PET
ANO XVII, Nº 103 JUL-AGO-SET/2011
Leishmaniose Visceral em foco
Municípios iniciam projetos para controle da zoonose
Parque Francisco De Assis
Sociedade Lavrense de Proteção aos Animais dá exemplo e muda a vida dos cães de rua
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Sumário
Editorial
As atrações desta edição
Da nossa Redação
Caro (a) Leitor (a) da VetNews,
Municípos contra a leishmanIose
Com esta edição estamos iniciando um novo tempo nos negócios de saúde animal no Brasil e no mundo. Em 29 de junho, foi anunciada globalmente a mudança de identidade para Merck Animal Health nos EUA e Canadá, e MSD Animal Health em todos os outros países em que estamos presentes. No Brasil, adotamos o nome de MSD Saúde Animal.
Conheça as ações de algumas cidades que já iniciaram o controle da LVC.
10 E mais, nesta edição: 4 CONEXÕES E GIROS As novidades do setor de pet.
6 Bem-Estar
Parque Francisco de Assis Cães de rua passam a morar em ambiente mais amplo e limpo e recebem todo carinho e atenção.
Hospedagem para cães.
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8 olho clínico Prevenção e combate à diabete em cães e gatos.
9 Fique Ligado msd Saúde Animal e TerraCycle criam programa de coleta em clínicas e pet shops.
Isso tem um significado muito importante para a nossa organização, pois a Merck Corp. Inc. decidiu abraçar a missão da saúde animal e colocá-la como uma divisão de negócios de importância estratégica para o futuro da empresa. É o que diz o CEO da Merck Global, Sr. Ken Frazier: “Vemos a saúde animal como totalmente complementar aos negócios de saúde humana e uma parte importante da estratégia de crescimento da Merck Corp. Inc.” Essa é uma demonstração de compromisso público assumido com o desenvolvimento dos negócios em saúde, produtividade e bem-estar animal. A mudança de nome nos faz reconhecer o valor da nossa história e permite, além do benefício da excelente reputação da Merck, viver profundamente em uma cultura baseada em ciência, integridade e realização por meio das pessoas. Este novo “velho” nome sinaliza um recomeço.
13 Raças Golden Retriever.
14 PESQUISA EM SAÚDE Pesquisadora testa efetividade da coleira com deltametrina no combate à lvc.
16 Entrevista Gilberto Baba, referência para criadores.
18 universidade corporativa Como motivar equipes.
expediente PET
Ano XVII, Nº 103, Jul-Ago-Set/2011 VetNews PET é uma publicação trimestral, editada pela MSD Saúde Animal. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas e colaboradores não representam necessariamente os do informativo. Todos os direitos são reservados. Distribuição gratuita. DIREÇÃO: Vilson Simon. COORDENAÇÃO: Vagner Santos e Luciano Salgado. CONSELHO EDITORIAL: Andrea Bonates, Andrei Nascimento, Glaucia Gigli e Marco Castro. REDAÇÃO: TEIA Editorial. Jornalista Responsável: Kelli Costalonga (Mtb 28.783). Edição: Danielly Herobetta. Redação: Érica Nacarato. DIAGRAMAÇÃO: Four Propaganda. Revisão: Alla Lettera. www.msd-saude-animal.com.br | twitter: @msdsaudeanimal | facebook: msd Saúde Animal
O compromisso assumido por nosso Presidente Mundial da Saúde Animal, Sr. Raul Kohan, na ocasião do anúncio de nosso novo nome, é muito significativo para todos nós: “Vamos transformar nossa organização e ficar duas vezes melhores em tudo o que já fazemos. Promoveremos nossa posição como líderes da indústria e dobraremos os nossos negócios nos próximos seis anos por meio do crescimento interno e do desenvolvimento”. A MSD Saúde Animal e cada um de seus colaboradores estão totalmente empenhados em trabalhar arduamente na busca da prosperidade coletiva. Muito obrigado pela confiança e amizade. Uma excelente leitura! Vilson Antonio Simon, MV, MSc Diretor-Presidente MSD Saúde Animal
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Conexões e Giros Novidades e principais assuntos do setor
Eles sentem, sim, pena das pessoas! Sabe aquela sensação que muitas pessoas têm de que seu cão se sensibiliza quando elas estão tristes? Uma pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, de Portugal, constatou que essa impressão é mais real do que imaginamos! Segundo o estudo, os cachorros não copiam simplesmente as emoções que estão ao seu redor, mas podem ficar chateados como uma criança quando criados em um ambiente familiar com brigas e podem, ainda, pedir ajuda no caso de emergências, o que sugere determinado grau de percepção e empatia. A explicação cientifica, é que os cachorros são afetados pelas emoções humanas por serem descendentes dos lobos, caninos sociais, cooperativos e que sentem empatia por outros lobos. A evolução e a domesticação teriam feito com que eles conseguissem sincronizar suas emoções às humanas.
O inverno chegou... E com ele as preocupações redobradas com os animais de estimação. Ao contrário do que muita gente pensa, eles sentem frio e podem sofrer com doenças típicas de inverno, como a tosse dos canis, caracterizada por tosse seca, que piora com os exercícios físicos, e secreção nasal. Nos casos mais graves é possível constatar, ainda, secreção nos olhos, coriza, falta de apetite e febre, podendo evoluir para uma pneumonia. Para evitar qualquer problema, é imprescindível protegê-los com o uso de roupinhas, cobertores e um bom abrigo para dormir. Na hora de levar ao pet shop, é importante não realizar a tosa, já que o pelo tem a função de protegê-lo do frio. O banho deve ser dado em um ambiente com temperatura controlada, assegurando-se de secá-lo totalmente antes de sair. Muito importante e indispensável, também, é vacinar os cães contra a gripe canina, conhecida como tosse dos canis. Vale lembrar que o cuidado com filhotes e animais idosos deve ser redobrado, já que eles apresentam sistema imunológico debilitado, mais sensível que o de outros animais!
Um Brasil que cresce forte e saudável Esta é a marca da campanha do movimento Sou Agro, uma iniciativa multissetorial, de empresas e entidades representativas do agro brasileiro, que pretende reposicionar a imagem do agronegócio nacional na sociedade brasileira, destacando suas contribuições positivas, como a geração de empregos e renda para a população, o alto padrão tecnológico, a garantia do abastecimento interno e o aumento do poder de compra das famílias, num papel histórico para o desempenho positivo da nossa balança comercial e para o desenvolvimento do Brasil. Seja Agro, acesse: www.souagro.com.br
Sistema permitirá que carros detectem a presença de animais nas estradas
A fabricante de carros Volvo vem trabalhando em uma versão capaz de reconhecer animais. De acordo com a empresa, o novo sistema vai alertar o condutor, por meio de sinais sonoros, sobre a presença de um animal e, em seguida, se não houver reação do motorista, o carro irá reduzir a aceleração automaticamente. A novidade se baseará no sistema de detecção de pedestres da marca, batizado de Full Auto Brake, e também utilizará uma câmera com dispositivo de monitoramento infravermelho. A intenção é que o sistema esteja apto a funcionar mesmo quando o veículo estiver trafegando em velocidades altas. Nos casos em que não for possível evitar totalmente a colisão, ele estará preparado para frear o carro o suficiente para reduzir, significativamente, o impacto.
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Boas Práticas Parque Francisco de Assis
com os cães
Uma história de amor e cuidado
á cerca de dois anos, um grupo de voluntários vinculado a uma rede de serviço formada por pessoas de diversas regiões do país, buscou em Lavras/MG alguma atividade na qual pudesse ajudar ao próximo. Como a cidade estava bem atendida em praticamente todas as áreas que diziam respeito ao cidadão, o grupo encontrou demanda no canil municipal, onde viviam cerca de 350 cães em uma situação caótica e de muita tristeza. “Quando vimos a situação em que estavam os animais, resolvemos assumir o canil e ajudar no que fosse possível”, explica Ana Regina Nogueira, uma das voluntárias. Então, em 2010, eles uniram-se à Sociedade Lavrense de Proteção aos Animais (SLPA) e colocaram a mão na massa com a criação de uma grande campanha para arrecadar fundos e ajudar esses cachorros. Após contatos com a prefeitura, conseguiram a doação do espaço em que funcionou o antigo matadouro municipal por trinta anos para a construção do novo canil. A partir daí um longo e árduo trabalho foi executado para transformar o local em uma área de grande amor e solidariedade: o Parque Francisco de Assis. Os voluntários ajudaram de todas as formas, incluindo a criação do projeto arquitetônico do Parque, a reforma da área, cuidados com os animais, limpeza e outras necessidades do novo espaço. Em 31 de janeiro de 2011, cerca de 400 cães puderam sair do antigo canil e já estão de “casa nova”. “Nosso trabalho ainda está no começo. Com a verba que recebemos conseguimos concluir a primeira fase do projeto, que foi a construção dos 58 recintos para os cães, em uma área de 665 m2, com música clássica ambiente para acalmá-los. Montamos também uma farmácia e uma lavanderia e fizemos a preservação ambiental do local, com o plantio de 300 mudas de árvores. No entanto, ainda temos muito trabalho pela frente”, conta Ana Regina.
H
Ajuda
Mesmo com um grande número de pessoas empenhadas na ação, ainda falta muito para se chegar à ideia final da SLPA. “A prefeitura de Lavras doa mensalmente toda a ração para alimentarmos os cães, mas o restante sai dos
bolsos dos voluntários e de empresas parceiras, como a MSD Saúde Animal, que, nos doou R$ 40 mil, além de coleiras Scalibor® e vacinas”, diz Ana Regina Nogueira. Para sobreviver, o Parque Francisco de Assis precisa de R$ 8 mil mensais, fora o valor necessário para o fim das obras. Entretanto, as portas nunca se fecharam para novos cães que precisam de cuidados e de um lar decente para viver. “Todos são acolhidos como filhos. Ao entrar no Parque, eles passam por uma consulta veterinária e são castrados, para então conviver com os outros cães e participar das nossas feiras de adoção – Adote um cão e viva com mais alegria –, que acontecem aos domingos, na praça central da cidade, e que já deu a 93 animais um novo lar”, conta Ana.
Fotos: Ana Regina Nogueira
Sociedade Lavrense de proteção aos animais vive dias de luta para manter o canil da cidade
Vocação para o cuidado e doação
Mesmo com tantas dificuldades e falta de ajuda financeira, os voluntários do Parque Francisco de Assis, entre eles a Presidente Agulúcia Martins Amarante, não pensam em desistir da missão e vivem um dia de cada vez, fazendo o que está ao seu alcance com amor e esforço. “Nosso trabalho é, sobretudo, colaborar na evolução dos cães”, diz Ana Regina, fotógrafa de sucesso no Brasil e no exterior, que só conseguiu encontrar nova vocação após o início do trabalho com os cães de Lavras. “Nesse projeto aprendi a amar muito mais e sou uma pessoa melhor. Hoje, com 62 anos, não sei mais o que é ter folga aos sábados e domingos, mas nunca imaginei que estaria absolutamente bem e completa em uma praça doando filhotes, e vivenciando a beleza do encontro entre o mundo animal e o humano. Muitas vezes nos afastamos dos verdadeiros valores e não percebemos os milagres da vida. Esse trabalho é um milagre”.
Parque Francisco de Assis km 341 da BR 265 Lavras, MG contato@parquefranciscodeassis.com.br www.parquefranciscodeassis.com.br (35) 9104-0030 Doações Caixa Econômica Federal Sociedade Lavrense de Proteção aos Animais Ag 0129 / C/C 185-2 / Op 003 CNPJ 19.091.834/0001-88
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Bem-Estar
Hotel para Hospedagem para cães
É preciso uma infraestrutura adequada, muito cuidado e um grande amor pelos cães
cachorro
egundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o Brasil já era o segundo país do mundo em número de cães de estimação, atrás apenas dos Estados Unidos. São mais de 28,8 milhões de cachorros espalhados pelos lares brasileiros. Para se ter uma ideia dessa proporção, a população de pets é três vezes maior do que a da cidade de São Paulo. Com muitas pessoas optando em não ter filhos, ou mesmo adiando esse sonho, os cães estão se tornando membros da família e recebendo o que há de melhor no mercado. Constatação essa que pode ser confirmada com os mais de R$ 3 bilhões que este segmento faturou em 2010, alcançando alta de 12% em relação ao ano anterior e, em 2011, a tendência é ainda maior. No entanto, nossos amigos de quatro patas têm uma vida social bastante limitada e, muitas vezes, não podem nos acompanhar, como, por exemplo, em viagens. A solução, então, são os hotéis para os cães. Com a grande concorrência, as hospedagens para animais buscam alternativas e diferenciais para se destacarem. É o caso do Hotel Fazenda Encrenquinha’s, localizado em Atibaia/SP, com 150.000 m2 de área verde, e do complexo Cãopestre Park e Hotel, local cercado pela Mata Atlântica com 20.000 m², em Itapecerica da Serra/SP. Ambos optaram por oferecer uma enorme área verde e uma estrutura que muitos cães não têm, por morarem em apartamentos. “Nossa prioridade é oferecer conforto aos animais em um ambiente maravilhoso, com muito divertimento e carinho. É impressio-
S
Cãopestre Park e Hotel
nante ver a alegria deles quando são soltos para brincar e podem ir para as corredeiras e para o lago. A impressão é a de que eles se tornam livres”, conta Elias Santos Almeida, proprietário do Encrenquinha’s.
Estrutura
A estrutura com certeza é o grande diferencial das hospedagens para cães. Além da área verde, é imprescindível ter um ambiente
arejado e muito bem higienizado. O Hotel Fazenda Encrequinhas’s, por exemplo, possui três alas, com 20 boxes cada, todos com telha de vidro para economizar energia e tornar o ambiente mais claro. Já no Cãopestre Park e Hotel, os cães possuem locais diferentes para dormir e passarem o dia. “Durante o dia, eles ficam em solários em esquema de rodízio e realizam cinco passeios nos campos de recreação e gramado, enquanto o canil onde dormem à noite é higienizado. Buscamos sempre fazer duplas de cães nos canis noturnos, de acordo com o porte, idade e afinidades, para que eles tenham companhia 24 horas e se distraiam”, conta José Luis Crespo, Médico Veterinário e proprietário do Cãopestre Park e Hotel. Além da hospedagem convencional, o Cãopestre Park e Hotel possui ainda servi-
ços para cães residentes e asilo, com cerca de 40 animais, que, por diversas razões, não continuaram a morar com os donos. “Alguns proprietários, por exemplo, mudam de casas e vão para apartamentos, não tendo como levar cachorros de médio ou grande porte; há casos, também, de pessoas que precisam viajar para fora do país por um ou dois anos; e, ainda, os cães idosos que exigem cuidados e atenção especial. Para essas e outras situações, em que os proprietários não querem abandonar os animais ou dá-los para alguém, nosso hotel é uma opção”, conta José Luis, que explica ainda que os donos visitam os seus animais com regularidade e que há cães que já estão com eles há cerca de seis anos.
Hóspedes
Para se tornar um hóspede, normalmente os hotéis costumam verificar a carteirinha de vacinação dos animais. O Cãopestre Park e Hotel e o Encrequinhas’s exigem ainda que todos os cães estejam usando a coleira Scalibor®. A personalidade do animal também é analisada, como explica José Luis: “O cão não pode ser bravo, principalmente com pessoas, já que precisamos conseguir manejá-los. Caso ele não goste de outros cachorros, o separamos e trabalhamos com ele de forma isolada”. Elias Santos Almeida, por sua vez, evita animais ferozes em época de alta temporada. “Realizamos um check list, para sabermos se o
Hotel Fazenda Encrenquinha’s
cachorro convive bem socialmente, se está no cio e se tem particularidades. E na hora de colocá-lo com os outros animais, fica sempre uma pessoa perto para ver como será o seu comportamento”.
Nem tudo são flores
Apesar do grande crescimento do setor de hospedagem para cães, ter um negócio como esse não é tão simples como se imagina. É preciso gostar muito de animais, ter consciência de que não haverá mais férias e feriados – já que essas épocas são as mais procuradas – e saber que o trabalho será muito grande. “Os maiores picos acontecem no final do ano, em dezembro e janeiro, e no Carnaval e feriados prolongados. Além disso, não há uma variação de rotina; todos os dias são iguais e é preciso ter um número de funcionários suficiente para cuidar da alimentação, higiene, segurança e entretenimento dos cães”, explica José Luis Crespo. Somado a isso, deve-se levar em conta a grande responsabilidade de lidar com os cães de outras pessoas e oferecer um serviço de altíssima qualidade, com segurança e contemplando todos os requisitos governamentais para a instalação de um hotel para cães. Seguindo todos os pré-requisitos, o negócio é uma ótima oportunidade para os amantes de animais conviverem com diferentes cães e poderem desfrutar momentos únicos com os melhores amigos do homem. “A satisfação de fornecer uma hospedagem de qualidade, com segurança e muito carinho aos animais, é enorme. Eles saem daqui sempre muito bem, e é muito legal vermos, em uma segunda oportunidade, quando vamos buscá-los em suas casas, eles felizes e ansiosos para voltarem ao hotel” conta José Luis.
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Olho Clínico Diabete canina e felina
Diabete:
a prevenção é a melhor saída
Evento alerta população sobre a importância da realização periódica de exame de sangue em cães e gatos
ão fomos apenas nós que tivemos os ritmos de vida alterados com a modernidade, os animais domésticos também. Vivendo mais tempo e na maioria dos casos sedentários, eles podem desenvolver diversas doenças, entre elas o diabete, mal que atinge 1 em cada 100 cães e gatos. Os sintomas mais evidentes são sede excessiva, perda de peso, aumento do apetite e poliúria (aumento do volume urinário). A doença pode levar ainda ao aparecimento de males secundários, como: cegueira, catarata precoce, baixa imunidade e, em níveis mais altos, ao óbito. A prevenção, incluindo exame de sangue semestral, é o método mais eficaz para diagnosticar o diabete e proteger o animal. Pensando nisso, o Médico Veterinário Hugo Kimura realizou, no primeiro semestre, o “Dia de Prevenção e Combate à Diabetes Canina e Felina”, em Maringá/PR, com o objetivo de fazer uma ampla divulgação da doença, salientando a importância da prevenção. “Atualmente, têm aparecido muitos casos e ainda há pouco conhecimento da doença. Por isso, senti a necessidade de criar essa ação para alertar a população sobre os riscos e os Médicos Veterinários sobre a importância de pedir exames de sangue periódicos aos donos de cães e gatos”, explica Kimura. O Médico Veterinário tem papel fundamental na prevenção da doença, orientando os
N
Dr. Hugo Kimura durante atendimento
“Evento alerta população sobre a importância da realização periódica de exame de sangue em cães e gatos.” proprietários sobre o checkup, ao menos anual. Protocolo esse que, segundo Kimura, não é comum nas clínicas veterinárias. Ao todo, sete Veterinários, incluindo dois da MSD Saúde Animal, e funcionários da Royal Canin, examinaram 180 animais, fizeram a ficha de todos eles, inclusive com dados dos proprietários, e coletaram o sangue na hora. “O trabalho foi muito interessante e
gerou uma grande repercussão na população”, conta Kimura. A divulgação do “Dia de Prevenção e Combate à Diabete Canina e Felina” foi tanta que o mesmo evento será realizado em Londrina/PR e a ideia é estender o projeto para outras regiões do país. “Estou dando continuidade ao trabalho e queremos publicar um artigo sobre ele. Por isso, os Médicos Veterinários que se interessarem em criar ações como essa em suas cidades, podem nos procurar. Assim, coletaremos dados mais abrangentes para uma pesquisa mais completa.”
O diabete em cães e gatos No cenário moderno, a idade avançada e o sedentarismo são os dois principais fatores para o aparecimento da doença. Pode-se incluir, ainda, a relação mais estreita e cuidadosa que os donos têm com animais de estimação, o que faz com que corram ao Veterinário quando notam qualquer sinal errado no animal, favorecendo maior quantidade de diagnósticos. Apesar da pouca informação, atualmente, alguns Médicos Veterinários já se atentam na indicação
do exame de sangue periódico, diferente do que acontecia no passado, podendo muitos cães e gatos terem morrido diabéticos sem diagnóstico. As raças de cães mais vulneráveis são: Poodle, Dachshund, Schnauzer, Beagle, Golden Retriever, Labrador, Spitz e Samoieda. Nos gatos, a disfunção tem sido diagnosticada em raças mais populares, como o Siamês, por exemplo. O que não significa que as demais estejam a salvo. O diabetes sempre é
uma ameaça aos animais mais velhos, não importa a raça, e às fêmeas com problemas hormonais. O tratamento deve ser feito com doses diárias de insulina (hoje, a única existente no mercado é a CANINSULIN®, produzida pela MSD Saúde Animal), rações dietéticas e, o mais importante, sessões diárias de exercício. No caso das fêmeas, em geral, elas são castradas para que seus hormônios não atrapalhem a ação da insulina injetável.
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Fique Ligado Brigada Nobivac®
Reciclagem e
solidariedade Conheça a iniciativa inédita no setor veterinário com programa de reciclagem de embalagens
A
Unidade Pet da MSD Saúde Animal ao lado da TerraCycle, empresa internacional especializada em transformação de resíduos em produtos eco amigáveis, acabam de anunciar a criação da Brigada Nobivac®, um programa de coleta que permite uma segunda vida para milhões de embalagens de vacinas que seriam descartadas. Por meio da Brigada Nobivac®, os distribuidores da companhia coletarão, junto às clínicas veterinárias, as embalagens plásticas e de papelão das vacinas utilizadas e as enviarão gratuitamente para a TerraCycle, para serem transformadas em brindes eco amigáveis. Para cada embalagem enviada por meio do programa, a MSD Saúde Animal pagará R$ 0,02 e, ao final do programa, o valor arrecadado será doado para a Organização Não Governamental (ONG) Focinhos Gelados, que utilizará a verba para castração de animais. Diferentemente da reciclagem tradicional, que destrói o material descartável para transformá-lo em um novo produto, o chamado upcycling agrega valor ao que seria inutilizado sem a necessidade de qualquer processo químico. A gerente de produtos da MSD Saúde Animal, Andrea Bonates, explica que esse é um
projeto muito interessante de sustentabilidade e pioneiro no setor veterinário e da companhia. “Nosso objetivo é dar um destino sustentável aos materiais, podendo transformá-los em brindes eco amigáveis”, ressalta.
A iniciativa
Segundo o Presidente da TerraCycle no Brasil, Guilherme Brammer, a MSD Saúde Animal foi quem tomou a iniciativa e procurou a empresa para a criação e o planejamento da ação. “A iniciativa da MSD Saúde Animal foi inovadora em seu setor e, por isso, estamos muito animados com o lançamento da Brigada Nobivac®. Sabemos que esse será um desafio, por seu ineditismo no Brasil e no mundo, mas acreditamos que, pela força e pela credibilidade da marca, essa parceria será um sucesso.” Andrea destaca ainda que quem aderir ao programa estará ajudando duas partes que necessitam: o meio ambiente e a ONG Focinhos Gelados. “Todos que participarem do programa estarão contribuindo tanto para o planeta como para uma entidade sem fins lucrativos que trabalha em prol dos animais”.
Conheça mais sobre os parceiros da Brigada Nobivac® MSD Saúde Animal A Merck Animal Health, conhecida no Brasil como MSD Saúde Animal, oferece a Veterinários, fazendeiros, proprietários de animais de estimação e governos, a mais ampla variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas, e serviços de gerenciamento de saúde animal. Em seu portifólio estão diversos produtos para a área PET, inclusive a Nobivac®, líder mundial em vacinas. • www.msd-saude-animal.com.br TerraCycle Fundada em 2001 e expandida para o Brasil em 2009, a TerraCycle é líder global na coleta e reuso de resíduos pósconsumo difíceis de reciclar. A empresa trabalha em parceria com 30 grandes marcas nos EUA e ao redor do mundo para coletar embalagens e produtos usados (embalagens de salgadinho, refresco em pó, canetas, escova de dente, etc.) que, outrora, seriam destinados aos aterros sanitários e lixões, e transformá-los em outros materiais. • www.terracycle.com.br Projeto Focinhos Gelados Localizado em Santo André/SP, o Projeto inicialmente tinha como única atividade a organização de Feiras de Adoção. Hoje, a ONG atua apenas na área educativa, por meio de três pilares da conscientização: Domiciliação, Posse Responsável e Educação, com a missão de promover ações educativas para que os animais em meio urbano sejam respeitados como seres sensíveis. • www.focinhosgelados.com.br
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Capa Municípios contra leishmaniose
A luta continua Municípios iniciam projetos para controlar os casos de leishmaniose visceral, que incluem, além da educação, o encoleiramento dos cães
situação é alarmante, dos casos de leishmaniose registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil – de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) – e, ao contrário do que se imagina, ela já saiu do Norte e Nordeste e se espalhou por 21 estados, atingindo as cinco regiões do país. Dados do Ministério da Saúde mostram que, de 2000 a 2009, foram registrados 34.583 casos humanos, com 1.771 mortes. Em 2009, a região Nordeste apresentava 47,5% dos casos, seguida pelas regiões Norte (19,2%), Sudeste (17,4%), Centro-Oeste (7,4%) e Sul (0,2%). Grave, tanto para o cão como para o homem, e fatal para ambos, quando não descoberta cedo e com sucesso de cura, a zoonose é causada pela Leishmania, um protozoário flagelado, presente em grande parte do mundo e transmitida pela picada do inseto flebotomíneo (mosquito palha, birigui ou cangalhinha) infectado com o protozoário. A partir do momento em que o cão possui a Leishmania em sua corrente sanguínea e na pele, passa a ser fonte de infecção para outros mosquitos, que, por sua vez, podem infectar outros cães e os seres humanos. O tratamento dos cães – principais reservatórios da protozoário – não é permitido, segundo a Portaria Interministerial nº 1.426 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), e os animais soropositivos devem ser eutanasianados. No entanto, dados do mesmo órgão mostram que a eutanásia seletiva não resolve o problema e não está associada à diminuição de casos humanos no Brasil. Entre 1990 e 1997, 175.000 cães
A
foram mortos e, ainda assim, mais de 17.000 pessoas foram infectadas. Com este cenário, a situação se agrava quando se percebe que muitos municípios não sabem mais que medidas tomar para diminuir a proliferação da doença. Com a ausência de uma política pública eficaz, o Ministério da Saúde iniciará um estudo em 20 municípios, que vai durar 30 meses, sobre a efetividade da utilização da coleira impregnada com princípio ativo repelente e inseticida contra a leishmaniose – a deltametrina. A iniciativa vai ao encontro da política sugerida pela União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), em representação oferecida ao
Ministério Público Federal, em maio de 2010, que solicitou providências contra a matança de cães, como pretensa medida de controle. Entretanto, alguns municípios resolveram sair na frente e tentar controlar a leishmaniose visceral antes que mais animais sejam sacrificados ou que mais pessoas se contaminem e cheguem ao óbito. É o caso de Campinas/SP, Coxim/MS, Selvíria/MS e Fortaleza/CE, que deram início a um longo e preciso projeto que envolve não só a educação da população, mas também o encoleiramento de todos os cães da cidade ou daqueles que vivem em áreas de risco. Conheça os projetos em desenvolvimento em cada uma delas.
Campinas/SP
No município, os casos de leishmaniose visceral canina estão restritos apenas a um condomínio localizado no distrito de Souzas, conforme dados da Secretaria da Saúde local. No final de 2009, foi detectado o primeiro cão contaminado e, em seguida, mais quatro. Foi então que o Centro de Controle de Zoonoses percebeu que era hora de começar um trabalho de educação e prevenção local. “Na ocasião, encontramos uma fêmea do mosquito contaminada e então iniciamos um projeto de coleta de sangue de todos os animais do condomínio. Após muito estudo, percebemos que a única forma de evitar novos casos, que em 2010 somavam 10 cães, seria protegendo os animais com a Scalibor®, coleira impregnada com a deltametrina (substância repelente que protege os cães contra flebótomos, moscas e carrapatos)”, explica a Dra. Marisa Bevilacqua Denardi Baldini, Médica Veterinária do Centro de Controle de Zoonoses de Campinas (CCZ). Desde então, os agentes do CCZ se preocuparam em informar os moradores, explicando sobre a importância do uso da coleira nos animais, método muito mais viável e seguro do que a aplicação química de veneno nas casas. No entanto, a adesão não foi tão positiva. “Muitas pessoas que moram no local são ligadas a questões ambientais e procuram viver da forma mais natural possível, sendo contra o uso de qualquer tipo de veneno, entre eles a deltametrina. Por isso, mesmo depois de muita conversa e explicação, em agosto de 2010 apenas 24% dos cães estavam encoleirados”, conta Marisa. Com uma nova divulgação sobre prevenção e a periculosidade da leishmaniose visceral, o número de cachorros protegidos aumentou e, segundo o último levantamento, feito em fevereiro deste ano, já são 56%. Crescimento positivo, mas não suficiente para proteger a região e evitar que a doença chegue a outras localidades. Agora, o projeto é, além de insistir na educação, reforçar o uso da coleira, fornecendo-as gratuitamente a todos os cães do residencial. O plano é oferecer a coleira durante dois anos, incluindo as trocas, para observar o impacto da ação na progressão na doença. “As coleiras já foram compradas pela Prefeitura e já chegaram. Vamos iniciar o projeto de entrega, no máximo, em agosto, que será feito pelos agentes de controle ambiental, juntamente com um termo de compromisso em que todos os proprietários de cães se certificarão de que os animais usarão a Scalibor®. Ao todo, serão mais de 800 cães encoleirados e, nesse período,
faremos pesquisas para verificar as nuanças dos casos caninos na região e a expectativa é reduzilos e evitar que haja casos humanos.”
Coxim/MS
Coxim, no norte do Mato Grosso do Sul, tem 31 mil habitantes e contabiliza duas mortes em decorrência da leishmaniose visceral no último ano. “Apenas nesse ano tivemos 12 casos de pessoas contaminadas e 60% dos cães que tiveram seu sangue coletado para exame estavam soropositivos”, conta a Médica Veterinária e Gerente de Vigilância e Saúde do município, Adriana Góes Barbosa Haidar. A prefeitura fará a compra das 10 mil coleiras, já que a população canina da cidade é estimada em 9 mil, número esse que caiu muito após inúmeros casos soropositivos e a eutanásia de animais. “Apesar de já termos sacrificado muitos cães, o número de casos humanos vem se mantendo, o que comprova que a eutanásia não é uma solução. Desde 2009, a situação passou a ficar mais alarmante, o que nos obrigou a agir de maneira mais direta”, diz Adriana.
Além do trabalho de encoleiramento, que ainda não tem data definida para começar, há tempos as autoridades da área de saúde do município vêm trabalhando para educar e informar as pessoas por meio de palestras em escolas, distribuição de panfletos e outras ações. Com essas atuações, já foi possível perceber um aumento da procura na rede de saúde, quando qualquer sintoma semelhante aos da leishmaniose visceral é encontrado. “Por ser uma doença que não depende apenas do poder público, mas muito da população que precisa fazer sua parte, o seu controle tem sido um grande desafio. Sacrificar o cachorro não resolve o problema; é preciso manter o quintal sempre limpo e não deixar flores e frutos no chão. Temos capacitado os agentes sanitários, mas mesmo assim observamos a suas dificuldades. Nosso trabalho é de muita persistência.” Agora, com o projeto de encoleiramento somado ao de educação, a esperança de Adriana é conseguir baixar esse percentual de casos soropositivos, tanto humanos como animais, e evitar que mais cães tenham que ser sacrificados.
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Capa Municípios contra leishmaniose
Fortaleza/CE
Entre as capitais, Fortaleza se destaca com o maior número de casos positivos da leishmaniose visceral em humanos. Em média, são 240 casos por ano. Só em 2010, foram 250 casos e, de janeiro a setembro deste ano, seis pessoas morreram em decorrência da doença. Buscando diminuir esses números, o Centro de Controle de Zoonoses da capital cearense iniciou um plano de intensificação das ações junto ao Ministério da Saúde. “O básico do projeto é melhorar as ações de rotina, como as de inquérito sorológico canino e a retirada dos animais corretivos. Segundo nosso último levantamento, de todos os cães soropositivos, apenas 70% foram eutanasiados e o restante continua nas áreas de risco, por diversas razões, entre elas a não entrega do animal pelo dono, o que não irá resolver nosso problema, já que eles acabam servindo de fonte para novos casos e disseminando a doença”, explica o Dr. Sérgio Franco, Médico Veterinário responsável pelo CCZ de Fortaleza. Fora o trabalho de conseguir com que esses 30% de animais soropositivos sejam entregues, o município está mostrando que é preciso encoleirar os cães saudáveis. “Em todos os animais é feito o exame de sangue e o resultado fica cadastrado em nosso banco de dados. No ano seguinte, quando voltamos a realizar os testes, encontramos mais casos soropositivos que o ano anterior. Entretanto, para não disseminar ainda mais a leishmaniose visceral pela cidade, é preciso encoleirarmos os cerca de 80 mil cães negativos”, diz Franco. O projeto foi apresentado pelo CCZ para a Prefeitura e, recentemente, eles recorreram ao Ministério da Saúde para tentar incluir a capital
no programa do governo de estudo do encoleiramento dos cães. “O projeto foi apresentado em 2009, mas não conseguimos colocá-lo em prática. Enquanto isso, focamos na parte do saneamento ambiental, buscando identificar os flebotomíneos nas áreas e realizando uma borrificação de inseticida, com a orientação das pessoas, de casa em casa. Tentamos fechar de todos lados, já que inseto não se erradica, mas se controla”, conta o Dr. Sérgio Franco que explica, ainda, que a grande dificuldade é que, em Fortaleza, a doença é muito disseminada em áreas mais humildes, o que dificulta a compra da Scalibor® por iniciativa dos proprietários dos cães, devido ao custo da coleira. A esperança do CCZ é que o projeto seja aprovado ou pelo Ministério da Saúde ou pela própria Prefeitura, e que comece ainda neste ano.
Selvíria/MS
Em 2004, quando a coordenadora da vigilância e saúde do município de Selvíria, Jeane Aldes de Jesus, assumiu o cargo, não havia qualquer dado de leishmaniose visceral na cidade. Araçatuba (a 134 km de distância) era considerada uma área endêmica, o que deixava Selvíria no eixo da doença. Foi então que os agentes de Vigilância e Saúde iniciaram a coleta de sangue dos cães, e, como já esperavam, encontraram casos positivos. “Não fazíamos nenhuma ação especifica para o controle da zoonose e seguíamos apenas o protocolo do Ministério da Saúde. Em 2007, solicitamos que o Estado fizesse uma pesquisa entomológica – para detectar a presença do vetor – e encontramos o principal vetor na cidade. A partir daí, passamos a
nos preocupar mais seriamente e redigimos diversos relatórios, que foram encaminhados à Prefeitura e à Câmara, mostrando que a coleta do sangue e o sacrifício dos cães não estava resolvendo e sim aumentando os casos no município”, explica Jeane. O ápice aconteceu em 2010, quando um homem, de 29 anos, HIV positivo, chegou ao óbito em decorrência da leishmaniose visceral, e uma criança de 2 anos contraiu a doença, mas fez o tratamento e se curou. Nesse momento, surgiu a ideia do encoleiramento de cerca de 1.200 cães da cidade, aliada a diversas ações – manejo ambiental, posse responsável, diminuição de cachorros nas ruas, campanha de conscientização nas escolas e bairros e pesquisas de vetor (que só vem aumentando). Como a maior parte da população – 6 mil habitantes – não tem condições de pagar pela Scalibor®, o projeto foi enviado à Eldorado Celulose, maior fábrica de celulose em linha única do mundo localizada entre Três Lagoas e Selvíria, que conheceu de perto o projeto, contribuiu com algumas ideias e resolveu ajudar com a compra das coleiras para serem doadas à Prefeitura. Atualmente, o departamento de Vigilância e Saúde está em busca de parceiros para iniciar o encoleiramento em agosto, juntamente com a campanha de raiva. “A repercussão do projeto está muito grande; todos pedem a coleira e percebemos que a população está bem participativa. Alinhado ao encoleiramento, vamos trabalhar a questão de animal solto, e a cultura de criar galinhas no fundo do quintal, já que sabemos, por literatura, que em galinheiro também há maior ocorrência do vetor”, diz Jeane. A grande expectativa é diminuir a incidência canina, que está na faixa de 35%, e evitar novos casos humanos ou, no mínimo, conseguir detectálos precocemente. “Vamos mobilizar a população, pois sozinhos não conseguimos. Para isso, distribuiremos cartilhas e usaremos os profissionais da Vigilância Sanitária e do Controle de Vetores para conseguir colocar tudo em prática”, conclui.
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Raças
Golden
Golden Retriever
A beleza e a docilidade do
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Extremamente dócil e amigável, o Golden Retriever é uma raça adaptável a quase todos os ambientes e pessoas
obusto, de pelagem dourada e expressão meiga, o Golden Retriever é um cão com características que fazem da raça uma das mais recomendadas para o convívio das crianças e para guiar deficientes visuais. Classificado no Grupo 8 – Retrievers, Levantadores e Cães D’Água – teve sua origem na Grã-Bretanha. Os machos adultos possuem altura entre 56 e 61 cm e as fêmeas, entre 51 e 56 cm. Qualquer tonalidade de dourado ou creme, nunca vermelho ou mogno, são as colorações características da raça. Considerado pelo livro The Intelligence of Dogs, de Stanley Coren, como a quarta raça mais adestrável para obediência, entre as 133 analisadas, o Golden se destaca pela disposição de servir o homem. Além disso, é muito observador, associa causa e consequências, e tem facilidade para compreender o que querem dele. Manso e de boa índole, faz amizade com todos, sendo muito afetuoso com pessoas estranhas, outros cães e até mesmo gatos. Silencioso, só late eventualmente para dar o alarme, caso escute algum ruído estranho.
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Capacidade de adaptação
A facilidade de adaptar-se ao estilo de vida do dono, inclusive em locais pequenos, é outro destaque do Golden Retriever. Em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, é comum vermos cães da raça vivendo em apartamentos com ótima adaptação. Eles buscam estar sempre próximos aos familiares, porém sem ficar solicitando atenção o tempo todo. No entanto, o contato do dono, o carinho e a atenção, ao lado de passeios diários, são fatores críticos para o sucesso da adaptação do Golden à vida dentro de um apartamento. Com personalidade tranquila e ao mesmo tempo cheio de vida, tem costume de deitar-se num canto e intercalar a observação atenta do movimento ao seu redor entre breves cochilos. Mas, como uma raça que acompanha o ritmo do momento, ele está sempre disposto à atividade e tem uma resistência física de dar inveja aos atletas. Apaixonado por longos passeios e por água, não pode ver um lago, mar ou piscina sem entrar, sendo exímio nadador.
Outra excelente característica é a sua paciência extrema com as crianças, o que o assemelha a um perfeito “tio”, já que aguenta as brincadeiras mais estabanadas sem perder o bom humor. Não bastando todas essas qualidades, o Golden faz parte do seleto grupo de raças caninas indicadas para as complexas tarefas de cão guia para deficientes visuais, auxiliar no tratamento de pessoas com deficiências físicas e/ou mentais, além de ser ótimo no resgate de desaparecidos. Para comprar um legítimo cão da raça, não é preciso mais importar. A criação brasileira de Golden Retrievers é considerada uma das melhores do mundo, devido a um trabalho sério e persistente de diversos criadores que buscam as melhores linhas genéticas dos Estados Unidos, Canadá e Europa para aprimorar a raça. Os resultados são a produção de excelentes exemplares de matrizes e padreadores que, com frequência, são procurados por criadores da Ásia, Europa e outros países da América Latina.
Cuidados básicos
O Golden é um animal rústico e muito resistente, bastando ser alimentado com ração de boa qualidade, de duas a três vezes por dia, e ser banhado a cada 21 a 30 dias. Sua pelagem, grossa e com diferentes espessuras e comprimentos, merece alguns cuidados para estar sempre bonita e vistosa, entre eles a escovação, no mínimo, uma vez por semana, para retirar os pelos velhos e ajudar no crescimento de uma nova pelagem. A tosa deve ser apenas
na região genital (tosa higiênica) e o “trimming” pode ser realizado para exposições ou situações especiais, lembrando que este procedimento não é realizado em pet shops e deve-se procurar o trabalho de um profissional especializado.
Principais doenças
Por melhores que sejam os cuidados, o Golden Retriever pode ser vítima de problemas adquiridos ou congênitos, que se multiplicam conforme o aumento da popularidade da raça e a procriação indiscriminada. Entre eles, podemos destacar: • Olhos: catarata hereditária, atrofia retiniana progressiva, entrópio. • Coração: a doença hereditária muito comum é a estenose subaórtica. • Articulações: A Displasia Coxofemoral (DCF) tem-se destacado juntamente com a displasia de cotovelo. * Matéria redigida em parceria com Fernanda e André Alexandre Osmo, proprietários do Canil Golden Sunset – São Paulo. (http://www.goldensunset.com.br, tel.: (11) 9999-0354/(11) 9628-0527; e-mail: goldensunset@goldensunset.com.br)
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Pesquisa em Saúde Coleira com deltametrina
Pesquisadora testa efetividade da coleira com
deltametrina no combate à LVC oordenadora do Grupo de Estudos em Leishmanioses, da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a Prof.ª Dra. Vera Lucia Fonseca de Camargo-Neves desenvolveu um grande projeto de pesquisa com a coleira impregnada com deltametrina 4% (a Scalibor®, única no mercado com esse produto ativo), avaliando a sua efetividade associada a outras medidas de controle tradicionais. A professora também realizou estudo do custo da efetividade dessa medida associado ao controle do reservatório – comparado – e ao controle da densidade vetorial isoladamente, por meio do emprego de inseticidas de ação residual. O trabalho lhe rendeu grande repercussão nacional e internacional, como palestras no Prymer Symposium Leishmania Intervet Schering-Plough e no 7º Simpósio Internacional sobre Flebotomíneos. “Realizamos um estudo de coorte (estudo de observação em que a situação dos participantes quanto à exposição de interesse determina sua seleção a ser verificada), no período de 2002 a 2005, em Andradina/SP, município que apresentava, em 2002, população estimada de 55.161 habitantes e 15.600 cães. No mesmo ano, a prevalência da leishmaniose visceral canina no município era de 11,3%, a taxa de incidência em humanos era de 38 casos por 100 mil habitantes e o coeficiente de letalidade de 21,1%, o que classificava a cidade como de alta transmissão”, explica Vera. As coleiras começaram a ser colocadas nos cães em outubro de 2002 e foram substituídas a cada seis meses a partir de abril de 2003 até abril de 2004. As taxas de prevalência (por 100 cães) e de incidência da LVC (por 100 cães) foram medidas no período do estudo a cada seis meses. Também foi avaliada a efetividade
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Participantes do 7th International Symposium on Phlebotomine Sandflies
das coleiras, pelo próprio efeito da sua retirada, calculando-se as taxas de prevalência da LVC anualmente até 2007, isto é, 36 meses depois. “Houve uma redução nas taxas de incidência e prevalência. Ou seja, a redução do número de cães infectados pelo uso contínuo da coleira associada à retirada de cães infectados permitiu a diminuição dessas taxas pela redução da força de infecção entre os cães e assim, estamos convencidos de que a adoção desta ferramenta minimiza o risco da doença em seres humanos.”
Frutos da pesquisa
A pesquisa desenvolvida pela Dra. Vera ganhou grande repercussão nacional e internacional. No final de 2009, Campo Grande/MS reproduziu o mesmo estudo e convidou-a para apresentar o trabalho feito em São Paulo/SP. Fora a capital mato-grossense, outro grupo em Adamantina/SP está testando a efetividade das coleiras. Além dessas, o Ministério da Saúde iniciará, neste ano, um projeto-piloto de encoleiramento de cães, como uma das medidas de controle da leishmaniose visceral em alguns municípios do país durante 30 meses. Internacionalmente, a Dra. Vera apresentou diferentes subprodutos da pesquisa em congressos e encontros. Primeiramente, participou de três congressos mundiais sobre
leishmanioses, em Palermo e Piza, Itália; e Lucknow, Índia. Recentemente participou do 7o Simpósio Internacional sobre Flebotomíneos, na Turquia, de 25 a 30 de abril deste ano e, em seguida, do Prymer Symposium Leishmania Intervet Schering-Plough, realizado em 18 e 19 de junho, em Madri. “Na Espanha apresentei os resultados da avaliação do custo de cada medida de controle e comparei com a meta estabelecida, tendo como resultado a efetividade da coleira depois de dois anos de seu uso. Já na Turquia, mostrei a comparação dos cães, com coleira e sem coleira, na orientação para um novo hábito alimentar dos flebotomíneos”, ela explica. Para a profissional, oportunidades como essas e a visibilidade de seu trabalho contribuem não só para seu crescimento enquanto pesquisadora, mas também para a inclusão de novas ferramentas em prol da saúde pública. “A pesquisa foi muito importante para criar consciência e refletir em medidas de saúde pública, que é o meu grande objetivo com o trabalho. O fato de outras pessoas reproduzirem o nosso estudo mostra que conseguimos chamar atenção para os nossos resultados, mesmo antes de uma publicação formal, e já faz uma diferença enorme para a conscientização da utilização de novas ferramentas em comunidades, sem prejuízo para o animal e para a população humana”.
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AmaVet-AmaPet Programas de relacionamento
Prêmios úteis para o seu dia a dia e
reconhecimento Conheça os premiados dos programas de relacionamento AMAvet e AMApet, da MSD Saúde Animal, neste trimestre Adriano José Cetrone Pet Shop do Moreno São José do Rio Preto/SP Lâmpada de Wood com lupa
Dr. Lupatini C.V. Animal Mania Cascavel/PR Sure temp
Dra. Luara PetClin Curtiba/PR Macroview
Almir Aviário Pantanal Curitiba/PR Macroview
Dr. Neto Seba & Carneiro Ltda ME Votuporanga/SP Ultrassom para limpeza de tártaro
Dra. Márcia Pet’s Cão Campo Grande/MS Auriflush
Dr. Adolfo Sasaki Clínica Veterinária Vetsan Curitiba/PR Chiller unit
Dr. Reinaldo Araújo Hosp. Veterinário Vet Vale Taubaté/SP Ar-condicionado
Dra. Mirela e Maria Candida C.V. Bicho Travesso Itapema/SC Oxímetro de pulso
Dr. Carlos Molina e Daniel Mundo Animal São Vicente/SP Microscópio binocular
Dr. Rodrigo Honjo Cascavel/PR Microscópio óptico
Fábio Tomazi Petshow Londrina/PR Frigobar 80L
Dr. Cristovam Bazan Animal Life Três Lagoas/MS Colar elizabetano
Dr. Zanella C. V. Planeta Bicho Francisco Beltrão/PR Soprador
Fernanda Machado C.V. Saúde Animal Rinópolis/SP Medidor de pressão
Dra. Maira C.V. Ponto do Cão Porto Alegre/RS Medidor de pressão
Dra. Cíntia Vivenda Lisboa São Paulo/SP Caixa cirúrgica
Dra. Adriana Vivenda Lisboa São Paulo/SP Chiller unit
Regina Clinivet Curitiba/PR Balança pediátrica
Dra. Simone Lingnau Aquaripesca Cascavel/PR Mesa de tosa com gaveta
Rodrigo PetShop Bogarim Campo Grande/MS Telefone sem fio com 2 ramais
Valdinei Mundo Animal São José do Rio Preto/SP TV LCD
Júnior Dog´s Day São Caetano São Caetano/SP Notebook 4GB
Ronaldo Bem-te-vi São Paulo/SP Frigobar
Marina Tereza Pet Show São Bernardo do Campo/SP Som portátil e conjuto extrator de tártaro
Rubiana Agropecuária Tiscoski Criciúma/SC Canil em coluna com seis módulos
MUITOS PRÊMIOS Os programas AMAVet e AMAPet são direcionados, respectivamente, às principais clínicas veterinárias e pet shops do Brasil. Como prêmio, os vencedores ganham equipamentos de excelente qualidade, que modernizam os estabelecimentos e contribuem para facilitar o dia a dia dos profissionais, agilizar a venda e melhorar o atendimento aos clientes.
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Entrevista Com Gilberto Baba
Lado a lado com Ao longo de sua carreira, Gilberto Baba tornou-se referência entre criadores de cães da região de Cotia, no interior de São Paulo
om 24 anos de formação e há 15 atuando na área clínica, o Médico Veterinário Gilberto Baba vem desenvolvendo um trabalho intenso e muito interessante na região de Cotia/SP. Sem ter a intenção de se tornar renome entre os criadores de diferentes raças de cães, seja para comércio e/ou exposição, Baba se viu cercado deles logo ao atender o primeiro, fruto do marketing boca a boca. Hoje atende 80 criadores, em um espaço com 12 profissionais, e realiza os mais diversificados serviços, buscando entender ao máximo não só os animais, mas também os criadores que dedicam suas vidas a eles.
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Como surgiu a ideia de trabalhar quase que exclusivamente com criadores de cães? Quando comecei a atuar na área clínica, percebi que muitos Médicos Veterinários não gostavam de atender criadores por serem pessoas que, como há muito tempo lidam com animais, acham que sabem de quase tudo. Sem esse preconceito, mantive minhas portas abertas e eles passaram a me procurar e indicar. Quais são as principais demandas desses criadores? Dentro do grupo há os que criam raças para exposição e os que realizam apenas comércio dos filhotes. Meu principal foco, independentemente do trabalho que eles executam, é o controle sanitário e a parte cirúrgica, principalmente voltada para a reprodução. Faço muitas cesarianas, inseminações e, quando necessário, antes do cruzamento, a dosagem de hormônios para melhorar a parte reprodutiva. Além disso, também executo toda a parte de exames pré-natal e de pediatria, e acompanho os filhotes até estarem prontos para venda. E, geralmente, esses filhotes acabam tornando-se seus clientes?
Uma parte volta para a clínica por indicação dos criadores, mas há muitos filhotes que são comercializados fora do estado de São Paulo, o que torna o atendimento inviável. Acredito que em torno de 10% dos cães que acompanho, desde o nascimento, continuam comigo. Quais são as principais dificuldades em trabalhar com criadores? É fazer com que obedeçam o que prescrevo. Como muitos estão no ramo há 10 ou 15 anos, têm uma grande experiência e acham que são Médicos Veterinários. O que difere muito do consumidor final que faz perguntas e segue à risca o que orientamos. Mas são peculiaridades que conseguimos contornar, principalmente quando deixo evidente a importância daquilo que prescrevo. E as vantagens? O grande volume de trabalho é uma enorme vantagem. Tem mês que chego a fazer em torno de 50 cesarianas. Comecei clinicando aos poucos, em uma casa, e hoje, devido à demanda, já construí uma clínica com estrutura de hospital. Faço quase tudo aqui e, para os serviços que ainda não posso oferecer, indico laboratórios parceiros. Além desses serviços citados, quais são os seus outros diferenciais? Acredito que o maior diferencial que temos é a qualidade do trabalho, alinhada a uma parceria que seja economicamente viável para ambos os lados. Estamos sempre atentos às necessidades dos clientes
criadores para oferecer o melhor atendimento e não estagnar. Nossos clientes nos indicam não só porque estabelecemos essa parceria, mas porque gostam do nosso trabalho. Além disso, sempre indico produtos nos quais confio, como as vacinas Nobivac®Puppy e a Nobivac®KC, que podem ser usadas precocemente e protegem os cães contra a tosse dos canis, a cinomose e a parvirose, dando total segurança aos filhotes que serão vendidos, e a coleira Scalibor®, já que Cotia é uma área com casos de leishmaniose visceral. A que você atribui o sucesso do seu trabalho? Tudo foi acontecendo naturalmente e, quando vi, já estávamos direcionando nossa especialização ao atendimento dos animais desses criadores. Nossa dedicação é muito grande. Um parto, por exemplo, não tem hora para acontecer, então, algumas vezes, é preciso fazer uma cesariana de madrugada, aos sábados ou domingos. Por isso, é indispensável manter a qualidade do serviço e estar disponível 24 horas. Hoje, você sente a necessidade de novas melhorias na clínica? Fui me adequando conforme as nossas necessidades. Então, hoje já tenho, por exemplo, duas salas de cirurgia, raio-X e realizo exames laboratoriais como hemograma e bioquímicos, mas pretendo aumentar esses serviços. A próxima aquisição será o ultrassom e, a curto e médio prazo, pretendo que a clínica funcione em esquema de hospital, durante 24 horas.
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Universidade Corporativa Gestãomotivar Como financeira equipes dos negócios
Motivação:
cada dia um novo desafio. Ronaldo Nuzzi*
otivar as pessoas é um dos maiores desafios dos profissionais em busca de resultados. No varejo isso é muito claro. O vendedor abre a loja pela manhã, toma café, lê o jornal e espera o primeiro cliente chegar. Ao entrar no estabelecimento, identifica o que o comprador deseja, verifica se a loja possui o produto ou o serviço, preenche um pedido, cobra e entrega. Relatando dessa forma, uma venda seria igual a qualquer outra. Dá para acreditar que existe motivação em agir da mesma maneira todos os dias? A motivação surge de um objetivo maior e nesse item está o maior desafio do líder: como entender o que motiva cada um de nossos liderados? A maioria das pessoas espera por recompensas, mas que tipo delas pode ser oferecido? No meu entendimento existem dois tipos: Financeiras e Sociais. As recompensas financeiras são as mais fáceis de serem dimensionadas e, também, esquecidas. Um exemplo: se o estabelecimento atingir um valor “X” em vendas, todos ganham um bônus sobre o salário. Nesse caso, basta uma planilha Excel para calcular o ganho versus o bônus. Mas dinheiro é um item suplementar. Imaginem alguém que tenha ganhado 30% a mais em um mês. Gastou esse dinheiro de comissão, bônus ou prêmio, esqueceu da recompensa. Já a recompensa social é mais duradoura e eu a divido em três grupos: Carreira, Relacionamento e Promoção/Demissão. A recompensa ligada à carreira tem necessidades gerenciais. Primeiro é necessário possuir um Plano de Carreira. O profissional precisa saber que está no nível B e que, se atender às necessidades do nível A, poderá ser promovido. Esse plano tem que ser transparente e entendido por todos. Mas como os dez funcionários de uma loja podem ter a expectativa de serem promovidos? Para criar a esperança da promoção, a empresa tem que crescer. Não existe motivação sem crescimento. Se a sua empresa tem uma única loja, o seu objetivo em ter mais uma já motivará os profissionais a se superarem, a fim de pleitearem o cargo de gerente da nova loja.
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A segunda necessidade da recompensa social é o feedback. Não existe nada mais constrangedor do que uma pessoa achar que está fazendo tudo certo e a gerência pensar em demiti-la. O feedback tem que ser constante. Não é prazeroso dizer às pessoas que elas estão se saindo abaixo das expectativas, mas é necessário, pois a partir desse posicionamento será possível ao funcionário traçar seu Plano de Desenvolvimento Individual. Por fim, o Relacionamento entre as pessoas é outra forma de recompensa. Um ambiente competitivo não é recomendando para grupos pequenos. Incentivar o relacionamento entre as pessoas por meio de eventos é outra forma de solidificar as relações. Contudo, o líder tem que saber o limite entre a “empresa” e o “clube de amigos”. Conforme o desempenho de cada um, existe a possibilidade de Promoção/Demissão. Se o gerente não está atingindo suas metas, ele será demitido e, assim, sua vaga será disputada pelos outros profissionais que se apresentam como mais capazes. Isso é válido independentemente de, socialmente, gostarmos ou não do gerente. É válido para todos da empresa. Em um gráfico teríamos:
A experiência tem demonstrado que investir em motivação e recompensa cria um crescimento virtuoso. Cria recompensas
Melhora desempenho
A empresa cresce
Contrata, promove ou demite profissionais
Ganha mais Fonte: Ronaldo Nuzzi
Trata-se de um ciclo. Logo, independentemente do tamanho da empresa, conceitos gerenciais são essenciais para que ela cresça e se estabeleça. Está comprovado que, com as ferramentas corretas, liderança gera motivação.
Motivação Recompensas
Financeiras: Comissão Bônus Prêmios
Sociais: Carreira - Plano de Carreira - Feedback - Plano de Desenvolvimento Individual
Relacionamento Promoção / Demissão Fonte: Ronaldo Nuzzi
* Ronaldo Nuzzi é formado em matemáticas aplicadas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização e mestrado em universidades norteamericanas e européias. Atualmente, é presidente, no Brasil, da Thompson Management Horizons, empresa canadense de consultoria estratégica.
Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente
Informação escrita pelo porteiro ou síndico Falecido Não existe o nº indicado
Ausente Não procurado
REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM ___/___/___ ___/___/___ ______________________________ RESPONSÁVEL Endereço para devolução: av. Sir Henry Wellcome, 335, Moinho Velho, Cotia-SP, 06714-050
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