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Grupo Gay da Bahia comemora ação do Facebook Notícias Novelas Crítica de TV: Sem apelo doutrinário, espiritismo light em roteiro de ​Alto Astral​ se mostra promissor

Novelas Publicada em 14/11/2014 às 09h17. Atualizada em 14/11/2014 às 09h17

Crítica de TV: Sem apelo doutrinário, espiritismo light em roteiro de ​Alto Astral​ se mostra promissor Pelo viés da comédia, trama apresenta temática sem compromisso com a filosofia kardecista publicidade Em 1994, escrita por Ivani Ribeiro, a Globo levou ao ar ​A Viagem​, novela com temática espírita que ora causava medo ao telespectador, ora instigava com os preceitos da doutrina. Com cenários que passavam do céu ao inferno, elenco afiado e trilha sonora grudenta do grupo Roupa Nova, A Viagem até hoje é uma das tramas mais lembradas e elogiadas pelo público. Dos anos noventa para cá, vira-e-mexe bruxas ruivas, fantasminhas, médiuns e magos fazem a festa nos roteiros dos folhetins eletrônicos da emissora, a exemplo de ​O Profeta​, ​Eterna Magia​, ​Escrito nas Estrelas​ e ​Amor Eterno Amor​. Sempre que vão ao ar, todas são comprometidas com a vida após a morte e, consequentemente, seus produtores têm a certeza que irão despertar a curiosidade e cair no gosto do público porque mexe com uma das doutrinas religiosas mais expressivas do país.


Se até então as telenovelas causavam frisson com a obscuridade das suas tramas espíritas, se depender do autor Daniel Ortiz, responsável pelo texto de Alto Astral (Globo, 19h), a partir de agora esse assunto será visto pelo ângulo da comédia. Para o telespectador que rejeitou as aventuras selvagens de ​Além do Horizonte​ e a onda digital de ​Geração Brasil​, ​Alto Astral​ se mostra convencional no melhor sentido. É a clássica telenovela que sabe explorar os ingredientes tradicionais folhetinescos, como o romance e a vilania, além de saber trabalhar com mal-entendidos e segredos que garantem bons ganchos para o intervalo ou o capítulo seguinte. Para completar, cuidadosamente, o roteiro explora assuntos contemporâneos sem precisar ser didático, como é o caso dos personagens vividos pelos atores Guilherme Leicam e Nando Rodrigues, dois nadadores que querem ascender no esporte ao ponto de disputarem as Olímpiadas de 2016. Com um roteiro típico da faixa, que mistura mistério e comédia, além de pitadas sobrenaturais, Alto Astral fala sobre a disputa de dois homens, o mocinho Caíque (Sérgio Guizé) e o vilão Marcos (Thiago Lacerda), por uma mesma mulher, a jornalista Laura (Nathalia Dill), e da briga antiga de duas mulheres, Úrsula (Silva Pfeifer) e Maria Inês (Christiane Torloni), pelo mesmo homem, Marcelo Barbosa (Edson Celulari). No meio disso tudo, os espíritos são personagens que atuam paralelamente à trama principal que é a história de amor dos mocinhos. Bella (Nathalia Costa), a fantasminha legal, chega a provocar acidentes para promover um encontro dos protagonistas. A menina também brinca com o fato de poder ultrapassar paredes e árvores, assim como Castilho (Marcelo Médici), cirurgião que já incorporou em Caíque e operou Laura com um canivete e linha de costura numa estrada. Ele precisa que Caíque cumpra um acordo feito numa encarnação


passada para que o mocinho tenha evolução espiritual. Mas é Claudia Raia, que vive Samantha, uma médium trambiqueira, tão falsa quanto a raiz de seu cabelo loiro, quem faz graça. Exagerada, a começar pelo figurino, a personagem abre espaço para comentários cômicos, como o mau uso da facilidade com a comunicação com outro mundo, com o charlatanismo espiritual.

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Tags: Crítica de TV, Novelas, Alto Astral Imprimir Share Enviar por e-

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