Book_Mulheres do Irâ

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Mulheres (e Minorias) do irÃ; perseguição, preconceito, medo e morte. Al ittihad oua al taassob oua al khaouf oua al maout



MULHERES

(e minorias) DO IRÃ; perseguição, preconceito,

medo e morte



Mauricio Barufaldi Al kateb

MULHERES

(e minorias) DO IRÃ; perseguição, preconceito,

medo e morte

São Paulo - 2012


© Copyright by Al kateb Maurício Barufaldi São Paulo – Estado de São Paulo E-mail: eurosei@hotmail.com Projeto Gráfico - capa e diagramação - Livre Desing Tradutor Árabe/Português brasileiro - Samir Hattabi - samirargelia@gmail.com

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B298m Barufaldi, Maurício, 1951Mulheres (e minorias) do Irã : perseguição, preconceito, medo e morte / Maurício Barufaldi. - São Paulo : M. Barufaldi, 2011. 250p. : 14 x 21cm Inclui bibliografia e índice ISBN 978-85-911611-6-4 1. Discriminação - Irã. 2. Perseguição religiosa - Irã. 2. Minorias - Irã. 2. Mulheres - Irã - Condições sociais. I. Título. 11-4349. CDD: 305.80955 CDU: 316.347(55) 14.07.11

20.07.11 028048

Primeira edição 2012 Impresso no Brasil Todos os direitos desta edição são reservados à Maurício Barufaldi Nenhuma parte desta publicação pode ser armazenada, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos, eletrônicos ou outros quaisquer sem autorização prévia e expressa do autor. A autorização deverá ser registrada em Cartório de registro público. Os direitos autorais, a favor o autor desta obra, estão registrados na Fundação Biblioteca Nacional sob o número 532.124, efetuado em 04/07/2011.

NAGAHAMA EDITORIAL www.nagahama.com.br


Para você mulher iraniana Eu quero ser o vento e aproximar-me de você, e num sopro de esperança retirar o seu niqab, para que o vento, possa balançar os teus cabelos. Eu quero ver o teu rosto por inteiro, e os teus olhos refletindo toda a sua beleza, e com isso arrancar dos teus lábios um lindo sorriso. Eu quero ser o vento para invadir as suas noites, e te devolver as suas esperanças. Eu quero ser o vento para devolver a sua liberdade e todos os seus direitos. Eu quero ser o vento para restituir a você as esperanças de um novo amanhã. Eu quero ser o vento, para aproximar-me de você sem medo, e devolver a você os teus familiares, os teus parentes e os teus amigos; devolver essas pessoas tão queridas na sua vida, e que foram arrancadas de você pelo islamismo incompreendido e mal interpretado por homens embrutecidos e mal intencionados. Mulher iraniana, eu quero ser o vento, e devolver a você a sua liberdade e o seu direito, que foram arrancados de você por um estado teocrático e autoritário. Um estado que oprime, persegue e que assassina. Mas sorria, a sua Pérsia histórica vai ressurgir das cinzas escuras que o regime ditatorial fez brotar, e o bom e amoroso DEUS vai te proteger e fazer você ser novamente livre e feliz. O autor

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Agradecimentos Sem a permissão e a bondade do PAI UNIVERSAL este livro não poderia ser produzido. Agradeço a DEUS por permitir a realização de mais um livro, e pelo principio vital sempre renovado, dandome forças para iniciar e terminar cada passo deste novo trabalho. Agradeço a JESUS, nosso irmão maior, amigo de todas as horas e de todas as dificuldades. O seu manto de amor e de bondade suavizou todas as minhas dificuldades. Ao meu amigo espiritual, meu mentor, protetor e orientador, os meus sinceros agradecimentos pela intuição proporcionada, alem de todas as dicas que me deu, direcionando-me no caminhos mais correto. O meu muito obrigado aos meus pais, Eugenio e Lucia Barufaldi, pela concessão da vida e pela educação que me deram. Para você Maria Ione, minha ex-esposa, obrigado pelos gostosos anos de convivência, e pelo apoio de sempre. Você ajudou-me na minha transformação moral. Aos meus filhos Guilherme, estudante do 5° ano de engenharia do ITA (atualmente estudando na França no Supaero - ISAE - Insitut Supérieure de l’Aéronautique et de l’Espace) e Henrique (estudante do segundo ano de engenharia da Universidade Federal do ABC; Meu carinho e amor eterno por vocês dois. Mariane, minha filha, que veio ao mundo e ficou internada em uma UTI NEONATAL durante 53 dias, do nascimento até o desencarne. 7


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O amor nos uniu através das inúmeras encarnações. A morte do seu corpo material trouxe-me inicialmente a dor. Aprendi com você que existe muito mais vida no plano espiritual. Que possamos com a dor ganhar o nosso crescimento e a evolução dos nossos espíritos. O autor

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Agradecimento muito especial Ninguém faz absolutamente nada sozinho em qualquer atividade da vida. Um escritor necessita de muito apoio na preparação de um livro antes que ele chegue até o processo de edição. Muitas fases e alguns processos são necessários. Há alguns anos eu venho contando com a ajuda e o apoio da LEOTEC, empresa localizada na Vila Prudente, na cidade de São Paulo. Sem eles eu não chegaria a qualquer lugar. Reconhecer o esforço de cada um dos componentes da equipe LEOTEC é a forma mais simples de fazer um agradecimento por tudo o que eu venho recebendo de ajuda nos últimos anos. Um agradecimento muito especial a cada um dos integrantes da equipe LEOTEC, composta por pessoas de bem; ALEX, CIDA, DANIELE, JESSIKA, JUNIOR, KARINA, KAROL, KAIQUE, LEONEL, LARISSA, NAYARA, RITA, RODOLFO, RODRIGO, SIMONE e YARA. Se existe sucesso ele é o resultado do trabalho de uma equipe. Para mim a LEOTEC é a grande e melhor equipe que me apóia ao longos dos últimos anos. A todos vocês o meu muito obrigado, e o meu eterno respeito. O autor

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Prefácio Não basta perseguir os inimigos do islã, é necessário aniquilá-los; essa é a conduta do regime de terrorismo que dirige o Irã. Em 18 de Junho de 1983 o regime segregador, e perseguidor do Irã, prendeu, torturou e enforcou mulheres, e homens. O crime que eles cometeram foi a de ministrar aulas de religião para crianças. Os ensinamentos ministrados para as crianças equivalem-se a orientação praticada nas inúmeras escolas de orientação religiosa, tão comuns em espíritas, católicos, evangélicos e cristãos em geral. Dentre os perseguidos pelo governo do Irã estão, mulheres, curdos, cristãos, minorias etnicas, pessoas que fizeram opção por uma religião cristã e não seguem o islamismo, jornalistas que informam a verdade que ocorre no país, e o cidadão que tenha uma orientação sexual diferente. Dentre os perseguidos pelo governo teocrático do Irã destaco: Aarabi Sohrab, Abbas Amiri, Abbas Hajjizadeh, Abdollah Farivar, Afshin Ellian, Afshin Ziafat, Afsane Rahimi, Ahmed Salman Rushdie, Akhtar Thabit, Ali Mokhtarpoor, Ali Saremi, Arezo Teymouri, Azar Nafisi, Azar Bagheir, Azar Tabari, Ashraf Kalhori, Azar Kabiri, Azar Baqeri, Azam Khanjari, Ashraf Kalhori, A. Mokhtar, Ali Ajami, Amir Khosrow Dalirsani, Abdollah Fathi, Abdollah Darafshi, Abdolmajid Reigi, Abdollah Mameni, Abolfazl Faraei, Abolfazl Ghadyani, Allah Vali Mir, Ali Ghorabat, Ali Akbar Siadar, Ahmad Amini Sangar, Ardeshir Niazi, Asefdoost Mohammad Sharif, Ameneh Bahrami, Ardalan Hatemi, Abdolfattah Soltani, Akbar Ganji, Asqar 11


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Karimi, Babollah Shekouri, Bakhshay Ansieh, Bamani Fekri, Bamani Fekri, Bandar Anzali, Bandar Abbas, Bou Ali Janfeshani, Baboddin Barkazaei, Bahman Ahmadi Amouie, Bagheri Hamidreza, Boali Janfashani, Changiz Rahimi, Changiz Rahimi, Changiz Nouri, Danesh Fataneh, Delara Darabi, Davtalab Hassan, Dehghan Alipour Mehdi, Eshrat Khabarhassan, Ezzat Kazemi, Ebrahim Hamidi, Emad Bahavar, Emadeddin Baghi, Fatima Bani, Faezeh Haezeh, Fatemeh Danesh, Fallah Marziyeh, Farideh Sahraie, Fereshteh Taodoli, Fatemeh Tehran, Fatemeh Rastegar, Fatemeh Salehi, Fatemeh Farhadi, Fatima Mernissi, Faezeh ashemi, Farzaneh Milani, Fahim Reza-Zadeh, Fasih Yasmini, Fatemeh Soqra Molaei, Feizollah Arabsorkhi, Gholam Ali Iskandari, Gholam Hossein Anadmche, Ghodratollah Iskandari, Glan Mohammadi, Ghorban Behzadian Nejad, Hakimeh Shokri, Heidari Hamid, Haleh Khanom Sahabi, Hengameh Shahidi, Hamid Pourmand, Haleh Esfandiari, Hamid Panahi, Hossein Yasmini, Hajie Ismailvand, Hossein Soodmand, Hashemi Nasab, Houtan Kian, Hossein Barpaei, Hossein Heidari, Hosein Motesadi, Hossein Taleb, Habibollah Latifi, Hamid Ranjbar Eslamlou, Haleh Sahabi, Hassan Asadi Zeidabadi, Heshmatollah Tabarzadi, Hossein Barikzahi, Hossein Khezri, Houtan Kian, Houshang Khodadadeh, Houshang Khodadadeh, Izzat Ishraqi, Ibrahim Shahbazi, Imam Azhar, Isa Saharkhiz, Javanmard Kheyrollah, Jila Mahdavian, Já’afar Kiani, Jamile Amiri Ismaeili, Jim Muir, Jadani Seyed Hossein, Janet Afary, Jafar Eghdami, Jafar Kiani, Jafar Kazemi, Jahanbakhsh Barahoei, Kamangar Farzad, Karim Mazuji, Karroubi Mehdi, Kobra Babaei, Kobra Najafpour, Khadijeh Golpour-Dehsari, Kian Houtan, Khar Khodettti, Kheyrolah Jawanamard, Khosrow Ibrahimi, Kheirieh Valania, Kobra Najar, Kareem Fahim, Karami Mahboubeh, Khadijeh Shahla Jahed, Keshvar Gorg, Kamran Khaki, Keyvan Samimi, Leila Seifallahi, Leila Ahmed, Lily Mazahery, Leyla 12


Mulheres (e minorias) do Irã; perseguição, preconceito, medo e morte

Mafi, Leyla Qomei, Laleh Saharkhizan, Maliheh Sahraie, Mahi Kahali, Mahmood Amira-Moghaddam, Mahbubeh Mohammadi, Mahshid Nirumand, Mahin Ghadiri, Mahmood Gh., Mahmood Alaei, Mahmood Barahoei, Mahboubeh Mohammadi, Majid Movahedi, Manizheh Taheri, Manouchehr Kh., Mansoureh Behkish, Mansour Ossanlouh, Maryam Ayoobi, Maryam Ghorbanzadeh, Maryam Karbas, Maryam Kiam Ersi, Masumeh Dehgan, Marina Nemat, Marzieh Amirizadeh Esmaeilabad, Maryam Hossein Gholizadeh, Maryam Rustampoor, Marzieh Fallah, Masoumeh Ataar, Masoumeh Sadeghian, Masomeh Ayni, Masoumeh Sadeqian, Masoumeh Eyn, Masoud Bastani, Maziar Bahari, Mehran Khaki, Mehdi Eghbal, Mehdi Faraji, Mehdi Qahemsadeh, Mehrangiz Kar, Mehdi Karoub, Mina Ahadi, Mina Kolvat, Mir hossein Mousavi, Mohtaram Eskandari, Mohammad Mostafaei, Mohammed Reza Aghdam-Ahmadi, Mohammad Eftekharian, Mohammad Ali Hemati, Mohammad Ali Navid Khamami, Mohammad Ghalishenas, Mola Nasrallah, Mohammad Nasir, Mohmmad Rezaei, Mokarameh Ibrahimi, Mohammad-Issa, Mohtaram Karamad, Mohammad Ali Haj Aghaei, Mohammad Ali Navid Khamami, Mohammad Meysam, Mohammad Mokhtari, Mohammadi Poshtehrizeh, Mohammad Fathi, Mohammad Reza Moghiseh, Mohammad Davari, Mohsen Aminzadeh, Morteza Jokar, Muçulmano Isapour, Muna Mahmudnizhad, Narrin Sotoudeh Reza Khandan, Neda Agha-Soltan, Nusrat Ghufrani Yalda’i, Nosrat Khaki, Neshan Saeedi, Najaf Akbari, Niad Ali Bahrami, Noushin Ahmadi Khorasini, Nadarkhani Yousef, Nahid Yeganeh, Nouraldin Molaie, Naqi Ahmadi Mazandarani, Nasrin Parvaz, Ohangiz Rahimi, Parviz Hasanzadeh, Parisi Akbari, Parvin Ardalan, Peyman Ghane, Poudineh Mohammad, Pourmahmood Rahim, Roxana Saberi, Ruya Ishraqi, Rahim Mohammadi, Rahim Rostami, Reza Roshanfekr, Saba Abdali, Sadigheh 13


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Shokri, Saleh Nikbakht, Samin Alves, Sakineh Mohammadi Ashtiani, Sara Sabbaghian, Shala Jahed, Soraya Jaafari, Soraya Manutchehri, Sohrabi Ashkan, Sonia KeshishAvanesian, Sakineh Rahnama, Shirin Ebadi, Shiva Nazar Ahari, Simin Sabiri, Shahin Dalvand, Shahrnoush Parsipour, Shadi Sadr, Sohrabi Ashkan, Sarime Sajadi, Shahnaz in Karaj, Shamame Malek Qorbani, Serwat Rasouli, Shalin Soltan Mor adi, Sahar Marouf Zaboli, Sajjad Ghaderzadeh, Saber Hoda, Sane Zhaleh, Sarimeh Sajjadi, Seyed Naghi Ahmadi, Shahram Naroei, Siah Khan Sh., Seyed Rokneddin Karimi, Saeided Pour-Aghaei, Tabrizi Roghiyeh, Tahirih Siyavushi, Tahereh Akhshay, Teimoor Hasanzadeh, Touba shafaie Daral-Zari Nojavan, Tahereh Naghib, Taraneh Mousavi, Vahik Abrahamian, Vali Azad, Vatan-e-Emrouz Mohammad, Yeganeh Nahid, Youcef Nadarkhani, Zahra Rahnavard, Zahra Afrouz, Zahra Kahnum, Zahra Siba Kazemi-Ahmadabadi, Zeinab Heidary, Zeyneb Jelalyan, Ziba Shekoor-Sadiqi, Zarrin Muqimi-Abyanih, Zarrin Muqimi, Zahrab Rahnavard, Zahra Rezaei, Zeinab Heidary, Zihla Izadi, Zohreh Kabiri, Zoleykhah Kadkhodaei, Zahour Ahmad, dentre muitos outros iranianos perseguidos pela ditadura teocrática. Até mesmo antes do Aiatolá Khomeini ter voltado do exílio para assumir o poder em fevereiro do ano de 1978, um aumento nos ataques aos bahá’ís pressagiou a perseguição em massa que viria no futuro. Os bahá’ís são uma minoria nascida no Irã, e que professa uma religião cristã. Em 1978, pelo menos sete bahá’ís foram mortos, a maioria como resultado de violência de turbas que atuam como bestas humanas, e não respeitam o direito individual de uma pessoa escolher o seu caminho e professar a sua fé. 14


Mulheres (e minorias) do Irã; perseguição, preconceito, medo e morte

O Irã é um país que age com perseguição contra as mulheres e, como se a nação vivesse na idade da pedra lascada. Com relação aos bahá’ís, no conceito do governo islâmico do Irã, há um significado de que os bahá’ís não desfrutam de nenhum tipo de direito, e que eles podem e devem ser atacados e perseguidos impunimente. Isso ocorre porque o estado não tolera que uma pessoa tenha uma religião fora do islamismo. Tribunais da República do Irã negam aos bahá’ís o direito de defesa e de proteção contra as agressões, matanças ou outras formas de perseguição que essa minoria esta sendo rotineiramente submetida. Sem poder fazer qualquer reivindicação por direitos civis, a comunidade bahá’í percebe que o seu espaço na sociedade iraniana caminha para um estado de segregação e desaparecimento definitivo. Em março de 1979, a Casa do Báb, o Santuário bahá’í mais sagrado no Irã, foi invadida pelo governo e entregue a um clérigo muçulmano conhecido por suas atividades antibahá´ís. Em setembro de 1979, a casa foi completamente destruída por uma turba instigada por mulás e por funcionários do Departamento de Assuntos Religiosos do Irã. Desde 1979 aproximadamente 1.000 bahá’ís foram detidos e mantidos em prisão por longos períodos. Em 1986, cerca de 747 bahá’ís estavam presos em várias regiões do Irã. Na maioria dos casos, não passaram por nenhum julgamento prévio. A tortura de bahá’ís em prisões iranianas, e particularmente daqueles que foram membros dos conselhos 15


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administrativos bahá´ís é uma conduta sistemática. Em junho de 2004, as autoridades demoliram uma casa histórica em Teerã que tinha sido projetada e que servira de residência de Mirzá Abbas Nuri, o pai de Bahá´u´lláh. Se a ONU – Organização das Nações Unidas, sob o comando dos países considerados de primeiro mundo, com o apoio das organizações humanitárias, das ONGs, e do conselho de segurança da ONU não tomarem medidas para assegurar o direito das minorias, o direito do cidadão de exercer uma opção por qualquer religião ou crença, o direito de uma pessoa ou partido político de ser uma oposição democrática ao regime, o livre direito de uma pessoa exercer a sua orientação homoxessual, além de ser assegurado o legítimo direito das mulheres de trabalhar e andarem com quem deseajarem, visualiza-se à médio prazo o extermínio de populações inteiras, sob o argumento de que essas pessoas são inimigas do Islã. Na verdade, os tiranos de plantão, governantes, lideres políticos e lideres religiosos ultra-conservadores, já estão fazendo justiça com as próprias mãos, impondo a tirania ao laborioso povo iraniano. O autor

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Sumário Para você mulher iraniana......................................................................5 Agradecimentos.....................................................................................7 Agradecimento muito especial...............................................................9 Prefácio......................................................................................................... 11 Palavras do autor..................................................................................19 Pensamento sobre a teocracia iraniana................................................21 O estado tirânico e autoritário do Irã...................................................23 Irã.........................................................................................................33 O islã: a religião se confunde com o estado.........................................37 Islã, uma religião obrigatória e as perseguições..................................45 Perseguição aos cristãos no Irã teocrático...........................................49 A intolerância religiosa no Irã..............................................................57 O ideal de pureza imposto pela religião e pelo estado autoritário.......63 A mulher é obrigada a esconder a sua beleza natural..........................67 Mulheres; gênero inferior no Irã do autoritarismo de estado.......75 O apedrejamento de mulheres no Irã...................................................79 Assassinatos em massa no Irã no ano de 1988....................................83 O assassinato de Zahra Siba Kazemi-Ahmadabadi.............................95 O caso Sakineh Mohammadi Ashtiani...............................................103 O caso do jovem Ebrahim Hamidi.....................................................107 A crueldade cometida contra Soraya Manutchehri............................ 111 O assassinato de Neda Agha-Soltan...................................................117 O triplo sofrimento de Haleh Khanom Sahabi...................................121 Perseguição aos curdos, e outras etnias.............................................127 Religião e política de estado..............................................................135 Irã proíbe mulheres de andar de bicicleta..........................................141 Rigores para as mulheres dentro dos aviões......................................145 17


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Opressão às mulheres, e o corredor da morte....................................149 Violação de direitos e perseguição aos jornalistas.............................161 Defensores dos direitos humanos no Irã............................................171 Desrespeito e violação dos direitos humanos no Irã..........................187 O Irã e as questões das armas atômicas: ameaça a paz do mundo.....193 Reflexão do escritor...........................................................................209 Postifácio............................................................................................213 Referências bibliográficas..................................................................219 Autor Maurício Barufaldi..................................................................245

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Palavras do autor O direito à educação não tem sido, no Irã, a preocupação dos mandatários de plantão. Outros direitos humanos básicos, especialmente aqueles relacionados com os direitos à vida, à liberdade e à segurança pessoal, têm sido frequentemente deixado de lado no Irã. Pessoas inocentes são executadas, jogadas na prisão, torturadas, assassinadas, e as autoridades mostram-se distantes dos direitos mais simples que um cidadão do seu país deve ter. Em uma visão mais ampla, a negação do direito à educação de uma pessoa é igualmente uma negação do direito dela existir como um ser humano, livre e produtivo. Essa é a conduta das autoridades do Irã com a minoria religiosa dos bahá´ís. Sem educação, o indivíduo é condenado à prisão de sua própria ignorância, torturado por falta de oportunidades, e mais que provável, condenado a uma vida de pobreza, subdesenvolvimento e opressão. Mas é uma questão completamente diferente quando um governo busca, voluntariamente, privar seus cidadãos, em particular significativa parte de sua juventude, de ter acesso à educação formal. Infelizmente, é exatamente isso o que ocorre no Irã desde o ano de 1979. Desde aquela época, o governo de Irã busca privar uma minoria religiosa do direito a uma educação formal completa. A República Islâmica do Irã tem por mais de 25 anos impedido 300.000 membros da Comunidade Bahá’í de ter acesso ao ensino superior, recusando a admissão de jovens bahá´ís em universidades e faculdades. 19


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O governo também tem impedido as iniciativas particulares dos bahá´ís para a criação de suas próprias instituições educacionais, inclusive de nível superior. Desde a instalação da República Islâmica do Irã, mais de 200 bahá’ís foram mortos, centenas foram presos, e milhares tiveram suas propriedades ou negócios confiscados, despedidos de seus trabalhos, e cortadas as suas aposentadorias. Os locais sagrados foram destruídos, a estrutura administrativa eleita da comunidade foi desmantelada, e negados aos bahá’ís inúmeros outros direitos, desde a liberdade de locomoção, até os direitos mais elementares de uma herança. Mesmo diante do clamor internacional condenando o comportamento opressivo, o governo iraniano não se abala, e mantem muitas das violações praticadas contra as mulheres, e contra as minorias. O autor

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Pensamento sobre a teocracia iraniana O Irã desde 1979, após ter instalado a Revolução Islâmica, aderiu a um regime teocrático, onde as determinações contidas no livro sagrado, o Alcorão, devem ser seguidas de forma cega e irracional. Com a ascensão ao poder no ano de 2005, de Mahmoud Ahmadinejad, um ultra-conservador que utiliza a ditadura religiosa para sufocar os direitos das mulheres e das minorias, a situação destes ficou ainda muito pior. No ano de 2009, esse mesmo ditador, sob forte desconfiança popular e internacional, fraudou as eleições, e foi reconduzido ao cargo de dirigente máximo do Irã. As mulheres têm que andar cobertas da cabeça aos pés, com a fantasmagórica e temida burqa, e são obrigadas a usar o niqab, sob pena de serem presas e condenadas à morte por apedrejamento. Pelas leis islâmicas, seguidas a ferro e fogo pelo Irã, a vida de uma mulher vale a metade que a de um homem; o testemunho feminino perante um juiz sobre qualquer assunto, também vale metade, sendo necessário a presença de duas mulheres para haver equivalência ao testemunho de um único homem. Elas não podem se divorciar quando quiserem, mas os homens podem se casar e divorciar quatro vezes; a custódia dos filhos só pode ser mantida com as mulheres até estes terem sete anos de idade. Esta é apenas uma pequena amostra da tirania a que as mulheres são submetidas no Irã. Segundo as pregações do Alcorão, por lideranças religiosas, o tratamento desigual entre homens e mulheres é correto. 21


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A exclusão feminina não está presente nas fundações do islamismo, mas apenas nos entendimentos que se erigiu sobre o islamismo. O Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, contém versículos que deixam bem claro que, aos olhos de Alá, homens e mulheres são iguais. Ele mostra que DEUS espera a mesma fidelidade de ambos os sexos, e que a premiará de forma idêntica. O que transformou o Alcorão em fonte de desigualdade entre homens e mulhres, foram os Hadith, que são os ditados feitos por seus seguidores. Os Hadith não foram obras do criador do Alcorão, havendo fortes indícios de que eram escritos para guarnecer interesses pessoais de quem os trazia ao público. Aproximadamente 1400 anos depois da morte de Maomé, os hadith continuam sendo deturpados e utilizados como meio de opressão, especialmente contra as mulheres. A perseguição, a falta de respeito, e o tratamento desumano contra as mulheres no Irã, são as mesmas punições que eram utilizadas na idade média contra os judeus e cristãos que não seguiam a orientação da igreja. As minorias religiosas, e as etnias que vivem dentro do Irã, e já integradas a séculos, são perseguidas e massacradas como inimigos do estado. Na verdade, o modelo de perseguição, e as punições aplicadas são as mesmas, só tendo mudado o ano, e com isso, a bela Pérsia voltou a viver a idade da pedra lascada. O autor

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Capitulo I

O estado tirânico e autoritário do Irã A chanceler alemã, Angela Merkel, em Fevereiro de 2006, comparou o programa nuclear iraniano ao início do regime nazista alemão, dizendo que o mundo deveria agir para impedir o Irã de construir bombas atômicas. Isso ocorreu há seis longos anos, e o mundo não tomou nenhuma providência para deter a sanha sanguinária dos dirigentes do Irã. Discursando na conferência anual de segurança em Munique, Angela Merkel, afirmou que vários países foram complacentes quando Adolf Hitler subiu ao poder no século passado. Olhando para a história alemã do início dos anos 1930, quando o Nacional-socialismo, ou seja, o Nazismo, estava em ascensão, as pessoas que estavam fora da Alemanha diziam que o que nascia naquele momento era apenas retórica, e que ninguém precisava ficar preocupado. Houve momentos em que as pessoas poderiam ter agido de uma forma diferente, e não ter permitido que Hitler chegasse onde chegou. Quando o mundo despertou já era tarde demais, e mais de sessenta milhões de pessoas já haviam sido mortas. Discursando para um público que incluía o secretário de defesa dos EUA, chanceleres e dirigentes de algumas nações, no ano de 2006, Angela Merkel usou palavras duras para se referir a Mahmoud Ahmadinejad. - O líder do Irã ultrapassou todos os limites, disse ela em seu discurso. 23


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Um presidente de uma nação que questiona o direito da existência de Israel, um presidente que nega o Holocausto, não pode contar com a compreensão ou tolerância de nenhum dirigente comprometido com a democracia e com a paz mundial. Angela Merkel disse que o Irã é uma ameaça tanto para a Europa quanto para Israel. Mas ela ressaltou que a diplomacia, e não o uso de uma ação militar, é a melhor maneira de lidar com a ameaça da nação iraniana. O Irã diz que o objetivo de seu programa nuclear é somente a produção de energia. Se fosse de fato, não se oporia a uma inspeção técnica por agentes da ONU – Organização das Nações Unidas através da sua agência regulatória. O regime totalitário do Irã mantêm o poder político exercido pelo Estado, que controla a regulação e a restrição da expressão, e onde a vigilância do cidadão comum é feita atraves da massa manipulada pelo islã, criando o terrorismo de Estado. Os recentes comentários do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, negando que o Holocausto nazista tenha realmente existido, e afirmando que Israel deve ser varrido do mapa, tem um forte significado negativo, e o Ocidente deve tomar uma atitude. A ONU, e as principais nações do planeta, junto com o Conselho de Segurança, tem obrigação de fazer algo nos estágios em que se encontram muito bem definidos as pretensões do Estado Islâmico do Irã. Não se deve permitir que o Irã desenvolva o seu programa nuclear por não demonstrar confiança. De acordo com o Dicionário de Política, sistema totalitário com um partido único, e com um único líder foi 24


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definitivamente implantado no verão de 1934, quando Hitler, através de expurgos sangrentos dentro das organizações militares conseguiu o apoio total do exército e se nomeou, após a morte do presidente Hindenburg, chefe do Estado, chanceler, líder do partido e da nação, tornando-se o ditador da Alemanha. O racismo dentro no Nazismo alcançou um patamar nunca visto na história, e criou uma Política de Estado para eliminar outros povos considerados biologicamente inferiores. Isto porque Hitler julgava que só a raça ariana era depositária do progresso da civilização, e portanto, tinha de conquistar e submeter a raça que ele considerava inferior. O Nazismo consistia assim em um movimento que defendia a superioridade da raça ariana e a doutrina do espaço vital nacional necessário aos alemães, um espaço territorial, que siginificava controlar toda a Europa. O regime totalitário instalado no Irã após a Revolução islâmica no ano de 1979, em nada difere dos brutais regimes iguais que o mundo infelizmente conheçeu, e com ele sofreu durante algumas décadas. O mundo não pode esquecer regimes que aniquilaram o seu povo, tais como: União Soviética, Alemanha Nazista e Cuba, sendo que esta última completa 55 anos de ditadura. O regime no Irã persegue, prende, tortura e mata sem o sentimento de justiça, palavra que não consta dos dicionários. O regime totalitário é um sistema político no qual o Estado, normalmente sob o controle de uma única pessoa, facção ou classe, não reconhece limites à sua autoridade, e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada. 25


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No caso do Irã estão lado a lado, clérigos, iatolás, lideres tribais, e o islã. Cada um deles com uma sede de poder e de vingança nunca visto pela humanidade. A opinião pública perde a confiança nas instituições do estado porque no Irã não existe um limite entre o que é público e o que é privado. Isso ocorre porque o estado tomou o poder do civil, e não há qualquer tipo de motivação que faça o empreendedor transformar a economia e os negócios. Tudo caminha para a estagnação. O povo não acredita em um sistema liberal, porque o estado interfere demasiadamente na vida individual de cada cidadão. A massa desempregada aumenta à cada dia em vista do isolamento a que o estado islâmico do Irã ficou submetido pelos excessos cometidos contra o seu povo e contra a comunidade internacional. No entanto o movimento da imobilidade da nação não nasce da crise que o estado tem provocado, mas é ampliado, e multiplicado com ela. À cada dia o estado terá que prover o povo, e sem os impostos de uma economia formal, a nação não tem capacidade para assegurar ao povo os cuidados com saúde, saneamento e previdência social. Qual será o futuro dessa nação e o seu povo? O Irã perdeu a década de 90 guerreando contra o Iraque. A sua infraestrutura e a sua economia estão abaladas. Outra conseqüência sobre a política do Estado é a falência do sistema liberal, bem como a carência da iniciativa privada que obriga o poder público a intervir. Uma das conseqüências é que o Estado pode criar obras públicas para dar empregos, pagando salários e aquecendo 26


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o comércio, e aí pode surgir um sentimento nacionalista, e o país se fechar ainda mais. Mas no caso do Irã, a economia está em frangalhos, e a população amedrontada. Falta credibilidade em ambos os lados, e o caos poderá se instalar definitivamente. Isso é perigoso demais quando lideres ensandecidos estão no comando do Irã, e ao lado deles clérigos e lideres religiosos. O totalitarismo no Irã uniu o estado sem direitos e os preceitos de uma religião. Não se pode classificar o Irã como um simples estado teocrático porque lá impera o regime totalitário. O totalitarismo é caracterizado pela coincidência do autoritarismo, onde os cidadãos comuns não têm participação significativa na tomada de decisão do Estado, e onde a única ideologia é o islamismo como balizador da conduta da população. No caso do Irã, o estado manda, vigia e pune o seu cidadão, cabendo ao povo somente obedecer cegamente os desmandos de lideres sanguinários e sedentos de vingança. Deste modo a depressão acarreta o abandono dos princípios democráticos, e para uma nação que se intitula a nação dos puros, e que expurga os impuros, proporciona o surgimento de um regime cada vez mais autoritário. O único caminho que sobra é a economia se apoiar no nacionalismo político e militar. O esquema de vida generalizado de valores estabelecidos por meios institucionais e amparados pelo islamismo, orienta a maioria, e todos os aspectos da vida pública e privada. A ninguém é dado o direito de ter uma outra opção doutrinaria ou de ter um pensamento liberal. 27


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O mercado mundial se fechou ao Irã pelos embargos impostos pelas principais nações do Ocidente, o que tem provocado o fechamento de fábricas e as atividades de serviços têm se reduzido, o que faz aumentar o desemprego. Surge a manipulação das massas, e isso assusta os poucos investidores. O estado começa a financiar com seu capital o partido único, que com uma boa propaganda, e a pressão do medo, acaba arrebanhando a juventude desocupada e a classe média que está empobrecendo. Uma nação com esse quadro, e tendo acesso ao conhecimento para a produção da bomba atômica, vai atuar para colocar em primeiro lugar os países vizinhos de joelhos. Anexando mais territórios e os seus recursos econômicos, aumenta os poderes de pressão internacional. O Irã caminha a passos largos para atuar com uma nação que deseja colocar o Ocidente de joelhos. Os caminhos diplomáticos devem ser usados em todos os seus limites. No entanto, eu acredito que os limites já foram mais do que ultrapassados, e a ONU precisa tomar uma decisão agora, e assumir o controle sobre o Irã. O amanhã é incerto e preocupante para as nações que desejam viver em paz em nosso planeta. Alguns dos sinais que estão muito claros nas atitudes do Irã, e que observamos diariamente. 1. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, nega a existência do holocausto durante a II Guerra Mundial. 2. Mahmoud Ahmadinejad declarou em plena cidade de New York, que não foi uma ação de terrorista 28


Mulheres (e minorias) do Irã; perseguição, preconceito, medo e morte

que derrubou as torres gêmeas, mas trata-se de uma armação dos EUA por causa da sua crise econômica. 3. O governo do Irã, chefiado por Mahmoud Ahmadinejad deliberadamente, reteu o avião em que viajava a chanceler alemã, Angela Merkel, por quase duas horas, quando dois aviões com a comitiva do governo da Alemanha cruzava o espaço aéreo do Irã, numa demonstração do mais completo desrespeito com uma chefe de governo. 4. Mahmoud Ahmadinejad questiona o direito da existência de Israel, e declara que o Irã pode varrer o país do mapa. 5. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, comanda, junto com clérigos e lideres religiosos, um massacre sem precedentes na história contra as mulheres. 6. Mahmoud Ahmadinejad foi alvo de denúncias e de grande manifestações públicas com relação a sua vitória nas eleições presidenciais no ano de 2009. A população que se manifesta contra, e que se mobiliza, é presa e condenada à morte, por apedrejamento ou a forca. 7. O governo do Irã não tolera outra religião ou seita que não seja o islamismo. Portanto, não há possibilidade de escolha ou opção. O povo é obrigado a seguir a religião imposta pela chamada revolução islâmica. 8. O governo do Irã não aceita, tolera ou permite que um homem tenha a sua orientação sexual definida como homossexual. Estas pessoas são levadas para as prisões e são condenadas à morte. 29


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9. O governo não aceita que uma pessoa no Irã se considere como um Cristão. A condenação é o apedrejamento por que ele é considerado um inimigo de Deus. 10. Se um muçulmano, no Irã, deixa a religião e se torna um Cristão, ele será considerado um apostata, e será condenado a morte por apedrejamento ou na forca. 11. Crianças, no Irã, são condenadas à morte, se forem pegas cometendo qualquer tipo de crime. 12. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, comanda, junto com clérigos e lideres religiosos, um massacre contra jornalistas, blogueiros, e pessoas que utilizam a internet para transmitir as informações sobre os crimes de estado cometidos no Irã. 13. O Irã persegue, prende e enforca as minorias étnicas, tais como; curdos, azerbaijanes, sufis, azeris, população árabe ahwazi, etc. 14. Não há no Irã qualquer tipo de liberdade de ação, de opção, ou de escolha. Uma polícia moral, ou seja, pessoas fora do estado têm o direito de incriminar e levar aos tribunais pessoas inocentes, e com os seus testemunhos essas pessoas são assassinadas pelo estado teocrático. 15. Uma mulher não tem valor no Irã, e a ela é negado o direito de ir e vir. 16. Pessoas são presas, sentenciadas e condenadas, sem direito a um advogado. 17. Advogados de presos, cujo crime ganha notoriedade, são presos e condenados, apenas porque defendiam uma pessoa que o estado considera um inimigo de Deus. 30


Mulheres (e minorias) do Irã; perseguição, preconceito, medo e morte

18. Minorias religiosas cristãs, como os Bahá’ís, são perseguidos, presos e assassinados. Os seus filhos não podem estudar em uma Universidade, e os direitos como aposentadoria e herança são negados. 19. As mulheres são obrigadas a usar um niqab e um hijab, escondendo os cabelos, parte do rosto e o contorno do corpo. A falta do uso destas vestes equipara a mulher a uma prostituta, e ela será presa e condenada ao apedrejamento. 20. O Irã testou no dia 06 de Julho de 2011 vários mísseis terra-mar perto do estreito de Ormuz durante manobras da Guarda Revolucionária, incluindo o míssil supersônico Khalil Fars (de 300 km de alcance). Os oficiais da guarda revolucionária dispararam dois Khalil Fars - um míssil apresentado pela primeira vez em fevereiro de 2011 e que seria, segundo o governo iraniano, capaz de se deslocar a uma velocidade três vezes maior que a do som (a velocidade do som é de cerca de 1.200 km/h), segundo a mesma fonte. Segundo o governo iraniano, o míssil - equipado com uma ogiva de 650 quilos de explosivos - foi totalmente projetado e construído pela guarda revolcionária.

O caso AMIA Recentemente circulou uma notícia de que existe um mandado de prisão internacional contra Vahidi Ahmad. Trata-se do Ministro da Defesa do Irã, que é acusado de ser o mentor da ação terrorista contra uma entidade do povo judeu localizada na Argentina. O fato ocorreu na Argentina, contra a sede da AMIA - Associação Mutual Israelita 31


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Argentina, em Buenos Aires, no dia 18 de julho de 1994, que matou 85 pessoas e deixou 300 feridos. Há uma acusação formal contra Vahidi Ahmad, por ter sido o mentor intelectual do triste atentado contra vidas de pessoas inocentes. O futuro do Irã Os caminhos que as lideranças políticas e religiosas sinalizam no Irã, não são nada positivas, e com toda a certeza não demonstram que haverá um caminho no rumo da democracia. O presidente Mahmoud Ahmadinejad precisa cometer ainda mais atrocidades? Lideres religiosos e clérigos precisam executar mais pessoas inocentes apenas porque não seguem a suas orientações doutrinárias? Será que Ocidente vai demorar mais tempo para perceber que há muita coisa errada sendo feita no Irã contra o seu pacifico e laborioso povo? Há um tempo de esperar, há tempo de observar, e há tempo de tomar decisões pela força se necessário, e o caso do Irã já ultrapassou todas essas etapas.

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Mauricio Barufaldi

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