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Bem-estar para cavalo e cavaleiro.
Número 20 | 2009
Nesta Edição #20
R$ 8,90
SAIBA MAIS
CCE
ESPECIAL
Sítio Chuin
Marco Kutscher
Entrevista com o grande cavaleiro alemão Raça do mês: Paint Horse
E D I TO R I A L
Caro Leitor Para brindar mais um ano de sucessos e conquistas no hipismo nacional, trazemos para você um pouco da experiência e técnica de um dos maiores nomes do hipismo mundial: Marco Kutscher. Com apenas 16 anos, o cavaleiro alemão já competia profissionalmente e, desde então, coleciona grandes títulos em performances cada vez mais impressionantes. Simples, determinado e alegre, Kutscher, através de suas 7 horas de treino por dia, demonstra que toda sua técnica não veio por acaso, e deixa uma dica para os atletas do Brasil: se você ama o esporte, apesar dos obstáculos, não desista. Fazendo um retrospecto do ano de 2009, chego à conclusão que realmente o Hipismo começa a ganhar a dimensão que o esporte merece dentro do nosso país. Seja pelos números recordes de inscrições em campeonatos, pelos atletas cada vez mais preparados, fazendo bonito dentro e fora do Brasil, eventos cada vez mais grandiosos e interessantes, criação e venda de animais em ascensão, enfim, podemos dizer que o hipismo brasileiro está bem encaminhado. Gostaria, em nome de toda a equipe Mundo Equestre, de agradecer pelo carinho, interesse e também pela preferência em nossa publicação. Sua busca por mais informações contribui para um hipismo nacional cada vez mais forte, unido e consciente.
Boas Festas, Feliz Natal e boa leitura, Até 2010.
Índice 8
Entrevista Cavaleiro alemão Marco Kutscher
8
12
Raça do mês Paint Horse
16
dicas Banho e Tosa
18
SAIBA MAIS Concurso Completo de Equitação
22
variedades Que protetor solar utilizar?
24
ESPECIAL IV Copa JL Sítio Chuin
30
QUIZ Você conhece as regras do hipismo?
32
pergunta veterinária Cavalo com um testículo: é possivel reprodução?
34
Clínica veterinária Aerofagia
12
18
26 40 42 43 44 46
álbum notícias Teu mundo equestre Quadrinhos classificados agenda
expediente Edição
Afonso Westphal
Redação e edição de texto
Departamento comercial
Revisão
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comercial@mundoequestre. com.br
Sarah Westphal
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e n tre v i s ta Texto: Equipe Mundo Equestre | Fotos: Equipe Mundo Equestre e Alexandre Vidal
Marco Kutscher
Foto: Equipe Mundo Equestre
Potência Alemã Com a voz tranquila e um sorriso satisfeito, o cavaleiro alemão Marco Kutscher parece estar realizado com a profissão que escolheu. Aos 34 anos, o atleta já conquistou dois bronzes olímpicos e atualmente ocupa o 13º lugar no ranking FEI. 8
Sua vida se divide entre os treinos e competições. Todos os dias, ele passa de 6 a 7 horas no seu centro de treinamento e, só neste ano, participou de 106 provas internacionais. Nesta entrevista, Kutscher conta um pouco sobre a rotina dos grandes cavaleiros e dá algumas dicas de como alcançar o sucesso.
1) Quando você começou a praticar hipismo? Faz muito tempo, mais ou menos com cinco anos de ida-
4) Você ainda fica nervoso antes de entrar em percurso?
de. Não me lembro muito bem, mas todas as lembranças que
Algumas vezes fico nervoso, depende de muitos fatores.
tenho da minha infância sempre foram de eu sendo um cava-
Mesmo com um bom pressentimento, nunca se sabe o que
leiro. Eu comecei montando pôneis e com 16 anos me tornei
pode acontecer. Podem ocorrer problemas no percurso, o ca-
profissional.
valo pode não estar em um bom dia, enfim... Pensando bem, fico nervoso sim, com certeza (risos).
2) Como é a sua rotina de treinos? Eu monto todos os dias. Dependendo de quantos cavalos eu tenho para montar, o treino pode levar várias horas, ge-
5) Na hora de reconhecer uma pista, que aspectos você leva em consideração?
ralmente de 6 a 7 horas. Eu tenho um centro de treinamento
Isso muda conforme o cavalo com que irei saltar. Às vezes
com Ludger Beerbaum e temos cerca de 20 cavalos. Monto
presto atenção no tipo de obstáculos, se são muito complicados
meu cavalo principal como todos os outros, em média, uma
ou não, nas alturas, com certeza os comprimentos e principalmen-
hora por dia. Ele precisa de ensinamentos e força, por isso não
te nas distâncias entre eles. Para mim, isto é o mais importante.
saltamos diariamente. Revezamos entre trabalho e saltos e o treino varia conforme os concursos. Às vezes, o poupo para
6) Na sua opinião, quais são os três cavalei-
que não esteja desgastado em determinados campeonatos.
ros top da atualidade?
3) Quais as características mais importantes
um grande amigo meu e aprecio o jeito
para um cavaleiro ter sucesso?
como ele monta. É um estilo bem pro-
O hipismo como um todo é um esporte difícil, que exige
fissional, assim como o do Rodrigo
muita dedicação. A pessoa acaba não tendo tempo para as
(Pessoa) e também John Whitaker.
outras coisas. Se você pretende se tornar um cavaleiro exitoso,
Na verdade existem muitos cavalei-
precisa dedicar muito tempo e trabalhar duro. Existem muitos
ros bons, gosto de ver como eles
bons cavaleiros principalmente na Europa que se encontram
montam, como traba-
praticamente a cada final de semana nos campeonatos. De-
lham os cavalos em
pois de cada competição, começa tudo do zero novamente.
cada
competi-
Você precisa se motivar todo o final de semana. Não é tão
ção.
Quando
fácil, mas o hipismo é um esporte muito agradável, trabalhar
tenho
junto com os cavalos... Com animais, todo dia é novo, ne-
vou observá-los.
Foto: Equipe Mundo Equestre
Eu gosto muito do Marcus Ehning. É
tempo,
nhum dia é igual. Isso é muito gostoso.
9
Foto: Alexandre Vidal
7) Como você concilia família e amigos com
8) Você falou que tem amigos cavaleiros. Quem
tantas viagens devido às competições?
são seus grandes amigos dentro do circuito?
Em todos os finais de semana estamos nos moven-
Os alemães. Em cada GCT, nós costumamos estar em gran-
do para cidades diferentes. Na maioria dos campeona-
de número, pois a Alemanha tem bons cavaleiros e cavalos.
tos participam os mesmos cavaleiros. Alguns desses se
Também estamos sempre juntos com os suíços e holandeses.
tornam seus amigos. Quanto à família, tenho uma namorada que também é amazona profissional, porém no
10
9) Como você vê o hipismo na Alemanha?
momento ela ainda não tem um cavalo do nível neces-
Eu não acho que a Alemanha seja o país principal do hipis-
sário para competir nestes eventos. Ela também salta
mo, mas sim que toda a Europa seja o grande continente do
campeonatos internacionais, mas de um nível um pouco
hipismo. A criação dos belgas e dos holandeses, é muito boa.
menor. Por isso, em cada final de semana, estamos em
Se você é um bom cavaleiro, precisa de um bom cavalo, e na
competições diferentes. Nós tentamos nos divertir dois
Europa existem muitos criadores de cavalos bons. A maioria
ou três dias durante a semana.
dos cavaleiros de países estrangeiros tem cavalos da Europa.
10) Na sua avaliação quais seriam os percentuais de cavalo e cavaleiro para o sucesso em concursos Top? Acredito que 80% seja do animal. Mas o 20% do cavaleiro tem que ser perfeito (risos). Preciso tentar fazer os meus 20% o melhor possível. Não sou eu que salto os obstáculos, e sim o cavalo. E quanto aos 80% dele, neste nível de competição, se você não tem um cavalo realmente top, é muito difícil se manter no campeonato.
11) Você tem uma mensagem para os iniciantes aqui do Brasil? Se você gosta do esporte, fique nele e tente crescer no hipismo.
ra ç a do m ê s Texto: Afonso Westphal
12
Paint Horse
Reconhecido facilmente por sua pelagem exótica, o Paint Horse encanta não é apenas por sua beleza, mas também por sua grande resistência e agilidade.
13
História
R
esistente e ágil, o
Além de usar o cavalo para o trabalho, eles o
Paint Horse ou Pinto
utilizavam nas guerras. No solo, os Comanches
(da palavra espanho-
não eram bons guerreiros. No lombo dos Paint
la “pintado”), assim
Horses, tornaram-se os mais bravos montadores
como diversas raças americanas, é descen-
das terras planas dos Estados Unidos.
dente de cavalos Ibéricos trazidos da Espanha
A criação desta raça pelos nativos não
para América pelos colonizadores espanhóis.
aconteceu de modo seletivo. Diferente da tri-
No princípio, a raça prosperou sob a forma sel-
bo Nez-Percê, que domesticou os Apaloosa e
vagem. Mais tarde, foi domesticada por índios
impôs critérios rigorosos para a reprodução, os
americanos Comanche.
Comanches permitiam que os Paint Horses se
Os Comanches eram uma
reproduzissem em liberdade. Com isso, a raça
tribo nômade que começou a
se expandiu bastante e se tornou bem variável,
migrar para o Sudeste dos Esta-
principalmente no que diz respeito à sua pela-
dos Unidos a pé. A domestica-
gem. Os nativos americanos atribuíam à raça
ção dos Paint Horses foi fun-
poderes mágicos. Anos depois de sua domes-
damental para os Comanches
ticação pelos indígenas, o Paint Horse também
pois, com a ajuda desses animais,
começou a ser utilizado pelos rancheiros para
eles conseguiam movimentar-se
o trabalho.
mais rápido e alcançar regiões mais
distantes.
A raça sofreu forte infuência dos cavalos Quarto de Milha, que por sua vez herdaram a velocidade dos PSI e a musculatura indomável Mustang. São animais muito resistentes e vigorosos, percorrem grandes distâncias facilmente, são inteligentes e estão sempre dispostos para o trabalho. Devido à funcionalidade e rapidez, são utilizados para várias modalidades equestres como corridas planas, provas de obstáculos, prova de rédeas, Tambores e Balizas, Hipismo rural, assim como em rodeios, passeios, e como cavalo de sela versáteis.
14
Paint x Pinto Na América, a preocupação em preservar as manchas dos cavalos pintados surgiu depois da década de 60, com o surgimento da primeira associação. Atualmente, existem duas organizações de proteção ao cavalo malhado: a Pinto Horse Association e a American Paint Horse Association (Alpha). A primeira aceita o registro de qualquer raça,
Existem basicamente três tipos de pelagem:
desde que apresente os requisitos de pelagem, isto
Tobiana, Oveira e Toveira. Conforme o veteriná-
é, exceto cores sólidas. Já a segunda registra apenas
rio Valdir Tonin, autor do livro Manual Prático de
os cavalos que apresentem uma porcentagem míni-
Identificação de Equinos* , as pelagens podem
ma de áreas despigmentadas (manchas) e tenham
ser definidas como:
pelo menos um dos pais inscritos no Studbook dos
• Pelagem Tobiana: É formada pela con-
cavalos de corrida (Puro Sangue Inglês), Quarto de
jugação de outras pelagens com o branco, for-
Milha ou Paint Horse. Sendo assim, todos os animais
mando malhas bem destacadas, extensas ou
registrados na American Paint Horse Association po-
não. Classicamente, a pelagem Tobiana se ca-
dem ser registrados como Pintos, porém nem todos
racteriza pela presença de cor sólida na cabeça,
os Pintos são aceitos como Paint Horse.
que possui marcações relativamente modestas.
A Associação Brasileira de Cavalos Paint (ABC
As manchas mais definidas tendem a se localizar
Paint) foi criada em 1996 e segue padrões seme-
no dorso do animal. Geralmente suas patas têm
lhantes aos da Alpha. Para poder ser candidato
calçamentos altos.
ao registro, o garanhão e a égua devem estar ins-
• Pelagem Oveira: Apresenta malhas me-
critos na Associação Brasileira dos Criadores de
nos destacadas que o Tobiano. Classicamente, a
Cavalo de Corrida ou do Quarto de Milha.
pelagem Overa ou Oveira caracteriza-se pela pre-
Características físicas
sença de muito branco na região da cabeça, que possui marcações grandes e bastante atrativas,
A raça apresenta porte médio, com altura en-
comumente apresentando um ou ambos olhos
tre 1,50m e 1,60m e dorso curto. Possui pernas
claros. As manchas corporais são menos defi-
longas e cascos muito resistentes. A cabeça é fina
nidas, seguem padrão horizontal e geralmente
e o pescoço, bem definido. As orelhas médias e
suas patas têm poucos calçamentos.
vigilantes e olhos vivos indicam inteligência e im-
• Pelagem Toveira: É formada pela cruza
petuosidade.
específica de animais de pelagem tobiana com
O Paint Horse é reconhecido por sua pelagem.
oveira. Nesse caso, as marcações brancas das
Na maioria dos casos, o branco é misturado com as
duas pelagens se justapõem e praticamente eli-
cores ruço, preta, alazã, alazã torrada, castanha, baia
minam as áreas de pelos coloridos no animal. As
ou parda. Ainda existe, mas é menos frequente, a
áreas coloridas acabam se restringindo a peque-
mistura com ruão, palomino ou cinzento.
nos pontos no peito, alto da cabeça e virilha.
*O livro será lançado em 2010.
di c a s
Banho e Tosa
Dicas escritas por:
Paulo Porto
Tratador Profissional Autor do Livro “A Arte de Tratar Cavalos de Esportes”
A tosa é necessária em animais de
Em cavalos (machos) se faz necessário
competição, tanto no verão quanto no in-
a lavagem da bolsa escrotal, toda vez que
verno. No inverno, ajuda o animal a secar
se dá meia ducha ou banho.
com mais rapidez após o banho ou meia
Uma outra forma de limpeza é o ba-
ducha. No verão a tosa faz com que o ani-
nho a seco, bastante utilizado no inver-
mal não sinta tanto calor evitando que ele
no ou em dias de competições noturnas.
sue, favorecendo assim seu desempenho
O procedimento consiste em misturar
no trabalho.
água, álcool e shampoo dentro de um
O banho é necessário somente uma
balde e passar essa mistura no animal
vez por mês ou conforme o trabalho do
por partes, retirando-a com um puxador
animal. Utiliza-se com mais frequência a
de água. Logo depois, coloca-se uma
meia ducha, que consiste em lavar o ani-
capa leve e, dentro de 5 minutos, seu
mal da barriga para baixo, lavando entre
animal vai estar seco. Caso o veterinário
as patas e embaixo da cauda, retirando
recomende, também podem ser usado
assim a areia e o suor, evitando assaduras.
produtos na mistura para aliviar possí-
É aconselhável usar sempre um shampoo
veis dores nas costas.
neutro ou sabão de coco. Animais que to-
Preste sempre atenção na higiene
mam menos banho tendem a ter pelagem
do animal, um cavalo limpo é um cavalo
com mais brilho.
mais saudável.
17
ssai a am m ai a s is abi b Texto: Manuela Merico Texto: Manuela Mericoe Sarah Westphal
Concurso Completo de Equitação Atenção, velocidade, resistência e coragem são os pré requisitos para praticar essa modalidade. Não somente do cavalo, mas também do cavaleiro.
O Concurso Completo de Equitação pode ser definido como o Triatlon dos cavalos. A prova se divide em três partes, que devem ser realizadas integralmente com o mesmo animal. A modalidade inclui: • Uma reprise de adestramento de nível médio em que são avaliadas a harmonia e a submissão. • A prova de fundo, composta por um percurso gramado ou de terra para ser percorrido ao trote. Em seguida, um Steeple-chase, que consiste em uma corrida de 3 a 4 quiilometros com obstáculos. Depois disso, há um novo percurso semelhante ao inicial. A prova de fundo termina com um Cross-Country, percurso de aproximadamente 7km com cerca de 20 a 30 obstáculos fixos a serem feitos a galope. Essa etapa inclui obstáculos naturais, como valas, barrancos, entre outros. • No último dia, é realizada uma prova de saltos.
18
O Cavalo
me, treino. É imprescindível dar um bom con-
É necessário muito treino e resistência para
dicionamento para chegar ao Salto em boas
que o animal esteja pronto para enfrentar uma
condições de trabalho. Sem isso, o cavalo fica
prova como esta. Cavalos com menos de sete
dolorido depois do Cross Country e acaba fa-
anos não são recomendados para competição,
zendo muitas faltas no Salto, o que prejudica
pois ainda não possuem o preparo físico ade-
muito a prova”.
quado. Segundo o Diretor de CCE da CBH, Carlos Alberto Fleury Bellandi, o animal pode começar a ser domado a partir dos três anos.
Origens O CCE tem suas origens junto aos militares
No CCE, as características físicas são tão im-
e foi inicialmente chamado de concurso militar.
portantes quanto os traços de comportamento.
Os franceses foram os grandes pioneiros do
Cavalos nervosos e ansiosos se desgastam com
esporte, que se disseminou por toda a Europa
mais facilidade, por isso cavalos calmos são de-
e foi adaptado segundo as tradições de cada
sejáveis. Entre os aspectos fundamentais estão
país. Na Inglaterra e na Irlanda o esporte foi
a força, o fôlego, a curiosidade e a docilidade.
muito influenciado pelas caçadas. Foi com a
No Brasil, a raça mais tradicional do CCE
junção de cada vertente que o esporte cresceu
é o Puro Sangue Inglês. Recentemente, tem
no mundo. A resistência e obediência do trei-
se utilizado também o Brasileiro de Hipismo.
namento militar uniu-se à agilidade dos cavalos
Bellandi afirma que, embora ainda exista o pre-
caçadores, resultando em um esporte comple-
domínio do PSI, os resultados com o BH tem
xo e emocionante.
sido muito bons, principalmente devido ao de-
Somente 40 anos depois de sua primeira
sempenho da raça brasileira no adestramento.
aparição como esporte olímpico, em 1912, o
Sobre o treinamento, o diretor de CCE da
CCE adquiriu formas mais semelhantes a que
CBH explica: “O adestramento é a base para
encontramos hoje em dia. Inicialmente, o CCE
todos os esportes equestres. Tornar o cavalo
era uma modalidade exclusivamente militar e
apto para o Cross-Country é questão de costu-
a duração era de 5 dias, com um de descanso.
19
No Brasil A CBH estima que aproximadamente 200 conjuntos pratiquem CCE no país. O estado mais expressivo em número de participantes é São Paulo. Lá, o CCE foi originado do hipismo rural de cidades como Ribeirão Preto, Limeira e Barretos. Já no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, o CCE surgiu como uma modalidade preparatória para os animais utilizados pelos militares. O desenvolvimento do Esporte no país intensificou-se nos últimos 20 anos. Desde 1992, o Brasil participou de 4 olimpíadas. Nos jogos olímpicos de Beijing 2008, a equipe brasileira conquistou o 10º lugar, sua melhor colocação até agora. O Brasil também foi medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de Buenos Aires (Argentina) em 1995 e medalha de Prata nos Jogos Panamericanos em Winnipeg (Canadá) em 1999.
v ariedade s Texto: Dr. Humberto Antonio Ponzio, Dermatologista.
Que protetor solar devo usar? Vários fatores devem ser considerados para
câncer da pele. As UV-B estão presentes apenas nos horários próximo do meio dia
que se responda corretamente a essa pergun-
(entre 10 e 14 horas). As UV-A ocorrem durante todo o dia e estão envolvidas no
ta, como o conhecimento do espectro solar, do
envelhecimento da pele e em alguns tipos de câncer.
horário de exposição, da intensidade do sol na-
Costuma-se identificar os protetores solares apenas por seu “fator de pro-
quele dia, das características do protetor solar,
teção solar” (FPS), mas isso não é suficiente, pois a determinação desse fator é
do tipo de pele (sensibilidade individual ao Sol),
baseada no eritema (vermelhidão) que é decorrente da UV-B.
entre outros. O espectro solar que atinge a su-
Hoje é exigido, também, um nível adequado de proteção contra UV-A. Os
perfície da Terra varia desde a radiação ultravio-
bons fotoprotetores devem manter uma relação UV-B/UV-A de 3/1, represen-
leta (UV) até as grandes ondas de rádio. Dessas,
tada no rótulo pelos índices FPS/PPD ou pelo FPS seguido de um círculo com a
só uma pequena parte é visível e corresponde
inscrição UVA em seu interior.
à luz solar. As mais perigosas são as UV por
Por outro lado, para que tenhamos o nível de proteção rotulado, é necessária a
serem as mais energéticas, e potencialmente
aplicação de 2mg/cm2 do produto, ou seja, para um adulto, no corpo inteiro, são
mais lesivas, especialmente as UV-B, principais
necessárias 30g. Quantidades menores resultarão em proteção, proporcionalmente
responsáveis pelas queimaduras solares e pelo
menor. As reaplicações são indicadas a cada duas horas e após mergulho na água. Em termos gerais, quanto mais clara a pele da pessoa, maior é a sua sensibilidade ao Sol. Estas não devem prescindir do uso de chapéu, óculos e camiseta. Didaticamente podemos classificar as pessoas pelo tipo de pele (fototipo) em seis níveis distintos e isso nos auxiliará a identificar se somos mais propensos a queimaduras solares, câncer da pele, etc. O quadro abaixo nos mostra essas condições.
FOTOTIPO
PELE
I
Branca leitosa
II
Muito clara
III
Clara
IV
SENSIBILIDADE AO SOL
BRONZEADO
FPS mínimo recomendado
Ausente
60
Mínimo
40 - 60
Sensível
Moderado
30 - 40
Morena clara
Resistente
Intenso
15 - 30
V
Morena escura
Muito resistente
Muito intenso
8 - 15
VI
Negra
Negro
8
Muito sensível
esPECIAL Texto: Equipe Mundo Equestre
IV Copa JL Sítio Chuin Considerada um dos melhores eventos do hipismo nacional, a Copa Sítio Chuin 2009 fez jus à sua fama, proporcionando conforto e diversão aos seus convidados, além de, é claro, provas emocionantes para atletas e espectadores.
Durante os dias 30 e 31 do mês de outubro, os principais nomes do hipismo nacional estiveram reunidos na Barra do Jacuípe, na cidade de Camaçari, Litoral Norte da Bahia. César Almeida, José Roberto Reynoso Filho e Bartholomeu Bueno de Miranda Neto foram alguns dos 102 conjuntos da etapa final da IV Copa JL Sítio Chuin 2009. A maior parte das vagas oferecidas em cada série foi disputada nas eliminatórias que aconteceram em Belo Horizonte em 02 e 03 de outubro. Dez ficaram a critério da comissão organizadora. O clima cooperou para o sucesso da competição. A previsão de chuva não se confirmou. A prova mais importante – a Final do GP Sitio Chuin a 1,40 m – aconteceu no último dia da competição. Dos 36 conjuntos que completaram a primeira passada, apenas 11 seguiram para o desempate. O cavaleiro paulista José Roberto Reynoso Filho, montando Long Neck HV Sanol Dog Protécnica, terminou em primeiro lugar no GP, mas quem ficou com o título de campeão foi o cavaleiro Luis Felipe Pimenta Alves. O brasiliense que compete pe24
las cores da Bahia obteve o melhor desempenho na clas-
Para o ano que vem, “Oliveira”, proprietário do Sítio
sificação geral, que considerou apenas o 1° GP, realizado
Chuin e membro da equipe organizadora, promete novi-
em Belo Horizonte, e as provas da Final. Este ano, a Copa
dades e uma estrutura ainda melhor. Há o que melhorar?
contou com a presença do armador de pista Leopoldo Pa-
Veremos em 2010...
lácios, um dos principais Course Designers do mundo, que desenhou os percursos na Olimpíada de Sidney 2000, e estará na próxima, em Londres. A estrutura do evento foi digna de provas internacionais com atrações que valorizaram a cultura da Bahia. Baianas a caráter serviam acarajé, cocada e outras delícias da culinária típica que tornaram o campeonato ainda mais interessante e receptivo. César Almeida, cavaleiro medalha de ouro por equipe nos Jogos Pan-americano do Rio de Janeiro 2007, aproveitou para elogiar a equipe técnica e organizadores. “O concurso preza pela qualidade e é esperado o ano inteiro, por cavaleiros e amazonas,que disputam uma vaga para participar. A estrutura oferecida é referência e modelo a ser seguido por outras entidades organizadoras do hipismo”. César destacou o tratamento dispensado aos tratadores que, além de alojamento, contavam também com completo serviço de buffet para todas as refeições. A amazona e proprietária do Haras Xangó, Andrea Muniz Ferreira, compartilha da mesma opinião: “A recepção é de 1º nível.”
Categoria 1,15m Nome
Federação
1 - ANDRE PEREIRA OLIVEIRA INSANO
FHMG
2- MARIANA DE SOUZA LAMBERTUCI
FHMG
3- LUIZ FELIPE PIMENTA ALVES
FHB
Categoria 1,25m Nome
Federação
1-CAIO MASQUITA MALZONE
FHMG
2-GUILHERME SARAIVA DE MORAIS FILHO
FPH
3-JOSE ROBERTO REYNOSO FERNADEZ FILHO
FPH
Categoria 1,40m Nome
Federação
1-LUIS FELIPE PIMENTA ALVES
FHB
2-JOSE ROBERTO REYNOSO FERNANDEZ FILHO
FPH
3-PEDRO JUNQUEIRA MUYLAERT
FPH
25
Álbu m
Paulo Solano e Vadson Quirino
Foto: Sergio Portela
Ruy, Ana Amélia Espinheira e Leticia Portela - Sítio Chuin
Foto: Equipe Mundo Equestre
Foto: Sergio Portela
André Bora Neto - PR
Foto: Sergio Portela
Andrea Muniz, Diana Mesquita, Luiza Khoder e Roberta Alfinito - Sítio Chuin
Foto: Equipe Mundo Equestre
Carolina Nicolazzi e Mariana Prandini - SC
Foto: Equipe Mundo Equestre
Bruno e Germano - SC
Foto: Tim Maia
Flávia Mello - DF
Foto: Sergio Porte la
Família Rios - Sítio Chuin Foto: Sergio Portela
Felipe e Pedro Lacerda - Sítio Chuin
Foto: Sergio Portela
Fernanda e Guilherme Reis - Sítio Chuin
Foto: Equipe Mundo Equestre
Isabela de Paula -PR
Foto: Sergio Portela
Jin e Siew Chiang - DF
Foto: Equipe Mundo Equestre
João Pedro Lambertucci, Matheus Correa, Geraldo Melo, Leandro de Abreu e Judah Figueiredo - Sítio Chuin
Álbu m
Foto: Equipe Mundo Equestre
José Cabral, Thiago Rhavy e Tiago Camargo - Sítio Chuin
Foto: Sergio Portela
Juninho Abreu - Quality Horse - SP
Karoline Facchini , Fabiane Cristina e Maria Helena Baldini - SC
Foto: Equipe Mundo Equestre
Ligia Mannes - SC
Foto: Grace Carvalho
Manuela Merico - PR
Foto: Equipe Mundo Equestre
Rogerio , josé martins , Rodrigo, Huerlin e Geraldo - DF
Foto: Tim Maia
Sivio, Huerlin, Hibrain, João Salgueiro e Luiz - DF
Foto: Tim Maia
Pedro Figueira de Melo e família - Sítio Chuin
Foto: Sergio Portela
Thamara, Aline e Marcela - PR
Foto: Grace Carvalho
Vitoria inesquecível
Foto: Equipe Mundo Equestre
Quiz Texto: Equipe Mundo Equestre | Normas extraídas do Regulamento de Salto CBH
Quanto você sabe sobre as regras do Hipismo? Nos concursos, alguns fatores são essenciais para o sucesso do conjunto: Uma boa relação entre cavalo e cavaleiro, atenção ao percurso e conhecimento técnico das normas que regem a prova. Neste momento, deixe seu cavalo descansar e vamos colocar à prova seu conhecimento sobre as “regras do jogo”:
1) Se as condições da pista se tornarem ruins, o Júri de Campo pode alterar a velocidade prevista no programa:
2) Exceto nas provas de Potência e Destreza, a altura máxima que os obstáculos podem alcançar é de:
a) Antes da partida do primeiro concorrente
a) 1,60 m
b) Em qualquer momento da competição
b) 1,70 m
c) Não pode mudar
c) 2,00 m
3) São considerados como desobediência e penalizados como tal: a) Montar com os cabelos soltos b) Não obedecer ao instrutor na hora da prova c) Um refúgo – um desvio - uma defesa ou um círculo
4) Fazer voltas durante no máximo 45 segundos depois de um refúgo: a) Elimina o concorrente b) É permitido c) Conta como uma falta
5) É considerado como ajuda não autorizada, e está sujeito a penalização: a) Entregar um capacete ao concorrente em pista b) Entregar óculos escuros ao concorrente em pista c) Entregar um chicote ao concorrente em pista
6) As cores de casacas permitidas pela CBH são: a) Vermelha ou Preta b) Verde ou Amarela c) Azul ou Vermelha
GABARITO: 1)A, 2)B, 3)C, 4)B, 5)C, 6)A. 7)A, 8)C, 9)A, 10)B, 11)C, 12)A, 13)B
30
7) Quanto ao cronômetro:
b) Para sempre que houver erro de percurso, de desvio ou um
12) Os percursos com no máximo 12 obstáculos, sendo no máximo três duplos ou um duplo e um triplo, são percursos com grau de dificuldade:
refúgo
a) Leve
c) Nunca para
b) Médio
a) Não para no caso de um erro de percurso, de desvio ou um refúgo
c) Forte
8) Após o sino, qual o tempo máximo permitido para o cavaleiro iniciar seu percurso? a) 15 segundos b) 30 segundos c) 45 segundos
9) Para o reconhecimento da pista, é obri gatório o uso de:
13) Um cavaleiro pode ser desqualificado pelo uso excessivo do chicote, isso ocorre se o atleta: a) Dar mais de duas chicotadas após um incidente b) Dar mais de três chicotadas após um incidente c) É expressamente proibido o uso do chicote
a) Uniforme bem assentado, botas de montaria, culote branco ou bege, camisa branca ou levemente colorida e uma gravata branca.
QUIZ
b) Meias 3/4, culote preto ou bege, botas de montaria ou tênis c) Qualquer roupa é permitida
10) O uso do chicote de adestramento ou com mais de 75 cm de comprimento é permitido apenas:
9 a 13 acertos -
a) na pista de competição (salto)
Parabéns! Em matéria de regulamentos e normas, você é expert. Continue aprofundando seus conhecimentos a fim de conhecer
b) no trabalho de solo
melhor todos os angulos deste esporte fascinante.
c) em provas indoor
11) Para que uma prova oficial seja realizada é necessária a participação de no mínimo: a) 10 conjuntos
5 a 10 acertos Este é o caminho! Continue assim para se tornar um conhecedor do esporte em todos os aspectos. Vídeos, leitura e acompanhamento de campeonatos podem contribuir ainda mais para este objetivo.
b) 2 conjuntos
Menos de 5 acertos –
c) 3 conjuntos
Você é um iniciante no quesito regras de hipismo. Mesmo que seus saltos sejam espetaculares, é preciso fortalecer sua base teórica. Use o que estiver a seu alcance - livros, revistas, sites – para ampliar seu conhecimento.
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per g u n ta v eteri n á ria Medica Veterinária Andréa Panza CRMV-PR 4793
Meu cavalo tem quatro anos de idade e ainda não tem um dos testículos. Por quê? Poderei utilizá-lo na reprodução? Pergunta feita por Eduardo Moura Isto se chama criptorquidismo, que pode ser uni
até os dois anos de idade, mas normalmente
ou bilateral, e é a falha na descida testicular. O
esta ocorre por ocasião do nascimento poden-
que também pode ocorrer é o monorquidismo,
do ser palpáveis na bolsa escrotal em potros
que é a agenesia (ausência) de um dos testículos
de trinta dias de idade.
(o que é mais raro).
Garanhões criptorquidas apresentam libido
O diagnóstico para saber se o animal tem
normal devido à produção e secreção hormo-
monorquida ou criptorquida e a localização
nal em níveis próximos dos normais, mas a pro-
do testículo, que pode estar a nível abdominal
dução espermática deste testículo é afuncional.
ou inguinal, deve ser feito através de exames
Supõe-se que a criptorquidia em equinos seja
laboratoriais, clínico e / ou ultrassonográfico
uma anomalia genética e sua natureza heredi-
realizado pelo médico veterinário.
tária é reconhecida devendo-se evitá-los para
A deiscência (decida) testicular pode ocorrer
fins reprodutivos.
Envie suas perguntas para redacao@mundoequestre.com.br ou para a rua Des. Motta, 2175/502 - Centro, CEP 80420-190, Curitiba-PR.
C u rio s idade s Por Marcela Martins, MV, CRMV-PR 5285 Marcelo Miranda, MV, CRMV-PR 4407
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Equine Podiatry- pag.104
Há 55 milhões de anos o animal percussor do cavalo tinha o tamanho de um gato doméstico e possuía 4 dígitos nos membros anteriores e 3 nos membros posteriores. Veterinary Acupunture – pag. 405
O sangramento de determinados pontos de acupuntura na região quartela é usado no tratamento da Laminite, em sua fase aguda.
Durante o ajuste da ferradura, no processo de ferrageamento a quente, deve-se ter muito cuidado para a ferradura não queimar os bulbos dos talões, principalmente, nos cavalos com talão baixo.
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c l í n i c a v eteri n á ria
Aerofagia Lívia Medalha Araújo – Clínica Santa Fé – Jockey Club do Paraná Aerofagia é um vício normalmente adquirido, relativamente comum em equinos, no qual o animal apoiando os dentes incisivos em um objeto fixo realiza um movimento de arqueamento e flexão do pescoço conseguindo engolir certa quantidade de ar. Com o tempo ocorre o desgaste excessivo dos dentes incisivos, ruído persistente causado pela deglutição, diminuição da ingestão de alimentos e consequente perda de peso, hipertrofia dos músculos ventrais do pescoço, cólicas por gastrite ou dilatação gástrica, queda de desempenho, além de danos causados aos objetos utilizados como apoio, desvalorização do animal e incomodo para o proprietário. A causa específica da aerofagia é desconhecida, embora a maioria das opiniões apontem para o manejo, caracterizado por falta de atividade física, isolamento, estresse e ansiedade de animais confinados em baias, muitas vezes com pouca disponibilidade de forragens. Além disso, existem evidências de prováveis fatores hereditários, como também de que o hábito de engolir ar seja adquirido por animais jovens, pela observação do comportamento, muitas vezes, da própria mãe.
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Em termos terapêuticos, para os casos iniciais, alterações do manejo como remoção de objetos nos quais os cavalos possam se apoiar para engolir o ar, deixar forragem disponível grande parte do dia, ou a aplicação de colares especiais na altura da garganta podem ser úteis, entretanto, nenhuma destas condutas tem se mostrado completamente eficiente, principalmente para casos mais antigos. Para animais muito irritados, a introdução de companhia, como por exemplo, uma ovelha, pode surtir efeito ainda na fase inicial. Existem técnicas cirúrgicas disponíveis para a correção da aerofagia e estas consistem em retirar certas áreas da musculatura e de nervos situados na altura do pescoço, com o objetivo de impedir o deslocamento do palato e a deglutição do ar. Apesar de ser relativamente simples e apresentar bons resultados, a realização da técnica demanda uma grande incisão e um pós-operatório cuidadoso para evitar complicações com a ferida cirúrgica. Há também que se considerar os custos envolvidos, reservando essa alternativa a animais de elevado valor que não responderam à terapia conservativa. De qualquer maneira, mesmo em animais operados devese procurar eliminar os fatores que favorecem a aerofagia, removendo os objetos na área do animal, reduzir o tempo de animais na baia, aumentar o fornecimento de volumoso, preferencialmente colocando o alimento no chão. Deixar o cavalo amarrado na cocheira não é um método adequado de terapia, parecendo mais um castigo, além de ser um fator adicional de estresse.
Como em qualquer doença, a prevenção e a detecção precoce do problema são essenciais para atingir bons resultados. Antes que se torne um vício, o animal deve ser desencorajado a realizar o movimento que permite a deglutição de ar, e simultaneamente deve-se identificar o fator estressante, o qual deve ser eliminado imediatamente para que assim a aerofagia não se torne um vício e consequentemente um grande problema.
Sorteio do mês
Apoio
Terceira clínica de verão Haras Refúgio, de 24 a 31 de janeiro de 2010. Clínica intensiva de hipismo com os professores: Anderson Tonon Rodrigues, Júlio Guimarães, Rafael Prochet e Pedro Vennis (cavaleiro membro da Equipe Brasileira de Hipismo nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008).
Uma vaga para clínica de verão com 50% de desconto.
Sorteado de novembro José Armando Juliano
Q
Para concorrer aos prêmios sorteados pela Revista Mundo Equestre, você deve seguir três passos: • Entrar no site www.mundoequestre.com.br • Clicar em sorteio e selecionar a opção: Não sou cadastrado • Após realizar o cadastro, inserir o número identificador no campo correspondente. Importante: A cada novo sorteio, você deverá entrar no site e digitar seu número identificador, a fim de revalidar sua participação para o mês correspondente. Boa sorte!
Luva Heritage Equiloja Spur
Perfil
uando Cristine passou para o concurso de juíza e foi morar em Loanda, no noroeste do Paraná, tal-
vez alguém tenha pensado que esses seriam obstáculos suficientemente grandes para afastá-la do hipismo. Ela não. Desde que se mudou, viaja 600 km aos finais de semana para fazer o que mais gosta: montar. Para Cristine, o esporte tem um significado que ultrapassa o limite das pistas: “O hipismo é, e sempre foi, uma lição. Quem monta, aprende a respeitar os outros, a ter humildade, e principalmente, a ‘superar os obstáculos da vida’. Quando reprovava em alguma fase dos concursos que prestei, eu lembrava: ‘Se tentar novamente, será mais fácil, assim como é no hipismo’”. Além disso, o esporte funciona como uma espécie de terapia, pois Cristine se esquece dos problemas, da pilha de processos que a aguarda no gabinete e das audiências que enfrentará durante a semana. Seu amor pelo hipismo começou há 20 anos por incentivo do pai. Entre seus mais recentes títulos estão: Campeã do ranking da Sociedade Hípica Paranaense e da Federação Paranaense de Hipismo, na categoria Amador (1,20m) em 2007 e 2008. ViceCampeã de Amazonas (1,20m) em 2009. Vice-Campeã de Amador (1,20m) em 2008. Terceiro lugar nos Campeonatos Paranaense de Amazonas (1,20m) de 2007 e 2008. Ao ser questionada sobre qual a melhor parte do esporte, Cristine responde, sem falsa modéstia: Ganhar, ganhar, ganhar! Sempre. E sair mandando beijos para as minhas amigas!
Nome completo: Cristine Lopes • Idade: 30 anos • Principal montaria: Licanthus J. Men Onde monta: Sociedade Hípica Paranaense • Categoria: 1,20m/1,30m; Amador/Amador Top
N O T ÍC I A S
Fonte: SportCom
Foto: www.globalchampionstour.com
Final GCT
O Comitê Olímpico Brasileiro e as Confederações Brasileiras Olímpicas realizaram, dia 16, uma reunião de trabalho na sede do COB com vistas ao início do planejamento técnico para a Olimpíada de 2016. Diante do desafio de levar o esporte brasileiro a um salto de qualidade até os Jogos do Rio, o Comitê Olímpico Brasileiro pediu para que as Confederações Brasileiras Olímpicas
A bandeira brasileira foi estendida no pódio da grande final do maior e
apresentassem projetos para o
mais prestigiado circuito hípico do mundo, o Global Champions Tour, em
desenvolvimento de suas respec-
Doha (Catar). O medalhista olímpico Doda Miranda conquistou o terceiro
tivas modalidades.
lugar no Grande Prêmio com obstáculos a 1,60m. Saltando com AD Pico-
“A reunião foi muito proveitosa e
lien Zeldenrust, o brasileiro foi o mais rápido no desempate da finalíssima
os presidentes das Confederações
com o tempo de 46s52, porém com uma falta. A taça de campeão da
entenderam que, sozinho, nin-
edição de 2009 do GCT ficou com o experiente cavaleiro francês Michel
guém tem condições de enfren-
Robert montando Kellemoi de Pepita, na marca de 49s76, sem faltas. O
tar os desafios que estão a nossa
campeão mundial, o belga Jos Lansink e Valentina Van T Heike foram os
frente. O futuro do esporte brasi-
vice-campeões, 49s89, sem faltas.
leiro depende do trabalho que será
A etapa final do Global Champions Tour distribuiu cerca de 1.4 milhões de eu-
feito até 2016”, disse o presidente
ros. No total, contando com as oito etapas anteriores, a premiação do GCT foi
do COB, Carlos Arthur Nuzman.
de 5 milhões de euros, fazendo do concurso a Fórmula 1 do hipismo.
“Pedi para que centralizem todo
“Estou muito feliz com este resultado, foi uma pena a falta que nós come-
o esforço e o foco na formação de
temos no desempate, mas infelizmente faz parte. Tive que arriscar e acabei
equipes e atletas com condições de
cometendo a falta. Essa final era como se fosse uma Olimpíada, com a partici-
darem resultados importantes para
pação dos 18 melhores conjuntos. Como zerava tudo, o conjunto que tivesse
o esporte brasileiro. Todos os que
no seu melhor dia ganharia a taça. Estou super satisfeito por ter conseguido
estiveram aqui sabem de suas res-
subir no pódio”, comemorou Doda Miranda.
ponsabilidades e da imensa oportu-
A grande decisão do GCT foi disputada pelos 18 melhores conjuntos do
nidade que temos. Os presidentes
Ranking do torneio. Brasil e Alemanha foram os únicos países que consegui-
têm que estar na linha de frente”,
ram classificar três cavaleiros nessa finalíssima. Contando com as oito etapas
completou Nuzman.
anteriores, a premiação do GCT foi de 5 milhões de euros, fazendo do concurso a Fórmula 1 do hipismo mundial.
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Brasileiro de Amazonas
Foto: Alexandre Vidal
Foto: GRACE CARVALHO
Troféu Roberto Marinho
Karina Johannpeter e Dragonfly
Karina Johannpeter é a mais nova vencedora do 21ª edição do Troféu RoberRealizado no Centro Hípico de Santo Amaro entre os dias 6 a 8 de outubro, o Campeonato Brasileiro de Amazonas bateu recorde de inscrições, contando com 348 conjuntos de todo o país, reunindo atletas de todas as faixas etárias. Nas disputas mais altas (Amazonas 1,20m e Amazonas Top 1,30m), o traçado da pista de grama ficou por conta da course designer internacional Érica Sportiello. A premiação para as categorias 1,20m e 1,30m foi de R$ 28 mil. As categorias Amazonas B, 1.00m e Amazonas A, 1.10m, ocorreram na pista de areia e foram desenhadas pelo course designer Carlos Raposo Lopes. Além das provas hípicas, o campeonato proporcionou outros atrativos, como churrasco de confraternização, futebol, baladas, etc.
pida no Grande Prêmio Embratel, com obstáculos a 1,45m, gravando pela primeira vez na história o seu nome no troféu perpétuo da Sociedade Hípica Brasileira, no Rio de Janeiro. Montando SRL Dragonfly, ela terminou a segunda passagem com o tempo de 45s05, em pista limpa deixando para trás o paulista José Roberto Reynoso com sua égua Penny Fly JMen Sanol Dog Protécni-
Confira abaixo as Amazonas que levaram o título de campeãs Brasileiras:
ca, 46s02, sem faltas. Francisco José Mesquita Musa e Premiere Xindoc-
Individual Categoria
to Marinho. A amazona foi a mais rá-
Amazona
tro Método ficaram na terceira colo-
Montaria
Federação
Sarah
FHBr
“Estou muito feliz em ter conquis-
Amazonas A 1,10m Luiza de Alcantara Cordial
FPH
tado este troféu. É uma grande
Amazonas 1,20m
FPH
honra poder ter meu nome gravado
Amazonas B 1,00m Marcela Grippe
Ana Eliza Aguiar
Stylo Império Egípcio
Amazonas Top 1,30m Paula Alho Polarion Jmen
aqui na Hípica, vai ficar marcado na
FPrH
história. Agradeço a toda a minha
Equipe Categoria
cação (46s26).
equipe, meus tratadores, minha Federação
Amazonas B 1,00m
FHMG
Amazonas A 1,10m
FPH
Amazonas 1,20m
FPH
família, minha mãe, sem eles não poderia ter vencido”, disse a gaúcha de 26 anos. Karina foi a quarta mulher a ganhar este GP.
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Teu Mundo Equestre
Mostre sua paixão pelo mundo equestre! Não importa a idade, se você ama cavalos e tem algum desenho ou foto que deseja compartilhar, mande para nós. Sua imagem será publicada nesta seção, e todos vão poder conhecer um pouquinho do seu mundo equestre.
Meu nome é Laura e tenho 16 anos. Está sou eu e minha égua Antara PEP em uma cavalgada. Os cavalos são a minha paixão!
Meu nome é Sofia, tenho apenas 7 anos esta é minha prima e a égua dela em uma competição. Eu adoro assistir ela nos campeonatos.
Me chamo Isis, tenho 8 anos e adoro cavalos.
Eu amo os cavalos eles são animais lindos! Me chamo Julia e tenho 8 anos.
Para enviar on line, entre em nosso site e clique em “Teu mundo equestre”. Se você preferir, mande uma carta para Rua Visconde do Rio Branco - 1630 - 705, Curitiba - PR, CEP 80420-210. 42
q u adri n h o s
Ilustração: Aline Rosa Garbellotti
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Classificados Anuncie. Ligue
Tel. (41)
41
3203.1960
3266-6644
SHPr - Br 116, Km 93 Tarum達 - Curitiba-PR.
Falc達o Transportes
Caminh達o para 8 e 9 animais.
41-3627.1582 / 41-9946.8295
falcaotransportes@gmail.com
Selaria
Tito Schier Tel. (41)
3248.9020
Av. Rep. Argentina, 4186 - Curitiba PR
Classificados Anuncie. Ligue
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3203.1960
AGENDA
Dezembro HIPISMO
01 a 06
PR
12 e 13
CBS Cavalos Novos - CSN V Festival do Cavalo BH Local: CHSA
9ª ETAPA DO RANKING DA SHPr Local: SHPr
11 a 13
12
Temporada de Encerramento da FPH Local: CHSA
10ª etapa RCCS - CEHIP
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III CSN Haras Fischer Indoor 2009 – Haras Fischer
II Concurso de Saltos MSN Sporthorses - Concurso Autorizado Local: Haras Raphaela SP
SC
17 a 20
RS
11 a 13
CSE + Final Copa Gerdau + Final RG Escolas Local: SHPA
11 a 13 PE
CSN Norte Nordeste - Pernambuco
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