Edição 130 - Revista do AviSite

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BALANÇO 2019

2019: os principais números da avicultura de corte e postura em breve retrospectiva Alojamento de matrizes de corte Produção de pintos de corte Carne de frango inspecionada Exportação de carne de frango Disponibilidade de carne de frango Alojamento de pintainhas de postura Produção de ovos de galinha Exportação de ovos de consumo Exportação de ovos férteis

A

Revista do AviSite reserva parte de sua primeira edição de 2020 para uma breve retrospectiva dos principais números da avicultura brasileira de corte e postura em 2019. Sem dúvida inesquecível ao proporcionar resultados econômicos que superaram as melhores expectativas, o ano que passou ganhou sabor mais especial por suceder três exercícios sucessivos de altos desafios e frustrações: 2016, com a quebra de safra e a falta de matérias-primas; 2017, com a mal direcionada Operação Carne Fraca; e 2018, com o desdobramento dessa Operação e o enfrentamento de retaliações no mercado externo. É verdade que parte do bom desempenho registrado resultou de ocorrências inesperadas no mercado internacional – caso, principalmente, da disseminação dos surtos de peste suína africana no maior produtor mundial, a China, e em outros países, sobretudo asiáticos. Mas o que não foi dito – e agora os números ressaltam – é que, influenciada por três anos de decepções, a avicultura de corte entrou em 2019 com uma capacidade de produção melhor adequada ao momento econômico porque passa o País e o mundo. Exemplificando, sua capacidade de produção em 2019 (determinada pelo alojamento de matrizes de corte do ano anterior) retrocedeu ao menor nível em quatro anos. Em decorrência, faltaram pintos de corte. Em decorrência, também, caíram as exportações de ovos férteis. Porque era preciso atender a demanda interna.

Após forte queda em 2018, números superam o recorde mantido desde 2015 Volume aumentou 6,5%, mas recorde de 2015 ainda não foi alcançado Abates inspecionados permaneceram no mesmo nível de 2018 Volume aumentou 2,5% e receita quase 8%, mas não foram recordes Abates inspecionados indicam queda na oferta interna de carne de frango Volume alojado quase dobra em uma década e segue batendo recordes Nos últimos 10 anos, superação de volume ano após ano, sem retrocessos Demanda interna aumenta e vendas externas sofrem forte recuo Demanda interna maior também é justificativa para redução dos embarques Todos os esforços foram desenvolvidos para atender a demanda inesperada e, mesmo tendo sido registrados alguns aumentos, praticamente nenhum recorde anterior foi superado (exceto no alojamento de novas reprodutoras). Na produção de pintos de corte e na exportação de carne de frango persistem recordes anteriores; no abate inspecionado, a produção de carne de frango permaneceu nos mesmos níveis do ano anterior; e como houve ligeiro aumento nas exportações, a disponibilidade interna sofreu recuo. Diferentemente, a área de postura segue batendo recordes – no alojamento de pintainhas e na produção de ovos. E também reduziu suas exportações para atender o mercado interno. Mas o que se pretende destacar em relação à avicultura de corte é a possibilidade de se produzir mais mesmo dispondo de uma menor capacidade de produção. 2019 deu uma prova cabal disso. Quando 2020 começou, todas as perspectivas apontavam para a repetição dos resultados do ano anterior. Mas a disseminação de um problema de saúde humana – a Covid 19 – levantou uma cortina de indefinições que só o tempo conseguirá equacionar. Mas quanto? O que se sabe é que, hoje, a capacidade do setor é maior que a de 2019. E em havendo empecilhos à demanda (principalmente externa) problemas podem surgir. O momento pede cautela. Que, como o caldo de galinha, não faz mal a ninguém. Muitíssimo ao contrário.

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