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Bem-estar para cavalo e cavaleiro.
Número 21 | 2010
Nesta Edição #21
R$ 8,90
ENTREVISTA
CavaleiroDenisGouvea
ESPECIAL
OscavalosnaGréciaantiga
Trakehner Sinônimo de potência
Quidam - O espetáculo do Cirque Du Soleil no Brasil
E D I TO R I A L
Caro Leitor Sejam bem vindos à primeira edição do ano de 2010. Para este mês, trazemos como entrevistado um dos maiores nomes do hipismo nacional, o mineiro Denis Gouvea. Centrado e otimista, o cavaleiro conta um pouco de sua história dentro do hipismo e compartilha parte de suas experiências adquiridas ao longo de mais de 20 anos de carreira. Na seção Saiba Mais, resgatamos a história do cavalo na Grécia antiga. Nesta matéria, prepare-se para se surpreender com o conhecimento que os gregos já possuíam sobre as qualidades do cavalo e como estes animais foram essenciais para que a civilização grega se tornasse um dos maiores impérios da história. Ainda sobre assuntos fascinantes, trazemos a você uma matéria exclusiva sobre uma das indústrias de entretenimento mais promissoras dos últimos tempos: o Cirque du Soleil. Norteado pela beleza e perfeição, atualmente o circo conta com 22 espetáculos diferentes, espalhados pelo mundo inteiro. Desde sua criação, as apresentações do Cirque du Soleil já foram assistidas por mais de 80 milhões de pessoas. Com artistas de todas as nacionalidades, o Cirque é uma mistura de raças, culturas e cores, e o resultado de tudo isso não poderia ser outro: beleza e sucesso.
Um ótimo ano e uma boa leitura a todos,
Índice 8
Entrevista Denis Gouvea
8
12
Raça do mês Trakehner
16
dicas Encilhamento
18
SAIBA MAIS Corrida
22
variedades Cirque du Soleil
30
ESPECIAL Os cavalos na Grécia antiga
32
pergunta veterinária Cancro de ranilha
34
Clínica veterinária Etologia aplicada aos equinos
12
22
26 40 42 43 44 46
álbum notícias Teu mundo equestre Quadrinhos classificados agenda
expediente Edição
Afonso Westphal
Redação e edição de texto
Departamento comercial
Revisão
Sarah Westphal
comercial@mundoequestre. com.br
Sarah Westphal
direção EXECUTIVA E
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Para sugestões ou dúvidas, fale direto com a redação, enviando e-mail para redacao@mundoequestre.com.br ou escreva para Rua Visconde do Rio Branco 1630, sala 705, Centro. CEP 80420 210 - Curitiba, PR.
e n tre v i s ta Texto: Equipe Mundo Equestre | Foto: Equipe Mundo Equestre
Foto: Equipe Mundo Equestre
Denis Gouvea
Trilhando sua história Diferente da maioria dos cavaleiros, para Denis Gouvea a paixão pelo hipismo não foi uma herança familiar. Denis começou a montar aos 14 anos por influência dos amigos e desde então vem trilhando um caminho só seu. Um caminho de disciplina, amizade e vitórias. 8
Denis Gouvea foi Campeão da Copa Sul Americana em 2000 e 2007, duas vezes Vice-campeão Brasileiro de Sênior e representou o Brasil na Copa do Mundo de Saltos em Las Vegas 2006/2007. Nessa entrevista, Denis comenta seus mais de 20 anos de experiência, relembra suas provas mais marcantes e dá algumas dicas para quem está começando.
1) Como começou o seu gosto pelo hipismo?
Porto Alegrense. É lá que eu concentro todo o meu trabalho.
Na verdade, é um pouquinho estranho. Eu comecei por
Temos uma escola, damos aulas particulares para cavaleiros e
indicação de amigos, ninguém da minha família praticava. Um
treinamos cavalos para comércio ou para esporte.
dia, um amigo me convidou para brincar e montar na hípica em Foz do Iguaçu. A partir daí, eu criei gosto e em dois ou três
5) Como funcionam suas clínicas?
anos já estava trabalhando com cavalos profissionalmente. Eu
O Vitor Alves, César Almeida e eu temos uma equipe de
não dava aulas, mas trabalhava com cavalos. Eu comecei a
trabalho. Durante o ano, nós ministramos clínicas no Brasil
montar com 14 anos. Hoje em dia, o hipismo virou um vício.
inteiro. No início de cada ano fazemos juntos uma clínica de férias, com o objetivo de reunir todo esse pessoal com quem
2) E falando dos cavaleiros internacionais,
trabalhamos durante o ano em um só lugar. A próxima clínica
em que você se espelha?
de férias será em janeiro, entre os dias 19 e 31 em Itapecerica
Por ter aprendido muita coisa com o Vitor, sempre me espe-
da Serra, no Hotel Del Verde.
lho nele e tento fazer o meu melhor. Claro que cada um monta da sua maneira e tem o seu próprio posicionamento sobre o ca-
6) O que você considera importante na hora
valo. Contudo, tanto nacionalmente, quanto internacionalmen-
do reconhecimento de pista?
te, o Vitor sempre me inspirou, como pessoa e como cavaleiro.
Eu acho que a importância do reconhecimento é justa-
Acho que continuo tentando fazer o que ele já conquistou. Até
mente você estar na pista de uma maneira mais tranquila. Fora
hoje me baseio na maneira como ele lida com os cavalos, a
do cavalo, você tem tempo. Se parar para pensar, na hora em
maneira que ele monta, então seria ele essa pessoa.
que se entra na pista com o cavalo são apenas um minuto e meio para fazer todo o percurso. No reconheci-
3) Como é a sua rotina de treino? Bom, minha rotina de treino é diária. Eu costumo montar
mento são trinta minutos que os juízes dão para você. Então, a melhor dica que eu posso dar
de oito a dez cavalos por dia. Começo de manhã e vou até o
é que você saiba diferenciar as
final da tarde, intercalo as aulas que dou com o treinamento
dificuldades que o armador está
das minhas montarias.
colocando dentro do percurso,
Costumo descansar um dia por semana, tanto eu quanto
tanto as curvas, como as distâncias
os cavalos. Normalmente fazemos isso às segundas-feiras. Ge-
e a delicadeza dos obstáculos. Além disso, é
ralmente, terminamos os finais de semana com um desgaste
preciso ter uma concentração particular para
muito grande devido às competições. Por isso, às segundas-
que, em cima do cavalo, tudo o que você irá
feiras a gente procura aliviar um pouco.
fazer já esteja conectado na sua cabeça. Eu diria que o importante para ter sucesso den-
4) Onde você está montando agora? Eu tenho um centro privado, que se chama Centro Hípico Lacan. Fica em Porto Alegre, bem perto da Sociedade Hípica
tro da pista é a concentração e a calma para reconhecer e saber as dificuldades que o armador planejou.
9
Foto: Equipe Mundo Equestre
7) Quais as provas ou alguma competições
não. Acabei saltando no primeiro dia, mas sem condições. Foi
que mais marcaram sua vida?
uma experiência muito válida, mas não consegui atingir o ob-
Eu acho que foram duas as provas que mais me marcaram. Em
jetivo, que era chegar à final, no terceiro dia. Tenho certeza
2005, tive uma classificação importante no GP The Best Jump, den-
que representarei o Brasil em alguma competição importante,
tro da nossa casa, em Porto Alegre. Era um concurso de um nível
um Pan Americano, uma Olimpíada, ou até outra Copa do
muito alto e eu saltei com a égua que me levou à Copa do Mundo,
Mundo. Quando os imprevistos acontecem, a gente sempre
a VDL Nantes. Nós não tínhamos grandes expectativas em relação
tenta melhorar para não acontecer de novo.
a nosso resultado, mas deu tudo certo. Essa prova me emocionou bastante. A outra competição que lembro bem foi a conquista da
9) Como é que você avalia o desenvolvimento
etapa Sul Americana do Cone Sul, na Argentina. Fui campeão e
do hipismo no Brasil?
precisava daquele resultado, precisava de uma boa colocação para
Eu acho que o hipismo nacional tem duas classes: o pri-
poder participar da Copa do Mundo em Las Vegas, em 2006/2007.
meiro é o nível olímpico ou de Pan-americano, por exemplo. São poucas as pessoas que conseguem alcançar esse nível,
8) E a Copa do Mundo, como foi?
10
principalmente pelo investimento exigido. O outro nível eu se-
Em Las Vegas eu não tive muita sorte. Minha égua teve
paro em nível europeu e o nível Brasil. No nível Brasil, creio que
febre e precisaram dar medicamento para ela. Entrou ar na
é preciso trabalhar mais a parte de base, para que as crianças
veia e, até resolver esse assunto, não sabia se ia competir ou
cresçam e consigam fomentar nosso esporte no futuro.
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Acho que o hipismo brasileiro está tendo uma grande evolução, tendo em vista os eventos que estão acontecendo aqui. Posso citar o Athina Internacional Horse Show, que foi o maior evento em premiação da história do hipismo e aconteceu no Brasil. Eu consigo ver no futuro um esporte melhor do que a gente está tendo hoje.
10) Como professor, o que você diria para os alunos de base sobre o que é importante para eles começarem a ter resultado? Os que estão começando têm que primeiramente gostar do cavalo, do esporte e daquilo que fazem. Em segundo lugar, acho que o ponto fundamental é a dedicação. Dedicação é muito importante em tudo o que você for fazer, tanto no trabalho, como na escola e no esporte. A partir do momento em que você faz as, se dedica, mesmo que não seja integralmente, mas quando fizer, fizer bem feito, com calma, com certeza vai colher frutos no futuro. E a outra coisa é você ter sonhos sempre, ter fé e ir atrás.
ra ç a do m ê s Texto: Afonso Westphal
12
Trakehner Elegantes e versáteis, estes cavalos são usados para aperfeiçoar raças de esporte em todo o mundo. Vire a página e descubra os segredos dos atléticos Trakehner.
13
Origens – Os cavaleiros Teutônicos
E
sta raça teve origem no início do sé-
sistência do Árabe somado a velocidade do Puro
culo 13, na região antigamente co-
Sangue Inglês resultou em um enorme sucesso.
nhecida como Oeste da Prússia (entre
Com estas qualidades, os criadores obtiveram
a Lituânia e a Polônia). A província era colonizada
um perfeito animal para cavalaria leve, sendo
pelos cavaleiros Teutônicos, que, na época, es-
amplamente utilizados durante a primeira guerra
tabeleceram neste local uma grande criação de
mundial, considerado por muitos como o melhor
cavalos para fins de guerra, utilizando como base
cavalo de guerra disponível naquele momento.
uma raça de cavalos indígenas das redondezas, conhecidos como Scheweiken, naturalmente vi-
Novos desafios
gorosos e resistêntes. Quinhentos anos após a colonização teu-
No século 20, com a demanda de cavalos
tônica, em 1732, o rei Frederick Wilhelm I da
“guerreiros” em declínio, os Trakehner começa-
Prússia fundou o Stud Real Trakehner (Royal
ram a ser direcionados como cavalos esportistas.
Trakehner Stud) na cidade de Trakehnen. Frede-
Treinamentos precisos e novas seleções genéticas
rick selecionou os melhores animais Schewei-
foram essenciais para a nova “linha” dos Trakeh-
ken da região a fim de obter animais cada vez
ner. Nas olimpíadas de 1920 e 1930, esta raça
mais talentosos. Em poucos meses, o rei se
garantiu as medalhas de ouro e prata em Ades-
transformou no maior vendedor de garanhões
tramento.
da região, conhecido por comercializar cavalos
Ao passar dos anos, a raça foi se aprimoran-
de porte elegante, que combinavam velocida-
do e, nas olimpíadas de 1984, o cavaleiro norte
de e resistência.
americano Conrad Homfeld, com seu Trakehner
No início do século 19, foi introduzido
Abdullah conquistou a prata individual e o ouro
na raça o sangue de seletos exempla-
por equipes, além de outros títulos importantes.
res de Puro Sangue Árabe e Inglês,
O belíssimo exemplar Abdullah foi considerado o
no intuito de aprimorar as carac-
melhor Trakehner que já existiu na modalidade de
terísticas dos Trakehner. A re-
saltos.
Importando Qualidade Esta raça foi amplamente utiliziada para aperfeiçoar outras raças em desenvolvimento. Hanoverianos, Oldenburgs, entre outras grandes raças contaram com o auxílio do sangue Trakehner para obter as características que possuem hoje.
Sempre dispostos Gentis e e agradáveis, os Trakehner possuem boa conformação morfológica, peitos largos e potentes membros posteriores, o que favorece sua impulsão.
Perfil da Raça Medindo entre 1,63 m a 1,68m, estes cavalos são ágeis, resistentes e velozes. Ligeiramente mais leve que a raça Puro Sangue Inglês, estes animais estão aptos para participarem de praticamente todas as modalidades equestres, desde enduro até salto. Além de elegantes, são inteligentes e pacíficos, sendo largamente utilizados como cavalos “professores” para atletas sem muita experiência. Impressionantes e dispostos, estes animais conseguiram absorver como nenhum outro as qualidades do cavalo inglês e árabe, sendo considerado por muitos como um cavalo de sela “classe A”. Hoje, os Trakehner são encontrados nos cinco continentes, porém sua principal criação está localizada a leste da Alemanha, na cidade de Neumunster.
15
di c a s
Encilhamento passo a passo Primeiro, ponha a rédea sobre o pescoço
Por fim, preste atenção para que o pei-
do animal. Depois, com uma das mãos,
toral não fique bem no meio do peito do
segure a cabeçada e a embocadura, colo-
animal para não incomodá-lo ou feri-lo.
cando devagar por cima da cabeça e encaixando na boca do cavalo. O segundo passo é ajustar a focinhei-
O tratador deve ficar atento para não
ra, pois cada animal se adapta a uma re-
acontecer de o bridão ficar virado (torcido)
gulagem diferente e esta não pode ficar
na boca do cavalo. A atenção deve ser re-
apertada demais.
dobrada em dias de competição, quando
Após colocar a cabeçada, é a vez de pôr a manta, o protetor de Dicas escritas por:
Paulo Porto
Tratador Profissional Autor do Livro “A Arte de Tratar Cavalos de Esportes”
Observação:
rim ou o pelego e a sela. Depois
disso,
prende-se
a barrigueira e o peitoral, que deve ser regulado de maneira a não causar desconforto ao animal. Lembre-se sempre que a barrigueira deve ser apertada por partes. Muitos cavalos estufam a barriga na hora de serem selados, por isso é mais seguro firmar a sela para o cavaleiro subir, esperar que o cavalo dê alguns passos e então apertar novamente.
há mais pressa para selar o animal.
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ssai a am m ai a s is abi b Texto: Manuela Merico Texto: Manuela Merico
Corrida Um espetáculo fascinante, que une velocidade, coragem, beleza dos cavalos e habilidade dos jockeys. Preparem-se, vai ser dada a largada.
Dentro do universo das corridas, selecionamos as duas modalidades mais velozes para que você leitor sinta um pouco desta emoção a galope! A corrida plana “flat” é a mais popular dentro do esporte. Teve sua origem na Inglaterra no início do século XVIII e, desde então, se popularizou por todo o mundo, estando presente hoje em mais de 60 países. Já o Steeplechase, “perseguição ao campanário”, é a modalidade que deriva das primeiras corridas, em que a orientação do percurso era a torre do campanário da igreja. Nesta prova, cavalos e cavaleiros além de correr contra o cronômetro, precisam saltar obstáculos.
Um pouco de História Não se pode falar sobre a evolução das corridas sem mencionar a Inglaterra. A relação do esporte com a burguesia inglesa teve início no século XI e ainda hoje é muito forte. As modernas corridas de Puro Sangue Inglês, presentes nos dias atuais, tiveram origem nos séculos XII e 18
XIII e o padrão inglês de corrida é, indiscutivel-
to (e faça com que o dinheiro dos apostadores vá
mente, o mais utilizado por todo o mundo.
por água abaixo).
Também não se pode falar de corridas sem falar em apostas. Com certeza este é principal
A Corrida:
elemento que impulsiona o esporte. Entretanto,
Em uma corrida, os cavalos conseguem atin-
a movimentação financeira se estende para além
gir velocidade superior a 60 Km/h As distâncias
dos limites dos jockey club. Grandes empresas
dos percursos variam de prova para prova. Na
multinacionais negociam cavalos que são ven-
maioria das vezes, vão de 400 até 4000m em
didos por enormes somas em dinheiro. Dentro
disputas especiais chamadas Grande Prêmio. As
desse universo, a operação comercial de maior
distâncias mais frequentes são:
sucesso foi a venda do cavalo Lamantra, cam-
• 1000m para os animais mais velozes “sprin-
peão do Derby de 1995, pelo valor de 30 milhões
ters.” • 1600m para cavalos denominados “ milheiros”
de dólares. O Puro Sangue Inglês é a principal raça a participar destas provas, muito embora existam corridas em menores escalas que utilizam o Puro
visto que uma milha equivale1609 metro. • 2400m, o que equivale a uma milha e meia, para animais resistentes, chamados “fundistas”.
Sangue Árabe e o Quarto de Milha. Quando se assiste a um páreo, seja ao vivo
A Chegada:
ou pela televisão, pode se ter a impressão que a
É o ápice do evento, momento em que os
corrida envolve somente cavalo e jockeys, porém,
apostadores saberão se foram felizes em suas es-
no background da modalidade existe todo um
colhas ou não.
processo, que se inicia nas formações dos Studs,
Devido à grande velocidade alcançada
criação dos cavalos, treinamento para as corridas,
pelos cavalos e à proximidade dos conjuntos
na competição em si e também nas apostas.
é instalada, junto à linha de chegada,
uma
câmera fotográfica (Photo Chart) que capta o
A Largada:
momento exato da chegada para que não haja
O profissional responsável pela organiza-
dúvida com relação ao cavalo vencedor.
ção e realização da largada é o “Starter”, que aciona o mecanismo que libera a grade da frente do “Starting Gate” para que os cavalos iniciem o páreo. Este é um dos momentos mais esperados por todos os envolvidos no evento. Muitos
imprevistos
podem
acontecer, desde um acidente com o animal, uma saída repentina de algum cavalo iniciante ou uma largada tardia que prejudique o desempenho do conjun-
19
Vamos às apostas As mais tradicionais possibilidades de apostas no esporte são: • Vencedor: Aposta-se diretamente no cavalo vencedor. Este tipo de aposta também é conhecida como Ponta. • Placê: Aposta-se que o cavalo será campeão ou vice campeão. • Dupla: O apostador deve escolher dois cavalos, sendo que um deve chegar em primeiro lugar e o outro em segundo, sem importar a ordem entre eles.
cada cavalo) ou combinada (quantas possibilidades
• Exata: Nesta aposta, é necessário acertar o primeiro e
ele desejar).
o segundo colocados na ordem exata de chegada.
• Quadrifeta: São os quatro primeiros colocados na
• Trifeta: O apostador deve acertar os três primei-
ordem correta. Também pode ser feita da maneira sim-
ros colocados na ordem correta. Pode ser feitas da
ples (acertar exatamente a colocação de cada cavalo) ou
maneira simples (acertar exatamente a colocação de
combinada (quantas possibilidades ele desejar).
v ariedade s Texto: Afonso Westphal | Fotos: Cedidas Cirque du Soleil - Espetรกculo Quidam
Cirque Du Soleil O espetรกculo vai comeรงar
Com somente 20 anos de história, o Cirque Du Soleil alcançou uma posição única na indústria do entretenimento. Visto por mais de 80 milhões de espectadores, em mais de duzentas cidades diferentes, por onde passa o circo é sinônimo de talento, beleza e excelência.
O
Cirque du Soleil teve início
em 1984,
quando um grupo de artistas de rua em
40 nacionalidades que falam 25 línguas diferentes: um verdadeiro mundo teatral.
Quebec (Canadá) decidiu criar uma nova
maneira de exprimir o amor pelas artes circenses. Sob
Cirque du Soleil no Brasil
a direção de Guy Laliberté, o Cirque du Soleil usou
O primeiro espetáculo assistido pelo público brasi-
a sua paixão pela criatividade e pela inovação para
leiro foi “Saltimbancos” em 2005, apresentado ape-
redefinir a paisagem do entretenimento e maravilhar
nas em duas cidades: São Paulo e Rio de Janeiro. Já
espectadores do mundo inteiro.
em 2007, “Alegria” contagiou seis capitais de nosso
A evolução do Cirque du Soleil foi marcada pela busca incansável da perfeição em todos os aspectos, desde a convocação dos artistas e produção de figurinos, até soluções logísticas e desenvolvimentos tecnológicos.
país. Os dois espetáculos juntos reuniram mais de 1 milhão de espectadores. Quatro anos após seu ingresso no Brasil, o Cirque du Soleil retornou ao nosso país com a turnê “Qui-
com 73
dam”, que será apresentada em nove diferentes ca-
empregados e um Grand Chapiteau (Grande Tenda).
pitais. Ao todo, serão mais de 800 apresentações e
Hoje tem 21 espetáculos, com 4 mil funcionários de
o público estimado ultrapassa 850 mil espectadores.
Quando começou, o Cirque contava
Quidam Criada em 1996, esta é a terceira produção do repertório do grupo. Reconhecida internacionalmente por sua intensa teatralidade aliada a números de impacto, Quidam inaugura a utilização de tecnologia, quando comparado aos show Alegria (1994) e Saltimbancos (1992). O enredo de Quidam foi criado pelo diretor Franco Dragone durante um passeio a Nova York. “No palco, a história começa quando uma criança ignorada pe-
No início do ano de 2010, Quidam estará na cidade do Rio de Janeiro. O espetáculo ainda tem apresetações em São Paulo e Porto Alegre. A estreia da turnê no Brasil aconteceu no dia 11 de junho, na cidade de Fortaleza. Em cinco meses, o show já passou por Recife, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba. Para mais informações, acesse o site: www.quidam.com.br
los pais entra em um mundo de fantasia”, comenta o diretor de produção do Cirque, Robert Mackenzie. Quidam conta a história de Zoé, uma jovem que já viu de tudo e que já não vê significado em nada. Ela acaba encontrando um companheiro muito alegre
Quidam em números
e outra personagem, um tanto misteriosa, que a con-
• 10 Atos
duz para viver coisas maravilhosas, inquietantes e,
• 51 Artistas
até mesmo, aterradoras.
• 250 Figurinos
A trilha sonora do espetáculo traz músicos tocando ao vivo e revezando-se em vários instrumentos, desde clássicos violinos até guitarras eletrônicas. Os vocais variam entre a fragilidade de uma voz infantil e o poder de uma voz masculina, para criar uma atmosfera intensa e sensível.
24
• 500 objetos em cena • 9 milhões de espectadores pelo mundo
25
Álb u m
Paulo Grassano - Arapongas
Foto: Grace Carvalho
Ana Bruna Cabral - Foz do Iguaçu
Foto: Grace Carvalho
Foto: Grace Carvalho
Ariadne - SHPR
Foto: Grace Carvalho
Débora Zimmermann, Matheus e Isabela Tafner e sua mãe Catarinense de Amazonas
Foto: Equipe Mundo Equestre
Evelyn Arruda - SHPR
Foto: Grace Carvalho
Otamires da Costa recebendo premiação - Arapongas
Foto: Grace Carvalho
Gabriel Rosseto Gomes em premiação - SHPR
Foto: Grace Carva lho
Luciana Sandini, Luiza Nóbrega e Bárbara Sandini - Catarinense de Amazonas
Foto: Equipe Mundo Equestre
ndo Equestre Foto: Equipe Mu
Gil Posseti - Vice presidente da SHP
Guilherme Jorge -Course Designer Internacional
Foto: Grace Carvalho
Humberto Biesus, Val e Pedro - Foz do Iguaçu
Foto: Grace Carvalho
Larissa Melo e seu pai Paranaense de Amazonas
Foto: Grace Carvalho
Luiza Moreira - Catarinense de Amazonas
esPECIAL Texto: Gustavo Vazques
Os cavalos na Grécia antiga Considerando a história da relação entre homens e cavalos, podemos questionar com que finalidades os povos antigos criavam suas montarias e de que modo aprimoravam a utilização dos animais no dia-a-dia. Considerando a história da relação entre homens e cavalos, pode-
usualmente trazidos das regiões árabes ou da Pérsia.
mos questionar com que finalidades
A principal função dos cavalos era certamente sua uti-
os povos antigos criavam suas mon-
lização em batalhas. A mais famosa descrição a que temos
tarias e de que modo aprimoravam a
acesso provém da obra “Ilíada”, de Homero, escrita apro-
utilização dos animais no dia-a-dia.
ximadamente no ano 800 a.C. Os cavalos que o exército
A Grécia, um dos maiores im-
possuía eram pequenos demais para serem cavalgados, por
périos da história da humanidade,
isso os soldados os utilizavam apenas para puxar as carrua-
ao qual nossa civilização atual deve
gens até os campos de batalha. Após o combatente deixar a
grande parte de seus conhecimentos
carruagem e entrar em combate, guias retornavam o veículo
como a democracia e a filosofia, também foi influente nas ar-
28 28
cavalos, estes raramente eram criados no próprio país, sendo
ao início das fileiras para buscar mais soldados.
tes equestres. Graças a pinturas encontradas em vasos e cons-
A montaria do cavalo propriamente dita só foi iniciada
truções, acredita-se que a domesticação de cavalos na região
quatro séculos depois, devido à batalha entre gregos e persas.
remonta o ano 2000 a.C. Devido ao clima e ao solo na penín-
As lutas eram travadas em terrenos por demais montanhosos
sula grega não serem propícios para a reprodução extensiva de
nos quais não era possível controlar veículos com rodas.
Apesar de os gregos não possuírem a mesma fama em relação à cavalaria quanto os mongóis ou citianos, um dos maiores manuais sobre o assunto foi escrito por Xenophon, um general do exército grego. Seus livro “Hippike” explica técnicas para adestramento, cuidados com a saúde de cavalos e sua utilização em batalhas. Embora alguns trechos da obra tenham se tornado inadequados para os dias de hoje – na época a montaria, por exemplo, era feita sem sela e suas técnicas ensinadas de acordo – o livro ainda contém informações importantes mesmo para estudiosos atuais. No âmbito religioso, os gregos também davam enorme importância aos cavalos. Poseidon, mais conhecido como deus dos mares, era considerado também o criador de todos os equinos, e o sacrifício usual feito a ele era o afogamento de tordilhos. Ares, o deus da guerra, e Hélios, deus do sol, eram representados guiando carruagens com vários cavalos atrelados. Demeter, deus do casamento e da agricultura, era representado possuindo a cabeça de um garanhão. Os gregos realizavam vários eventos esportivos nos quais os cavalos eram protagonistas. As primeiras competições com equinos foram as provas de carruagens feitas a partir da 25ª Olimpíada da era antiga, em 680 a.C. A arte do volteio também iniciou-se na Grécia.
até os trinta anos e, em sua homenagem, Alexandre fundou a cidade Bucephalia na região onde o cavalo foi enterrado. Apesar de muitos séculos terem se passado desde o fim do império grego, na atualidade ainda existem algumas raças de pônei que descendem das montarias utilizadas no passado. A mais semelhante aos cavalos representados em figuras antigas é chamada de Skyros, referente à ilha onde a raça é encontrada. O animal mede em torno de 1,10 m e é muito apreciado por crianças devido ao espírito companheiro. As raças Pindos e Peneia, similares entre si, medem aproximadamente 1,30 m e são utilizadas em trabalhos agrícolas por serem resistentes e frugais.
Mas, acima de tudo, o próprio império grego deve parte de sua supremacia aos equinos – mais particularmente a um cavalo em especial. Bucephalus, de Alexandre, o Grande, ajudou o conquistador a expandir os limites de seu império em proporções espetaculares. Foi a montaria do militar em todas as suas batalhas; viveu
29 29
per g u n ta v eteri n á ria Medico Veterinário Marcelo Miranda CRMV–PR 4407
Tenho uma égua com cancro de ranilha. O que é e como tratar? Pergunta feita por Luccas Suarte Braga
O Cancro ou Canker tem sido caracterizado com
líquido branco caseoso e com odor intenso.
uma infecção bacteriana do estrato germinativo
O tratamento do Cancro consiste no debridamento
da ranilha. Condições de higiene ruim do ambien-
(retirada) do tecido doente, manutenção do casco
te e dos cascos, associadas à alta umidade são fa-
enfaixado com um algodão embebido em uma
tores facilitadores para o surgimento da doença.
solução contendo Violeta de Genciana, Sulfato de
Indiferente da raça, pode afetar tanto os mem-
Neomicina e Cloreto de Benzalcônio a 50%, o qual
bros anteriores quanto os membros posteriores
deve ser trocado duas vezes ao dia, até 20 dias após
dos cavalos.
o desaparecimento dos sinais clínicos.
Em cultura laboratorial, o Fusobacterium necropho-
Diariamente o casco deve ser lavado com sabão
rus é bastante frequente no Cancro. Histologica-
anti-séptico e enquanto o cavalo seca deve-se
mente o cancro é uma pododermatite crônica das
manter Iodo povidine tópico na região afetada.
camadas germinativas profundas da epiderme. Esta
O curativo só pode ser feito com os cascos se-
infecção resulta em um aumento anormal da produ-
cos e limpos. A cocheira deve ser mantida limpa e
ção de queratina, levando a uma condição hipertró-
seca continuamente e o animal deve ser mantido
fica (aumento do tecido da ranilha). Normalmente
longe da umidade. O uso de antibiótico sistêmico
observa-se na ranilha afetada a presença de um
não tem bom resultado.
Envie suas perguntas para redacao@mundoequestre.com.br ou para a rua Des. Motta, 2175/502 - Centro, CEP 80420-190, Curitiba-PR.
C u rio s idade s Por Marcela Martins, MV, CRMV-PR 5285 Marcelo Miranda, MV, CRMV-PR 4407
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Alguns cavalos, devido ao ferrageamento, à conformação e por estarem desequilibrados, tocam (interferências) com o casco do membro posterior nos bulbos, quartela e até nos tendões flexores dos membros anteriores e estes toques podem gerar lesões graves nos mesmos.
Cavalos velhos e cavalos que vivem em clima seco têm a ranilha significativamente atrofiada.
Estudos recentes vêm demonstrando que a Síndrome Navicular (Síndrome Podotroclear) pode ser confundida com uma doença do tendão flexor digital profundo na região do osso navicular (região podotroclear). 30
c l í n i c a v eteri n á ria
Etologia aplicada aos Equinos Guilherme Bacila Acras – Hipologista Etologia é o estudo do comportamento natural, do ponto de vista biológico ou de sobrevivência. Conhecendo e analisando o comportamento do cavalo, encontramos as causas e as soluções para muitos problemas, facilitando assim a previsão de suas atitudes. Percebendo e satisfazendo suas reais necessidades instintivas, teremos um cavalo saudável, com um bom equilíbrio físico e psíquico, evitando algumas doenças e vícios, que são apenas conseqüências e sintomas de condições de vida inadequadas. Os cavalos vão reagir ao ambiente de acordo com suas habilidades. Ao domarmos, treinarmos e manejarmos os cavalos interferimos em seu ambiente e estaremos fazendo parte dele, por isso é importante conhecermos o comportamento natural do animal, pois, a interação é necessária e a confiança que ele nos deposita é fundamental para a evolução do trabalho. Dessa maneira poderemos explorar suas habilidades sem interferirmos demasiadamente em sua natureza, já que a própria domesticação impossibilita o comportamento estritamente natural do animal. A interação natural busca conhecer o comportamento do cavalo para tornar possível a interação com o mesmo possibilitando assim uma comunicação recíproca.
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A etologia pode e deve ser aplicada em qualquer tipo
animais realizam melhores suas funções esportivas, apresen-
de manejo realizado com eqüinos, inclusive nos animais em
tam menores ou nenhum problema relacionado a estresse
treinamentos, uma vez que compreendendo o comporta-
e agem com companheirismo diante do homem, tanto em
mento natural dos cavalos podem-se oferecer melhores con-
treinamento, provas, como a campo.
dições de vida, mantendo os animais satisfeitos e tranqüilos,
A etologia se aplica e traz contribuições benéficas na
pois nestas condições realizam muito melhor as suas funções
iniciação, treinamento e manejo dos cavalos, uma vez que,
e desenvolvem muito menos quadros patológicos.
conhecendo o comportamento natural dos eqüinos, pode-
Muitos animais desenvolvem vícios de cocheira e doenças
mos trabalhar o animal com mais harmonia, respeitando sua
causadas por estresse. Esses problemas são comportamentos
natureza e sabendo seus limites e defesas. Uma relação de
neuróticos e se expressam de várias maneiras como, por exem-
confiança e amizade é fundamental em qualquer esporte,
plo, aerofagia (cavalos que “engolem ar”), coprofagia (cavalos
entre o animal e as pessoas que fazem parte do seu circulo
que comem as próprias fezes), cavalos que ficam “dançando”
de relacionamentos. Isso resulta em animais bem prepara-
na porta da baia, animais que não param de girar na cocheira,
dos, competentes em suas funções e bastante confiáveis.
cavalos que chutam incessantemente portas e paredes, que cavam insistentemente, mordedores de madeira e alguns que chegam a se auto-mutilar, arrancando pedaços dos próprios flancos com mordidas. As decorrências do estresse e dos vícios são úlceras gástricas, cólicas, depressão, lesões físicas, comportamento agressivo, etc., que acabam culminando com uma queda de rendimento importante, prejuízos econômicos e podendo levar o animal a quadros severos e morte. Muitas vezes observar cada animal individualmente e pequenas atitudes no dia a dia como manter animais nervosos sempre com feno, alfafa ou capim à vontade, basta para se ter um animal mais calmo e saudável. Os resultados observados em cavalos bem manejados são mais eficientes, uma vez que os
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H
Perfil
á 45 anos no esporte, Nelson Limeira Lima ainda se emocio-
na com a interação entre homem e animal proporcionada pelo hipismo. É nesses momentos que o gaúcho constata a evolução dos cavaleiros nos treinamentos e nas competições. Aos 61 anos Nelson, que começou a montar aos 16 no Cantegril Clube de Viamão, ainda busca aprimoramento e qualidade técnica dentro do hipismo. Estes são para ele os principais objetivos no esporte, que lhe proporciona qualidade de vida, lazer e disciplina, trazendo por consequência saúde física e mental. Três vezes campeão brasileiro e quatro vezes campeão gaúcho na categoria Master, vice campeão Senior brasileiro por equipe na categoria e campeão gaúcho na categoria Amador, o veterano nem sempre segue
• Nome: Nelson Limeira Lima
uma rotina regular de treinamento: “Devido aos compromissos profissio-
• Onde monta: Sociedade Hípica Portoalegrense
nais geralmente treino dois dias por semana no fim da tarde e nos fins
• Categoria: Amador
de semana pela manhã”. Quando questionado sobre um marco de sua
• Principal montaria: égua Windra
vida dentro do hipismo, o cavaleiro revela: “O momento mais emocionante foi o desafio de dar continuidade aos sonhos e aspirações do meu filho Guilherme, retornando às pistas com o cavalo que ele me deixou”.
N O T ÍC I A S
Fonte: Adriana Gray
Festival Nacional do BH Foto: Equipe MUndo equestre
Selaria Sobre rodas
Fonte: Rute Araujo / Carola May
A idéia de uma selaria em um caminhão temático que circularia pelos grandes concursos hípicos europeus foi de Nelson Pessoa. Foi assim então que em sociedade com Rodrigo Pessoa, o empresário Mário Teixeira - da Maison du Cavalier – realizou o empreendimento no início de 2009. De fevereiro a outu-
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bro, a Pessoa Rider´s House percorreu
A Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo de Hipismo promoveu
a Europa, passando pela Itália, França,
a 5ª edição do seu Festival Nacional entre 1 e 6 de dezembro, no Clube
Bélgica, Holanda, Alemanha e Suécia.
Hípico de Santo Amaro, em São Paulo (SP). Principal evento do BH, mas
Depois de uma temporada de inau-
com provas abertas a outras raças, o Festival reúne criadores de todo País,
guração bem sucedida e muito bem
cavaleiros e cavalos em competições de diferentes graus de dificuldade.
recebida pelo mercado europeu,
Entre as atrações, destaque para o Campeonato Brasileiro de Cavalos No-
Nelson Pessoa declara “estou muito
vos, a Final da Copa BH, um Nacional de Saltos, o Grande Prêmio BH, uma
feliz com a realização desse empre-
prova desafio entre éguas e garanhões, mostra de garanhões e o Leilão
endimento e satisfeito com os re-
Nacional BH 2009.
sultados dessa primeira temporada
Promotora e organizadora do evento, a Associação Brasileira de Criadores
de atividades. Sempre quis ter um
do Cavalo de Hipismo (ABCCH) reservou premiação extra para animais BH
canal direto com o consumidor final
em todas as provas, inclusive no GP.
de meus produtos e uma loja onde
Campeonato Brasileiro de Cavalos Novos: A disputa reuniu o melhor da
eu possa indicar tudo o que há de
criação nacional nas categorias Cavalos Novos 4, 5, 6 e 7 anos. A compe-
melhor em material de equitação”.
tição inaugura um novo formato com o objetivo de propiciar o melhor de-
A temporada itinerante da Pessoa
senvolvimento dos jovens animais e também adaptação às regras do Cam-
Rider´s House em 2009 termina no
peonato Mundial de Cavalos Novos - promovido anualmente pela World
Gucci Equestrian Masters e, na se-
Breeeding Federation for Sport Horses (WBFSH) em Lanaken, na Bélgica.
gunda quinzena de dezembro/2009
Com provas diárias, as finais do Campeonato Brasileiro de Cavalos Novos
a fevereiro/2010, a Pessoa Rider’s
foram realizadas no sábado e domingo. Com Premiações de R$ 12 mil
House permanecerá no Haras de
para CN 4 anos, premiação de R$ 13.350,00 para o CN 6 anos, premia-
Ligny, de propriedade da família Pes-
ção de R$ 12.000,00 para CN 5 anos e premiação de R$ 18.300,00 na
soa atendendo ao público.
final do CN 7 anos.
Catarinense de Amazonas Foto: Grace Cravalho
Foto: Alexandre vidal
Final da Copa do Mundo
Após a última seletiva da Liga Sulamericana para a definição dos representantes do Continente na Final da Copa do Mundo de Salto, realizada Podium da Categoria 1,00m
O Campeonato Catarinense de Amazonas 2009 aconteceu entre os dias 20 e 22 de novembro na Sociedade Hipica Catarinense juntamente com a 6ª Etapa do Ranking Catarinense de Hipismo. A competição atraiu mais de 150 atletas sendo 42% atletas mulheres, que concorreram no Campeonato de Amazonas. O público presente no evento foi acima do esperado pelos organizadores, e o clima também foi um fator positivo para a realização. O sol não apareceu mas a chuva que ameaçou o campeonato no sábado pela manhã não voltou a cair em todo o final de semana. Durante o evento, foi também realizada uma prova Show com premiação de R$ 5.000,00 reais em espécie. O grande vencedor desta prova foi Alexandre Alves da Sociedade Hípica Catarinense. A prova contou com os patrocínios de: Unimed, Quevedo Jóias, Hotel Mercury e Mormaii. Tabela de vencedoras – Amazonas 2009 0,60 ESCOLA B Campeã: Maria Luiza Maul da Silva V.Campeã: Isabelle Turnes Steffens 0,80 ESCOLA A Campeã: Luiza Nóbrega Félix V.Campeã: Bruna Barbosa Lima de Jesus 0,90 Campeã: Beatriz Althoff V.Campeã: Vitória Ferrari Fernandes
1,00
na Sociedade Hípica Brasileira (RJ), a medalhista pan-americana Karina Johanpetter, do Rio Grande do Sul, assumiu a liderança do Ranking e uma das duas vagas para representar o Brasil na Final da Copa do Mundo de Salto em Genebra, Suíça. A segunda vaga ficou com o paulista Yuri Mansur Guerios montando QH Ideal Hipos. “Foi um ano muito difícil para mim porque passei por vários problemas pessoais. Meu cavalo até que começou a temporada fazendo bons resultados, mas, depois da seletiva no Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, pensei até em desistir. Graças as pessoas que trabalham comigo tive a coragem de continuar brigando, disse
Campeã: Theodora Ghizoni Junckes
Mansur que assegurou a vaga na séti-
V.Campeã: Gabriela da Costa Oms
ma e última seletiva.
1,10
Sobre a Copa do Mundo de Salto
Campeã: Maria Vitória David Ludwig
A Final da Copa do Mundo de Salto,
V.Campeã: Alessa Rita
promovida pela Federação Equestre
1,20
Internacional (FEI) é uma competição
Campeã: Isadora Ghizoni Junckes
que anualmente reúne os melhores
V.Campeã: Ligia Pissolato Lemos
conjuntos da modalidade. O evento,
1,30 Campeã: Mariana Cassettari
engloba os melhores competidores de 15 ligas em todos os continentes .
V.Campeã: Thaís Marques
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Teu Mundo Equestre
Mostre sua paixão pelo mundo equestre! Não importa a idade, se você ama cavalos e tem algum desenho ou foto que deseja compartilhar, mande para nós. Sua imagem será publicada nesta seção, e todos vão poder conhecer um pouquinho do seu mundo equestre.
Nossa querida amiga Fabia Cobra, de 45 anos, praticante de Equoterapia no Centro Marisa Tupan em Maringá nos enviou esta foto para publicação! Um grande abraço aos praticantes e instrutores de equoterapia.
Meu nome é Juliana, tenho 19 anos, sou estudante de Veterinária, adoro cavalo e meu sonho é poder trabalhar com eles! Um abraço para a Revista Mundo Equestre!
Kathrin Friedl - SC
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Oi, meu nome é Gabriela Szkudlarek e cavalos são minha vida. Aos 3 anos aprendi a montar e desde então nunca quis parar e aos 10 anos comecei a treinar com minha crioula para provas de tambor. Pra mim é um vício que jamais quero parar. Ai está eu e meu cavalo Trovão, meu primeiro cavalo, minha vida, hoje ele e a Miss Fantý (prenha de 5 meses) estão na minha chácara muito saudáveis.
Para enviar on line, entre em nosso site e clique em “Teu mundo equestre”. Se você preferir, mande uma carta para Rua Visconde do Rio Branco - 1630 - 705, Curitiba - PR, CEP 80420-210.
q u adri n h o s
Ilustração: Aline Rosa Garbellotti
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Classificados Anuncie. Ligue
Tel. (41)
41
3203.1960
3266-6644
SHPr - Br 116, Km 93 Tarum達 - Curitiba-PR.
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AGENDA
Janeiro 24 a 31
11 a 14
IV Clínica de Verão Pedro Vennis Local: Manege Refúgio Minstrada por: Pedro Vennis, Anderson Tonon, Rafael Prochet e Júlio Guimarães PR
V Clínica Ludo Philippaerts Local: Manege Quality Horse Ministrada por: Cavaleiro Internacional Ludo Philippaerts
19 a 31
V Clínica Go For Gold Local: Hotel Del Verde - Itapecerica da Serra Ministrada por: Vitor Alves Teixeira, Cesar Almeida, Denis Gouvea e André Giovanini
26 e 31
SC
Clínica Retomando as Rédeas Local: Cehip – Florianópolis Minstrada por: Mariana Cassetari, Sandro Cardoso e Leandro Cardoso
25 a 31
1ª Clínica InterSalto 2010 Local: Sociedade Hípica de Ribeirão Preto Ministrada por: Equipe Marcon e Luiz Guilherme A. Ciampi
SP
28 a 31
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Clínica CCE Ademir de Oliveira Local: Universidade do Cavalo – Sorocaba Ministrada por: Ademir de Oliveira