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Bem-estar para cavalo e cavaleiro.
Número 37 | Maio
Nesta Edição #37
R$ 9,90
Especial
Quiropraxia Equina
Saiba mais
O aprendizado
Encantador
de cavalos
Entrevista exclusiva com Monty Roberts Raça do mês: Conheça os talentos do Mangalarga Marchador
tacomunicacao.com.br
Cursos Internacionais 2011 30 de Abril / 01 de Maio Curso Internacional de Odontologia Equina com Dr. Richard Miller e Chana Whipple (USA), um dos mais importantes veterinários especialistas em Odontologia Equina. 23 a 26 de Junho Clínica Internacional de Horsemanship utilizando o gado, com Zane Davis (USA) - Como usar o gado para trabalhar, ganhar confiança e corrigir seu cavalo de passeio e esporte. Zane Davis é uma das maiores autoridades em Working Cow Horse. Aberto a todos os interessados de todas as raças. 20 a 23 de Julho Clínica Internacional de Podologia e Ferrageamento Workshop Internacional sobre Laminite com um dos maiores nomes da podologia equina e especialista em laminites: Simon Curtis (UK), que trabalha com ferrageamento deste 1972 e ministra palestras ao redor do mundo, em mais de 20 países como USA, Austrália, Índia, Rússia, África do Sul e Dubai.
13 e 14 de Agosto Curso teórico e prático de Pilates para Cavalos com Gillian Higgins (Inglaterra), uma das mais importantes e requisitadas profissionais da Europa. Gillian fez demonstrações no World Equestrian Games 2011 em Kentucky (USA) e viaja o mundo trabalhando e manipulando os mais importantes cavalos de esporte. 16 a 18 de Setembro IX Encontro Internacional de Horsemanship Um dos mais consagrados programas da UC, traz profissionais vindos de toda parte do mundo para demonstrações sobre suas técnicas e conceitos nas mais diversas modalidades equestres. Presença confirmada de Dale Myler (USA) o mais famoso designer de freios e bridões de todo o mundo, e Tomas Garcilazo (MEX), uma das maiores autoridades da prova do Charro Mexicano. 01 e 02 de Outubro Curso Internacional de Fotografia de Cavalos com Paula da Silva (ITA) - Desde a morfologia e preparação do cavalo até a organização de sets de fotografia e, obviamente, as técnicas e os mistérios que fazem de Paula a TOP 5 do mundo.
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E D I TO R I A L
Caro Leitor, Fazendo jus à sua fama, Monty Roberts veio ao Brasil e encantou não apenas cavalos. O público maravilhou-se com a aplicação de suas técnicas e pôde presenciar impressionantes resultados.
Tendo como base de seus trabalhos a não-violência, Monty demonstrou, através de processos relativamente simples, que é possível estabelecer uma comunicação com o cavalo de maneira harmônica, desde que o chicote seja trocado pela compreensão e paciência. Em entrevista para a Mundo Equestre, Monty expõe parte de sua trajetória e compartilha suas experiências. Simples e direto, o cavaleiro e treinador de renome internacional é uma aula de perseverança, simpatia e humildade. Ainda sobre bem-estar, a seção Especial aborda as indicações e os benefícios da Quiropraxia Equina. Prática cada vez mais popular nos países europeus e nos Estados Unidos, a Quiropraxia vem sendo utilizada com sucesso por adeptos de todo o Brasil. Na seção Raça do Mês, conheça as origens e características dos cavalos Mangalarga Marchadores. Estes animais surpreendem por sua andadura exclusiva, de tríplice apoio, e hoje constituem uma das grandes potências brasileiras no segmento. A popularidade dos Mangalarga vem crescendo em todo o mundo. Cavalos + bem-estar + entretenimento + você = Mundo Equestre. Em nome de toda a equipe, agradeço seu interesse, carinho e atenção.
Uma ótima leitura,
Paulo
Editor
Índice 12
Entrevista Monty Roberts
16
Raça do mês Mangalarga Marchador
20
Saiba mais O aprendizado
28
ESPECIAL Quiropraxia
32
Denis Gouvea Boa recepção
35
pergunta veterinária Escolha da cama
38
clínica veterinária Bambeira
12
16
20
44
24 álbum 26 pERFIL 40 notícias
expediente Impressão e acabamento
Edição
Redação
assessoria Jurídica
Afonso Westphal
Afonso Westphal / Monique Silva
Merico Advogados
Posigraf
arte e diagramação
MALA DIRETA PARA: Sociedade Hípica de Brasília Sociedade Hípica Paranaense Sociedade Hípica Catarinense Sociedade Hípica Porto Alegrense Sociedade Hípica Paulista (no clube) Sociedade Hípica de Ribeirão Preto Criadores Brasileiro de Hipismo
direção EXECUTIVA E marketing
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Fotografia
Grace Carvalho (Colaboração) Raphael Macek (Colaboração) Assistente de design
Thais Ikuta Capa
Foto: Raphael Macek Departamento comercial
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Editora BemAmostra Revisão
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Pedro Vicente Michelotto Jr. Bruna Dzyekanski
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Yuri
S orteio do m ê s
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Clube Mundo Equestre: > “Ao completar três anos de existência, a revista Mundo Equestre tem servido para que muitos cavaleiros e amazonas renovem seus conhecimentos nas entrevistas com grandes nomes do hipismo mundial. A publicação de reportagens sobre as várias raças de cavalos sempre com bela feitura, demonstra o quanto essa revista se empenha para mostrar aos seus leitores o que isso significa. Parabéns e que a Mundo Equestre tenha uma longa existência.”.
José Carlos Amaral - ex-Presidente da SHPR 1964 - 66
> “Desde que a revista foi lançada, não perco uma edição. Lendo as matérias, fico por dentro dos assuntos atuais, das entrevistas, vejo as fotos, acompanho as provas que ocorreram, vejo os resultados e aprendo, pois tem muita matéria que nos ensina a lidar e entender os cavalos. A revista é um viínculo muito bom, pois mesmo não montando mais, ainda fico por dentro das notícias do esporte que amo”.
Isabella Heusi - estudante - SC
e n tre v ista Texto: Equipe Mundo Equestre | Foto: Raphael Macek
Monty Roberts
O Encantador O cowboy americano que revolucionou o conceito da doma no mundo veio ao Brasil com a turnê Join Up. Monty Roberts é uma verdadeira lenda viva e percorre o mundo difundindo seus métodos e seu manifesto contra a violência. 12
“Retire toda a violência e você tirou 95% de todos os erros”. Desde criança lutando contra a violência aos cavalos, Monty Roberts compartilha um pouco de sua experiência e talento.
O que te incentivou a desenvolver um método
ele na natureza, assim, os sinais que ele passa são os mesmos
não violento de doma?
que ele faria para se comunicar com a mãe em um ambiente
Meu pai sempre foi um homem extremamente violento.
selvagem. Entender estes sinais é saber se comunicar com o
Devido a isso, quando eu tinha 12 anos, decidi que queria
cavalo. O primeiro sinal é a orelha de dentro da volta (o join
mata-lo. Nesta época eu tive uma professora muito especial,
up é realizado em um redondel) que trava em sua direção. Aí
e ela me disse que eu nunca iria atingir todo o meu potencial
vem o salivar e a mastigação que significa que ele está ali para
se eu o matasse. Eu seria conhecido, para sempre, como o
pastar com você e para não brigar. Depois, ele começa a se
homem que matou o pai. E, então, um dia meu pai me bateu
afastar da parede do redondel, fazer um círculo menor à sua
muito. Eu tinha 13 anos. E foi a última vez. Eu peguei um
volta e te olhar. Então ele abaixa a cabeça em direção ao solo
rifle para matá-lo. Mas eu ouvi as palavras dela sem parar na
em uma atitude de respeito. São estes os quatro sinais que ele
minha cabeça. Eu queria muito alcançar o meu potencial e
te dá antes de te seguir e completar o processo de “Join Up”.
então tirei a munição da arma. Eu ainda tenho o rifle na minha casa mas felizmente não matei meu pai. A minha professora
Antes de fazer um exercício ou trabalhar o cavalo,
me acompanha (ele retira uma foto da carteira) para todo
é sempre necessário fazer o “Join Up”(união)?
lugar onde eu vá no mundo. Eu nunca vou esquecer a irmã
Não, é necessário fazer o “Join Up” somente umas quatro
Agnes Patrícia. Ela salvou a minha vida e me permitiu atingir
vezes na vida do cavalo. Talvez até dez, mas entre quatro e
o meu potencial. Eu sofri muito com a violência de meu pai e
dez vezes, e então você deve viver nos princípios do “Join Up”
quis trabalhar de uma maneira diferente.
pelo resto da vida do cavalo. Eles sabem a linguagem, você não precisa ficar falando a mesma história toda vez.
O que os cavalos representam em sua vida? Eles foram meus salvadores, eles salvaram a minha vida.
Existe algum cavalo impossível de domar? Não existem cavalos impossíveis de domar. Normalmente,
Como é o trabalho de “Join Up”(união)?
o “Join Up” deve ser feito entre quatro a dez vezes, e a
Eu consigo trabalhar o “Join Up” com o cavalo porque
maioria dos cavalos estão prontos para o resto da vida. Se
eu uso a linguagem dele. Eu faço o cavalo entender que eu
você tiver algum problema com seu cavalo você pode repetir
não vou machucá-lo. Serei um amigo e não um inimigo.
um ou dois anos depois, ou de vez em quando.
A medida que você consegue isso, o “Join Up” se torna muito fácil porque os cavalos querem estar com você.
E quais são os problemas mais comuns que os cavalos apresentam, como não embarcar, ter
Que sinais o cavalo dá para indicar que ele está pronto para o “Join Up’’(união)? Quando você manda o cavalo se afastar e correr, você está reproduzindo uma atitude que a mãe do cavalo faz com
medo da cabeça, ou morder? O problema mais comum que notamos é não embarcar no trailer. Mas a razão mais comum para que isso aconteça é que em outras tentativas, houve violência.
13
Foto: Raphael Macek
Momento de concentração durante o Join Up. Monty Roberts durante sua apresentação na Sociedade Hípica Paulista.
Quais as qualidades necessárias para um homem
Velvet”. A história era sobre uma criança e um cavalo. A criança
começar a ouvir os cavalos?
era Liz Taylor. Depois, participei de “Stormy”, “Thunderhead”,
As qualidades são: Amar os cavalos, se importar com eles e querer aprender. Se você tiver isso, é fácil seguir em frente.
“My friend Flicka”, e tantos outros. Era um trabalho pesado, às vezes divertido, mas eu não queria fazer isso minha vida inteira. Em 1945, o que eu queria fazer era produzir cavalos campeões
Como podemos ensinar um cavalo novo a saltar
mundiais em competições. Este era o meu objetivo, então fugi
de uma maneira que ele goste, que ele queira
de Hollywood. Naquele tempo, a produção de filmes não era
saltar e se divirta saltando?
muito legal com os cavalos e eu não gostava de fazer o que
Na verdade, temos que descobrir o que o cavalo quer
eu precisava fazer. Por exemplo, derrubá-los era horrível. Eu
fazer, qual modalidade é ideal para ele: Salto, Adestramento,
trabalhei muito até 1955 para que não fizessem mais aquelas
Rédeas, Corrida. E o cavalo, se ele quer fazer, vai fazer
abordagens nos filmes e eu consegui muitas coisas. Mas, então,
melhor. Se você se perguntar: será que eu faço meu trabalho
eles começaram a filmar no México, em Indiana, em Spring
melhor quando eu quero fazer ou faço melhor se tiver
onde podiam fazer as mesmas coisas. Os sets de filmagens,
alguém lá, com um chicote, me dizendo que eu tenho que
muitas vezes, não são bons lugares para os cavalos.
fazer? É claro que eu faço melhor quando eu quero fazer.
Durante sua turnê pelo Brasil, você trabalhou com Você pode nos contar como foi o seu trabalho
um cavalo que tinha medo da cabeça (Head-shy) e
como dublê de cinema?
você conseguiu que ele superasse isso em poucos
Bom, meu trabalho começou em 1939 como garoto-dublê.
14
minutos. Como você desenvolveu este método?
Eu participava de filmes baratos, filmes de cowboys, de tiroteio,
Fico muito feliz com a escolha desta pergunta. Fico contente
correndo, caindo, todo o tipo de coisa. Em 1940, participei como
porque, primeiramente, eu sou a única pessoa na face da terra
dublê de um dos principais filmes de Hollywood, o “National
que já domou um head-shy desta maneira. Eu desenvolvi a
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Monty Roberts em ação.
técnica há dois meses e pratiquei apenas com cinco cavalos. Então, eu não fiz o bastante para dizer que vai ser perfeito, mas todos os cinco foram sensacionais. Trabalhar um cavalo com “head-shy“ é uma tarefa delicada, porque uma vez que você força um cavalo com medo a tentar se defender, você se coloca em uma situação perigosa, ele pode, por exemplo, te atingir com as patas ou te morder. Mas quando você está em cima de outro cavalo é mais seguro. Eu penso que o fato dos cavalos ficarem mais baixos que você montado ajuda a fazê-lo entender, porque aparentemente você parece um animal diferente daquele que o machuca do chão. Portanto, fico feliz que vocês conheceram esta demonstração, pois acho que esta é uma das melhores descobertas que eu já fiz.
O que os cavalos mais gostam de fazer e o que eles menos gostam? A coisa que eles mais gostam de fazer é estar em um lugar onde podem
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ver mais de uma milha de distância em todas as direções, pastar e fazer parte de um grupo de cavalos. O que eles menos gostam é a violência.
Se um cavalo tem medo de saltar, existe algum modo de fazêlos superar este medo? Qual é a técnica ? Sim, tem um modo de fazê-los saltar. Mas eu não quero obrigar o cavalo, eu quero que ele queira saltar. Então você tem que trabalhar e, se ele realmente não é feliz saltando, talvez ele queira fazer outra coisa. Se ele não vai ser um saltador competitivo, tentar fazê-lo ser não é uma boa solução.
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ra ç a do m ê s Texto: Equipe Mundo Equestre | Foto: Roberto Pinheiro- fotosroberto1@hotmail.com
Mangalarga
Marchador De Portugal ao Brasil, sem perder a majestade.
16 16
17
De origem nobre, a história do Mangalarga começou em Portugal há mais de duzentos anos.
S
eus antepassados, deno-
fazenda Mangalarga”. Com o tempo, muitos no-
minados Alter do Chão
bres passaram a procurar a fazenda do barão em
ou Alter-real, eram cava-
busca de exemplares “Mangalargas”. Devido a
los ligados à família real
grande demanda, o barão de Alfenas intensificou
portuguesa e criados na Coudelaria de Alter,
sua criação primando pela estética, docilidade e
no Alentejo. Fundada em 1748, no reinado de
resistência dos animais nesta modalidade.
D. João V, a Coudelaria pertencia aos nobres e mais tarde ao Estado, que se encarregou da
Marchador e Paulista
criação. O cavalo Alter do Chão tem origem no
Não demorou para a fama dos animais da fa-
Andaluz, que por sua vez provém de cavalos ibé-
mília Junqueira se espalhar além das Gerais e da
ricos e berberes. Perfeitos para o Adestramento
Corte. Francisco Antonio, sobrinho do barão de
de Alta Escola, os cavalos Alter eram considera-
Alfenas, mudou-se para São Paulo e levou alguns
dos animais nobres e selecionados especifica-
animais para trabalhar em sua nova fazenda.
mente para espetáculos.
Novo ambiente, novo clima e nova topogra-
Quando Napoleão invadiu Portugal e D.
fia, o Mangalarga teve que se adaptar aos cam-
João VI se pôs em fuga para o Brasil, trouxe
pos cerrados, caçadas em campo aberto, não
consigo alguns garanhões da Coudelaria de
mais em terreno acidentado, e lida com gado
Alter. A História do Mangalarga parte deste
de corte que exigia maior rapidez, altura e ex-
período. Amigo da família real, Gabriel Fran-
plosão. Os mangalargas mineiros eram selecio-
cisco Junqueira, o Barão de Alfenas, ganhou
nados pela marcha de tríplice apoio e possuíam
um garanhão Alter e o levou para sua fazenda
um galope desequilibrado, o que não servia aos
em Campo Alegre, sul de Minas Gerais. Nas
propósitos paulistas. Da seleção para o trote, ou
terras mineiras, cruzamentos com éguas sele-
marcha trotada, surge o Mangalarga Paulista.
cionadas daquela região, na maioria da raça Crioulo, deram origem ao Mangalarga.
A Marcha Característica que dá nome à raça, a mar-
A Origem do Nome
18
cha do Mangalarga Marchador é única e con-
Embora não haja uma versão oficial sobre a
siste em um passo acelerado, por isso, não
origem do nome Mangalarga, a mais aceita re-
há suspensão. Bastante confortável, o animal
mete à fazenda Mangalarga, situada próxima à
transmite pouco impacto ao cavaleiro, diferen-
Corte, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. A fazen-
temente dos cavalos de trote.
da tinha alguns exemplares dos cavalos mineiros,
Ao marchar, o Mangalarga Marchador
presentes do Barão de Alfenas. Os produtos da
traceja no ar um semicírculo com os membros
fazenda Campo Alegre ficaram famosos na Cor-
anteriores e usa os posteriores como uma ala-
te. Confortáveis e resistentes a longas jornadas,
vanca para se impulsionar. Ele alterna diagonal
tornaram-se conhecidos como “os cavalos da
e lateralmente os apoios, e entre eles acontece
o tríplice apoio, momento em que três patas to-
de Três e Cinco Tambores, na Baliza, no Team Pen-
cam o solo ao mesmo tempo.
ning, nas cavalgadas e nas provas funcionais (competições que simulam atividades diárias do campo,
Características
como a abertura de porteira, o recuo, o salto, etc.).
De temperamento dócil, enérgico e vivo, o
O Mangalarga Marchador é um dos cavalos
Mangalarga Marchador é forte e musculoso,
mais difundidos no Brasil. Desde 1950, quando a
mas demonstra leveza em seus movimentos. A
ABCCMM começou o registro dos animais, já foram
cabeça deve ser triangular e o pescoço pirami-
cadastrados mais de 390 mil animais. Os Estados que
dal. O tronco é forte, com costelas bem arquea-
mais concentram exemplares da raça são Minas Ge-
das. Sua altura mínima é de 1,47m e máxima de
rais, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Espírito Santo.
1,57m, sendo 1,52m considerado a altura ideal. O stud book da raça permite todas as cores, com exceção da albina.
O Mangalarga Marchador na Equitana 2011 Com o objetivo de expandir o Mangalarga Mar-
Curiosidades
chador no mercado europeu, a ABCCMM, parceiros
O Mangalarga Marchador entrou para o Gui-
e criadores brasileiros levaram cinco animais para a
ness Book, o livro dos recordes, depois que, em
Equitana 2011, a maior feira equestre do mundo,
maio de 1991, três cavaleiros e seis animais da
realizada em Essen, na Alemanha.
raça fizeram uma cavalgada do Oiapoque, no
A Equitana foi o primeiro grande evento do Pro-
Amapá, ao Chuí, no Rio Grande do Sul, com re-
jeto Vitrine do Mangalarga Marchador. O projeto,
torno a São Paulo, em julho de 1993. Foram dois
organizado pela ABCCMM visa divulgar a raça nos
anos e mais de 19 mil quilômetros percorridos.
grandes eventos equestres do mundo. É uma apos-
Uma demonstração da incrível resistência destes
ta no mercado europeu.
animais e uma ótima estratégia de marketing para a raça.
Segundo a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), a raça vem se destacando nas cavalgadas e passeios ecológicos, sendo muito
Foto: Raphael Macek
Atualmente
empregada no turismo rural. Pela sua docilidade, pode ser montada por crianças e amadores de todas as idades. Outro ponto de destaque é a boa performance da raça na lida com o gado ao ponto da associação investir em exposições em conjunto com os criadores da raça Nelore. Já no campo esportivo, o Mangalarga Marchador se sobressai nas provas
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sai b a m ais Texto: Manuela Merico / Fonte: Livro “La verdade sobre los caballos“ e estudos complementares.
O Aprendizado Desde o seu nascimento, o cavalo se desenvolve e aprende seguindo seus instintos. Na natureza, o instinto é a sobrevivência.
Ao nascer, em poucas horas, o cavalo já se encontra de pé e, por instinto, procura alimento, aprendendo rapidamente a sugar o leite materno. Quando falamos em aprender algo, significa adquirir uma nova conduta ou modificar uma já existente. Para os animais, aprender algo novo implica em dar uma nova resposta a estímulos que antes provocavam uma reação diferente. Conhecer o comportamento natural do cavalo torna o ensino bem mais eficaz.
Treinamento gradativo O medo de saltar o rio em competições de Salto é frequente. O bom treinador irá ensinar o cavalo, sem o uso da violência e com paciência, que uma lona azul é segura e não há necessidade que ele reaja como se ela fosse o rio Amazonas. Lentamente, o treinador “desmontado” faz com que o cavalo experimente pisar nos cantos do “rio” (lona azul) e, aos poucos, o cavalo irá perceber que a lona não oferece nenhum perigo real. Logo, sua antiga reação não é mais necessária. O cavalo tem uma excelente memória, e reações negativas a situações ou objetos (ex: medo do rio, de lixeiras, etc) podem acompanhá-lo por toda a vida, contudo, também podem ser superadas. Fazer com que o animal experimente o objeto de medo, familiarizando-o com a situação gradativamente é a melhor forma de fazê-lo aprender. Reforçar negativa ou positivamente a sua conduta não irá fazê-lo ultrapassar seus medos e desconfianças.
20
Há anos o homem seleciona cavalos quanto às
mal. Sempre gradativamente, o treinador pode au-
suas aptidões e os focos de medo não são os mesmos
mentar a intensidade da exposição do cavalo ao seu
em todas as modalidades. Os cavalos de Concurso
medo até que sua reação mude e o animal consiga re-
Completo de Equitação, em sua maioria, são corajo-
alizar novas associações às situações que antes temia.
sos e não têm medo dos diferentes obstáculos e da agitação das bandeiras. Já os cavalos de Salto tendem
Bom saber
a ser medrosos. Quanto mais desconfiado, mais sen-
Uma dica é utilizar o grande apetite do cavalo a
sível aos estímulos e mais cauteloso é o cavalo. Esta
favor do treinamento. Esta técnica é usada não so-
sensibilidade e atenção apuradas o faz não querer to-
mente para ensinar novas condutas, mas também
car nos obstáculos e, consequentemente, destacar-se
para fortalecer as respostas positivas que o animal
na modalidade.
fornece. Oferecer um doce ou mesmo acariciar seu chanfro encoraja o cavalo a repetir a ação positiva e o
Peculiaridades Os cavalos atletas estão acostumados ao cavaleiro,
ajuda a compreender melhor a situação em que está submetido.
às selas, cabeçadas, embocaduras, capas, mas qualquer outra coisa que se aproxime dele pela primeira vez o fará sentir medo e reagir, muitas vezes, negativamente. Na natureza, o cavalo é uma presa e seu instinto de sobrevivência o torna desconfiado. Deste modo, a chave da aprendizagem é acostumar o animal a diferente situações de maneira gradativa, fazendo com que ele perceba que pode mudar sua reação frente a antigas situações. Métodos para adequação e domesticação do cavalo são usados, muitas vezes, sem que o adestrador tenha o devido conhecimento, e podem resultar em danos psicológicos ao animal. Existem técnicas que expõem o equino a uma forte e enfática confrontação com o seu medo de uma só vez. Estes meios não prevêem o stress ao qual o cavalo é exposto e colocam o treinador em uma situação perigosa: ele pode ser atingido por uma reação violenta do ani-
21 21
I N f or m e
O valor do atleta amador Em meio a atletas de ponta e jovens iniciantes, os amadores compreendem uma importante e expressiva parcela, às vezes pouco lembrada, do universo equestre.
Essenciais para a estabilidade financeira do esporte hípico, estes cavaleiros e amazonas, em sua maioria empresários e profissionais liberais, possuem gostos e critérios que elevam o nível do esporte equestre em muitos aspectos, adicionando elegância, vanguarda e estilo à rotina dos cavalos. Às vezes esquecidos, cavaleiros e amazonas amadores são os que mais investem no esporte. Primam pelos mínimos detalhes, querem sempre os melhores equipamentos e fortalecem o mercado de cavalos.
Cavalo e cavaleiro Sentimento incondicional, vínculo emocional com alguém capaz de receber e devolver este mesmo sentimento e, deste modo, construir uma relação. O amor aos cavalos é assim, como todo amor, sem explicação racional ou causal. As pessoas se apaixonam pelo cavalo e seu ambiente, fazem dele seu hobby, seu esporte, sua distração, sua fuga daquele mundo por trás das cercas e muros de um centro hípico. As pessoas fazem do cavalo a sua vida. Dedicam um enorme tempo, que muitas vezes não tem, a estes seres nobres tão dignos de nosso respeito e admiração. Muitos fazem do cavalo a sua fonte de renda, o seu negócio, mas a maioria não. A maior parte dos cavaleiros e amazonas são amadores, pessoas que não nutrem nenhum interesse monetário com o mundo dos cavalos. Estão ali pelo animal, apaixonadas pelo mundo equestre. Paulo Monteiro e Carthagena VDL. 22
Nova seção A fim de marcar a importância que estas pessoas exercem no cenário hípico, a Cavalleria Toscana irá proporcionar aos leitores a seção entitulada “Únicos”. Nesta seção, os atletas amadores serão evidenciados, compartilhando assim parte de sua rotina, seus ideais e sua paixão pelo cavalo. Neste mês, destaque para o empresário, cavaleiro e sócio da Cavalleria Toscana, Paulo Monteiro, que entre os trabalhos, prazos e eventos sociais, não abre mão de sua visita diária à Sociedade Hípica Paulista.
Únicos: Paulo Monteiro Há dois anos sócio da grife italiana, o empresário se enquadra no perfil de amador amante do esporte. Consultor financeiro de grandes empresas, Paulo organiza sua agenda tendo como prioridade o encontro com seus cavalos. “O hipismo é minha grande paixão, é onde encontro inspiração para a vida. Ir à Hípica e montar meus cavalos é com certeza a melhor parte do meu dia”, revela Paulo com satisfação. Segundo Monteiro, a Cavalleria Toscana zela pela elegância e reflete em seus produtos a beleza e o requinte do esporte. Identificando-se com o propósito da marca, quando perguntado sobre os aspectos que aprecia no esporte, Paulo ressalta o glamour presente no dia a dia e nas competições hípicas. Em sua opinião, cavaleiros e amazonas devem zelar pela beleza da equitação valorizando sua estética aristocrata tanto no seu comportamento, como no cuidado com os equipamentos, vestuário e com o animal. Para Paulo, o tempo em que passa na Sociedade Hípica Paulista é o seu momento de criatividade, de alegria. Admirar os cavalos, conversar com amigos, tomar um café, fazem parte de um prazeiroso ritual que o auxilia a seguir em frente com os afazeres diários. De acordo com “Tranks“ apelido pelo qual Paulo é conhecido no meio hípico, mesmo quando não está na Hípica, os cavalos não saem de sua cabeça. “Seja na academia, no trabalho ou com os amigos, o tema principal de minhas conversas são sempre os cavalos. Eles são fascinantes e fazem parte integral da minha vida”, finaliza o cavaleiro.
“Mais que um esporte, para mim, o hipismo é fundamentalmente um estilo de vida”. Paulo Monteiro, empresário e cavaleiro Amador e seu cavalo Coco Loko Z.
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Álb u m
Alcides Cavaleiros Jimenez, e amazonas Pedro Leon no Haras e Guilherme MD, em Passo Alonso Fundo
Bruna NinfaVicense, Cafarena, Marina Fabrizio, Bongiorno Tiago Claro e Carla e Fernando Batista Costa
Ricardo Calixto, Arnaldo Viana e Otaviano Premiação de Isabelle Sebben Angelo
Mario Morgenstern, Erleno Schenkel e Cristian William Pacheco e Henrique Zanella Schenkel
Gabriele Berger
Alberi, Clarisse Ramos e Leandro Isabela e Shirley Heusi Cardoso
Weldon EduardoNogueira Arruda eeClarissa RebecaRechden Carvalho
Carlos Júlia Böhs Gamarra e AnaePaula Dyego Noronha Neves
Daniela Salim, Joaquim Borges Neto e Gabriela Pruner, Germano e Bruno Alessandra Ventura
Equipe Momento Equestre José Sanches, Camila Galindo, Adelia- Guerra e Juliana Galindo Samys Montanaro, André Calió e Silvia Milani
Anna LuizDora FelipeFischer Azevedo Boos
Carlos Seixas e Fernanda Ciro Abel Ceconello
24
Larissa e Marlene Quevedo Vailton Jaci Cordeiro com Neide esposa - PR
Promoters do CSI0 Mercosul da Juventude: Cristiano Quadros e Antonio Pinent Tigre Bruna, Talita, Carine e Paula
Carolina Diaz Rodrigo Sant’ana
Paulo Noronha, Cristiano Quadros, André O casal Christina e Lucas Brambilla Furlano e Patrícia Campello
Cristovão Sérgio Stock, Delagerise Iris eeWalter Coronel Conde Dangui
Luiz Sofia Alberto, Truppel Gabriel Alexandre e Antonio e Manuela Camargo Merico
Ana Carolina Paula Sperinde, Casteli,César Natalia Sperinde Formigueli, e Karina Lisiane ePacheco Marina Vargas
Kátia, Luiz Cassettari e Bel Scheer Mariana, Franciele, Graziana e Bruna
Verônica Dias e Christina Ney Junior e Josiany Paz Brambilla
Djuyara, Julia, Leandro Luana Todte Marcelle
Pedro, Sofia Scheer Rodrigo, e Pauline Jenifer Hansen e Pablo
Cel. Luiz Freddy Rodrigues Aguirre Ana Bruna Cabral e Anoel Portella 25
p er f il
Paixão que
vem de berço Promessa do esporte, Rodrigo Marchezzi herdou de sua família o amor e o talento com os cavalos. Nascido em meio a criadores e es-
rão Preto no ano passado e o primeiro
portistas, o jovem cavaleiro Rodrigo Jun-
lugar por equipes no Campeonato Brasi-
queira Reis Marchezzi, de 12 anos, tem o
leiro de pré-mirim de 2010, em Curitiba.
gosto pelos cavalos no sangue. Começou
No mês passado, Rodrigo conquistou o
a montar logo aos 7 anos e aos 9 já tinha
título de campeão paulista de hipismo,
sua própria égua, nomeada Granfina em
na categoria Pré-Mirim. Montando Kiss,
homenagem a égua que seu pai, Marce-
o jovem ginete garantiu a vaga no Cam-
lo, saltava. Seu tio Rivaldo é jogador de
peonato Brasileiro que acontece em ju-
Pólo e veterinário de equinos, seu avô foi
lho, em Santa Catarina.
o fundador da hípica de Riberão Preto,
Fã de Guega, de Francisco Musa, de
seu tio Eduardo Marchezzi é instrutor de
Marcos Ehning e do seu xará Rodrigo
hipismo em Curitiba e sua prima Renata
Pessoa, o hipismo já é considerado a vida
é casada com seu instrutor: o cavaleiro
deste ribeirão-pretano que almeja termi-
Olímpico de CCE Guega Fofanoff.
nar os estudos e seguir como cavaleiro
Praticante há 5 anos, Rodrigo com-
profissional. Marchezzi treina de terça
pete na categoria Pré-Mirim e coleciona
a sábado e reserva dois dias aos saltos.
títulos importantes, entre eles, o terceiro
Seus resultados mostram que o cavaleiro
lugar no Campeonato Paulista em Ribei-
está na trilha certa.
Na prática O jovem atleta Rodrigo e seu instrutor, o cavaleiro Guega Fofanoff
• Nome: Rodrigo Junqueira Reis Marchezzi • Idade: 12 anos • Onde monta: Centro Hípico Guega • Categoria: Pré Mirim - 1,10m
es sai ac ial ais s ap bei b am m ais Texto: Monique Silva | Foto: Arquivo
Quiropraxia Em termos simplistas, a Quiropraxia é uma prática que restaura a função da coluna vertebral, auxiliando no bom fluxo dos impulsos nervosos.
Definida como uma terapia manual holística, ou seja, que analisa o problema como um todo e não apenas através de uma visão especializada e pontual, a Quiropraxia trata o animal como um sistema, onde cada elemento se conecta e se combina para formar um conjunto. De origem grega, o termo “quiropraxia” significa “praticar com as mãos”(quiro= mãos e práxis= prática). A descoberta da terapia foi atribuída ao médico D.D. Palmer em 1895. Desenvolvida como um método de tratamento para disfunções neurológicas e músculo–esqueléticas, bem como para tratar seus efeitos no organismo, a técnica vem sendo cada vez mais utilizada na Medicina Veterinária. A coluna vertebral de um cavalo possui cerca de 54 vertébras (o número varia em algumas raças, como o Árabe). Dentro dela, passa a medula espinhal que, por sua vez, é formada por tecido nervoso. Os neurônios são responsáveis por transmitir e receber informações (impulsos nervosos) do cérebro para as várias partes do corpo e vice-versa. Quando há qualquer desvio na coluna vertebral, este fluxo de informações é interrompido ou prejudicado. A Quiropraxia age diretamente na vértebra através de “apalpações dinâmicas”, um processo manual que utiliza pressões rápidas que vibram a vértebra e a recolocam no lugar. O mau alinhamento vertebral provoca um pinçamento nervoso, que muda toda a biomecânica e prejudica, além da saúde, o desempenho atlético do cavalo.
28
Na prática A Médica Veterinária e doutora em Quiropraxia, Camila Morandini, revela que um cavalo que tem a coluna afetada pode demorar de 4 a 6 meses para demonstrar dor. Com o fluxo nervoso comprometido, os nervos começam a mandar a mensagem errada mas, antes de manifestar dor, o cavalo tenta compensar (muda sua postura a fim de poupar a parte afetada) e somente quando não consegue mais contornar o problema é que a dor se manifesta. Contudo, Camila diz que a dor é boa, é a proteção do animal. Com o cavalo ao passo ou parado, o quiroprata é capaz de tirar várias conclusões da análise da musculatura e ossos. Normalmente, o profissional pede para ver o cavalo ao passo, em um trote montado e em um galope curto. Se o animal for bem trabalhado, com a musculatura desenvolvida e simétrica, o diagnóstico através somente da visão pode ser impreciso, por isso a necessidade da apalpação. O tratamento varia de duas a seis sessões e, segundo Dra Morandini, muitos proprietários gostam tanto dos resultados apresentados que acabam contratando para seus animais um acompanhamento preventivo mensal. Esta preocupação preventiva com a saúde do animal – já comum na Europa e nos Estados Unidos - é um comportamento novo no Brasil e sentido também em outros campos da Veterinária. Mais conhecida como uma terapia de tratamento, a maioria das pessoas recorre à Quiropraxia quando o médico veterinário não encontra o problema, seja em uma claudicação crônica, dores na coluna, ou quando notam uma assimetria na musculatura. Porém, este ponto de vista começa a mudar: “No Brasil, estou conseguindo que a Quiropraxia seja preventiva”, revela Morandini.
Sintomas Diminuição do desempenho, postura anormal, desconforto ao colocar a sela, insubordinação à monta, movimentos bruscos de cabeça atirando-se para trás ou para os lados, mudanças no comportamento, desobediência ao saltar, entre outros sintomas podem ser provocados por um desalinhamento funcional de uma vértebra ou limitação da mobilidade de sua articulação. Quando isto ocorre, o cavalo pode apresentar uma rigidez, tensão ou dor e, consequentemente, uma queda no desempenho. A cada movimento, o cavalo utiliza muitos músculos sincronizados. Se houver alterações negativas no nervo esta coordenação e sincronia é afetada, causando dor. Para compensar, o animal muda sua postura a fim de restringir os movimentos da vértebra comprometida. Esta
29
compensação leva a problemas secundários, tais como desenvolvimento desigual da musculatura (atrofia ou hipertrofia), lesões nas articulações, tendões ou nos ligamentos dos membros. As causas para os desvios na coluna vertebral são diversas. Desde um trauma causado por uma queda, tropeços ou acidentes, até transportes de longa duração, problemas no parto, no ferrageamento, problemas com a postura do cavaleiro ou falta de espaço que impossibilita o cavalo correr, dar coices e rolar livremente. Selas que não se ajustam adequadamente às costas dos cavalos são as causas mais frequentes de problemas na coluna vertebral. Vale ressaltar que cada modalidade esportiva força o cavalo de uma maneira e o afeta. Cavalos de Salto normalmente apresentam problemas nos posteriores e nas espáduas. As alterações encontradas nos cavalos de Adestramento, por sua vez, são frequentes nos posteriores e na nuca. Já os cavalos de tambor forçam mais o pescoço e posteriores e os de corridas concentram-se nos membros, tanto posteriores quanto anteriores.
No Brasil Em nosso país, a Quiropraxia é uma especialização exclusiva de médicos veterinários e é aplicada como complemento à medicina convencional. O número de quiropratas veterinários ainda é pouco expressivo, mas já há cursos de formação e alguns profissionais que atuam no país especializaram-se no exterior.
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de n is g o u v ea
Boa recepção Estou tendo dificuldades de conduzir meu cavalo após os saltos. O que devo fazer para melhorar? É comum ver que os cavaleiros e amazonas se preocupam
do; se ele está encostado nas suas mãos. Esta é a sua chance
bastante em abordar corretamente o obstáculo, porém, ne-
de corrigir qualquer problema. Você não deve esperar para
gligenciam o trabalho de recepção (Aterrisagem do cavalo).
realizar estas correções no meio do percurso.
Geralmente, logo após o contato do cavalo com o solo, o que
Utilize os treinos e o aquecimento das competições para
acontece é um surto repentino de virar o animal para algum
disciplinar e verificar como o seu cavalo está atendendo às
lado, em uma tentativa de direcionar o cavalo para o salto
suas solicitações. Para manter a fluência e a impulsão ao
seguinte.
longo do percurso, tente corrigir possíveis erros logo nos pri-
Você deve ter em mente que muita coisa pode dar er-
meiros lances (galopes) após o salto.
rado se o trabalho terminar quando o cavalo ultrapasssa o obstáculo. Devemos lembrar que os percursos são uma sequência de saltos, por isso, cada vez que ultrapassamos um obstáculo já temos que nos concentrar no próximo. Procure disciplinar seu cavalo a continuar andando para
Sobre o Autor
a frente após cada salto. A menos que haja a necessidade de
Cavaleiro e instrutor há 15 anos,
uma mudança de direção imediata, continue galopando em
Denis Gouvea representou o Brasil no
linha reta após o salto. A cada lance, após a recepção, pro-
Rolex Finals 2007, em Las Vegas.
cure se concentrar em seu cavalo: verifique se o ritmo está muito rápido ou muito lento; se você tem controle adequa-
p er g u n ta v eteri n á ria
Escolha
da cama Pergunta feita por: DiÓgenes rodrigues
Qual o melhor material para compor a “cama“ de meu cavalo, serragem ou cepilho? A cama do cavalo deve ser confeccio-
Porém, em determinadas regiões, a ser-
nada com material absorvente, o qual é
ragem tem maior dificuldade de forneci-
colocado sobre o piso para dar conforto
mento o que pode encarecer o produto.
ao animal. Com isso, quando falamos em
Contudo, o importante na hora de es-
escolher um material para esta cama, o
colher o material ideal é avaliar todas as
que se deve levar em consideração são
condições, as quais dependem muito da
tópicos como o conforto e a segurança
região, principalmente no fornecimento e
do animal; a limpeza, conservação e repo-
preço do material. Porém, de nada adian-
sição do material; e ainda o custo e a dis-
ta obter um ótimo produto se as devidas
ponibilidade de fornecedores na região.
condições de higiene não forem propor-
A serragem e o cepilho são materiais
cionadas. Vale ressaltar que o acompa-
muito semelhantes, ambos extraídos a
nhamento do médico veterinário é sem-
partir da madeira, o primeiro é o resíduo
pre indispensável, até mesmo na hora de
da madeira serrada e o segundo é a so-
fazer a cama para o animal.
bra da madeira, em forma de tiras, com menos de 1mm de espessura. Os dois produtos são muito utilizados na composição de camas para os cavalos, pois são de fácil manutenção e absorvem bem a urina, evitando que a cama fique úmida e ocasione o amolecimento dos cascos ou ainda o apodrecimento da ranilha. Estes produtos permitem também o nivelamento do piso, em caso de cocheiras com piso desnivelado, evitando aprumos viciosos. O cepilho pode causar inflamação pul-
Sobre a Veterinária
monar, pois acumula poeira. Este apresen-
A Dra. Bruna Dzyekanski é graduada
ta maior nível de disperdício, por possuir
pela PUCPR e cursa mestrado em
partículas maiores que as da serragem.
Ciência Animal.
V E T E R INÁ R I O S
Cl í n i c a v eteri n á ria
Bambeira Pedro Vicente Michelotto Júnior, Médico Veterinário, MSc, Dr.Professor do Curso de Medicina Veterinária e do Mestrado em Ciência Animal da PUCPR Inicialmente, bambeira é uma palavra que assusta pro-
terando o comportamento (sua maneira habitual de agir)
prietários e criadores, e por muito tempo também assustou
e o estado mental (sua maneira de percepção e interação
os médicos veterinários. O termo bambeira é utilizado, de
com o meio que o cerca) do cavalo. Assim, este animal de-
uma forma geral, para cavalos que apresentam problemas
verá ser isolado enquanto é avaliado e tratado para evitar
de coordenação. A incapacidade em coordenar os movimen-
o comprometimento dos demais animais da propriedade.
tos pretendidos está relacionada a algum comprometimento
Cavalos das raças Puro Sangue Inglês e Quarto de
do sistema nervoso. O medo das bambeiras vem do desafio
Milha, especialmente entre 1 e 5 anos de idade, tam-
que o diagnóstico para as afecções neurológicas representou
bém podem manifestar falta de coordenação em mem-
por muito tempo. Obviamente que alterações neurológicas
bros posteriores devido a alguma alteração ocorrida na
sempre serão indesejáveis, e uma vez que há uma suspeita,
coluna cervical durante o desenvolvimento do seu es-
ela deverá ser abordada de forma precoce e minuciosa, para
queleto. A coluna cervical pinçará a medula cervical ou
um diagnóstico rápido e o mais preciso possível. De qualquer
a comprimirá, causando a manifestação nos membros
forma, muitas das situações antes temidas hoje são diagnos-
pélvicos. Este é um quadro que pode ser diagnostica-
ticadas com métodos disponíveis, e algumas encaradas de
do pela radiografia digital e que melhora a condição
forma positiva e com bom prognóstico.
diagnóstica se empregado um contraste radiográfico. O
O maior risco dos quadros neurológicos é a questão infectocontagiosa, que normalmente envolve o cérebro al-
38
quadro clínico destes cavalos pode se manter estável, mas o tratamento é difícil.
Contudo, estes quadros clínicos mencionados até aqui não são os mais frequentes nos cavalos atletas. A afecção neurológica mais prevalente nos cavalos de esporte, por vários anos e segue atualmente, é a mieloencefalite protozoária equina (MEP). Esta doença é causada por um protozoário chamado Sarcocystis neurona, que faz uma fase do seu desenvolvimento em pássaros silvestres, a carcaça destes é ingerida por gambás e o protozoário finaliza seu ciclo neste animal. O gambá elimina o Sarcocystis pelas fezes, contaminando pastagens e depósitos de ração, e o cavalo se infecta pela ingestão destes alimentos. A doença ocorre quando o protozoário atravessa a barreira entre o sangue e o sistema nervoso (barreira hematoencefálica), afetando a medula e alguns pares de nervos cranianos. A medula sendo afetada haverá falta de coordenação dos movimentos em membros pélvicos e atrofia muscular na anca, ou generalizada. Uma característica deste quadro é que estes sinais acontecem de forma assimétrica, isto é, os sinais são mais evidentes em um dos lados do que do outro. Também pode haver comprometimento de pares de nervos cranianos, especialmente os responsáveis pela sensibilidade da cara, pela musculatura mastigatória (músculo masseter pode estar atrofiado) e pelo movimento das cartilagens da laringe.
N O T ÍC I A S Fonte: FPH - Carola May | Foto: Raphael Macek
CSN
Ribeirão Preto Válido como seletiva para o Mundial de Cavalos Novos, o evento reuniu parte dos melhores cavaleiros do país que foram atrás da classificação e dos mais de 100 mil reais em prêmios.
O grande campeão Edison Coutinho
O Concurso Nacional de Saltos (CSN) de Ribeirão Preto foi
Design à segunda pista limpa, em 51s46. O cavaleiro da casa
realizado entre os dias 20 e 24 de abril, na Sociedade Hípica de
Nelton Marcon com Caroline JMen chegou a assumir a liderança
Ribeirão Preto, no interior paulista.
parcial com um respeitável duplo zero, mas fechou a prova em
Sempre competitivo, José Roberto Reynoso Fernandez Filho
terceiro lugar, no tempo de 54s74.
garantiu dobradinha na principal prova do CSN, com obstáculos
MINI GP - Em clima de festa, a grande atração do CSN de Ri-
a 1,40m. O percurso ficou por conta do armador Carlos Alberto
beirão Preto foi o mini-GP do sábado, 23. Com participação das
Raposo Lopes. Foram 13 conjuntos habilitados ao desempate.
maiores feras do hipismo, 64 conjuntos largaram na 1ª passagem,
Zé Roberto venceu com Rouche JMen Sanol Dog Protécnica e
a 1,30m. Destes, 16 garantiram um emocionante desempate.
garantiu o 2º posto com Cartujano JMen Sanol Dog Protécnica,
Com muita festa da torcida, o mini GP chegou ao final con-
sem faltas, em 32s28 e 32s87 respectivamente. Em 3º lugar,
sagrando Sérgio Marins que montou Gin Fix Cepel em um per-
aparece Renato Martinez de Barros com Fort Neuville de Joter
curso sem faltas no tempo de 32s.
que zerou a prova em 33s90.
Já a 2ª colocação coube a outra fera do hipismo nacional,
GRANDE PRêMIO - Edison Coutinho montando Laeken JMen
o mineiro radicado em São Paulo José Francisco de Mesquita
foi o campeão do Grande Prêmio a 1,40m. O mineiro não come-
Musa, o Musa, que apresentou Quality Z em uma pista limpa no
teu nenhuma falta nos dois percursos e marcou o ótimo tempo
tempo de 33s98. Lourenço Vieira da Silva, campeão do ranking
de 48s73. Ao todo 43 conjuntos participaram do GP e destes,
paulista e vice-campeão do ranking brasileiro senior 2011, levou
11 passaram para a segunda volta. O segundo lugar ficou com
o ainda jovem Singular Darwin Climber, de 6 anos, ao 3º posto,
Bartolomeu Bueno de Miranda Neto que levou GK Romy Voltaire
sem faltas, em 34s45.
www.fph.com.br
Fonte: FPH
Campeonato Paulista Evento concentrou a elite do Hipismo paulista com disputas emocionantes e acirradas. Entre os dias 14 a 17 de abril, as dependências no Clube
do e em processo de adaptação, com 2,23 pontos perdidos (pp).
Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, foram palco do Campe-
Em segundo lugar, Carolina Simões brilhou em pista com a égua
onato Paulista 2011. Realizado em novo formato, que reuniu
QH Mega Mamute Ratina VJ Hipos, com 7,30pp. A medalha de
jovens, masters e profissionais, o concurso contou com nada
bronze foi para Fernando de Assis Costa, com WHF Vallantino,
menos que 8 categorias e suas subdivisões.
conjunto que totalizou 8 pontos.
Fernando de Assis Costa, o Bigorna, venceu o Sênior Top
A disputa dos juniores (1,40m) começou para valer a partir
Paulista 2011. Com obstáculos a 1,50, Bigorna e WHF Ahorn
da 2ª passada (dia 15) já que, na primeira volta, todos os nove
levaram o campeonato com apenas dois pontos perdidos. César
conjuntos empataram com 20 pontos na primeira posição devi-
Almeida e Kauana Laskara Joter garantiram a vice liderança se-
do a decisão conjunta de cometer um erro de percurso.
guidos por Rowin Gustav Von Reininghaus e Ytaipu Do Gerezin.
Recém radicado em São Paulo, o cinco vezes campeão pa-
Na categoria Sênior (1,40) sagrou-se campeão geral o cava-
raibano, Vitor Dantas Medeiros, conquistou seu primeiro título
leiro Mario Appel com Cote D’Or, cavalo recentemente adquiri-
paulista com 29 pontos perdidos. www.fph.com.br
40
Oi
Copa Gerdau
Serra e Mar
> A primeira etapa da Copa Gerdau de Hipismo, nos dias 1 e 2 de abril, contou com 81 conjuntos. As provas ocorreram nas depen-
Francisco Musa sagra-se campeão da primeira etapa do concurso que movimentou a Hípica Brasileira A sétima temporada do Oi Serra & Mar teve início no dia 8 de abril, na Sociedade Hípica Brasileira, no Rio de Janeiro. Este ano, a abertura do evento distribuiu 150 mil reais em prêmios. Além de classificatório para o Oi Athina Onassis Horse Show, o evento foi um observatório para a formação da equipe brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro, no México. O cavaleiro Francisco Musa foi o grande campeão do Oi Serra e Mar de Hipismo. Musa, com o Brasileiro de Hipismo Premiere Xindoctro Método, sagrouse campeão do Grande Prêmio Oi de 1,50m. Ao todo 40 conjuntos largaram na primeira volta do GP, que teve seu percurso armado pelo brasileiro Guilherme Jorge. À noite, os dez melhores voltaram para a segunda e decisiva rodada. O GP foi válido como a 1ª seletiva rumo aos Jogos Pan-Americanos 2011. Antepenúltimo conjunto em pista, Musa com seu BH Premiere Xindoctro, garantiu pista limpa, em 41s94. O resultado lhe garantiu a vitória no GP e, somado ao 2º posto na prova da véspera, a liderança na 1ª seletiva em solo brasileiro rumo ao México. O carioca Pedro Monteiro com JCR Emington, também sem faltas, em 45s59, sagrou-se vice-campeão. Por São Paulo, Lourenço Vieira da Silva montando a BH
dências do Jockey Clube Pérola das Colônias, em Caxias do Sul. Na grande prova, 1,30m, Tiago Zart Arruda venceu no sábado com Senhorita Caliana Joter. O grande campeão do domingo foi Gustavo Xavier montando Galileu. Ao todo a Copa terá cinco etapas, sendo a final sediada em Porto Alegre. www.fgee.com.br
Clínica com Bernardo Alves > O cavaleiro olímpico Bernardo Alves ministra entre os dias 19 a 22 de maio uma clínica de Salto para cavaleiros e amazonas selecionados. O local escolhido é o Centro de Treinamento Helvetia Riding Center (HRC), em Indaiatuba-SP. As vagas são limitadas a 36 conjuntos. A taxa de inscrição será de R$2200. www.fph.com.br
CCE - Rumo a Londres 2012 > No dia 17 de Abril, o cavaleiro paulista
Singular Pia Lena Jmen garantiu o terceiro lugar com uma falta, em 41s30.
Ruy Fonseca, terminou a seletiva olímpica
Brasil e o Pan-Americano 2011
do Concurso Completo Internacional 3*,
Musa lidera o processo seletivo em solo brasileiro visando a formação da
realizado em Vairano, na Itália. Montando
equipe brasileira no Pan 2011 com zero pontos perdidos. O 2º posto cabe a
Tom Bombadill, Ruy conquistou a 8ª colocação
dois jovens talentos: o mineiro Lucas Costa Araújo com seu Lavito Pádua Mé-
com 53 pontos. Em março, Ruy conseguiu seu
todo, com 3.44 pontos perdidos, seguido por Pedro Monteiro com JRC Eming-
primeiro índice de qualificação. Agora, com
ton, que acumula 5.42 pontos.
o segundo índice garantido, Ruy já
“Esse começo foi melhor do que esperava. Estou focado desde o final do
está tecnicamente qualificado para
ano passado na minha preparação para o Pan. Contar com a presença do Rodri-
as olimpíadas de Londres 2012.
go Pessoa (técnico da equipe brasileira) é sempre importante o que nos obriga
www.cbh.org.br
a fazer o melhor. É uma pressão boa, bastante positiva”, analisou Musa, de 32 anos, que levou a fatia de 30 mil reais dos 100 mil reais distribuidos no GP Oi.
Rogério Clementino
O técnico da equipe brasileira de Saltos, Rodrigo Pessoa, recém liderou o
> Com a marca de 71,950% de aproveitamento,
time brasileiro que garantiu a vaga Olímpica para Londres 2012, com o 4º posto
Rogério Clementino e Sargento do Top
por equipes nos Jogos Equestres Mundiais 2010 .
executaram a melhor dança perante o júri
“Foi muito bom observar todos os conjuntos. Como as seletivas terão
do Oi Serra Mar de Hipismo. Em sua terceira
grau de dificuldade progressiva não foi um começo muito puxado”, disse Ro-
vitória o sul matogrossense lidera rumo ao
drigo Pessoa, que traz em seu incomparável currículo os títulos de campeão
Pan Americano de Guadalajara, no México. Já
olímpico, mundial e tricampeão da Copa do Mundo.
Rodolpho Riskalla com Nilo VO e Mauro Pereira
A próxima etapa do Oi Serra & Mar será nos dias 3, 4 e 5 de junho, no Helvetia Riding Center, em Indaiatuba-SP, e o Hotel Porto Belo, em Mangaratiba -RJ, foi o escolhido para sediar a final.
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Júnior, com Tulum Comando SN, empataram na 2ª colocação, com 69,200%.
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Telefone: (41) 9947 0172 Sociedade Hípica Paranaense andreguerios2009@hotmail.com Paraná
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(51) 3311 1256 / 9333 1556 Av. Juca Batista 4931 mariahipica@hotmail.com Rio Grande do Sul
Salto e Sela
Centros hípicos e criadores Equipe Marcon-S.H.Ribeirão Preto
Ecuyer
Centro Hípico Alterosa
(61) 9271 4945 INCRA 9 – chácara 3 / 465 rafa.d.j@hotmail.com Brasília
Telefone: (11) 5533 2990 Av. Santo Amaro 1775 www.saltoesela.com.br São Paulo
Haras Rio Acima
EOHIPPUS
Sociedade Hipíca Paranaense
Telefone: (12) 9715 8123 F. Sta Cruz do Rio Acima - Paraitinga visikerly@hotmail.com Raça B.H. São Paulo
(41) 3669 2940 / 92*10611 R.FranciscodeAssisRicardo150-Piraquara eohippus@ig.com.br Paraná
Telefone: (41) 3266 6644 Br 116 / km 93 www.hipicaparanaense.com.br Paraná
Rancho Império
Haras HDB
CEHIP - Marina Cassetari
Telefone: (19) 9771 3949 R. Norte 118 - Indaiatuba ranchoim@terra.com.br São Paulo
(41) 3332 6500 / 9101 0387 Prolongamento Av. Iraí, 15 www.hdbextreme.com Paraná
Telefone: (48) 7812 0726 R. Anardina Silveira Santos 441 www.cehip.com.br Santa Catarina
Centro Equestre Gallope
Manege das Araucárias
Movimento Equestre
(41) 9987 5588 Estrada da Fazendinha, km 6 - Araucárias manegedasaraucarias.com.br Paraná
(48) 3357 3159 / 7812 0504 Av. Vidal Vic. de Andrade 676 movimentoequestre.com Santa Catarina
By Ranna
Centro Hípico Lacan
Sociedade Hípica Portoalegrense
Telefone: (51) 9965 8889 Beco do Schneider - Porto Alegre milucan_n@hotmail.com Rio Grande do Sul
Telefone: (51) 3268 8662 R. Schneider 697 www.chlacan.com.br Rio Grande do Sul
Telefone: (51) 3264 1099 Juca Batista 4931 www.hipicapoa.com.br Rio Grande do Sul
C. Hípico e Haras MD
Joinville Country Club
Hípica Beija-Flor
Telefone: (54) 3313 3769 Estrada Santo Antão s/n www.harasmd.com.br Rio Grande do Sul
Telefone: (47) 3489 9620 Estrada da Ilha 4830 www.sitejcc.com.br Santa Catarina
Telefone: (47) 9979-1777 Rua da Palha, 300 - Camboriú contato@hipicabeijaflor.com.br Santa Catarina
Telefone: (41) 3649 4756 BR 277 km 104,6 nº 10200 ivanjmr@onda.com.br Paraná
f edera ç õ es Federação Paulista de Hipismo
Federação Hípica de Brasília
Federação Paranaense de Hipismo
F. Catarinense de Hipismo
F. Gaúcha de Esportes Equestres
Federação Eq. Rio de Janeiro
Presidente: Eduardo Caldeira Telefone: (11) 5642 3350 R. Carmo do R. Verde 241 - 10º Andar www.fph.com.br São Paulo
Presidente: Artisio Prandini Neto Telefone: (47) 3350 6881 Av. Antonio Heil km 29,5 nº33 s.4 www.fch.com.br Santa Catarina
Presidente: Rodrigo Otávio Kost Telefone: (41) 3363 3406 R. Itupava 1299 sala 111 www.fprh.com.br Paraná
Presidente: Luiz Felipe R. Coelho Telefone: (61) 3245 5870 SHIP Sul Lote n08 www.fhbr.com.br Brasília
Presidente: Pedro Valente (21) 2539 4602/ R. Jardim Botânico,421 www.feerj.com.br Rio de Janeiro
Presidente: João Mazzaferro Telefone: (51) 3264 1297 Av. Juca Batista 4931 www.fgee.com.br Rio Grande do Sul
VENDA DE CAVALOS e transporte Cavalos de Salto
(11) 7741 9558 / 11*53207 Bolívia raphaelbarros@djalmaleiloes.com.br
Quality Horses
FV Consultoria Equestre
Telefone: (11) 4778 1344 Est. José Mathias de Camargo, 625 qualityhorses@hotmail.com São Paulo
Marcelo Mesias
Raphael Barros
(11) 9121 0633 | 7695 6865 contato@cavalosdesalto.com.br www.cavalosdesalto.com.br São Paulo
Telefone: (19) 9771 3949 Rancho Império ranchoim@terra.com.br São Paulo
Falcão Transporte
47) 9122 7534 / 84*78758 Youtube: fvequestrianteam chico_cavaleiro@hotmail.com Santa Catarina
(41) 3627 1582 / 9946 8295 falcaotransporte@gmail.com Paraná
V E T E R INÁ R I O S Pedro Vicente Michelloto Jr
Valdir Roberto Tonin
Telefone: (41) 9974 2888 Sociedade Hípica Paranaense valdiroberto@globo.com Clínica e cirurgia equina Paraná
Eduardo Geyer
Telefone: (41) 9234 9218 Jockey Club do Paraná michelottojunior@yahoo.com.br Clínica, cirurgia e acupuntura Paraná
CARE Centro Avançado de Reabilitação
Marcelo Miranda
João Luiz dos Santos
(41) 3076 3218 / 96*1813 Jockey Club do Paraná j.garotti@uol.com.br Radiografia digital / Clínica e cirurgia Paraná
Telefone: (41) 3667 7077 R. Fran. de A. Ricardo 10 - Piraquara mdm.gr@terra.com.br Podiatria (cascos e ferrageamento) Paraná
(51) 7815 7394 / 8404 0800 Sociedade Hípica Portoalegrense edugeyer@yahoo.com.br Odontologia equina Rio Grande do Sul
J.S
Telefone: (47) 9985 4372 eohippus_joao6@hotmail.com Clínica e cirurgia equina Santa Catarina
p rod u tos e ser v i ç os Lab. de Análises Cliínicas Tarumã
Murilo Nichele Telefone: (41) 3366 7616 / 9974 4955 Av. Vitor F. do Amaral - Jockey Club - PR tarumalab@hotmail.com Paraná
Road House Grill
(61) 3321 8535 / 3034 8535 Brasília SCES e Terraço Shopping www.roadhousegrill.com.br Brasília
Palmilhas ESE
Telefone: (41) 3667 7077 R. Francisco Assis Ricardo,10 - Piraquara www.palmilhasese.com.br Paraná