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O Parque Nacional do Iguaçu vai ganhar mais um hóspede: você

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Dicas quentes

Dicas quentes

Contamos qual a sensação de se hospedar dentro do parque e os atrativos, tanto do lado brasileiro quanto do argentino. Foz do Iguaçu vale sua aposta para uma escapada e contato com a natureza

Por RENATA ZANONI, de FOZ DO IGUAÇU

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O Parque Nacional do Iguaçu, lado brasileiro, foi fundado em 1939 e é um complexo formado por um cânion e mais 275 quedas d’água. Visitar a parte brasileira (como em poucos momentos atualmente) nos faz ter orgulho do nosso país, das nossas belezas naturais e da forma organizada como estamos recebendo os turistas. Sim, o Brasil está arrasando nesse quesito, e a estrutura, as possibilidades de passeios e o transporte do parque são tão organizados que nos remetem até à organização dos parques de Orlando. Tudo ali flui e funciona e dá um acalento para o coração ver que o turismo no Brasil tem, sim, bons exemplos, basta querer aprender com este modelo, que a meu ver deu muito certo.

Ao chegar ao Parque Nacional do Iguaçu, você, como hóspede do Belmond Hotel das Cataratas, é levado diretamente para o hotel. Para isso, é preciso ter contratado um transfer ou táxi cadastrado ou usar o serviço de transporte em uma van in e out oferecido pelo hotel com horários preestabelecidos.

sem ser incomodado. Admirar em silêncio todo aquele espetáculo. Observar as plantas ao longo do percurso e ver os animais silvestres, como quatis ou lagartos que podem aparecer no caminho. Ver a força das quedas d’água e ficar todo molhado ao se aproximar. Tirar uma selfie sem uma multidão atrás. Isso sim é um luxo!

O grande privilégio de se hospedar no Belmond é passear sem multidões pela trilha das Cataratas

Além disso, a hospedagem conta com outras regalias. O prédio ficou inacabado por anos até ser concluído em 1958, durante o governo de Juscelino Kubitschek. Em 2017, começou a operar sob a administração da conceituada rede Belmond (conhecida por seus hotéis em diferentes partes do mundo, como Itália e Peru, e seus trens) e recebeu investimento de R$ 60 milhões. Ele foi todo restaurado mantendo o charme original dos anos 1950 com o ar de uma fazenda colonial. As portas dos quartos, o mobiliário, os lustres e toda a atmosfera levam a uma viagem no tempo e lembram casarões portugueses, até pela cor rosada de sua fachada. São 193 acomodações, piscina externa, restaurantes de gastronomia variada, jardins impecáveis e um spa.

Seus quartos são espaçosos e têm todos os confortos, com closet, banheiro com banheira de hidromassagem, chinelos Havaianas disponibilizados aos hóspedes e muitos mimos aos pequenos, caso você viaje com seus filhos. O spa funciona todos os dias da parte da tarde até à noite e tem massagens, rituais e terapias para o corpo e o rosto, além de uma sauna e uma sala especialmente voltada para casais. A gastronomia é um dos únicos pontos que deixa um pouco a desejar. Comida gostosa, mas nada muito surpreendente. Entre as opções, o Ipê Restaurante, em que é servido o café da manhã e tem sistema de bufê para almoço e jantar; o restaurante Itaipu, com seleção de pratos brasileiros e internacionais e vista para as Cataratas; e o Bar Tarobá, para drinques e lanches rápidos.

Além dos passeios já conhecidos por quem visita o destino, o hotel oferece uma seleção exclusiva aos hóspedes, como caminhada guiada ao nascer do sol, aventura na floresta com imersão em uma comunidade de índios Guarani, passeio da Lua Cheia, além de degustação de vinhos brasileiros ou cachaças.

Tanta beleza fez com que em 2017, as Cataratas do Iguaçu ganhassem o prêmio de uma das novas sete maravilhas da natureza. E existem mil possibilidades para desfrutar de tamanha beleza. Comece pela trilha que leva até a passarela de 1,2 km, que proporciona lindas vistas para as cataratas. O lado brasileiro tem uma superestrutura como falei acima e foi a primeira Unidade de Conservação do Brasil a ser instituída como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, em 1986.

O Macuco Safári é uma opção para os aventureiros e leva de barco (funcionam como lanchas bem rápidas) até bem próximo das quedas e inclui uma trilha pela Mata Atlântica em uma espécie de jipe para ver as diferentes espécies de animais e de plantas. Árvores centenárias de araucária, orquídeas e bromélias podem ser apreciadas durante o tour. É possível ver toda essa beleza lá do alto, já que os passeios panorâmicos de helicóptero são disputados e o vai e vem de turistas sobrevoando o parque acontece o dia todo.

O Parque das Aves fica ao lado do Parque Nacional e é uma alternativa bem interessante para quem está viajando com crianças. São mais de 150 espécies nacionais e estrangeiras, como araras-canindé, gaviões-rei, tucanos, araras, flamingos, corujas e pavões. Borboletas, iguanas, cobras e jacarés também podem ser encontrados. O mais legal é saber que quase metade dos animais veio de resgates depois de passar por maus tratos ou contrabando. E muitas vezes são devolvidos para a natureza após estarem 100% recuperados e aptos a voltar para o seu habitat. Vale conhecer o Backstage Experience, em que você tem contato com os bastidores de tudo isso e pode ver o cuidado e alimentar os bichinhos.

Já no lado argentino e cerca de uma hora de viagem desde o hotel Belmond, você chega ao Parque Nacional do Iguazú, no estado de Misiones, Argentina. Ele tem trilhas mais extensas, por isso, reserve mais tempo para sua caminhada. Comece embarcando no Trem Ecológico, que te leva a uma das trilhas para chegar a um dos lugares naturais mais impressionantes com que me deparei, a Garganta del Diablo, com mais de 80 metros de queda. Uma viagem perfeita para uma escapada da rotina!

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