marcelo solĂĄ
museu
de
arte
2 0 1 7
de
goiânia
Esta primeira exposição que Marcelo Solá apresenta no Museu de Arte de Goiânia é a produção inusitada de uma trajetória artística alheia às tendências históricas, mas sem ignorá-las, demonstrando por onde passa o seu interesse de trabalhar com liberdade, simultaneamente o desenho e a gravura, sem deixar de se questionar, em busca de novos meios de expressar sua visão de mundo e dos homens do seu tempo.
Atua precisamente numa conjuntura em que as abstrações de diferentes famílias se opõem às correntes realistas, onde a sua força singular lhe conduz a escapar dessas oposições e o levam a novas convenções de projetos artísticos de outros terrenos, que fazem parte de uma cultura contemporânea.
No entanto, superada a constatação dessa individualidade, com seu ritmo próprio de evolução, é preciso vê-lo à luz de sua época, até que ponto seus contemporâneos lhes são indiferentes, incluindo-se as ressonâncias detectáveis no que diz respeito às principais correntes da arte.
O que determina a qualidade tão especial da obra de Marcelo Solá é o equilíbrio ao mesmo tempo estudado e espontâneo que nela está presente, sustentado pelo estado d e e s p í r i t o r e i na n t e e d e m o d o e s p e ci a l a o s e u amadurecimento constituído por seu percurso muito ordenado, imposto em decorrência da sua disciplina. É realmente o fundamento da sua arte.
É claro, como se fosse com qualquer artista que constitui uma obra pessoal, convém começar pelo primeiro termo do raciocínio, e nesse sentido é possível se referir a Marcelo Solá de várias maneiras, ou pela cronologia tão bem assentada e geralmente privilegiada pelos espectadores, ou por seus temas recorrentes, ou ainda por sua contemporaneidade que lhe é tão prezada, confirmadas pela sua individualidade indomável. Pode-se ver que a sua obra o leva a dois caminhos, um que exagera nas marcas da intervenção - transições extremamente arbitrárias, traçados esquemáticos arquitetônicos, recurso das garatujas, rabiscos. O outro, oposto, que o leva a eliminar qualquer presença humana, numa continuidade indiferente daquilo que o cerca, a te n u a n d o estas esp e ci fi ci dad es e m p rove i to da generalização.
Antonio da Mata Supervisor do Museu de Arte de Goiânia Mestre em Artes - UNICAMP
março de 2017.
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 140 x 180 cm
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 234 x 232 cm
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 239 x 231 cm
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 200 x 155 cm
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 259 x 236 cm
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 252 x 236 cm
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 50 x 55 cm
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 30 x 21 cm (cada)
sem título, 2014 técnica mista sobre papel - 56 x 54 cm (cada)
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 56 x 56 cm
sem título, 2014 técnica mista sobre papel - 56 x 57 cm sem título, 2014 técnica mista sobre papel - 56 x 54 cm (cada)
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 56 x 56 cm
sem título, 2014 técnica mista sobre papel - 56 x 54 cm (cada)
sem título, 2017 técnica mista sobre papel - 56 x 56 cm
sem tĂtulo, 2017 tĂŠcnica mista sobre papel - 150 x 220 cm
PREFEITURA DE GOIÂNIA Iris Rezende Secretaria de Cultura Kleber Adorno
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