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Bem-estar para cavalo e cavaleiro.
Número 47 | Março 2012
Nesta Edição #47
R$ 11,90
Priscila Azevedo
Cuidados no transporte
Saiba Mais
Zero violência
Entrevista
Ludger Beerbaum O grande ícone do hipismo germânico
Seção Quarto de Milha: saiba como evitar lesões durante as provas
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Caro Leitor, Tenho o prazer de iniciar esta carta apresentando como entrevistado do mês o cavaleiro alemão Ludger Beerbaum. Ícone do esporte, o atleta vencedor de 4 medalhas olímpicas é considerado por muitos como um dos melhores cavaleiros de todos os tempos. Técnico e extremamente determinado, Ludger é dono de um estilo bem característico. Quando montado em um cavalo, faz parecer muito simples saltar obstáculos de 1.60 metros de altura. Sobre o bem-estar equino, na matéria assinada pela médica veterinária especialista em cavalos atletas, Priscila Azevedo, confira dicas e todos os tópicos que devem ser levados em conta no momento de transportar seu cavalo. Garantir uma viagem tranquila é um quesito que muitas vezes influencia no bom desempenho de seu animal dentro das pistas. Na seção Saiba Mais, descubra porque o uso da violência na domesticação e adestramento dos cavalos não é a solução adequada. Além de promover muitas vezes o efeito contrário ao que o cavaleiro busca, a médio e longo prazo, você causará um comportamento arredio e terá um cavalo cheio de traumas e limitações. Dando as boas vindas aos amigos leitores associados à raça Quarto de Milha, neste mês apresentamos uma entrevista exclusiva com o Dr. Reinaldo de Campos. Há quase uma década trabalhando como veterinário nas competições da Associação Brasileira do Quarto de Milha, Dr. Reinaldo expõe sua opinião sobre o crescimento da raça no Brasil e aponta cuidados básicos para se ter com os cavalos atletas participantes das provas da ABQM. Bem-estar, entretenimento, saúde e diversão. Aproveitem a edição de março da Mundo Equestre. Desejo a todos um ótimo início de temporada hípica. Uma boa leitura.
Editor
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Índice 10
Entrevista Ludger Beerbaum
16
Saiba mais Zero violência
28
priscila azevedo Transporte de cavalos (parte 1)
30
CLínica Veterinária Laminite
32
Quarto de milha Segurança à toda prova
39
EDUARDO MOREIRA Sobre os detalhes
10
16
30
44 20 24 27 40
álbum pERFIL Monzon notícias
expediente Edição
Redação
arte e diagramação
Afonso Westphal
Afonso Westphal
Editora BemAmostra
direção EXECUTIVA E marketing
Manuela Merico
Capa
Raphael Macek Departamento comercial
Revisão
Lays Coutinho Gustavo K. Vazquez
comercial@mundoequestre.com.br Equipe veterinária assessoria Jurídica
Merico Advogados
8
Pedro Vicente Michelotto Jr. Bruna Dzyekanski
MALA DIRETA PARA: Sociedade Hípica de Brasília Sociedade Hípica Paranaense Sociedade Hípica Catarinense Sociedade Hípica Porto Alegrense Sociedade Hípica Paulista (no clube) Sociedade Hípica de Ribeirão Preto Criadores Brasileiro de Hipismo
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E N T R E V I S TA Texto: Mundo Equestre | Foto: Raphael Macek
Ludger Beerbaum
Uma lenda viva Dono de um estilo inconfundível e incontáveis fãs, Ludger Beerbaum é uma verdadeira escola do hipismo clássico. Vamos às lições. 10
Acumulando em sua carreira nada menos que quatro medalhas de ouro olímpicas, duas medalhas de ouro no World Equestrian Games, sem contar inúmeros títulos europeus, o experiente cavaleiro alemão é um dos grandes ídolos do esporte em todo o mundo. Com vocês: Ludger Beerbaum.
Como você iniciou no esporte? Eu comecei há muito tempo, quando tinha apenas 10
Você se espelhava em algum cavaleiro quando era jovem?
anos de idade. Meu pai era instrutor de equitação mas por
Quando eu era pequeno, era muito fã do atleta alemão
incrível que pareça comecei montando em um burro. Eu
Gert Wiltfang. Quando jovem e comecei a competir,
montava em um clube local e por dois anos fiquei apenas
admirava muito o cavaleiro inglês John Whitaker.
passeando, brincando com os cavalos. Não pensava em competir. Eu comecei a praticar hipismo e a competir entre
Você é considerado um dos melhores cavaleiros
meus 12 e 13 anos.
do mundo. Quando você está montando, o esporte parece muito simples. Como você desenvolveu
O que a égua Ratina Z representou na sua carreira?
seu estilo de montaria?
Ela foi uma égua muito especial. Ela representou
Eu sempre gostei de montar de uma maneira calma
muito para mim. Tinha um grande coração, era
e suave. É uma maneira mais fria, uma característica
extremamente competitiva e muito disposta. Obtive
mais europeia, diferente do estilo latino hot and wild
muitas conquistas com ela, entre elas o bi campeonato
(quente e selvagem). Não tenho uma resposta clara para
europeu e a medalha de ouro por equipes no
esta pergunta, mas acho que isso depende muito da
campeonato mundial em Roma. Ratina Z era de fato
personalidade e do estilo de montaria de cada cavaleiro.
uma grande vencedora.
Alguns cavaleiros colocam cavalos novos a saltar O que devemos levar em conta quando se treina um cavalo novo?
grandes obstáculos. Qual a sua opinião sobre isso? Na verdade é útil que o cavalo novo comece a saltar
Esta é uma pergunta difícil de responder, pois não
linhas, mas esse trabalho deve ser um exercício mais
existe uma regra específica que sirva para todos os
relaxado, mais solto. Não acho saudável um cavalo novo
cavalos. Para mim o importante é descobrir o caráter e
se habituar a saltar grandes obstáculos porque antes disso
o temperamento do cavalo e conhecer suas habilidades
ele precisa se desenvolver. Ele precisa desenvolver suas
físicas. Se você possuir 10 cavalos com 4 anos, você
habilidades físicas e sua confiança e quando ele estiver
provavelmente terá 10 modos diferentes de trabalho,
com estes aspectos desenvolvidos, ai ele tem condições de
porque um animal será forte, outro fraco, outro mais
utilizar todo o seu potencial.
tímido. Isto depende muito do tipo do cavalo e do trabalho que você deseja que ele desempenhe. É claro
Quais aspectos devemos avaliar quando estamos
que no início de um trabalho com um cavalo novo tudo
experimentando um novo cavalo?
gira em torno do equilíbrio, comunicação, controle, mas
Antes de montar o cavalo, você deve observá-lo para ver
à medida que vamos avançando com os trabalhos, o
se ele está nervoso, agitado, calmo demais, auto confiante,
modo com que isso será transmitido dependerá muito das
enfim, tentar perceber como o cavalo se comporta no dia a dia.
características de cada cavalo.
Quando você está montando, você irá perceber se o cavalo é
11
forte, fraco, tímido, auto confiante. Um fator importantíssimo
Voltando à pergunta sobre o meu estilo de montaria, trabalho
é ver se você está conseguindo que o cavalo preste atenção em
bastante a comunicação com meus cavalos nestes exercícios.
seus comandos. Esta é a principal questão: que o cavalo atenda
Quanto melhor, sem ruídos e mais definida for a comunicação,
suas instruções e desempenhe-as. Dependo das respostas,
mais qualidade você terá na sua montada.
você avalia se o animal está apto ou não.
Que aspectos você considera importante para Você já teve muitas conquistas na sua carreira.
que
Teve alguma que o marcou de forma especial?
intermediárias consigam chegar a provas mais
Para mim foi a vitória individual nas olimpíadas de
cavaleiros
e
amazonas
das
categorias
fortes?
Barcelona. Eu não esperava por este resultado, não era o
Acho que cada atleta deve se dar o devido tempo
favorito e ainda era bastante jovem. Acho que esta vitória
e não tentar pular etapas em seu aprendizado. Subir
representou meu momento mais empolgante do hipismo.
rápido demais para alcançar categorias mais fortes não é a solução. É muito importante dar a devida atenção aos
Como é sua rotina de treinos? Eu já não sou tão jovem, antigamente montava mais cavalos. Hoje monto por volta de cinco animais por dia.
fundamentos da equitação se você deseja se tornar um bom cavaleiro. Noções de Adestramento e trabalho de plano são muito importantes para isso.
Salto no máximo duas vezes por semana.
Em sua opinião, que benefícios a prática de
12
Qual a importância do trabalho de solo para o
esportes equestres traz para o desenvolvimento
bom desempenho do cavalo no Salto?
de crianças e adolescentes?
O trabalho de plano e o Adestramento é muito importante
Acho que a lida com os cavalos desenvolvem nos jovens
para estabelecer e aprimorar a comunicação com seu cavalo.
cavaleiros a paciência e a responsabildade. A paciência vem
Foto: Alexandre Vidal - Foto BR
Elegância e precisão As pistas de Ludger servem de inspiração para atletas do mundo inteiro. Suave, preciso e extremamente eficaz, Ludger é um dos maiores ídolos do hipismo europeu.
pelo trabalho do dia a dia, das limitações que você vai conseguindo superar com o passar do tempo. Com relação a responsabilidade, o cavaleiro é o responsável pela saúde e bem-estar do animal. É necessário ter em vista muitos aspectos para garantir uma boa vida ao cavalo. Além destas características, o esporte ensina o atleta a manter a tenacidade, vencer obstáculos e querer sempre conseguir o seu melhor.
Qual a sua opinião sobre o Brasil? Gosto muito do Brasil e fico feliz que ele tenha sido elegido para sediar os Jogos Olímpicos. Isso foi um sucesso para a sociedade brasileira. Estas eleições não se ganham por sorte.
Você já teve algum instrutor que tenha sido essencial em sua carreira? Contei com bons instrutores, mas acho que o principal de meu aprendizado veio através dos próprios cavalos. Cada um deles me coloca frente a frente com um novo desafio. É preciso lidar individualmente com cada um deles. Cada um requer um tipo de guia, um tipo de atenção. Aprende-se muito assim.
Você tem alguma mensagem para deixar para os cavaleiros e amazonas iniciantes no Brasil? Não desistam tão rápido, sejam pacientes e lembrem-se de dar uma chance para vocês. Sejam pacientes com seu cavalo e com você.
in f o r m e Fotos: Marcelo Azevedo
Retomando as Rédeas Com um número crescente de atletas inscritos, a 4ª edição da Clínica de Hipismo reuniu as novas promessas e atletas já consagrados do esporte catarinense em cinco dias de aulas intensivas. Já conhecidos no Brasil pelos bons resultados tanto como
uma oportunidade diferente de aprendizado. “Nosso foco,
atletas quanto como instrutores, Mariana Cassettari, Leandro
além das aulas, está na formação de cavaleiros interessados
Cardoso e Sandro Cardoso se reuniram novamente em 2012
e informados sobre as várias áreas que envolvem o
para ministrar a quarta edição da Retomando as rédeas.
cavalo”. Quando questionada sobre os objetivos da clínica,
Entre os dias 25 e 29 de janeiro, mais de 40 amazonas
Mariana não hesita: “Promover a integração, tornar o
e cavaleiros estiveram presentes nas dependências do bem
conhecimento leve e divertido, ensinar sobre disciplina,
estruturado CEHIP, localizado na bela cidade de Florianópolis.
respeito, espírito de equipe e competitividade limpa. Este
Nesta edição, a clínica contou também com a experiência
é um projeto onde posso oferecer uma contrapartida de
da amazona Luciana Camargo além de palestras sobre a
conhecimento e legado para o meu estado”, conclui a
saúde e o bem-estar dos equinos, ministrado por Priscila
amazona.
Azevedo, médica veterinária especialista em cavalos atletas.
As atividades Os participantes foram divididos em equipes e cada uma delas deveria cumprir determinadas tarefas a fim de somar pontos. Visando promover a oportunidade para o intercâmbio de experiências e amizade entre os cavaleiros, as atividades práticas e teóricas contribuíram para o aprofundamento de técnicas de montaria, Salto e manejo, além de difundir o conhecimento teórico sobre os hábitos e peculiaridades dos equinos, contribuindo para o melhor relacionamento entre cavalo e cavaleiro. Característica comum entre todos os participantes, sejam os novatos ou os mais experientes é a vontade
TIME DE PESO: Os profissionais Sandro Cardoso, Mariana Cassettari, Luciana Camargo, Priscila Azevedo e Leandro Cardoso.
de aprender e atingir seus objetivos. “O envolvimento intenso e o interesse dos alunos pelos temas abordados, seja montando ou nas palestras servem como um grande estímulo para incrementarmos mais nossa didática a cada edição”, revela o instrutor Leandro Cardoso.
Saldo positivo De acordo com a amazona e instrutora Mariana Cassettari, a clínica foi cuidadosamente pensada visando
Frase vencedora - Equipe verde “Retome as Rédeas com técnica, espírito de equipe, com tom de diversão”.
Diversão e aprendizado: Alunos e instrutores posam para foto oficial durante a 4ª edição da Clínica Retomando as Rédeas.
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sai b a m ais Texto: André Cintra | Foto: Arquivo
Zero violência Desde longínquos 55.000.000 de anos, o cavalo evoluiu até chegar ao que é hoje, transformando-se de um animal de apenas 40 cm de altura até o belo e imponente animal que temos parceria.
Apesar da evolução em tamanho e altura, desde tempos imemoriais o cavalo baseia sua vida em alguns preceitos evolutivos que lhe permitiram sobreviver. Entre estes preceitos estão a convivência em bandos e a preferência por permanecer em campos abertos, permitindo sua fuga a possíveis predadores. O cavalo sempre viveu em manadas e em liberdade, mas criando uma hierarquia social de forma que um animal torna-se o líder dominador, com papel bem definido para que não haja conflitos entre seus pares. Essa hierarquia é estabelecida por critérios de força, idade, experiência, coragem, etc. A presença do denominado líder alfa faz com que o rebanho tenha seus caminhos e atitudes de sobrevivência guiados de forma a permitir a melhor integração e convivência possível. Em tempos de paz e tranquilidade, em geral, essa posição cabe à égua mais velha e mais experiente que será a responsável pela escolha dos melhores locais para os animais. Quando o rebanho for ameaçado, essa posição será tomada pelo garanhão reprodutor, que imediatamente assume a posição para levar os animais a um porto seguro, ou então partirá para defender o rebanho. O conhecimento desta hierarquização, assim como de todas as informações possíveis do comportamento e atitudes dos equinos, nos permite usufruir e compreender melhor o mundo dos cavalos e desta forma desfrutar de seu máximo potencial. Se o cavalo depende de um líder alfa para indicar o que fazer e ele não reconhece esse líder, o animal tende a assumir essa posição. A compreensão deste fato se torna fundamental em nossa lida diária com os cavalos, pois a todo o momento o cavalo
16
buscará reconhecer em nós essa liderança e, muitas vezes,
animais da forma correta, mas infelizmente, muitas vezes,
e quando em dúvida, ele tenderá a assumir o controle.
sua voz parece se perder na multidão que não pensa desta
Neste momento, a atitude indicada é manter o domínio
maneira.
da situação de forma a não submetê-lo a nossos desejos,
Apenas para citar alguns, o uso indiscriminado de
mas sim fazer com que aceite essa nossa liderança sem
esporas com rosetas pontiagudas e freios com grandes
mais questionamentos. Não se deve buscar a submissão
pernas em algumas raças de esporte, por exemplo. Essas
através da punição, mas sim buscar a submissão pela
ajudas, quando bem utilizadas por ginetes experientes
aceitação incondicional de nossa liderança buscando
podem servir para mostrar ao cavalo da forma correta
utilizar as ferramentas de comunicação que o próprio
o que deve ser feito. Mas o que vemos na maioria dos
animal utilizaria com os seus, que vem pela confiança em
eventos são cavaleiros sem a mínima preocupação na dor
nossas atitudes para com ele e o meio em que vive.
e mal que estes artifícios causam aos animais. Algumas
Outro fator importante a ser levado em consideração
entidades em eventos oficiais fiscalizam os animais antes
é que a 3ª lei de Newton da física também pode e
e depois das provas de forma a observar a presença de
deve ser aplicada aos cavalos. Essa lei diz que “Para
lesões e coibir os abusos. É uma excelente atitude, mas o
toda ação aplicada a um corpo, esse responderá com a
absurdo é ter gente que se diz “do cavalo” e que precisa
mesma intensidade em sentido oposto”. Para os cavalos,
ser fiscalizada para não machucá-lo.
podemos adaptar da seguinte forma: “O que se fizer
Já vi o mesmo ocorrer em eventos de raças de marcha.
ao animais, este responderá na mesma forma e mesma
Cavalos sangrando pela boca, pelo uso errôneo de freios
intensidade. Se o tratares bem, assim serás correspondido.
mais pesados que o necessário, nas mãos de quem não
Se o maltratares, em dado momento, assim ele o fará.”
os sabe usar. Felizmente, isso ainda não é moeda corrente
Essa breve introdução com base científica e em
nessas raças. Ainda.
estudos do comportamento do cavalo foi feita de forma a
Em exposições de morfologia de outras raças de
poder chamar a atenção para a desnecessária violência a
marcha, muitos apresentadores preparam seus cavalos
que frequentemente os cavalos são submetidos.
na chibata antes de entrar em pista, onde seus animais
Violência essa cometida por “gente do cavalo”,
deverão ser apresentados em estação (parados). A
que vive do cavalo, para o cavalo e que se beneficiam
desculpa é que devem estar atentos. E os juízes ressaltam
financeiramente destes animais.
essa “atenção”, como animal “esperto”.
Pode até ser que essa violência seja causada por pura ignorância, mas o que vemos ainda é a falta de
Pobres cavalos. Ao
inquirir
apresentadores
regulamentação, fiscalização e, em verdade, muitas vezes
de determinada raça sobre o
de interesse em se coibir esses abusos contra os animais.
porquê desse “preparo”,
Estamos aqui falando da violência cometida e vista a céu aberto em eventos e provas de quase todas as raças de equinos. Muitas vezes, juízes, árbitros, organizadores e as associações que apoiam esses eventos pouco fazem para melhorar e preservar a saúde dos cavalos. Cabe ressaltar que em todas as raças e associações existem pessoas que se preocupam, que cuidam dos
17
in f o r m e
a resposta foi ”ele (o cavalo) sabe”. Diz que o animal
substâncias que os fizeram correr além de sua
vem de linhagem ruim, e que apanha apenas para
capacidade.
garantir que na pista ele se comporte. Ora, como o
Mensalmente lemos nas páginas de revistas
animal pode se comportar se apanha? Qual a reação
especializadas dicas e comentários de pessoas do
que deve advir se a ação foi bater?
mundo do cavalo que se mostram preocupadas em
Na última nacional de uma grande raça há poucos
compreender e entender os animais. Estes técnicos
meses, a qual proibiu a entrada de apresentadores
comprovam que a compreensão do cavalo é mais
com chicote ou similar em pista para coibir essa
benéfica que a submissão pela força. O cavalo
violência,
responde melhor, obtem melhores resultados, vive
observamos
a
“esperteza”
destes
apresentadores. Entram agora com guia de mais de três metros, de forma a ficarem rodando-a e poderem
Uma
renomada
estudiosa
americana
do
utilizar para “acertar” o cavalo em sua posição correta
comportamento animal, Temple Grandim, em seu livro
para a morfologia. Por outro lado, os juízes adoram
“Língua dos Bichos”, diz que “Se nos interessamos
observar os cavalos “atentos”, super valorizando essa
pelos animais, então precisamos estudá-los em seus
característica sem considerar que essa atenção foi
próprios termos para garantir seu bem-estar. O que
conseguida na base da violência.
eles estão fazendo? O que estão sentindo? O que
Nesse mesmo evento, em uma prova funcional,
pensam? O que estão dizendo? Quem são eles? O
antes de entrar em pista, diversos ginetes estavam
que precisamos fazer para tratá-los com justiça,
a chicotear e maltratar seus cavalos antes de entrar
responsabilidade e bondade? As pessoas podem
em pista, somente parando quando determinado
aprender a falar com os animais e a ouvir o que
expectador e criador foi chamar a atenção dos juízes
eles têm a dizer. Exercer ou impor a dominância não
pela crueldade a que os animais estavam sendo
significa bater no animal até que ele se submeta.
submetidos. O juiz então, e somente então, chamou
Exercer ou impor a dominância significa usar o
a atenção daqueles que maltratavam os animais,
método natural de comunicação do animal”.
proibindo de entrar em pista se continuassem praticando tais atos.
Desta forma, ao trabalharmos com um equino, quer seja para provas esportivas, quer seja para
Isso tudo à vista de todos. Imaginem nos
provas de morfologia, se o fizermos com calma e
bastidores. Imagine nas propriedades, centros de
tranquilidade, mostrando para ele o que deve ser
treinamento, haras e fazendas. Isso ocorre com
feito de forma correta e simples, firme, fazendo valer
frequência inimaginável e totalmente desnecessária.
os conhecimentos do
Há pouco tempo saiu em diversos órgãos de
comportamento
do
imprensa que a equipe olímpica de um tradicional
animal, de como ele age
país do meio equestre foi dissolvida por envolvimento
e interage com o meio
de quase todos os membros em dopping dos animais.
ambiente,
certamente
Isso também é uma violência cometida contra eles.
obteremos
melhores
Faz-se o dopping para obrigar o animal a fazer algo
resultados.
além de suas forças, além de sua capacidade. E ele paga caro por isso, muitas vezes com a própria vida.
18
com melhor qualidade de vida e por mais tempo.
Melhorar o relacionamento e a con-
Na Bolívia assisti a uma corrida de cavalos,
vivência com seu ca-
onde três dos cinco animais envolvidos sofreram
valo só depende de
de sangramento das vias respiratórias por uso de
você.
Álbum
Foto: Marcos Teixeira
Alcides Jimenez, Pedro Leon e Guilherme Fernanda Assad e Giovanna Sobania Alonso
Bruna Vicense, Marina Bongiorno e Carla Ana Laura e Rafaela Montingelli Batista
Ricardo Calixto, Arnaldo Viana e Otaviano Andressa de Mari e Bianca Bankhardt Angelo
Mario Morgenstern, Erleno Schenkel e Cristian Eduardo Strutz e Anderson Reis Schenkel
Vaílton Jací Cordeiro, o Baíca, e Leandro Balen
Melina Morandini e Yuri Borges Isabela e Shirley Heusi
Eduardo Élio Dembiski Arruda e Vandré ClarissaSantos Rechden
Carlos e Dyego Neves CarlosGamarra Alberto Pires - Pipocão
Gabriela FernandaPruner, AguiarGermano e Gabriela e Bruno Curti
Equipe Irinal Batista Momento Lemos Equestre (Magrão) - José e Arlindo Sanches, Samys Montanaro, Rodrigues André daCalió Silva e Silvia Milani
Rafa Anna Rodriguez Dora Fischer e Bibi Boos Teixeira
Carlos Seixas e Fernanda Verinha Zattar Ceconello
20
Camila e Betina Mazeto
Rommel e Rianne Clímaco
Elisa Forchezatto e Anna Dora Fischer Boos Beatriz Santos Foto: Silvia Milani
Carlos Seixas e Fernanda Teresa Almeida Ceconello Vitória Junckes, Marcos Capra e Elisa Olsen
João Vitor, Marco Antonio, Adriana e Pedro Henrique
Foto: Silvia Milani
Eduardo Buschle, Anderson Tonon e Thalison Soares
Maurício de Oliveira Franco, Isabela Aisengart, Bruna Ugarte e Amanda Brieger
Luiza Tavares de Almeida
Foto: Silvia Milani
Rita Ludwig e Rosângela Junckes
Juliano Loureiro e Fernando Costa, o Bigorna
CarlosAlan Gamarra e Sabine e Dyego BiltonNeves
21
in f o r m e Fotos: Marcos Teixeira
Go For Gold 2012 Realizada nas cidades de Itupeva e Florianópolis, a tradicional clínica de hipismo Go For Gold contou com mais de 100 alunos, além da participação de instrutores internacionais e experientes profissionais do segmento. Durante os meses de janeiro e fevereiro foi realizada a 7ª
GOLD 2012, aliando o conhecimento prático ao teó-
edição da conceituada e tradicional clínica de hipismo Go for
rico e ainda obtendo informações valiosas sobre pla-
Gold, promovida pelos cavaleiros Vitor Alves Teixeira e Denis
nejamento e estratégia em competições.
Gouvea. Além da etapa de Florianópolis, realizada na Sociedade
Na prática
Hípica Catarinense, a clínica estreou o belo e preparado
As aulas foram programadas tendo em vista a pre-
Centro Hípico de Excelência Serrazul, em Itupeva. Pla-
paração dos cavalos e dos atletas para enfrentarem as
nejada pelo cavaleiro Vitor Alves Teixeira, a ampla
difíceis provas que iniciam o ano hípico e assim con-
estrutura que foi baseada nos moldes europeus
seguirem se destacar dos demais competidores já nas
serviu como mais um atrativo para os praticantes da Clínica.
primeiras competições. As turmas foram separadas de acordo com o nível de
Aproximadamente 100 cavaleiros
montaria de cada aluno, independente da categoria em
e amazonas participaram da GO FOR
que participa. O cavaleiro e instrutor Denis Gouvea foi o
“Acho muito importante para os praticantes de hipismo a participação em clínicas como a Go For Gold que contribuem para uma evolução no esporte e como pessoa. Em nosso esporte, ouvir a opinião de um experiente profissional, além de seu instrutor, é fundamental. Nas clínicas normalmente enfrentamos dificuldades maiores do que treinos e competições, o que faz com que melhoremos nossa montada e nossos cavalos”. Comentário de Sara Willrich, amazona participante da clínica GO FOR GOLD. 22
interesse no aprendizado: Tanto como cavaleiros quanto como instrutores, Vitor Alves Teixeira e Denis Gouvea são exemplos de dedicação e resultado.
responsável pela parte do trabalho de plano e aquecimento dos conjuntos, enquanto Vitor Alves Teixeira respondia pelos trabalhos na pista de competição.
Ápice De acordo com o cavaleiro olímpico Vitor Alves Teixeira,
Além da presença ilustre do campeão português
o ponto alto da Clínica é de
Luis Sabino, a GO FOR GOLD 2012 contou com pa-
poder presenciar momentos
lestras das mais diversas áreas que compõe o hipis-
em que os alunos conseguem
mo clássico a fim de ampliar a visão dos atletas sobre
superar os próprios mestres. “Na clínica ministrada no
cada parte do esporte e orientá-los sobre as peculiari-
Serrazul, dois alunos foram os vencedores da prova verti-
dades, direitos e deveres que cada atleta tem durante
cal a 1,75m. deixando para trás os próprios instrutores”,
uma competição. Desenho de pista, cuidados com
comenta Vitor.
os animais, saúde equina, regulamento de prova e
Com relação às diferenças entre trabalhar um con-
equitação foram alguns dos assuntos abordados. En-
junto (cavalo e cavaleiro) no dia a dia e em uma clínica
tre os palestrantes, importantes nomes do segmento
de hipismo, o cavaleiro explica: “Na clínica, temos opor-
Equestre como os médicos veterinários Thomas Wolff
tunidade de se dedicar em tempo integral a busca de
e Priscila Azevedo, os juízes de salto Vera Marchevsky
soluções de problemas de cada atleta e de cada cavalo.
e João Eduardo de Castro e a amazona e gerente de
Além disso, é uma excelente oportunidade de colocar em
cocheiras na França, Clea Durand.
confronto praticantes de vários estados do país”.
Segundo Estevão Grossi, aluno assíduo, veterinário e vencedor da Final do Campeonato do Exército
Versão Europeia
2011, participar da Clínica é fundamental para elevar
Buscando ampliar ainda mais o horizonte dos atletas bra-
o nível técnico tanto do cavaleiro quanto do cavalo:
sileiros, a GO FOR GOLD terá no mês de julho de 2012 a sua
“Além de evoluir com os cavalos e ampliar a visão,
versão internacional. Entre os dias 02 e 11, a equipe estará
gosto de ver a liderança do Vitor pelo caráter e com-
ministrando aulas na Bélgica e Alemanha. Os alunos partici-
petência, que há várias décadas têm em seu staff os
pantes, além de terem a oportunidade de montar com estru-
melhores profissionais do Brasil e exterior. A Go For
tura e cavalos europeus, poderão assistir ao maior concurso
Gold expressa em seu título a essência da vitória e
hípico do mundo, o CHIO AACHEN, e ainda visitar Manèges
superação não só no esporte, mas também na vida”,
de renomados cavaleiros, selarias e outlets.
comenta Grossi.
p er f i l Texto: Mundo Equestre | Foto: FEI/Kenneth Chan
Sarah Vasconcellos Atual campeã do acirrado Campeonato Mundial FEI Children, confira a trajetória de sucesso da jovem amazona.
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Foi montando em Ponta Grossa, com
foi cancelado. “Ficou um desejo enor-
apenas 6 anos, que Sarah deu seus pri-
me de ir a este campeonato e agradeço
meiros passos no esporte. A atleta, ins-
muito por ter conseguido me classificar
truída na época por Thiago e Amanda
em 2011, representar meu país em Hong
Ribas, diz que a principal lição no início
Kong e ainda sair de lá com o título”. A
foi a de aprender a cair do cavalo, sem
campeã declara que este campeonato se
se machucar. No ano seguinte (2006), a
tornou bastante especial, pois ela e sua
amazona que este ano irá competir pela
instrutora tiveram que adotar uma nova
categoria Pré-Junior (1,30m) mudou-se
estratégia para a final em Hong Kong.
para Campinas e começou a treinar com
Utilizando um cavalo alugado e contando
a instrutora Christine Zander. Logo após a
com pouco tempo para a preparação do
mudança, Sarah já conquistou o seu pri-
animal, a amazona teve que se adaptar à
meiro título sendo campeã do Cepel em
montada do cavalo, o que a deixou um
BH na categoria 0,60m com o seu queri-
pouco ansiosa, mas que no final funcio-
do cavalo Taffarel.
nou muito bem.
A partir de então Sarah começou a
Fã de Camila Benedicto Mazza, Sarah,
colecionar títulos importantes como o
hoje com 13 anos, treina todos os dias
de Campeã Paulista Mini-mirim 2008,
na Sociedade Hípica de Campinas, reser-
Campeã Brasileira Pré-Mirim Por Equipes
vando um dia para o Adestramento e um
2009, Prêmio Brasil Hipismo 2009 e Cam-
dia para o Salto. Tal determinação tem
peã Brasileira Mirim Por Equipes 2010.
como foco principal em longo prazo as
Porém, sua conquista mais significativa
Olímpiadas de 2016. Contudo, o princi-
aconteceu no mês de janeiro de 2012: a
pal objetivo no momento é a evolução do
atleta brasileira ocupou o lugar mais alto
conjunto: “Como o 1,30m é uma cate-
do pódio no disputadíssimo campeonato
goria intermediária, usarei o máximo pos-
mundial FEI Children.
sível para conhecer a minha égua War-
A amazona, que já havia saltado algu-
thagena, pois ela veio de uma montada
mas vezes no exterior, obteve a classifica-
extremamente técnica e ainda estamos
ção em 2010 para o mesmo campeonato,
nos adaptando para quando pudermos
mas devido a problemas internos do país
ir para 1,40m, aí sim ganharmos títulos
escolhido para sediar o evento, o mesmo
importantes”, afirma a amazona.
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Monzon Texto: Luís Fernando Monzon
Monica de Paula No mês de fevereiro, o hipismo brasileiro perdeu uma jovem estrela. Arrebatado por aquela manhã de
Solidarizo-me com sua provação.
sábado, dia 4 de fevereiro, que ape-
Após a perda de meu pai, num aci-
sar de distante, me levou a alegria e
dente tão improvável e tão devastador
até, admito, um pouco da fé... Passo a
quanto o de nossa querida Mônica,
procurar notícias e, em vão, uma única
montei diariamente, competi e dei
razão que justificasse a fatalidade fria,
aulas de equitação durante 29 anos.
crua e irreparável. Lembrei-me de meu
Cai e levantei centenas de vezes, nada
pai e de outros poucos que o acaso se-
muito grave. Tenho mais medo de diri-
parou, de todos aqueles que amam o
gir no Rio de Janeiro ou em São Paulo,
hipismo, sempre cientes de que é um
até de meus semelhantes, do que de
esporte fantástico, apaixonante, mas
incentivar alguém a se dedicar ao Hi-
que requer todo o cuidado possível.
pismo. Mas convivi com o pânico de
Nem de longe um esporte perigoso,
minha mãe que não conseguia assis-
como quis demonstrar um estudo do
tir meus percursos, de costas apenas
Centro de Documentação e Informação
rezava. Hoje eu entendo o temor dos
de Seguros da França, que enumera os
pais, amor incondicional.
oito mais perigosos: Vôo Livre, Alpinis-
Queridos
amigos,
somos
todos
mo, Ciclismo, Motociclismo, Automo-
órfãos de um talento, de uma amiga
bilismo, Boxe, Canoagem e Rugbi.
e de uma dedicada companheira de
Mas racionalismo e dados estatís-
paixão. Convoco todos a reverenciar
ticos não são minha motivação para
sua memória e convidar seus pais para
escrever aos amigos, uma enorme
o espaço que proporcionou os anos
compaixão e uma profunda vontade
mais felizes daquela vida tão breve.
de abraçar e apoiar Carlos Alberto e
Tudo em seu tempo, venham para o
Maria Ângela sim... Caberá a esses
convívio da grande família que sua fi-
pais maravilhosos carregar o fardo da
lha conquistou, precisamos do amor
separação, a sensação de impotência.
de vocês conosco!
27
PRISCILA AZEVEDO
Transporte
de cavalos (parte 1) Quando participar de uma competição fora de sua cidade, lembre-se que suas chances de vitória começam no embarque de seu animal. Garantir uma viagem tranquila faz com que seu cavalo não perca rendimento, aumentando suas possibilidades de chegar ao pódio.
Quando planejamos uma viagem com os cavalos, não adianta pensar somente no transporte em si. É muito importante ter em vista a preparação do cavalo antes de começar a viagem. Vamos às dicas: O primeiro quesito a ser pensado é o horário em que a viagem será realizada. Isto influenciará diretamente na alimentação do animal. O ideal é procurar não fazer uma viagem logo em seguida de uma refeição de concentrado (rações), mas sim fazê-la com um intervalo de pelo menos 3 horas após a refeição. Se seu cavalo come às 7 horas da manhã, ele nunca deve sair antes das 10 horas. Se come às 17 horas, nunca sair antes das 20 horas. Este intervalo de tempo garante a digestão do concentrado, evitando problemas de cólica, bastante comuns durante viagens. O cavalo não deve permanecer mais do que 8 a 10 horas dentro do caminhão. Hoje em dia, não só pela temperatura mas também pelos horários de restrições de transportes pesados nas grandes cidades, a escolha do horário da viagem é muito importante para garantir o bem-estar do cavalo durante o trajeto. Por exemplo, em São Paulo há restrição de entrar nas marginais com caminhões em determinadas horas; no Rio de Janeiro também. Às vezes os caminhões chegam a estas cidades, mas não podem transitar naquele horário e por isso ficam com os cavalos parados dentro do veículo. Isso é a pior coisa que pode acontecer. A administração do tempo para chegar nesses lugares é crucial para que o cavalo não precise ficar parado. Se a viagem for mais longa do que 8, 10 horas, é necessário programar uma parada de no mínimo 3 horas para que o cavalo possa beber água, urinar, deitar e fazer uma refeição leve de feno. Se o cavalo ficar em jejum durante a viagem, ele perderá peso e consequentemente performance. Ainda mais importante que a alimentação é a água e a ventilação. Estes quesitos devem ser respeitados.
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Ventilação
Contudo, deve-se cuidar também para que estas divisórias
O caminhão deve contar com várias janelas para a
não esquentem os cavalos, pois às vezes as pessoas querem
entrada do ar fresco e uma escotilha no teto para a saída
deixar as divisórias bem macias, usando espumas, couro, etc.
do ar quente. As janelas laterais devem estar acima da
Entretanto o uso destes artifícios não traz vantagens; pelo
cabeça do cavalo e não na altura da mesma, para que não
contrário, diminui o espaço que o cavalo tem dentro do
receba o vento diretamente durante todo o período da
caminhão. Eu acredito que o material ideal para a divisória é
viagem. É notável a diferença entre os cavalos que chegam
uma madeira de qualidade, bem tratada, que não lasque e
de viagem e vieram em um caminhão bom para os cavalos
tenha segurança. No momento de escolher o material para
que vieram num caminhão ruim. Os cavalos que viajam em
as divisórias, deve-se levar em conta que o mesmo não deve
um caminhão bom já chegam com vantagem competitiva
reter muito calor, porém deve ser suficientemente forte para
em cima daqueles que viajaram em caminhões ruins.
garantir a segurança do animal.
Boxes
Água
Outro detalhe importante é o tamanho e a direção dos
É aconselhado que os caminhões possuam um
boxes. O indicado é que cada box tenha no mínimo 80 cm
corredor na frente para que o tratador tenha acesso a
de largura, sendo o ideal 85 cm. Existem caminhões que
todos os cavalos que estão dentro do veículo. Assim, a
tem boxes com 75 cm e isto às vezes provoca a assadura
cada parada, o tratador têm condições de dar água aos
do ílio (osso lateral da garupa) ou da cauda. Os problemas
cavalos. A desidratação é o maior fator de má performance
com a cauda também têm relação com a extensão do
e baixa imunidade do animal (o que facilita a ocorrência
box, pois os boxes devem ser sempre na diagonal. Nesta
de doenças). O fornecimento de água durante a viagem é
disposição, você proporciona mais espaço ao cavalo e
muito importante. Se tiver condições de dar água a cada
consequentemente a cauda fica mais livre e o animal pode
6 horas é o ideal.
manter seu pescoço reto evitando dor muscular, dor na coluna e favorecendo o relaxamento.
Quanto à pratica de pendurar blocos de feno para os cavalos, isto não é aconselhável. O cavalo ficará com o
A posição diagonal também proporciona ao cavalo
feno amarrado na cestinha e por isso inalará muito pó.
um maior equilíbrio durante o trajeto. Cavalos que viajam
Além disso, o uso do feno pendurado irá ocupar espaço
de frente ou de costas, por exemplo, em uma freada ou
e diminuirá a circulação do ar, o que pode causar até
em uma curva perdem o equilíbrio com mais facilidade e
uma pneumonia. Por isso enfatizo que é aconselhado
precisam buscar pontos para se fixarem.
realizar uma parada a cada 8, no máximo 10 horas, para
As divisórias dos boxes feitas de compensado não devem alcançar a altura do casco do animal, pois muitas vezes
que o cavalo faça esta refeição, tome água, movimentese, etc.
o cavalo se apoia no que é mais consistente para manter o equilíbrio, nesse caso, a divisória; ao longo da viagem, com curvas, freadas, etc. pode propiciar a entrada de pequenas farpas de compensado na coroa do casco. Nós não enxergamos estas pequenas lascas porque elas são realmente pequenas, mas elas propiciam manqueira, pois esta região do cavalo é muito sensível. O ideal é que a divisória não passe da canela do cavalo e que seja feita de um material que não solte farpas, para caso o cavalo se apoie, ou dê coice, a coroa esteja livre.
29
C L í nica veterinária
Laminite: diagnóstico e tratamento Por Bruna Dzyekanski - Médica Veterinária. Aluna do Mestrado em Ciência Animal da PUCPR A laminite não é uma doença difícil de ser diagnosticada, pois os sinais clínicos são característicos. Entretanto, é imprescindível a avaliação completa do histórico do animal, desde os hábitos alimentares e programa de treinamento até doenças e alterações anteriores. É importante e, com isso possível, identificar a causa da claudicação, o que será bastante importante no auxílio ao tratamento. Um dos principais sinais desta doença é a posição antiálgica, a qual o cavalo assume, jogando o peso do corpo sob os membros posteriores e deixando os membros anteriores esticados, minimizando o peso sob eles, a fim de aliviar a dor.
Exames Todos os animais com sinais de laminite devem passar por exames radiográficos, os quais pode confirmar o diagnóstico. Além disso, através de imagens radiográficas seriadas, é possível acompanhar a evolução do tratamento e o prognóstico do paciente. Um exame radiográfico
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completo deve obter imagens em posições lateromedial, dorsopalmar e dorsopalmar oblíqua. Através dessas imagens será possível avaliar se há rotação da terceira falange e ainda, na posição lateromedial, o grau da mesma.
Tratamento O tratamento da laminite deve ser feito com urgência, tentando-se evitar que a terceira falange saia da sua posição original dentro do casco, rodando para baixo ou para os lados, ou mesmo afundando dentro do casco. Quando a terceira falange sofre colapso dentro do casco, o grau de lesão tecidual é grande, agravando o caso e diminuindo as chances de recuperação do animal. O ideal é que se encontre a causa da doença e que o protocolo de tratamento inicie pela eliminação desta causa, com o objetivo de aliviar a dor, minimizar a inflamação e a lesão tecidual, manter uma boa circulação sanguínea dentro do casco e proteger o conjunto do mesmo (estojo córneo externo, tecido da lâmina dérmica e ossos). Uma forma eficaz de auxílio à diminuição da inflamação e minimização de danos no casco é a crioterapia, isto é, a aplicação de gelo ou a imersão em água fria do casco afetado pela doença. Um grupo Australiano que estuda laminite, sob a liderança do Prof. Chris Pollit, mantém os cavalos sob risco de laminite com os quatro membros submersos em água e gelo, por até três dias consecutivos. É fundamental o casqueamento corretivo, que promove um encurtamento da pinça e facilita a movimentação, podendo ser obtido de forma simples com a colocação de uma ferradura invertida. Alguns artefatos também são indicados, visando promover mais conforto ao cavalo, como baias com cama macia, forrar a sola do casco com gesso calcinado, ferradura de silicone, ou ainda a confecção de uma botinha para o casco, com material como borracha ou espuma de alta densidade. O prognóstico da laminite é considerado reservado desde o início, mas seguindo cuidadosamente todos os passos, de diagnóstico a tratamento, aumentam-se consideravelmente as chances do animal de sobrevivência e de retorno às suas atividades atléticas.
q u art o de m i l h a Foto: Arquivo
Segurança a toda prova Há 22 anos trabalhando como veterinário nas áreas de clínica e cirurgia no Jockey Club de São Paulo, Dr. Reinaldo de Campos, especializado em clínica e cirurgia pela Colorado State University, é médico veterinário oficial nos eventos realizados pela ABQM a quase uma década.
Acompanhe nesta entrevista, a visão de Dr. Reinaldo de Campos sobre o crescimento e expansão da raça Quarto de Milha no Brasil, além de conferir dicas e informações que podem assegurar a boa performance de seu cavalo durante as provas.
Como começou seu envolvimento com os cavalos? O meu envolvimento com os cavalos começou aos 6 anos de idade quando me transferi do Rio de Janeiro para São Paulo e comecei a acompanhar meu tio que era treinador de cavalos de corrida no Jockey Club de São Paulo.
Há quanto tempo você trabalha com a raça Quarto de Milha? Porque a escolha pela raça? Eu trabalho com a raça há aproximadamente 9 anos. Na verdade, fui convidado a fazer parte de um processo de seleção, no qual tive a alegria de ser escolhido. Realmente, tive uma imensa felicidade de fazer parte dessa grande família que é a ABQM, uma Associação séria e muito profissional. Exemplo disso, é o aumento expressivo da raça em todo o Brasil e do número de inscrições que aumentam a cada evento.
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Como percebe a evolução da criação no Brasil?
implantada há alguns anos de maneira muito profissional, pela ABQM, através de seus responsáveis, seja através dos
Tenho a oportunidade de atender várias raças de
artigos científicos publicados periodicamente, através da
animais. Não tenho dúvidas que a raça que apresenta
revista da Associação Brasileira do Quarto de Milha, ou
maior crescimento nos últimos anos é a dos cavalos
mesmo durante os eventos, em que há uma orientação
Quarto de Milha.
permanente realizada por profissionais aos vários competidores.
Nas provas de Tambor e Baliza, quais são as lesões mais comuns?
Vale ressaltar ainda o grande profissionalismo e respeito ao cavalo que essa Associação (ABQM) vem
Se você relacionar as lesões ocorridas durante as
realizando durante anos, motivo pelo qual, a torna uma
provas, as lesões que acontecem mais comumente são:
das maiores e mais conceituadas Associações de equinos
torções, distensões, fadiga muscular e as lesões de
no Brasil.
tendões e ligamentos.
Durante as competições essa segurança do cavalo é
Ao considerar todos os atendimentos realizados durante o evento, os maiores problemas são os locomotores;
em
segundo
lugar
os
feita por 3 equipes distintas. A primeira equipe é responsável pela guia de trânsito
respiratórios
e exame de anemia infecciosa para que os animais
e em terceiro lugar aqueles no aparelho digestivo
possam adentrar ao recinto de competições. Além disso
(cólicas, diarreias, etc). Fazem parte ainda desta lista as
esta equipe é responsável pela inspeção sanitária dos
desidratações, contusões (com ou sem necessidade de
animais de leilão.
sutura), problemas oftálmicos, dentários, etc.
A segunda equipe, da qual faço parte, é responsável pelo diagnóstico e tratamento dos animais que sofrem
Quais são os cuidados necessários com o animal ao final da disputa?
algum tipo de lesão durante as competições. Para tanto, temos um hospital, montado durante as semanas de
Check up do animal e sobretudo hidratação
competições, no qual dispomos dos mais modernos
para reposição de líquidos e eletrólitos perdidos. Esta
aparelhos para diagnosticar e tratar esses animais
reposição pode ser feita via parenteral (na veia através da
(radiologia digital, vídeo-endoscopia, vídeo-gastroscopia,
utilização de soros adequadamente determinados pelo
ultra-som digital, exames laboratoriais , etc).
veterinário) ou oral.
A terceira equipe, é composta pelo serviço antidoping, afim de se manter a lisura nas competições, além de
Em sua opinião, quais aspectos poderiam ser revisados ou implantados para que a segurança do cavalo seja mais garantida?
preservar o bem estar do animal. Para finalizar agradeço a ABQM por fazer parte desta grande equipe.
Na minha opinião, essa segurança já vem sendo
De olho nos cavalos: Há mais de 9 anos como veterinário das provas da ABQM, Dr. Reinaldo afirma que o melhor método para se evitar lesões é a prevenção através do acompanhamento regular. Na foto, a médica veterinária Fernanda Manzano de Campos e o Dr. Reinaldo, integrantes da equipe Equine Center.
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q u art o de m i l h a
Como evitar a lesão durante as competições? Para manter a saúde de seu campeão, o veterinário Reinaldo de Campos enumera algumas regras básicas que podem poupar, além de recursos financeiros, muitas preocupações desnecessárias. Voltando a velha máxima, prevenir é melhor que remediar. Vamos aos conselhos. Transporte - Cuidados durante a viagem como a escolha do caminhão mais adequado e o
Assim você evita casos de desidratação, fadiga muscular e síndrome de exaustão física.
uso das proteções necessárias para o cavalo são aspectos que refletem diretamente na boa condição
Endoscopia - Realize exames endoscópicos
física do animal. Fornecer água durante viagens
para verificar anormalidades no aparelho respiratório,
longas e evitar o fornecimento de concentrados,
seja nos pulmões (catarro ou sangramento), ou nas
optando apenas pelo volumoso – alfafa ou feno, é
vias respiratórias superiores. Este procedimento
fundamental.
deve ser feito com uma certa rotina, a fim de se checar as reais condições do animal para participar
Manutenção - Check up veterinário antes da
das diversas competições.
inscrição dos animais na prova.
Dentição – Realize a manutenção periódica (no Cascos - O cavalo atleta precisa contar
mínimo a cada 6 meses) nos dentes de seu animal.
com um bom ferrageamento, uma vez por mês.
Agindo assim, você irá prevenir o aparecimento de
Este fato é bastante relevante, considerando
problemas como cólica, perda de peso e distúrbios
que entre as patologias do aparelho locomotor
na língua e gengiva que muitas vezes afetam
verificadas
diretamente o desempenho atlético dos animais.
nos
últimos
anos
durante
as
competições, a localização das lesões estavam principalmente nos cascos.
Alimentação - Respeitar sempre a relação concentrado (rações comerciais) e o volumoso
Água - A hidratação dos animais durante
(alfafa e feno de coast cross). Não podemos nos
o transporte, durante as competições e ao final
esquecer que os cavalos são herbívoros e portanto
delas é um aspecto de fundamental importância.
necessitam uma alimentação com uma porcentagem muito maior de volumoso.
Check Up -
Os exames de hemograma e
pesquisa de hematozoários devem ser realizados a cada mês. Estes exames aliados ao exame clínico do animal darão ao veterinário responsável condições de traçar um diagnóstico preciso com relação ao estado atlético do seu animal.
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35
in f o r m e
III Expo Brusque Sede da maior cavalgada realizada no mundo, a cidade catarinense será palco de um grande encontro de criadores de Mangalarga Marchadores do Brasil.
A data já foi definida. Entre os dias 18 e 22 de abril,
Segundo o apaixonado por cavalos e cavalgadas,
o Pavilhão de Eventos Maria Celina Vidotto Imhof, mais
Homero Zaninotto, o evento servirá também para
conhecido como o Pavilhão da Fenarreco, irá reunir
demonstrar
milhares de mangalarguistas e aficionados por cavalo de
características e qualidades que transformam o cavalo
todo o País.
Mangalarga Marchador em um dos mais aconselhados
aos
participantes
desta
cavalgada
as
Pela primeira vez na história, a capital têxtil do Brasil irá
para esta atividade. “O Mangalarga é um cavalo
receber um evento deste porte direcionado para criadores,
especializado em passeio. É dócil, resistente, de porte
atletas e amantes da raça Mangalarga Marchador.
médio, o que facilita seu transporte em trailers, além
Segundo o diretor de marketing e eventos da Associação
Catarinense
de
Criadores
do
de consumir menor volume de ração com relação a
Cavalo
cavalos maiores. Faço cavalgadas desde meus oito anos
Mangalarga Marchador Luiz Homero Zaninotto Jr, este
de idade e desconheço cavalo melhor para cavalgada”,
evento criará um elo importante entre a raça e o grande
conclui.
número de apaixonados pelos equinos: “A cidade faz parte de uma região onde as pessoas adoram cavalos. Conheço
Horse Shop
muitos lugares, mas nunca vi um povo tão aficionado por
Durante a Expo Brusque 2012, o público presente
estes animais. Este é um mercado importantíssimo onde o
poderá contar com um novo modelo de vendas de
cavalo Mangalarga Marchador deve ser inserido”.
animais, denominado Horse Shop. Durante as festividades, muitos cavalos de sela poderão ser adquiridos por valores
A cidade
reduzidos e seu pagamento divido em 24 parcelas.
Todos os anos, Brusque sedia a Cavalgada nos
A fim de garantir a qualidade dos animais, todos os
Caminhos de Santa Paulina – “Um Passeio Ecológico na
cavalos apresentados irão passar por uma inspeção do
Trilha da Fé”. Reconhecida nacional e mundialmente –
Técnico da Associação da raça que irá analisar desde a
certificados de maior Cavalgada do Brasil pelo Ranking
parte de saúde até a morfologia dos exemplares.
Brasil e também pelo Guinness Book, o livro dos recordes – a Cavalgada de Santa Paulina reúne mais de
Imperdível
oito mil cavaleiros para percorrer
Além das vantagens de compra de animais, o
o trajeto realizado pela Família
evento é uma ótima oportunidade para que os amantes
de Santa Paulina entre a cidade
dos cavalos, seja qual for a raça, possam vivenciar
de Brusque e a localidade de
bons momentos junto ao animal e a sua família. Com
Vígolo, em Nova Trento, onde
gastronomia, música e belíssimos cavalos, o evento tem
está localizado o Santuário e a
tudo para se tornar um grande marco no calendário
Basílica de Santa Paulina.
equestre nacional.
Paixão compartilhada: o diretor de marketing da Associação Catarinense de Criadores do Cavalo
Mangalarga Marchador, Luiz Homero Zaninotto Júnior e Monty Roberts, durante visita a fazenda do eterno “Encantador de cavalos“.
E d u ard o m O R E I R A Foto: Arquivo.
Sobre os detalhes A aluna com quem mais aprendi. No último curso que ministrei sobre as
modava o cavalo. Pedi então que relaxasse
técnicas de Monty Roberts, tive uma das
os músculos de sua mão. Imediatamente
turmas mais motivadas e empolgadas de
o cavalo mudou do trote para o passo,
todas aquelas que já frequentaram meus
BINGO! Pedi então que respirasse calma
cursos. Como na maioria deles, o público
e profundamente uma vez, pois percebi
era majoritariamente feminino, o que na
também que seu estado de tensão alte-
minha opinião é consequência da maior
rava sua respiração. Logo após expirar o
aceitabilidade de uma filosofia de não-vio-
ar, o cavalo baixou sua cabeça dando mais
lência pelas mulheres do que pelos homens,
um dos sinais de Monty. Por último quan-
dada nossa cultura latina machista. Uma
do pedi que caminhasse ao lado do cavalo
aluna, porém, se destacava das demais pela
e se dirigisse ao centro do redondel para
sua alegria e atenção àquilo que eu ensina-
que ele o seguisse, ela assim o fez mas o
va. Monica de Paula era seu nome.
cavalo não a seguiu. Pedi então que ela fi-
No decorrer do curso fui conhecen-
zesse novamente sem olhar para trás com
do mais de meus alunos, e sobre Monica
dúvidas se o cavalo viria, sua confiança se-
descobri que era atleta de hipismo tendo
ria sentida pelo cavalo e tudo daria certo.
inclusive já sido campeã Sul-Americana
YAHOO!! Funcionou novamente. Um Join
em uma prova realizada na Argentina.
Up perfeito.
Suas perguntas eram tão coerentes e sua
Com Monica pude aprender e de-
postura tão confiante e confortável próxi-
monstrar a todos os alunos como são os
mo aos cavalos que resolvi fazer uma coi-
detalhes que fazem a diferença na relação
sa rara em meus cursos: convidei-a para
entre nós e os cavalos. Há algumas sema-
tentar realizar ela mesma a técnica que
nas atrás Monica estava treinando saltos
eu ensinava com seu cavalo no redondel.
com seu cavalo, quando um acidente gra-
Monica aceitou o convite e do centro do
ve lhe tirou a vida. Fiquei completamente
redondel seguia minhas instruções para
arrasado com a notícia, não podia acredi-
comunicar-se com o cavalo e ganhar sua
tar no que ouvia. Foi quando li sua últi-
confiança. No momento em que pedi para
ma mensagem para mim, onde dizia que
que fechasse suas mãos e as escondesse
aqueles momentos entre ela e seu cavalo
frente a seu corpo para que o cavalo dimi-
tinham representado os dois dias mais feli-
nuísse seu ritmo, Monica assim o fez sem
zes de sua vida. Que Monica inspire tantos
obter resposta do cavalo. Pude perceber
outros cavaleiros a mudarem seu compor-
então que apesar de estar com as mãos fe-
tamento com seus cavalos e viverem tam-
chadas, Monica fazia tanta força cerrando
bém assim dias felizes como nunca vive-
seus punhos que sua postura tensa inco-
ram com seus animais.
n o t í cias - sa lt o Fonte: FPH - Carola May / Foto: Marcos Teixeira
Torneio de Verão
Santo Amaro Alto nível técnico na volta da família do hipismo às pistas de Salto no sempre hospitaleiro Clube Hípico de Santo Amaro. Dando largada à temporada de Saltos em São Paulo, o tradicional Torneio de Verão no Clube Hípico de Santo Amaro chega a sua 24ª edição com a sua 1ª etapa a nível estadual. Entre os dias 22 e 26/02, nada menos que 29 provas de 1 a 1.40m movimen-
1
2
1. César Almeida foi o campeão do MiniGP (foto arquivo). 2. O vencedor do GP, Francisco Musa, bi-
taram o evento.
campeão do ranking brasileiro sênior.
MINI GP 1,35M: A atração mais esperada na tarde de sábado,
3. Os vencedores do Grande Prêmio.
3
25, foi o mini GP a 1.35m. Dos 45 concorrentes que efetivamente largaram na prova, 12 fizeram pista limpa na 1ª passagem idealizada por Carlos Alberto Raposo Lopes e 10 entraram no de-
Center, superando em mais de 1 segundo o 2º colocado. Mar-
sempate na corrida pelo título. Terceiro a largar no desempate
ca que não seria surpresa, se essa não tivesse sido a primeira
e mostrando toda a sua categoria, o medalhista pan-ameri-
disputa de Musa com Amax Z RCLI, montaria da jovem e pre-
cano santamarense César Almeida levou Cavalle Z Império
miada amazona Rianne Morais Clímaco, que quebrou o pé dois
Egípcio à vitória cruzando a linha de chegada em 34s13.
dias antes da competição e cedeu o animal ao cavaleiro que é
Cavalle Z, uma filha de Calvaro Z e Alme Crack Z, campeã
seu atual treinador.
paulista, vice-campeã brasileira de cavalos novos em 2010 e
Sagrou-se vice-campeão o top pernambucano André Mi-
que em 2011 também garantiu diversas conquistas, já havia
randa com Blaton, campeão do Grande Prêmio da 1ª Copa
emplacado em 4º e 5º lugar nas duas provas a 1.30m nessa
Hermès em 2011, que cruzou a linha de chegada com pista
24ª edição do Torneio.
limpa em 44s60, pela Sociedade Hípica Paulista. Também
Também pelas cores do Clube Hípico de Santo Amaro, o
representando a Hípica Paulista, o jovem talento pernam-
jovem talento Pedro Tavora de Matos montando o experiente
bucano Guilherme Saraiva de Moraes Filho, bicampeão do
Yuri Itapuã garantiu o 2º posto, sem faltas, 34s89. Em 3º lugar
ranking brasileiro mirim 2006, 2007, pré-junior 2008 e duas
chegou o sempre competitivo Eric Zorzetto com Demi- Pracht,
vice-campeão brasileiro junior 2009 e 2010, levou seu ga-
pista limpa, 35s59, pelo Centro Hípico Zorzetto. Completaram
ranhão Utah W ao 3º posto em 49s, pista limpa. Na 4ª e
o placar da 4ª à 6ª colocação Yuri Mansur Guerios com QH
5ª colocação aparece o santamarense Rafael Mariante Ra-
Camargue Camera Hipismo, por Santo Amaro, João Vítor Lo-
mos da Silva montando Cassius du Ry e Idort Pharamond
renzini Fulani com Connonboy, pelo Centro Hípico Capi, e o
sem faltas em 54s02 e 54s18. Também pelas cores de Santo
cavaleiro da Sociedade Hípica de Ribeirão Preto Nelton Marcon
Amaro Pedro Tavaro de Matos, vice-campeão do mini GP em
apresentando Pavo QH Pandhor Wet, todos sem faltas, 35s72,
25/2, emplacou em 6º lugar montando Rhea Climber, com
41s30 e 42s29.
um derrube, 45s37.
GP 1,40M : No domingo, 26, encerrando com chave de ouro
o Amax Z RCLI”, admitiu Musa, 33, ao lado da amazona Rian-
esta 1ª Etapa do Torneio, o GP a 1.40m na tradicional pista
ne, que dessa vez comemorou a vitória de seu principal cavalo
de grama do Clube mostrou que a nata do esporte voltou em
como proprietária.
“Eu não esperava vencer, pois nunca tinha competido com
40
plena forma às pistas. Dos 35 concorrentes que largaram na
“Em nome da Federação Paulista de Hipismo (FPH), para-
1ª volta do GP idealizado por Carlos Alberto Raposo Lopes,
benizo o Clube Hípico de Santo Amaro pela organização dessa
13 fizeram pista limpa habilitando-se à 2ª e decisiva rodada na
grande festa do hipismo. As provas transcorreram em clima de
corrida pelo título.
tranquilidade sem nenhum problema e, como de costume, a
Montando Amax Z RCLI, Francisco Musa, bicampeão do
hospitalidade da casa é nota 10. Todos gostam de saltar em
ranking brasileiro sênior 2011 e 2009, deu show de catego-
Santo Amaro”, destaca Plínio Soares Junior, presidente da enti-
ria com pista limpa em 43s43, pelas cores do Helvetia Riding
dade na gestão 2012 / 2013.
Fonte: Louise Parkes / Foto: Roland Thunholm/FEI
Chiquinho do Brasil
Rolex FEI World Cup
Gotemburgo Em uma ótima surpresa para a Alemanha, o cavaleiro Marco Kutscher vence a etapa do ranking da Rolex com seu novo cavalo Satisfaction FRH em uma pista extremamente técnica.
> O cavaleiro carioca que já está habilitado a disputar a Final da Copa do Mundo 2011/2012 na Holanda, largou com bons resultados na temporada europeia. Disputando o CSI 3* de Neumünster na Alemanha, no dia 17/2, Chiquinho e Special fizeram pista limpa no prêmio Mercedes-Benz a 1.50m, mas um ponto por excesso de
Após apenas um mês de sua vitória da etapa da Rolex FEI World Cup em
tempo os deixou fora do desempate fe-
Zurique, Marco Kutscher vence novamente em Gotemburgo. Sobre a sela de
chando na 13ª colocação. Ainda na noite
Satisfaction FRH (Stakkato x Calypso II), estreante em competições deste nível,
do sábado, Chiquinho levou Cashmere D
o cavaleiro alemão admitiu que ficou bastante surpreso com o resultado.”Esta
ao 6º posto a 1.45m.
foi a minha primeira competição válida para a Copa do Mundo com este cavalo e agora tenho certeza que ele está apto para participar da final na cidade de Hertogenbosch, Holanda. Estou muito satisfeito com esta vitória”, afirma o cavaleiro de 36 anos. Encarando a pista extremamente técnica do course designer italiano Uliano Vezzani, dos cinco classificados para o desempate apenas dois cavaleiros obtiveram pista sem faltas. Marco Kutscher registrou 39s40, pista limpa. O segundo lugar coube ao cavaleiro Ludo Philippaerts montando Kassini Jac, sem faltas, 45s35. Ludo precisava dos pontos para conseguir a classificação para a Grande Final do ranking da Rolex, que será realizada no mês de abril. “Eu tinha que terminar entre os três primeiros para conseguir chegar a final. Quando entrei em pista, posso dizer que não tinha certeza se iria conseguir tal façanha. Felizmente pude contar com a velocidade do meu cavalo. Ele realmente lutou por mim”, comenta o cavaleiro belga. Ocupando a terceira posição, o conjunto formado pelo francês Kevin Staut
Mais Brasil > O brasileiro Felipe Guinato, ficou em 4º lugar no GP do
Sunshine
Tour,
disputado
na Espanha. Cinquenta e cinco conjuntos participaram do GP com obstáculos a 1,50m. No dorso de AD Baouche, o brasileiro foi um dos sete conjuntos que zerou o percurso na primeira passagem e se classificou para o desempate. O circuito do Sol será disputado em seis etapas, com a final apenas para os cavaleiros classificados.
e Le Prestige St Lois de Hus conseguiu o melhor tempo no desempate, baixando quase dois segundos do percurso de Marco Kutscher, fechando em 37s41,
1
Paraolimpíadas 2012
porém com uma falta no
> O Brasil qualificou sua equipe com direito
penúltimo obstáculo.
a 4 cavaleiros: Marcos Fernandes Alves com
Completaram o pódio
Luthenay de Vernay, Vera Lucia Martins Mazzilli
a amazona Katharina Offel
com Locomotion e Sergio Froes Ribeiro de
e sua montaria Fidji Island
Oliva com Igloo de Móis, ambos no Grau Ia. A
(For Feeling x Wanderer)
4ª vaga será definida entre 18 a 22 de abril, em
com a quarta posição, em
Brasília, no Campeonato CPEDI3. Serão 78 os
41s43, 4 pontos perdidos;
atletas paraequestres na luta por 11 medalhas.
e em quinto lugar, Philipp
Agora é esperar o quarto integrante e torcer
Weishaupt pela Alemanha,
muito para a equipe verde-amarela.
montando Monte Bellini (Montender x Ramiro), em 52s39, 9 pontos perdidos.
Hipismo gaúcho > O Summer Jumping foi uma novidade no calendário gaúcho 2012 e contou com
1. O grande vencedor Marco Kutscher e seu potente Satisfaction FRH.
a
participação
de
alguns
dos
principais
competidores do estado. No dia 25/02, Guilherme Fernandes montando Caetano JMen foi o campeão da prova de salto a 1,25m. O
2
2. Com Kassini Jac, Ludo Philippaerts conseguiu somar os pontos necessários para a disputa final do ranking.
major Leandro Balen com Ventury Sebastian JI venceu a prova de 1,15m.
n o t í cias - A D E S T R A M E N T O Fonte: Rute Araújo | Foto: Ney Messi
Adestramento brasileiro
nas Olimpíadas A amazona paulista é a primeira atleta do hipismo a carimbar o passaporte para Londres. Aos 20 anos, Luiza Almeida participa pela segunda vez dos Jogos. Em sua estreia em Pequim em 2008, aos 16 anos, entrou para a história dos esportes hípicos como a mais jovem atleta em Olimpíadas.
1
Com média final de 71,325% no Grand Prix Freestyle, última prova válida para pontuação rumo aos Jogos de Londres e realizada na tarde do domingo, 26 de fevereiro, no Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, Luiza Almeida montando Samba conseguiu assegurar para o Brasil a única vaga destinada aos países das América Central e do Sul na disputa individu-
2
al por medalha nas próximas Olimpíadas. Foi uma conquista e tanto. A amazona vinha disputando a vaga, nota a nota, com Ivonne losos de Muniz, da República Dominicana, que buscava seus índices em provas nos Estados Unidos. O desempenho das
1. A talentosa amazona Luiza Almeida e Samba, conjunto que representará o Brasil nas Olimpíadas de 2016. 2. Luiza conquistou o 1º índice olímpico rumo a Londres
duas nas pistas, quase que simultaneamente no final de sema-
com Pastor. Com esta montaria ela foi medalha de ouro
na, deu o tom do clima de expectativa. Luiza chegou à pista
Individual e Prata por equipe nos Jogos Mundiais Militares e
com uma pequena margem de vantagem sobre Ivonne Losos
conquistou o título brasileiro Sênior Top Freestyle de 2011.
de Muniz montando Liebling II. Com índices registrados com duas montarias – quatro com Pastor e dois com Samba, cavalos
próximos desafios internacionais, entre eles os Jogos Equestres
Puro Sangue Lusitano -, a atleta apresentou regularidade nas
Mundiais de 2014 na Normandia, França. Dona de duas meda-
notas ao longo das seis seletivas, enquanto Ivonne oscilava as
lhas individuais de bronze – no Pan de Santo Domingo, em seu
notas do Grand Prix e do Grand Prix Freestyle. E foi exatamente
país, em 2003, e no Pan do Rio 2007 – a amazona dominicana
esta inconstância da dominicana que atrapalharam seus resul-
também se mostrou uma atleta guerreira e adversária difícil.
tados. Em sua última seletiva, dias 24 e 25/02, em Burbank,
Competindo em seletivas nos Estados Unidos, Ivonne tentava
na Califórnia (EUA), Ivonne registrou 63,447% no Grand Prix
pela terceira vez carimbar seu passaporte olímpico. Se tivesse
na sexta-feira, 24. Na mesma prova, Luiza registrou no sába-
conseguido a vaga, seria a primeira vez que o Adestramento da
do, 68,021% com Samba e 65,809% com Pastor. No Grand
República Dominicana participaria dos Jogos.
Prix Freestyle, Ivonne registrou no sábado a média final de
As seis seletivas olímpicas em busca da vaga latino-ame-
70,500%, deixando para Luiza a responsabilidade de superá-la
ricana foram realizadas a partir de novembro do ano pas-
no desafio do domingo, 26. E não deu outra. Depois de uma
sado, após o Pan de Guadalajara, quando o Brasil não foi
bela apresentação com coreografia e música a amazona paulis-
ao pódio e perdeu o direito de participar dos Jogos de Lon-
ta cravou 71,325%, garantindo pela quarta vez a participação
dres por equipe. Participaram também das provas seletivas
do Adestramento brasileiro em Olimpíadas.
do Concurso de Dressage Internacional (CDI3*), os conjun-
Esta será a segunda vez que a amazona participa dos Jo-
tos Pedro Manuel Tavares de Almeida montando Toleirão
gos. Sua estreia foi nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, quan-
da Broa (65,191% no Grand Prix e 70,076% no Freestyle),
do aos 16 anos entrou para a história dos esportes como a
Rogério Silva Clementino com Sargento do Top (65,426%
mais jovem atleta do hipismo em Olimpíadas, título que era do
e 65,500%) e Luiza Almeida com Pastor (65,809% e
também brasileiro Rodrigo Pessoa, da modalidade Salto, que
68,000%). Rodolpho Riskalla montando Portugal participou
em 1998 competiu em Barcelona aos 19 anos.
da série FEI Olympic Grand Prix Special onde registrou as
A Ivonne Losos de Muniz, 44 anos, restou o consolo dos
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médias finais de 65,489% e 65,200%.
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Destaque do mês Ciro Abel
Nome: Leandro Jorge Cardoso Sobre o cavaleiro: Para o Bicampeão Catarinense da categoria Sênior, Leandro Cardoso, a paixão pelo esporte é quase genética. Seu avô participou da iniciação de grandes nomes no esporte como Luciana Camargo. Seu pai trabalhou com
Telefone: (51) 9641 7755 Centro Hípico Porto Palmeira portopalmeira@uol.com.br Rio Grande do Sul
a equipe brasileira na década de 80, e gerenciou por muitos anos clubes importantes como a SHPr e SHC. Além disso, seus dois irmãos Sandro e Luis Otávio trabalham como instrutores. Desenhador de percursos e instrutor, Leandro acredita que a profissão extrapola os limites das pistas. “Vejo-nos como educadores e que devemos utilizar o esporte para formar o caráter destes alunos. Busco transmitir a auto-confiança, disciplina e ensinar a prática do fair-play”, conclui.
Maurício de Oliveira Franco
Nextel: 92*176181 Sociedade Hípica Paranaense maudeoliveirafranco@hotmail.com Paraná
telefone: (48) 7812 0504 / 7812 0589 | email: ljccardoso@yahoo.com.br Guilherme Aguiar
Cristovão Delagerise
Telefone: (11) 8182 3344 Clube Hípico de Santo Amaro vitorteixeira@uol.com.br São Paulo
Telefone: (11) 7739 0108 Haras Buona Fortuna - Cotia guilherme@colband.com.br São Paulo
Telefone: (54) 8146 7833 Centro Hípico e Haras MD ctdellagerisi@hotmail.com Rio Grande do Sul
Fabio Sarti
Mariana Cassettari
Denis Gouvea
Telefone: (11) 8133 0190 Sociedade Hípica Paulista www.fabiosarti.com.br São Paulo
(48) 7812 0726 CEHIP www.cehip.com.br Santa Catarina
(51) 8126 2814 / 134*2902 Centro Hípico Lacan www.chlacan.com.br Rio Grande do Sul
Alexandre Gadelha
Rafael Lindner Dias
(47) 9977 3393 / 87*25578 Assessoria - Baln. Camboriú lindnerdias@yahoo.com.br Santa Catarina
Eroni Pacheco
Telefone: (11) 7310 0766 Clube Hípico Santo Amaro alex_gadelha@hotmail.com São Paulo Batholomeu Bueno de Miranda
Vailton Jaci Cordeira (Baíca)
(11) 8181.5030 | 55*7*33886 Sociedade Hípica Paulista tottyreplay@hotmail.com São Paulo
(41) 9987 4578 / 92*5248 Sociedade Hípica Paranaense baicahipismo@terra.com.br Paraná
Fernando Costa
Marcos Capra de Castro
(11) 7892.9887 | 7892.7885 Hípica Morumbi - wfhorse.com.br fernandojacosta@hotmail.com São Paulo
Telefone: (48) 9969 0390 Sociedade Hípica Catarinense marcos_capra_castro@hotmail.com Santa Catarina
Marcelo Blessman
Eduardo Marchezzi
Anderson Tonon
Telefone: (11) 8334 3434 Assessoria B.H. - Juíz Nacional B.H. mblessmann@hotmail.com São Paulo
Telefone: (41) 9622 3687 Sociedade Hípica Paranaense Paraná
(41) 7811.4246 - 92*3138 .78114720 Sociedade Hípica Paranaense www.andersontonon.com.br Paraná
Vitor Alves Teixeira
Telefone: (54) 9992 2722 Centro Hípico e Haras MD eronipacheco@yahoo.com.br Rio Grande do Sul
Tina Louise
(41) 7815-1304 / 120*26997 Sociedade Hípica Paranaense tinalouisevargas@gmail.com Paraná Cesar Almeida
(11) 9949 1344 / 5*4932 Manegé Pinus Park - Cotia cesaralmeidabr@gmail.com São Paulo
S e l arias Selaria Santa Rosa
Salto e Sela
Galope Sport
Telefone: (41) 3266 7831 Vitor Ferreira do Amaral -Jockey Club www.selariasantarosa.com.br Paraná
Telefone: (11) 5533 2990 Av. Santo Amaro 1775 www.saltoesela.com São Paulo
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Maison du Cavalier
Telefone: (11) 8380 0853 Alameda das meninas,265-Cotia www.horseshop.com.br São Paulo
(11) 5505 0900 | (21) 2535-8946 Soc.Hipica Paulista e Brasileira www.maisonducavalier.com.br São Paulo / Rio de Janeiro
Ecuyer
(51) 3311 1256 / 9333 1556 Av. Juca Batista 4931 mariahipica@hotmail.com Rio Grande do Sul Selaria Santa Rosa
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