Revista Mundo Equestre - Novembro 2009

www.mundoequestre.com.br

Bem-estar para cavalo e cavaleiro.

Número 19 | 2009

Nesta Edição #19

R$ 8,90

Especial

CSN/CSI-W Indoor SP

Nelson Pessoa

Encilhamento

Polo

O esporte dos Reis WEVA Congresso mundial dos veterinários de equinos.

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Afonso Westphal

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direção EXECUTIVA E SUPERVISÃO GrÁFICA

Manuela Merico

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Jornalista Responsável

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Redação e edição de texto

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Sarah Westphal Fotografia

Grace Carvalho

Alexandre Vidal

Caro Leitor,

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Daniel Davila - SC01075-JP

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Capa

Arquivo

Com o objetivo de transmitir o que há de mais valioso e interessante no mundo Departamento comercial

comercial@mundoequestre.com.br

dos cavalos, apresento-lhe a edição de novembro, repleta de informações e dicas para que você possa aproveitar ainda mais sua relação com seu amigo equino.

assessoria Jurídica

Merico Advogados arte e diagramação

Uniqe Comunicação

Este mês, a modalidade Polo ganha um destaque especial. Pinturas presentes nas cerâmicas chinesas das mais antigas dinastias demonstram que o esporte, originado no continente asiático, já conquistava adeptos há muitos séculos. Praticado por reis, sultões e imperadores, hoje a modalidade encontra-se mais acessível e popular, estando presente em todos os continentes. No Brasil, o Polo está em plena

Revisão

Sarah Westphal

ascenção. Para orgulho dos amantes dos esportes equestres, já conquistamos três

Equipe veterinária

títulos de campeão mundial.

Pedro Vicente Michelotto Jr. Lívia Medalha Araújo Valdir Tonin

Entrevistando o experiente cavaleiro Leonel Cecarelli, apresentamos uma retrospectiva do hipismo no país. Com 40 anos de carreira, o ginete aponta as principais mudanças ocorridas no hipismo nacional e exprime sua satisfação em ver o esporte

Redação e Administração

BemAmostra Editora Rua do Convento, 30 - sala 103 Centro - 88350-380 - Brusque - SC redacao@mundoequestre.com.br

Fone 41-3203.1960

cada vez mais bonito e estruturado.

Como raça do mês, trazemos os leais Cavalos da Islândia – Icelandic Horse. Capazes de realizar trabalhos pesados sob baixas temperaturas, foram essenciais para a sobrevivência da população local, que ainda hoje mantém um respeito muito grande por estes animais.

Impressão e acabamento

Editora e Gráfica Natal

Sejam bem vindos à edição de novembro, Todos os direitos reservados. Artigos assinados não repre­sentam necessariamente a opinião da revista.

Para sugestões ou dúvidas, fale direto com a redação, enviando e-mail para redacao@mundoequestre.com.br ou escreva para Rua Visconde do Rio Branco 1630, sala 705, Centro. CEP 80420 210 - Curitiba, PR.

ava

leir o.

Índice

ÍNDICE

8

Entrevista Muita história para contar José Leonel Ceccarelli

16

dicas Equipamentos de limpeza

18

SAIBA MAIS Polo

22

variedades O be-a-bá do Brasil

24

ESPECIAL CSN/CSI-W Indoor SP

30

neco PESSOA Como selar corretamente

32

12 Cavalo

pergunta veterinária Colocar chip em cavalo?

Islandês

34

Clínica veterinária Congresso mundial

Pequenos e Potentes

Álbum

Notícias

Teu mundo equestre

26 40 42

43 44 46

Quadrinhos

Classificados

Agenda

entre v i s ta Texto: Equipe Mundo Equestre | Fotos: Acervo entrevistado e Equipe Mundo Equestre

Foto: Equipe Mundo Equestre

José Leonel Ceccarelli

Muita história pra contar Com 87 anos, o cavaleiro José Leonel Ceccarelli resgata a atmosfera do hipismo paranaense e brasileiro da década de 40.

8

Com a experiência de mais de 40 anos, o cavaleiro José Leonel Ceccarelli estabelece relações entre o esporte de ontem e de hoje. Em sua época, o hipismo era muito diferente: os obstáculos eram mais largos; os cavalos, menores; e existia até um limite de peso mínimo para os atletas.

1) Quando o senhor iniciou no hipismo?

Paulo, e o Nelson Pessoa. Os atletas que se sobressaíam no

Comecei a praticar hipismo em 1945 quando vim para Curiti-

hipismo vinham do Rio de Janeiro ou São Paulo. Lá, eles

ba servir ao terceiro regimento de artilharia montada (RAM).

tinham melhores cavalos, já com criações voltadas para o

Antes disso, eu já tinha tido contato com o hipismo através da

esporte. No Paraná, os cavalos eram oriundos do Jockey

escola militar.

Club e de fazendas.

2) Quais as mudanças entre as técnicas de

5) O cavalo mudou?

ensinamento do hipismo de antigamente e

Atualmente os animais são mais altos e mais fortes. No meu

o atual?

tempo, não havia uma raça nacional própria para o esporte,

O aprendizado básico não se alterou muito, continua o mes-

como o Brasileiro de Hipismo, por exemplo. Então nós usáva-

mo. As ajudas continuam iguais. Contudo, o salto evoluiu.

mos outras raças e poucas pessoas treinavam cavalos para o

Antigamente, usava-se muito o galope esporte para saltar, de

salto. Havia muitos cavalos pequenos saltando.

modo que o cavaleiro chegava ao obstáculo com o assento fora da sela. Hoje, só se sai da sela na hora do salto.

6) Quais as diferenças entre os obstáculos de

O número de atletas que participam de competições tam-

antes e os de agora?

bém cresceu consideravelmente. Quando o quartel do

Houve uma mudança muito grande em relação aos obstáculos.

Boqueirão era de cavalaria, as provas tinham cerca de 30

Usávamos obstáculos naturais e os obstáculos eram bem dife-

inscritos. Depois essa quantidade girava em torno de 15 a

rentes uns dos outros. Os cavalos saltavam bastante em largura,

20. Atualmente, os campeonatos de Curitiba agregam às

atualmente saltam mais em altura. Além disso, obstáculos hoje

vezes mais de 200 conjuntos. Acredito que esta seja uma

variam somente entre a paralela e a vertical.

das mudanças mais significativas do hipismo.

Os obstáculos de antigamente eram muito bons para ensinar os cavalos porque o animal pode não respeitar uma

3) Quais os cavaleiros que ainda hoje man-

vara, mas tem que respeitar um barranco, por exemplo.

têm destaque?

Também havia mais diversificação: além dos fixos, tínhamos

Eu acredito que o Luiz Fernando Albuquerque seja um dos

outros obstáculos diferentes como o rolo com vara, que

poucos: já se destacava naquela época e se destaca até

consistia em um cilindro de uns 80cm com uma vara em

agora. Naquele tempo, ele era só um menino e já montava

cima ou mais adiante; sebe com vara, que era um caixote

com grande maestria. Hoje ele é ainda um dos melhores

com folhagem e com varas em cima para dar mais altura.

cavaleiros de Curitiba.

Essas armações faziam com que o cavalo saltasse tanto na vertical como na horizontal em um mesmo obstáculo, o que

4) Quais foram os melhores cavaleiros na sua

garantia um salto agradável.

opinião?

O material das varas também mudou. As varas do nosso

Aqui no Brasil, o General Eloi Menezes era um cavaleiro

tempo eram feitas de um bambu grosso que vinha de Foz

muito conhecido e era mesmo muito bom. Outros cavalei-

do Iguaçu. Nós não tínhamos esta madeira que é usada

ros muito competentes eram o Coronel Renyldo, em São

atualmente.

9

Fotos retiradas de arquivo pessoal do entrevistado, revista Equitação de 1949.

7) Qual era o problema mais frequente du-

9) E a respeito do transporte?

rante a prática do esporte?

Quando fazíamos uma viagem até São Paulo, os cavalos iam

Era a queda do cavalo. Os obstáculos naturais são mais perigo-

de caminhão. Dentro da cidade, para ir de um clube para o

sos do que os utilizados hoje em dia. Qualquer falha poderia

outro, nós mesmos íamos puxando os cavalos ou montados. Por

resultar na queda do cavalo.

exemplo do Boqueirão ao Círculo Militar, nos íamos puxando.

8) Qual a sua avaliação do hipismo atual?

10) Qual o seu cavalo mais especial?

O hipismo hoje está muito bonito, muito agradável, com

Foi o Kenny. Eu tive que vendê-lo pois fui transferido para ir

facilidades de acesso, de instrutores, de treinamento, pistas

fazer o curso da escola técnica. O Renyldo Ferreira, que consi-

boas, etc. Hoje há muito mais concorrentes e muito mais

dero um dos melhores cavaleiros do Brasil, montou o cavalo e

interação entre os cavaleiros de todo o país.

foi campeão Brasileiro de Salto de 1962 com ele. Este foi o meu melhor cavalo e o meu preferido. (FOTO)

10

11) É verdade que havia um peso mínimo para ser cavaleiro?

Sim, tinha que ter no mínimo 70 kg. Caso o cavaleiro fosse mais leve, havia mantas com encaixes para pesos de chumbo que eram colocadas para atingir o peso mínimo.

12) O que o hipismo representa na sua vida?

O hipismo para mim é um prazer muito grande, é um esporte que representa uma prática única: dois seres vivos integrados para atingir um só objetivo. É essa sintonia que torna o Salto difícil: tanto o cavalo como o cavaleiro têm que estar no ponto, têm que estar num bom dia.

ra ç a do m ê s Texto: Afonso Westphal

12

O cavalo Islandês

A resistência e a disposição dos Fiordes permaneceram intactas no pequeno, mas potente, cavalo Islandês.

13

O

s habitantes da Islândia

nos tenham vindo para a ilha junto com

guardam por seus ca-

os Vikings, que ocuparam o país no final

valos um respeito ad-

do século IX.Devido ao espaço limitado de

mirável. O motivo desta

suas embarcações, apenas os melhores e

admiração é o empenho com que esses

mais compactos exemplares foram sele-

animais contribuíram para o desenvolvi-

cionados para ocupar o novo país.

mento do país. A Islândia é uma ilha de

Diferentemente de outros países euro-

solo bastante infértil: campos congelados,

peus, a linhagem dos cavalos da Islândia

terrenos montanhosos e atividade vulcâ-

continua pura graças às leis de proteção

nica. Apesar dessas dificuldades, o cava-

da fauna, que baniram a importação de

lo Islandês sempre trabalhou com afinco

qualquer animal, inclusive cavalos. En-

e resignação na plantação de alimentos.

tretanto, a raça continua sendo exporta-

São os “funcionários do ano” desde que

da principalmente para países europeus

chegaram ao país, no século IX.

e Estados Unidos.

Resistência Viking

14

Por centenas de anos, o cavalo da Islândia foi o principal meio de trans-

Os cavalos da Islândia têm a estatura de

porte para os habitantes da região.

um pônei. Apesar do pequeno tamanho,

Devido a pouquíssimas estradas e ca-

são bastante fortes, resistentes e dispos-

minhos na região que permitissem a

tos. Eles apresentam duas andaduras ex-

passagem de veículos sobre rodas, a

tras: o “tolt” – corrida ao passo tão rápida

importância deste pônei como meio

quanto um galope curto, com andadura

de locomoção e transporte de merca-

de quatro batidas – e a “andadura voa-

dorias era muito grande.

dora”, na qual as pernas se movimentam

O solo da Islândia é montanhoso e vul-

lateralmente, ao invés de pares diagonais.

cânico, de modo que a participação des-

Outra característica peculiar dos cavalos

ses animais foi fundamental também nas

da Islândia é seu senso de direção. Estes

plantações de batatas e cereais que, por

animais são capazes de encontrar o cami-

muitos anos, garantiram a alimentação da

nho de volta para a casa mesmo quando

população. Por sua grande contribuição

estão a milhas de distância.

para o desenvolvimento da ilha e sustento

Acredita-se que o ancestral da raça seja

dos islandeses, estes cavalos são tratados

o nórdico Fiorde e que os primeiros equi-

com muito respeito e atenção.

Dócil e prático

Coloração:

O cavalo Islandês é ideal para crianças. Dóceis, inte-

No Studbook da raça admitem-se animais de todas

ligentes e francos, possuem as características neces-

as pelagens, porém a pelagem que mais se destaca,

sárias para garantir segurança e transmitir confiança

por sua excentricidade é a tordilha prateada. Com

aos jovens cavaleiros e amazonas. Além disso, são

o corpo castanho e crina e cauda mais claras, elas

muito rápidos: alcançam a marca de 48km por hora,

parecem prateadas devido ao contraste.

um feito incrível levando-se em conta sua altura reduzida, que varia de 1,22 m a 1,34 m.

Hoje em dia

Mesmo com baixa estatura, este animal é capaz de

Atualmente, a principal função desta raça é o pasto-

carregar adultos sem demonstrar esforço, devido ao

reio de ovelhas criadas na região, porém os animais

seu corpo compacto e ombros e pernas musculosos.

são largamente utilizados em esportes, como caval-

O cavalo Islandês possui comportamento calmo, é

gadas no gelo, corridas e salto infantil.

bastante companheiro e também econômico, pois

Por causa de suas andaduras peculiares, o cavalo

não exige grandes volumes de alimento.

da Islândia é popular em outros países, principalmente na Alemanha, Estados Unidos e Canadá.

Lá, são utilizados como pôneis para crianças e passeios equestres, além de participarem de shows e apresentações.

Embora o cavalo Islandês tenha estatura de pônei, ele é sempre referido como cavalo, pois no idioma islandês a palavra pônei não existe.

O respeito e carinho dos islandeses com esta raça é notável. Este selo foi criado especialmente para homenagear estes pequenos grandes “parceiros”.

dica s

Equipamentos de limpeza

Dicas escritas por:

Paulo Porto

Tratador Profissional Autor do Livro “A Arte de Tratar Cavalos de Esportes”

Cada tratador deve ter o seu próprio ma-

• Limpador de Ranilha: serve para

terial de limpeza. Isso impede a transmis-

limpar a parte inferior dos cascos. O bico

são de parasitas e micoses de um determi-

não deve ser afiado, pois pode cortar a

nado cavalo para outro. Caso você note

palma do casco ou até furar a ranilha.

alguma irregularidade no animal, é reco-

Este limpador é indispensavel. Antes de

mendável utilizar novo material para evitar

o cavalo sair da cocheira deve-se limpar a

a disseminação de doenças.

ranilha para retirar pedaços de madeira,

Para conservar seu equipamento, mante-

pregos e outros resíduos que possam ma-

nha-o sempre limpo e bem acomodado. Ter

chucar o animal.

uma caixa para guardar seus instrumentos

• Escova para crina e cauda: Usa-se

é ótimo para sua organização. Assim, sem-

uma escova comum para cabelos huma-

pre que você precisar, terá tudo à mão.

nos. Nunca utilize a escova do corpo do

Ítens de limpeza que considero fundamentais:

animal, pois a mesma arranca muitos fios

• Rasqueadeira: Em geral, é feita de

da crina e da cauda.

alumínio. É usada para tirar o pó e deve

• Esponja: Recomendo usar duas espon-

ser passada em movimentos circulares

jas, sendo uma para o focinho e olhos e

em pequenas áreas. Para evitar o acú-

outra para a região do ânus e vulva.

mulo do pó, bata a rasqueadeira nas costas da escova.

• Rasqueadeira de Borracha: usada para limpeza da cabeça e das canelas (patas). O material deve ser flexível.

• Escova para o corpo: Remove o pó e os pelos soltos pela rasqueadeira.

Deve-se possuir dois tipos de escova: uma de cerdas duras para o corpo e outra de cerdas macias para cabeça.

• Pano para brilho: Deve ser passado no sentido dos pelos para acentuar o brilho, logo após escovar.

ssai a am m ai a s is abi b Texto: RaulManuela Kleber Merico de Sousa Boeno - www.polocuritiba.com Texto:

Polo Duas equipes, oito jogadores e apenas uma bola. Preparem seus tacos, o jogo vai começar.

Breve histórico Sendo, talvez, o mais antigo dos esportes praticado pelo conjunto “homem-cavalo”, o Polo possui várias origens. Uma das mais conhecidas é que teria nascido de um costume existente no Tibete, no qual cavaleiros com bastões caçavam ratos e, na ausência destes, taqueavam uma bola revestida de pele. Alexandre, o Grande, um dos mais famosos polistas, conheceu o esporte durante seu avanço sobre a Pérsia.

A Índia, antiga possessão inglesa, irradiou o Polo para o Ocidente.

Alguns Oficiais de Cavalaria fundaram em 1873, na Inglaterra, o Hurlingham – primeiro clube de polo ocidental. Durante sua disseminação, o esporte chegou ao Brasil na década de 20, por intermédio de engenheiros ingleses que vieram ao país para a construção de ferrovias, encontrando aqui um terreno fértil para essa empolgante modalidade equestre.

O Brasil já levantou o troféu de Campeão Mundial de Polo em 1995 (Suíça), em 2001 (Melbourne) e em 2004 (França). Além disso, os brasileiros foram vice-campeões em 2008 (México).

18

Noções básicas Jogado a galope, duas equipes formadas por quatro jogadores cada disputam a posse de uma bola durante uma partida de até oito tempos de sete minutos e meio de duração. Vence o time que marcar mais gols. Entre os tempos, devido ao cansaço dos animais, os jogadores trocam de cavalos. Normalmente, os cavalos são recolocados em jogo após dois tempos de descanso.

Por ser o esporte coletivo mais rápido do mundo, no qual o jogador deve coordenar a velocidade do animal, de sua tacada e da bola, o cumprimento das regras do jogo é fundamental para proporcionar segurança aos praticantes. Cabe ressaltar que o taco somente pode ser conduzido pela mão direita e o uso do capacete é obrigatório.

Por se tratar de uma paixão, é difícil descrever uma partida de Polo. Nela, os polistas têm de tomar decisões em poucos segundos, tudo isso com grandes doses de adrenalina e, ao mesmo tempo, devem manter-se calmos para terem uma visão estratégica da situação naquele instante. Isso quer dizer que o Polo deve ser praticado com sangue quente e cabeça fria.

Basicamente existem dois tipos de partidas - aberta e handicap.

Na primeira, o jogo ocorre de forma normal: ganha o time que fizer mais gols. Na segunda, a equipe menos experiente inicia o jogo com uma vantagem de gols conforme a experiência dos oponentes (soma dos handicaps adversários).

O Cavalo O campeão brasileiro do Aberto de 1985, Ary Castilho, sugere que o cavalo ideal para esse esporte seria o mestiço, o mais próximo do PSI. No sul do país, o ideal seria a rusticidade do Crioulo e a velocidade e pulmão do Inglês. O animal somente deve jogar após ter completado cinco anos e ter temperamento dócil e valente (franco), possuir uma altura entre 1,52m e 1,55 m, ter lombo curto, anca, peito e pescoço largos e cabeça pequena. Além disso, deve saber fazer voltas para os dois lados, parar, romper, aumentar e diminuir a velocidade e, principalmente, não se incomodar com a interferência de outros animais.

19

Esporte dos Reis Assim é o Polo: mais do que uma modalidade equestre, um estilo de vida que sucede gerações e atrai cada vez mais adeptos à modalidade, na qual polistas, familiares e amigos se emocionam a cada jogada.

230 m de comprimento 130 m de largura, tábuas de 20 cm de altura formam a cerca a bola possui de 80 mm de diâmetro

BRASIL CAMPEÃO MUNDIAL • Suíça - 1995 • Melbourne - 2001 • França - 2004 • México - 2008 (vice-campeonato)

v ariedade s Texto: Sarah Westphal

O be-a-bá do Brasil Quantos dialetos existem

Em cada região do país, um jeito diferente de dizer a mesma coisa. Veja como o tempo e o espaço transformam o Português Brasileiro

dentro do Brasil? Quem já viajou para longe sabe que esta é uma pergunta difícil de responder. No país, todos falamos Português, mas isso não garante que seremos entendidos em todo o território nacional. Cada região possuiu uma enorme gama de expressões, sotaques e gírias que enriquecem a nossa cultura e tornam a nossa língua tão interessante.

O Brasil é marcado pela miscigenação e essa mistura influenciou nosso modo de falar. A vinda da família real para o Rio de Janeiro deixou como legado para os cariocas o R aberto e um S bem peculiar. No Rio Grande do Sul, a predominância espanhola fez com que o L mantivesse seu som característico, não sendo substituído pelo som de U, como acontece em Santa Catarina. O sotaque paranaense, por sua vez, conserva o som das vogais no final das palavras.

Já os regionalismos são as expressões muito comuns em determinados lugares, mas que soam muito esquisito em outros. O tanso de Florianópolis é o abestalhado de Salvador. O moleque do Rio de Janeiro é o piá do Paraná e o guri do Rio Grande do Sul. O mó do paulista é o tri do gaúcho e assim por diante.

Do mesmo modo como a língua se altera conforme o espaço, o tempo também influencia nas transformações do idioma. O “cri-cri” de ontem é o “mala” de hoje. “Supimpa” era legal “à beça” nos anos 60. O “massa” da década de 90 foi substituído por “da hora” mas ninguém sabe ao certo até quando essas expressões vão se manter “na crista da onda”. Só me resta uma certeza: meus filhos vão achar cafona.

esPECIAL Texto: Gustavo Vazquez Fotos: Equipe Mundo Equestre / Silvia Milani

CSN/CSI-W Indoor SP O CSN/CSI-W Indoor, realizado entre os dias 7 e 11 de outubro na cidade de São Paulo, estava à altura dos campeonatos europeus No picadeiro coberto da Sociedade Hípica Paulista, cerca de 450 atletas foram desafiados pelos percursos armados pelo campeão olímpico Conrad Homfeld. As dimensões reduzidas exigiram técnica e muita concentração dos competidores. Dosar esses dois elementos em alta velocidade foi a essência do espetáculo presenciado por um seleto público na Sociedade Hípica Paulista.

O grande nome do evento certamente foi o de Karina Johannpeter. A amazona gaúcha, montando Donna D, não apenas conquistou o Grande Prêmio do concurso no domingo, como também venceu na sexta-feira a seletiva válida para a final da Copa do Mundo em Genebra, Suiça em 2010. Com isso, nosso país foi agraciado com seu terceiro representante para o evento: em seletivas anteriores já haviam se consagrado o carioca Stephan Barcha, montando Krisnee du Defey, e o paulista José Roberto Reynoso Fernandez Filho, com Rochefort Jmen Sanol Dog Protécnica. A última seletiva em território nacional acontecerá nos dias 19 e 22 de novembro no Rio de Janeiro, na taque do evento Karina Johannpeter: des

Sociedade Hípica Brasileira.

Vinda de uma família de cavaleiros, Karina já possuía em seu histórico a medalha de bronze no Pan-americano de 2003, tendo sido reserva na conquista do ouro no Pan de 2007, no Rio de Janeiro. “Estou com a Donna D desde o início do ano e ela

24

vem evoluindo muito. Estou mui-

pista pode chamar a atenção do cavalo, os obstáculos são

to satisfeita, pois estamos formando

mais estreitos. O cavalo precisa estar em boa harmonia com

um conjunto cada vez melhor e ela está lutan-

o cavaleiro.”

do junto comigo. O hipismo é um esporte maravilhoso em

Um dos grandes méritos do concurso foi valorizar o signi-

que formamos uma parceria com um ser vivo”, comentou a

ficado do concurso indoor: toda a estrutura estava voltada

amazona após sua vitória. Sobre a participação na Final do

para o picadeiro oficial onde em nenhum momento se per-

Campeonato de Saltos, disse que “não tem coisa melhor do

dia o foco dos cavalos na pista, ressalta Navajas.

que representar o nosso país. Mas, é claro que é um cami-

O tradicional evento contou com uma premiação significa-

nho longo e de muito trabalho”.

tiva, cerca de R$ 220 mil, além de uma estada de 7 dias

Em relação às pistas houve, antes de mais nada, a inten-

em Aspen para a prova “Carro Cavalo” oferecida pela Snow

ção de aproximá-las às condições encontradas no exte-

Time e grande apoio de empresas como a Cavalaria Toscana,

rior. Para isso o course designer norte-americano Conrad

que cedeu capacetes e casacas para serem entregues aos

Homfeld, campeão olímpico, foi responsável pela armação

vencedores.

do concurso. Como desenhador de percurso, Homfeld já

Os principais patrocinadores do evento foram: Suzuki, Banco do

havia sido responsável pelas Finais da Copa do Mundo em

Brasil, Governo Federal, Case, Gerdau, e o hotel Tryp Berrini.

2000 e 2003, entre outros, sendo que em 2010 estará encarregado dos Jogos Equestres Mundiais em Kentucky, nos Estados Unidos.

A pista exigiu muito de cavalos e cavaleiros. O GP da Sociedade Hípica Paulista contou com a participação de 31 conjuntos e apenas 5 deles foram classificados para o segundo percurso de desempate. Segundo Homfeld, “A minha expectativa para o GP era que tivéssemos pelo menos oito conjuntos habilitados para o desempate. Acredito que os animais do Brasil estranharam a pista fechada.”

De acordo com o organizador do evento Marcelo Navajas, a exigência de uma pista indoor é, de fato, bastante alta.

“O intervalo entre os obstáculos não pode ser desprezado.

Cada centímetro a mais que você ganha em uma curva é importante para a abordagem do obstáculo seguinte. As provas indoor exigem muita concentração dos conjuntos, as curvas são feitas muito próximas ao público, a decoração da 25

Álbum

Foto: Grace Carvalho

Ana Maria Pasta, Cleide Leme, Luiz Trindade Cassetari e Rafael Brasil Conti Leme Joinville

Foto: Grace Carvalho

Adriana Brandt e Bruna Leme Joinville

Antonio Arcoverde, Bruna Fontanella e Ana Victoria Campelo - Indoor SP

Foto: Equipe Mundo Equestre

Foto: Silvia Milani

Cristina Harbich - Indoor SP

Angélica Gomes e Rodrigo Gomes - Brasília

Foto: Tim Maia

Podium do GP SHBr - destaque para o vencedor José Cabral Neto

Foto: Equipe Mundo Equestre

Emyr, Lucas, André, Ana Carolina Luiza e Victoria - indoor SP

Foto: Grace Carvalho

Fernanda assumpção, Miro e Larissa Melo Eohippus Curitiba

Fernanda Piva, Lourenço Vieira e Aline Vieira - Indoor SP

Foto: Equipe Mundo Equestre

Germano - Leme Joinville

Foto: Grace Carvalho

Gil Posseti, Chico Leite, Dino Moderno e Orlando Costa Júnior - Indoor SP

Foto: Grace Carvalho

Foto: Equipe Mundo Equestre

Foto: Grace Carvalho

Helena e Beatriz - Leme Joinville

Jessica Carvalho, Guta, Renata Yui E Flavia Esper Eohippus Curitiba

Álbum

Foto: Macro Foto

Joana Valente e seu Pai - Indoor SP

Foto: Equipe Mundo Equestre

Luiz Claudio Silva e Gary Norwood - WEVA SP

Mariana Erthal e Patricia Leitão - Eohippus Curitiba

Foto: Grace Carvalho

Patricia Zimmermann Nicolazzi e Claudia Halembeck - Leme Joinville

Foto: Grace Carvalho

Paulo, Marcelo Messias, Daniel Khury e Nelson Bufren - Curitiba

Foto: Grace Carvalho

Rafael Daher e Alunos - Brasília DF

Foto: Equipe Mundo Equestre

Foto: Macro Foto

Raquel Baccarin e Neimar Roncari

Foto: Grace Carvalho

Foto: Grace Carvalho

Rebeca Alho - Eohippus Curitiba

Foto: Silvia Milani

Rodrigo Ogliari e Pedro Biesus - Foz do Igua莽u

Rowin Von Reininghaus - Indoor SP

Foto: Macro Foto

Thomas e D贸ris Wolff - WEVA SP

A P R E N D E N D O C O M N E L S O N P E SS O A Fotos: Andressa de Mari , Christiane Morais e Sergio Stock

Como selar um cavalo 1º Passo: Higiene • o cavalo deve estar: limpo e escovado • a manta deve estar: limpa • O cuidado com a higiene é fundamental em todo o equipamento

Nelson Pessoa Melhor cavaleiro de todos os tempos

2º Passo: Fique atento para os detalhes a serem observados: Manta: • Como já mencionado, a manta deve estar limpa • A manta deve se encaixar no tamanho da sela, de tal forma que sobre um dedo na frente e atrás.

• Seu comprimento deve acompanhar o tamanho da aba da sela (1 dedo) • Observe para o final da sela não ficar sobre a costura da manta • O final da costura da manta deve ficar visível para que o peso do cavaleiro e da sela não façam com que a costura grossa da manta exerça pressão sobre as vértebras do cavalo • Levante a parte da manta que se encaixa na cernelha. Este cuidado evita que a manta “asse” a cernelha, devido a pressão que a sela pode exercer na manta • Não, é necessário ter a alça de prender a barrigueira, para você ter a certeza que a barrigueira ficou bem ajustada Proteção: • Use um protetor para os rins, preferencialmente de gel.

• Evitar usar excesso de proteção, para manter o “close contact”. Pois isto ajuda o cavalo e cavaleiro se tornarem um conjunto  Barrigueira: • O cavaleiro deve verificar se o aperto da barrigueira esta correto de tal forma que a sela fique firme, e ao mesmo tempo não machuque a barriga de seu cavalo 

Material sedido para fotos: Maison du Cavalier

Sela: • Deve ser confortável e anatômica, para o cavalo e cavaleiro • Quando for apertar a barrigueira, verificar se o “omelete”(protetor da aba da sela) está abaixado, cobrindo totalmente as fivelas da barrigueira, a fim de evitar que a aba da sela seja machucada (riscada) pelas fivelas.

• É importante também que o protetor de aba da sela não fique dobrado • Verifique se a sela esta nivelada, de forma paralela ao chão, onde não deve estar inclinada para trás ou para frente Loro: • Na hora de comprar o loro para sua sela, verifique o comprimento (tamanho) do loro.

• A compra do loro segue a mesma lógica de quando você compra uma calça. Ele deve ter o mesmo comprimento que sua perna.

• Caso seu loro seja muito comprido (pense quando a ponta do loro sai da sela e fica sobre a manta), é indicado reduzir a sua ponta. Isso evita de cobrir o logotipo da manta e do patrocinador, garantindo assim que seu equipamento tenha uma organização visual melhor Estribo: • Existem vários tamanhos e modelos de estribo. Para mulheres e crianças existem modelos com o tamanho reduzido, desta forma, evitando-se que, em caso de queda, que o pé do cavaleiro ou amazona passe inteiro por dentro do estribo Peitoral: • O peitoral não deve ficar apertado em excesso nem solto demais no cavalo.

• A medida correta é passar a mão entre o peitoral e o cavalo.  Cabeçada: • Na mesma lógica que o Loro, as ponteiras da cabeçada devem estar ajustadas e sem excesso de tamanho, evitando assim que as mesmas não fiquem batendo na cabeça do cavalo • O ajuste do comprimento da cabeçada deve ser feito para garantir que a embocadura fique confortável para o cavalo e garanta boa condução para o cavaleiro.

• A focinheira não devera ser muito apertada no cavalo, deixe 1 dedo de folga Bom treino,

per g u nta v eterinária Valdir Tonin - Médico Veterinário CRMV 1958

Pratico hipismo clássico e ouvi dizer que vou ter que microchipar meu cavalo. Isso é verdade? Quais as vantagens desse procedimento?

Pergunta feita por Juliana Parado Pires

Defendida em diversos países, a micro-

ros. Além de facilitar a inspeção veteri-

chipagem é uma boa saída para o con-

nária em esportes equestres, a prática

trole e identificação de animais. No

é menos invasiva que os métodos co-

Brasil, a partir de janeiro de 2010, será

muns de marcação, evita confusões

obrigatória a identificação eletrônica,

em possíveis trocas de nome e filiação

através da colocação de microchip em

e, por isso, pode e deve ser apoiada

todos os equinos que saltarão concur-

por prefeituras, associações das diver-

sos nacionais e campeonatos brasilei-

sas raças e entidades esportivas.

Envie suas perguntas para redacao@mundoequestre.com.br ou para a rua Des. Motta, 2175/502 - Centro, CEP 80420-190, Curitiba-PR.

C u rio s idade s Por Marcela Martins, MV, CRMV-PR 5285 Marcelo Miranda, MV, CRMV-PR 4407

1 2 3 32

Você sabia que os cavalos que possuem um membro “encastelado” tendem a ter o outro membro “achinelado” devido à sobrecarga neste membro?

Você sabia que as rachaduras de banda coronária se beneficiam com o uso do Expansor de casco, pois este impede que as rachaduras evoluam?

Você sabia que muitos cavalos têm alergia ao pó da serragem e do feno de alfafa, por isso recomenda-se umedecer o feno antes de fornecer ao cavalo?

32

clínica v eterinária Fotos: Marco Foto e Videos - Divulgação

Congresso mundial dos veterinários de equinos Pedro Vicente Michelotto Júnior e Lívia Medalha – Clínica Santa Fé Jockey Club do Paraná Realizado na última semana de setembro, no Guarujá, litoral paulista, o Congresso da Associação Mundial de Médicos Veterinários de Equinos (11º Congresso da World Equine Veterinary Association - WEVA 2009) reuniu mais de 1.200 médicos veterinários e estudantes de várias regiões do Brasil e do mundo.O congresso acontece a cada dois anos. A edição 2007 foi sediada em Moscou. Em 2011, será a vez da Índia.

A temática do evento abordou assuntos inovadores em reprodução, doenças infecciosas, clínica médica e cirúrgica, oncologia, terapia celular e doenças emergentes, além de difundir práticas e programas para cuidados de equídeos abandonados. Foi um encontro fantástico dos principais nomes da Medicina Equina do mundo palestrando sobre os mais diversos e atuais assuntos relacionados à saúde do cavalo.

Referências mundiais estavam presentes. O francês Dr. Jean Marie Denoix, especialista em diagnóstico por imagem, demonstrou na prática, com aparelho de ultima geração, o exame ultrassonográfico das principais estruturas dos membros de equinos. O professor da UC Davis School of Veterinary Medicine, nos Estados Unidos, e chefe do hospital veterinário nas últimas olimpíadas, Jack Snyder, 34

falou sobre cascos e lesões dos membros locomotores dos equinos atletas. Muitos outros nomes de peso como o pai da artroscopia no cavalo, Wayne Mcllwraith, e o renomado cirurgião Nathaniel White estavam presentes. Ambos escreveram livros que são a base da medicina veterinária equina.

O chefe do mais relevante grupo de estudos sobre garganta, Normand Ducharme, e Michele Leblanc, referência em reprodução, também abrilhantaram o evento.

Assuntos da atualidade, como a utilização do plasma rico em plaquetas em lesões de tecidos moles, a utilização do Tildren© em animais com graves problemas osteoarticulares e os estudos com células tronco, foram muito bem trabalhados e esclarecidos pelos palestrantes, mostrando alternativas de uso.

Destaque também para a Exposição dos Trabalhos Científicos, que teve mais de 300 trabalhos selecionados de diversos países, o que demonstra o desenvolvimento cada vez maior da pesquisa nas diversas áreas da Medicina Equina. A equipe da Clínica Santa Fé (Pedro Michelotto Júnior, Lívia M. Araújo, Cassiana G. Ramos e Andréa P. Santos) esteve presente.

O grupo apresentou os resultados obtidos com a inovadora técnica de injeção de plasma rico em plaquetas em lesões tendíneas e de ligamento suspensor do boleto, trabalho pioneiro no estado do Paraná.

Palestra de Jean Marie Denoix

Além disso, as mais importantes empresas do setor exibiram o que há de melhor nas áreas de nutrição, suplementos, medicamentos, ferrageamento e equipamentos para diagnóstico

nidade ímpar a todos os brasileiros. Além de proporcionar a

e tratamentos.

atualização de conhecimentos e estabelecer novos programas

Visto que o aprimoramento profissional contínuo dos médicos

de pesquisa, o evento promoveu o intercâmbio de experiên-

veterinários é fundamental, o 11º Congresso da Associação

cias entre os profissionais ligados a instituições de ensino e

Mundial de Médicos Veterinários de Equinos foi uma oportu-

pesquisa de todo o mundo.

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Perfil

ariana Prandini e o hipismo são inseparáveis. A atleta começou a montar aos

3 anos e se diz apaixonada pelos animais desde muito pequena. “Quando eu nasci, tinha um cavalinho na porta do hospital”, brinca. Hoje, aos 8, Mariana dedica suas tardes aos estudos e treina todas as manhãs acompanhada de sua família.

O maior exemplo de Mariana no mundo hípico é o pai, que a incentivou desde o início e é também seu instrutor. Segundo a amazona, a relação entre eles muda quando estão dentro da pista. Lá, ela deixa o papel de filha para se tornar uma aluna. À medida que a atleta se aprimora, crescem os obstáculos. Mariana começou a concorrer com 7 anos saltando 60 cm. Agora, prestes a completar 9 anos, já está em 90 cm. No campeonato realizado no C.E. Leme em setembro, Mariana conquistou o primeiro lugar com o cavalo Twister, sua principal montaria há um ano. “Estamos nos dando muito bem. Ele é muito manso, malhado, fofinho, querido e nunca dá coices”, conta Mariana.

Nome completo: Mariana Prandini • Principal montaria: Twister Onde monta: Haras Fischer • Categoria: 90 cm

Fotos: Tim Maia

N OT Í C I A S

Fonte: FPH / Country Press - Carola May e Rute Araújo | Fotos: Rafael Couto Gonçalves

Agromen

Catarinense de Escola Foto: Grace Carvalho

Fernando José de Assis Costa, campeão do GP Agromen

Fechando o tradicional Concurso de Salto Nacional no Haras Agromen em Orlândia De 2 a 4 de outubro foi realizado no

(SP) no domingo,18/10, coube ao paulista Fernando José de Assis Costa, o Bigorna,

Centro Equestre Leme, em Joinville,

o bicampeonato consecutivo no principal Grande Prêmio da competição.

o Campeonato Catarinense de Esco-

Montando Tollile Ahorn, Fernando, 31, ginete que monta no Haras Morumbi em

las e Categorias Sênior. Mais de 100

Atibaia levou a melhor no desempate do GP, a 1.50m, desenhado pela course-

atletas inscreveram-se nas mais di-

designer internacional Marina Azevedo.

versas modalidades, o que superou

Fernando e Tollile Ahorn cruzaram a linha de chegada sem faltas em 37s86 supe-

as expectativas dos organizadores.

rando demais quatro conjuntos que foram à decisão pelo título entre um total de

O grande destaque do campeonato

43 inscritos.

foi a amazona Mariana Cassetari.

Cada vez mais afiado, o carioca Rodrigo Marinho montando seu tordilho Monolino

Vencendo a prova de 1,30 metros,

chegou perto da vitória com pista limpa em 37s88, sagrando-se vice-campeão.

tornou-se campeã catarinense Sê-

A 3ª e 4ª colocação foram novamente para o Rio Janeiro com o jovem talento Luiz

nior 2009, e recebeu a faixa das

Francisco de Azevedo, o Chiquinho, apresentando Lady Blue sem faltas em 39s12 e

mãos do vencedor 2008, Artísio

Fábio Leivas com Lancelot Domar que zerou em 39s42.

Prandini Neto, presidente da Federação Catarinense de Hipismo.

A “Prova da Moto” contou com 20 inscritos e um emocionante desempate ao cronômetro. Rafael Lindner Dias, representante do Haras Colina do Sol, ficou com o primeiro lugar.

O Campeonato Catarinense de Escolas e Categorias Sênior teve apoio da seguradora Sabeme, cerveja Stella Artois, companhia de telefonia Claro e casa de paisagismo Garten Haus.

O conjunto Rodrigo Marinho e Monolino 40

Fotos: Grace Carvalho

Paranaense de Cavalos Novos

Paranaense de Amazonas Foto: Grace Carvalho

Paula Marchezoni Alho

Sediado pela primeira vez na Eohippus, o Campeonato Paranaense de Amazonas 2009 reuniu mais de 75 conjuntos de todo o Estado. As amazonas testaram suas habilidades nas provas desenhadas pelo course designer internacional VailEntre os dias 2 e 4 de outubro, Londrina foi

ton Jaci Cordeiro, o Baíca.

palco do CSE Copa Manège Refúgio, que reu-

Na categoria 1,00 m, a grande

niu 110 cavaleiros e amazonas paranaenses na

vencedora

disputa pelo ponto mais alto do podium.

Centro Equestre Cinco Estrelas

Com categorias de 0,40m a 1,20m, o evento também foi válido como Campeonato Paranaense de Cavalos Novos (quatro, cinco, seis e sete anos).

No sábado, 3, foi realizado um jantar festivo organizado pelos anfitriões do Manège Refúgio, a fim de confraternizar atletas,

foi a amazona do

Fernanda Ceconello Seixas.

Nas provas de 1,10m, quem ocupou o primeiro lugar do podium foi a atleta Eloisa Moro Gesuato, representando a Scuderia Kost.

Na altura 1,20m, destaque para a

familiares e amigos e também apresentar os belos cavalos do centro eques-

amazona de Londrina Paula Mar-

tre.

chezoni Alho com sua montaria

De acordo com o proprietário Rafael Berger Prochet, sediar o Paranaense

Polarium Jmen. Paula manteve

de Cavalos Novos foi uma oportunidade muito interessante: “Nosso haras,

sua boa fase e conquistou o título

além do ensino da equitação, está voltado também para a criação de cava-

de Campeã Paranaense 2009.

los. Foi muito prazeroso poder apresentar nossos potros e éguas durante o

O proprietário da Eohippus e

evento. Este concurso foi muito positivo principalmente quanto à recepti-

organizador do evento Marcos

vidade do público presente.”

Martins agradece a presença

O destaque no Campeonato Paranaense de Cavalos Novos coube ao ca-

das amazonas que alegraram o

valeiro Othamires da Costa, representante do Centro Hípico Maringá. O atleta, conhecido como Miro, foi campeão nas categorias Cavalos Novos 6 anos/1,20m e Cavalos Novos 7 anos/1,30m, além de ficar com a segunda

campeonato e demostraram em pista a competência do hipismo paranaense.

posição na categoria 4 anos/1,00m.

41

Teu Mundo Equestre

Mostre sua paixão pelo mundo equestre!

Não importa a idade, se você ama cavalos e tem algum desenho ou foto que deseja compartilhar, mande para nós. Sua imagem será publicada nesta seção, e todos vão poder conhecer um pouquinho do seu mundo equestre.

Meu nome é Fabia Cobra, tenho 45 anos e moro em Maringá – PR. Tive “AVC” (derrame) com 28 anos. Os cavalos e a Equoterapia são meus parceiros na minha recuperação. Gosto muito do centro onde faço equoterapia. Os cavalos e os profissionais me deixam sempre muito alegre e me ajudam muito na minha vida.

Prezados Amigos da Mundo Equestre Ao ler a reportagem “Embocaduras e uso de Rédeas Auxiliares”, de Manuela Mérico, da Revista Nº 15, particularmente sobre a Rédea Neco, achei ter encontrado a solução para meu problema. Estou trabalhando uma égua de 4 anos, que tinha muita dificuldade para engajar os posteriores e colocar o pescoço. Compramos uma rédea e passamos a utilizar no trabalho com diário. Em pouco tempo tivemos uma agradável surpresa, pois os resultados do uso da citada rédea são quase que imediatos. A rédea é fantástica. Hoje a ”Júnia” está engajando bem os posteriores e já coloca corretamente o pescoço. Obrigado à Revista pelas dicas e pela reportagem.

Como assinante desta conceituada Revista e iniciante no hipismo clássico, gostaria de ver publicada na edição, a foto da minha égua SS Safira, uma BH de sete anos,montada pelo grande treinador Beto, durante o CSE 5° Etapa do Ranking SHPR. Nessa prova, o conjunto ficou em segundo lugar.

Paulo Quintanilha

Eu e o meu cavalo Dakar, dep ois da minha primeira competição com ele. Natháli a Luna.

Hilda Helena Jacobina

42

Para enviar on line, entre em nosso site e clique em “Teu mundo equestre”. Se você preferir, mande uma carta para Rua Desembargador Motta 2175 – 502, Curitiba – PR, CEP 80420-190.

q u adrin h o s

Ilustração: Aline Rosa Garbellotti

O adestramento é a base para o salto, com ele você desenvolve o seu nível técnico. Peça umas dicas para o seu instrutor e treine com frequência e dedicação. Assim, os seus resultados serão cada vez mais positivos!

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AGENDA

Novembro

HIPISMO

5ª Etapa do Ranking FCH Local: Joinville Country Club

CSE Centro Equestre Gallope Local –CeqG

06 a 08

CBS Amazonas Local –CHSA

14 a 15

13 a 15

CSE 8ª Etapa do ranking FHBr Local - CHP

RIO GRANDE DO SUL

S Ã O PA U L O DISTRITO FEDERAL 46

CBS Cavalos Novos Local - SHP

IX Etapa – XII Copa Santo Amaro – VIII Etapa (final) Copa BH Local - CHSA

CSN Norte e Nordeste

06 a 08

17 a 22 27 a 29

Campeonato Catarinense de Amazonas Local: SHC

X Concurso Hípico Noturno Marechal Osorio Local –CDE/3o RCGd

13 a 15

CSN FHN / BMRS + 6a Etapa RG Escolas Local – 4º RPmon

26 A 29

CSN Copa Sul Local – SHPA

27 a 29

C. Brasileiro de Adestramento Mini-mirim, Mirim, Jr e J.C. Local: SHP

22

20 a 22

14 a 15 RN

Temporada Oficial da FPH Sociedade Hípica de Campinas Local – SHC

S Ã O PA U L O

28 e 29

C. Brasileiro de Adestramento Mini-mirim, Mirim, Jr e J.C. Local: SHP

19 a 22

CSI-W Cidade do Rio de Janeiro Local –SHB

31/10 a 01/11 S A N TA C ATA R I N A

PA R A N Á

8ª Etapa do Ranking SHPr Local – SHPr

05 a 08

Ranking Gaúcho de Adestramento 7ªEtapa Local: Haras HGG RS

21 e 22

CSN 71º Aniversário da Sociedade Hípica Brasileira Local – SHB

V O LT E I O S Ã O PA U L O

CSE Clube Hípico de Foz do Iguaçu Local – CHFI

RIO DE JANEIRO

31/10 a 01/11

ADESTRAMENTO

12 a 15

14 a 15

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