ISSN 1982-5897
O BIÓLOGO Revista do Conselho Regional de Biologia 1ª Região (SP, MT, MS) Ano IV - Nº 14 Abr/Mai/Jun 2010
CRBio-01
Água de lastro e seus impactos
Leia também: Resolução CFBio nº 213/2010 Conservação de espécies de serpentes em cativeiro
Educação Ambiental e seus caminhos
ÍNDICE
O BIÓLOGO Revista do Conselho Regional de Biologia 1ª Região (SP, MT, MS) Ano IV - Nº 14 Abr/Mai/Jun 2010 ISSN 1982-5897
ÍNDICE CRBio-01
Conselho Regional de Biologia 1ª Região-São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (CRBio-01) Rua Manoel da Nóbrega, 595 - Conjunto 111
Editorial.......................................................................... 03 Entre os assuntos comentados estão o incêndio no Instituto Butantan e as Resoluções do CFBio nº213/2010 e nº 214/2010
CEP 04001-083 - São Paulo - SP Tel: (0xx11) 3884-1489 - Fax: (0xx11) 3887-0163 E-mail: conselho@crbio1.org.br Home page: www.crbio01.org.br
Ecos da Plenária ........................................................... 04
Delegacia Regional de Mato Grosso - CRBio-01 Em breve novo endereço
Acontece........................................................................ 05 Notícias em destaque relacionadas ao CRBio-01 e aos Biólogos Pós-Graduação ............................................................. 09
Diretoria: Wlademir João Tadei Presidente
Luiz Eloy Pereira Vice-Presidente
Eliézer José Marques Secretário
Edison Kubo Tesoureiro
Conselheiros Mandato (2007-2011) Efetivos: Wlademir João Tadei; Edison Kubo; Eliézer José Marques; Murilo Damato; Mário Borges da Rocha; Maria Teresa de Paiva Azevedo; Luiz Eloy Pereira; Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira; Rosana Filomena Vazoller; Giuseppe Puorto. Suplentes: Adauto Ivo Milanez; Sandra Farto Botelho Trufem; Ângela Maria Zanon; Eliana Maria Beluzzo Dessen; Marlene Boccatto; Sarah Arana; Edison de Souza; Normandes Matos da Silva; Regina Célia Mingroni Netto; Osmar Malaspina.
Revista do Conselho Regional de Biologia (CRBio-01) Responsável: Comissão de Comunicação e Imprensa do CRBio-01 Editora: Maria Eugenia Ferro Rivera (MTb 25.439) Periodicidade: trimestral Tiragem: 18.000 exemplares Editoração Eletrônica: Mauro Teles
Ano IV - Nº 14 - Abr/Mai/Jun 2010
O que aconteceu nas 137ª e 138ª Sessões Plenárias do CRBio-01
CtP, impressão e acabamento: Rettec Artes Gráficas Fone: (11) 2063-7000 www.rettec.com.br rettec@rettec.com.br
Mar e navio (imagem meramente ilustrativa), Tubastraea tagugensis Wells, foto: Joel Creed; e Perna perna, foto: Maria Augusta G. Ferreira-Silva
Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores e podem não refletir a opinião desta entidade. O CRBio-01 não responde pela qualidade dos cursos divulgados. A publicação destes visa apenas dar conhecimento aos profissionais das opções disponíveis no mercado.
Jan-Fev-Mar/2008 –– CRBio-01 CRBio-01 –– O O BIÓLOGO BIÓLOGO 22 Abr-Mai-Jun/2010
O Instituto de Botânica é o foco desta edição Arquivo do Biólogo ........................................................ 10 Seção que publica fotos curiosas e interessantes clicadas por Biólogos Publicações ................................................................... 10 Lançamentos de livros de interesse às Ciências Biológicas Agenda .......................................................................... 11 Divulgação dos eventos científicos no Brasil e no exterior Destaque ....................................................................... 12 Água de lastro e seus impactos,entrevista com o Biólogo e pesquisador Dr. Rubens Lopes do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo Em F oco ........................................................................ 16 Conservação de espécies de serpentes ameaçadas através da criação e reprodução em cativeiro, artigo da Bióloga e pesquisadora Silvia R. Travaglia Cardoso Resolução...................................................................... 17 Publicada a Resolução nº 213/2010 do CFBio que trata dos requisitos mínimos para o Biólogo atuar em Meio Ambiente, Saúde & Biotecnologia e Produção Biólogos Inscritos .......................................................... 17 Relação dos Biólogos inscritos no CRBio-01 em 2009, segunda e última parte Ponto de Vista ............................................................... 21 A Bióloga Alessandra C. Sekircoff Stona escreve sobre Educação Ambiental e seus caminhos
EDITORIAL Prezados Biólogos: Neste trimestre, além de suas atividades rotineiras técnicas e administrativas, este Conselho Regional esteve envolvido na reforma das instalações de sua sede. Ela permitirá melhor aproveitamento do espaço, principalmente para o setor de fiscalização, e melhor atendimento ao profissional Biólogo, objetivo principal da obra. A procura por soluções ecologicamente responsáveis nos levou a substituir os envelopes plásticos utilizados por este Conselho. A partir deste número a revista O Biólogo será enviada protegida por envelope plástico oxi-biodegradável. Este tipo de plástico tem sido testado e comprovado por laboratórios de testes independentes. É totalmente degradável, não produz resíduos nocivos e, ainda, atende as exigências essenciais da Diretriz para Descarte de Embalagens da União Européia. Um fato ocorrido recentemente chamou a atenção de toda a comunidade científica brasileira. Não poderíamos deixar de manifestar a nossa solidariedade ao Instituto Butantan e aos seus funcionários quando do incêndio que destruiu a maior parte da maior coleção científica de animais peçonhentos do planeta e uma das mais importantes e talvez o único documento científico de espécies coletadas desde 1901. O Instituto Butantan, reconhecido internacionalmente, produz 93% das vacinas no Brasil e é órgão de referência mundial na produção de soros, vacinas e pesquisas com animais peçonhentos. Os prejuízos – alguns irreparáveis - não se limitam à área das ciências básicas, como sistemática, ecologia, morfologia e bioquímica, mas também na área industrial - produção de fármacos, vacinas, soros. Pelos serviços prestados à sociedade, pela excelência e dedicação do seu corpo de funcionários técnicos e administrativos, certamente tudo deverá ser feito para que o Instituto Butantan volte à regularidade, no menor prazo possível. Legislação recente do Conselho Federal de Biologia possibilita o registro de atividades realizadas pelos Biólogos fora do país. A Resolução CFBio nº 214/2010 regulamenta a inclusão no Acervo Técnico do Biólogo das atividades e serviços prestados no exterior, inclusive desempenho de funções técnico-administrativas, por meio de registro de ART. Para finalizar, chamamos a atenção para a Resolução CFBio n° 213, de 20 de março de 2010, que estabelece os requisitos mínimos para o Biólogo atuar em pesquisa, projetos, análises, perícias, fiscalização, emissão de laudos, pareceres e outros serviços nas áreas de meio ambiente, saúde & biotecnologia e produção. Foram definidos novos parâmetros para avaliação dos currículos, fixada a carga horária mínima para os graduandos em Ciências Biológicas – Bacharelado e Licenciatura - em 2.400 horas de componentes curriculares específicos das ciências biológicas para egressos com colação de grau até dezembro de 2013, e em 3.200 horas para os que colarem grau a partir de 2014. Caso o Biólogo não comprove as exigências estabelecidas em termos de carga horária, o interessado poderá complementar a sua formação por meio de educação continuada nas três áreas de atuação. O documento que subsidia a nova Resolução é o “Parecer CFBio n° 01/2010 – GT Revisão das Áreas de Atuação”. Esta Resolução, reproduzida neste número da revista, foi baixada visando a melhoria da qualidade do profissional Biólogo. Os documentos completos podem ser encontrados no Portal deste Conselho: www.crbio01.org.br. Até a próxima oportunidade! A Diretoria do CRBio-01
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O espaço do Biólogo na Internet O CRBio-01 estabeleceu parceria com a empresa Enozes Publicações para implantação do CRBioDigital, espaço exclusivo na Internet para Biólogos registrados divulgarem seus currículos, artigos, notícias, prestação de serviços, além de disponibilizar um Site a cada profissional. O conteúdo é totalmente gerenciado pelo próprio profissional. O CRBioDigital além de ser guia e catálogo eletrônico de profissionais, promove também a interação entre os Biólogos registrados, formando uma comunidade profissional digital. Para acessar entre no portal do CRBio-01: www.crbio01.org.br
O Conselho Regional de Biologia 1ª Região (CRBio-01) realizará no segundo semestre deste ano, em São Paulo, o “Curso de Capacitação: Perito Ambiental” , ministrado pelo Biólogo Dr. Murilo Damato. O curso, destinado aos Biólogos profissionais inscritos no CRBio-01 (e em outros CRBios), terá carga horária de 40 horas, ministradas em cinco sábados, em data e local a serem definidos brevemente. Investimento total do curso: R$ 350,00 (em duas parcelas de 50%). N.º de vagas: 40 Critério para seleção dos candidatos: ordem de inscrição, e esta somente será confirmada de acordo com a data de pagamento do boleto bancário. Em caso de desistência, não haverá devolução. Mais informações e inscrições, em breve no portal do CRBio-01: www.crbio01.org.br
O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2010 3
ECOS DA PLENÁRIA A 137ª Sessão Plenária do CRBio-01 foi realizada no dia cinco de fevereiro do ano de dois mil e dez , em sua sede, na cidade de São Paulo. O presidente comunicou as tratativas efetuadas pelo Sistema CFBio/CRBios junto a PETROBRAS visando modificações no edital de concurso público, que possibilitaram a inscrição de Biólogos mediante apresentação de certidão específica emitidas pelo CRBios com base na avaliação curricular específica da área. Comunicou que a Profª Dra. Bertha Lange de Morretes fez nova doação de R$ 5.000,00 (cinco mil reais ) para o fundo que premia os melhores trabalhos apresentados nos Congressos de Biólogos do CRBio-01. Em janeiro do corrente exercício, o saldo da referida conta era R$ 88.660.24. O plenário aprovou o calendário de Sessões Plenárias proposto pela Diretoria para este exercício: 09/04; 18/06; 06/08; 08/10 e 17/12. O Presidente informou também que o “Curso de Capacitação: Perito Ambiental” teve grande procura e que as 40 vagas disponibilizadas se esgotaram já no segundo dia de inscrição, quando tiveram que ser encerradas. Devido ao grande número de pedidos de matrícula que não puderam ser atendidos, o CRBio-01 está considerando a realização de novos cursos. A Diretoria manifestou-se pelo exame dessa possibilidade, após avaliação deste primeiro curso. O conselheiro Eliézer José Marques relatou sobre os diversos e-mails recebidos de Biólogos que atuam no estado de Mato Grosso relatando suas dificuldades no desempenho de atividades relativas à elaboração de Licença Ambiental Única (LAU), junto à SEMA daquele estado. Colocada a questão em pauta, foi decidido que os Biólogos prejudicados devem acionar juridicamente as entidades envolvidas, possibilitando a intervenção do CRBio-01 de forma a resguardar os direitos dos Biólogos daquela região. Em seguida, foram homologadas 310 inscrições, sendo 82 provisórias e 228 definitivas; 38 reativações e cancelados 77 registros de pessoa física, por vencimento do registro provisório e 68 por encerramento das atividades profissionais, a pedido, e dois por falecimento. Foram aprovadas duas solicitações de título de especialista, negada uma e outra colocada em instrução. Vinte e nove solicitações de desconto na anuidade baseadas nos dispositivos da Resolução CFBio 152/08 foram aprovadas, bem como a inscrição/ cadastro de uma pessoa jurídica e concedido o respectivo TRT. Aprovada a concessão de TRT e o cancelamento de registro de quatro empresas e os TRTs dos Biólogos responsáveis. O plenário aprovou o arquivamento de PED proposto pela Comissão de Ética Profissional, restaurando os direitos do Biólogo envolvido. Foram referendadas oito solicitações de transferência de Biólogos do CRBio-01 para outros CRBios e de seis Biólogos vindos de outros Regionais. Foram aprovadas oito solicitações de licença. O plenário decidiu que a Comissão de
Comunicação e Imprensa será responsável pela elaboração dos cartazes destinados à divulgação da profissão de Biólogo que serão distribuídos à empresas registradas e cadastradas neste Conselho, entidades de ensino superior, Ministério Público, instituições de pesquisas, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais. A plenária aprovou, por unanimidade, a indicação dos Biólogos Dr. Murilo Damato e Dra. Rosana Filomena Vazzoler, titular e suplente, respectivamente, como representantes do CRBio-01 junto ao recém-criado Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH).
tros. Foram aprovadas cinco solicitações de Desconto em Anuidade sendo quatro com base no § 1º do artigo 1º e uma no § 2º do artigo 1º, ambos da Resolução CFBio Nº 152/2008. Foram aprovadas 218 solicitações de cancelamento de registro, sendo 78 por vencimento do prazo de validade do registro provisório; 137 por encerramento das atividades profissionais, a requerimento do interessado e três por falecimento. Aprovado parecer da Comissão de Ética solicitando o arquivamento de um Processo Ético Disciplinar, por quitação total do débito. Foram aprovadas oito solicitações de título de especialista e homologadas 16 solicitações de Termo de Responsabilidade Técnica com registro/cadastramento de pessoa jurídica e dois pedidos encontram-se em instrução; foram apreciadas e aprovadas quatro solicitações de Termo de Responsabilidade Técnica e um pedido de inserção de área do conhecimento em TRT já aprovado. Por outro lado, foram homologadas nove solicitações de cancelamento de registro de empresas, bem como os respectivos TRT. Foi aprovado o cancelamento do registro de Pessoa Jurídica por descumprimento de legislação e referendados os pedidos de transferência de quatro Biólogos de outras regionais para o CRBio-01 e a transferência de 13 Biólogos deste CRBio para outros Regionais. O plenário aprovou 14 solicitações de licença de registro. Também aprovou, por unanimidade, a proposta da Diretoria de reajuste salarial dos funcionários do CRBio-01, constando de: reposição da inflação ocorrida no período em discussão, apurada pelo ICV-DIEESE, e aumento do valor facial do vale-refeição para R$ 18,00. A presidência apresentou relato dos incidentes ocorridos que culminaram com a rescisão, por justa causa, do contrato firmado com a primeira empresa para reforma e readaptação das instalações do CRBio-01 (11° e 12° andares). O Conselheiro-Tesoureiro apresentou a Prestação de Contas referente ao exercício de 2009 que, após análise pelo Plenário, foi aprovada por unanimidade.
Às nove horas do dia nove de abril do ano de dois mil e dez, na sede do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT, MS) – CRBio-01, em São Paulo, SP, teve início a 138ª Sessão Plenária deste Conselho. Inicialmente, o senhor Presidente relatou as providências tomadas visando rebater a argumentação apresentada pela AOCEANO – Associação dos Oceanógrafos questionando itens de recente Edital. Argumentou que deve ser salientado que a Oceanografia é área de conhecimento do Biólogo, de acordo com o item 2.18 da Resolução CFBio nº 10/2003, e uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Biologia – Resolução nº 17/1993. Em seguida, apresentou extenso relato sobre a edição de recentes Resoluções pelo Conselho Federal: a Res. CFBio 212/2010 que dispõe sobre a Re-Ratificação da Resolução CFBio nº 192, de 05 de setembro de 2009, a Resolução CFBio 214/2010 que regulamenta a inclusão no Acervo Técnico de atividades profissionais exercidas por Biólogos fora do país por meio do registro de ART. Discorreu também sobre o Parecer CFBio nº 01/2010 elaborado pelo GT – Revisão das áreas de atuação. Este Parecer fundamenta a Resolução CFBio 213/2010 que estabelece os requisitos mínimos para o Biólogo atuar em pesquisa, projetos, análises, perícias, fiscalização, emissão de laudos, pareceres e outros serviços nas áreas de meio ambiente, saúde & biotecnologia e produção. O Sistema CFBio/CRBios já solicitou aos Coordenadores de Cursos de Ciências Biológicas os Projetos Pedagógicos de Curso (PPC) que serão analisados pelas Comissões de Formação e Aperfeiçoamento Profissional (CFAPs) dos CRBios. Prosseguindo, o plenário homologou 412 inscrições novas de reConfira as opções de assinatura no gistros de pessoa física do CRBio-01: www.crbio01.org.br sendo 155 provisórios e 257 definitivos; 42 reativações de regis-
44 Abr-Mai-Jun/2010 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
Parceria CRBio-01 e Revista Terra da Gente portal
ACONTECE
Estudo avalia fatores ligados Ă queda de ĂĄrvores urbanas
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Pesquisa apresentada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, abordou os principais aspectos relacionados ao perigo de queda de ĂĄrvores na condição urbana. O trabalho do BiĂłlogo SĂŠrgio Brazolin (CRBio 10135/01-D), pesquisador do LaboratĂłrio de Preservação de Madeiras e Biodeterioração de Materiais Instituto de Pesquisas TecnolĂłgicas (IPT) do Estado de SĂŁo Paulo, mostra que a presença de fungos e cupins ĂŠ um fator importante associado ao risco de queda. Das 1.109 ĂĄrvores estudadas, 16% se em encontravam em estado de alerta mĂĄximo, indicando a necessidade de manejo para impedir danos Ă população. O pesquisador analisou ĂĄrvores da espĂŠcie tipuana (Tipuana tipu), existentes nas ruas de bairros das Zonas Oeste e Sul de SĂŁo Paulo. â€œĂ‰ uma espĂŠcie exĂłtica, de crescimento rĂĄpido, trazida para os bairros loteados pela Companhia City nas primeiras dĂŠcadas do sĂŠculo passadoâ€?, conta Brazolin. “Apesar de terem sido
plantadas hĂĄ cerca de 70 anos, as tipuanas sofrem com a ação do meio, como o apodrecimento por fungos provocados por injĂşrias no tronco em podas inadequadas ou açþes de vandalismo. â€? Entre as condiçþes avaliadas para se estimar o risco de queda estĂŁo as medidas da ĂĄrvore, o estado de sanidade biolĂłgica (presença de fungos e cupins, entre outras pragas), a deterioração interna e as condiçþes de entorno, como a ĂĄrea permeĂĄvel do canteiro. “TambĂŠm ĂŠ analisada a interferĂŞncia de transformadores, postes, pontos de Ă´nibus, se a poda da copa foi feita com equilĂbrio e se hĂĄ danos nas raĂzesâ€?, completa o BiĂłlogo. A pesquisa elaborou um roteiro para que os responsĂĄveis pelo manejo das ĂĄrvores possam identificar problemas e priorizar ĂĄrvores que necessitem de maiores cuidados. Em casos de alerta mĂĄximo, o pesquisador ressalta a necessidade de providĂŞncias imediatas. “Deve-se realizar tratamento para eliminar cupins e uma poda na copa que reequilibre a ĂĄrvore,
buscando o seu centro de gravidadeâ€?, aponta o BiĂłlogo. â€œĂ‰ preciso tambĂŠm tomar cuidado com a fiação elĂŠtrica nas proximidades e educar as pessoas para evitarem injĂşrias contra as raĂzes e o tronco.â€? A remoção e a substituição da ĂĄrvore devem ser feitas apenas em Ăşltimo caso, quando ela se encontra no limite da resistĂŞncia. “Acima de tudo, as autoridades devem avaliar o risco de queda para a populaçãoâ€?, acrescenta Brazolin. Em 2003, uma sĂŠrie de acidentes envolvendo queda de ĂĄrvores fizeram com que a Prefeitura de SĂŁo Paulo procurasse o IPT para realizar um estudo sobre as causas do problema, que durou dois anos. Para aprofundar a investigação sobre os fatores envolvidos na deterioração e queda, o BiĂłlogo pesquisou o tema em sua tese de doutorado. O trabalho de Sergio Brazolin foi apresentado na Esalq em agosto Ăşltimo, com orientação do professor Mario Tomazello Filho. Fonte: AgĂŞncia USP de NotĂcias
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ACONTECE
Sistema CFBio/CRBios participa da mobilização pela sustentabilidade dos Conselhos Profissionais Foto: CFBio
A presidente do CFBio, Dra. Maria do Carmo Brandão Teixeira; o Assessor Jurídico do CRBio-02, Dr. Flávio Torres Nunes e o Presidente do CRBio-01, Dr. Wlademir João Tadei
Coordenados pelo Fórum dos Conselhos Federais das Profissões Regulamentadas (Conselhão), Presidentes e Conselheiros Federais e Regionais dos conselhos de classes profissionais realizaram, em 24 de fevereiro, visitas às Lideranças partidárias na Câmara e Senado na busca de apoio e maior agilidade na tramitação do Projeto de Lei Nº 6.463/2009, quando também foi distribuído um manifesto preparado pelo Sistema CONFEA/CREA explicando a importância deste PL para a sustentabilidade dos conselhos profissionais. O PL Nº 6.463/2009 visa regulamentar a definição de valores das anuidades pelos próprios Conselhos Federais.
O Coordenador do Conselhão, José Augusto Viana Neto (presidente do CRECI-SP), não tem medido esforços e vem se empenhando junto ao Executivo e ao Legislativo, na expectativa de ver o PL aprovado ainda este ano. Neste sentido, tem proposto agenda de visitas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Ressaltamos que o Sistema CFBio/CRBios tem participado dos fóruns de discussão ocorridos em Brasília e em vários Estados, tanto com representantes do Legislativo, como do Executivo. Nesta reunião o Sistema esteve representado pela Presidente do CFBio , Dra. Maria do Carmo Brandão Teixeira,
o Presidente do CRBio-01, Dr. Wlademir João Tadei, o Assessor Jurídico do CRBio-02, Dr. Flávio Torres Nunes, e do Assessor Parlamentar do CFBio , Dr. Rogério Corrêa Jansen .Entre os vários parlamentares visitados, o Grupo esteve com o Deputado Federal Eudes Xavier (PT), que será o relator do PL, expondo a angústia de um grupo de Conselhos, que já vem sofrendo com demandas judiciais, pela falta de uma legislação própria. O deputado demonstrou interesse em apoiar o Grupo, e disse que acredita que como já há um entendimento positivo na Câmara e no Senado o mesmo poderá tramitar com maior agilidade. A Senadora Ideli Salvatti (PT), recebeu também de forma acolhedora a comitiva de representantes dos Conselhos, e após ouvir a solicitação do Grupo declarou seu apoio integral ao PL, dizendo que se o mesmo vier acertado com os Conselhos, lá da Câmara, entrará pronto na pauta do Senado e poderá ser aprovado rapidamente. A aprovação do PL colocará um fim às brechas da legislação, garantindo a segurança necessária para que os Conselhos possam exercer suas funções de orientar e fiscalizar o exercício profissional com qualidade e compromisso com a sociedade. Fonte: CFBio
Sistema CFBio/CRBios na Reunião Ato Médico com o Senador Antonio Carlos Valadares Representantes dos Conselhos Profissionais da área da Saúde, Associações profissionais e a Coordenação do FENTAS (Fórum das Entidades Nacionais dos Trabalhadores da Área da Saúde) reuniram-se, no dia 24 de fevereiro, com o Senador Antonio Carlos Valadares, relator do PLS Nº 268/2002 (PLC Nº 7.703 C/2006 – Ato Médico) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e com o Deputado Federal Lobbe Neto, em Brasília. O objetivo foi esclarecer as
incoerências do PL do Senado Nº 268 de 2002 e solicitar seu apoio contra o mesmo. Embora o tempo não tenha sido suficiente para que todos os Conselhos se manifestassem, a reunião foi muito importante, pois mostrou ao Senador a unidade das treze profissões da área da saúde, na defesa da saúde pública e não apenas de seus espaços profi ssionais. Os que fizeram uso da palavra foram unânimes, solicitando apoio quanto à rejeição do PL, por denotar, entre outras,
6 Abr-Mai-Jun/2010 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
excesso de corporativismo dos médicos, desrespeito às demais profissões da saúde, além de representar retrocesso, pois renega o caráter inovador e eficiente do SUS, no que tange a multidisciplinaridade na saúde. O Sistema CFBio/CRBios se fez representar pelos Presidentes do CFBio, Dra. Maria do Carmo Brandão Teixeira e do CRBio-01, Dr. Wlademir João Tadei. A Presidente do CFBio, em sua fala, disse que a sua profissão – cujo
ACONTECE significado é estudo da vida - sente que este PL vai contra a missão dos Biólogos, pois ao atrelar todo e qualquer procedimento ao médico interferirá negativamente nos serviços em prol da vida, especialmente daqueles menos favorecidos. Acrescentou ainda que além dos pontos já levantados, há outros que interferirão no exercício da Biologia, dada sua abrangência, como nas análises e diagnósticos nos serviços de acom-
panhamento genético, na docência de disciplinas típicas da Biologia e sempre ministradas pelos Biólogos como: Genética, Microbiologia, Parasitologia, Entomologia Médica, entre outras. Preocupa também ao Sistema CFBio/CRBios o PL estabelecer como privativo dos médicos a administração dos serviços de saúde, por ser este um conceito muito amplo. No entendimento do Sistema, tanto o PL do Senado, quanto da Câmara afronta a
Constituição Federal por desrespeitar as demais profissões, sendo, portanto, inconstitucional. Finalizadas as falas e atendendo à solicitação do Senador para que fosse formado um grupo para discussões futuras, chegou-se ao acordo que o grupo seria formado pelas 13 profissões, o FENTAS, o CNS, as Entidades Representativas de Ensino Superior e outras que se interessassem em aderir ao grupo. Fonte: CFBio
CRBio-01 lamenta a perda de Dr. Osvaldo Frota-Pessoa
Dr. Osvaldo Frota-Pessoa
No dia 24 de março, faleceu em São Paulo, aos 93 anos, o Biólogo Prof. Dr. Osvaldo Frota-Pessoa. O cientista era professor emérito do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). Nascido no subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, Dr. Frota-Pessoa for-
mou-se em História Natural pela Escola de Ciências da Universidade do Distrito Federal (1938). Em seguida, o cientista graduou-se na Faculdade de Medicina da então denominada Universidade do Brasil (1941), hoje UFRJ. No mesmo ano, cursou técnicas de pesquisas biológicas no Instituto Oswaldo Cruz e fez doutorado em História Natural na Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro, e passou a se dedicar à pesquisa. Dr. Frota-Pessoa é autor de diversos trabalhos nos campos da Genética Humana e da Citogenética, e foi membro da Sociedade Brasileira de Botânica, de Genética e da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Construiu sua carreira norteada por três vertentes: a pesquisa científica, a contribuição para melhorar o ensino e a divulgação científica.
O reconhecimento de seu trabalho veio com inúmeras premiações, entre elas o prêmio José Reis de Divulgação Científica, do CNPq (1981), o prêmio Kalinga, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Unesco (1982) e Alfred Jurzikowyski, de pesquisa básica relevante para a Medicina, da Academia Nacional de Medicina (1989). Em 2001, Dr. Osvaldo Frota-Pessoa concedeu entrevista ao Jornal Biologia do CRBio-01, na qual disse que os alunos devem buscar ativamente o conhecimento, desenvolvendo projetos e resolvendo problemas. Também deixou mensagem aos universitários: “Os jovens devem tomar em suas mãos seu próprio desenvolvimento e não ficar apenas pendurados no professor. Somos nós que construímos nossas carreiras, e não os outros”. Fonte: Folha de São Paulo e Jornal de Biologia do CRBio-01
Curso de Perícia Ambiental promovido CRBio-01 alcança suas metas O “Curso de Capacitação: Perito Ambiental”, realizado pelo Conselho Regional de Biologia - 1ª Região destinado aos Biólogos registrados, ultrapassou as expectativas mais otimistas. Assim que abertas, as vagas foram rapidamente preenchidas. Ao todo 52 Biólogos assistiram as 40 horas de aula nos dias 06, 13, 20 e 27 de março e no dia 10 de abril, no Auditório do Museu Biológico do Instituto Butantan, em São Paulo (SP). O curso foi ministrado pelo Biólogo e Conselheiro do CRBio-01, Prof. Dr. Murilo Damato, que comentou: “O curso superou todas as expectativas e foi um enorme sucesso. Já existem solicitações para que este curso seja ministrado no segundo semestre. Também foi solicitado pelos alunos que o Conselho promova regularmente novos cursos de capacitação na área ambiental.”
Foto: M. E. Rivera
O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2010 7
ACONTECE
EXPOPRAG 2010 terá participação do CRBio-01
O CRBio-01 confirmou sua presença na EXPOPRAG 2010, o maior evento do setor de controle de vetores e pragas urbanas da América Latina. Promovida pela APRAG – Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas, a feira acontece bienalmente, desde 1996,
e reúne especialistas de diversas partes do Brasil e do mundo. Oportunidade única para conhecer as novidades em serviços, produtos e equipamentos para o controle profissional de pragas. Paralelamente, é realizado o congresso, onde são abordados diversos temas ligados ao setor.
Esta é quinta participação consecutiva do CRBio-01, pois entende que este é um campo de atuação muito importante para o Biólogo, que está se aprimorando cada vez mais. Além disso, o Biólogo é o profissional que possui o aporte técnico-científico e a habilitação legal necessários para prestar serviços com qualidade. A EXPOPRAG 2010 acontecerá nos dias 09, 10 e 11 de setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Mais informações: www.pragas.com.br/ expoprag2010/
Diretoria do CRBio-01 reúne-se com deputado Capez Foto: M. E. Rivera
O assessor do deputado, Dr. Felice Balzano; Dr. Edison Kubo; Dr. Eliézer José Marques; o deputado estadual Dr. Fernando Capez; Dr. Wlademir João Tadei; Dr. Luiz Eloy Pereira e Dra. Sandra Farto Botelho Trufem
Em 06 de abril, a Diretoria do CRBio-01 composta pelo presidente, Dr. Wlademir João Tadei; vice-presidente, Dr. Luiz Eloy Pereira; conselheiro-secretário Dr. Eliézer José Marques, e conselheiro tesoureiro, Dr. Edison Kubo e mais a conselheira Dra. Sandra Farto Botelho Trufem estiveram no escritório do deputado estadual Fernando Capez, que preside a Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa de São Paulo. O deputado tem se mostrado interessado nos assuntos pertinentes aos Biólogos. O encontro foi produtivo e serviu para avaliar o andamento de questões que envolvem a categoria profissional dos Biólogos nos âmbitos da Legislação Estadual e Municipal. Vale lembrar que recentemente, o parlamentar solicitou à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo a criação da Promotoria de Defesa Animal, a qual terá como atribuição específica a tutela de animais silvestres e exóticos.
Laboratório de pesquisa do Instituto de Biologia da UNICAMP investiga a sensibilidade de peixes aos pesticidas Pesquisas realizadas no Laboratório de Histofisiologia e Histopatologia Experimental em Ectotérmicos (LHHEE) do Instituto de Biologia da UNICAMP, coordenadas pela Bióloga e Profa. Dra. Sarah Arana (CRBio 02566/01-D), visam verificar a aplicabilidade de espécies brasileiras de peixes como bioindicadores de contaminação aquática. O pacu (Piaractus mesopotamicus) encabeçou a lista de espécies testadas pela equipe do Laboratório, pela sua importância nos ecossistemas onde se encontra, pelo seu
valor sócio-econômico e também pelo fato de haver registro da presença de vários agrotóxicos nas bacias do Pantanal do Mato-Grosso, em virtude da intensa agricultura praticada na região. Os resultados preliminares de ensaios ecotoxicológicos para avaliação da sensibilidade do pacu ao endosulfan, inseticida organoclorado de elevada toxicidade, muito contribuíram nas medidas tomadas pelo Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) por ocasião do acidente ambiental ocorrido em
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novembro de 2008, quando 8.000 litros de endosulfan diluído em xileno foram lançados no Rio Paraíba do Sul, na região de Resende (RJ). Segundo a Dra. Sarah Arana, que realizou criterioso levantamento sobre o assunto, não há registros no mundo de um acidente dessas proporções envolvendo o endosulfan. De fato, este pesticida já havia sido banido da Comunidade Européia e de vários outros países há anos, pelo risco que representa para a saúde humana e pela elevada toxicidade para organismos
ACONTECE aquáticos. Em decorrência do acidente, toneladas de peixes morreram, prejuízo que não só foi sentido de imediato pela comunidade pesqueira da região, como trará sérios danos ambientais no futuro, difíceis de serem previstos dada a falta de dados sobre os efeitos a longo prazo desse tipo de contaminação e dessa redução brusca do estoque píscicola. Foto: UNICAMP
Dos estudos do LHHEE já se sabe que o pacu é bastante sensível aos efeitos do endosulfan, mas há variações individuais quanto à essa sensibilidade, de forma que nem todos os peixes expostos à mesma concentração morrem, porém apresentam sérias lesões em órgãos como o fígado, o rim e as brânquias. Com base nestas observações, o que mais preocupa os pesquisadores são os efeitos a longo prazo de baixas concentrações que podem afetar também os órgãos endócrinos e reprodutores dos peixes, o que pode acarretar séria redução dos estoques e até comprometer a preservação de algumas espécies. Esse episódio, somado aos levantamentos em andamento na ocasião pela ANVISA sobre os efeitos do endosulfan
à saúde de brasileiros, culminou com a proibição do uso de agrotóxicos que contenham endosulfan no Brasil a partir de setembro de 2009. Assim como o endosulfan, muitos outros agrotóxicos alcançam as águas de rios e córregos, de maneira que há extrema necessidade de mais estudos como os que estão sendo conduzidos no Instituto de Biologia da UNICAMP, com o objetivo de conhecer melhor os efeitos agudos e crônicos dessas substâncias, individualmente e também a possível ação sinérgica desses vários compostos, em espécies da ictiofauna brasileira. “Tal conhecimento é fundamental para nortear as agências governamentais de fiscalização, bem como a criação de leis mais rigorosas, com o intuito de preservar nossos recursos hídricos, pois depois que o acidente ambiental ocorre não há multa elevada o suficiente que possa custear ou garantir a recuperação de todo um ecossistema”, afirma a Dra. Sarah Arana.
PÓS-GRADUAÇÃO Foto: M. E. Rivera
Ti t u l o d o P r o g r a m a d e P ó s Graduação(PPG): Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente Área(s) de Concentração: Plantas Vasculares em Análises Ambientais e Plantas Avasculares e Fungos em Análises Ambientais Início do PPG: Mestrado: 2003 Doutorado: 2003 Aprovado pela CAPES em: 30/12/2002 e publicação em DO: 31/12/2002 Conceito CAPES: início 04, atual 04 Nº de dissertações defendidas: 116
Esta seção trata sobre programas de pós-graduação nos Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo. A cada edição focaremos uma instituição. O Instituto de Botânica está vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, do Estado de São Paulo e tem como missão institucional desenvolver pesquisas na área da Botânica, que norteiem a política ambiental estadual. O Instituto está localizado no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, onde também se encontram a
Reserva Biológica e o Jardim Botânico, que estão sob a sua administração. Possui também duas outras Unidades de Conservação, que representam os dois principais biomas do Estado: Mata Atlântica (Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba) e Cerrado (Reserva Biológica e Estação Experimental de Moji Guaçu). Desde 2003, mantém o seu programa de pós-graduação, único do país que abrange plantas avasculares até vasculares,incluindo fungos e cianobactérias.
Nº de teses defendidas: 34 Nº atual de docentes: 34 Nº atual de discentes: 89 Nº de vagas/ano: 20 a 25
Instituto de Botânica Av. Miguel Stéfano, 3687 Água Funda - São Paulo (SP) 04301-902 Tel.: (11) 5073-6300 ramal 329 www.ibot.sp.gov.br/
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ARQUIVO DO BIÓLOGO
A fotografia faz parte da rotina de trabalho de muitos Biólogos. Esta seção da Revista publica fotos curiosas, interessantes, significativas e inusitadas da fauna, da flora, e de paisagens, captadas por Biólogos.
Flor de Couroupita guianensis Aubl. (Lecithydaceae), conhecida como abricó-de-macaco, castanha-de-macaco, cuia-de-macaco, árvore-de-macaco, entre outras. Originária da América do Sul (floresta amazônica), abrangendo principalmente o Amazonas, Pará e Guianas. Foto tirada em um sítio em Barão de Melgaço, (MT). próximo ao Pantanal. Detalhe: abelhas no interior da flor.
A Bióloga Dra. Ermelinda Maria De Lamonica Freire, CRBio 01233-01 D, é professora e Conselheira do CFBio.
PUBLICAÇÕES
PARA DARWIN (FÜR DARWIN, 1864) Fritz Müller Tradução de: Luis Roberto Fontes e Stefano Hagen Editora da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC – 280 p. O livro, publicado por Fritz Müller em 1864, foi pioneiro na apresentação e discussão minuciosa de provas factuais à teoria da evolução, proposta por Charles Darwin em 1859. Trata-se de obra decisiva na consolidação do evolucionismo darwinista, em época de grande oposição, inclusive no meio acadêmico. Apresenta estudos sobre crustáceos, realizados em Desterro (atual Florianópolis, SC) entre 1861 e 1863, pelo naturalista Fritz Müller (cujo nome completo era Johann Friedrich Theodor Müller). A obra atual inclui a tradução do livro original (1864, Für Darwin), com os aditamentos e correções do autor apresentados à 2a edição (1869, Facts and arguments for Darwin), 6 resenhas bibliográficas da época, 4 necrológios e várias ilustrações. Os tradutores são os biólogos paulistas Luiz Roberto Fontes e Stefano Hagen. Embora seja basicamente um estudo realizado com crustáceos, a obra atual não atende apenas ao interesse de carcinologistas. Destina-se aos estudiosos da evolução biológica, historiadores da ciência brasileira, biólogos em geral e pode se converter em uma boa leitura para quem quer saber um pouco mais sobre o darwinismo. Preço: R$ 32,00 Para comprar: http://www.editora.ufsc.br/ (entrar na livraria virtual e efetuar a busca) ou lojavirtual@editora.ufsc.br ; vendas@editora.ufsc.br ; ou ester@editora.ufsc.br ou por telefone: (48) 3721-8735; (48) 3721-9686 fax: (48) 3721-9680
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INFORME SOBRE AS ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORAS MARINHAS NO BRASIL Editor Técnico: Rubens Mendes Lopes Instituto Oceanográfico da USP Ministério do Meio Ambiente – 437 p. A invasão de espécies exóticas é uma grande ameaça à biodiversidade brasileira. Esta obra, que trata do assunto, é composta por três partes principais:1) aspectos metodológicos da ciência da bioinvasão aplicados ao levantamento das espécies exóticas invasoras marinhas; 2) fichas de espécies marinhas consideradas exóticas na costa brasileira, com informações sobre suas características ecológicas e biológicas; e (3) estrutura política, científica, institucional e legal existente no país para a prevenção, controle e monitoramento das espécies exóticas marinhas. A publicação é resultado de um projeto executado pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Marinha do Brasil, em parceria com a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, com o apoio do Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD). O livro tem edição limitada e é de distribuição gratuita. Entidades e profissionais interessados em obter um exemplar devem enviar e-mail para Vivian Pombo, Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente: vivian.pombo@mma.gov.br, citando como o tema espécies exóticas marinhas se relaciona a sua área de atuação.
AGENDA XV CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOLOGIA CELULAR Data: 24 a 27 de julho de 2010 Realização: Sociedade Brasileira de Biologia Celular Local: Centro de Convenções Bourbon, São Paulo (SP) Informações: www.sbbc.org.br
2ª CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CLIMA, SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM REGIÕES SEMIÁRIDAS (ICID 2010) Data: 16 a 20 de agosto de 2010 Realização: Governo de Pernambuco Local: Centro de Convenções do Ceará, Fortaleza (CE) Informações: www.icid18.org
ENCONTRO DE HISTÓRIA E FILOSOFIA DA BIOLOGIA Data: 11 a 13 de agosto de 2010 Realização: Associação Brasileira de Filosofia e História da Biologia (ABFHiB) Local: Instituto de Biociências/USP, São Paulo (SP) Informações: www.abfhib.org/ index_arquivos/ Encontro_2010.html
8º CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS, BIOLÓGICAS E AMBIENTAIS Data: 29 de agosto a 02 de setembro de 2010 Realização: Instituto Biológico Local: Instituto Biológico, São Paulo (SP) Informações: www.biologico.sp.gov.br
61º CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA Data: 05 a 10 de setembro de 2010 Realização: Sociedade Brasileira de Botânica e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia Local: Manaus (AM) Informações: www.61cnbot.com.br
EXPOPRAG 2010 - VIII – CONGRESSO INTERNACIONAL DE CONTROLE DE VETORES E PRAGAS / VIII – FEIRA INTERNACIONAL DE PRODUTOS E SERVIÇOS PARA CONTROLE DE VETORES E PRAGAS Data: 09 a 11 de setembro de 2010 Realização: APRAG (Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas) Local: Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo (SP) Informações: http://expoprag2010.wordpress.com/
INSTITUTO BUTANTAN - PROGRAMA DE ATENDIMENTO DIDÁTICO 2º SEMESTRE DE 2010 Cursos de Nível Básico Animais Peçonhentos
Soros & Vacinas
Insetos Venenosos
Julho
16
Agosto
9
17
19 16
Setembro
14
21
Outubro
13
19
Novembro
11
Dezembro
10
Anfíbios
Microscopia
21 18
25
Cursos de Extensão Universitária Curso
Data
Estratégias para o Ensino de Microbiologia nos ensinos Fundamental e Médio
06 a 08 de julho
Informações Básicas em Animais Peçonhentos
12 a 16 de julho
A Biodiversidade de Répteis, Anfíbios e Outras Feras na Educação
18 a 23 de julho
Ecologia e Evolução de Serpentes
26 a 30 de julho
Anfíbios: Biologia, Taxonomia e Venenos
16 a 20 de agosto
Bioprospecção de Proteínas Animais com Interesse Terapêutico e Biotecnológico
23 a 26 de agosto
Iniciação Científica
23 a 27 de agosto
Mecanismos Celulares que Modulam Sistemas Homeostáticos
13 a 16 de setembro
Vacinas Bacterianas Virais e Recombinantes
20 a 24 de setembro
Animais de Laboratório, uma Especialidade
04 a 08 de outubro
Aracnídeos
18 a 22 de outubro
Lacraias
08 a 12 de novembro
As inscrições para os cursos devem ser feitas com antecedência mínima de 15 dias. Idade mínima para participar: 15 anos. As unidades públicas de saúde e militares estão isentos nos cursos de Nível Básico. Informações: Núcleo de Ensino e Divulgação Cultural (11) 3726-7222 – ramal 2222 cultural@butantan.gov.br • www.butantan.gov.br O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2010 11
DESTAQUE
O desenvolvimento do comércio internacional e a globalização aumentaram o fluxo do transporte de mercadorias entre os continentes. Um dos impactos mais visíveis dessa atividade é a introdução de espécies exóticas, aquáticas e terrestres, que ameaçam o equilíbrio ecológico, pondo em risco a sobrevivência das espécies nativas e trazendo problemas sócio-econômicos e de saúde. Entre os principais vetores responsáveis pela introdução de espécies exóticas está a água de lastro dos navios. Essa água, proveniente tanto de fontes marinhas quanto fluviais, é bombeada para o interior de estruturas especiais de embarcações para que estas tenham a sua segurança de navegação possibilitada. A água de lastro faz parte das operações cotidianas dos navios, especialmente dos de grande porte. Para falar sobre esse tema, entrevistamos o Biólogo e pesquisador do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, Dr. Rubens Mendes Lopes (CRBio 06082/01-D), especialista em zooplâncton, autor de inúmeros trabalhos na área e integrante de diversos projetos de monitoramento, avaliação e gestão ambiental. A água de lastro Os tanques de lastro estão localizados na parte lateral, no fundo do casco das
embarcações, e também na proa e na popa. Quando o navio está com pouca carga é preciso colocar lastro nesses tanques para que o calado (parte da embarcação que vai da linha d’água até o final do casco) permaneça afundado, mantendo assim, a sua estabilidade. Muitas vezes a água de lastro é bombeada de forma assimétrica nos tanques para equilibrar as cargas. Dr. Rubens comenta: “A grande questão ambiental envolvendo a água de lastro é que, ao ser captada, traz consigo organismos aquáticos. Dependendo do histórico da água captada, os organismos podem sobreviver no interior do tanque ao longo da viagem e serem liberados no ambiente receptor durante o deslastre, podendo se tornar um problema ambiental, sanitário ou sócio-econômico.” O Biólogo lembra que os primeiros indícios de preocupação com a água de lastro remontam ao início do século passado, quando um pesquisador europeu que trabalhava com fitoplâncton lançou a possibilidade que uma espécie de microalga exótica na região poderia ter sido introduzida por água de lastro. Entretanto, a água de lastro passou a chamar a atenção da Ciência principalmente a partir da década de 1970, quando os pesquisadores começaram a perceber que algumas novas ocorrências estavam na verdade relacionadas a espécies introduzidas, devido à
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sua distribuição mundial disjunta (por exemplo, quando uma espécie antes só registrada no sudeste asiático era encontrada na costa brasileira).” Além da água de lastro, o transporte marítimo possui outros componentes que auxiliam a translocação de organismos. As atividades de rotina dos navios geram resíduos, os quais são segregados em tanques de dejetos que podem conter organismos indesejáveis. Muitas vezes o conteúdo dos tanques é despejado sem controle. Outro componente: os próprios cascos dos navios são propícios às incrustações de organismos. “Há inúmeros registros de espécies exóticas introduzidas dessa forma”. “Fala-se muito em água de lastro, mas devemos pontuar que não é o único vetor de transferência de espécies exóticas; por exemplo, existem organismos introduzidos por meio da aquicultura, do comércio de organismos vivos para aquariofilia e até mesmo pela pesquisa científica, quando há escape não intencional de organismos mantidos em laboratório”. Espécies invasoras e os impactos O tipo e a quantidade de espécies exóticas estão relacionados ao vetor do transporte marítimo. Na água de lastro existe grande diversidade de formas de vida, que abrangem desde bactérias até
Imagem meramente ilustrativa
Água de lastro e seus impactos
DESTAQUE grupos metazoários de maior tamanho, como larvas de peixes e medusas. Além disso, no fundo e nas laterais dos tanques de lastro são depositados sedimentos, onde podem ser encontrados organismos bentônicos e cistos de microalgas, que constituem um dos grupos mais problemáticos. As microalgas produtoras de toxinas podem formar cistos como meio de resistência às variações ambientais. Alguns invertebrados também possuem essa estratégia, liberando ovos de dormência. Estes cistos ou ovos de dormência depositam-se nos sedimentos que entram junto com a água de lastro e muitas vezes ficam inacessíveis para amostragem. “Por sua própria característica biológica, os cistos são mais resistentes aos tratamentos físicos ou químicos, e por esse motivo são um grande desafio para o manejo da água de lastro”, complementa Dr. Rubens. Foto: Luis Fabiano Baldasso
O Biólogo e pesquisador do IO/USP, Dr. Rubens Mendes Lopes
No caso da incrustação em cascos de navios, beneficiam-se os organismos bentônicos, como moluscos, cirripédios, cracas, cnidários e outros, que são capazes de aderirem ao substrato. Sendo bem sucedidos, sobrevivem ao trajeto do navio, podendo liberar propágulos e larvas, ou destacam-se do casco e ocupam o ambiente da região onde chegam.Quanto aos tanques de dejetos, Dr. Rubens comenta: “Há o problema sério dos organismos patogênicos, principalmente bactérias e vírus que podem também estar presentes na água de lastro, mas que nesses tanques ocorrem em maior concentração”. Sobre as consequências da introdução de espécies exóticas no ambiente costeiro do Brasil, Dr. Rubens diz: “Até o momento os impactos detectados aqui são pontuais, tanto quanto à dispersão geográfica, quanto ao número das espécies introduzidas que conhecemos, atualmente
na casa de aproximadamente 60 espécies.” O Biólogo observa que esse baixo número de espécies exóticas marinhas no Brasil provavelmente decorre da falta de informações em escala temporal. “Não temos histórico de registro de espécies que remonta a décadas, como nos países do hemisfério norte. Atribuir a uma determinada nova ocorrência o caráter de espécie exótica ou introduzida às vezes se torna difícil, porque pouco conhecemos sobre a distribuição dos organismos no ambiente costeiro do país em períodos anteriores a década de 1970 ou até mais recentes, no caso de alguns grupos taxonômicos. A Biologia Molecular pode nos ajudar a elucidar essa questão, porque o repertório genético das espécies é reflexo de sua distribuição biogeográfica original, o que é útil para traçarmos as rotas e a cronologia da invasão, quando for o caso.” Dr. Rubens ressalta que no Brasil e no mundo em geral, existe pouco apoio para estudos de monitoramento ambiental de longa duração. “O tema das espécies invasoras é um exemplo de que esse tipo de estudo se faz muito necessário. Não adianta estudarmos um ambiente em determinado período, e não voltar lá por 10 anos; é preciso ter continuidade. As agências de fomento devem ter essa preocupação. De fato, algumas iniciativas nesse sentido já começam a gerar resultados importantes. Por exemplo, o Ministério de Ciência e Tecnologia mantém um programa de estudos ecológicos de longa duração e a FAPESP tem o projeto BIOTA/FAPESP, que poderia ser ampliado para dar suporte a monitoramentos de longo prazo. Isso é muito importante”, conclui o Biólogo. Espécies planctônicas, que são o objeto de estudo do Dr. Rubens, podem causar impactos de diversas ordens. As toxinas produzidas pelas microalgas planctônicas podem gerar problemas na saúde pública. Por exemplo, pessoas que estão no mar por lazer ou trabalho podem apresentar irritação nos olhos ou problemas respiratórios quando certas espécies florescem. Em outros casos, as microalgas entram na cadeia alimentar e suas toxinas se acumulam em moluscos e peixes, afetando os seres humanos pelo consumo de alimentos marinhos. Já organismos planctônicos de maior porte, como as medusas, podem causar outros tipos de problemas. Além do impacto direto relacionado ao contato de banhistas
Foto: Joel Creed
Tubastraea tagusensis Wells, espécie de coral, originária do Arquipélago de Galápagos. Recentemente, a espécie foi reportada em Ilhabela (SP). Introdução causada, acidentalmente, por incrustação em plataformas de petróleo e possivelmente também, pelo transporte em cascos de navios.
com águas-vivas, existem relatos em outras regiões do mundo sobre a ruptura completa de teias alimentares aquáticas causada pela introdução e posterior invasão de certos organismos gelatinosos, como os ctenóforos. A introdução da espécie Mnemiopsis leydi no Mar Negro e região, por exemplo, foi devastadora para a pesca e para as populações humanas dela dependente. Tudo isso porque o ctenóforo passou a consumir a maior parte do estoque de biomassa do zooplâncton, retirando do ecossistema organismos que representavam o principal alimento dos peixes. Em relação à saúde pública existe também o problema de espécies patogênicas introduzidas. O caso mais emblemático relacionado à água de lastro, segundo o Biólogo, é a bactéria Vibrio cholerae, que causa a cólera. Endêmica do ambiente marinho, esta bactéria possui grande diversidade genética. “Diferentes cepas podem carregar a toxina colérica e tornar a doença endêmica em uma dada região. Entretanto, essas cepas podem ser transportadas por água de lastro e, caso lançadas em áreas propícias, interagem com as cepas locais ocasionando transmissão horizontal dos genes que levam a síntese da toxina. Acredita-se que foi assim que a sétima
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DESTAQUE Foto: Beatriz Torrano e Carlos E. Amancio
pandemia da cólera chegou à América do Sul em 1991, a partir da zona costeira do Peru. Através da bacia amazônica, a cólera espalhou-se pela costa brasileira e afetou grande número de pessoas, principalmente nas regiões norte e nordeste. Provavelmente foi pela transferência dos genes entre cepas exóticas e nativas que houve uma disseminação tão rápida, o que leva as autoridades sanitárias a se preocuparem com que a doença volte a qualquer momento.” O surgimento repentino da doença pode ser exemplificado, segundo Dr. Rubens, pelo surto de cólera que ocorreu em 1999 na baía de Paranaguá (PR), uma região em que a doença não ocorria desde o século 19. Na época ele defendeu a idéia de que a água de lastro teria sido o vetor de transporte da cepa toxigênica que se instalou temporariamente na área e interagiu com as populações locais da bactéria, uma interpretação que não era sequer considerada pelas autoridades sanitárias. “Naquela ocasião, conseguimos detectar o Vibrio cholerae em amostras ambientais, com o apoio de pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois a ANVISA formou um grupo de trabalho sobre o tema e convidou-nos para realizar o estudo exploratório para detecção de espécies patogênicas em água de lastro. Foram amostrados 100 navios em diversos portos ao longo da costa brasileira. Esse estudo aconteceu entre 2001 e 2002, e teve participação na área de microbiologia da Dra. Irma Rivera, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, que também atuava com o grupo de Maryland.” Foto: Cassia Goçalo
O Biólogo Dr. Rubens Lopes trabalhando na FlowCAM, equipamento que possibilita a análise automática do fitoplâncton e do microzooplâncton, no laboratório do IO/USP em Ubatuba (SP)
O caso do mexilhão-dourado Citado frequentemente como exemplo de bioinvasão, o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) é uma espécie de água doce, originária do sudeste asiático, que foi introduzida por meio da água de lastro no porto de Buenos Aires, na Argentina, e dispersou-se ao longo da bacia do rio Paraná. A espécie não é comestível e não possui valor comercial, porém é capaz de aumentar rapidamente a sua população sobre substratos consolidados. Por ocupar grandes áreas, o mexilhão-dourado traz prejuízos às operações das usinas hidrelétricas e sistemas de captação de água para abastecimento. A alta concentração dessa espécie pode prejudicar equipamentos flutuantes, obstruir tubulações e causar danos em turbinas, prejudicando o abastecimento de energia e água das cidades, indústrias e setor agropecuário. Sobre os impactos ambientais, Dr. Rubens diz: “Como todo molusco bivalve é uma espécie que filtra a água, retira dela a biomassa planctônica, causando alterações na cadeia alimentar.” Problemas semelhantes foram verificados na América do Norte, provocados pelo mexilhão-zebra (Dreissena polymorpha). O papel da ANVISA, Marinha do Brasil e Organização Internacional Marítima A ANVISA, em função dos estudos realizados pelo grupo de trabalho sobre água de lastro, estabeleceu a Resolução RDC 217 em 2001, que regulamenta, entre outros procedimentos, que todas as embarcações vindas de águas internacionais e atracadas nos portos brasileiros devem reportar o seu programa de gestão de água de lastro a bordo. Essas informações devem constar em formulário específico, que obrigatoriamente é entregue à autoridade sanitária durante a inspeção da embarcação, para que esta então comece a operar no porto. Todas as embarcações que chegam aos portos brasileiros passam por este procedimento. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92) realizada no Rio de Janeiro em 1992, teve como um de seus principais resultados a Convenção sobre a Diversidade Biológica, que estabeleceu diretrizes para a prevenção, controle e erradicação das espécies exóticas invasoras. A partir daí, a Organização Internacional Marítima (IMO), órgão das Nações Unidas, estabe-
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Caulerpa scalpelliformis var. denticulata, espécie de alga marinha originária de diversas localidades do Índico e Pacífico. Esta espécie foi registrada na Baía de Ilha Grande (RJ)
leceu discussões sobre a água de lastro e suas implicações para o meio ambiente, o que acabou revertendo em uma convenção internacional. “A Convenção Internacional para Controle e Gestão da Água de Lastro e Sedimentos de Navios foi aprovada em 2004, mas ainda não entrou em vigor, pois precisa ser ratificada por um número mínimo de países que tenham uma porcentagem mínima do transporte de cargas global, e esse índice ainda não foi atingido. O Brasil está para ratificar a convenção, a qual já foi aprovada pelo Congresso, na forma de um decreto legislativo”, complementa Dr. Rubens. A Marinha do Brasil, preocupada com a questão, criou a NORMAM20 (www.dpc.mar.mil.br/ normam/N_20/N_20.htm), que preconiza uma série de cuidados para a gestão da água de lastro. Entre as determinações, está a de que todos os navios com escala em portos ou terminais brasileiros estão sujeitos à Inspeção Naval, a fim de determinar se estão em conformidade com esta Norma. Também determina a troca da água de lastro em alto mar. Dr. Rubens explica: “o navio bombeia para o tanque de lastro água do porto, provavelmente com alta concentração de organismos costeiros, estuarinos ou de água doce, dependendo do local de origem. Essa água deve ser trocada em alto mar, a pelo menos 200 milhas náuticas da terra mais próxima e em águas com pelo menos 200 metros de profundidade. Como a água de alto mar é de salinidade elevada, supostamente os organismos ali lançados não sobrevivem e não causam danos. Por sua vez, também os organismos oceânicos não acarretam impactos ao serem descarregados no porto de destino, porque não sobrevivem nas condições de águas costeiras. Então, a salinidade se torna um traçador da troca da água de lastro.”
DESTAQUE Sobre o papel da Marinha, Dr. Rubens faz algumas observações: “A Marinha só faz inspeção por meio de amostragem nos tanques de lastro se a autoridade naval perceber algum problema potencial a partir do formulário da água de lastro. Entretanto, nem sempre o que está no formulário é a informação correta. Tivemos essa experiência no trabalho com a ANVISA, quando percebemos que mais da metade dos formulários continha informações que não procediam.” Outro problema apontado pelo Biólogo é que a salinidade não é necessariamente um bom traçador da troca da água de lastro, pois existem casos em que a salinidade da água portuária é tão alta quanto no alto mar. “No Brasil há vários casos assim. A plataforma continental no nordeste é muito estreita, então a água oceânica chega até a costa em muitos portos, como em Recife e Salvador. Se o navio trocou a água nesses portos, é difícil determinar se a água é de fato oceânica ou se é dali mesmo; nesses casos é preciso fazer a análise dos organismos, que são traçadores do ecossistema.” Atualmente, as empresas do setor de transporte marítimo estão procurando desenvolver e instalar nos navios sistemas eficazes de tratamento da água de lastro, atendendo às diretrizes da IMO que obrigam todos os navios a serem construídos a partir de 2014 a possuírem tratamento a bordo. Navios mais antigos terão prazo de adaptação. Dr. Rubens diz que os testes realizados para validar esses sistemas possuem critérios bem estabelecidos. “São requisitados testes a bordo nos navios, em situação real, porém a avaliação da água do ponto de vista físico, químico e biológico ainda é baseada em métodos tradicionais de coleta e de análise. Como o acesso aos tanques é difícil, as coletas são geralmente pontuais, mas o ideal seria um número de amostras Foto: Jasar Cirelli/Paola Lupianhes Dall´Occo
Charybdis hellerii, espécie de crustáceo, cuja entrada no Brasil foi facilitada por meio do aumento do tráfego naval, sendo transportada via água de lastro
maior em diferentes posições dos tanques e ao longo de diferentes momentos, desde a captação até o descarte da água.” Para o Biólogo, em grande parte dos testes feitos para validar os sistemas, não é realizada uma avaliação estatística adequada. O estágio atual do estudo da água de lastro no Brasil A pesquisa sobre a água de lastro e seus impactos intensificou-se a partir da década passada no país. “Em vários momentos o Brasil tem atuado de forma decisiva na pesquisa sobre espécies exóticas marinhas. Cito como exemplo a participação no programa GloBallast (Programa Global de Gestão da Água de Lastro) financiado pela IMO, que consistia em um projeto demonstrativo sobre a gestão da água de lastro nos portos. Foram escolhidos seis portos de países em desenvolvimento, entre eles o de Sepetiba, no Rio Janeiro (atualmente denominado porto de Itaguaí), onde foram desenvolvidos estudos sobre a caracterização da biota portuária e a avaliação de risco das embarcações que ali atracam. O estudo baseado em dados ambientais e em dados operacionais das embarcações foi muito importante para avaliação de riscos.” Este trabalho em Sepetiba contou com a participação decisiva de pesquisadores da UFRJ, da UERJ e da Marinha do Brasil. O Biólogo destaca também a sua participação em estudo piloto promovido pelo Ministério do Meio Ambiente sobre caracterização do ambiente portuário e a análise de risco nos portos de Paranaguá e Antonina, ambos no Paraná, projeto este coordenado pelo Prof. Luciano Fernandes, da UFPR. Também ressalta a atuação do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), instituição de pesquisa da Marinha, em Arraial do Cabo (RJ), que desenvolve estudo de avaliação do mexilhão-dourado e participa de vários outros projetos relevantes sobre o tema da bioinvasão. Há grupos de pesquisa fortes trabalhando com espécies exóticas marinhas, principalmente no Rio de Janeiro (UERJ e UFRJ), no Rio Grande do Sul (FURG e UFRGS), em São Paulo (USP) e agora está aumentando o interesse das instituições do nordeste, como a UFPE, em Pernambuco. “Nosso grupo tem desenvolvido estudos aplicados para o monitoramento de água de lastro. No momento estamos trabalhando em conjunto com pesquisador da Universidade de Wisconsin Milwaukee,
Prof. Rudi Strickler, que atua na área de comportamento do plâncton, utilizando técnicas ópticas inovadoras para detectar os organismos mesmo em águas turvas. Esperamos que em um futuro próximo os navios tenham um sistema de monitoramento contínuo da qualidade da água de lastro em seus tanques, gerando informações úteis para aumentar a eficácia do tratamento a bordo e para documentação junto às autoridades marítima e sanitária. Esse seria um passo importante para minimizar os impactos globais da água de lastro.” Foto: Flávio Fernandes
Isognomon bicolor, espécie originária do Caribe, teve seu 1º registro no Brasil, na praia de Barequeçaba, São Sebastião (SP), em 1994. Tem como vetores de dispersão potenciais: água de lastro, aquicultura e correntes marinhas.
Segundo Dr. Rubens, apesar dos esforços da Marinha e do Ministério da Saúde, a estrutura de prevenção e controle de espécies exóticas invasoras aquáticas ainda é muito pequena no Brasil. Para ele a estrutura precisaria ser ampliada, mas com investimento em tecnologia. “É virtualmente impossível fazer o monitoramento das embarcações de maneira contínua, com base nas técnicas tradicionais de amostragem e análise laboratorial. Os navios não podem esperar uma análise ficar pronta para somente então, iniciar a operação de carga e descarga. Acredito que, como pesquisadores e Biólogos, desempenhamos papel importante para solucionar esse problema. Podemos aplicar técnicas que conhecemos ou desenvolver novas abordagens, que visem tornar mais efetivo o monitoramento da água de lastro nos navios e portos. Há interação grande com os setores produtivo e governamental na questão da água de lastro e o campo multidisciplinar da atuação do Biólogo pode contribuir para desenhar sistemas de monitoramento adequados, tanto a bordo dos navios quanto nos portos e em seu ambiente de entorno.”
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Em Foco
Conservação de espécies de serpentes ameaçadas através da criação e reprodução em cativeiro Silvia Regina Travaglia Cardoso O litoral paulista possui grande número de ilhas, sendo a maioria de dimensões reduzidas e de gênese variada. Estes ambientes insulares são fontes importantes para estudos evolutivos, pois são constituídos de ecossistemas desafiantes para a sobrevivência das comunidades de plantas e animais, e o isolamento geográfico favorece a presença de espécies endêmicas. Algumas ilhas são ecossistemas únicos, frágeis, alguns ainda com espécies desconhecidas, e que devem ser preservados. Por esse motivo são importantes todos os esforços que visem à conservação de espécies endêmicas e seus respectivos habitats. Duas ilhas do litoral paulista são bastante conhecidas pela sua importância no cenário ecológico brasileiro: a Ilha da Queimada Grande, conhecida como “ilha das cobras”, situada a aproximadamente 33 km do município de Itanhaém, litoral Sul de São Paulo; e a Ilha de Alcatrazes, que faz parte do Arquipélago de Alcatrazes, município de São Sebastião, litoral norte de São Paulo, distando aproximadamente 35 km da costa. Em cada uma dessas ilhas habita uma espécie de serpente peçonhenta endêmica e com características biológicas peculiares: Bothropoides insularis (= Bothrops insularis; jararaca ilhoa) na Ilha da Queimada Grande, e Bothropoides alcatraz (= Bothrops alcatraz; jararaca de Alcatrazes) na Ilha de Alcatrazes. Devido ao seu endemismo e à degradação crescente de seus habitats, as duas espécies de serpentes estão ameaçadas de extinção. A espécie B. insularis apresenta hábitos semi-arbóreos e algumas peculiaridades reprodutivas, sendo a população formada por machos e fêmeas que apresentam diferentes níveis de desenvolvimento do órgão copulador masculino. Com a ausência de mamíferos terrestres nessas ilhas, as serpentes tiveram que consumir outras presas. B. insularis apresenta variação ontogenética na dieta, os jovens alimentando-se de anfíbios, lagartos e lacraias e os adultos
principalmente de aves migratórias. Vale ressaltar que o veneno de B. insularis é mais efetivo para matar aves do que mamíferos. A espécie B. alcatraz é uma serpente de pequeno porte, que pode ser encontrada no solo ou sobre a vegetação baixa e se alimenta durante toda a vida principalmente de lacraias, lagartixas e pequenos anfíbios. Foto: Silvia R. T. Cardoso
Exemplar de Bothrops insularis
Na constatação da situação vulnerável dessas espécies de serpentes, alguns exemplares foram coletados e mantidos no Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan, onde são realizados trabalhos de criação e reprodução desses animais. São serpentes que exigem cuidados especiais, pois além de suas populações estarem ameaçadas, habitam locais protegidos e não devem ser retirados da natureza indiscriminadamente. Exemplares de B. alcatraz são mantidos há anos no biotério (os mais antigos são mantidos há 10 anos), e nenhuma morte foi registrada. Em cativeiro essas serpentes passam a maior parte do tempo sobre os galhos colocados em seus terrários, e aceitam camundongos como alimento, mas também são oferecidas lagartixas e anfíbios esporadicamente. O único exemplar macho chegou ainda filhote ao laboratório, e foi preciso esperar sua maturidade sexual (por volta dos 18 aos 24 meses de idade) para iniciar as tentativas de reprodução em cativeiro. Até o momento três cópulas
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da espécie já foram registradas, mas as fêmeas não completaram a gestação. Da espécie B. insularis são mantidos em cativeiro um macho e uma fêmea, ambos nascidos no Laboratório de Herpetologia e atualmente com 12 e 10 anos de idade respectivamente. B. insularis também aceita camundongos e ratos como alimento e, às vezes, são oferecidos pintinhos para variar a alimentação. Algumas cópulas da espécie haviam sido registradas, porém a fêmea também não completava a gestação. Finalmente, em decorrência de uma cópula registrada em 2008, em março de 2009 nasceu a primeira ninhada proveniente de cópula em cativeiro, gerando quatro filhotes que estão se desenvolvendo muito bem. Em fevereiro deste ano nasceu a segunda ninhada (mesmos pais da ninhada anterior) com seis filhotes. Além dos trabalhos de desenvolvimento e reprodução em cativeiro, as atividades biológicas dos venenos dessas espécies também estão sendo estudadas pela equipe da pesquisadora Maria de Fátima D. Furtado, também do Laboratório de Herpetologia (temas abordados na edição 11 da Revista O Biólogo). Assim como a dieta desses animais em seu habitat é diferente das serpentes do continente, algumas toxinas de seus venenos também são diferentes, e muitos resultados interessantes podem ser obtidos através desse raro material biológico. Esses são importantes passos para a conservação dessas espécies ilhoas, que aparecem como criticamente em perigo na lista vermelha das espécies ameaçadas de extinção no mundo (The IUCN Red List of Threatened Species – www.iucnredlist. org), na do IBAMA (2003) e também na lista da Fauna Silvestre Ameaçada do Estado de São Paulo (2008). Silvia Regina Travaglia Cardoso, Bióloga, CRBio 14.731/01-D, pesquisadora do Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan
RESOLUÇÃO Resolução CFBio Nº 213, de 20 de Março de 2010 Estabelece os requisitos mínimos para o Biólogo atuar em pesquisa, projetos, análises, perícias, fiscalização, emissão de laudos, pareceres e outros serviços nas áreas de meio ambiente, saúde e biotecnologia. O CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA, Autarquia Federal, com personalidade jurídica de direito público, criada pela Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, alterada pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982 e regulamentada pelo Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983, no uso de suas atribuições legais e regimentais que lhe são conferidas pelo inciso I do artigo 1º c/c os incisos I a III do artigo 2º c/c os incisos II, III e XII do artigo 10 c/c o inciso XVIII da Lei nº 6.684, de 03 de setembro de 1979, c/c o Decreto nº 88.438, de 28 de junho de 1983, frente à necessidade de estabelecer os requisitos mínimos para o Biólogo atuar em pesquisa, projetos, análises, perícias, fiscalização, emissão de laudos, pareceres e outros serviços nas áreas de meio ambiente, saúde & biotecnologia e produção. Considerando o Parecer do GT Revisão das Áreas de Atuação/CFBio 01/2010, aprovado pelo Parecer CFBio 02/2010- CFAP e Parecer CFBio 04/2010-CLN aprovados na CXXXIII Reunião Ordinária e 231ª Sessão Plenária do CFBio, realizada em 20 de março de 2010;
RESOLVE: Art. 1º Para fins de atuação em pesquisa, projetos, análises, perícias, fiscalização, emissão de laudos, pareceres e outros serviços nas áreas de meio ambiente, saúde e biotecnologia, o Biólogo graduado em cursos especificados no art. 1º da Lei nº 6.684/79, deverá ter cumprido uma carga horária mínima de 2.400 horas de componentes curriculares específicos das Ciências Biológicas nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais em Ciências Biológicas, de acordo com a área de conhecimento, incluindo, atividades obrigatórias de campo, de laboratório e adequada instrumentação técnica. Parágrafo único. O Biólogo que não comprovar as exigências de carga horária e conteúdos no curso de graduação, conforme previsto no caput deste artigo poderá complementar sua formação por meio de educação continuada em uma das áreas - meio ambiente, saúde e biotecnologia, conforme especificado no Parecer do GT Revisão das Áreas de Atuação/CFBio 01/2010. Art. 2º Para fins de atuação em pesquisa, projetos, análises, perícias, fiscalização, emissão de laudos, pareceres e outros serviços nas áreas de meio ambiente, saúde e biotecnologia, os graduandos em Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas que colarem grau a partir de dezembro de 2013 deverão atender a carga horária mínima de 3.200 horas, con-
templando atividades obrigatórias de campo, laboratório e adequada instrumentação técnica conforme Parecer CNE/CP 1.301/2001, Resoluções CNE/CP 07/2002 e CNE/CP 04/2009. Parágrafo único. Na carga horária referida no caput deste artigo deverão estar incluídos os conteúdos de formação básica e os de formação específica nas áreas de meio ambiente, saúde ou de biotecnologia, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Ciências Biológicas e do Parecer do GT Revisão das Áreas de Atuação nº 01/2010. Art. 3º O Sistema CFBio/CRBios solicitará oficialmente às autoridades competentes dos Cursos de Ciências Biológicas os Projetos Pedagógicos de Curso (PPC), visando integralizar a análise do currículo efetivamente realizado pelo egresso para sua adequada atuação no mercado de trabalho. Art. 4º Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação, aplicando-se exclusivamente aos registros que venham a ser efetivados pelos Conselhos Regionais de Biologia a partir desta data, preservando o exercício profissional dos Biólogos que já tiveram o registro homologado. Maria do Carmo Brandão Teixeira - Presidente do Conselho (Publicada no DOU, Seção 1, de 24/03/2010)
INSCRITOS RELAÇÃO DE BIÓLOGOS COM REGISTROS HOMOLOGADOS NO ANO DE 2009 Segunda e ultima parte Nº
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LUÍS RODOLFO JUNQUEIRA VELONI LUCIA MARIA ARMELIN CORREA KATIA BRAIMIS FIORAVANTI PAOLA MITIE APARECIDA GARCIA RITA DE CASSIA VIOLIN PIETROBOM ANDRÉIA DE FIORI LETICIA DISCONZI WILDNER REGIANE PRISCILA CARVALHO DE MAGALHÃES RONALDO COELHO ANA PAULA ARGOZINO DUARTE CESAR AUGUSTO DE MATOS DOMINGOS RENATO BORGES DE CARVALHO FABIANA ALVES DA SILVA ROGÉRIO MARTINS BORGES LETICIA PERLATTI CRISTAL COELHO GOMES FABIO GILBERTO DONA FALLA CAMILA APARECIDA OLIVEIRA MAIELLO MARINA DE BRITO RAMOS VANESSA ROMERO GODOFREDO RAFAEL RAMOS DA SILVA MORADEI THIAGO PHILIPE DE CAMARGO E TIMO LUCILA ANTUNES LUZ SANTOS MAURICIO POSSEDENTE DOS SANTOS LEONARDO RODRIGUES SARTORELLO GABRIEL FONSECA ALEGRE LUCIANA COSTA DOS SANTOS PEDRO PAULO DA SILVA SUELLEN SERAFINI SOKOL EDIVALDO SEBASTIÃO RAMOS ALEXANDRE JOSE DOS SANTOS RICARDO FELIPE YAGO LASCANE DANIELE MENEZES SOUZA DE ANDRADE DANIELE COUTINHO DOS SANTOS INDIANARA AQUINO DE AZEVEDO ROCHA DIEGO SWERTS MICIELI JULIANO JAMPIETRO
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RENATA TIGULINI DE SOUZA ALESSANDRA BERNARDO ANTONIO RAQUEL KARINA PEREIRA THAIS PINHEIRO BORGES DE MEDEIROS MARTA APARECIDA PANNOCCHIA PAULA FONSECA DOMINGUES JOSE ROBERTO GOMES DE PAULA JUNIOR ALISSON JOSÉ BATARRA CAROLINA DE CAMPOS GALVAO CAUÊ MONTE CHELLI JANAÍNA SIMONE DE NADAI DE SOUZA FABIO PIRES MACHADO MARIAH VALENTE BAGGIO VANESSA HERMIDA FIDALGO FRANCIANE JANUCCI BENITES MARÍLIA GAZZA ALVES VITOR INÔTI YUKI EDSON TIMOTEO SOARES MICHEL METRAN DA SILVA KELLEN CRISTINA ANDRÉ BICICCHI ARIANA RODRIGUES YAMADA FELIPE ARTUR VIEIRA SANTOS MICHELE APARECIDA SANTANA NARA INACIO LUCCAS ORLANDO LUIZ AMADO GIARLETTI RENATA PACHECO NASCIMBEM GRAZIELLE DIAS POSCOLERE FERNANDA IACONTINO CATHERINE ABUD SCOTTON TAMIRIS FILIPAVICIUS CAMACHO STEPHANIE CONTE WENCESLAU SANCHEZ RITA DE CASSIA LIRA SERRA PATRICIA NAGAOKA MONIK DE CASSIA SENA DE ALMEIDA ADRIANA MARCELINO ALMEIDA ANA MARTA SOUZA DA CUNHA FRANCISCO ANNA LUIZA SILVA BIANCHI
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ALINE FERREIRA DE CARVALHO CAROLINA YAMAGUCHI DELMITA GOMES BARBOSA SILVA FERNANDA GRACEK GABRIELE REGINA DE FARIA FERREIRA JENIFFER ZAMPERLIN DE MORAES KARLA RIBEIRO DE CASTRO MARIO SERGIO SANTOS LOPES NATASHA CERETTI MARIA PALOMA FLORIANO NOGUEIRA PRISCILA RODRIGUES DE SOUSA SAMANTHA KELEN BUENO WILLIAN FRANCISCO ROCHA RODRIGO TSUJI MILENA GIORGETTI AMALHA VILEIDE DO NASCIMENTO RAMON GUSTAVO SANTOS GARCIA ERIKA SAYURI KAIHARA THALASSA POSSATTO FURBETTA JUCIARA DA COSTA SILVA MARCIO MOSCON CÔGO ZIRALDO CARVALHO DE FIGUEIREDO ADEMARIA MOREIRA NOVAIS ALESSANDRA MUNARETTO JOÃO ANTONIO SANCHES FAIRA RIBEIRO HAMIDA DO CARMO PENINO MORAES E SILVA SHEYLA LUCIA ROMAN KATO RAUL ALFFONSO RODRIGUES ROA MARIELLA ARAUJO LUNA VELLOSO LETICIA DOS SANTOS OLIVEIRA GUSTAVO VERNA E SILVA JOSE ALEXANDRE FROES BRENO NEVES DE ANDRADE AMANDA APARECIDA RIBEIRO VICTOR JUN ITI MAEDA MARILZA FRANCHI PIRES BROZEGHINI
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KAISER DIAS SCHWARCZ THAIS MALAQUIAS PASTOR RODRIGO ADÃO PIEROBON ROGERIO FRANCO FLORES TEZORI ANDRE LUIS SILVESTRE DANIEL CLEMENC AGUIAR LEITE JUNIOR LETICIA FRANCO BISSON ARIANE CORTIZO PEREZ PEREIRA FABIO VILLANI BRUNA SCHWARZ RIBEIRO JULIANA DE MARIA FELIX CAMILA CALDEIRA SILVA VIVIANE BELARMINO BARBOSA MARIA PRISCILA SILVERIO BRUNO JULIA LAMPARELLI BRANDAO PEREIRA ANDREA GOMES FERNANDES DA SILVA MARIA HELENA DE CARVALHO E MELLO CLAUDIA LUCIA QUEIROZ FORTES MAURA LIMA PEREIRA PRISCILA SEMENARA FERNANDES MARCOS ROGERIO ROSA BEATRIZ ANTONIETA LOPES SALOMÃO DEISE CRISTIANE DE OLIVEIRA SIMONE SILVEIRA DA NEVES TAISA TREVIZANI ROCCHETTI ADRIANA FEIO PASTANA KALINE DE OLIVEIRA VARGES LILIANE FERREIRA E SILVA LONGHI EDUARDO ANTONIO ANANIAS RAFAEL DE MORAES PETECOF CLAUDIA SANTOS WANIA DOS SANTOS SILVA THELMA REGINA GABRIEL DA SILVA CLAUDIA CRISTIANE LADEIRA DE SOUZA CÁSSIA GONGORA GOÇALO LAIS DE AZEVEDO CALDEIRA ADRIANA TEODORO DA SILVA SARAIVA LETICIA NOGUEIRA FEITOSA MARIA LETICIA BUOSI DA COSTA MARCUS VINICIUS BRANDÃO DE OLIVEIRA CAROLINE YURA KUBOTA MARIA ANGELICA BARBOSA BECCATO MAILA GISELE CAVAGIONI DANIELE CRISTINA FERNANDES FERNANDA MENDES DA SILVEIRA ROSINEIDE CRISTINA DE AGUIAR ALONSO JESSICA FERRARI GEOVANIA CALDAS ALMEIDA SUELI APARECIDA SANTOS ALVES WAINER SANDRA ANTONIA CORREA GLAUCY DA COSTA ALVES NEEMIAS NUNES MARTINS LUCIANI PICOLO MATHEUS FIGUEIREDO MULLER DANIELLE OGATA MOREIRA GONÇALVES ANDREZZA NEVES RODRIGUES ANDREIA APARECIDA DE OLIVEIRA SILVA RENAN DARIN BERNARDI VANESSA DE SOUZA MORENO TATIANA CAROLINE SILVEIRA CORREA LUELMA CAMPOS TRINDADE DE SOUSA ALESSANDRA PEREIRA MAJER RAFAEL DE FREITAS MARIN APARECIDA PERPETUO FEDOSSI SILVEIRA DENISE DELABIO DARIN WESLEY DANIEL SOUZA DOS SANTOS CLAUDIO MARCIO DE ANDRADE KAREN LUIZE ALVES DI LORENZO KATIUSCIA DA SILVA COELHO REGINA LUCIA TALHETA VIDAL CORREIA RENATO NAVILLI RAQUEL MAZETTO JULIANA PAVANELLO GODOY PEDRO SOLANGE MARIA DOS SANTOS SOUZA MARCO ANTONIO CORDEIRO MITIDIERI JUCILEIA FERREIRA DE SOUSA ROBERTA TONOLLI CHIAVONE DELCHIARO FABIANO AUGUSTO DA SILVA RINALDO CALHEIROS GOMES REGINALDO VICENTE RIBEIRO LEANDRO LOURENÇO DA SILVA SÂMADY KELLEN NUNES DE MORAES CRISTINA MORAES JUNTA DIEGO LOURENÇO PERROTE AMAURI TADEU DE ANDRADE CAMILLA DA SILVA BIM CINTIA CRISTINA SANTOS ELIANAI CAROLINE MACEDO TARCILENE DE CAMPOS ZAINA DAIANA APARECIDA DAMIÃO GONZALO TILZA LETICIA MESTIERE JULIANE DE CAMPOS INACIO LUCIANA BONOME ZEMINIAN DANIEL CICCI DURCE
68670/01-D 68671/01-D 68672/01-D 68673/01-D 68674/01-P 68675/01-D 68676/01-D 68677/01-D 68678/01-D 68679/01-D 68680/01-D 68681/01-D 68682/01-P 68683/01-D 68684/01-D 68685/01-D 68687/01-D 68688/01-P 68690/01-D 68691/01-P 68692/01-D 68693/01-D 68694/01-P 68695/01-P 68696/01-D 68697/01-D 68698/01-D 68699/01-D 68700/01-P 68701/01-P 68702/01-D 68704/01-D 68705/01-D 68706/01-D 68707/01-P 68708/01-D 68709/01-D 68710/01-D 68711/01-D 68712/01-P 68713/01-D 68714/01-D 68715/01-D 68716/01-D 68717/01-D 68718/01-D 68719/01-D 68720/01-D 68721/01-D 68722/01-D 68723/01-D 68725/01-D 68726/01-D 68727/01-D 68728/01-D 68729/01-D 68730/01-P 68731/01-D 68732/01-D 68734/01-D 68735/01-D 68736/01-D 68737/01-D 68738/01-P 68739/01-P 68740/01-D 68741/01-P 68742/01-D 68743/01-D 68744/01-D 68745/01-D 68746/01-D 68747/01-P 68748/01-P 68749/01-D 68750/01-D 68751/01-D 68752/01-D 68753/01-D 68754/01-P 68755/01-P 68756/01-D 68757/01-D 68758/01-D 68759/01-D 68760/01-D 68761/01-P 68762/01-D 68763/01-D 68764/01-D 68765/01-P 68766/01-P 68767/01-D 68768/01-P
ERIKA COUTINHO TEIXEIRA GIULIANA CORSINI REZENDE DA COSTA DE ARAUJO ANAÍ CRISTINA DE CAMARGO DA COSTA JULIANA VITALI SERAFIM PRISCILA DE FATIMA FORTE GREGÓRIO DOS REIS MENEZES PAULA CAROLINE DOS REIS OLIVEIRA LUCIANA RIBEIRO MONTENEGRO LARYSSA YUMI YAMAMOTO PATRICIA CARLA DE OLIVEIRA ALEX FRANCISCO TEIXEIRA DA SILVA CIBELI MACHADO MARTINS BÁRBARA INÁCIO DE OLIVEIRA GISELA RAMOS TERÇARIOLI HERBERT SANTO DE LIMA VANESSA ANACLETO SILVA ANA LETÍCIA GORI LUSA ALEXANDRE BATISTA DO CARMO ELZA SERRA DA CRUZ CELIO RODRIGUES COSTA ANDRÉ MURTINHO RIBEIRO CHAVES THAÍS DA CRUZ ALVES DOS SANTOS SUELLEN SANT’ ANA DE CARVALHO LIGIA CRISTINA OZI DE OLIVEIRA ANA ELISA PEREIRA DA SILVA TIAGO HENRIQUE VERNINI ANA ELISA SESTINI ARIANE DI TULLIO CAMILA PEREZ DA SILVA LUCELIA MARQUES DOS SANTOS ADRIANA MEGUME DA SILVA WAKINAGUNI DANIELA BONAPARTE PEREIRA ROSELI CRISTINA LARANJEIRA FELIPE AUGUSTO GASPAROTTO EDER PEREIRA DANIEL RODRIGUES SILVA FERNANDES VARELA MARIANA CRISTINA PEREIRA VINICIUS DE ARAUJO KLIER VIVIANE DE SANTANA SORAYA CARAMICO GIORDANO RUBENS ANTONIO PEREIRA JUNIOR MARISILVIA ROSSETTO DORIS CYRILLO JANAINA DO AMARAL VIEIRA MONIKY RUFINO DOS SANTOS REBECA BACCARIM SIQUEIRA AMELIA CRISTINA ELIAS DA PONTE SILVIA MARIA CASTEX ALY CLARO MARILIA FERNANDES MASCARENHAS SIRIANNI THIAGO MATHEUS BREDA DENISE FRANCYELLE BOLOGNESI SILVA MARLENE ALVES DE DEUS OLIVEIRA ROICE ELIANA ROSIM FLAVIA HELENA DA SILVA MARLENE COSETIN ELAINE CRISTINA ALEXANDRE LUIS FELIPE ROCHA ROSA STELMO SABINE POMPÉIA ALÁDIA BALDAN RUIZ RENATO AUGUSTO JUNQUEIRA GAIGA JOCELI OLIVEIRA BARBOSA ALESSANDRA CRISTINA DOS SANTOS GABRIELA NIEMEYER CALVOSO DINOLA CINDY RENATA DEZEN SPLICIGO MARCOS SPLICIGO MARIANA GUEDES RIBEIRO SANTOS ANTONIO MOLLO NETO VANESSA RENATA RAMOS GUILHERME TALLIA MENDES DE BARROS MARCELO ANTONIO BARAUNA HOMERO VICENTE FERREIRA DANILLA MARQUES DE OLIVEIRA FELIPE AUGUSTO ZANUSSO SOUZA BEATRIZ DE OLIVEIRA ADEMIR RODRIGUES DE OLIVEIRA MARCELO DEL BEL ROBERTO CESAR STAHL SARA LIVIA DA SILVA FERNANDES DA MATTA SOHEMYS SILVESTRE BODINE MARCUS VINICIUS ARIETTI NAIS MICHELLE BARBOSA FACCHINI SILVA ANA PAULA JIORA CATIA SUELI FERNANDES PRIMON LUCAS OLIVEIRA SOUSA DIEGO DE LIMA ROSA JULLYANA CRISTINA MAGALHÃES SILVA MOURA TATIANA GANASEVICI FERNANDES KATIA FERREIRA TOMAZ CRISTIANE GONÇALVES DA SILVA CAMILA VICENTE BONFIM ADRIANA DA ROSA CORREA MARISA SAWATANI GISLENE SANTOS DE OLIVEIRA RENATA GASPAROTTO PALEARI
68769/01-D 68770/01-P 68771/01-D 68772/01-D 68773/01-D 68774/01-D 68775/01-D 68776/01-D 68777/01-D 68778/01-D 68779/01-D 68780/01-D 68782/01-D 68786/01-D 68790/01-D 68149/01-D 68308/01-D 68309/01-D 68395/01-D 68422/01-P 68512/01-D 68513/01-D 68522/01-D 68542/01-P 68581/01-P 68647/01-D 68686/01-D 68703/01-D 68724/01-D 68733/01-D 68781/01-D 68783/01-D 68784/01-P 68785/01-D 68787/01-D 68788/01-D 68789/01-P 68791/01-D 68792/01-D 68793/01-P 68794/01-D 68795/01-P 68796/01-D 68797/01-D 68798/01-D 68799/01-D 68800/01-P 68801/01-D 68802/01-D 68803/01-D 68804/01-P 68805/01-D 68806/01-D 68807/01-P 68808/01-P 68809/01-D 68810/01-D 68811/01-P 68812/01-D 68813/01-P 68814/01-P 68815/01-D 68816/01-P 68817/01-P 68818/01-D 68819/01-D 68820/01-P 68821/01-P 68822/01-D 68823/01-P 68824/01-D 68825/01-D 68826/01-D 68827/01-D 68828/01-D 68829/01-D 68830/01-D 68831/01-D 68832/01-D 68833/01-P 68834/01-D 68835/01-D 68836/01-D 68837/01-D 68838/01-P 68839/01-P 68840/01-P 68841/01-P 68842/01-P 68843/01-D 68844/01-D 68845/01-D 68846/01-D 68847/01-D
SABRINA CARNEIRO SICCHI SILAS DE LIMA VIEIRA CAROLINA PRADO DE FRANÇA CARVALHO TATIANE NAOMI TAKAHASHI SANDRA NOVAES TEIXEIRA ALICRIM SUELLEN CRISTINA PIRES DA SILVA ROBERTA DOMINICI MARCELO DE CARVALHO PERAZZA MARCELA COZATTI GREICE KELLY BARBOSA ALEX SANDRO LUIZ DOS SANTOS RIBEIRO JOAO MANOEL DE CASTRO GISELE CRISTINA DEDEMO FABIANA PESTANA BARBOSA JULIANA ARAUJO MASIRONE VANESSA LEONORA GOMES FABIANA DE OLIVEIRA BRANCHINI GISELE CRISTINA SEBRIAN LUIZ CLAUDIO MARTINS JOAQUIM EDVANIA RODRIGUES DA SILVA SANDRA AZANHA FELTRIN SHIMENY PEREZ GARCIA JOSE GUILHERME DE SOUZA GALVAO MARIA IVONETE ALVES SANTOS CAIO BARBOSA PRATES FABIO LEAL BOSCOLO PAULA MEERHOLZ ROOSCH FRANCYSLENE ROSA FLORES FRANCISCONI JOELMA ALEXANDRE DUARTE DE LIMA KELLIN DOS SANTOS BOSCOLO DANIELA PERES ALMENARA BRUNO FERNANDES TAKANO CHYMMENE RIBEIRO TEODORO SURAYA ABDALLAH DA ROCHA RAQUEL MARY RODRIGUES PERES STÉFANI RAFAELA AMARAL DIAS FERREIRA TERRY TRINDADE RIBEIRO DE OLIVEIRA DEBORAH SANAE NISHIMURA CLAUDIA MONTEIRO DE GOES ANTONIO OCIMAR FIORAVANTI JUNIOR LAILA BUENO DOS SANTOS FERNANDO AUGUSTO MEDEIROS ANDRESSA CRISTINA DA SILVA ADRIANA LUZIA CARNIO DE MELLO THICIANE CRISTINA DOS SANTOS JOSÉ PRETTE JUNIOR CARLA CRISTINA DE AQUINO FABIO HERMES PUSCEDDU ADILSON JOSE COSTA OLIVEIRA FERNANDA GOMIDE DE BARROS CLAUDIRENE DOS ANJOS SILVA ELIVANIA ALVES RODRIGUES ROSANA DA SILVA RUIZ LUANA KARIN MONTEIRO LEITE ANA CRISTINA LUSTOZA DA LUZ BRUNA DEMARI E SILVA DARGEO RAGNI NETO SUSAN ROVAROTO AGUIAR VALDIR TENORIO DE LIMA CRISLEI RODRIGUES ROSA ANA CLÁUDIA BENATI GITTI ADRIANO MARTISON FERREIRA JOMIL COSTA ABREU SALES SIMONE FABRIS DE SOUZA JOSE RENATO LEGRACIE JUNIOR LIDIANA DE ANDRADE CLARISSE ERLICHMAN ELIANE MARTINS DINIZ BARRIELI STEFANO FRANZOTTI DAS NEVES NATALIA APARECIDA NEPOMUCENO ERICA CRISTINA DE CARVALHO SILVA BERNARDI JULIANA BALDIN CAPORALIN THAMARA ALESSANDRA BRAZ DA SILVA LEAL FELIPE JORDANI ANDRADE JULIA RAMOS ESTEVÃO ADRIANA GUSSAO SABRINA MESQUITA ROCHA VANDERLÉIA APARECIDA TOSTE ADRIANA ABALEN MARTINS DIAS RAQUEL KELLER DE CARVALHO THIAGO DE CAMPOS BELÃO THIAGO NILTON ALVES PEREIRA DANIELLE BARBOSA LOPES VINICIUS VENDRAMINI CESARIO ERMES TEODORO DA SILVA WILLIAN DE SOUZA OLIVEIRA DANIELLA DA SILVA RAMOS MONTEIRO MONICA DO CARMO GONÇALVES UVLEIQUE ALVES FERNANDES CAMILA FILIPIN CHAVES DALVA MARIA GOLVEIA EORLANDO DE OLIVEIRA FERREIRA SARA ROCHA MOREIRA KAREN REGINA DOMINGO SOBREIRA
18 Abr-Mai-Jun/2010 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
INSCRITOS Nº
BIÓLOGO
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BIÓLOGO
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LUCINEIA CLAUDIA DE TONI AQUINO DA CRUZ MANOEL JOÃO DE ARRUDA MICHELLE CHRISTINE BONFIM VILAS BOAS PAULO LINO DA SILVA UIARA CASTORINA PEREIRA DE SOUSA MARTINS KEILA SOUZA SILVA TALITA SADAKANE DO NASCIMENTO JOSÉ CORDEIRO DE LACERDA RENATA CRISTINA DE RAMOS JANAINA PINEIRO COSTA RICHARD RASMUSSEN DOUGLAS FERNANDES RODRIGUES ALVES JOABE GIRÃO DA SILVA PRISCILA DAS GRAÇAS PAES TAIS MARIA DE NAZARETH GONÇALVES MARIA AMALIA CAVINATO NASCIMENTO GABRIELA SALOMÃO DURIGAN BRUNO ALEXANDRE NOGUEIRA FERRARINI MARIA HELENA COSTA PATRICK BRUNO MONKS DAS NEVES HENRIQUE ROSA VARELLA CAUÊ SIERRA DE CAMARGO ALINE FEOLA DE CARVALHO VITOR HUGO MENDONÇA DO PRADO LEIDIANE PONSONI DE FREITAS TAYNARA FACCO DANIELE KAREN SILVA DE OLIVEIRA CASSIA YUMI IMAIZUMI RODRIGO TRASSI POLISEL ALEX DE ARAUJO SANTOS JULIANA GOUVEIA FRATUCCI ZAGATO JULIO CESAR BORGES DE QUEIROZ MARILIA PEREIRA DANILO HIDEKI TASHIMA ANDRE LUIS CAVALLARO MARIANE QUAGLIA PINHEIRO MÁRCIA CARDOSO FAGIOLLI QUEIROZ MARCELA ROQUETTI VELLUDO TATIANE FERRAZ LUIZ AMANDA SOUZA ANTÔNIO ALINE SOUZA ANTÔNIO RENATA MARA HELMANN MARIANA NAGY BALDY DOS REIS GIOVANNA MARGARIDA SCHMALZ CARDILLO FELIPE PESSOA DE MELO HERMIDA MARCELO AWADE TIAGO PORTO ARANHA NEUSA FERNANDES CHIERICI PÂMELA REIS SANTOS ACAUAN BERNARDO CORDEIRO FRANCISCO DE ASSIS ALVES FELIPE ANDRADE DE AS DOMINGOS DONIZETI BISSIGUINI VIVIANE DE CASSIA DE OLIVEIRA ELISABETE RODRIGUES CIRILO DO MONTE MURILO BORDUQUI RENAN LIMA DE ARAUJO CLAUDIA HEROMY GUIMARÃES THAIS YAMAMOTO KISHI MARINA BEGALI CARVALHO JULIANA BERALDO MACIEL LEME ALINE DE LIMA LEITE LUCIMARA DE OLIVEIRA PEDRO BASTOS BERNARDES DE OLIVEIRA HUGO DE SIQUEIRA PEREIRA MONICA DE SOUZA SILVA ALEXANDRA OTSUKA CARLA CRISTIANE TERSAROTTO JOSÉ ANGELO SCARELLI JUNIOR PAULA OLIVEIRA DO ROSARIO LEANDRO MARTINS DE SOUSA BUENO ANDRÉA SILVIA BORIN FABIO COSTA DE AS MICHELE LUIZA VIVIANI BRUNA MARIA CALVI JULIO CESAR FORTUNATO DE MELO WELLINGTON CAMPOS GUSMÃO IZABELLA MARIA GOMES XAVIER MARIA ROSA JESUS DO NASCIMENTO FERNANDA RODRIGUES MARCELINO FRANCIELI SIMIONI JOSÉ ALDO RUSI MARCOS TEODORO OLIVEIRA MARIA AUXILIADORA MACIESKI RODRIGO PEREZ DE ANDRADE ROSANGELA FERREIRA RODRIGUES MELO TIAGO JOSÉ DOMINGOS JULIANO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE MONTANO SHIRLEIDE PINHEIRO MULLER NATHALIA DE CASTRO CLIMENI PRISCILA MOSZ JULIANA LOPES NIBON JOYCE DE SOUSA DOMINGOS PATRICIA DE CARVALHO BALTASAR PEREIRA
68945/01-P 68946/01-P 68947/01-P 68948/01-D 68949/01-D 68950/01-D 68951/01-D 68952/01-D 68953/01-D 68954/01-D 68955/01-D 68956/01-P 68957/01-P 68958/01-P 68959/01-D 68960/01-D 68961/01-D 68962/01-P 68963/01-D 68965/01-D 68966/01-D 68967/01-D 68968/01-D 68969/01-D 68970/01-P 68971/01-P 68972/01-D 68973/01-D 68974/01-D 68975/01-D 68976/01-D 68977/01-P 68978/01-P 68979/01-P 68980/01-D 68981/01-D 68982/01-P 68983/01-P 68984/01-P 68985/01-P 68986/01-P 68987/01-P 68988/01-P 68989/01-D 68990/01-D 68991/01-D 68992/01-D 68993/01-D 68994/01-D 68995/01-D 68996/01-D 68997/01-D 68998/01-D 68999/01-D 69000/01-D 72001/01-D 72002/01-D 72003/01-D 72004/01-D 72005/01-D 72006/01-D 72007/01-D 72008/01-D 72009/01-D 72010/01-D 72011/01-D 72012/01-D 72013/01-D 72014/01-D 72015/01-D 72016/01-P 72017/01-D 72018/01-D 72019/01-D 72020/01-D 72021/01-P 72022/01-D 72023/01-D 72024/01-D 72025/01-D 72026/01-D 72027/01-P 72028/01-P 72029/01-D 72030/01-D 72031/01-D 72034/01-D 72035/01-P 72036/01-D 72037/01-P 72038/01-D 72039/01-D 72040/01-D 72041/01-D
ANTONIA MARIA ALVES VIEIRA DE ANDRADE DERCIO CORDEIRO JUNIOR MARIANA BIANCHI DE AMORIM KAREN LIGIA DEMONICO RENATA DORAT CAMPOS EDIVANA APARECIDA VESPA ALVES KLEBER DE SOUZA CARMO PAULA FRATINI ANTONIO MARCUS VALADÃO JUNIOR VILMA FEITOSA LEAL SILVANA JIMENEZ DA CRUZ ALINE REGINA ALVES VIANA GICELI MEDINA RODRIGUES LIGIA COLETTI BERNADOCHI RAQUEL IEDA LOPES FABIANA MAYUMI TEDESCO TAKAGI DANIELA PRIOLI DUARTE LAURENCE TEOFILO DOS SANTOS ADRIANA CRISTINA NARDON FABYANE FERNANDES DE ALMEIDA CAFÉ LIZARB CAROLINA VILELA LUANA DE SOUZA COSTA FRANCO MARCOS TADEU GERALDO MARIA BOJCZUK HUGO MARQUES MARIANA RAMOS MACHADO ELAINE MOLINA SARDINHA BARBARA HELENA CAETANO LEANDRO MACEDO OLIVEIRA ANDRÉ GIUNTINI MARTINI PABLO LIMA ODEMIR DE FREITAS JUNIOR THALITA FONSECA ALVES BRUNA LIGIA FERREIRA FERRAZ SABRINA ROTTA FRANCISCO NILTON DIAS DOS REIS MARCIO PEDRO RODRIGO CASSEMIRO GOMES CICERO PEDRO FARIAS DE SOUSA MARLI PASINATO SILVANA COSTA TAMIRES ELENICE DA LUZ VERA UHDE CELSO CESAR VIANA FRANCISCO ANTONIO DE LIMA MORAIS CARLOS EDUARDO SILVA DE AMORIM JOSÉ CARLOS CARVALHO JUNIOR DÉBORA JAQUELINE FERRARI SCHIAVETO LUIZ FERNANDO RODRIGUES FERNANDA MENEZES DO NASCIMENTO PATRICIA MILANO FERNANDA MARA CABRAL RODRIGUES MARCOS VALERIO RODRIGUES MARIANGELA SPADOTO TIAGO HENRIQUE MARTINS ANILTON SANTOS DE FARIAS JUNIOR MARCUS VINICIUS DE SHCAIRA PRISCILA DE CARVALHO LOPES GOMES JUNQUEIRA MARLON LIMA LEONARDO MAIA HERNANDEZ MARCELO FERNANDO NOGUEIRA DE CASTRO VIVIANE HILÁRIO DOS SANTOS MOREIRA NIKELE NADUR ANDRADE GABRIEL LUIS SPINA ISRAEL ALVES GLACIENE TOMAZ DE OLIVEIRA RICARDO LOMBARDI DANIELLA LOPES DA CRUZ VITOR LUIS MASSON AKIMI ISOZAKI SATO JULIANA CRISTINA SCOTTON ROSELI ALMEIDA DE OLIVEIRA RICARDO CESAR GARCIA GUSTAVO NARVAES GUIMARÃES ERIKA PAULA MACHADO PEIXOTO IRONDINA JOSÉ DE ARAUJO CORADINI MARCOS DA COSTA MENDES WELLINTON DE SÁ ARRUDA FLAVIA ADAMI GIARETTA FRANCIELI CRISTINA VASCONCELOS DOS SANTOS LENNART KLUG IVELISE MUNIZ CARINA MARIANO VIEIRA MARIA FERNANDA DE PÁDUA FLEURY PAULO ROBERTO TORRES ORTIZ LUCIMAR DA CRUZ LILIANA SIGG ALLEGRO LETÍCIA SOUZA CIUFFA ANDERSON LAERTE TEIXEIRA JONAS DO NASCIMENTO PEREIRA DENISE ROBERTA BORGES ROSADA PAULO EDUARDO BEDIN FERRARI FILHO VITOR BORTOLAZZO FONSECA ANA ISABEL DE CAMARGO
72042/01-D 72043/01-P 72044/01-D 72045/01-D 72046/01-D 72047/01-D 72048/01-D 72049/01-D 72050/01-D 72051/01-P 72052/01-P 72053/01-P 72054/01-D 72055/01-P 72056/01-P 72057/01-D 72058/01-D 72059/01-D 72060/01-D 72061/01-P 72062/01-P 72063/01-D 72064/01-P 72065/01-D 72066/01-D 72067/01-D 72068/01-P 72069/01-D 72070/01-D 72071/01-D 72072/01-D 72073/01-D 72074/01-D 72075/01-D 72076/01-D 72077/01-D 72078/01-P 72079/01-D 72088/01-D 72089/01-D 72091/01-D 72092/01-D 68562/01-D 68652/01-P 68689/01-P 68850/01-D 68964/01-D 72032/01-D 72080/01-D 72081/01-D 72082/01-D 72083/01-D 72084/01-D 72085/01-D 72086/01-D 72087/01-P 72090/01-D 72093/01-P 72094/01-D 72095/01-D 72096/01-D 72097/01-D 72098/01-D 72099/01-D 72100/01-P 72101/01-D 72102/01-D 72103/01-D 72104/01-D 72105/01-D 72106/01-D 72107/01-D 72108/01-D 72109/01-P 72110/01-D 72111/01-D 72112/01-D 72113/01-D 72114/01-D 72115/01-D 72116/01-D 72117/01-D 72118/01-P 72119/01-D 72120/01-D 72121/01-D 72122/01-D 72123/01-D 72124/01-D 72125/01-P 72126/01-P 72127/01-P 72128/01-P 72129/01-P
JULIO CESAR PISSUTI DAMALIO TIAGO CARDOSO CAMPELLO BRUNO GOMES LUCAS CAVICCHIOLI SERGIO COSTA AGUIAR DANTE COSTALONGA PAULA CAROLINE LOPES JOYCE RODRIGUES TEODORO FERNANDA DEL CAMPOS DE MATOS EZEQUIEL AGUIAR DE OLIVEIRA MIRYAN MAYRA SUZUKI MORAES VALDIR BUENO DE SOUZA JUNIOR ANGELA MAZZARIOL SANTICIOLLI SILMARA CRISTINA TOLINO DEBORA ALVES DOS SANTOS JOSÉ HENRIQUE SHIGUERU MIYAMOTO GLAUCIO LUIZ VAZ ANA MARIA RODRIGUES RAINATO SILVA HOSANA APARECIDA DE ALMEIDA GUSTAVO HENRIQUE CRUZ SALIBA CARLOS SERGIO ROCHA DA SILVA ANDREIA SOARES DIOGO AMAURI ATOATTE DANIELLE DOMINGOS DE AGUIAR DENIS DA SILVA GUSTAVO TAIS RODRIGUES DA SILVA FABRICIO MACEDO GALVANI ANA CAROLINA PARRA WELLINGTON APARECIDO PEREIRA BARBARA OLIVEIRA DE LORETO PRISCILA GUIRÃO LARA PAULO RICARDO DA SILVA RODRIGUES MONIQUE URZEDO GIANI RODRIGO TADEU BENTO MARIANA BLANCO BARATO ANA MAYUMI HONMA ANA PAULA XAVIER JOÃO VICTOR FRANÇA CARVALHO TATIANA COSTA MOREIRA JULIANA TRINDADE DE OLIVEIRA PATRICIA ALVES DE ANDRADE LARISSA HARUMI ETO PAULO CIDOMIR SANCHES CHRISTOPHER ALEQUEXANDER FERNANDES BORGES QUELEN DAYANY SERRA MARCELA MONTEIRO DE FREITAS MATOS MARIANA MACIEIRA BORGES AIRTON LIMA NESTOR AUGUSTO MARTINS GUIMARÃES RENATA DE FATIMA SOUZA NÁDIA ZOMEGNAN DE MORAES KAROENE MAYANA ZÉTULA HELOISA ASSIS CORREA DE SOUZA ROSEMARA SILVANO DE ALMEIDA BIANCA MARIGLIANI EDUARDO EVANGELISTA IDENIR AUGUSTO SARAGIOTTO PERONDINI RAPHAEL DE OLIVEIRA ALINE TEIXEIRA PACHECO BENTO THIAGO ALVES MATSUI ANDRÉ LUÍS LAMANNA CASSIO DA SILVA RIBEIRO BEATRIZ CRISTINA BEÇA EDUARDO DEGANI BRUNA TEIXEIRA REZENDE BRUNO GABRIEL NUNES PRALON MICHELE FERNANDA PIRES ROSIMEIRE APARECIDA RIBEIRO ADILSON FAGUNDES DA SILVA SANDRA RENATA LEITE FRANCIELE TAFARELLO BISCOLA HERBERT GOMES DA SILVA LUCIANA MARQUES DA SILVA GILMAR ALVES LIMA JUNIOR LUCIANA DIAS CAVALCANTI GIOVANNA RICCI ANDRE VICTOR FRONER BIGUZZI MATHEUS NICOLINO PEIXOTO HENARES JULIANA XAVIER CORDEIRO DOUGLAS ANTONIO ALVAREDO PAIXÃO RAFAEL MARINI FERREIRA ELIANE CRISTINA DE NATALE EDILENE DOS REIS SANTOS GILBERTO FRANCELINO DOS SANTOS SILVA RODRIGO RAMOS FREITAS DEBORA FARIA FONSECA EMERSON XAVIER SAMPAIO EDNA FERREIRA DOS SANTOS NASCIMENTO ADAM REIAD ABBAS ALESSANDRO SANTANA DE SOUZA CAMILA PATRICIA RIBEIRO DE SOUZA LUCIANO MACEDO ROCHA MARLLEY EVERTONN BORGES GUIMARÃES MAX ROGER RODRIGUES SILVA
O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2010 19
INSCRITOS Nº
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PAULO CESAR BRAUN ROSIDELMA XAVIER DE OLIVEIRA TOBIAS SOUZA SILVA ALEXISANDRO PAULINO GOMES ELAINE MARIA FRASSATO FABIANE DE MESQUITA BATISTA GABRIEL NEIA EBERHARDT GISLAINE PEDROMILO HELLEN CAROLINE PASCOAL CORREA KENIA FERNANDES DE LIMA SANTOS LUZINETE NEVES DOS SANTOS MARIA BENEDITA PEREIRA ROGERIO CONCEIÇÃO LIMA DOS SANTOS FILIPE NOTARI VALMIR DE ALCANTARA CELIA REGINA MANTOVANI DIAS MIRIAN APARECIDA SALAMONI MARIANA GRANZIERA SPOLIDORIO ISABEL CRISTINA VIDAL SIQUEIRA DE CASTRO EMILIA GIOVANNA ALVES MACERA FERNANDO YUZO FUKUDA EDITE ROSA DOS SANTOS XAVIER VINICIUS TEODORO DE PAIVA JAQUELINE GEMMA DE MORAIS DA SILVA TIAGO MACHANOKER MORAES ANGELO HENRIQUE BIAZI THAIS HALINE VAZ GABRIELA CRISTINA DE CARVALHO MARLENE SILVA DE ALMEIDA PEREIRA SANDRA TEREZINHA RODRIGUES NORA SOLANGE FATIMA GONÇALVES JOANNA VIEIRA GONDIM ABRAÇOS RAQUEL DOS SANTOS HONORATO FLAVIO MARCOS SILVA OTAVIO VIVIAN MASSAYO KAZIYAMA MARINA MALTA LETRO KIZYS LADISLAU JOAO MASUTTI NETO CAMILA CAMANZANO ORNELAS KWOK CHIU CHEUNG JULIANA FERNANDA DA CUNHA CANDIDO ALCIDES MORAES NETO CAROLINA ALBUQUERQUE LIMA RODRIGO ROSA PROVENZA INGRID JULIANE DE MELO JANAINA LARA DA SILVA FERNANDA AUGUSTO MOSCHETTO MARINA FRANCESCHINELLI DE SOUZA LIUTAS MARTINAITIS FERREIRA SABRINA FORTES FERREIRA VANESSA PINATTO GASPAR CAMILLA PRESENTE PAGOTTO TALITA DE CASSIA GLINGANI SEBRIAN ANDERSON LUIZ DA COSTA LUIS HENRIQUE BATISTA RAMOS NATALIA CARREGÃ VIVIAN COSCIA ROMAGNOLI DANIEL SESSO FERRARI ALEXANDRE MARTINS SCOTT BRUNA CASSIANI TARDINI TÂNIA CRISTINA DE LIMA ROBERTO SCAVONE MACHADO ROGERIA ALENCAR DE BARROS PEREIRA GABRIELA FERRAZ MOREIRA ALQUIRIA NUNES PATRICIA DE LUCCA SANDRA REGINA SILVA COSTA MARISA ELIAS KAREM BALDIN PELAES CASSIANO EVARISTO DA SILVA GISELE LONGATTO VAROTTI LARYSSA MELO ROSA ARAUJO AGLAÉ FALK DO AMARAL MAURICIO BATISTA FIALHO MARCUS PAULO DE MORAES GOMES LUIZ FERNANDO MORATA ALMEIDA DO CARMO LIDIA MARIA RIBEIRO WILSON BARBOZA SIQUEIRA POLIANA GATTO DE ALVARENGA CARIN ADRIANE MENZEL ERMITA FERREIRA DE OLIVEIRA JULIANE LIEBELT BERNARDINIS MARIANGELA FERNANDES ABREU NAIANA FERNANDES LEOTTI RAYZA CARLA LOPES DELLA COLLETA RHAVENA GRAZIELA LIOTTI JOB ANTONIO GARCIA RIBEIRO MARIA DA GRAÇA CARDOSO PEREIRA NELSON DONIZETI PRADO ZILLIG JANETE GUALIUME VAZ MADUREIRA LOBO ALESSANDRO DE LIMA ÂNGELA MARTA DOS REIS ITAMAR EDSON DA SILVA PATRICIA CABETE FABÍOLA BONALDO FRANK FLAVIA DE OLIVEIRA CARVALHO
72228/01-D 72229/01-D 72230/01-D 72231/01-P 72232/01-D 72233/01-D 72234/01-D 72235/01-D 72236/01-D 72237/01-D 72238/01-D 72239/01-D 72240/01-D 72241/01-D 72242/01-D 72243/01-D 72244/01-P 72245/01-D 72246/01-D 72247/01-D 72248/01-D 72249/01-D 72250/01-D 72251/01-D 72252/01-D 72253/01-D 72254/01-D 72255/01-D 72256/01-D 72257/01-D 72258/01-D 72259/01-D 72260/01-D 72261/01-D 72262/01-D 72263/01-D 72264/01-D 72265/01-P 72266/01-D 72267/01-D 72268/01-D 72269/01-D 72270/01-D 72271/01-P 72272/01-D 72273/01-D 72274/01-D 72275/01-D 72276/01-D 72277/01-P 72278/01-D 72279/01-D 72280/01-D 72281/01-D 72282/01-D 72283/01-D 72284/01-D 72285/01-P 72286/01-D 72287/01-D 72288/01-D 72289/01-D 72290/01-D 72291/01-P 72292/01-D 72293/01-D 72294/01-D 72295/01-D 72296/01-D 72297/01-D 72298/01-P 72299/01-P 72301/01-D 72327/01-D 72330/01-P 72354/01-P 72355/01-D 72356/01-D 72357/01-D 72358/01-D 72359/01-D 72362/01-P 72363/01-D 72364/01-D 72365/01-D 72366/01-P 72367/01-D 72368/01-D 72369/01-D 72370/01-D 72371/01-D 72372/01-D 72375/01-D 72376/01-D 72377/01-D
ERNANE DONIZETTI CAMPOS RAIMUNDO PEREIRA DOS SANTOS FILHO GABRIELA MARTINS REIS FERNANDA SANTOS DO NASCIMENTO KELLY GUISSONI PATERO DOMINGUES ITAMARA SAYURI KAMOZAKI KUCHIISHI CINTIA SOUSA ALENCAR FLÁVIO MENDES PAPA MARESSA ROCHA DO PRADO HELIO SOARES ROCHA JUNIOR PRISCILA NOVAIS DE ARAUJO SOLIDADE GUILHERME AUGUSTO MOREIRA LOPES ERIKA JENNIFER FERAGI ANNA SILVIA DEODATO BARROS TATIANA D’ ANGELO SOUZA E SILVA NATASHA BOSNYAK FERREIRA ROBERT DA COSTA RIBEIRO MISLAINE REGINA ANTONINO FIRMINO ROBSON LAZARETI DOMINGOS GABRIEL SASSARÃO ALVES MOREIRA FABIO OLIVEIRA DO NASCIMENTO TATIANE MARÇAL DUARTE RALF VIEIRA DE ARAUJO CHRISTIAN LOPES FRANCISCO ANDERSON FABIO SHIGA CÍNTIA HELENA BARBOSA FORSTER LILIAM AKEMI KOTAMA VANESSA GUSMON DA SILVA TAISA BARDY CARDELOTE CECILIA CAMARA APOLINÁRIO THAIS HELENA DA CUNHA BASTOS DEBORA RIBEIRO CAVALCANTE ALINE DE SOUZA CAVALLINI HUMBERTO D’MUNIZ PEREIRA ADRIANA AGNELLI LUCINÉIA PAGANIN MANUELA CRUZ MARMOL NEUZA MARIA MINICHELO RODOLFO LORDELLO ARTHUR LIA BORDINI AMARAL WANDERSON RODRIGUES ALVES MAÍRA BONFANTI KIKUCHI JAIRO DE CASSIO PEREIRA FABIANO GUEDES RODRIGUES DA SILVA EDSON CESAR REIS DA SILVA CLAUDIA APARECIDA RAIMUNDO ELOISA MARTINS VICENTE LUCIANO LUIZ DA SILVA CAROLINA DRUDI TAMARINDO CELSO HENRIQUE DE FREITAS PARRUCO DAYUNA BEMI BARENSE VANESSA CAMAÇARI SANTANA GOMES EDUARDO SILVA CAMPAGNOLI DANIEL PIRES DA CUNHA FRANCIELE PEIXOTO DE SOUZA MILA SANTIAGO SOUZA PAULA DIAS MADUREIRA FRANCISCO ALEXANDRE DE OLIVEIRA FRANCIS REGIS LEON MIRON LAIR MARCIA DURIGON RAFAELA FATIMA SOARES DA SILVA RENATA CRISTINA DO CARMO PEREIRA KERILLY INGRID BUENO MAYRA APARECIDA TERSARIOLI FRANCINE NUNES BARBOZA NATALI DA CAMARA PINEIRO BRUNO MARCONDES BENTIM BRUNA PIRES DA ROCHA WLADIMIR RIBEIRO DOS SANTOS SANDRA DE LARA COSTA ALCÂNTARA TATIANA THOMÉ MATHIAS DE OLIVEIRA IVANILDA CALHEIROS DE CARVALHO MARCO AURÉLIO KINAS ROGERIO EXPEDITO BEGO MARCIA SETE LINO CINTIA SILVA LYRA ARAUJO RAFAEL CIVOLANI BONASSA NINO TAVARES AMAZONAS LAÍS SOUZA COSTA MICHELLE ANDRESSA ROQUE FLAVIO PAULIN MARQUES LUCIANA CATARINA APARECIDA CORREA ADRIELE APARECIDA CHICONI CAROLINA FRANCO ESTEVES CESAR CESTARI RAFAEL AUGUSTO DE SOUZA SABRINA OUTEDA JORGE FLAVIO UEMORI YAMAMOTO RAFAEL BRAGA DE ALMEIDA MARCIO BERNARDINO DA SILVA RENATA KATSUMI AOKI ANDRÉ DO AMARAL NOGUEIRA ROSELI PAVÃO DA SILVA SANDRA REGINA PAVAN FERNANDA ALVES CAMPOS
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GENGIS KAMI FERRO KAMIMURA ALMIR ROGERIO PEPATO CAMILA PALAMIN TORRES DEBORA CURY DE SOUZA ANTONIO EDUARDO JUSTINO LEITE RENATO DE TRAGLIA TONINI MARCELO DE CARVALHO THASSIA DO ROSÁRIO LEITE MAYTE RALDI FLAVIA PAMPOLINI FLAVIA MARIA KAZUE KURITA VIVIAN GAMBARO LAYLA FARAGE MARTINS FLAVIO GUILHERME DOS SANTOS ADRIANO APARECIDO BORDA SAMUEL DE CAMARGO DOS PASSOS GERSON CARLOS TORRES DO NASCIMENTO TATIANA ARAÚJO DOS SANTOS BRITO LUCIANA ARRABAL MONIQUE BONAVITA BUENO MARILIA DIAS LAGES DIEGO HENRIQUE MATTION ROBERTA NOVAES AMORIM ALMEIDA MARIA PAULA ROSSETO GALAN THIAGO ZAMBRINI ZAMPIERI ANDRESSA GODOY AMARAL MACARENA ELIZABETH MOLINA AGUILERA ELLEN MARIA SIMÕES DA SILVA ROBERTO JUN MATSUMURA EMERSON JOSÉ DE SOUSA SELMA GOUVEA DE BARROS CAROLINE MIGLIANI MUNHOZ HELENA NERY ALVES PINTO RENATA MORETTI RENATO SOUSA RECODER MAURO TEIXEIRA JUNIOR PAULO ALEXANDRE DE TOLEDO ALVES ANDREA DA COSTA GABRIELA RODRIGUES FRANCISCO MARIA MOREIRA DA SILVA THAIS DA SILVA RODRIGUES ANDRESSA ALENCAR DO NASCIMENTO ALINE LOUISE DE SA GIL ANA PAULA DOS SANTOS CAMILLA DA COSTA SILVA CAROLINE BARBOSA CROITOR DEBORAH BORGHI PORTO MUNDIN DEBORAH PEREIRA DE SOUZA DOMINGOS DEIZE PERIN DENISE MACEDO DE SOUZA DENISE ROCHA DE TOLEDO DULCE SACHIKO YAMAMOTO DE FIGUEIREDO EDUARDO RIBEIRO NUNES ELISIO SILVA DE LIMA ELIZA AKEMI BARREIROS IDETA EVELYNE NAYARA LOURENÇO MOREIRA FABIANA TAMEHIR FERNANDO MANCINI CESTARI JULIANA ENGRACINA JULIANE QUINTEIRO NOVO JAMILE DA SILVA; HEIDI CRISTINA PIRES PRADO KARLA PINHEIRO LEANDRA DE SOUZA NASCIMENTO LEANDRO AUGUSTO FREIRE BORALLI LUANA RIBEIRO DE SOUSA BRITO LUCIANA DA CONCEIÇÃO FRADE MARCOS CABRERISSO HILÁRIO MARIA DE FÁTIMA DE ARRUDA LEITE MARIANA APRILE BITTENCOURT MARIANE FERREIRA NEVES MICHELLE FONSECA GARCIA MONICA DE PAIVA REYES MUNUERA NATALIA FERREIRA TORELLO VIERA NATHALLIA GUERREIRO GARCIA DE MELO PABLO CAMPREGHER PATRICIA ADALGISA GOBITTI ALVES PATRICIA ROCHA MACIEL PAULA SUZANA CANDIA RAFAEL ARNOLD RENATA CRISTINA VIANA SILVINO RENATO GUERRA BOZZO SANDRA REGINA DE ARAUJO DA SILVA VIOLA SIMONE TESSARINI ESTEVÃO TACCYANNA MIKULSKI ALI TALITA SILVA DIAS TANIA FARIA FIRMINO VANESCA BATISTA DE LIMA VANESSA LEAL DA SILVA FERNANDA MORITZ EIKO DEGL IESPOSTI GABRIELA PEREIRA HENRIQUES
20 Abr-Mai-Jun/2010 – CRBio-01 – O BIÓLOGO
0553 Registros Provisórios 1269 Registros Definitivos 1822 Registros Homologados (Total Geral)
PONTO DE VISTA
Educação Ambiental e seus caminhos Alessandra Stona
Discutir Educação Ambiental é tarefa que foi mais complicada no passado do que nos dias atuais. O desenvolvimento de uma nova área educacional ocorre por diversos interesses e todas têm uma característica, uma lacuna na nossa compreensão. Todo conhecimento é tão útil quanto o fundamento da moral é de utilidade, é possível afirmar que a utilidade do conhecimento é o que o torna ético, logo não há conhecimento inútil. Ele, o conhecimento, é atividade que proporciona felicidade, prazer e satisfação à sociedade. Corresponde à prática da busca pela felicidade de nossos semelhantes e nela sentir o prazer de sua realização no outro. Esta é a leitura que Carlos Vogt faz para a questão ambiental, do ponto de vista da percepção social. Uma das características do conhecimento contemporâneo é o seu utilitarismo. Para que se entendam as suas motivações e avanços sobre a sociedade, tornam-se necessárias a revisão e a discussão da sua história. Uma sondagem nas publicações sobre o tema traz descrições mais ou menos minuciosas, podendo elucidar o cenário da Educação Ambiental nos dias atuais. Os dados históricos datam o seu início no século XIX, na Europa. Na literatura especializada de Genebaldo Dias, encontra-se o nome de Patrick Geddes, biólogo e filósofo escocês que viveu entre 1854 e 1932, como sendo o pai da Educação Ambiental, por ter expressado sua preocupação com os efeitos da Revolução Industrial, iniciada em 1779, na Inglaterra. Ele foi conhecido por seu pensamento inovador nos campos do planejamento urbano, nas suas consequências sobre a natureza e a educação. Na mesma época, outros nomes relevantes são citados, como o de Thomas Huxley (1825-1895), biólogo, conhecido como “O Buldogue de Darwin” por ser o principal defensor público da teoria da Evolução e um dos principais cientistas ingleses do século XIX. Ele discursa sobre as evidências em relação ao lugar do homem na natureza, em 1863. George Perkin Marsh, em 1864, documentou como os recursos do planeta estavam
sendo esgotados, prevendo a exaustão da generosidade da natureza. O movimento de despertar sobre a questão tem então observadores perspicazes que foram acompanhados por outros nomes importantes neste processo. Ernst Haeckel, em 1869, que apresenta o vocábulo Ecologia para definir os estudos das relações das espécies entre si e com o meio ambiente. Todos os progressos na descrição da natureza ocorrem nas então chamadas Ciências Naturais, dentro de uma ambientação bio-geológica e suas relações com os seres vivos. As questões da degradação ambiental aceleram-se no século XX, sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial, devido às ameaças dos testes nucleares, ao crescimento das indústrias, ao adensamento da população nas cidades, com o aumento do consumo dos recursos naturais, e, consequentemente, ao aumento da poluição. Numa Conferência das Nações Unidas sobre a Conservação e Utilização de Recursos, em 1949, ocorreu uma primeira discussão, sem produção de intervenções legais, sobre o aumento da utilização dos recursos naturais e seus desdobramentos. No entanto, foi a publicação do livro “Silent Spring” (Primavera Silenciosa), da bióloga norte-americana Rachel Carson que acabou se transformando no início da chamada Revolução Ambiental. Mas do que se tratava este livro, afinal? A autora fez uma análise dos efeitos do DDT (diclorodifeniltricloruetano) – um pesticida que, além de penetrar na cadeia alimentar, acumulava-se nos tecidos gordurosos dos animais, inclusive no homem, com sérios riscos de causar danos genéticos e doenças como o câncer. Carson concluiu que, se não parassem com a utilização do DDT, haveria o extermínio dos insetos com um efeito sobre a sua cadeia alimentar provocando a eliminação de diversas espécies, chegando aos pássaros, daí as próximas primaveras silenciosas. Foi um livro provocativo que questionava o progresso tecnológico e acabou ajudando a abrir espaço para o movimento ambientalista que prosseguiu, fomentando a conscientização.
Em 1968, ocorreu a primeira reunião do Clube de Roma com o objetivo de analisar a situação ambiental mundial e apresentar soluções para a sociedade. A partir deste encontro de lideranças mundiais, produziu-se a publicação ambiental “Os Limites do Crescimento”, uma referência histórica que relaciona dados da política, economia internacional, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Constatou-se que os entraves para o desenvolvimento da sociedade, tais como: crescimento populacional, saneamento, saúde, energia, tecnologia, poluição dentre outros, foram analisados e modelados matematicamente. Chegou-se à conclusão de que, mesmo com a intervenção dos avanços tecnológicos, o nosso planeta não suportaria o crescimento populacional devido às necessidades dos recursos naturais e energéticos, além do aumento da poluição. As suas propostas não tiveram sucesso porque propunham uma redução de resíduos industriais e da exploração dos recursos naturais, o chamado “crescimento zero” como solução para a questão ambiental. Logo, não foram bem aceitas nem pelos técnicos, nem pelos políticos dos países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Na década seguinte (1970), o modelo de desenvolvimento da América Latina via industrialização tinha uma leitura internacional de irracionalidade econômica capitalista. Essa divergência fomentou debates internacionais que acabaram por criar a United Nations Environment Programmme (UNEP). Na Suíça, em 1971, a Conferência de Founex preocupou-se com a integração do meio ambiente e desenvolvimento, fornecendo forças para a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, em 1972. Desde então, encontros mundiais ocorrem a cada dez anos, onde os dirigentes mundiais procuram definir os meios que estimulem o desenvolvimento sustentável global. Após as discussões de 72, uma proposta, a “Carta de Estocolmo” foi gerada e divulgou a idéia de uma nova atitude para harmonizar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental,
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PONTO DE VISTA ou seja, “o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”. Esta proposta acabou permanecendo como o conceito do chamado Desenvolvimento Sustentável, sem, no entanto, apresentar as orientações de como alcançá-lo. Essa Conferência conduziu à formulação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e conseguiu englobar países em via de desenvolvimento e desenvolvidos, iniciando uma sequência de Conferências da ONU. Na década seguinte, desta feita em 1982, na cidade de Nairóbi, a coordenação do PNUMA fez uma avaliação da Conferência de Estocolmo, chegando à proposta de formação de uma Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento com o objetivo de avaliar os avanços dos processos de degradação ambiental e a eficácia das políticas ambientais para enfrentá-los. Após três anos, em 1987, a Comissão publicou o Relatório de Brundtland (nome da presidente da Comissão, Gro Harlem Brundtland, primeira ministra da Noruega). Neste relatório, evidenciouse a necessidade de maior igualdade para dissolver os diferentes interesses dos países, povos e classes sociais, que pairam nos conflitos sobre o desenvolvimento. Também propôs a conceituação para Desenvolvimento Sustentável, caracterizado como “um processo que permite satisfazer as necessidades da população atual sem comprometer a capacidade de atender às
gerações futuras”. Para isso, baseia-se no famoso tripé do triple bottom line (tripé da sustentabilidade ou ainda, People, Planet, Profit), que considera como igualmente relevantes o desenvolvimento econômico eficiente, a eqüidade social e o equilíbrio ambiental (figura 1). Na década de 90, aconteceu a Rio-92 e a Cúpula da Terra que culminaram com a elaboração de documentos como a Agenda 21, a Declaração do Rio, a Declaração de Princípios sobre Florestas, a Convenção sobre a Diversidade Biológica e a Convenção sobre Mudanças Climáticas. Em 2002, aconteceu nova reunião, que recebeu o nome de Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, em Johanesburgo, África do Sul, onde ocorreram revisões dos progressos das propostas da Eco 92, como: a Agenda 21, as Metas de Desenvolvimento do Milênio, o Plano de Implementação de Johanesburgo e outros acordos, além da renovação dos compromissos com o desenvolvimento sustentável, o que de fato não foi completamente alcançado. Outros documentos originados para atender ao equilíbrio ambiental e ao desenvolvimento sustentável foram construídos, em geral pelas Nações Unidas, em especial as Perspectivas Globais para o Meio Ambiente (GEO), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); o Relatório de Desenvolvimento Humano, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); o Relatório Mundial da Saúde, da Organi-
Figura 1. Tripé da sustentabilidade (Triple bottom line : People, Planet, Profit)) Fonte: http://semanademeioambiente.blogspot.com/2008/03/triple-bottom-line-ou-trip-da.html
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zação Mundial da Saúde (OMS); o Relatório Mundial sobre Desenvolvimento, do Banco Mundial; e o Relatório Mundial de Desenvolvimento da Água, da UNESCO. Perguntando para o Dr. Paulo Nogueira-Neto, o único representante brasileiro da Comissão Brundtland, constatei que o mesmo pensa que, nos dias atuais, com tantos eventos ambientais, principalmente os climáticos, discutir-se a importância da Educação Ambiental não é mais necessário. Os fatos falam por si, mas quais são os caminhos para esta tarefa? Em julho de 2009, o tema Educação Ambiental foi discutido no 1º Simpósio Nacional de Psicopedagogia e Educação Ambiental, coordenado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia dentro da 8ª edição do Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, entre 9 a 11 de julho de 2009, com a parceria da UNIP. Teve como objetivo iniciar um novo campo de pesquisa, uma vez que ainda não existe ação sistemática neste sentido na Psicopedagogia. O que norteou o evento foi a reflexão de que somos todos responsáveis pela preservação do planeta e os problemas ambientais são amplamente compartilhados, independente de fronteiras. Como a forma de comportamentos e atitudes define os padrões das nossas escolhas, faz-se necessário um aprofundamento transdisciplinar e interdisciplinar. Apesar de a Educação Ambiental estar na Constituição Federal de 1988 e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ministério da Educação (MEC), desde 1996, a sua adoção é lenta e gradativa. A abordagem sobre educar em Educação Ambiental, apresentada pela UNESCO, em 1997, é representada pela Carta do Saber (figura 2), proposta metodológica de apoio ao educador. No centro desta Carta, está assentado o disparador da questão “a escolha”, onde habita o poder da decisão, que é sustentado por um triângulo, com os vértices em Meio Ambiente, Energia e Desenvolvimento. Neste tripé, assentamse hábitos diários, como uma compra, tipo de transporte e outros gestos comuns, na sua maioria aquisições irrefletidas. A partir de cada eixo inicia-se uma sequência de relações, apresentando uma lógica análoga à dos fractais da matemática o (espacial, temporal, conceitual, ...). Os fractais fazem parte da matemática, denominados como a geometria da natureza. As formas estranhas e caóticas dos fractais descrevem alguns fenômenos naturais, como os sismos, o
PONTO DE VISTA
Figura 2. Carta do Saber Fonte: Décider l’avenir, Kit EDEN (Énergie, Développement et Environnement) Collection La bibliothèque de l’enseignant, Éditions UNESCO, 1997
desenvolvimento das árvores, a estrutura da sua casca, a forma de algumas raízes (como, por exemplo, do gengibre), a linha de costa marítima, as nuvens. Este novo tipo de geometria aplica-se na solução de diversas áreas da ciência como a astronomia, a meteorologia, a economia e até mesmo no cinema. Para se fazer uma decomposição sobre uma “escolha” qualquer, como por exemplo, os efeitos do tipo de transporte que usamos, o eixo Energia deflagra a necessidade de se buscar um recurso natural para se extraí-la, sua localização e eficiência, as interferências na atmosfera e outros itens associados. Os desdobramentos das tramas apresentadas pela Carta do Saber mostram que o centro, “a escolha”, movimenta todo o processo, ou seja, a maneira como se organizam nossos pensamos e decisões é que sustenta o consumo. Se analisarmos o mesmo transporte pelo eixo do Meio Ambiente, ele nos leva à leitura da sua interferência na biosfera, na organização funcional dos seres vivos e seu metabolismo energético, no seu impacto sobre os solos, no consumo de água, a produção de lixo e consequente poluição por causa das atividades humanas associadas, enfim, o seu impacto ambiental. Finalmente, a análise do eixo Desenvolvimento abre os mercados, as necessidades de energia, os postos de trabalho relacionados com aquele transporte, as políticas públicas escolhidas pelos governantes e, finalizando, com o tipo de desenvolvimento que escolhemos, bem como a construção do nosso mundo contemporâneo. Sendo assim, uma simples escolha dentro dos nossos hábitos faz o
tripé abrir suas portas para uma sucessão de interdependências que só com uma leitura transdisciplinar e interdisciplinar, como foi apontado pela psicopedagogia, poderá mostrar as complexidades na abordagem da Educação Ambiental. Genebaldo Dias como estudioso da questão ambiental diz que eram esperados os conceitos da área ambiental e seu uso nas estratégias de mercado pelas corporações. São evidentes as ações que estão incorporadas sob o nome de Gestão Ambiental, como a coleta seletiva, a economia de energia e de água, além da forma do tipo de transporte, a escolha dos carros mais modernos, os chamados flex. Eles já são líderes de vendas, o que demonstra a adesão do consumidor sensibilizado pela questão ambiental. Um caso de diálogo que ilustra os interesses econômicos da indústria, a redução de custos e o impacto ambiental gerado pelo transporte. A orientação de Dias está no território dos valores humanos: temos que movimentar a percepção das pessoas para conseguir que alterem as suas escolhas. Para se compreender as condições de aprendizagem na Educação Ambiental, deve-se oferecer ambiente de aprendizagem social e individual no sentido mais profundo da experiência de aprender. Um dos recursos que pode auxiliar na reflexão ambiental são os desenhos, filmes e os documentários, todos de fácil acesso pela internet. A animação A História das Coisas da Tides Foundation Fundus Workgroup for Sustainable Production and
consumption, disponível no site Youtube da web, é um facilitador para se compreender a inter-relação das escolhas com o desenvolvimento e o meio ambiente. Outra referência, apesar das suspeitas quanto à precisão científica, é o filme Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore. Atualmente, o filme Avatar, pode se tornar uma referência, pois ele investe no tema dos valores humanos e meio ambiente. Numa atividade de sensibilização da Semana do Meio Ambiente de 2009, com alunos entre dez e treze anos, solicitei que escrevessem em pedaços de papel, pedidos para o futuro, esses papeis foram pendurados num varal ao fundo da sala para que todos pudessem ler a qualquer momento do ano. Alguns desejos foram singelos, outros emocionantes como percebidos nestas frases: “Quando eu tiver trinta-quarenta-cinquenta anos eu gostaria de ainda ver a floresta, as quedas d’água para viver da alegria das belas praias”. Ou esta, “Eu gostaria que meus filhos pudessem ver tudo o que eu posso ver neste momento”. O varal recebeu visitantes até o último dia de aula, despertando pequenos comentários entre a população da comunidade. É evidente que uma mudança de comportamento não ocorre subitamente, necessitando ser regada em pequenas doses de reflexão, dos hábitos adquiridos que deverão ser questionados. Só assim uma educação voltada para o ambiente poderá encontrar ressonância na sustentabilidade. O próximo encontro mundial para a discussão deve ocorrer no Rio de Janeiro, em 2012. Um trabalho ambiental que leve em conta os dados produzidos nesta ocasião, voltado para as gerações futuras, com aprendizagem em sentido radical, deve gerar processos de formação do cidadão, instituindo novos modelos de ser, de compreender, de posicionar-se ante os outros e a si mesmo, enfrentando os desafios e as crises do tempo em que se vive. A atual preocupação do século XXI é a busca pela qualidade de vida que a Educação Ambiental oferece nas nossas escolas. Alessandra Caterina Sekircoff Stona, Bióloga CRBio 54813/01-D, docente em Ciência Naturais, Educação Ambiental, Métodos e Práticas em Ciência/Biologia e capacitação de professores em Ciências. Atuação na Fundação Liceu Pasteur Casa Santos Dumont e Universidade São Marcos. Contatos astona@flp-sp.com.br
O BIÓLOGO – CRBio-01 – Abr-Mai-Jun/2010 23
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