Revista Mundo Equestre | Junho 2010

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www.mundoequestre.com.br

Bem-estar para cavalo e cavaleiro.

Número 26 | Junho 2010

Nesta Edição #26

R$ 8,90

ENTREVISTA

Amazona Karina Johannpeter

Raça do mês

Tennessee Walking Horse

Salto

Sintonia para superar obstáculos Especial: A importância dos cavalos no antigo Império Persa



BLUMENAU 47

3037.5111

Rua Itajaí, 1373, Vorstadt

FLORIANÓPOLIS 48

3028.5111

BR 282, KM 3, Via Expressa


E D I TO R I A L

Caro Leitor Nesses mais de dois anos de revista temos observado o valor da persistência. Não houve até agora nenhum cavaleiro que tenha atribuído seu sucesso à sorte ou ao destino. Todos, sem exceção, afirmam que ao longo de suas carreiras aprenderam a suportar o fracasso sem desistir.

Nossa entrevistada do mês, a amazona Karina Johannpeter, vem a reforçar a importância do esforço e da dedicação na vida dos atletas, tanto iniciantes quanto experientes. Para ela, a humildade para continuar aprendendo é uma virtude essencial. Essa característica aliada à garra para colocar a teoria em prática constitui um requisito fundamental para quem quer evoluir no esporte. Na Mundo Equestre, sempre que citamos o nome dos vencedores dos campeonato não nos esquecemos dos que ficaram para trás. A esses, que voltaram para a casa desanimados e mesmo assim seguiram treinando, queríamos lembrar que, embora

Karina Johannpeter e eu, no The Best Jump 2010

as derrotas não constem no currículo de nenhum cavaleiro, elas fazem parte da história de todos eles.

Um boa leitura a todos

Editor


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Índice 08

Entrevista Karina Johannpeter

12

Raça do mês Tennessee Walking Horse

16

dicas Cuidados com o casco

18

SAIBA MAIS Salto

24

especial O cavalo no Império Persa

28

variedades África do Sul 2010

30

pergunta veterinária Cólica

32

Clínica veterinária Úlcera de córnea

08

12

18

22 34 38 39 40 42

álbum notícias Teu mundo equestre Quadrinhos classificados agenda

expediente Edição

Redação e edição de texto

Departamento comercial

Revisão

Afonso Westphal

Sarah Westphal

comercial@mundoequestre. com.br

Equipe Mundo Equestre

direção EXECUTIVA E

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e n tre v i s ta Texto: Equipe Mundo Equestre | Foto: Equipe Mundo Equestre

Karina Johannpeter

Destreza Feminina Karina Johannpeter está do outro lado do espelho de muitas das amazonas iniciantes do País. Classificada para concorrer nas finais da Fei World Cup 2010, vencedora da Liga Sul Americana 2009 e medalhista de bronze por equipe no Pan de Santo Domingo, a atleta gaúcha é atualmente uma das principais referências femininas do hipismo nacional. 8


Nesta entrevista, a administradora de 26 anos deixa um exemplo de persistência e humildade. Começa a lista de suas grandes vitórias pelo Campeonato Brasileiro de Mini Mirim, divide seu mérito com cinco cavalos e mostra a força de vontade de quem não apenas fez jus à fama das famílias Harbich e Johannpeter como ensinou o Brasil inteiro a dizer Karina.

Como começou sua trajetória no hipismo?

Qual foi a vitória mais marcante?

Eu comecei a montar bem pequena, na hípica de Por-

Para mim, a mais marcante foi a medalha de Bronze

to Alegre. Depois, parei por um tempo e, aos oito anos,

por equipe no Pan-Americano de Santo Domingo. Primei-

fui morar com a minha mãe na Alemanha, onde voltei a

ro, houve um momento de dificuldade e depois a recupe-

praticar hipismo.

ração. Acredito que tenha sido a conquista mais sofrida e também a mais impactante.

Quando foi que o hipismo passou a ser mais que um esporte? Eu já gostava, sempre gostei, mas no início eu era

E quanto aos cavalos, qual foi o mais especial?

medrosa. Eu ia à hípica com os meus pais, em família, era

Em cada fase da minha vida eu tive um cavalo impor-

um programa de fim de semana. Eu realmente comecei a

tante. Na época de Mini-mirim, Mirim e um pouco de Jú-

tomar gosto pelo esporte na Alemanha. Aos poucos, fui

nior, eu montava a Cassiana Joter. Com certeza, essa foi

me sentindo mais confiante e acredito que a paixão pelo

a égua que mais me marcou. Cassiana me acompanhou

hipismo tenha realmente despertado depois da minha

e foi com ela que eu saltei o meu primeiro Campeonato

primeira competição importante, o Campeonato Brasilei-

Brasileiro de Mini-Mirim. Depois, tive a Atlética, uma égua

ro de Mini-Mirim.

mais experiente, que tinha sido conjunto do Bernardo (Alves) no Pan-Americano. Meu irmão a montava e quando já

O que fez você perder o medo?

estava ficando um pouco mais velha ele cedeu a égua para

Foi natural. Comecei a ter aula uma vez por semana

mim. Nessa época eu já tinha também o Top Secret, que

em um pônei. Eu também fazia ballet, natação, jogava

está há quase dez anos comigo e foi Campeão Brasileiro de

tênis... Com o tempo, fui me dedicando mais ao hipismo

Jovens Cavaleiros. Hoje, minha mãe salta com ele as provas

e diminuindo a frequência a estas outras atividades. Até

de Amador. E não posso esquecer do O de Pomme, na fase

que chegou o momento em que eu montava sete dias

mais recente da disputa para o Pan-Americano 2007, e do

por semana e todos os outros esportes ficaram para trás.

Faust, claro, o cavalo com que concorri o Pan-Americano de Santo Domingo.

Quais são os seus principais títulos? Fui Campeã Brasileira de Mini-Mirim, de Mirim e de Jovens Cavaleiros. Também fui Campeã Interamericana de Júnior e Sul-Americana de Jovens Cavaleiros. Ganhei

No almoço em família, o assunto é cavalo? É, sem dúvida. Principalmente com o meu

três vezes a Liga da Final da Copa do Mundo. Já fui duas

pai, com quem eu convivo mais nos fins

vezes Campeã Brasileira de Amazonas. Venci o Grande

de semana. Falamos de cavalos, traba-

Prêmio de Valkenswaard (Holanda) e fiquei em quarto lu-

lho de cavalo, como melhorar, como

gar no Campeonato Europeu de Júnior. Enfim, eu não sei

evoluir, criação... esses são os assun-

todos de cabeça...

tos prediletos da família.

9


Foto: Equipe Mundo Equestre

Como é competir com parentes? É bem bacana. Já competi com o André, com o

10

Entre os cavaleiros, qual tem o estilo de montar que você mais admira ?

Caco.... Como o hipismo está no dia-a-dia da nossa fa-

Há cavaleiros excelentes em todo o mundo com di-

mília, então para nós é bastante natural. A gente torce

ferentes estilos de montar. Entre os brasileiros, o Rodrigo

um pelo outro, mas, com certeza, na hora da competi-

Pessoa é sem dúvida um cavaleiro em que me espelho. Eu

ção cada um quer ganhar. Acredito que isso é normal,

aprecio a forma como ele está montando, ele está extrema-

né?

mente maduro. É muito bonito ver a maneira do conjunto.

Como é a sua rotina de treino?

Muitas meninas se espelham em você. Você

Depende muito da fase em que estou. Por exemplo,

gostaria de mandar um recado para essas

eu trabalhei durante todo o ano passado e, por isso,

amazonas que querem crescer no hipismo?

pude treinar apenas umas duas vezes por semana e

Na minha opinião, o mais importante é ser humilde, é

nos fins de semana. Este ano eu consegui montar um

tentar sempre aprender e melhorar. Não é porque se ganha

pouco mais, pois terminei minha faculdade e passei uma

uma prova que já se sabe tudo. A gente tem sempre que

temporada nos Estados Unidos com o Rodrigo Pessoa.

olhar em volta e se espelhar. No hipismo é preciso ser muito

Eu me programo por semestre. Cada semestre é um

persistente, pois há muito mais momentos difíceis que vitó-

pouco diferente.

rias. Para mim, esse é o grande aprendizado que o hipismo


passa. Aqueles que gostam do esporte e acreditam nele, mas que não são realmente persistentes, acabam desistindo. Então, o meu recado para as pessoas que gostam de verdade é que elas insistam, sejam sempre persistentes, que acreditem, porque vale a pena. Eu acho que a dedicação é muito válida.

Você já participou de muitas provas importantes. Como é a expectativa antes de entrar em pista? Eu acho que a expectativa sempre existe, sem dúvida nenhuma. Não acredito que exista alguém que vá pular um Grande Prêmio de 1,60m e não fique nervoso. No meu ponto de vista isso é irreal. Penso que o mais importante é saber lidar com esse nervosismo, com essa tensão, pois essa apreensão também faz com que a pessoa se concentre mais e consiga um resultado melhor. Com o tempo e com a experiência, a gente vai aprendendo a manejar essa situação. O mais importante é saber lidar com isso e não esperar que um dia esse sentimento deixe de existir.


ra ç a do m ê s Texto: Sarah e Afonso Westphal Foto: Cortesia da “Tennessee Walking Horse Breeders’ and Exhibitors’ Association”

Tennessee

Walking Horse Esta raça americana é caracterizada por suas andaduras exclusivas. Largamente utilizados como cavalo de sela, os Tenessee Walking Horses propiciam um cavalgar harmônico, elegante e confortável.

12


Foto do cavalo: Stuart Vesty / Montagem digital: Bemamostra

13


Belos, robustos e agéis, esta raça possui qualidades quase inigualáveis. Seja bem-vindo ao universo dos Tennessee Walking Horses.

D

e natureza gentil e calma, o Tenessee Walking Horse tem como grande dife-

rencial suas andaduras peculiares. A maneira de andar desses cavalos se distingue das demais raças devido à habilidade para executar três movimentos: o passo em quatro tempos, conhecido como “flat foot walk”, o passo de corrida ou “running walk” e o galope curto “canter”.

Entendendo as andaduras Flat Foot Walk: é um passo rápido com velocidade média de 6 a 12 km por hora. Cada pata do cavalo toca o solo separadamente em intervalos regulares. O cavalo irá colocar a pata traseira em cima da pegada da pata dianteira. O ato de sobrepor a pata traseira sobre a pegada da pata dianteira é conhecido como sobre passo e é exclusivo da raça Tennessee.

O Tenesse Walking Horse, também chamado simplesmente de “Walker”, é considerado

Running Walk: É o passo mais conheci-

uma montaria extremamente cômoda. A ra-

do e atinge velocidades entre 16 a 32 km/h.

zão pela qual a raça desenvolve uma anda-

Esta andadura consiste basicamente em re-

dura tão suave e elegante pode ser explicada

alizar o “flat foot walk” de maneira mais ve-

por uma diferença na dinâmica do movimen-

loz. Para isso, o cavalo amplia a distância en-

to: o passo é realizado a partir do cotovelo,

tre as passadas. Com um passo mais largo, o

e não do ombro, transmitindo assim menos

“Walker” transmite ao cavaleiro a sensação

impacto ao cavaleiro.

de que está deslizando no ar, como se estivesse sendo impulsionado por alguma força.

Características

No running walk, alguns cavalos cadenciam

Esta raça possui ossos fortes que contribuem para sua robustez. Suas articulações

suas cabeças ritmicamente e balançam suas orelhas em perfeito movimento.

são bem constituídas, especialmente os fortes curvilhões, e propiciam o bom posicionamento das pernas posteriores sob o tronco ao caminhar.

Canter: Trata-se de um galope convencional executado de modo mais relaxado. O tranquilo subir e descer do animal resulta em um movimento semelhante ao de uma cadeira de balanço, sendo conhecido como “rocking-chair-gait”, ou seja, o passo da cadeira de balanço. O “canter” é um movimento feito em diagonal para a esquerda ou para a direita. No lado direito, o cavalo inicia o passo nesta ordem: dianteira esquerda, dianteira direita e traseira esquerda seguida pela traseira direita.

Jovem amazona realizando o Flat Foot Walk com sua égua T.W.H. Foto: Jack Greene


Foto: Heidi Rockhold

Origem A raça evoluiu no estado do Tenessee na metade do século XIX depois que os primeiros habitantes cruzaram as montanhas Appalachian para estabelecer postos de observação no Kentucky, Tenessee e Missouri. Com o tempo, os colonizadores mais abonados começaram a idealizar um cavalo resistente e potente para Além do talento para marcha e trote, a raça também pode ser utilizada para saltar

ser utilizado como meio de transporte durante a supervisão dos vastos territórios. O animal deveria ser capaz de levar seu dono por muitas horas cavalgando de maneira confortável e

Em 1935, fundou-se a Associação de

percorrer longas distâncias em uma velocidade

Criadores de Cavalo Tenesse Walking (Tennesse

razoavelmente grande.

Walking

Horse

Breeders

Association)

na

Através de cruzamentos com raças de

cidade de Lewisburg. Desde então, já foram

passo como o Canadense e Narragansetto e

registrados aproximadamente 300.000 cavalos.

outras como Puro Sangue Inglês, Standardbred,

Hoje, a raça está presente em todos os 50

Morgan e o Cavalo de Sela Norte Americano,

estados americanos e em vários países do

os Tenessee Walking Horse chegaram à

mundo.

configuração atual. No início, eram conhecidos

A

raça

Tenessee

Walinkg

Horse

é

como Cavalos Caminhantes das Plantações do

considerada uma das mais versáteis dos

Sul, em inglês “Southern Plantation Walking

Estados Unidos. Os americanos guardam tanto

Horses”. Sua característica mais marcante era

entusiasmo por este notável cavalo que o

a facilidade para realizar curvas acentuadas,

“Walking Horse Show”, realizado anualmente

entre uma coluna de plantação e outra, sem

em Shelbyville, atrai mais espectadores que

danificar as plantas.

qualquer outro evento equino no país.

Perfil - Pescoço: Arqueado e musculoso - Cabeça: grande com perfil retilíneo - Altura: de 1,52 a 1,72 metros - Pelagem: principalmente Alazão, Baio, Tordilho, Preto e Ruão. - Pelos: Crina e cauda abundantes

Foto: P.J. Wamble


di c a s

Cuidado com o casco Independente da idade do cavalo o

to importante e depende do estado do

cuidado com os cascos pode interferir

mesmo: se estiver seco ou quebradiço o

na vida atlética do animal. A saúde dos

ideal é que seja aplicada pelo menos três

cascos depende muito da alimentação

vezes por semana; se estiver úmido, uma

enriquecida com biotina e metionina,

vez por semana é suficiente.

conforme recomendação veterinária. A limpeza dos cascos sempre deve

os cascos sejam enxaguados logo após o

ser feita com muita atenção, garantindo

trabalho. Após a ducha, esperar que os

a conservação dos mesmos, pois com a

cascos sequem e assim passar a graxa,

limpeza é possível ver o estado do cas-

com o casco seco.

co, se este está ressecado, quebradiço ou Dicas escritas por:

Paulo Porto

Tratador Profissional Autor do Livro “A Arte de Tratar Cavalos de Esportes”

Em cavalos de hípica o ideal é que

com problema de ranilha. A utilização da graxa de casco é mui-

A graxa deve ser passada na seguinte ordem: Primeiro na sola do casco e depois na parte externa do mesmo.


17


ssai a am m ai a s is abi b Texto: Manuela Merico | Foto: Kit Houghton/FEI

Salto Foto:Kit Houghton/FEI

Encerraremos a Série Esportes Equestres com chave de ouro: nesta última edição, abordaremos o Salto.

O Salto se desenvolveu a partir das caçadas à raposa no século XVIII. Nessa época, os nobres ingleses começaram a cercar seus terrenos com o objetivo de demarcar a propriedade. As cercas, que poderiam significar uma limitação da atividade de caça, apenas aumentaram a adrenalina dos praticantes e modificaram os requisitos necessários. Além de veloz, o cavalo deveria ser corajoso para enfrentar as barreiras. O cavaleiro precisaria agora de muito mais equilíbrio e poder de liderança. Até então, o esporte era praticado em campos abertos, ao ar livre. Durante a segunda metade do século XIX, quando os ingleses criaram uma prova em campo fechado e com dimensões reduzidas, o Salto ganhou contornos mais parecidos com os atuais. As cercas deram lugar aos obstáculos e, é claro, já não se tratava de perseguir raposas. Dessas competições originaram-se os concursos que conhecemos hoje em dia. Em 1912, o Salto, assim como o Adestramento e o Concurso Completo de Equitação, foi incorporado às Olimpíadas. Nove anos mais tarde, fundou-se a Federação Equestre

18


Internacional com o objetivo de regulamentar

dos os atletas que “zerarem o percurso” serão

e difundir a modalidade. Os Jogos Equestres

submetidos a um novo trajeto. Se dois ou mais

Mundiais, a Copa do Mundo FEI e os Jogos

competidores completarem esse novo trajeto

Olímpicos destacam-se como as mais impor-

sem faltas, aí sim, o campeão será o conjunto

tantes competições internacionais de Salto.

que obteve o melhor tempo.

De acordo com a FEI, as provas de Salto

Nas competições regidas pelas regras “Ta-

obedecem principalmente a uma das seguin-

ble C” o único critério de classificação é o

tes regulamentações: “Table A” ou “Table C”.

tempo. As penalidades são convertidas em se-

A “Table A”, mais utilizada, tem como critério

gundos e adicionadas ao cronômetro do con-

de classificação o número de penalidades. As

junto que cometeu a infração. Conforme a FEI,

penalidades são mensuradas através de pon-

tanto nas provas “Table A” quanto nas “Table

tos. A derrubada de uma ou mais varas de um

C”, é determinado um tempo máximo para o

obstáculo e o primeiro refugo do cavalo equiva-

percurso. Quando esse limite é superado, o

lem a uma penalidade de quatro pontos. Existe

conjunto é automaticamente desclassificado.

também um tempo pré-determinado para a

Nas competições “Table A”, o segundo refugo

execução da prova. Quando o conjunto exce-

do animal também implica desclassificação.

de esse tempo, cada quatro segundos a mais correspondem a uma falta de um ponto. Desse

Obstáculos

modo, a meta do conjuntos é concluir o percur-

De modo geral, um percurso é formado

so com a menor quantidade de pontos possível.

por 8 a 12 obstáculos. Isso não correspon-

Existem dois tipos de prova que seguem a

de necessariamente ao número de saltos, pois

regulamentação “Table A”: as com desempate

existem obstáculos duplos e triplos. O nível de

e as sem desempate. Nas provas sem desem-

dificuldade da prova e altura dos obstáculos

pate, caso mais de um cavaleiro finalize sem

variam conforme a categoria. As categorias se

cometer faltas, o vencedor será o conjunto

diferenciam de acordo com a idade e grau de

mais rápido. Já nas provas com desempate, to-

preparo técnico dos atletas.

Foto: Dirk Caremans/FEI

19


No Brasil A Confederação Brasileira de Hipismo é a

de Hipismo (FPH) registrou mais de cinco mil atletas apenas na última década.

organização responsável por regulamentar a

No panorama internacional, o Brasil tem

prática do Salto Clássico em território nacio-

alcançado posições de prestígio. Os cavalei-

nal. A instituição foi fundada em 1941, exata-

ros Rodrigo Pessoa, Bernardo Alves, Álvaro

mente 300 anos após a primeira competição

Affonso de Miranda Neto estão entre os 50

da modalidade realizada no país. Conforme

melhores do mundo no online ranking FEI.

a CBH, a primeira prova ocorreu em abril de

Os atletas Pedro Veniss e Thiago Ribas estão

1641 na então cidade de Maurícea, atual Re-

entre as promessas da nova geração de ca-

cife, no estado de Pernambuco.

valeiros.

A oficialização dos esportes equestres ini-

Atualmente, o Athina Onassis Horse Show

ciou em 1863, com o surgimento da Escola

é o único evento cinco estrelas do Brasil. Em

de Equitação de São Cristóvão, no Rio de

2008, o concurso foi escolhido para sediar

Janeiro. Segundo a CBH, o Salto era então

a final do Global Champions Tour após ter

praticado principalmente pelas elites do eixo

sido considerado a melhor etapa do circuito

Rio - São Paulo. Hoje, o Estado de São Paulo

mundial de 2007. O AOHS está em sua quarta

concentra o maior número de competidores

edição e será realizado entre 3 a 6 de setem-

na modalidade: um levantamento realizado

bro na Sociedade Hípica Brasileira no Rio de

em 2008 indicou que a Federação Paulista

Janeiro.

Orgulho Nacional Nas Olimpíadas de 1996 e 2000 a equipe brasileira formada por Álvaro Affonso de Miranda Neto, Luiz Felipe de Azevedo, Rodrigo Pessoa e André Johannpeter conquistou a medalha de bronze. O cavaleiro Rodrigo Pessoa foi Campeão Mundial em 1998, ouro na categoria individual nos Jogos Olímpicos de Atenas, 2004, e venceu a Copa do Mundo de Saltos FEI três vezes consecutivas (1998, 1999 e 2000). Nos Jogos Pan-Americanos, a equipe brasileira foi quatro vezes campeã (Havana-1991, Mar del Plata-1995, Winnipeg-1999 e Rio-2007).



Álb u m

Felipe Juarez de Lima

Premiação de Theodora Ghizoni Junckes Haras MD

Karina Pacheco, Juliana Hoffmann e Henrique Zanella Cezar Sperinde e Mauricio Dal Agnol

O casal Anderson Reis e Andressa de Mari

Bel Scheer, Luli Parente, Elizabeth Gouveia, Osvair Soares, Thalison e Sofia Scheer

O olímpico Luiz Felipe de Azevedo

Edson Mangold, Anna Gabriela Mangold e Willian Pacheco


Foto: Ney Messi / Divulgação

Pablo Bentancur, Alvaro Albarracin, Tongas Farraco e Nicolas Elustondo

Orlando Facada e Alvaro Coelho

Karina Johannpeter, Werner Deeg e Jorge Gerdau Johannpeter

Karen Romano, Isabela Salles e Eduardo Lucas

Yuri, Giovana, Kelly, Nicole, Fernanda e Stephanie Juninho e Manuela Motta

André Blessman e Otaviano

Foto: Ney Messi / Divulgação

Stephan Barcha e Paula Alho

Regina T. Nunes, Daniele Pereira e Elizoneti de Farias


eS P E C I A L Texto: Gustavo Vazquez | Ilustração Shutterstock

O cavalo no Império Persa Entre os séculos VI A.C. e III A.C. os persas possuíam o maior império do mundo, dominando grande parte do leste da atual Eurásia e controlando a chamada “Estrada da Seda”, que se estendia desde o litoral chinês até o mediterrâneo. O que permitiu tamanho poderio foi sem dúvida a força

usar o arco e cavalgar”. O próprio historiador resumiu bem

do exército persa – estruturada ao redor de seus cavaleiros

a força do exército persa: “Os cavaleiros e suas carruagens

e carruagens de guerra. De fato durante o reinado de seu

fatais são invencíveis; não há homem capaz de vencê-los”.

maior líder, Cyrus, o Grande, as moedas eram forjadas con-

A raça mais utilizada era a já extinta Nisean, prova-

tendo sua imagem sobre um cavalo. Toda a civili-

velmente os cavalos mais fortes da antiguidade, também

zação baseava-se no convívio e manuseio destes

utilizada pelos babilônicos e assírios. Criada na região do

animais, embora apenas os aristo-

atual Irã, pouco se sabe sobre sua origem – supõe-se que

cratas pudessem possuir cavalos.

foram criados a partidos do cruzamento de Tarpans e de

De acordo com o grande histo-

um cavalo similar ao atual Caspian. Era o mais alto da épo-

riador grego Herodotus (484-430

ca: com 1,52 metros, pareceria pequeno comparado às

A.C.), os jovens persas

24

raças de hoje!

eram educados a seguir

Os persas não utilizavam arreios, usando apenas tecidos

três princípios: “dizer

grossos no lugar da sela; assim, eram capazes de contro-

sempre a verdade, saber

lar os animais apenas com as pernas. Os cavalos também


eram usados em atividades esportivas, como corridas

Mundo Equestre, que

e no “Chaugan”, similar ao Polo atual. Esta civilização

os Persas encontra-

também foi a primeira a usar os cavalos para a entrega

ram seu inimigo mor-

de correspondências, sendo os precursores dos famosos

tal, sendo derrotados para

Pony Express norte-americanos: possuíam postos de con-

assim dar lugar aos impérios

trole ao longo de seu território com cavalos prontos para

grego e romano, os precurso-

fazer qualquer entrega!

res da nossa atual

O responsável por isso foi Cyrus, cujas inovações re-

sociedade.

duziram o tempo de percurso entre as cidades de Susa e Sardis de 3 meses para 2 semanas. Para atravessar rapidamente essas 1500 milhas havia vários postos com cavalos, que se revezavam fazendo trechos pequenos. Como era usual nas civilizações da época, os cavalos estavam presentes em várias representações religiosas. O deus persa Ahura Mazda, a grande divindade deste povo, guiava uma carruagem puxada por quatro cavalos. Nas batalhas, era comum que uma carruagem vazia acompanhasse o exército, para simbolizar a presença deste deus entre seus súditos. O deus da guerra, Verethragna, muitas vezes era personificado como sendo um majestoso cavalo branco. Durante sua supremacia os persas eram constantemente invadidos pelos Scythianos e pelos Parthianos, também exímios cavaleiros. Mas foi apenas com Alexandre, o Grande, sobre o qual falamos na edição #21 da

Cavalo de Persépolis Persépolis foi a capital da antiga Persia. Era uma cidade exuberante, decorada com obras de arte das quais, infelizmente, poucas sobrevivem até hoje. Quando Alexandre Magno conquistou a cidade, ele deu ordens aos Macedónios para que a destruíssem, de forma semelhante ao que tinha feito com a cidade de Tebas, quando a Grécia foi conquistada. A maioria das esculturas também foi destruída no processo e o que resta hoje é uma pequena porção que serve como testemunha da grande capacidade artística daquele povo. Ao lado temos uma escultura de um antigo cavalo persa, uma das muitas estátuas que já decoraram os palácios dos reis.


i n f or m e

Homeopatia Desenvolvida por um processo de trituração e dinamização, a homeopatia é feita através da extração dos princípios naturais da Fauna ou da Flora, que são potencializados e transformados em micro-partículas que aumentam a aptidão imunológica do animal. A homeopatia deixou de ser um mito e hoje constitui

ocasionado por transporte, treinos intensos e adestra-

uma realidade em hípicas, centros de treinamentos e haras

mentos eleva o nível de cortisol, deixando o animal irri-

de todo o Brasil. Conhecida entre os pecuaristas e donos

tado. Com os fatores homeopáticos, esses níveis voltam

de cães e gatos, a homeopatia vem se difundindo também

à normalidade e mudança de comportamento é facilmen-

entre os proprietários de equinos que procuram aliar o tra-

te percebida.”, afirma a bióloga, engenheira agrônoma e

tamento de patologias ao bem estar animal. Segundo o

médica veterinária homeopata, Maria do Carmo Arena-

reitor da Universidade do Cavalo de Sorocaba, Aluísio Cruz

les. Ela ressalta que através da homeopatia é possível

Marins, a homeopatia é uma tendência mundial: “Vemos

minimizar lesões de tendão e problemas articulares.

cavaleiros e treinadores do mundo todo administrando-a.

Além disso, o tratamento pode ser eficaz no suporte de

Acredito que grande parte do sucesso está relacionado à

fraturas, que são curadas mais rapidamente, e também

homeopatia”.

ajuda a otimizar a virilidade, fertilidade e digestão dos equinos.

O que é? A homeopatia atua no organismo restabelecendo sua

Resultados

imunidade e aumentando sua proteção natural. Através

Segundo o proprietário e reitor da Universidade do Ca-

de um processo de trituração e dinamização, princípios

valo de Sorocaba, Aluísio Cruz Marins, a partir de um teste

extraídos da flora são potencializados e transformados em

realizado com animais da instituição e de clientes, verifica-

micro-partículas. Dessa maneira, obtém-se os chamados

ram-se algumas transformações interessantes do ponto de

fatores homeopáticos, medicamentos que aumentam a

vista estético, comportamental e de saúde. “Trabalhamos

aptidão imunológica do animal e não oferecem risco de

com cavalos de esporte, que viajam bastante e precisam

intoxicação. A homeopatia tem modo prático de aplica-

estar saudáveis. De forma preventiva, os medicamentos

ção, pois pode ser fornecida junto com os alimentos.

auxiliam muito no rendimento, no treinamento e nas provas”. “Com os fa-

Indicações O tratamento homeopático é indicado em casos de es-

tores homeopáticos, até as pelagens ficaram mais bonitas”, acrescenta.

tresse, lesões, cólicas, infecções, entre outros. “O estresse O Sr. Aluisio Marins utiliza homeopatia em seus animais



v ariedade s Texto: Gustavo Vazquez \ Imagens FIFA - South Africa 2010

África do Sul 2010 Fatos, notícias e curiosidades sobre uma das mais prestigiadas competições de todos os tempos: A copa do mundo de Futebol.

Estádios As partidas serão realizadas em 12 estádios, sendo o maior o de Johannesburg, com capacidade para quase 95 mil torcedores.

Estreia A Copa do Mundo de 2010 será a primeira realizada em solo africano.

Recorde O Brasil é o único país a ter participado de todas as Copas do Mundo. Em seguida temos a Alemanha e a Itália, com 17 participações cada. A seleção também é a recordista de vitórias (64) e gols (201).

1º Desaf io A primeira partida da Seleção Brasileira será contra a Coreia do Norte, no dia 15 de junho. É a segunda vez que a Coreia do Norte é selecionada para a Copa – a primeira foi em 1966, quando chegou às quartas-de-final.

Artilheiro O maior artilheiro de todas as copas é o brasileiro Ronaldo, com 15 gols, seguido pelo alemão Gerd Müller, com 14.

Africa Unite A bola oficial, nomeada Jabulani, é fabricada pela Adidas; ela contém 11 cores diferentes, simbolizando as diversas etnias da África do Sul.

Contrastes O jogador brasileiro mais velho é o zagueiro Gilberto, com 34 anos; o mais jovem é o meia Ramires, com 23.

Com vocês: Zakumi O mascote oficial chama-se Zakumi e é este leopardo com cabelos verdes.



per g u n ta v eteri n á ria

Qual o procedimento para primeiros socorros em cólica equina? Pergunta feita por: Jennifer da Cruz Plausina Médico Veterinário: Pedro Vicente Michelotto Júnior

É importante entender os aspectos que cercam o cavalo com cólica. Inicialmente, é preciso protegê-lo, porque dependendo do grau da dor (variável conforme a causa da cólica), o cavalo pode estar intratável, de difícil manejo. Nestes casos, o animal pode não respeitar os comandos de quem o está segurando e atirar-se no chão. Então, seguir caminhando com ele ajuda a distraí-lo psicologicamente. Isto pode amenizar o sofrimento, evita que ele se machuque mais e que o quadro se complique. Também, deve-se ter o máximo de cuidado em manter os curiosos distantes, pois, muitas vezes, mesmo com boas intenções podem se machucar ou levar alguém a se machucar. Dependendo da causa da cólica, pode ser tratada clinicamente ou precisará de intervenção cirúrgica. Por isso, é importante ter um profissional médico veterinário atendendo o cavalo o mais rápido possível, para avaliar e tratar o animal criteriosamente. O profissional vai intervir no controle da dor sem mascarar os sinais clínicos, corrigir os distúrbios metabólicos comuns na cólica e decidir sobre a necessidade cirúrgica o mais precocemente possível. Assim, é importante que o cavalo não seja medicado sem a orientação veterinária, para que não se corra o risco de mascarar ou mesmo complicar o andamento do quadro.

Envie suas perguntas para redacao@mundoequestre.com.br ou para a rua Visc. do Rio Branco, 1630/705 - Centro, CEP 80420-210, Curitiba-PR.

30



c l í n i c a v eteri n á ria

Úlcera de Córnea em Equinos Por Taís Brito Santana - Médica Veterinária. residente de Clínica e Cirurgia de Equinos na PUCPR Para os equinos, a visão é um sentido vital para a manutenção plena de suas atividades, principalmente no caso de animais atletas. Muitos cavalos conseguem se adaptar e viver bem com apenas um dos olhos funcionais, mas a cegueira completa compromete sua sobrevivência. Uma doença oftálmica bastante comum em cavalos é a úlcera de córnea. Esta afecção gera extremo desconforto ao animal e representa um risco à visão quando não é tratada de modo correto e rapidamente. A anatomia do olho dos cavalos, assim como a da maioria dos animais domésticos, é bastante similar a do homem. Uma das camadas mais externas é a córnea, um tecido transparente que protege as estruturas mais internas, estando sujeita a sofrer lesões ou úlceras, que por sua vez causam bastante dor. Normalmente, as úlceras são decorrentes de trauma direto sobre o olho, por galhos secos ou objetos misturados ao feno, como arames. Entretan32


to, também ocorrem secundariamente a outras afecções

cipalmente aquelas com apresentação profunda ou que re-

oftálmicas, como conjuntivites irritativas ou infecciosas, ou

cidivam. O resultado será fundamental para a escolha dos

ainda como resultado de uma doença sistêmica, por exem-

medicamentos corretos.

plo, a leptospirose. As lesões observadas podem ser desde

Finalmente, é importante salientar que, havendo úlcera

superficiais no epitélio corneano até perfurações completas

de córnea, nunca se devem utilizar colírios ou pomadas sem

na espessura da córnea, com prolapso (extravasamento) de

a orientação do médico veterinário, sob risco de causar com-

estruturas mais internas.

plicações e até ruptura da úlcera, comprometendo o olho e a visão do animal. O diagnóstico precoce permite o rápido

Sintomas Os sinais clínicos que os equinos apresentam em caso de úlcera de córnea são: lacrimejamento excessivo, queda da pálpebra superior devido a aversão à luz (o animal tenta manter o olho semi-aberto ou até fechado e, quando possível, busca sombras), miose (pupila se mantém contraída para minimizar a entrada de luz) e o aspecto esbranquiçado e turvo do olho, tornando-se completamente azulado com a evolução da doença. Muitas vezes, pode se observar ainda secreção serosa a purulenta (amarelada, grumosa) drenando pelo olho e inchaço doloroso de pálpebras.

Diagnóstico O diagnóstico deve ser realizado pelo médico veterinário o mais precocemente possível, considerando-se as úlceras de córnea como uma emergência em clínica equina. A confirmação é realizada por meio da aplicação de corantes específicos sobre a córnea. A parte danificada do epitélio corneano (úlcera) irá reter o corante aplicado, enquanto córneas íntegras não irão corar. As córneas que apresentam úlcera devem ter material coletado e enviado para exames de cultura e citologia, prin-

início da terapia mais adequada, sendo a chave do sucesso para a recuperação plena do animal.


N O T ÍC I A S

GCT Turim

Fonte: Rute Araújo

Lusitanos em Alta Fotos: Ney Messi / Divulgação

Foto: www.Globalchampionstour.com

Fonte: Presscom Comunicação

Rodrigo Pessoa e HH Rebozo

O campeão olímpico em Atenas 2004 Rodrigo Pessoa conquistou o seu lugar no pódio do dificílimo Grande Prêmio da terceira etapa do Global Champions Tour. Saltando com HH Rebozo, de apenas 10 anos, o brasileiro garantiu a terceira posição no desafio de 1,60m com o tempo de 41s12, com pistas perfeitas na primeira e segunda passagens e no desempate. O título da etapa de Turim da Fórmula 1 do hipismo ficou com o alemão Marco Kutscher no dorso de Cash 63, em 37s98 e triplo zero. Em seguida veio o conjunto da Grã Bretanha Nick Skelton/ Carlo 273, na marca de 38s18 e triplo zero. O Grande Prêmio distribuiu 300.000,00, sendo 100.000,00 ao campeão Kutscher, 65.000,00 ao vice Skelton e 40.000,00 ao tricampeão da Copa do Mundo Rodrigo Pessoa. Ao todo a etapa italiana do GCT deu 400.000,00 em prêmios. 

Com esta vitória, o alemão Marco Kutscher assumiu o topo do ranking do GCT com 105 pontos, passando o compatriota Marcus

Os bons negócios do Leilão de cavalos Lusitano de Victor Oliva Promovido por Victor Oliva em sua Coudelaria Ilha Verde, em Araçoiaba da Serra (São Paulo), no sábado, 22, o 13º Leilão Internacional Luso-brasileiro apresentou movimento comercial de R$ 1.227.000,00 e média individual de R$ 38.343,75 na venda de 32 lotes de cavalos Puro Sangue Lusitano. A estrela do leilão foi Zatar Comando SN que alcançou o maior lance, R$ 112 mil em negócio fechado entre José Carlos Garcia e o pecuarista Valdir Figueiredo da Silva. Criador de renome de gado Nelore, Valdir Figueiredo foi o maior comprador do leilão com investimento de R$ 292.000,00. Manuel Tavares de Almeida Filho, parceiro de Victor Oliva na promoção do leilão, foi o vendedor que melhor retorno obteve, com R$ 506 mil em vendas, seguido do anfitrião com negócios fechados em R$ 287 mil. Entre as atrações extras do leilão destaque para o lançamento da Coleção de jóias do designer mineiro Pedro Brando, o mesmo que desenhou a aliança de casamento de Nicole Kidman com Keith Urban.”Batizada” de “Coração Selvagem”, a Coleção desfilou no leilão brincos em forma de chicote, pulseiras em formato de arreios, argolas inspiradas na cabeça de cavalo, anéis em forma de estribos. Peças únicas, elas foram feitas artesanalmente em ouro, couro, pedras e brilhantes. O 13º Leilão Internacional Luso-brasileiro abriu a programação da 29ª Exposição Internacional do Puro Sangue Lusitano, evento maior da raça nas Américas e que movimenta o Clube Hípico de Santo Amaro, em São Paulo, de quarta-feira, 26, a domingo, 30.

Ehning, que liderava até a terceira etapa. Ehning está com 90 pontos, seguido por Patrick Mc Entee com 70 pontos. Rodrigo Pessoa aparece na 22ª colocação, 35 pontos. O atleta João Victor Marcari Oliva 34

Thaiza e Luiza Tavares de Almeida


Fonte: BR Sports - Bernando Monteiro \ Roberta Pinto

Oi Serra e Mar Foto: ALEXANDRE VIDAL

The Best Jump 2010

o campeão do GP 1,45m - Mario Appel

O paulista Mario Appel desbancou os favoritos e foi o grande vencedor do GP Oi Liberdade Total, com obstáculos a 1,45m, que encerrou a 2ª etapa do VI Campeonato Oi Serra e Os campeões do GP cidade de Porto Alegre: Loisse Garcia, Fabio Leivas e André Oliveira

Mar de Hipismo, disputado na Socie-

Contando com a já tradicional organização e hospitalidade, o The Best Jump

dade Hípica Paulista, em SP.

em sua 42ª edição foi uma mistura de técnica, beleza e emoções.

Montando Joffre de Rolonde Bom Sa-

Realizado entre os dias 28 de abril e 02 de maio, nas dependências da So-

bor ele foi o mais rápido no desempa-

ciedade Hípica Porto Alegrense, o concurso reuniu mais de 300 participan-

te da prova com o tempo de 40s em

tes de diferentes nacionalidades: Brasil, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia e

pista limpa. O 2º posto ficou para Ro-

Venezuela.

drigo Sarmento e Adelaide de Laubry

Além dos atrativos R$ 350 mil reais em prêmios, o torneio também contou

com 40s71, sem faltas. O conjunto

com a primeira etapa seletiva para a Copa Mundial de Hipismo, que aconte-

de Andrea Guzzo/Lucky Electra Xan-

cerá na Alemanha, em abril de 2011. Abaixo, confira algum dos ganhadores

go completou o pódio com o tempo

das provas do torneio:

de 40s83, também sem faltas. “Ganhei esta prova para a minha mãe. Ela faleceu há pouco tempo e

World Cup Qualifier - Prêmio Gerdau – GP 1,60m 30/04/2010

prometi a ela que venceria um Gran-

Yuri Mansur Guerios - Arlando Van Het Molenhof

de Prêmio em sua homenagem”,

Grande Prêmio Cidade de Porto Alegre – 1,50m 02/05/2010

disse o cavaleiro ao final da prova.

Fábio Leivas da Costa - Lancelot 215 da Zara Mini Grande Prêmio Oi – 1,40m 01/05/2010

Loisse Garcia - Spiritus Va Heffiner Prêmio White Martins – 1,30m 02/05/2010

Sara Pereira Willrich - Wogena Prêmio Jornal do Comércio - (Cavalos Novos 07 anos) – 1,35m 02/05/2010

Os 62 conjuntos que entraram em pista tinham 78 segundos para saltar os 12 obstáculos do percurso traçado pelo course-designer internacional Hélio Pessoa. Deles, 21 não cometeram infrações e garantiram a classificação ao desempate da prova.

Felipe Juares Lima - Zuleika Método

Na segunda passagem, Mario Appel

Prêmio o Sul - (Cavalos Novos 06 anos) –1,25m 02/05/2010

foi o 4º a entrar na pista e teve um

José Roberto Reynoso Fernandez Filho - Cordobes JMen SanolDog

excelente desempenho, não alcan-

Série Internacional – 1,35m 01/05/2010

çado por nenhum dos outros 17

Artemus de Almeida - Nicotina

classificados.

35


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• Nome: Fátima Vecchio Machado da Silva • Idade: 11 anos • Onde monta: Escola de Equitação Christus, PE • Categoria: Pré Mirim • Principal montaria: Olímpico Open Point.

“E

ste ano começou bem para a amazona Fátima Vecchio Machado da Silva. Em sua

primeira temporada na categoria Pré-Mirim, a atleta de 11 anos já foi campeã no CSN de Recife e ficou com o segundo lugar no CSN de Maceió. Apesar dos bons resultados de 2010, Fátima mostra que prima pela qualidade ao afirmar que sua conquista mais significativa foi a oitava colocação no Campeonato Brasileiro de Amazonas B 2009, no qual completou os percursos dos três dias de prova sem cometer nenhuma falta. A sintonia entre Fátima e o hipismo se estabeleceu cedo. “A primeira vez que montei tinha apenas dois anos. Meus pais disseram que não descansei enquanto não fiquei sozinha em cima do cavalo, com meu tio a conduzir pela rédea”, comenta. Fátima passou a ter aulas de equitação em 2005 e a praticar Salto em 2007. Hoje, ela treina de segunda a sábado, entre duas e quatro horas por dia. “Eu quero chegar o mais longe possível. Gostaria de levar a minha vida dentro do hipismo. Agora, sonho mesmo, é um dia ser campeã olímpica.” Para a atleta, a principal lição do esporte é perder o medo de enfrentar obstáculos. Até hoje, uma de suas provas mais difíceis foi superar a perda de sua primeira montaria, a égua Gezebel. “Ela era muito franca e me ensinou muito. Era uma ‘mãezona’ e aprendi muito com ela. Por sorte, uma semana antes, os meus pais tinham comprado o Olímpico e isso ajudou bastante. Mas continuo com uma enorme foto de Gezebel na porta do meu quarto”, conta.



Teu Mundo Equestre

Meu nome é Sofia, adoro desenhar.

Me chamo Wesley tenho 8 anos.

38

Mostre sua paixão pelo mundo equestre! Não importa a idade, se você ama cavalos e tem algum desenho ou foto que deseja compartilhar, mande para nós. Sua imagem será publicada nesta seção, e todos vão poder conhecer um pouquinho do seu mundo equestre.

Meu nome é Angela tenho 15 anos e moro em Guarulhos. Minha paixão são os cavalos e a musica toco piano há 5 anos e monto há 2.

Foto do atleta João Marcelo, recebendo o diploma de uma clínica de hipismo, ministrada pelo cavaleiro Vitor Alves Teixeira, no Centro Hípico Lago Sul. João Marcelo comemora seu 11º aniversário no dia 03 de junho. A Mundo Equestre deseja muitas conquistas e realizações para o jovem atleta. Parabéns!

Envie sua foto ou desenho para o email: redacao@mundoequestre.com.br. Se você preferir, mande uma carta para Rua Visconde do Rio Branco - 1630 - 705, Curitiba - PR, CEP 80420-210.


q u adri n h o s

Ilustração: Aline Rosa Garbellotti

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39


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AGENDA

Junho CAMPEONATO P. DE AMAZONAS Local – SHPR

RS

25 a 27

MG

S Ã O PA U L O 42

24 a 27

SP

25 a 27

DF

26

CSN CORONEL RABELO e seletiva sulamericana LOCAL – RPMON

3ª ETAPA DO RK GUARANÁ ANTARCTICA LOCAL: SHB

13

RANKING SHB E 2ª ETAPA E FINAL DO SEMESTRE DO RK LOCAL: SHb

ADESTRAMENTO

03 a 06

01

IV ETAPA DO RANKING / QUARTA-FEIRA LOCAL – SHP

IV ETAPA DO RANKING / SÁBADO Local – SHP

20

CAMPEONATO CATARINENSE DE ESCOLA LOCAL – C.E.LEME

CSE RANKING SHPA Local – SHPA CAMPEONATO BRASILEIRO DE MASTERS LOCAL – CHEVALS

II ETAPA DO CAI LOCAL – CHSA

3ª ETAPA DO RANKING LOCAL – CHP

12

4ª Et ranking Guaraná antartica LOCAL – shb

12

CGS MMR, PMR, MR, PJR, JR, YR E JOVENS CAVALEIROS LOCAL – SHPA

16 a 20

Campeonato PAULISTA DE AMADORES Local – SHP

C. PARANAENSE SenioR, JR, PJR, MR, PMR e MASTER Local - SHPR

03 a 06

XI INTER JUMP Local – Haras buona FORTUNa CSN COPA SÃO PAULO 5ª SELETIVA MUNDIAL C.N Local – SHP

25 a 27

26

III ETAPA DO RANKING PAULISTA DA FPH Local – CHSA

24 a 27 DF

16

CSE 4ª ETAPA DO RANKING DA SHPR Local – SHPR PA R A N Á

C. PAULISTA DE MINI-MR, PRE-MR, MR, PRE-JR, JR Local – SHRP

19 e 20

11 a 13

25 a 27 DF

2º C. hípico haras larissa Local – haras larissa

12 e 13

CANDANGÃO - CBrS ESCOLA, MMR, PMR, MR, PJR, JR E JC Local – SHBR

11 a 13

05

11 a 13

XII INTER JUMP Local –HARAS IMPÉRIO EGÍPCIO

SC

3ª Etapa do ranking interno de salto da shp Local – SHp

30

RJ

03 a 06

05 E 06

5ª ETAPA DO RANKING DA SHBr Local – SHBr

RANKING - V ETAPA Local –SHRP

SP

C. P. jovens cavaleiros Local – m. alphaville

S Ã O PA U L O

03 a 06

26 e 27

NACIONAL DE DEODORO LOCAL – C. D. DEODORO

12 e 13 PR

S A LT O

prova de adestramento LOCAL – scuderia kost




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