Revista Mundo Equestre | Maio 2010

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www.mundoequestre.com.br

Bem-estar para cavalo e cavaleiro.

Número 25 | Maio 2010

Nesta Edição #25

R$ 8,90

ENTREVISTA

Wiebpke Van de Lageweg

Raça do mês

Maremmano

Atrelagem

Descubra esta fascinante modalidade Especial: A importância da hidratação na prática do hipismo



BLUMENAU 47

3037.5111

Rua Itajaí, 1373, Vorstadt

FLORIANÓPOLIS 48

3028.5111

BR 282, KM 3, Via Expressa


E D I TO R I A L

Caro Leitor Começo esta carta propondo uma pergunta que para muitos pode parecer simples, porém cada vez mais me questiono se consigo respondê-la: Qual a real dimensão do universo do cavalo?

A cada matéria desenvolvida, cada nova entrevista, vejo como este mundo é amplo e rico. Percebo também o quanto podemos aprender e nos desenvolver junto a esta enorme gama de informações e sensações, que podem ser resumidas em apenas uma palavra: cavalos. Sempre buscando o que há de mais valioso dentro do segmento, trazemos como entrevistado o criador de cavalos Wiepke Van de Lageweg. Proprietário de um dos centros de reprodução mais conceituados do mundo, o VDL Stud, Wiepke é um homem determinado e sem meias palavras. Para ele, a busca incessante pelo aprimoramento é a chave do sucesso. Não é por acaso que mesmo tendo alguns dos melhores garanhões do planeta, o holandês ainda não considere seu plantel como ideal. Na seção Saiba Mais adentramos o universo da atrelagem, modalidade fascinante, porém ainda pouco explorada pelos brasileiros. Com diversas categorias e muitas emoções, é bastante popular em países como a Holanda e Hungria. Felizmente, a partir de agosto deste ano, teremos as primeiras competições de atrelagem no Brasil. Transmitir informações sólidas, interessantes e principalmente construtivas. Esta é a missão e o prazer da Mundo Equestre. Um boa leitura a todos

Editor


Anúncio


Índice 08

Entrevista Wiepke van de Lageweg

12

Raça do mês Maremanno

16

dicas Como evitar dermatites

18

SAIBA MAIS Atrelagem

24

especial Hidratacão x Atividade física

28

variedades Futebol Americano

30

pergunta veterinária Dermatofilose

32

Clínica veterinária Laminite

08

12

18

22 34 38 39 40 42

álbum notícias Teu mundo equestre Quadrinhos classificados agenda

expediente Sarah Westphal

Edição

Afonso Westphal

comercial@mundoequestre. com.br

Fotografia

Equipe veterinária

Grace Carvalho (Colaboração)

direção EXECUTIVA E

assessoria Jurídica

Merico Advogados

SUPERVISÃO GrÁFICA

Manuela Merico

Capa

Arquivo

Pedro Vicente Michelotto Jr. Lívia Medalha Araújo Valdir Tonin

arte e diagramação

Editora BemAmostra

Todos os direitos reservados. Artigos assinados não representam necessáriamente a opinião da revista.

Impressão e acabamento

Gráfica Impressul

Redação e edição de texto Departamento comercial

REDAção E ADMINISTRAção Rua 6

Equipe Mundo Equestre

Revisão

Visconde do Rio Branco 1630, sala 705, Centro. CEP 80420 210 - Curitiba, PR. redacao@mundoequestre.com.br ou ligue: 41 3203.1960


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e n tre v i s ta Texto: Equipe Mundo Equestre | Foto: Equipe Mundo Equestre

Wiepke Van de Lageweg

Criador de cavalos Fazer dos cavalos VDL uma linhagem de excelência vem sendo o objetivo do holandês Wiepke van de Lageweg desde 1982. Seus últimos 27 anos de vida foram dedicados à reprodução equina e à criação de vencedores. 8


Dono do haras que leva as mesmas siglas, o empresário que começou com apenas um cavalo de trabalho hoje possui mais de 750 animais e uma série de destaques em todo o mundo. Segundo Lageweg, um incansável processo de seleção e atenção redobrada aos pequenos detalhes é a chave para obter produtos de ouro.

Como foi o início do Haras VDL?

exemplares, vender cavalos para os estrangeiros e vê-

A princípio, eu vendia vacas e só em 1982 comecei

los contentes. Não vendo os cavalos que eu não quero,

a trabalhar com cavalos. Desde o início busquei fazer

e sim os que eu mais quero. Assim, as pessoas sempre

o melhor. Era assim com a criação de vacas e foi assim

estarão satisfeitas. Percebo que o Brasil está abrindo

também com os cavalos.

cada vez mais espaço para animais de qualidade.

Qual foi seu primeiro garanhão?

Em que características o senhor se baseia

O primeiro reprodutor era um cavalo de trabalho,

para decidir se um cavalo é ou não bom?

que puxava uma carroça. Levei o animal para a apro-

O animal precisa ter um bom caráter e querer traba-

vação de garanhões e ele ficou em 7º lugar. Mas eu

lhar para você. Se o cavalo precisa ser empurrado para

ainda não estava satisfeito: queria o melhor. Então o

que vá para frente, este não é um bom cavalo. Além

vendi imediatamente e comprei outro. O segundo era

disso, é necessária uma boa formação, ser um cavalo

muito bom, de forma que tudo começou muito rápido.

solto, ter um bom dorso, uma boa garupa.

Há muitos anos tenho os melhores garanhões e éguas da Holanda. Nossa criação é composta por aproximada-

Como foi a compra de Nimmerdor VII,

mente 60 éguas. A cada ano, excluindo suas próprias

considerado o melhor garanhão do mundo?

crias, compramos cerca de 140 potros. Ao todo, incluin-

Fui à uma seleção de garanhões com um cavalo que ti-

do os cavalos velhos, são 750 cavalos. Temos mais de

nha em sociedade com pessoas da Alemanha. No momen-

50 garanhões aprovados para reprodução em todo o

to da aprovação, notei que meu cavalo não era suficiente-

mundo, em 53 países. Na Holanda, temos cerca de 45

mente bom. Como já esperava, a comissão não aprovou

reprodutores, totalizando 95 garanhões.

o animal. Continuei sentado e pensei: “Vou ficar aqui até que veja um cavalo de que eu goste e que queira comprar.”

Onde está localizado o VDL?

Foi então que Nimmerdor entrou na pista. Eu estava na tri-

Nosso haras fica no norte da Holanda, em uma área

buna e lembro que ele me impressionou muito: tinha uma

onde há muitos cavalos e vacas. Durante o verão, quando

expressão muito bonita, trotava e galopava muito bem.

o clima está bom, todos os animais ficam soltos no

Imediatamente senti que este era o cavalo que eu queria.

pasto. Isto é muito importante para o desenvolvimento

Nimmerdor era 100% bom e eu sabia que ia ganhar tudo.

atlético dos cavalos, principalmente nos três primeiros

Comprei, e o que aconteceu é que ele se tornou o melhor

anos de vida. A comida que os potros recebem também

garanhão do mundo.

exerce um papel fundamental nesse sentido.

Como o senhor compararia a criação brasiComo é sua filosofia de trabalho, na questão de vendas de cavalos? Minha principal meta é sempre ter os melhores

leira e a européia? Não tenho a intenção de minimizar a criação brasileira: aqui, estão trabalhando muito bem, mas a maior

9


Foto: Equipe Mundo Equestre

criação do mundo está na Europa. Lá, há uma competição muito grande entre França, Bélgica, Alemanha e Holanda e creio que isso aumenta a qualidade. Quanto maior a concorrência, maior é o esforço para melhorar. Se paras e pensas: “Sou o melhor”, perdeste.

Qual é a parte mais difícil na reprodução equina? Acredito que a parte mais difícil seja encontrar cavalos com a conformação perfeita. Existem alguns países que criam cavalos com problemas nas pernas, por exemplo. Na Holanda isso não acontece, pois os critérios são muito rigorosos. Tudo tem que estar perfeito: uma boa conformação e uma boa mentalidade. Na minha opinião, é este rigor que faz com que a Holanda lidere o ranking mundial de criação de equinos, Salto e Adestramento. Na criação, há que se prestar muita

10


atenção nos pequenos detalhes para obter grandes resultados.

E qual é a parte mais recompensadora? Eu uso meu coração para colocar sempre o garanhão correto com a égua correta. Depois desta seleção, é necessário esperar 11 meses para que nasça o potrinho. É só depois desse tempo que posso ver se a cruza saiu como o esperado. Caso não saia, mudamos de égua ou garanhão. Se nasce um potro com pernas um pouco curtas ou com um casco um pouco grande, trocamos o par e esperamos mais 11 meses para saber se acertamos. Se pretendes buscar o melhor, nunca terminas.

O que é preciso para ser um criador de sucesso? A meu ver, o principal é que o material com o qual se trabalha seja bom. Saber selecionar é imprescindível. Se as éguas com que tu estás criando não são boas o suficiente, o melhor é trocar todas elas. Também é necessário descartar os cavalos com qualquer tipo de problema. O que melhor seleciona é o melhor criador.


ra ç a do m ê s Texto: Equipe Mundo Equestre e Sarah Westphal | Foto: Arquivo

12


Maremmano De origem italiana, estes resistentes cavalos foram escolhidos para refazer a viagem hist贸rica de Marco Polo, atravessando 2 desertos e 16 pa铆ses.

13


Maremmano é uma raça pouco conhecida ao redor do mundo que desempenha variadas funções em sua região de origem: a Itália.

L

á, o famoso “Cavalo

meras raças, entre as quais destacam-se os

Toscano” é utilizado na

Cavalos Árabes e Espanhóis. Seu Studbook,

agricultura, pela polícia

criado em 1980, conta com aproximada-

montada e pelos butteri

mente 400 animais registrados.

– vaqueiros italianos – devido à seu caráter

Embora não possua uma fama inter-

pacífico, aptidão para o trabalho e capacida-

nacional em competições de salto, os cru-

de para lidar com o gado.

zamentos com Puro-Sangue Inglês vem

Trata-se de um cavalo rústico: sua

aumentado as chances nessa modalidade.

beleza e simetria ficam em segun-

A primeira vitória significativa ocorreu em

do plano quando comparadas à

1977 quando Ursus del Lasco, montado

sua resistência e disposição. Os

pelo atleta Graziano Mancinelli, venceu o

Maremmana são animais fortes,

campeonato italiano. Através da introdução

com altura média de 155 cm,

do sangue PSI, os exemplares da nova ge-

capazes de suportar terre-

ração tornaram-se mais leves, ágeis e refi-

nos áridos e os climas mais

nados.

severos. Possuem temperamento dócil e são consi-

Conformação

derados muito econômicos

Os exemplares Maremmana apresentam

no que se refere à alimen-

cabeça longa e pesada, um pescoço muscu-

tação.

loso e cernelha proeminente, apresentam

Apesar de não haver registro exato, acredita-se

também uma ligeira inclinação no ombros, dorso curto e pernas fortes.

que os atuais Maremma-

As pelagens escuras são as mais comuns.

nos são semelhantes aos

Podem ser encontrados também nas colo-

animais usados pela civiliza-

rações cinza, castanho claro e até mesmo

ção etrusca que habitava a

branca.

região da Toscana antes do advento da era cristã.

Dispostos e atentos, estes animais con-

Os

quistam cada vez mais a preferência dos ci-

Maremmana não provém

dadãos italianos, que veêm no Marmmana,

de uma linhagem pura. Ao

além de um resistente companheiro, uma

longo dos séculos, foram

grande ajuda nos mais diversos ramos de

influenciados

por

inú-

atividade.

Carabinieri a cavallo: Policiais italianos em seus cavalos Maremmanos


A Façanha dos Maremmanos Para se ter uma ideia da resistência deste animal, em 2007 alguns cavaleiros italianos decidiram repetir a viagem que o explorador Marco Polo realizou no século XIII entre Veneza e Pequim, quando visitou a corte do imperador mongol Kublai Khan. A versão moderna do percurso ultrapassou 2 desertos e 16 países, levando 15 meses para ser completada. O cavalo escolhido para enfrentar essa difícil trajetória foi o próprio Maremmano, raça mais próxima daquela que Marco Polo e seus amigos utilizaram nos longínquos anos de 1271.

Devido à sua habilidade em lidar com o gado, o Maremmano é comparável ao Quarto-de-Milha norte-americano.


di c a s

Como evitar dermatites Todos animais estabulados tendem

2º) Quando as patas estiverem secas

a adquirir casquinhas (dermatites) nas

devem ser escovadas e rasqueadas com

patas, abaixo do joelho e também do

bastante atenção. Importante:: nas pa-

curvilhão.

tas, use apenas rasqueadeiras de borra-

Na maioria das vezes, esse problema é devido ao manejo inadequado na rotina diária de toalete do cavalo. Algumas pessoas associam o fato de

Dicas escritas por:

Paulo Porto

Tratador Profissional Autor do Livro “A Arte de Tratar Cavalos de Esportes”

cha. 3º) Se o animal utiliza ligas de descanso, verificar atentamente a limpeza dos panos.

colocar o cavalo molhado na cocheira

4º) Recomendo, sempre que possível,

com o aparecimento dessas casquinhas,

passar algum tipo de talco anti-séptico

também chamadas de carepas. Mas nem

antes de colocar as ligas de descanso.

sempre a umidade é o principal motivo.

Isso diminui a umidade nas patas dos ani-

Para evitar dermatites, é preciso cuidado

mais que ficam muito tempo com ligas

redobrado com a higiene.

em ambientes quentes.

Medidas de prevenção:

Tratamento:

1º) Caso seja necessário colocar o

Caso o animal já esteja com casqui-

animal molhado na cocheira, escorrer

nhas, não tente arrancá-las com a unha.

bem a água e depois passar um pano

A melhor maneira de curá-las é passan-

seco e outro com álcool.

do óleo de amêndoa ou pomada com Nitrofurazona. No dia seguinte, lave com Povidine ou shampoo que contenha Peróxido de Benzoila (Peroxidex ou Novapel) e, após secar, aplique pomadas que possuam bastante vitamina A. Repita o procedimento por pelo menos três dias e somente remova as casquinhas quando estas estiverem soltas. Fique atento a pomadas e produtos que não sejam Doping-Free.


17


ssai a am m ai a s is abi b Texto: Equipe Mundo Equestre e ABRAT | Fotos: Rinaldo de Craen / FEI

Atrelagem Com diversas categorias e cada vez mais popular em todo o mundo, descubra todas as emoções da modalidade.

A Atrelagem pode ser entendida como uma versão moderna das icônicas corridas de bigas, tão retratadas em filmes sobre o Império Romano. No início as competições de carruagens puxadas por dois ou quatro cavalos (bigas e quádrigas, respectivamente) eram a atração que precedia a entrada dos gladiadores nas arenas circenses. Após a Idade Média, o esporte ganhou outros contornos: praticado pelos nobres, era símbolo de status e refinamento. A atrelagem atual alia a adrenalina das arenas romanas à elegância da nobreza europeia.

As competições O Concurso Completo de Atrelagem é a prova mais difundida da modalidade, podendo ser entendida como uma espécie de “triatlon” que objetiva demonstrar a versatilidade do condutor e cavalo. A categoria foi oficializada pela Federação Equestre Internacional (FEI) em 1970. O Concurso Completo é composto por três etapas: Adestramento, Maratona e Maneabilidade. Na apresentação de 18

de Craen/FEI Foto: Rinaldo


Adestramento são avaliadas não apenas a ca-

Peculiaridades

pacidade do animal em controlar o veículo,

A atrelagem exige do condutor capaci-

seu passo e trote, como também a qualidade

dades específicas. Para comandar o cavalo

da carruagem e das roupas vestidas pelo con-

e fazê-lo guiar a carruagem à perfeição é

dutor e seus passageiros. A beleza e a simila-

preciso, acima de tudo, um bom comando

ridade entre os cavalos estão entre os outros

de voz e também o uso do chicote. Por sua

critérios de julgamento.

vez, os cavalos devem possuir determinadas

A segunda e mais importante atividade é

características para obter sucesso nas provas:

a maratona. Cavalo e condutor testam suas

serem fortes, de porte elevado e andamentos

habilidades em um percurso de 10 a 27 quilô-

progressivos e alongados, apresentando boa

metros através de terrenos difíceis. Esta etapa

suspensão no trote, tendo em vista que esta

é composta por inúmeros desvios abruptos

andadura é a mais exigida dentro da moda-

e passagens estreitas, como pontes, sempre

lidade.

sob a contagem de um cronômetro. Na prova

O Concurso Completo de Atrelagem faz

de maratona, o condutor leva um auxiliar que

parte dos Jogos Equestres Mundiais. Os maio-

funciona como contra peso nas curvas mais

res vencedores da competição são a Holan-

fortes.

da, França, a Alemanha e a Hungria. Dentre

Por fim, há o teste de maneabilidade, que

as raças mais utilizadas estão, o Oldenburg,

equivale à uma competição de salto para a

Morgan, Puro Sangue Lusitano e outras raças

carruagem. No lugar de obstáculos, são uti-

de origem europeia.

lizados cones. Sobre cada cone é colocada

No Brasil, utiliza-se principalmente o Bre-

uma esfera que, caso o animal ou a carrua-

tão, o Clydesdale, Haflingers e o Lusitano.

gem esbarrem, cairá, descontando pontos do

Segundo a FEI, a prova pode ser também pra-

competidor.

ticada com pôneis.

Foto: Dirk Caremans/FEI

19


No Brasil

Atrelagem Adaptada

Em nosso país, foi fundada em 17 de de-

Esta categoria surgiu das dificuldades

zembro de 2009 a ABRAT – Associação Bra-

encontradas na prática de Equoterapia por

sileira de Atrelagem. A partir desta data, a

pacientes que apresentavam limitações que

Entidade conta com apoio da CBH e faz parte

impossibilitavam montar no cavalo, tais como

do calendário hípico brasileiro. As primeiras

sobrepeso e insegurança excessiva.

competições de atrelagem no Brasil, devem começar à partir de agosto de 2010.

Através da Atrelagem adaptada, estes pacientes acompanham o condutor da carruagem e assim conseguem estabelecer um vínculo com o animal e experimentar novas sensações.

Resgatando o Passado As carruagens desta modalidade são verdadeiras réplicas de modelos antigos. Embora feitas com alta tecnologia, seu desenho e estrutura respeitam as limitações que existiam no passado: as rodas, por exemplo, não possuem pneus. A tração pode ser realizada por um (single), dois (pair), quatro (four-in-hand) ou mais cavalos (team). Os maiores torneios geralmente são realizados com quatro animais. Foto: Rinaldo de Craen/FEI



Álb u m

Claudia Alves e Marcos Teixeira

Thais Marques e Folly

Nélio Carrara Dr. Marcos Korukian

Dionatan Barbosa e Andrei Gomes Bertolini

Thalison e Sofia Scheer

Cristine Lopes e seus cães: Jolie e Mike

Anderson Reis e Silva e Vailton Jaco Cordeiro, o Baíca


Foto: Ana Paula Carvalho

Sérgio Brandão

Carlos Nuzman e os irmão João e Antonio Oliva Fernando Penteado, Zé Luis Carvalho e Arthur Penteado

Fernando, Julia e Carolina

Ninfa Paredes, Ninfa Cafarena e Diego

Carlos Gerdau Johhanpeter e Eduardo Strutz Ana César Kisner e Ieda Maria Kisner Tevah

Flavia, Marília, Gabriele, Ananda e Ana Paula

Toninho Costa, Marco Alho e Marco Alencar


eS P E C I A L Texto: Dr. Marcos Korukian | Fotos: Arquivo

Hidratação x Atividade física O hábito de ingerir líquidos antes, durante e após a atividade física deve ser introduzido e estimulado durante o treinamento. Descubra os motivos pelo qual a hidratação se faz quase impressindível durante a prática do esporte

O principal objetivo da hidratação durante a ativida-

24

Durante a atividade

de física é evitar que ocorra o desequilíbrio hidroeletrolí-

Manter a hidratação constante. Deixar a garrafinha

tico e as consequências da hipertermia. A água perdida

próxima e habituar-se a ingerir água sempre que possível.

durante a transpiração pode resultar em desidratação,

Durante o evento é recomendada a ingestão de lí-

levando à deterioração da capacidade de executar exer-

quidos a cada 15 - 20 minutos, na quantidade de 180

cício e prejuízo à saúde.

- 250 ml, numa tentativa de repor as perdas que ocorrem

A ingestão de cerca de 2 litros de líquidos diaria-

através da sudorese. Infelizmente, fatores como diminui-

mente é recomendada como hábito alimentar adequa-

ção da percepção da sede e pouco acesso às bebidas de

do para qualquer indivíduo. O atleta deve ter especial

hidratação podem afetar negativamente o estado de hi-

atenção à sua hidratação.

dratação do atleta.

Cavaleiros e amazonas devem iniciar sua participa-

Para atividades de longa duração ou de alta intensidade

ção em competições com estado ótimo de hidratação.

recomenda-se a adição de carboidratos, na proporção de

Para isso recomenda-se a ingestão normal de líquidos

5 - 10% às bebidas, tanto antes como durante o even-

durante o dia, a ingestão de 500 ml duas horas antes

to. Os carboidratos estão na forma de sacarose, glicose,

e de 250 a 500 ml 15 a 30 minutos antes de dar início

frutose e maltodextrina. Não se recomenda a utilização

aos exercício.

de bebidas contendo apenas frutose, pois podem causar


distúrbios gastrintestinais. A oferta de carboidratos ajuda na manutenção da glicemia e retardar o início da fadiga. A adição de sódio à bebida de hidratação só é recomendada para provas com duração superior a 4 horas, com o objetivo de prevenir a hiponatremia (diminuição do Sódio no Sangue) . Fatores que interferem com a palatabilidade (paladar) são importantes para melhorar a aceitação de líquidos: temperatura, adição de sódio, sabor da bebida. A bebida de hidratação deve permitir um rápido esvaziamento gástrico e rápida absorção intestinal. Para isso,

Após a atividade Principais objetivos: hidratação e recuperação dos estoques de energia. Imediatamente após o exercício, a enzima glicogêniosintetase é ativada pela depleção dos estoques de glicogênio e é importante iniciar a reposição de carboidratos com o objetivo de repor esta reserva. O atleta deve receber líquidos à vontade, de preferência acrescidos de carboidratos (1 - 2 g/kg), repondo as perdas hídricas e iniciando a reposição dos estoques de glicogênio.

devem ser observados: volume ingerido, temperatura, osmolaridade e composição de carboidratos.

Evite o jejum antes da competição

Bebidas alcoólicas, bebidas gaseificadas, chá preto,

O jejum deve ser evitado, pois contribui com a diminuição

chá mate e café e sucos de frutas concentrados não são

dos depósitos de glicogênio (energia muscular), predispõe à hi-

recomendados para a hidratação durante a atividade física

poglicemia e favorece a utilização das proteínas como substrato

por provocarem alguns efeitos indesejados.

energético, o que prejudica o rendimento.

Alimentos e o Índice Glicêmico Índice Glicêmico (IG) é a habilidade do alimento em fornecer glicose a circulação sanguínea. Os alimentos com IG baixo e moderado entram lentamente na circulação sanguínea fornecendo energia continuamente. Os atletas devem dar prioridade para esses alimentos (maçã, barras de cereal, leite, etc).

IG Alto (rápida)

IG Moderado (média)

IG Baixo (lenta)

Glicose, gatorade,

Bolo simples, suco de laranja,

Maçã, pêra,

batata assada, flocos de

batata cozida, arroz, pipoca,

barrinhas de cereal,

milho, wafers, mel,

batata doce, banana madura,

leite, iogurte,

melancia, pão branco,

feijão,laranja, macarrão, All

frutose

açúcar, uva passa,

bran

bolachas

Série Nutrição para atletas (ed. 24) e Hidratação x Atividade física (ed.25) escrita pelo médico traumatologista e diretor médico da CBH Dr. Marcos Korukian.


INFORME Texto: Equipe Mundo Equestre com dados CBH e Verônica Pacheco

A amazona carioca Joana Valente

CSN Cidade de Curitiba Entrando para a história como o maior evento hípico realizado no Paraná, o campeonato contou com disputas acirradas, grandes premiações e mais de 600 conjuntos inscritos. Realizado entre os dias 21 à 25 de abril, nas depen-

26

Nova pista “Presidente”

dências da Sociedade Hípica Paranaense, CSN Cidade de

Outra grande atração do evento foi a estreia da

Curitiba contou com provas válidas como seletivas para

nova pista da Sociedade Hípica Paranaense, batizada de

o Campeonato Mundial de Cavalos Novos de 5, 6 e 7

Presidente.

anos, o Campeonato Americano das categorias Mirim

Desenvolvida pela empresa Best Arena, a pista con-

e Sul Americano Pré-junior e Júnior e também, para o

ta com modernos recursos de amortecimento e drena-

Ranking Nacional de Entradas Categoria Sênior Top da

gem, e teve no campeonato um verdadeiro teste de

Confederação Brasileira de Hipismo.

qualidade.

Durante os cinco dias de competição, os amantes

Segundo o desenhador de percursos do campeo-

do hipismo puderam conferir o show dos competidores.

nato, Vailton Jaci Cordeiro, o Baíca, a pista superou as

Além das grandes atuações dos atletas, as chuvas tam-

expectativas dos organizadores. “Tivemos um excelente

bém foram uma constante, porém, somente na sexta

resultado. Apesar do mau tempo e do grande número

feira, dia 23, elas realmente influenciaram o andamento

de conjuntos que entraram em pista, ela não apresen-

do campeonato: devido às fortes chuvas as provas pre-

tou pontos de alagamento. A pista não ofereceu riscos

vistas para a data foram canceladas e remarcadas para

de derrapagem e segundo os cavaleiros estava segura e

o dia seguinte.

confortável”, afirma o course designer.


Foto: Juliana Ribas

Foto: Grace Carvalho

O conjunto vencedor do GP, Leandro Serrano e Palmar

GP Cidade de Curitiba - 1,50m

A paranaense Giovanna Sobania, campeã do Mini GP

Mini GP - 1,40m

Na tarde de domingo todas as atenções se voltaram para o

Realizado no sábado, a prova de 1,40 metro teve como

Grande Prêmio a 1.50 metro, válido pelo ranking nacional de

campeã a amazona da Sociedade Hípica Paranaense Giovana

entradas da categoria Sênior Top.

Sobania, superando um total de 39 conjuntos, dentre os quais

Na 1ª volta a única pista limpa foi do ginete paulista Leandro Serrano Giunchetti com o BH Palmar, de 13 anos. No desempate, cinco conjuntos voltaram à pista buscando

12 habilitaram-se ao desempate. Montando Atomo Classi, Giovana superou atletas olímpicos como Luiz Felipe de Azevedo, 2º colocado montando Fape Co-

o desejado trófeu de campeão. Porém, mais uma vez Leandro e

losso, ambos sem faltas, em 44s15 e 46s99.

Palmar, mesmo com uma falta, conquistaram o melhor resulta-

Completou o pódio o brasiliense Flávio Grillo Araújo, com PHBR

do e garantiram o título.

Negrisco, na terceira posição.

“O Palmar é um cavalo especial com temperamento um pouco difícil. Mas ele é muito bom, corajoso, potente e franco. Estamos querendo vendê-lo e ele certamente pode ser muito competitivo nas principais provas no país”, destacou o cavaleiro, de 33 anos, que comemorou a mais importante vitória da carreira. O vice-campeão foi o paulista André Campos Freire com Lanciano, que perdeu 9 pontos com falta a cada passagem e apenas 1 ponto por excesso na segunda. A 3ª colocação coube ao cavaleiro top carioca Fábio Leivas com Lancelot, totalizando 13 pontos perdidos.

Vista frontal da nova pista Presidente, da SHPr 27


v ariedade s Texto: Rafael Maia - Diretor da Associação de Futebol Americano do Brasil e André Nadolny

Futebol Americano no Brasil Extremamente popular nos Estados Unidos, o futebol americano vem conquistando seu espaço em território brasileiro com velocidade surpreendente. Tendo como referência os estados do Rio de Janeiro, na

Por dentro do Jogo

modalidade “Beach Football”, e Santa Catarina, onde o es-

Duas equipes formadas por 11 jogadores cada se en-

porte é praticado na grama, o Brasil conta com cerca de 100

frentam em um campo de 100 jardas (91 metros) dividido

equipes e dois campeonatos oficiais: a Liga Catarinense e

em duas metades iguais. A intenção é fazer com que a bola

Carioca Bowl.

atravesse o território inimigo e para isso é preciso agilidade,

No país, o interesse pela bola elíptica é relativamente re-

técnica e força bruta. Uma série de jogadas de curta duração

cente. A primeira competição estadual de futebol america-

compõe o jogo. Durante os intervalos entre as jogadas, os

no no Brasil ocorreu em 2006, em Santa Catarina. Cinco

treinadores podem fazer alterações na equipe selecionando

equipes das cidades de Brusque, Joinville, Blumenau, Timbó

os jogadores mais capacitados para enfrentar a situação se-

e São José participaram dessa estreia. Dois anos mais tarde,

guinte. Vence o time que somar mais pontos.

dois times de Curitiba, Brown Spiders e Crocodiles, realizaram a primeira partida “full pads”(com todos os equipa-

Curiosidades:

mentos de proteção) da história. Em 2009, a cidade de So-

- SuperBowl é o evento de maior audiência da televisão dos

rocaba sediou o 1º Torneio Brasileiro de Seleções Estaduais.

Estados Unidos.

O primeiro estadual de futebol americano no Brasil foi

- Nos anos 90, o futebol americano superou

formado em 2006 no sul do país, mais precisamente em

o baseball em nível de popularidade na-

Santa Catarina, com 5 equipes das cidades de Brusque, Join-

cional e segue até hoje como o es-

ville, Blumenau, Timbó e São José. Assim como em 2008 as

porte preferido dos americanos.

duas equipes de Curitiba, Brown Spiders e Crocodiles, reali-

- O futebol americano deve ser

zaram a primeira partida “full pads” (com todos os equipa-

jogado sob a supervisão de no

mentos de proteção) da história. No ano seguinte, a cidade

mínimo quatro e no máximo sete

de Sorocaba sediou o 1º campeonato brasileiro de seleções.

árbitros.

Em 2010 surgiu a 1ª Liga Brasileira de Futebol America-

- Nosso país possui uma Seleção

no, contando com 14 equipes, de Cuiabá até Porto Alegre,

Brasileira de Futebol Americano. Os

envolvendo cerca de 700 atletas, mais de 50 jogos, em to-

principais eventos do esporte são organi-

dos os finais de semana, desde julho até novembro, com

zados pela Associação de Futebol America-

um investimento de 1 milhão de reais. Mesmo sendo um

no do Brasil, AFAB, fundada em 2002.

esporte novo em nosso pais, ele conta com mais de quatro mil adeptos em todo o território nacional.



per g u n ta v eteri n á ria Médica Veterinária Denise Venturelli

Meu cavalo ficou solto no piquete e depois de alguns dias de chuva apresentou tufos de pelos eriçados. O que pode ser? Pergunta feita por Luiz Oliveira

Seu cavalo pode estar com Dermatofilose, uma doença causada pelo Dermatophilus congolensis, uma bactéria gram - positiva e oportunista, que provoca uma infecção cutânea sob condições de chuva, alta temperatura e umidade. Também é conhecida como “Chorona”, “Estreptotricose cutânea” ou “Mela” e geralmente acomete a cabeça, pescoço, dorso e laterais do corpo do animal. A ocorrência de exsudação serosa envolve grupos de pelos que ficam aglomerados em tufos eriçados na fase aguda. Já na fase crônica, podem evoluir para crostas elevadas, arrendondadas, bem delimitadas, duras e quebradiças, com coloração castanha-acinzentada. O tratamento consiste em antibioticoterapia parenteral com Penicilina, Estreptomicina ou Oxitetraciclina. O tratamento tópico se faz com a higienização do local com solução de Clorexedine degermante ou solução alcoolica e/ou PVPI degermante. Como as lesãos são semelhantes às Dermatofitoses, para um tratamento eficaz se faz necessário realizar o diagnóstico laboratorial, bem como a desinfecção dos utensílios utilizados no manejo do animal.

Envie suas perguntas para redacao@mundoequestre.com.br ou para a rua Des. Motta, 2175/502 - Centro, CEP 80420-190, Curitiba-PR.

30


i n for m e

“ Viva México ” Um cavalo que nasceu para ser campeão. De propriedade do Sr. Celso Amaral, cavaleiro ve-

Atualmente, o cavalo é montado pelo talento para-

terano e membro diretor da Sociedade Hípica Para-

naense André Guérios, que tem conduzido o animal

naense, o cavalo Viva México é uma nova revelação

para mais conquistas: a última, aconteceu durante o

do hipismo paranaense, atualmente na categoria

CSN Cidade de Curitiba 2010, onde o conjunto ficou

1,30m.

com a 3º colocação na categoria 1,30m Sênior.

Em 10 de julho de 2010, completa 08 anos e já

Celso Amaral, orgulhoso, cumprimenta e homena-

soma títulos importantes em sua trajetória, como o

geia o experiente cavaleiro e instrutor de hipismo

de Campeão Paranaense de Cavalos Novos 05 anos,

Eduardo Marquezzi, o Duda, que o incentivou e o

em 2007, Cavalos Novos 06 anos em 2008, Cam-

auxiliou no desenvolvimento do grande exemplar

peão Paranaense de 1.20m, entre outras vitórias.

“Viva México”.


c l í n i c a v eteri n á ria

Laminite: diagnóstico e tratamento Por Bruna Dzyekanski - Médica Veterinária. Aluna do Mestrado em Ciência Animal da PUCPR A laminite não é uma doença difícil de ser diagnosticada, pois os sinais clínicos são característicos. Entretanto, é imprescindível a avaliação completa do histórico do animal, desde os hábitos alimentares e programa de treinamento até doenças e alterações anteriores. É importante e, com isso possível, identificar a causa da claudicação, o que será bastante importante no auxílio ao tratamento. Um dos principais sinais desta doença é a posição antiálgica, a qual o cavalo assume, jogando o peso do corpo sob os membros posteriores e deixando os membros anteriores esticados, minimizando o peso sob eles, a fim de aliviar a dor.

Exames Todos os animais com sinais de laminite devem passar por exames radiográficos, o qual pode confirmar o diagnóstico. Além disso, através de imagens radiográficas seriadas, é possível acompanhar a evolução do tratamento e o prognóstico do paciente. Um exame radiográfico completo deve obter imagens em posições lateromedial, dorsopalmar e dorsopalmar oblíqua. 32


Através dessas imagens será possível avaliar se há rotação da terceira falange e ainda, na posição lateromedial, o grau da mesma.

Tratamento O tratamento da laminite deve ser feito com urgência, tentando-se evitar que a terceira falange sai da sua posição original dentro do casco, rodando para baixo ou para os lados, ou mesmo afundando dentro do casco. Quando a terceira falange sofre colapso dentro do casco, o grau de lesão tecidual é grande, agravando o caso e diminuindo as chances de recuperação do animal. O ideal é que se encontre a causa da doença e que o protocolo de tratamento inicie pela eliminação desta causa, com o objetivo de aliviar a dor, minimizar a inflamação e a lesão tecidual, manter uma boa circulação sanguínea dentro do casco e proteger o conjunto do casco (estojo córneo externo, tecido da lâmina dérmica e ossos). Uma forma eficaz de auxílio à diminuição da inflamação e minimização de danos no casco é a crioterapia, isto

também são indicados, vi-

é, a aplicação de gelo ou a imersão em água fria do casco

sando promover mais conforto ao ca-

afetado pela doença. Um grupo Australiano que estuda

valo, como baias com cama macia, forrar a sola do casco

laminite, sob a liderança do Prof. Chris Pollit, mantém

com gesso calcinado, ferradura de silicone, ou ainda a

os cavalos sob risco de laminite com os quatro membros

confecção de uma botinha para o casco, com material

submersos em água e gelo, por até três dias consecuti-

como borracha ou espuma de alta densidade.

vos.

O prognóstico da laminite é considerado reservado

É fundamental o casqueamento corretivo, que pro-

desde o início, mas seguindo cuidadosamente todos os

move um encurtamento da pinça e facilita a movimen-

passos, de diagnóstico a tratamento, aumentam-se consi-

tação, podendo ser obtido de forma simples com a co-

derávelmente as chances do animal de sobrevivência e de

locação de uma ferradura invertida. Alguns artefatos

retorno às suas atividades atléticas.


N O T ÍC I A S

Fonte: Imprensa FEI

Desafios no CCE Foto: Marco Lagazzi/Photoshport cedida Abhir

Foto: Divulgação / FEI

Boas notícias

Fonte: Imprensa CBH | Rute Araújo

Meredith e Markus com a filha Victória

A Federação Equestre Internacional - FEI optou por congelar os pontos do Ranking Rolex das amazonas de Salto em licença de maternidade, começando com o ranking divulgado em abril. Sob o novo sistema, as amazonas agora irão perder apenas 50% dos seus pontos no Ranking Rolex durante a sua ausência das competições. A decisão significa que a ex-número um do mundo Meredith MichaelsBeerbaum passa de 31ª no ranking de março da Rolex para 20ª após a reintegração de 50% de seus pontos. A amazona alemã, que deu à luz sua primeira filha, Victoria Brianne Beerbaum, não participou este ano do Rolex FEI World Cup em Genebra, ela que em 2009 foi a grande campeã do evento. “Agora podemos dar um intervalo fora das competições para ter um bebê e não perder todos os pontos

A amazona Ana Paula Perracini e seu cavalo Bily Ben O experiente britânico Nick Turner, técnico das futuras equipes brasileiras de Concurso Completo de Equitação (CCE) até as Olimpíadas de Londres 2012, anda satisfeito com a evolução dos conjuntos candidatos à vaga no time que representará o País nos Jogos Equestres Mundiais de Kentucky, nos Estados Unidos, entre 27 de setembro e 10 de outubro. O Brasil marcou presença em todas as cinco edições do Mundial. Seguei (Guega) Fofanoff foi o único sul-americano na primeira versão em 1990 em Estocolmo, Suécia. Em 1994, em The Hague, Holanda, o País foi representado pela equipe formada por Guega, Almir Lustosa Vieira e o Sargento Tirço Porcina. Nos Jogos de Roma, em 1998, o time formado pelos irmãos André e Carlos Paro, Marcelo Tosi e Márcio Carvalho Jorge ficou em 8º lugar. Nas duas edições seguintes os resultados não foram bons para o País: Jerez de La Frontera, Espanha, em 2002, o time ficou em ultimo e em Aachen, Alemanha, Carlos Eduardo Paro foi o único brasileiro nas pistas. Contratado pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) em junho de 2009, Nick Turner tem por objetivo formar um time capaz de colocar o Brasil entre os melhores do mundo: A iniciativa inédita na história do esporte no País segue a tendência das grandes potências: a busca do aperfeiçoamento técnico por longo prazo.

do ranking da Rolex enquanto estamos fora do circuito. É um movimento muito pró-ativo da FEI e, até onde sei, eles são o primeiro órgão internacional a fazer algo como isso.” Afirma Meredith, que foi a primeira amazona beneficiada com a nova regra da FEI. O atleta Guto de Farias 34

O cavaleiro “Guega” Fofanoff


Fonte: Imprensa CBH | Rute Araújo com dados FEI

Rolex Finals 2010 Foto: KIT HOUGHTON / FEI

QH Ideal

Homenagem ao brilhante QH Ideal

O cavaleiro Yuri Mansur, selecionado juntamente com a amazona Karina Johannpeter para representar o Brasil na Rolex Finals World Cup 2010, O campeão Marcus Ehning erguido por Pius Schweizer e Ludger Beerbaum A Final da Copa do Mundo de Saltos realizado em Genebra, na Suíça, teve uma disputa acirrada na arena Palexpo. Após a 1ª passagem do GP Final, a liderança vinha em mãos do canadense naturalizado norte-americano Mario Deslauries com Urico. Enquanto a amazona paulista Luciana Diniz, que defende Portugal, garantia a vice-liderança parcial a 5 pontos do líder. Ao todo, 29 de um total de 43 conjuntos habilitaram para a 3ª e decisiva rodada, disputada a 1.60 metro, em duas voltas. O tricampeão da competição Rodrigo Pessoa e Let´s Fly que vinha em 5º lugar empatado com Luciana após a 2ª parcial na sexta-feira, não foi feliz em sua apresentação com 8 pontos perdidos na 1ª volta e oito na 2ª - ocupando o 16º posto na classificação geral. Entre os 20 conjuntos que foram para a 2ª decisiva no GP Final, três empataram na 1ª colocação no GP Final: o norte-americano Richard Spooner / Cristallo, o irlandês Dermott Lennon / Hallmarck Elite e o sempre competitivo alemão Ludger Beerbaum / Gotha - que viria a conquistar o vice-campeonato empatado com o atual líder do ranking FEI Pius Schwizer / Carlina. Marcus Ehning que virou para a 2ª volta em 3º lugar e trazia quatro pontos da 1ª passagem zerou a 2ª volta - assumiu a liderança parcial com 6 pontos perdidos - placar que permaneceu imbatível até o final. 
Luciana e Winningmood cometeram uma falta na vertical de nº 10, antepenúltimo obstáculo da 2ª volta, fechando com 9 pontos perdidos. Já Mario Deslauries, campeão em 1984 montando Aramis, viu suas chances do bicampeonato morrererm ao perder 13 pontos na 2ª passagem do GP Final caíndo para a 6ª colocação na classificação geral. Estava definido o pódio: Marcus Ehning, campeão nas finais de Las Vegas 2003 e Kuala Lumpur 2006, sagrou-se tricampeão. O alemão Ludger Beerbaum com Gotha e Pius Schweizer, que apresentou Ulysse na 1ª parcial e Carlina nas duas outras, dividiram o vice-campeonato com 7 pontos perdidos.

passou por momentos delicados na Europa. Seu fiel companheiro de competição, o cavalo QH Ideal, teve cólicas que evoluíram e acabaram levando o animal a óbito quatro dias antes do início das finais. Lamentamos a perda de Yuri, desejando força ao ginete e que continue sua trajetória repleta de conquistas e superação. Abaixo, citamos um pequeno trecho da carta que o cavaleiro escreveu em homenagem a QH Ideal. “Hoje foi um dia difícil... Perdi uma parte de mim, uma parte que lutou muito para estar entre os melhores do Brasil, que lutou para competir entre os melhores do mundo! Hoje perdi um sonho, o sonho de saltar a Copa do Mundo de Genebra e de estar, talvez, dentro da equipe brasileira nos Jogos Mundiais de Kentucky. Com certeza, tudo isso é difícil demais! Mas o mais difícil foi que hoje perdi meu melhor amigo, aquele que relinchava todo dia quando eu chegava para mais um dia de luta...”

35


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Manta Mundo Equestre Foto ilustrativa

Sorteada de abril

Monica Scharf - Rio de Janeiro

Manta e cabresto da Selaria Dias, localizada em Curitiba, PR.

Perfil

“O

• Nome: Rodrigo Jardim Rosa • Idade: 11 anos • Onde monta: Sociedade Hípica Catarinense • Categoria: Mini-Mirim – 1,10m • Principal montaria: Jasper e Spicy

Hipismo tem que ser uma coisa divertida, não deve ser força-

do”. É desta forma que o cavaleiro catarinense Rodrigo Rosa encara o esporte que pratica quase todos os dias. Desde pequeno, na fazenda de sua família no Rio Grande do Sul, Rodrigo demonstrava interesse por cavalos. Aos 6 anos, pediu que sua mãe o inscrevesse nas aulas de equitação da Sociedade Hípica Catarinense, em Florianópolis. Atualmente, com cinco anos de experiência, o jovem atleta acumula títulos importantes em sua carreira, como o de Campeão Catarinense de Mini Mirim 2009, Vice Campeão por equipes no Campeonato Brasileiro da categoria e 5º lugar no campeonato Agromen 2009. As viagens para competições em outros estados são uma das partes mais divertidas da prática do esporte, segundo o atleta. “Elas favorecem o conhecimento de novas cidades e de outros cavaleiros”. Um dos sonhos de Rodrigo no hipismo é o de ser um grande cavaleiro, conhecido em todo o país. No que depender do seu talento e da nossa torcida, ele vai conseguir isso e muito mais!



Teu Mundo Equestre

Me chamo Thaynara Cristina da silva tenho 11 anos, moro em Jaciara no Mato Grosso.

Mostre sua paixão pelo mundo equestre! Não importa a idade, se você ama cavalos e tem algum desenho ou foto que deseja compartilhar, mande para nós. Sua imagem será publicada nesta seção, e todos vão poder conhecer um pouquinho do seu mundo equestre.

Me chamo Sofia e tenho 07 anos. Eu e minha prima fizemos esta escultura em massinha. Amamos cavalos e a Mundo Equestre.

Sou Gerson e tenho 8 anos, adoro cavalos.

Meu nome é Saulo e eu amo cavalos!

38

Para enviar on line, entre em nosso site e clique em “Teu mundo equestre”. Se você preferir, mande uma carta para Rua Visconde do Rio Branco - 1630 - 705, Curitiba - PR, CEP 80420-210.


q u adri n h o s

Ilustração: Aline Rosa Garbellotti

39


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AGENDA

Maio 27 A 30

12 A 16

C. catarinense de cat. Local - SHC

28 A 30 SC

CSN DERBY CHSA Local – CHSA

14 A 16

21 A 23

C. P. JOVENS CAVALEIROS Local – M. ALPHAVILLE

CSN NATAL Local: JIQUI COUNTRY CLUB

CDI 3* EXPOSIÇÃO ABPSL

SP

RS

IV TEMPORADA CORRIDA DOS CAMPEÕES Local – SHMG

CM AMADOR Local – SHMG

PROVA DE ADESTRAMENTO LOCAL: EOHIPPUS

CCE

27 A 30

CSN - XXV CONCURSO DE SALTO CORONEL RABELO LOCAL – RPMON

ADESTRAMENTO

22

05

3ªETAPA - RANKING ADESTRAMENTO SH LOCAL – SHP

LOCAL: CHSA

15 e 16

28 A 30

07 A 08

3ªETAPA DO RANKING SHC Local – SHc

3ª ETAPA - RANKING SHP LOCAL: SHP

CSE RANKING SHPA LOCAL - SHPA

PR

CAMPEONATO PR de J.C. Local – EOHIPPUS

2ª ETAPA - RANKING dA FPH LOCAL: CHSA

SP

PA R A N Á

29 E 30

RANKING - RIBEIRÃO PRETO IV ETAPA Local – SHRP

RN

S Ã O PA U L O

14 A 16

CSE 3ª ETAPA DO RANKING SHPR Local – SHPR

08

42

22

22 E 23

08

7º CONCURSO HÍPICO BARONEZA Local – HÍPICA QUINTA DA BARONEZA

21 A 23

CSN GP ALPHAVILLE Local – M. ALPHAVILLE

MG

3ª etapa COPA SANTO AMARO Local – CHSA

29 E 30

DF

07 A 09

15 E 16

CSN SPORTV - 2ª Etapa Local – HARAS JOTER

S Ã O PA U L O

3ª ETAPA DO RANKING INTERNO DE SALTO DA SHP Local – SHP

08 E 09

2ª Et CSN SERRA & MAR Local – SHP S Ã O PA U L O

06 A 08

21 A 23

2ª ETAPA DE VOLTEIO - NACIONAL E ESTADUAL SHC LOCAL: SHRP

VOLTEIO 22

2ª ET. DE VOLTEIO - NACIONAL

SP

HIPISMO

E ESTADUAL SHC LOCAL: SHC




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