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Gabriel canta o bom da vida

MELODIAS ALTO-ASTRAL E LETRAS LEVES SÃO MARCAS REGISTRADAS DO CANTOR E COMPOSITOR MINEIRO QUE VEM CONQUISTANDO O BRASIL

Com letras que falam de amor, amizade, alegria e leveza, Gabriel Gonti tem se destacado na nova cena musical brasileira. Em 2022, foi um dos três artistas brasileiros do line-up do SXSW, um dos festivais de cultura e tecnologia mais importantes do mundo, que acontece todos os anos em Austin, no Texas. Na mesma turnê, tocou em Miami e Nova York. O cantor e compositor, que é natural de Patos de Minas (MG), já rodou o Brasil abrindo shows da banda norte-americana Boyce Avenue, teve uma música produzida por Maria Rita e está hoje no Top 10 dos artistas de pop nacional mais tocados nas rádios do Brasil.

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Como é o seu processo de composição? Você tem um ritual?

Escrevo sobre coisas que estou vivendo ou que gostaria de viver. Tenho um caderno na mochila, ando com ele. Quando estou sem o caderno, escrevo no telefone. Gosto muito de ler também. Não sei o nome de um monte de escritores, mas tenho alguns preferidos, como Rubem Alves, Clarice Lispector, Érico Veríssimo e Machado de Assis. Estou lendo Dom Casmurro. Eu gosto de escrever crônicas. Fiz um show em Curitiba e escrevi uma crônica sobre o que vivi lá. É uma diversão e está atrelado ao processo de composição.

Como foi a turnê com a Boyce Avenue?

A princípio, ia abrir só uns dois ou três shows, mas acabaram sendo oito. Foi muito maior, foi bem impactante para mim, porque tinha duas, três mil pessoas e eu fiz só voz e violão. Isso e cativar um público que não era meu foram os maiores desafios.

Como foi a sua parceria com a Maria Rita? A música se chama Odoyá, que é uma saudação a Iemanjá. Ela é super devota de Iemanjá. Eu compus a música e chamei ela para participar. Fiquei muito feliz e emocionado com ela no estúdio, porque foi a primeira vez que ela produziu uma música que não é dela. Tem alguma outra parceria que você gostaria muito de fazer? Eu admiro muito as composições do Nando Reis. Ele escreve sobre família e eu tenho esse lance com a família também.

E com os amigos próximos, tipo o Vitor Kley. Essa parceria com amigos é muito legal. Também já compus com a Anavitória.

Você cantou no SXSW e fez turnê nos Estados Unidos. Como foi isso?

Fui no South by Southwest, em Austin. É tipo um festival com várias frentes: cinema, arte, cultura, tecnologia e até negócios. E foi minha primeira turnê nos Estados Unidos. Abri o show da Anavitória em Miami. Depois, fui para Austin e Nova York, em Rockwood. Eu quero muito voltar para lá. Não só para os Estados Unidos, mas para a Europa também, que nunca fui. Portugal tem muito ouvinte.

Quais são seus próximos projetos?

Eu tenho uma grande conquista: tocar no Rock in Rio no dia do Coldplay, no palco do Itaú com o TikTok. E vou lançar mais datas da minha turnê solo que começou na minha terra, Patos de Minas, e vai para as principais capitais. Outro projeto é meu novo álbum. São 12 músicas. Vai ter música na rádio, clipes, tudo isso.

Você já foi em algum Rock in Rio? Já tinha alguma relação com o festival?

Fui três vezes já. Esse ano eu falei: “não vou comprar, porque eu vou tocar”. E rolou. Eu coloquei energia nisso.

Quais são suas referências na música? Internacionais: John Mayer, Coldplay e Oasis. Nacionais: Milton Nascimento, Humberto Guedes, Flávio Venturini –meu pai sempre cantou as músicas deles e tem tudo a ver com as minhas composições. E também Skank, Jota Quest, Nando Reis.

Como o TikTok, o Instagram e as plataformas de música ajudam na divulgação? Você sente que tem um impulso muito grande?

Eu acho que passou dos limites saudáveis. Eu gosto de viver a vida fora da internet, sou do esporte, do dia. Mas eu tô lá (nas redes) e sei a importância de trazer energia boa para a galera, principalmente com tanta coisa ruim acontecendo. Eu acho que meu papel como cantor é passar essas mensagens para quem está escutando. Parece um devaneio, mas é real. Eu não sou de levantar bandeiras políticas, vou muito mais nas letras existencialistas.

Qual é o seu maior sonho?

Era tocar no Rock in Rio. Compor e ver as pessoas recebendo as músicas reverbera na minha satisfação de estar na caminhada e fazendo shows. Meu objetivo é fazer turnês no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e ver as pessoas curtindo. Sempre lançando música e fazendo parcerias valiosas.

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