Diocese de Santa Maria, iniciava-se a saga do Movimento de Cursilhos de Cristandade em São Sepé. Éramos 79 homens: 46 cursilhistas, seis sacerdotes, alguns fazendo o Cursilho pela primeira vez, e a equipe responsável, com catorze dirigentes no corredor e treze na cozinha, sob a coordenação de Zacheu Gomes Canellas e Pe. Antonio Stefanello, como diretor espiritual que, alguns anos depois, abandonando o sacerdócio, constitui família e, atualmente, é professor aposentado, residindo em Brasília (DF). Profeticamente, no meu grupo (São Pedro), também fazia o Cursilho pela primeira vez um padre palotino chamado Francisco Bianchin.
Na semana seguinte, de 17 a 20 de outubro, no 5º Cursilho de Mulheres, foi a vez das curiosas e desconfiadas esposas dos que haviam feito o 6º Cursilho de Homens: Anita Cassol Bitencourt,
12 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Getúlio Picada*
Áurea Olobardi Motta, Ilage Coelho e Nilza Marchezan Picada. Eram cinco os casais convidados e, como um desistiu, ainda se garantiu a outra vaga feminina com a professora Júlia Frantz Wegner, o que, na época, não era comum, uma solteira fazer o Cursilho.
Ao ser “convocado” pela Coordenação para contar a história do MCC em São Sepé, descobri quão desafiante e generoso é este novo chamado de Cristo. Desafiante, pois, afinal, são 48 anos de experiências e vivências de fé, no cotidiano de cada um ou em grupos, nos trabalhos e eventos, comprometidos com a mensagem de Jesus Cristo, para se pesquisar, relatar e comentar nestas poucas linhas.
Generoso, pois me oportuniza com muita humildade e a caridosa permissão dos irmãos, revelar o convívio com sua graça, como seu instrumento, em 62 cursilhos, entre adultos e de jovens, neles incluídos, nove em Cachoeira do Sul (RS), dois em Santo Ângelo (RS), o primeiro de São Gabriel (RS), além de dez eventos de “Tenda do Shalom”. Todos sempre a convite da coordenação do “GED” de Santa Maria, mas
com o privilégio de, hoje, com uma lágrima de saudade e gratidão, em cada um deles, ter marcado o nome de São Sepé.
“Evangelização dos Ambientes” esteve no foco do MCC desde o 1º Cursilho. Nos primeiros tempos, tudo era segredo e ninguém se identificava como “cursilhista” fora do movimento, o que, de certa forma, dificultava o convite a novos candidatos.
Inicialmente, os encontros de leitura bíblica e troca de vivências, ou “reunião de grupo”, como se chamava, para alimentar a chama do 4º dia, acontecia nas próprias residências, num sistema de rodízio. Com o crescimento do grupo, as escolas aconteciam em dependências da paróquia e, algumas vezes, no MAJU, com a anuência caridosa das irmãs de Notre Dame.
Durante muitos anos, era regular um grupo frequentar a “Escola Vivencial”, às quartas-feiras, em Santa Maria. Indo de carro, muitas vezes, em caravana e, não raro, em ônibus locado. As “ultreias”, geralmente, registravam a presença de uma delegação de São Sepé.
São Sepé (RS) Transformando Vidas e Ambientes | 13
Sempre que alguém fosse convidado para “trabalhar” nos cursilhos, era obrigatória a participação nas escolas preparatórias e encontros, que os antecediam, além de ler e estudar o livreto “Os três dias por dentro”. Eram várias escolas e grupos de estudo, pois havia poucos dirigentes com experiência para as diversas funções no “corredor” e “cozinha”. Aos poucos, as exigências se amenizaram, na medida do aumento das pessoas experientes, nas respectivas funções.
Salvo algum “feriadão”, os cursilhos iniciavam na quinta-feira, às 14h com a “Missa de Entrega” dos dirigentes. Às 18h, começava a chegada dos cursilhistas, para uma clausura de três dias, com seu encerramento no domingo à noite. Daí a designação de “4º dia” para o restante da vida do cursilhista.
A partir de 1998, para atender à evolução das atividades socioeconômicas, principalmente, quanto à disponibilidade de tempo nas agendas do “mundo moderno”, o “cursilho 3 dias” adequou seu conteúdo para “2 dias”, obrigando-se à algumas supressões, mantendo, todavia, a essência original da mensagem.
A Casa de Retiros possuía acomodações em quartos simples, com instalações sanitárias e banheiros de uso coletivo, mas necessitava improvisar espaços para cursilhos, como Capela e salas de grupo. No entanto, reformas e ampliações a transformaram, na década de 80, num amplo, confortável e bem equipado local para eventos e cursos, com hospedagem em suítes e uma acolhedora capela.
A casa sempre foi muito fria e, não raro, nos invernos rigorosos, cobertores faziam vez de palas para os desprevenidos, nos grupos e sala de mensagens e, regularmente, na serenata do “Sol de Um Novo Mundo”, na alvorada do último dia. E como eram três pernoites, Zacheu Canellas, de saudosa lembrança e divertidas histórias, demonstrava que, com um único banho, se
banhava nos três dias do Cursilho: na quintafeira chegava de banho tomado; na sexta-feira, às 23h55min entrava no chuveiro e dali saía a 1h05min de sábado e, no domingo, já tomava banho em casa.
Assim, como a história é dividida em a.C. e d.C., o Movimento de Cursilhos em São Sepé também tem dois períodos distintos. Antes do Pe. Erasmo e depois do Pe. Erasmo assumir a paróquia em 1990. Até então, sem contar os padres coadjutores e auxiliares, tivemos sete párocos, dos quais, apenas quatro cursilhistas: Pe. Otávio (1974), Pe. Artêmio (1976), Pe. Ézio (1977) e Pe. Joselino (1986), o que, de certa forma, esmoreceu, muitas vezes, a atuação do movimento. Porém, em tantas outras, também se reanimou, com as oportunas e solicitadas visitas motivadoras de cursilhistas de Santa Maria, em sua maioria, lideradas pelo Pe. Xiko.
Pe. Erasmo trouxe consigo o que vivenciara com os cursilhistas na comunidade paroquial do Rosário, em Santa Maria, implementando aqui, aos poucos, a participação do movimento em toda a paróquia. Assim, incentivando os veteranos, indicando novos casais, e solteiros também, para fazerem o cursilho, Pe. Erasmo deu
14 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
um novo ânimo ao movimento, de tal forma que, em pouco tempo, cursilhistas com seus dons e talentos, colocados a serviço, se integraram aos mais diversos eventos, pastorais, conselhos, comissões, entidades, não só na cidade, como também, nas capelas e comunidades do interior do município.
Esta integração apostólica ampliou-se e encontrou, no carisma do Pe. Gerson, uma nova dimensão espiritual e de serviço, com reflexos, principalmente, entre os jovens e adolescentes.
Logo, formou-se o “Grupo de Jovens” que, em constante renovação e alimentado pelos “JEM” e “PAEM”, gerou e promoveu relevantes atividades e ações na comunidade. A transferência do Pe. Gerson, seu principal gestor e motivador, para Santa Maria, causou certo descompasso no grupo, além daqueles decorrentes da pandemia.
O PAEM, em catorze edições até agora, ao despertar nos adolescentes o compromisso e a alegria de caminhar com o Cristo Jesus, tem sido um sinal de esperança e renovação e, concomitantemente, uma grande fonte alimentadora da fé e perseverança dentro do movimento, na gratificante missão de servir e reviver, ali, momentos experimentados no Cursilho.
Em contrapartida, adolescentes que não eram filhos de cursilhistas, acabavam motivando seus pais a também fazerem o cursilho. A retomada da caminhada, interrompida pela pandemia, apresenta um novo desafio para o movimento que, certamente, encontrará na fé e em momentos de orações, atitudes e ações, o sustento para superá-lo.
Por sua vez, o Pe. Jair, atual pároco, mesmo não sendo cursilhista, tem demonstrado apreço ao MCC em várias oportunidades.
Embora ao longo desses 48 anos, tenha sofrido, em determinados momentos, algum
amortecimento em sua perseverança, o Movimento de Cursilhos em São Sepé é uma profícua e fraterna caminhada da igreja. Mesmo que, nem todos aqueles que cantaram o “DeColores”, pelos corredores da “Casa de Retiros”, acolheram o “Conto Contigo!” do Cristo, estima-se, em São Sepé, que em torno de setecentos fizeram o Cursilho e construíram sua história, comprometida com a missão evangelizadora. História esta, repleta de atos e fatos, eventos e momentos, vivências espirituais e sociais, em incontáveis ocasiões e situações, descritas em sua maioria, em narrativas orais, já que poucos são os registros manuscritos ou impressos:
- Desde a expectativa do envio, o sigilo das alavancas, o “DeColores” na acolhida e o testemunho dos novos cursilhistas à espiritualidade das escolas vivenciais e encontros de trabalhos;
- Desde as celebrações e comemorações de datas especiais às “ultreias”, algumas memoráveis e inesquecíveis pela confraternização;
- Desde a implantação do Movimento de Cursilhos na Paróquia de Vila Nova do Sul à emocionante e grata partilha de vida no “PAEM”;
- Desde o festivo reencontro nos encerramentos dos cursilhos à fraternidade e alegria da “cozinha” nos Cursos de Noivos. Aliás, a mais marcante ação do MCC na paróquia, reportado por muitos casais, nas celebrações comemorativas de suas bodas, em carinhosos e espontâneos testemunhos;
E assim tem sido o 4º dia do Movimento de Cursilhos em São Sepé.
Shalom!
Viva a vida! DeColores!
São Sepé, Outubro de 2022.
* Getúlio de Souza Picada
Arquiteto e professor aposentado da UFSM. Casado com Nilza Marchezan Picada. Um casal de filhos (Lucelle e Marcus) e três netos (Rafael, Manuella e Valentina).
Transformando Vidas e Ambientes | 15
Antônio Zamberlan
Participei do 3º Cursilho em Santa Maria, no Colégio Máximo Palotino, em 1973.
O que me chamou a atenção foi o depoimento final, onde a gente, perante toda a comunidade, tinha de responder à pergunta que era feita na hora, sem aviso prévio. O que significou o cursilho para ti? Eu me recordo, perfeitamente, que o cursilho me desacomodou, já que eu me sentia um pouco acomodado. De lá para cá, esta desacomodação continua até hoje.
Para mim e para minha esposa, hoje, foi feita uma deferência, pois éramos solteiros e, naquela época, solteiro não fazia cursilho. Nós, entretanto, fizemos porque iríamos casar logo depois.
Depois de casados, sentimos logo a necessidade de que, se nós quiséssemos ser discípulos e apóstolos de Cristo, tínhamos que saber primeiro
a sua mensagem. Isto nos engajou na escola, a necessidade de que se tu queres anunciar alguém, tu tens de saber o que esse alguém tem de mensagem.
A importância do Cursilho nós vivemos em três eixos: a família, a comunidade e o cursilho. O cursilho serviu para reforçar a minha família, reforçar a consciência de comunidade, de modo que sempre foi o alimento para a vivência em família e para a vivência em comunidade.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
Gilberto Storgatto
A história da nossa família junto ao MCC começou em 1997, quando eu e a Gianne fizemos o 47° Cursilho de Santa Maria. Na sequência, com a criação do PAEM e do JEM, os nossos três filhos: o Bruno, a Gabriela e a Marina integraram-se no movimento, participaram dos encontros e fizeram, também, o Cursilho para Jovens.
Sempre tivemos uma boa convivência com um grande grupo de amigos que foram feitos no ambiente do Cursilho. Um ambiente saudável, de aprofundamento da nossa fé. Participamos ativamente, até 2018, quando nos mudamos de Santa Maria. Assim sendo, fizemos parte desta bela história de caminhada e de evangelização que o MCC neste ano comemora.
16 | Revista
• 50
(RS)
Jubilar
Anos MCC Santa Maria
Edson e Tirza Pozzobon
Aqui é bom estar...
Pelas palavras de Pedro na passagem da transfiguração de Cristo no Monte Tabor, talvez, encontremos a melhor expressão que justifique uma caminhada de mais de trinta anos.
No primeiro semestre de 1990 (provavelmente em maio), eu e Tirza fizemos o “nosso” Cursilho. Foi o 35° Cursilho de Homens e o de Mulheres. Bastante jovens e recém noivos fizemos nosso “primeiro” encontro com Cristo, do jeitinho que o Cursilho nos apresenta a Jesus.
De famílias católicas, nossos pais já haviam feito o Cursilho, mas, como de praxe, não nos abasteceram de muitas informações sobre o retiro. Com vistas ao casamento no ano seguinte, iniciamos uma caminhada tímida.
O exercício do encontro, com Cristo e com novos amigos, passou a fortalecer os laços de amizade e a construção do amadurecimento de nossa fé. A disponibilidade é uma prática que passou a fazer parte de nossa vida. E cada vez mais, percebíamos o quanto é bom estar com Cristo e com os amigos de caminhada.
Neste período, construímos nossa família e tivemos dois filhos: a Giulia e o Gabriel, que nunca foram impedimento para nossa caminhada da Igreja, muito pelo contrário, foram incluídos e acolhidos pela nossa família cursilhista e da Paróquia das Dores.
Primeiro a Giulia, que foi batizada em uma ultreia de fim de ano, e, em seguida, o Gabriel, meu fiel companheiro nas animações das missas com
sua guitarrinha que chamava a atenção de todos. Ambos viveram com intensidade todos os grupos e experiências propostas pelo Movimento.
Seguimos fiéis nessa caminhada, pois, afinal, “aqui é bom estar”.
Hoje, temos muitos motivos para agradecer, e é na gratidão que encontramos motivos para seguir como peregrinos.
O amor do Pai é percebido em cada dia e em cada encontro que temos com os amigos.
O amor do Pai é agradecido a cada oportunidade que temos de servir.
E apesar de sabermos o quanto ”é bom estarmos aqui”, também sabemos que temos que descer o monte e voltar para o mundo. Porque o mundo ainda não se encontrou com o Cristo!
Viva a Vida!
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
Transformando Vidas e Ambientes | 17
Hildo Luiz Gelatti
Me chamo Hildo Luiz Gelatti, sou casado há 35 anos com a Rejane e juntos, em 2006, fizemos o 62º Cursilho da Arquidiocese de Santa Maria (RS). Desde então, passamos a participar dos diversos segmentos do Movimento (Retiros, JEM, TENDA).
A convite da Coordenação do Biênio 2016/2017, assumi a função de Tesoureiro e, por ocasião da minha aposentadoria profissional no final de 2017, fui provocado a assumir a Coordenação do GED no biênio 2018/2019. Confesso que depois de 40 anos de trabalho, tinha imaginado ficar pelo menos um ano aproveitando a nova etapa de vida, mas aceitei o desafio, e aqui não posso deixar de grifar o apoio da Rejane e, também, a parceria da minha Vice-Coordenadora, Rosangela A. Isaia, que foram fundamentais nos desafios vividos.
O MCC da nossa Arquidiocese, que completa neste ano seu Jubileu de Ouro, até então, tinha como referência a Casa de Retiros, uma casa Palotina onde realizávamos todas as atividades do Movimento, mas que, no início de 2018, foi transformada em hotel, o que nos obrigou a buscar alternativas para a sequência das atividades do nosso MCC.
Foram meses de muita negociação e desgaste que, com o tempo e as alternativas, foram sendo superados. Tivemos então, na Paróquia Nossa Senhora das Dores, o acolhimento para nossa Secretaria, bem como para a realização das nossas Escolas Vivenciais.
Para nossos Retiros, buscamos como alternativa o Seminário São José, casa vinculada à Arquidiocese, que continua sendo utilizada.
Para finalizar, não poderia deixar de salientar a importância do carisma do MCC em nossas vidas, como indutor de uma nova postura nos ambientes que convivemos.
Marcos e Vanessa Falleiro
Participamos do nosso primeiro Cursilho quando éramos namorados. O Marcos fez o 1º Cursilho para Jovens da Arquidiocese de Santa Maria (1991) e eu, o 4º Cursilho (1994). Foi uma experiência muito importante e marcante em nossas vidas porque aprendemos muito e crescemos como jovens e, principalmente, aprendemos e crescemos no conhecimento da fé e da religião católica. Depois da vivência do retiro, seguimos participando das Escolas e ajudando o Movimento em Santa Maria.
18 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Fizemos amizades, compartilhamos vida, fé e muitas experiências desafiadoras e gratificantes: Cursilhos para Jovens em Santa Maria, Erechim e Vacaria; Cursilho para Homens e Mulheres; tivemos a oportunidade de servir na Coordenação do Movimento e participar de várias equipes. Tudo isso foi, e é, muito importante na nossa caminhada como cristãos.
Ser cursilhista e fazer parte desse Movimento nos alegra e nos ajuda muito como pessoas, casal e família... Já se passaram quase trinta anos que fizemos o Cursilho e só podemos agradecer
a Deus por essa maravilhosa experiência que fez toda a diferença em nossas vidas.
Procuramos continuar ajudando o Movimento, participando da nossa Paróquia e rezando para que o Cursilho possa continuar a ser um momento de encontro com Cristo vivo e uma experiência do Reino de Deus.
Que Deus abençoe e fortaleça todo o Movimento que completa 50 anos.
Que possamos ser sal, fermento e luz nos ambientes.
Decolores!
Lara Seffrin Dutra
Meu nome é Lara Seffrin Dutra, sou natural de Júlio de Castilhos (RS).
Neste ano de 2022, ao dar o sim para trabalhar no 84° Cursilho de Mulheres, comecei a refletir e tentar me recordar qual era o número do Cursilho que havia feito. Porém, tive certa dificuldade em lembrar, foi então que me dei conta de que, na verdade, o primeiro cursilho que participei foi o 4° PAEM de SM, no ano de 2002. Esse retiro, em especial, me marcou muito, pois eu, com
onze anos, naquela época, que não posava fora de casa, nem longe da mãe, aceitei, logo de cara, ir para um retiro em Santa Maria, para passar dois dias. Me recordo que fui tão bem acolhida, que aproveitei ao máximo e nem pensei em vir para casa. Após esse Retiro, segui no Movimento apoiada pelos meus pais, que eram cursilhistas.
Juntos, trabalhamos no primeiro PAEM de Júlio de Castilhos e, então, segui ativa no movimento. Em seguida, participei,
Marcos e Vanessa Falleiro, casados há 23 anos. Pais da Mariana e da Laura.
Transformando Vidas e Ambientes | 19
também, do JEM, o qual fiz o Retiro no ano de 2005, e segui ativamente. Os irmãos cursilhistas sempre fizeram parte da nossa casa, essa presença foi muito importante quando minha mãe faleceu, nossa família encontrou no Cursilho apoio para seguirmos em frente. Meu pai encontrou uma companheira para sua jornada e a trouxemos para o movimento, sou muito feliz por isso.
Voltando à minha caminhada dentro do Cursilho, em 2009, participei do retiro de Jovens realizado em Santa Maria. Após esse retiro, por alguns anos eu não estive tão presente em função da busca pela formação profissional, houve momentos de incertezas, mas sempre encontrei na fé em Cristo a esperança de dias melhores.
Este ano, depois de um período com muitas dúvidas, recebi muitas graças e tornei a residir em Júlio de Castilhos e fiz uma promessa para Cristo, de que estaria mais presente na Igreja e, consequentemente, no Cursilho.
Desta forma, sem pensar duas vezes, fui trabalhar no Cursilho no seu ano de cinquentenário. Este retiro foi extremamente especial, saí do retiro com a força renovada, os encontros que lá ocorrerem foram iluminados, mais uma vez meu coração se encheu de gratidão.
Gratidão, esse é o sentimento que tenho pelo Movimento de Cursilhos.
O
Ivonete Rigo Klesener
Eu e meu marido, Adelmo Klesener, sempre participamos, desde então, do grupo de cursilhis-
tas da paróquia de Ivorá! Uma das coisas que mais gostamos é da oportunidade de convidar amigos a fazerem o cursilho e dividirmos a alegria de sermos padrinhos e afilhados, pois sempre foi assim que denominamos as pessoas que adentravam ao grande grupo.
A maior satisfação e diversão vinham da forma como levávamos as pessoas à Casa de Retiro, pois o pároco emprestava a kombi da paróquia, na qual íamos todos felizes, com risadas, e contando histórias de coisas que, de fato, não ocorriam.
Contávamos apenas para deixar as pessoas ainda mais com a vontade de saber o que iriam viver naqueles dias!
O Cursilho foi, e ainda é, essa mistura de fé, amizade e alegria, a qual une pessoas com o propósito de viver a fé e compartilhar com os demais.
Me chamo Ivonete Rigo Klesener, sou cursilhista desde a edição 53º, em 2001.
Cursilho foi um grande acontecimento em minha vida!
20 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Eliane Saibt
Fiz o 30º Cursilho em Santa Maria, no ano de 1987.
O Cursilho me transformou numa pessoa melhor, de maneira que eu me senti amada por Jesus Cristo e pelas outras pessoas, sendo fundamental para o meu crescimento pessoal e profissional. Posso dizer que o Cursilho faz parte da minha vida!
O Cursilho é um sinal de luz e de esperança para o mundo!
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
Antonio Cesar Labrêa de Souza
Vou começar com um relato de minha participação neste movimento. Realizei o 21º Cursilho para Homens em agosto de 1982.
Recordo-me que, em 1982, saímos de ônibus, em frente à igreja Fátima, fazendo um passeio pela cidade até chegar na Casa de Retiros. Nesta época, entrávamos na quinta-feira e saíamos no domingo. O encerramento do Cursilho era realizado no Seminário Máximo Palotino.
Me marcou muito o depoimento do 4º dia de seu Hélio Zófoli (in memoriam), no qual ele falou sobre perseverança e esperança, uma verdadeira lição de vida.
Realizávamos Ultreias dentro da Estação Experimental, de modo que acampávamos um dia antes para fazer os preparativos, com a participação de centenas de pessoas. Todos colaboravam muito e se divertiam, fortalecendo os laços de amizade.
Em 1998, meus amigos Mario César Flores e Paulo Mattos foram eleitos, respectivamente, Coordenador e Vice-Coordenador do GERSUL. Assumi como Coordenador do MCC da Diocese de Santa Maria quando, em 1999, comemoramos o Jubileu de Prata do MCC, realizando Jantar Baile, Ultreia e descerramento de uma placa em homenagem aos 25 anos do Movimento, além de placas entregues ao Pe. Xiko e a cada ex-coordenador, como homenagem à participação e colaboração com o Movimento.
Outra lembrança boa que tenho foi quando levamos o Cursilho para Jovens para outras cidades, como Erechim (RS) e Frederico Westphalen (RS). Participamos de cursilhos em cidades da região, colaborando e aprendendo juntos.
Também fiz parte do incentivo e da criação do PAEM, JEM e do Cursilho para Jovens.
Transformando Vidas e Ambientes | 21
Na criação do PAEM, meus filhos participaram em São Borja (RS) junto com outras crianças, de forma a semear a plantinha do amor de Cristo no coração de cada uma delas.
Dentro do MCC, me tornei um cristão mais comprometido com a justiça e o amor incondicional de Deus. Este movimento trouxe alegrias, desafios, amizades e serviu de muito aprendizado.
Sou grato por poder conhecer e participar deste movimento, o qual só foi possível pelo sim que dei ao convite de meus padrinhos Cleuza e Joel Castro, pois, através deste sim e das experiências que vivi, pude me tornar um ser humano um pouco melhor.
Também sou grato aos meus pais que me educaram dentro dos ensinamentos cristãos e a todos os que participaram comigo neste movimento, dos quais guardo um profundo apreço.
Aprendi que a Evangelização dos ambientes depende muito mais de ações e exemplos do que de palavras. Ações que ajudem a melhorar a vida das pessoas, em especial àquelas que são invisíveis para muitos de nossa sociedade e
esquecidas à margem da história. Aprendi que precisamos deixar o mundo com menos desigualdade e mais oportunidade, agindo com empatia e respeito, tornando-se sal, fermento e luz!
Com isso, finalizo parabenizando os 50 anos do MCC, desejando vida longa ao Movimento, com muitas ações que frutifiquem no coração de cada um.
Decolores! Viva a vida!
Isabel Hamann
Em 2001, fiz o 11º Cursilho para Jovens. O que mais me marcou no Retiro foram duas coisas: primeiramente, o carisma do movimento e a proposta em si, que foi a proposta mais sutil e mais instigante que eu recebi e toda a minha vida e, por isso, tornou-se irrecusável. A outra foi no “rollito” de São Paulo, na hora em que o Pe. Xiko falou como São Paulo, “não sou eu que vivo, mas
Cristo que vive em mim”. Aí eu senti que Cristo fazia morada em meu coração e que isto é para sempre. Então, dei o SIM
mais consciente e mais feliz da minha vida!
Quero deixar registrada, também, a minha felicidade em fazer parte deste movimento, eu não conheço nada tão rico quanto o Cursilho.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
22 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Marcos Trevisan
Meu nome é Marcos Trevisan, sou casado com a Rosangela há 42 anos, com quem tenho três filhos: o Leonardo, o Olintho e a Caroline, esta casada com o Miguel, que nos presentearam com os netos: Angelo e Antonio.
Fizemos o 47º Cursilho da Arquidiocese de Santa Maria (RS), em maio de 1998. Foi um momento muito significativo, pois me deu a certeza do imenso e incondicional amor que Deus tem por mim e minha família. A partir do nosso Cursilho, retomamos a caminhada com ótimos e fiéis amigos, verdadeiros rostos de Cristo.
Quando do convite para assumir a coordenação do GED para o triênio 2020/2022, senti em meu coração que seria mais uma oportunidade de dar o meu SIM em resposta às imensas graças que temos recebido nesta caminhada de fé, pois se tratava do Tríduo Jubilar.
Em 2022, comemoramos os 50 Anos do MCC em Santa Maria. Logomarca Jubilar definida, programações festivas, retiros, eventos e muita motivação. Eis que sem ser convidada, no início de 2020, chega a pandemia. E agora? O que fazer? Deus não nos envia a nenhum lugar onde sua graça não nos alcança. Deus, em sua infinita misericórdia, nos aponta o melhor caminho através dos amigos e irmãos de caminhada. Amigos com conhecimento de internet, de “lives”, postagens em redes sociais e afins surgiram para que não parássemos em “meio a tempestade”.
Em Sinodalidade, com a família, amigos e irmãos que comungam na mesma fé, continuamos anunciando o Plano de Amor em Jesus Cristo de maneira diferente, mas não sem o mesmo entusiasmo. Fortalecidos, concluímos esta nobre missão e seguimos juntos, de mãos dadas, nas mesmas estradas, pois somos todos irmãos.
Ricardo Rossato
O que foi mais marcante para mim, realmente, foi a mudança da concepção do cristão e de Deus… O que me fez mudar a minha própria concepção do meu lugar no mundo e do meu papel como cristão.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
Decolores! Viva a Vida!
Transformando Vidas e Ambientes | 23
José Henrique Seabra
do jovem, de modo que teve uma importância fundamental na minha vida e na vivência da minha fé.
Dentro do movimento de cursilhos foi que eu reencontrei Cristo e, a partir de então, eu fiz uma nova caminhada de Igreja, a Igreja que eu estava procurando, que eu sonhava e que encontrei aqui dentro… O cursilho mudou a minha vida e nele eu fiz os melhores amigos que eu tenho, além de Jesus Cristo, e irmãos de caminhada, pessoas que eu amo de coração.
No Cursilho, encontrei um grande sinal de esperança para o mundo.
Em 1991, fiz o 1º Cursilho para Jovens de Santa Maria (RS).
O Cursilho me marcou pela maneira como apresenta uma nova Igreja, com a participação
Noemia Abaid
O Cursilho me marcou muito porque deu para mim uma nova visão da Igreja. A acolhida que foi feita me chamou muito a atenção. Assim sendo, eu senti muito compromisso com tudo aquilo que vivi e que experimentei.
O Cursilho foi um divisor de águas na minha vida, pois por mais que eu tivesse um caminho, este caminho se tornou mais iluminado, de modo que eu não abro mão dele.
Este anúncio de Jesus Cristo me levou a ser discípula dele.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
24 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC
Maria (RS)
Santa
Paulo Edson Matos
Em várias oportunidades, fomos convidados a fazer o Retiro do Cursilho. Eu sempre recusava, alegando que não tinha tempo ou que eu não podia abandonar o meu consultório.
No final do mês de agosto de 1991, resolvemos aceitar o convite.
Foi uma experiência maravilhosa. Dias muito ricos em espiritualidade, onde nos foi apresentado um Jesus Cristo muito próximo, que nos convocou a sermos seus discípulos e missionários. Ele nos deu a missão de apresentá-lo em nossos ambientes, com o nosso testemunho, à nossa maneira de ser.
Os nossos três filhos também passaram por essa experiência e isso nos tornou uma família muito mais forte e unida.
Podemos dizer que o Cursilho significou um marco em nossas vidas. Uma vida nova, onde en-
contramos verdadeiros amigos e irmãos, companheiros de caminhada.
Eu me recordo de uma expressão que o Pe. Xico sempre diz: “O Cursilho é um dos melhores instrumentos de evangelização a serviço da igreja católica”.
Julio Cesar Giotto e Maria Rovena
Fizemos o 41º Cursilho de Santa Maria em maio de 1994, Cursilho este que foi transformador em nossas vidas. A partir dele, assumimos o compromisso e dedicamos as segundas-feiras para o MCC, bem como nos colocamos à disposição para auxiliar onde fosse necessário. Só deixamos de participar em algumas escolas por motivos de força maior.
Em 2001, fomos convidados para coordenarmos o Movimento de Cursilhos de Cristandade na Diocese de Santa Maria. Naquele período, o movimento era muito forte e o número de candidatos que queriam participar era grande, pois havia um engajamento de todos os Cursilhistas na busca por candidatos. O Cursilho de Jovens, também, estava muito ativo, participando e ajudando na implantação do mesmo em outras Dioce-
Giotto
ses, como Erechim e Vacaria. Na época, foi dado espaço para que os jovens tivessem representatividade junto ao GED, participando das decisões do Grupo Executivo Diocesano. Em 2002, comemoramos os trinta anos do MCC em Santa Maria, com uma grande Ultreia Festiva.
Desde aquela época, havia uma preocupação das Coordenações com a continuidade do movimento. Foi quando foram criados os segmentos do CEM (Crianças em Movimento), PAEM (Pré-adolescentes em Movimento) o JEM (Jovens em Movimento). Queríamos o envolvimento dos mais jovens para que eles tivessem uma caminhada de evangelização desde cedo. Nossas escolas estavam sempre repletas às segundas-feiras. O entusiasmo era contagiante.
Transformando Vidas e Ambientes | 25
Também foram incrementadas e ajustadas a forma de realizar os Encontros de Casais (Tenda do Shalom), que faziam um complemento ao Cursilho, cujo objetivo era reforçar os laços familiares e criar uma maior espiritualidade dentro de cada lar, através do amor e da partilha.
Em 2015, fomos, novamente, convidados para coordenarmos o Movimento e permanecemos por mais duas gestões (2016 e 2017). Neste período, os segmentos do PAEM e do JEM eram muito ativos. O que foi interessante é que muitas das crianças participantes trouxeram seus pais para fazer o Cursilho, para, com isto, poderem vir juntos às escolas. Os desafios dos responsáveis por estes segmentos exigiam
um grande envolvimento e uma enorme responsabilidade, pois eram jovens numa idade que exige muita atenção, tato e carinho para se lidar com eles.
Continuamos até hoje, nos colocando à disposição do MCC, pois sabemos que a missão de evangelizar nossos ambientes é grande. O Movimento de Cursilhos nos fez crescer como cristãos e como pessoas comprometidas com o seu Carisma de ser Sal, Fermento e Luz em nossos ambientes.
Muito obrigado MCC por nos tornar pessoas um pouco melhores. Nosso processo de conversão é contínuo. Que Deus continue a nos abençoar. Decolores
Rafael Cechella Isaia
A NOSSA MISSÃO
Irmãos cursilhistas, minha caminhada no MCC iniciou no 52º Cursilho, em maio de 2001. De lá para cá, procurei sempre, dentro do possível, ser participativo no Movimento. Meu maior desafio foi nos períodos em que fui convidado para coordenar o GED Santa Maria, sendo o primeiro nos anos anteriores às comemorações dos 40 Anos de presença do Cursilho na nossa
Arquidiocese. Lembro-me que respondi de pronto o convite, na época, e comentei que jamais poderia dizer um “não” ao MCC, pois havia recebido, gratuitamente, tanto dos irmãos, que nunca poderia negar.
Todos passamos por “momentos fortes” no nosso 1º retiro: o fasci -
A AMIZADE: BASE PARA BEM CUMPRIR
26 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
nante encontro com Cristo; a reconciliação; a reconversão e a consciência de que a mesma é um processo que se dará pelo resto da vida; o despertar da compreensão de uma verdadeira vida cristã; e em muitos outros momentos. Assim, ao natural, vai-se estabelecendo uma relação de confiança e de afetividade entre os cursilhistas. Inicia-se aí uma relação de amizade cristã madura entre irmãos.
A partir dessa amizade, homens e mulheres cursilhistas alimentam o respeito, a sinceridade, a doação, o equilíbrio, a compreensão, a boa convivência. Através dessas relações acontece a busca da plenitude humana encarnada por Jesus Cristo. A amizade entre nós cursilhistas fortalece a nossa caminhada, nela encontramos motivações para sermos melhores pessoas
e, através dela, vivemos uma comunidade de fé, de esperança e de caridade. E baseados nessa amizade e no amor em Cristo é que os cursilhistas juntam esforços para bem cumprir o seu carisma de evangelizar os ambientes.
Amigos, aproveitemos, ainda, o que resta do ano para bem comemorar o nosso Jubileu de Ouro, 50 Anos de presença viva, a serviço da nossa Igreja. E, já, às vésperas do Advento, tempo de expectativa e esperança, criemos um clima para bem receber o Menino Deus.
Celebremos a sua vinda com muita alegria, renovando o nosso compromisso de amizade cursilhista, base para bem cumprir a nossa missão!
Mário Cesar Feldmann Flores
“50 ANOS DE HISTÓRIA”
Queremos rememorar um pouco de nossa história junto ao Movimento de Cursilhos em Santa Maria. Fizemos nosso Retiro do Cursilho em 1978, portanto, lá se vão 44 anos de uma mudança em nossas vidas.
Aprendemos a viver uma vida cristã como o Cristo nos pede. Foram muitos Retiros em que participamos dando nosso testemunho de fé e de vida, buscando incentivar outras pessoas a conhecerem este instrumento de Evangelização. Muitas vidas foram transformadas nestes 50 anos do MCC.
Fomos crescendo dentro do movimento sempre com uma participação ativa, buscando mostrar
à nossa cidade, ao nosso Estado e ao nosso Brasil, um novo jeito de ser Igreja.
Nossa caminhada dentro do movimento nos levou a assumir vários compromissos.
Compreendendo um pouco mais da instituição Movimento de Cursilhos e seu estatuto, fomos conduzidos à Coordenação do Grupo Executivo Diocesano, o que nos impunha maior responsabilidade e perseverança.
Em Santa Maria, tínhamos uma característica de que a Coordenação do GED e dos setores era exercida pelo casal e junto a outros casais, assumimos mais esta missão.
As Escolas Vivenciais também se destacaram pelas temáticas e participação expressiva
Transformando Vidas e Ambientes | 27
dos cursilhistas.
Muitas vezes éramos questionados sobre como conseguíamos reunir um grande grupo de pessoas numa segunda-feira à noite para estudar os documento da Igreja. Eram celebrações importantes e convidados que nos faziam pensar como melhorar o mundo que viviamos.
Importante salientar também nossa participação nas Assembleias Regionais onde compartilhávamos experiências para termos uma unidade como Igreja.
Um fato que nos marcou foi a indicação de nosso nome para a Coordenação Regional do MCC. Estávamos numa Assembleia Regional em Santa Maria (RS) e foi solicitado pela Coordenação que apresentassem nomes para coordenar o Regional. O Pe. Xiko nosso assessor, sugeriu o meu nome, o que me deixou bastante surpreso
e preocupado com tamanha responsabilidade.
Assumimos no “susto”, mas conseguimos dar conta do recado.
Nosso maior desafio nas Assembleias Regionais era pela inserção dos jovens no movimento, pois aqui em Santa Maria já tínhamos o Cursilho para Jovens, bem encaminhado. Isto serviu de estímulo para que outros GEDs também inserissem os jovens dentro do MCC.
Crescemos como família dentro do movimento e somos muito gratos por tudo que vivemos neste instrumento de evangelização que nos compromete cada vez mais na missão de sermos sal, fermento e luz no mundo.
Decolores ! Viva a Vida!
Elisangela e Mario Cezar Flores
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
Cezar Domingos Trevisan
Decolores.
De 18 a 21 de abril de 1973 foi realizado o II Cursilho de Homens em Santa Maria, onde tive a grata felicidade de estar presente. Fui a convite do Pe. Dorvalino Rubin e Armindo Taschetto. Iniciava ali uma nova caminhada cristã. Minha esposa Tania também participou na semana seguinte do Cursilho de Mulheres o que nos deu oportunidade de começar pela família, uma vivência mais forte de fé, esperança e perseverança.
Foram muitos os encontros no nosso grupo e intergrupos. Muitos dias de estudos onde nos reuníamos nas segunda-feiras, para ter mais conhecimento para compartilhar e ser portador da Boa-nova.
Ultréias também foram importantes onde abastecíamos, recarregávamos as baterias, para caminhadas mais longas. Participei em muitos outros cursilhos como Dirigente e Coordenador e também em Encontros e Cursilhos de Dirigentes.
28 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Fui Coordenador do MCC da Diocese de Santa Maria. Por muitos anos estive vinculado ao movimento junto a outros companheiros de caminhada, tentando semear a boa semente que Cristo nos mostrou ser possível. Chegamos inclusive a manter a Casa de Retiros, onde eram realizados os Encontros e Cursilhos, sobre controle e administração do MCC mediante um contrato de comodato.
Inicialmente, para realização dos Cursilhos, tivemos o apoio de dirigentes de Porto Alegre e posteriormente com dirigentes de São Paulo.
Tivemos sempre o apoio de Diretor Espiritual, Bispo Diocesano e muitos sacerdotes.
Saudamos o Jubileu de Ouro do MCC de Santa Maria. Me orgulho de ter participado e contribuído para que outros tivessem oportunidade de conhecer e amar o Cristo: que nos ampara, ajuda e conduz tornando nossas vidas mais feliz!
Abraço a todos.
Padre Alexsandro Miola, SAC
MCC – Um Dom de Deus
No ano de 2003, quando ainda era Seminarista, realizei o 13º Cursilho para Jovens em Santa Maria. Em 2010, fui ordenado Sacerdote e no ano seguinte fui convidado a trabalhar como vigário na Paróquia Nossa Senhora das Dores. Aos poucos fui acompanhando e me envolvendo com as atividades do Movimento de Cursilhos. Desde então inúmeras foram as atividades realizadas, Retiros, Escolas, Formações, Assembleias, Ultreias, enfim, a cada momento, minha identidade como cursilhista foi se consolidando.
Hoje olhando para meu ministério posso dizer que muito do que sou hoje devo ao Movimento de Cursilhos. Geralmente nas atividades em que me envolvi, tinha alguma tarefa a realizar, contudo, sempre recebi muito mais do que pude dar. Quantas liturgias, estudos, amizades, lugares, comunidades, experiências! Por exemplo, a participação nas Assembleias Nacionais, onde sempre foi possível perceber a eclesialidade do Movimento. Uma diversidade de pessoas, com costumes e culturas diferentes, mas com um mesmo carisma, buscando ser sal, fermento e luz nos ambientes.
Neste Jubileu de Ouro do Movimento de Cursilhos em Santa Maria meu sentimento é de profunda gratidão. Quantas vidas transformadas! Quantas pessoas tomaram consciência que Deus as ama incondicionalmente! Quantos homens e mulheres ouviram o “toc toc” de Jesus e
o acolheram em suas vidas! Quantos ambientes foram evangelizados a partir das vivências que o Movimento proporcionou! Enfim, muitas graças foram concedidas no decorrer destes anos, por isso, podemos rezar com o salmista: “Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes” (Sl 137,2).
Desejo que este jubileu seja um momento de renovação! Há um longo caminho percorrido, mas também um longo caminho a percorrer. O próprio Jesus sinalizou quando escolheu os setenta e dois discípulos e os enviou em missão: “A messe é grande mas os trabalhadores são poucos” (Lc 10,2). Então cursilhistas de Santa Maria, vamos em frente! Lembremos da cruz que um dia recebemos: Cristo conta conosco! Que Maria, Rainha dos Apóstolos e São Paulo, nosso patrono, continuem intercedendo por todos nós, a fim de que o MCC continue sendo um dom de Deus para a Igreja. Decolores! Viva a Vida!
Transformando Vidas e Ambientes | 29
Wladimir e Liane Comassetto
“Nós crescemos como família no MCC… Aprendemos a ser cristãos verdadeiros neste movimento”.
Luiz Pedro Cervo
No encerramento, vinham vários ônibus de locais diferentes. De São Borja vinha sempre um ônibus, outro de São Sepé e um de Júlio de Castilhos. Vinha gente de Faxinal de Soturno, de São Pedro, Nova Palma, Restinga Seca, Três Mártires e o salão ficava cheio.
A importância do Cursilho para mim foi muito grande, porque ele me confiou muita mudança. A partir do Concílio Vaticano II, que fez uma mudança muito grande na Igreja, onde antes existiam muitas regras, muitas atitudes formais, muito protocolo, digamos assim, para serem cumpridos… Após o Concílio, a Igreja se abriu para a vivência, muito mais do que para os princípios legais. Era a vivência de Igreja que se tomava consciência para o cristão, para o leigo, os padres, o bispo, de que todos somos Igreja, onde cada um exerce a função diferente. Hoje, sabemos qual a nossa função, somos leigos que são Igreja caminhando.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeo do depoimento.
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code acima e acesse o vídeo do depoimento.
30 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
GALERIA DE FOTOS
CURSILHO PARA
32 |
• 50
(RS)
ADULTOS
Revista Jubilar
Anos MCC Santa Maria
Cursilho para Homens - 1972
Cursilho para Homens - 1972
1972-2020 Transformando Vidas e Ambientes | 33
Cursilho para Homens - 1982
Cursilho para Homens - 1982
34 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS) A
HISTÓRIA EM FOTOGRAFIAS
Cursilho para Homens - 1992
Cursilho para Homens - 2002
Transformando Vidas e Ambientes | 35 1972-2020
Cursilho para Homens - 2012
Cursilho para Mulheres - 1972
A
EM
36 | Revista
• 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Cursilho para Mulheres - 1972
HISTÓRIA
FOTOGRAFIAS
Jubilar
1972-2020
Cursilho para Mulheres - 1982
Transformando Vidas e Ambientes | 37
Cursilho para Mulheres - 1982
CURSILHO PARA ADULTOS
Cursilho para Mulheres - 1992
38 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Cursilho para Mulheres - 1992
1972-2020
Cursilho para Mulheres - 2002
Transformando Vidas e Ambientes | 39
Cursilho para Mulheres - 2012
CURSILHO PARA ADULTOS 40 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Cursilho para Mulheres - 2012
1972-2020 Transformando Vidas e Ambientes | 41
Cursilho para Jovens - 1991
Cursilho para Jovens - 1991
42 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS) A HISTÓRIA EM FOTOGRAFIAS
Cursilho para Jovens - 1991
Cursilho para Jovens - 1991
Transformando Vidas e Ambientes | 43 1972-2020
Cursilho para Jovens - 2000
Cursilho para Jovens - 2000
Cursilho para Jovens - 1991 para 2011
Cursilho para Jovens - 1991 Cursilho para Jovens - 2019
Transformando Vidas e Ambientes | 45 1971-2020 1972-2020
Cursilho para Jovens - 2000 Juventude em Movimento - 2002
Cursilho para Jovens - 2000 Juventude em Movimento - 2004
46 |
• 50
(RS) A
EM
Revista Jubilar
Anos MCC Santa Maria
HISTÓRIA
FOTOGRAFIAS
Pré Adolescentes em Movimento - 1999
Pré Adolescentes em Movimento - 2019
Transformando Vidas e Ambientes | 47 1971-2020 1972-2020
Primeira Tenda do Shalon - 1997
Tenda do Shalon - 1998
48 | Revista
• 50
MCC
(RS) A HISTÓRIA EM
Jubilar
Anos
Santa Maria
FOTOGRAFIAS
Tenda do Shalon - 2000
Tenda do Shalon - 2006
Transformando Vidas e Ambientes | 49 1971-2020 1972-2020
Tenda do Shalon - 2018
2021 50 | Revista
• 50
MCC
(RS) EVENTOS DO JUBILEU
1º Retiro Jubilar -
Jubilar
Anos
Santa Maria
1º Retiro Jubilar - 2021
Transformando Vidas e Ambientes | 51 2021-2022 1º
- 2021
1º Retiro Jubilar - 2021
Retiro Jubilar
EVENTOS DO
52 | Revista
• 50
MCC
(RS)
JUBILEU
Jubilar
Anos
Santa Maria
Encerramento da Novena de Pentecostes 2022
Encontro com os Presbíteros do Município de Santa Maria
Transformando Vidas e Ambientes | 53 2021-2022
Encontro com os Presbíteros do Município de Santa Maria
Encontro com os Presbíteros do Município de Santa Maria
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code acima e acesse o vídeo da Romaria dos Ciclistas
54 |
(RS)
Romaria dos Ciclistas
Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria
EVENTOS DO JUBILEU
Romaria dos Ciclistas
Transformando Vidas e Ambientes | 55 2021-2022
Romaria dos Ciclistas
Romaria dos Ciclistas
EVENTOS DO JUBILEU
56 |
• 50
(RS)
Revista Jubilar
Anos MCC Santa Maria
Escola Itinerante do Setor de Julio de Castilhos em Santa Maria
Escola Itinerante do Setor de Julio de Castilhos em Santa Maria
Transformando Vidas e Ambientes | 57 2021-2022
Celebração Eucarística em comemoração ao Jubileu de Ouro na Romaria da Medianeira
Escola Itinerante do Setor de Julio de Castilhos em Santa Maria
EVENTOS DO JUBILEU
58 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC
Maria (RS)
Santa
Celebração Eucarística em comemoração ao Jubileu de Ouro na Romaria da Medianeira
Cursilhistas servindo na Romaria da Medianeira 2022
Transformando Vidas e Ambientes | 59 2021-2022
Escola Itinerante em São Sepé
Escola Itinerante em São Sepé
EVENTOS DO JUBILEU
60 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC
(RS)
Santa Maria
Escola Itinerante do Setor de São Sepé em Santa Maria
Escola Itinerante do Setor de São Sepé em Santa Maria
2021-2022
Escola Itinerante do Setor de São Sepé em Santa Maria
62 |
(RS)
Escola Itinerante em Júlio de Castilhos
Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria
EVENTOS DO JUBILEU
Escola Itinerante em Júlio de Castilhos
Transformando Vidas e Ambientes | 63 2021-2022
Homenagem da Câmara de Vereadores de Faxinal do Soturno (RS)
Homenagem da Câmara de Vereadores de Faxinal do Soturno (RS)
EVENTOS DO JUBILEU
64 | Revista Jubilar • 50 Anos MCC Santa Maria (RS)
Homenagem da Câmara de Vereadores de Faxinal do Soturno (RS)
Homenagem da Câmara de Vereadores de Faxinal do Soturno (RS)
Transformando Vidas e Ambientes | 65 2021-2022
84º Cursilho para Mulheres 2022
84º Cursilho para Homens 2022
ULTREIA JUBILAR, todos como irmãos, comemorando 50 anos de evangelização de ambientes
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code ao lado e acesse o vídeoclipe em homenagem ao 50 anos do MCC
“Peregrinar com fé é abrir caminhos”... sejamos peregrinos entusiasmados com o Encontro com Jesus Cristo e com Ele, por Ele e NEle, sejamos Igreja em saída a transformar vidas e ambientes. Decolores! Viva a vida!
HOMILIA E REFLEXÕES DE DOM LEOMAR ANTÔNIO BRUSTOLIN
Aponte a câmera de seu celular para o QR-Code acima e acesse o vídeo da Homilia e Reflexões de Dom Leomar Antonio Brustolim, Arcebispo da Arquidiocese de Santa Maria (RS).