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Bem-estar para cavalo e cavaleiro.
Número 35 | Março 2011
Nesta Edição #35
R$ 8,90
Especial
Cavalleria Toscana
Larcos do Refúgio
Entrevista
Criação: Haras Refúgio Jos Kumps
Brasileiro
de Hipismo
Conheça o cavalo que é orgulho nacional Saiba Mais: Cuidados necessários para o transporte de cavalos
E D I TO R I A L
Caro Leitor, A cada edição, percebo com mais clareza como o universo do cavalo é complexo, amplo e fascinante. A fim de contribuir para o bem-estar deste universo, trazemos como entrevistado um grande conhecedor da bio-mecânica deste animal, o cavaleiro e treinador Jos Kumps.
Reconhecido internacionalmente por seu talento em treinar cavalos, o ginete belga é simpático, calmo e centrado. Trabalhando há muitos anos para a lenda viva do hipismo mundial, Nelson Pessoa, Jos comenta sobre sua rotina, ressalta a importância do bom treinamento para o cavalo e expõe sua opinião sobre os atletas brasileiros. Na seção Saiba Mais, a experiente médica veterinária Priscila Azevedo aponta os principais cuidados para o sucesso do transporte do seu cavalo. Abordando variados aspectos, Priscila apresenta um ótimo check-list, necessário para garantir a tranquilidade das próximas viagens do seu animal. Em Raça do mês, trazemos os potentes cavalos Brasileiros de Hipismo. A criação, relativamente recente, tem apresentado ótimos resultados tanto no salto como no Adestramento e no CCE. Tamanho sucesso não é por acaso: através de rigorosos processos de seleção de garanhões encabeçados pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo de Hipismo (ABCCH), a qualidade do plantel está em plena ascensão. Tornar a relação entre cavalo e cavaleiro cada vez mais interativa, harmônica e satisfatória. Esta é missão e o prazer da Mundo Equestre
Uma ótima leitura,
Paulo
Editor
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Índice 10
Entrevista Jos Kumps
14
Raça do mês Raça Brasileira de Hipismo
18
Saiba mais Transporte de cavalos
22
especial Cavalleria Toscana
24
denis gouvea Novo salto
28
pergunta veterinária Dicas de alimentação
30
clínica veterinária Dermatofitose
10
14
35
24
20 álbum 26 pERFIL 32 notícias
expediente Impressão e acabamento
Edição
Redação
assessoria Jurídica
Afonso Westphal
Bethina Perussolo
Merico Advogados
Gráfica Impressul
arte e diagramação
MALA DIRETA PARA: Sociedade Hípica de Brasília Sociedade Hípica Paranaense Sociedade Hípica Catarinense Sociedade Hípica Porto Alegrense Sociedade Hípica Paulista (no clube) Sociedade Hípica de Ribeirão Preto Criadores Brasileiro de Hipismo
direção EXECUTIVA E marketing
Manuela Merico
Fotografia
Grace Carvalho (Colaboração) Raphael Macek (Colaboração) Assistente de design
Thais Ikuta Capa
Arquivo - Haras Refúgio Departamento comercial
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Editora BemAmostra Revisão
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Lays Coutinho Equipe veterinária
Pedro Vicente Michelotto Jr. Bruna Dzyekanski
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Todos os direitos reservados. Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.
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Clube Mundo Equestre: > “A revista Mundo Equestre traz o melhor conteúdo de informações, noticias, reportagens e propaganda do meio hípico. Atinge com precisão proprietários, cavaleiros, criadores e simpatizantes dos esportes equestres. É uma mídia moderna e inovadora. Parabéns aos editores e colaboradores!”
Renato Araújo Junior - Haras AK - SC
> “Nós, como anunciantes da Mundo Equestre, temos o maior prazer em dizer que ela é uma revista de alto nível para o segmento do hipismo clássico e outras modalidades equestres. Com ela, cavaleiros, amazonas, proprietários e criadores ficam antenados em tudo que está acontecendo no esporte. Sem falar que a revista conta com guias e entrevistas de atletas importantes no cenário mundial, com as quais você pode sempre tirar dúvidas ou até adquirir experiências de que você e seu cavalo precisam para competir em alto nível.”
Ricardo Lacerda - Botas D’Lacerda - SP
e n tre v ista Texto e foto: Equipe Mundo Equestre
Jos Kumps
Aula de hipismo Respeitado e admirado como treinador de cavalos e cavaleiros em todo o mundo, Jos Kumps já participou de eventos como os Jogos Olímpicos e Jogos Equestres Mundiais. Há 22 anos com Nelson e Rodrigo Pessoa, prepara cavaleiros, estagiários e animais, no Haras de Ligny, na Bélgica. 10
Em uma aula de experiência e maturidade, Jos Kumps defende a liberdade e as limitações do cavalo, revela sua maneira peculiar de lecionar e compartilha sua fórmula de conquistar objetivos.
Como você começou no hipismo? Minha família é belga, mas nasci na Alemanha. Morei lá
Você recorda algum exemplo deste tipo de exercício?
praticamente 10 anos, até que meu pai faleceu. Foi quando
Às vezes o cavalo tem dificuldade de flexionar seus
voltei para a Bélgica com as minhas irmãs e minha mãe.
jarretes e engajar o jarrete e o quadril. Como resultado,
Tínhamos um primo que possuía um clube equestre e foi
acaba enrijecendo a boca. O meu trabalho é desenvolver
lá que eu comecei. Eu montava uma vez por semana, até
um exercício para que o cavalo saiba se flexionar, assim
que uma das minhas irmãs também resolveu montar e na
ele vai continuar com a boca “boa”. Muitos cavaleiros não
época não tinhamos condições financeiras para isso, então
percebem que o cavalo tem dificuldade de flexionar os
numa semana eu montava, na outra a minha irmã. Para
jarretes e engajar bem a garupa, então ele vai enrijecendo a
conseguir montar mais vezes, comecei a trabalhar nos finais
boca e o cavaleiro diz que o cavalo tem a boca ruim.
de semana com cavalo. Assim eu fui “contaminado” pelo vírus do cavalo, e sigo com ele até hoje.
Como você observa a visão dos jovens atletas quanto ao trabalho de adestramento?
Você é responsável pelo trabalho de solo dos
O trabalho de solo é voltado para a equitação clássica, e
cavalos de Rodrigo Pessoa. Poderia comentar
os jovens às vezes têm uma percepção falsa de que o clássico
sobre a importância destes exercícios?
é um negócio empoeirado, uma coisa antiga e que está
Antes de tudo, eu gostaria de explicar um aspecto
obsoleto. O trabalho de solo foi muito estudado, levando em
importante. Normalmente há uma confusão entre o controle
conta as leis da física e a natureza do animal. Acredito que
e obediência do cavalo. O que busco com meu trabalho é
isso ainda é um dos malabares fundamentais na equitação.
o controle do animal e esse controle eu estabeleço através
Como na arquitetura, estuda-se o clássico para chegar ao
de exercícios, respeitando a lei da gravidade, a biofísica e a
moderno. No caso da equitação, as pessoas acham muitas
biomecânica do animal, trabalhando o cavalo de uma maneira
vezes que o moderno é contornar algumas leis físicas, mas,
harmônica. O trabalho é voltado para “posicionar” o equino,
depois, chegam as contas do veterinário e o cavalo com dores.
fazê-lo saltar e galopar na velocidade necessária para executar os percursos respeitando seus limites e particularidades. A
Como é a sua rotina de treino na Bélgica?
atividade é direcionada para exercitar e condicionar o animal
Trabalho os cavalos que tenho em casa e, em seguida,
a realizar esses exercícios da melhor maneira possível. Eu
monto os cavalos no Haras de Ligny que é a casa do Neco.
trabalho o controle do cavalo, e não a obediência. Dentro de
Quando estou no Haras também dou aulas para os clientes do
certa liberdade que o cavalo tem, o cavaleiro precisa achar o
Neco: brasileiros, holandeses, etc. Divido meu tempo entre a
controle para fazer a gestão de toda a energia necessária no
parte da casa do Neco e outra parte para outros clientes que
percurso. Para esse processo ser concluído, alguma obediência
tenho. Quando dou aulas, procuro não apenas lecionar uma
deve ser exigida, ela faz parte, mas isso não é o fim, e sim um
aula tradicional, mas sim uma troca de ideias, eu monto, sinto,
meio para chegar no controle.
desenvolvo uma relação e depois disso, dou conselhos.
Qual é a principal ideia que você tenta transmitir
Em geral, você percebe alguma característica
para seus alunos?
negativa na base dos cavaleiros brasileiros?
O trabalho mais importante para o cavalo e cavaleiro é
Generalizar é sempre perigoso. Uma coisa que não é
a base da equitação e seus fundamentos. Fundamento de
interessante, mas se compararmos o Brasil e a Itália com
posição, fundamento de exercício, de acordo com o corpo
a Bélgica, Holanda, Alemanha, França, por questões
do cavalo, com sua geometria, etc. A partir do momento em
climáticas, econômicas e culturais, vemos que nesses
que o cavaleiro assimila, incorpora e evolui essa base, ele
países o cavaleiro às vezes tem que ir para um concurso,
pode sair para, vamos dizer, voos mais criativos.
dirigir o caminhão, montar uns cinco cavalos sozinho
A base deve ser forte, independente da modalidade. É em cima da base que eu trabalho, tanto a do cavalo, como a do
12
e ainda fazer o trabalho de tratador. O próprio Ludger Beerbaum passou por isso no começo.
cavaleiro e da relação entre os dois. Eu insisto em algumas
O Kevin Staut, que é o nosso número 1, também
coisas como, por exemplo, sair em linha reta depois de saltar
começou assim e ainda continua desse modo. Já no
um obstáculo, eu chamo a atenção dos alunos quanto a
Brasil e na Itália, as coisas são mais fáceis, ou seja, os
isso porque a base é realmente importante. É necessário
atletas contam com tratador para encilhar, montam no
ter a base primeiro para depois poder improvisar, criar. O
máximo três cavalos por dia, as coisas são muito mais
Salvador Dalí, por exemplo, na obra Cristo na Cruz, tem
fáceis e eu penso que isso não é muito bom. Não quero
altos fundamentos clássicos na pintura e depois tem a
ser moralista, dizer que a questão é o trabalho duro,
criatividade do gênio Dalí que dá aquela riqueza, que torna
mas lá, a competição é acirrada e têm sempre grandes
a pintura especial. Mas primeiro vem a base, porque se você
talentos. Acho que participar ativamente de todo o
fica só na ideia da criatividade muito cedo você acaba se
processo solidifica o cavaleiro. E aqui no Brasil, às vezes,
perdendo e depois para voltar atrás é bastante complicado.
o quase bom já é o suficiente.
Qual é o conselho que você deixa para os atletas brasileiros? Aconselho que mantenham sempre os olhos bem abertos, se interessem pelo esporte e que assumam suas missões como cavaleiro. Em todos os níveis, se a missão é ganhar uma prova, ser campeão estadual, brasileiro ou olímpico, que assumam suas missões, façam projetos específicos para cada tipo de missão e procurem sempre aprender. O Neco, o Rodrigo, o Michel Robert, por exemplo, não falam que sabem montar, eles estão sempre se renovando, aprendendo, seguindo e trabalhando para melhorar.
O senhor gostaria de comentar mais algum tópico? Sim, bem lembrado. Aqui no Brasil, quando eu dou os cursos, escuto com frequência que os cavaleiros de equipe são todos da Europa e que lá eles têm uma vida fácil. Isto não é verdade. O Pedro Veniss, por exemplo, não suporta bem o frio, mas monta diversos cavalos e todo final de semana está viajando. Não dá para achar que eles têm as coisas fáceis, eles estão trabalhando muito, se esforçando muito e é por isso também que conquistam bons resultados. Esses atletas realmente treinam e competem muito, principalmente contra os melhores do mundo. Com tantos estrangeiros que circulam lá, quando vejo estes cavaleiros brasileiros ganhando sei que não é por acaso.
ra ç a do m ê s Texto: Bethina Perussolo | Colaboração: Enio Monte - Haras Itapuã
Brasileiro Brasileiro deHipismo Hipismo de A grande estrela do esporte nacional.
14 14
Animal: QUILHA DAS CATARATAS (IA) VDL Pai: HOLD UP PREMIER (TE) TOK VDL Mãe: RAINFOREST RAMS Nascimento: 22/11/2006 | Registro: 15722/BH | Altura: 1,69m
Haras Cataratas, onde o salto é uma questão de natureza. 15
Dinâmico, forte e flexível. Descubra as características que tornam esta raça a grande potência do hipismo nacional.
N
o início da déca-
e franceses, que classificam a Brasileira de
da de 70, após
Hipismo entre as melhores raças do mundo.
adquirir uma pro-
Atualmente, alguns garanhões BH se posicio-
priedade
onde
nam em igualdade ao lado dos importados.
atualmente funciona o Haras Itapuã, o senhor
Enio Monte destaca o sucesso do cruzamen-
Enio Monte decidiu desenvolver uma raça bra-
to e acredita ter alçando sua meta primordial:
sileira destinada à prática de esportes hípicos,
“Hoje o sonho tornou-se realidade e temos no
o chamado cavalo Brasileiro de Hipismo, ou
Brasil uma criação de cavalos de hipismo de
simplesmente BH.
nível internacional, o que era nosso objetivo”.
Enio conta que o que motivou o início do
Trazendo em seu DNA as melhores linha-
processo de criação, foi que, apesar do Bra-
gens de cavalos esportistas do mundo, o BH
sil ter o terceiro maior rebanho de equinos do
recebe um grande incentivo da ABCCH – Asso-
mundo, até então não havia cavalos voltados
ciação Brasileira de Criadores do Cavalo de Hi-
diretamente ao esporte hípico. “Naquela épo-
pismo – fundada em 1977 com a finalidade de
ca, os cavalos de hipismo eram o refugo dos
criar um moderno cavalo de esportes. Por meio
jockeys ou, então, importados da Argentina,
da Associação, atletas e criadores do mundo
Uruguai e Chile”, comenta o idealizador da
todo podem conhecer a fundo sobre essa raça
raça.
brasileira de altíssima performance em Salto,
A raça dotada de agilidade, força e coragem é o resultado de uma criteriosa seleção
Adestramento e Concurso Completo de Equitação (CCE).
praticada no decorrer dos últimos 30 anos. O BH atual foi obtido através do cruzamento das mais consagradas linhagens internacionais
Expoente Demonstrando seriedade
com éguas nacionais de ótima morfologia e
na estrutura técnica e divul-
funcionalidade. Sangues de renomados cava-
gação da raça, a ABCCH
los como Almé, Landgraf I, Cor de la Bryere,
mantém o Stud Book sob
Furioso II, Cottage Son, Grande, Pilatus e Ra-
rígido controle de éguas
msés formam a raça Brasileira de Hipismo, tor-
e garanhões e assegu-
nando-a forte, flexível, inteligente e com uma
ra a superioridade da
perfeita técnica de salto.
categoria do BH. A
O constante desenvolvimento da raça,
dedicação é refletida
principalmente devido à rigorosa aprovação de
nas pistas com o
garanhões e éguas a partir dos 3 anos, vem
exemplo
firmando-a nacionalmente e tem despertado
grandes ex-
o interesse de técnicos alemães, americanos
poentes da
de
Foto: Raphael Macek 16
raça. O êxito nas provas de Salto começou em
Características
1984 com MC Alpes Itapuã, primeiro cavalo da
O cavalo BH é de grande porte com média
raça Brasileira de Hipismo a participar de uma
de altura de 1,66m e peso de 550kg. Seus olhos
Olimpíada, em Los Angeles, comandado pelo ca-
são vivos e possui orelhas atentas. Sua cabeça
valeiro Marcelo Blessman.
é leve, seca, de perfil reto ou subconvexo. Seu
Entre os inesquecíveis destaques estão Calei
pescoço tem base ampla, é bem destacado do
Joter, CS Aspen e Cassiana Joter, medalhistas
peito e espáduas. A cernelha é extensa, o dorso
olímpicos nas provas de Salto, em Atlanta 1996
tem comprimento médio, o lombo é curto e bem
e Sidney 2000 (com o animal Marco Método na
musculado. A garupa semi-obliqua e arredonda-
equipe colombiana). Nos Jogos Pan-Americanos
da, o tórax profundo e elíptico, assim como o pei-
de Winnipeg, em 1999, Aspen e Calei Joter con-
to amplo e bem musculado, realçam a elegância
sagraram o Brasil trazendo para o país a medalha
da raça.
de ouro. Em Santo Domingo 2003, Oliver Método
Devido aos membros fortes e bem apruma-
ajudou a conquistar o bronze e Singular Joter II,
dos, joelhos e curvilhões baixos, seus movimentos
num grande feito pela raça, participou decisiva-
são elásticos, elevados e de grande impulsão, fa-
mente da conquista do ouro por equipes no Pan
tores que refletem diretamente em sua habilidade
Rio 2007.
para saltos. São características do cavalo Brasileiro de Hipismo o bom caráter, temperamento enérgi-
CCE e Adestramento No Adestramento, Imirim Itapuã fez parte das equipes que venceram o FEI Samsung Internatio-
co e a disposição para o trabalho.
Para saber mais, acesse: www.brasileirodehipismo.com.br
nal Dressage Competition em 1996 e o Sul-Americano de 1997, juntamente com outro exemplo da raça, Jacareí Itapuã. O castanho Bordeaux (exMédium SA) defendeu a bandeira brasileira nas provas de Adestramento Clássico dos Jogos PanAmericanos de Winnipeg 1999, e Santo Domingo 2003. Já no CCE, os grandes destaques são Éden Itapuã, medalhista de ouro e prata respectivamente nos Jogos Pan de Mar Del Plata 1995 e Winnipeg 1999, e Land Heir do Feroleto, bronze no Pan-Americano do Rio de Janeiro.
A inteligência e a habilidade para o Salto tornam o cavalo BH uma ótima opção para cavaleiros de todo o mundo. Foto: Raphael Macek
sai b a m ais Texto: Priscila Azevedo - Médica Veterinária especialista em cavalos atletas
Transporte de cavalos atletas Nesta edição, abordaremos o tema “viagem de equinos”, devido à necessidade de saber a melhor maneira de cuidar dos animais e de suas necessidades durante e após viagens. Ao programar o transporte dos cavalos atletas deve-
Outro detalhe é o tamanho dos boxes. Aconselho que
mos lembrar que o objetivo final é manter a performance.
as divisões sejam em diagonal para que os animais não viajem com a coluna arqueada, o que pode ocasionar dores
A escolha do caminhão deve ser levada em consideração:
lombares. Os cavalos devem estar sempre acompanhados pelos
Usar sempre caminhões tipo baú, e não boiadeiro.
seus tratadores. E, como a lei não permite que pessoas
A ventilação deve ser adequada, com janelas laterais
viajem no baú, torna-se cada vez mais necessário a utili-
e clarabóias por onde o ar quente é eliminado. A má ven-
zação dos caminhões de cabine dupla para o transporte
tilação provoca calor e, consequentemente, desidratação,
de equinos.
uma das piores situações para um atleta. O piso deve ser resistente, feito de boa madeira, pois
18
Alimentação dos cavalos:
muitos animais pesados se machucam com a sua ruptura.
As paradas devem ser programadas para que os cava-
Deve-se forrar com serragem para absorver o estrume e
los recebam água, a cada pelo menos 8h, desçam do cami-
a urina, evitando que o piso fique escorregadio, principal-
nhão e caminhem pelo menos de 12h em de 12h.
mente se for revestido de borracha. O piso deve ser limpo
A alimentação pré, durante e pós-viagem deve ser pro-
a cada final de viagem, para que a urina não apodreça a
gramada: não usar concentrado pelo menos 3h antes do
madeira e a torne pouco resistente.
embarque. Durante a viagem, se o caminhão tiver corredor,
Fique atento para uma boa serragem. Ela deve ter pouco
feno em cesta é uma ótima opção, porém atenção para
pó para evitar que o cavalo não tenha irritação respiratória
que o feno não fique muito próximo ao nariz do cavalo,
ou ocular por poeira, já que as viagens costumam ser longas.
diminuindo a ventilação.
No destino final ou nas paradas, a primeira oferta ao cavalo deve ser água fresca à vontade e a seguir o feno. Neste item reforço que a ração será oferecida somente após o cavalo já ter esfriado, bebido água e comido feno.
Quanto à viagem: As proteções de viagem devem ser confortáveis. Dê preferência à liga de descanso, pois os cavalos já estão habituados. Retire-a a cada parada e imediatamente no destino final. O balanço da viagem sempre desestabiliza a liga e pode causar garroteamento do tendão. Organize-se para que a viagem seja feita com antecipação e para que o motorista tenha tranquilidade de cumprir os horários. O ideal é que os cavalos cheguem com pelo menos 48h de antecedência do primeiro grande esforço físico. Acredito que o melhor horário para viajar é à noite ou de madrugada, quando a temperatura está mais fresca e é o horário em que os cavalos estão acostumados a ficar um longo período sem comer. É importante levar em consideração a qualidade, a responsabilidade e o conforto do motorista. Atenção ao posicionar os cavalos no caminhão. Cada cavalo tem sua particularidade: uns gostam de morder, outros de dar coices, por exemplo. O conhecimento destas características pelo motorista é importante, assim ele poderá evitar estresse na sua carga.
Documentação: Atenção com a documentação de transporte, ela deve estar adequada para não haver atrasos ou retenções nos postos de fiscalização e na chegada. Há variações de exigências sanitárias em diferentes estados, informe-se com antecedência, pois algumas são trabalhosas e exigem tempo.
Quanto à hidratação: O maior problema nos cavalos atletas pós-viagem é a desidratação. Além de causar sequelas na performance, ela pode desencadear cólicas, pneumonias, fadigas musculares e queda imunológica, predispondo o animal a diversas infecções. Assim sendo, sua prevenção é essencial, pois todas estas patologias podem levar o cavalo a óbito. O uso de eletrolítico nas paradas e principalmente na chegada é recomendado. A fluido terapia pode ser aplicada, se necessário, sob recomendação veterinária. Em viagens longas, aconselho uma antibiótico terapia preventiva que deve ser prescrita por veterinários experientes em cada modalidade. Vale lembrar que algumas apresentações de antibiótico são dopping positivo. Esses são alguns pontos que devemos salientar para manter uma boa sanidade física de cavalos atletas durante e após as viagens.
Ál b u m
Manuela AnnaMerico Dora Fischer e Leandro BoosBalen
Carlos Seixas e Fernanda Sofia Monteiro Scheer Ceconello
Alcides Ana Paula Jimenez, da Costa, Pedro Jenniffer Leon e da Guilherme Costa e Ana Cristina Alonso Moderno
Bruna Camila Vicense, Galindo, Marina Adelia Bongiorno Guerrae eCarla Juliana Batista Galindo
Ricardo Calixto, Arnaldo Viana e Otaviano Marcelo Chirico Angelo
Mario Paulo Morgenstern, Manegè Gesuato, Erleno Schenkel Yuri Borges e Cristian e Vivecca Schenkel Passos
Josiane, Fernanda, Isabela Rosicléa e ShirleyeHeusi Anderson Tonon
Eduardo Thalison, Arruda Ananda e Clarissa e Matheus Rechden
Gabriela Pruner, Barbara Germano e Julia e Bruno
Roberto Kishainami, Valeria Damico, Equipe Momento Equestre - José Sanches, Sofia Protti Rocha, Marina Damico Samys Montanaro, André Calió e Silvia Milani e Roberto Damico
Fabrizio, André Ignacio Guerios e Ninfa
CarlosFabiana Gamarra e Dyego Neves e Bernardo 20
Vailton Jaci Cordeiro Gabrielacom e Thayna Neide esposa - PR
Promoters do CSI0 Mercosul da Juventude: Germano e Gabriela Cury Bruna, Talita, Carine e Paula
Gilberto Rodrigo e Guilherme Sant’ana Mourão
Paulo Noronha, Cristiano Quadros, André Ivanilson Galindo e Vinicius Lopes Furlano e Patrícia Campello
Andressa de Mari, Sérgio Stock Sérgio Stock, Iris e Walter Conde e Anderson
Sofia Truppel Alexandre e Daniela Miró Manuela Merico
Carolina Casteli, Natalia Formigueli, Nelson Ribas e Felipe Eichnanne Lisiane e Marina Vargas
Mariana, Rafael Franciele, e DinoGraziana Modernoe Bruna
Ney Francisco Junior e Josiany Musa Paz
Weldon Djuyara, Nogueira Julia, Luana e Rebeca e Marcelle Carvalho
Paulo Pedro, Miranda Rodrigo, e Sylseu JeniferEle Khatib Pablo
Cel. Luiz Freddy Rodrigues Aguirre Luis César Santos e Anoel Portella 21
isai f bor aa mmem ais sna ib ais
Cavalleria Toscana Apresentando um novo conceito de elegância no segmento hípico, a marca italiana conquista o público brasileiro e para 2011 pretende lançar coleções simultâneas no Brasil e na Itália. Em um período relativamente curto de atuação, a
Um dos sócios e responsável pela implantação da
grife já é lembrada pelos cavaleiros e amazonas do Brasil
marca no Brasil, Paulo Monteiro, conta que a empresa
como referência em elegância e estilo.
está muito satisfeita com os resultados e a repercussão
A marca, que traz como slogan “Wear to be unique”
no país. “A parceria com a CBH foi muito importante, se
(“Use para ser único”), preocupa-se em aliar exclusivida-
não a mais importante para a empresa até o momento”,
de e qualidade a um design inovador, de extrema classe
revela o sócio, que comenta já ter adquirido uma clien-
e bom gosto.
tela brasileira fiel. Neste ano, a marca levará a Boutique da Cavalleria
No Brasil
22
Toscana aos concursos de hipismo de maior expressão e
Oficialmente há um ano em território brasileiro, a
beleza de nosso país. A estrutura das boutiques é extre-
Cavalleria Toscana já atingiu metas invejáveis em nos-
mamente fiel ao layout italiano e, dependendo do even-
so país. A grife é patrocinadora oficial da Confedera-
to, possui até dois provadores privativos.
ção Brasileira de Hipismo, CBH, e foi a responsável pelo
Os planos para 2011 contam ainda com o lançamen-
desenvolvimento do uniforme utilizado pela equipe bra-
to simultâneo das coleções no Brasil e na Itália, as quais
sileira nos Jogos Equestres Mundias, em Kentucky, nos
devem trazer o que há de mais moderno e atual neste
Estados Unidos.
segmento.
“A satisfação de assistir ao mundial e ver a equipe brasileira desfilando com o uniforme da Cavalleria Toscana foi uma realização única”, comenta Paulo Monteiro.
Dentro e fora das pistas
No mundo
A matéria-prima de todos os produtos C.T. é de ori-
A parceria inédita entre a Cavalleria Toscana e o
gem 100% italiana disponibilizada por fornecedores
principal circuito de hipismo do mundo, o Global Cham-
locais. As peças não são apenas para o uso durante a
pions Tour promete enobrecer ainda mais o seleto con-
montaria, pois a marca preza pela elegância do cavaleiro
curso. Conhecido como a formula 01 do hipismo, o GCT
e da amazona também durante seus momentos de lazer,
contará com a assinatura da grife italiana em todas as
hobby e em eventos sociais. Sua linha fashion conta com
peças de vestuário comercializadas durante suas 11 eta-
blazers, jaquetas, calças, camisas, pólos, cashmeres e até
pas, sediadas em destinos badalados como Monte-Car-
mesmo dry fit para fitness.
lo, Chantilly e Rio de Janeiro, na etapa Athina Onassis
A Cavalleria Toscana pensou também no conforto,
International Horse Show.
bem-estar e beleza do maior protagonista do hipismo. O cavalo tem sua linha exclusiva, a qual contém mantas; toquinhas; capas de premiação, chuva e inverno. Neste momento, os produtos estão disponíveis apenas para a montaria dos cavaleiros e amazonas patrocinados. A empresa está avaliando a possibilidade de disponibilizar a coleção completa de produtos voltados ao
Parceria entre o Global Champions Tour e Cavalleria Toscana irá conferir ainda mais glamour ao badalado circuito.
equino para todos os atletas, devido à ampla procura nos últimos meses.
23
de n is g o u v ea
Novo salto Adquiri um cavalo novo e gostaria de alguns conselhos para iniciar os treinamentos direcionados para o salto. • Construa a confiança do seu cavalo desde o início.
• Para os cavalos novos, preferencialmente comece
Nunca teste a coragem de um cavalo jovem durante um
saltando ao trote. Esta andadura ensina a manter a calma
percurso. Primeiramente, você deve lhe dar uma chance
na abordagem dos obstáculos e saltar corretamente.
para aprender a ser corajoso. Um animal jovem não saltará
• Nunca dê ao seu cavalo a opção de refugar. Durante
obstáculos de rio como um cavalo experiente. É importante
os primeiros meses de treinamento de salto, mantenha os
saber que muitas vezes o animal não é covarde, simples-
obstáculos baixos numa altura em que o animal possa pas-
mente não tem experiência para entender o que está sen-
sar por cima no caso de uma parada.
do convidado a fazer.
• Se ele duvidar de um obstáculo, nunca deixe que
• Inicie uma sessão de salto revisando os conceitos bási-
se afaste. Você deve manter o contato com a sua perna
cos. Aqueça o seu cavalo corretamente. Verifique se ele aten-
durante o tempo que for preciso, impulsionando o animal
de rapidamente às suas solicitações de ir para frente e para
para frente até que tenha coragem para ultrapassar o obs-
trás nos três tipos de andadura antes de começar a saltar.
táculo.
• Se encontrar algum problema para introduzir um
• Lembre-se de acompanhar o seu cavalo. Os animais
exercício novo na rotina de seu cavalo jovem, peça
novos muitas vezes saltam de maneira desastrada. Cer-
para alguém demonstrar a tarefa com um cavalo
tifique-se de recompensá-lo pelo esforço. Acompanhe o
experiente enquanto você estiver treinando. Os
salto no ar com seu corpo e braços, mesmo que ele salte
cavalos são animais de rebanho, por isso, ao ver
após uma paralisação. Se você puxá-lo pela boca enquan-
outro cavalo realizando o exercício, ele verá que não
to ele tenta saltar, irá tirá-lo a coragem de enfrentar o
existe problema em realizá-lo também.
novo desafio.
Sobre o Autor Cavaleiro e instrutor há 15 anos, Denis Gouvea representou o Brasil no Rolex Finals 2007, em Las Vegas. Envie suas perguntas para redacao@mundoequestre.com.br que as encaminharemos para nosso conselho de veterinários.
p er f il
as melhores marcas estão aqui
Fiammetta A atleta aprendeu a montar em Nova Iorque, sua cidade-natal, e hoje amadurece sua prática no esporte aqui no Brasil Apaixonada por cavalos desde crian-
Entre os atletas que Fiammetta se
ça, a atleta vencedora de uma seletiva
espelha estão Eric Lamaze, sua instru-
sul-americana de 1,40 m começou no
tora Lúcia Santa Cruz, Nelson Pessoa e
hipismo aos 10 anos e nunca mais parou.
George Morris, definidos por ela como
Fiammetta é americana, nascida e criada
gênios do esporte.
em Nova Iorque e mudou-se para o Brasil há cerca de três anos com a família.
Fiammetta descobriu sua incontestável paixão pelo hipismo quando teve
A amazona conta que o hipismo nos
de optar entre montar e esquiar. Sempre
Estados Unidos é atípico se comparado
muito envolvida com vários esportes, há
ao brasileiro. A começar pela maneira
algum tempo a atleta se viu obrigada a
de se cuidar dos cavalos. Como lá não é
escolher o caminho pelo qual ia trilhar.
comum a contratação de tratadores, são
Foi então que a paixão pelo hipismo pre-
os próprios atletas que cuidam do ani-
dominou.
mal, gerando uma relação de afeto ainda
Determinada e com o objetivo de
maior. “Lá tem os manèges particulares,
saltar numa Olimpíada e no europeu de
cada manège tem o seu treinador e o seu
Young Rider já no próximo ano, resume
grupo. Então tem concursos em todos os
seus planos em uma frase: “quero ser
lugares, podem ser pequenos ou maio-
amazona para sempre e meu objetivo
res, mas não é tudo junto como aqui no
na vida é ser a melhor amazona que eu
Brasil”, conta e completa revelando que,
puder”.
por ser muito atenciosa com os seus cavalos, eles são muito mimados.
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• Nome: Fiammetta Anna Varoli • Idade: 18 anos • Onde monta: Hípica Paulista • Categoria: Júnior – 1,40 m
p er g u n ta v eteri n á ria
Dúvida sobre a alimentação Pergunta feita por: Douglas Calixto
Comprei um potro de 4 anos e vou levá-lo para a hípica. Gostaria de saber qual a ração ideal para essa idade.
Para escolher uma boa ração é ideal avaliar os compo-
requerem mais proteína e energia do que a fibra bruta.
nentes nutricionais que ela carrega. Mas, para podermos
Com isso, para que seu cavalo tenha uma dieta apropriada,
analisar estes fatores, devemos saber as necessidades nutri-
é ideal recorrer a um médico veterinário, o qual irá analisar
cionais para cada idade e tipo de trabalho que este animal
todos os fatos e escolher no mercado uma ração contendo
exerce. Por exemplo, potros de até 10 meses de idade de-
os valores, mesmo que aproximadamente, necessários ao
vem ser providos de uma dieta rica em proteína bruta. Na
seu animal.
medida em que vão crescendo, a necessidade nutricional, principalmente de proteína, desses animais vai diminuindo. Entretanto, o requerimento de fibra bruta aumenta conforme a idade. Para cavalos acima de 2 anos, esses valores irão variar conforme a atividade exercida. Cavalos que trabalham excessivamente necessitam de um aporte maior de energia e proteína bruta, em comparação a animais que trabalham moderadamente. Enquanto que os cavalos com
Sobre a Veterinária A Dra. Bruna Dzyekanski é graduada
trabalho moderado, além de éguas e garanhões parados,
pela PUCPR e cursa mestrado em
necessitam de maior quantidade de fibra bruta. Já os ga-
Ciência Animal.
ranhões em trabalho e éguas em fase final de gestação
Envie suas perguntas para redacao@mundoequestre.com.br que as encaminharemos para nosso conselho de veterinários.
C l í n ica v eteri n á ria
Dermatofitose Bruna Dzyekanski é médica veterinária e aluna do Mestrado em Ciência Animal da PUCPR.
Também conhecida como “tinha”, a dermatofitose é
chamamos de alopecia: a perda total ou parcial de pelos
uma doença de pele causada por fungos, podendo ser cha-
em uma determinada região. Porém, a alopecia está pre-
mada, então, de doença micótica.
sente em inúmeras doenças de pele, o que torna difícil a
A transmissão se dá de forma direta, isto é, de animal
percepção imediata e exata do problema. O diagnóstico se
para animal, ou através dos chamados fômites, que consis-
dá através da observação das lesões e do exame microscó-
tem em objetos contaminados, tais como escovas, arreios,
pico de raspado de pele.
mantas, cercas ou camas. Dentre os animais mais suscetíveis estão os jovens – pois
únicas, assim como o envolvimento corpóreo generalizado
não sofreram exposições anteriores ao fungo – e cavalos que
também é raro. Com isso, sua lesão característica é multifo-
vivem em situações imunodepressoras, como má nutrição,
cal e varia de tamanho. Os danos na pele se iniciam como
uso de alguma medicação ou que venham apresentando
placas arredondadas com dor ao toque e pelos eriçados que
qualquer tipo de doença. Outro importante fator elevador
ficam ásperos e caem ou são arrancados facilmente, cau-
da prevalência da doença é o clima quente e chuvoso, pois
sando a alopecia. As lesões tendem a se tornar escamas e
propicia temperatura e umidade ideais para o crescimento
crostas e se localizam na cabeça, pescoço, crina, espáduas e
dos fungos.
regiões laterais do tórax, garupa e dorso. A coceira, chama-
Os sinais clínicos da dermatofitose se baseiam no que
30
No caso da dermatofitose, raramente ocorrem lesões
da de prurido, geralmente é moderada ou ausente.
Geralmente, a regressão da doença acontece espontaneamente no período de um a quatro meses. Mas, é possível fazer um tratamento tópico de banhos com xampus à base de sulfeto de selênio a 1% e thiabendazol. Em casos mais graves, é necessário o uso de antibióticos sistêmicos associados aos banhos. Pode-se ainda aplicar iodopovidine degermante sobre as lesões após os banhos, e secar a pele antes do animal retornar ao ambiente úmido. Também é importante cuidar de todos os objetos utilizados no cavalo e não usá-los em animais saudáveis. Esse material deve ser devidamente lavado e desinfetado, para que não seja fonte de contaminação. Pelo fato desta doença ser uma zoonose, ou seja, transmissível ao homem, deve-se ainda tomar todo o cuidado com as pessoas que estão submetidas ao contato com os cavalos contaminados. As dermatofitoses são relativamente de fácil resolução, mas, assim como com qualquer outra doença, aos primeiros sinais deve-se contatar um médico veterinário e nunca tratar o animal antes disso.
N OT Í C I A S Fonte: Site Por Fora das Pistas | Foto: Raphael Macek
Torneio de Verão
Santo Amaro Com belas disputas e número recorde de inscrições, a 1ª Etapa do Torneio de Verão 2011 do CHSA marcou o retorno à temporada hípica de salto.
Entre os dias 17 e 20 de fevereiro, aconteceu a 1ª etapa da 23ª edição do Torneio de Verão do Clube Hípico de Santo
O campeão do GP Lourenço da Silva
38s11 e 36s23, o penúltimo conjunto Andrea Guzzo Muniz com Ventania voou e garantiu a vitória feminina no mini-GP.
Amaro, em São Paulo. O concurso, realizado em novo for-
No domingo (20), a principal disputa da 1ª etapa, o GP, a
mato com o objetivo de tornar as competições mais breves e
1,40m, foi marcada pelo alto nível técnico dos competidores.
emocionantes, teve número recorde de inscrições.
Foram 31 conjuntos inscritos na prova, disputada em duas
No sábado (19), 59 conjuntos largaram o
passagens. Apenas 10 conjuntos retornaram para a segun-
mini-GP, a 1,35m, na pista de gra-
da volta, elaborada por Carlos Alberto Lopes. No segundo
ma do clube. Destes, nove conjun-
percurso, sete terminaram zerados e os outros três conjuntos
tos habilitaram-se ao desempate
com quatro pontos perdidos. Lourenço Vieira da Silva, o Loro,
com armação de Carlos Alberto Ra-
garantiu as duas primeiras posições – campeão com Singular
poso Lopes. Depois de Rodrigo Tsau
Gama Seven Valley e vice com Singular Offenback de Fritot.
com Teka e André Américo com QH
Os amadores deram um show de habilidade e jovens ta-
Caro de Laubry Z zerarem o percurso,
lentos compareceram em massa ao evento representando a
respectivamente com os tempos de
nova legião de atletas do hipismo.
Vencedora do Mini-GP, a amazona Andréa Guzzo Fonte: Atto Sports e Presscom Comunicação | Foto Alexandre Vidal
CSI-W Vigo
Doda Miranda é vice Após a vitória no GP de Bordeaux, dia 06/02, o brasileiro medalhista olímpico Doda Miranda subiu ao pódio comemorando o 2º posto na prova contra o relógio e com obstáculos a 1,50m, dia 11/02, no CSI-W de Vigo, na Espanha. Reafirmando
Doda e AD Norson
o bom começo de temporada, Doda com o seu AD Norson foi o quarto conjunto a entrar na pista e fez um percurso sem faltas em 71s83.
com Kellemoi de Pepita, em 77s62, também sem faltas. Dos trinta e sete conjuntos que participaram, seis habilita-
A primeira colocação ficou com a amazona brasileira na-
ram-se ao desempate. A amazona Athina Onassis de Miranda
turalizada portuguesa Luciana Diniz, que obteve pista limpa
com o seu AD Crosshill também teve uma boa atuação fazendo
no excelente tempo de 70s56, sobre o dorso de Winning-
um percurso sem faltas e com apenas dois pontos de excesso
mood. O terceiro colocado foi o ginete francês Michel Robert,
de tempo na primeira passagem, fechando na 8ª colocação. www.fei.org
32
Sucesso de Karina
Torneio de
> A gaúcha que integrou a equipe bronze
Verão SHPr
do Pan 2003, Karina Johannpeter, sagrou-se vice-campeã no Concurso de Saltos Internacional 3* em Dortmund, no GP da Alema-
Dividido em duas etapas: uma no final de se-
nha, dia 13/02. O ouro ficou com o holandês
mana de 12 e 13/02 e outra nos dias 19 e 20 do mesmo mês, o Torneio de Verão da SHPr reuniu boa
Gert-Jan Bruggink, que zerou em 33s19. KaO ginete Flávio Martinez
rina, junto com Donna D, fez pista limpa em
parte dos cavaleiros paranaenses. As categorias de
34s63. O conjunto já havia sido campeão da
prova foram de 0,40m a 1,30m, sendo que os cam-
Liga Sul-Americana em 2009.
peões do torneio saíram da somatória dos pontos conquistados nas duas fases. A premiação total em dinheiro para os vencedores das séries de 1,10m a
www.cbh.org.br
1,30m passou da casa dos dez mil reais. Na série 1,30m o campeão da categoria Sênior foi o conjunto Flávio Martinez com Ness e Daniel César Khury conquistou a segunda colocação com Saralineke. Já em Jovens Cavaleiros Top, destaque para
Boa notícia
o vencedor Maurício de Oliveira Franco e seu cavalo SS Matador. Na categoria
> O brasileiro Eduardo Menezes já está
Amador Top, o conjunto Jayme Canet e Trendy Man foi o campeão. Daniel César
matematicamente classificado para a
Khury com Quite Capitano conquistou a primeira colocação em Cavalos Novos 7
final da Copa do Mundo de Saltos
anos, e o segundo colocado foi Eduardo Marchezzi no dorso de Alado Cequipel.
2010/2011, que acontecerá entre 27
Já na série 1,20m, quem levou a melhor na categoria Amador foi um dos
de abril e 1º de maio em Leipzig, Alemanha.
grandes veteranos do hipismo paranaense, Luiz Fernando M. de Albuquerque
Eduardo venceu o GP Thermal e antes disso
com sua montaria Nick das Cataratas. A vice campeã foi Cristine Lopes com Li-
garantiu duas ótimas colocações no evento:
canthus J Man. Na categoria Jovens Cavaleiros, Mauricio de Oliveira Franco con-
o 4º posto na prova Mercedez Benz e o 3º na
quistou as duas primeiras colocações com as montarias: HFB Cacina e Pibel Adall.
disputa Percynality Mercedes Benz.
Eduardo Marchezzi com Patch J Men e Anderson Tonon com Xena do Jacaré
www.fph.com.br
foram campeão e vice, respectivamente, na prova Sênior. Daniel César Khury com Asolde foi o vencedor em Cavalos Novos 6 anos e Peterson de Paula com Aralsk na categoria Mirim.
www. hipicaparanaense.com.br
Visita ilustre > Entre os dias 11 e 13 de março, o Haras Manoel Leão, região de Ribeirão Preto, recebeu
Atlântida
uma clínica de Salto ministrada pelo experiente
Beach Jumping
cavaleiro e treinador holandês Rob Ehrens. O técnico levou seu time ao primeiro título mundial, em Aachen 2006, foi bronze no
Durante os dias 18 e 19 de fevereiro, a Federação Gaúcha de Esportes Equestres, a FGEE, em parceria com a LR Sport & Marketing e apoiada pela prefeitura de Xangri-lá, realizou o II Atlântida Beach Jumping. O principal ob-
campeonato europeu de 2005 e já participou de duas olimpíadas.
www.fph.com.br
jetivo da Federação durante o evento era aproximar o hipismo da população em geral. Devido ao sucesso da iniciativa, a partir de 2012, a FGEE tornará o
Australia fora da final
Atlântida Beach Jumping um concurso de âmbito nacional e trará para ele
> Conforme a Eurodressage, a autraliana
competidores de vários estados do país.
Chantal Wigan escolheu não viajar para
Nesta edição, o ouro na categoria 1,30m foi definido no último instante
Leipzig para a Final da Taça do Mundo.
de prova e ficou com o conjunto Gustavo Diaz Cardeilhac/O de Beaude de La
Portanto, a Austrália não terá representante
Cañada. Na disputa a 1,05m, o vencedor foi Ailzo Costa, montando Lucky
na final em Leipzig. Chantal optou por se
Shallon J.K. Na altura de 1,20m, Ciro Abell Pinto, no dorso de Quelé do Porto
concentrar somente nas competições locais,
Palmeira, consagrou-se campeão, superando os concorrentes por uma diferen-
visando aos Jogos olímpicos de Londres
ça de menos de um segundo.
2012.
www.fgee.com.br
www.equisport.pt 33
AGENDA
Fevereiro 19 a 20
17 a 20
CSE ATLÂNTIDA BEACH JUMPING LOCAL: ATLÂNTIDA
S Ã O PA U L O
CSE XXIII 1ª ETAPA TORNEIO DE VERÃO LOCAL: CHSA
23 a 27 CSN** XXIII 2ª ET. TO. DE VERÃO E 1ª ET. COPA BH E SEL. MUNDIAL DE CAVALOS NOVOS LOCAL: CHSA
RIO GRANDE DO SUL
S A LT O
2ª ETAPA DO III TORNEIO DE VERÃO LOCAL: SHPR
12 S Ã O PA U L O
PA R A N Á
19 e 20
34
ABERTURA DE TEMP. DO ENDURO EQUESTRE LOCAL: Hotel FAZenda DAS ARAUCÁRIAS- PIRAQUARA
CCE
CSE – 1ª ETAPA DO RANKING DA FHBR LOCAL: SHBR
12 PA R A N Á
BRASíLIA
12 e 13
34
CSE TORNEIO DE VERÃO CAMBOATÃ LOCAL: CEC
ENDURO
12 e 13 1ª ETAPA DO III TORNEIO DE VERÃO LOCAL: SHPR
26
ETAPA TORNEIO DE VERÃO DE CCE LOCAL: CENTRO HÍPICO PAGOTO – PIRASSUNUNGa
V E T E RINÁRIOS
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Eduardo Marquezi
Coronel Silva Júnior
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Telefone: (41) 9600 5550 Col. Militar/Sociedade Hípica PR vicentesjunior@brturbo.com.br Paraná
Telefone: (54) 9992 2722 Centro Hípico e Haras MD eronipacheco@yahoo.com.br Rio Grande do Sul
Anderson Tonon
Struz, Silvio Eduardo
Gustavo Diaz
(41) 7811.4246 - 92*3138 .78114720 Sociedade Hípica Paranaense www.andersontonon.com.br Paraná
(41) 3666 4746 / 7815 0322 Haras Adal contato@hipismostrutz.com.br Paraná
Telefone: (51) 8147 5370 Haras La Cañada / SHPA carolsdiaz@hotmail.com Rio Grande do Sul
André Guérios
Vailton Jaci Cordeira (Baíca)
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Federação Paranaense de Hipismo
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Federação Eq. Rio de Janeiro
Presidente: Eduardo Caldeira Telefone: (11) 5642 3350 R. Carmo do R. Verde 241 - 10º Andar www.fph.com.br São Paulo
Presidente: Artisio Prandini Neto Telefone: (47) 3350 6881 Av. Antonio Heil km 29,5 nº33 s.4 www.fch.com.br Santa Catarina
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Presidente: Pedro Valente (21) 2539 4602/ R. Jardim Botânico,421 www.feerj.com.br Rio de Janeiro
Presidente: João Mazzaferro Telefone: (51) 3264 1297 Av. Juca Batista 4931 www.fgee.com.br Rio Grande do Sul
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Contra resultados não há argumentos. A VetSport se orgulha em fazer parte dessas conquistas. Ranking de saltos da Federaçao Paranaense de Hipismo 2010 Escola - (0,70m) Vice-Campeã - Gabriela Teixeira Lima / ENCANTO 3º lugar - Fernanda Assad / HORTENCIA
Jovem Cavaleiro A (1,10m) Campeão - Lucas Passos / CHANDOVER Vice - Campeã - Tayná B. Scorsin / ALEGRIA Z
Escola - (0,90m) Campeão - Lucas Teixeira Lima / RAVEL Vice-Campeã - Elisa Forchezato / PRINCE DANÚBIO Amador B (1,00m) Campeã - Michelle Seleme / ITAHÚ Vice Campeão - Valmir Evaldo Kuklik / SS TINTEIRO 3º lugar - Fernanda Ceconelo Seixas / VICK DO UNA Mini Mirim - (1,00m) Campeã - Caroline S. Morgenstern / DUCKS Master B - (1,00m) Campeão Carlos Alberto Seixas / ONDEMBURGUER Master A - (1,10m) Campeão - Fabio Fagundes Ferreira / MALVINA CLASSI Pré Mirim - (1,10m) Campeão - Peterson da Paula / FLIKA
Jovem Cavaleiro - (1,20m) Campeão - Yuri Borges / ANASTACIA Amador - (1,20m) Campeã - Cristine Lopes / LICANTHUS JMAN Amador Top - (1,30m) Vice - Campeã - Giovanna Sobania / ATOMO CLASI Jovens Cavaleiros Top - (1,30m) 3º Lugar - Bernardo de Macedo / SS NEON Senior - (1,30m) Campeão - André Guérios / VIVA MÉXICO 3º Lugar - Cristian Schenkel / COLISEU ITAPUA Junior - (1,40m) Campeão - Thalison Diego Soares / BANDOVER
Campeonatos Paranaenses 2010 Escolas - (0,80m) Campeã - Karin Amanda Cavallari / BAYONIC Escolas - (0,90m) Vice - Campeã - Thatyane Lia M. / APACHE Mini-Mirim Vice - Campeã - Caroline M. / DUCKS Jovens Cavaleiros A Vice - Campeã - Tayná Scorsin / ALEGRIA Z Jovens Cavaleiros Vice Campeão - Yuri Borges / ANASTACIA Amador B Campeão - Valmir Kuklik / SS TINTEIRO Vice - Campeã - Fernanda S. / VICK DO UNA
Amazonas B Vice - Campeã - Michelle / ITAHÚ DAS CATARATAS Amazonas A Vice - Campeã - Thayara Borges / LA INA Amazonas Campeã - Daniela Miró / OCTOBER HILL’S CARESSE Amazonas Top Campeã - Giovanna Sobania / ATOMO CLASI Pré Junior (1,30m) Campeã - Daniela Miró / OCTOBER HILL’S CARESSE Junior - (1,40m) Campeão - Thalison D. Soares / BANDOVER
Amador TOP Campeão - Giovanna Sobania / ATOMO CLASI
Destaques Brasileiros e Internacionas 2010 Campeonato Brasileiro Amazonas 2010 Amazonas B - (1,00m) Campeã - Fernanda Seixas / VICK DO UNA Amazonas - (1,20m) 4º lugar - Cristine Lopes / LICANTHUS JMES Amazonas TOP - 1,30 Campeã - Giovana Sobania / ATOMO CLASSI Campeonato Brasileiro Pré-Mirim Equipe 3º Lugar Peterson de Paula / CHANDOVER Humberto Biesuz / IRON DAS CATARATAS
Equipe Veterinária:
Na Sociedade Hipica Paranaense -Tarumã - Curitiba - Paraná contato@vetsport.com.br
Campeonato Sulamericano Júnior - (1,40m) (CSIO Mercosul da Juventude) Vice campeão - Thalison D. Soares / BANDOVER Campeonato Sulamericano Pré Júnior -(1,30m) (CSIO Mercosul da Juventude) Equipe campeã Daniela Miró / OCTOBER HILL’S CARESSE
Carolina Dunin CRMV - PR 6990 Nextel : 41 - 7815 1023
Gustavo Gomes CRMV - PR 4933 Nextel : 41 - 7814-6529
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