Newsletter Museu do Douro // maio

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ANO II, MAIO 2021

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índice Editorial Faz falta saber Atividades Espólio Museu do Douro Exposições Serviço Educativo Desafio Rede de Museus do Douro Loja do Museu Restaurante Prisma do visitante

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editorial Que ousadia! Uma Lei da República cria o Museu do Douro “No Douro, é assim: tudo é difícil e demora tempo”. Com esta afirmação termina António Barreto o seu editorial na newsletter do Museu do Douro de fevereiro passado. Pois é! E aos obstáculos inerentes às demoras que refere acrescem os que resultam de um país muito centralista, em que o Terreiro do Paço tem dificuldade em ver estruturas culturais, ou outras, a contribuir para o desenvolvimento das regiões. Muitas vezes vai mais além, criando todo o tipo de obstáculos. O espírito mantém-se. A atitude perdura”. O caminho para a criação do Museu do Douro foi difícil. Por vezes, mesmo penoso. Para que conste, devem reconhecer-se as dificuldades e os escolhos encontrados no percurso, mesmo que tenham permitido levar a bom porto essa ousadia. A ideia vinha de trás e fora avançada por muitos. Mas nunca se concretizou. Reaviva-se num programa eleitoral, ganha expressão com a 10ª medida da Proposta de Intervenção Integrada no Douro, aprovada em Convenção Regional, dia 5 de dezembro de 1992, em Vila Real e corporiza-se no Projeto de Lei nº 287/VII (PS), com data de entrada de 6/3/97, subscrito por mim próprio e pelo Deputado Eurico Figueiredo, eleitos pelo distrito de Vila Real e dinamizadores da Convenção do Douro, pelos Deputados Manuel dos Santos, Vice-presidente do Grupo Parlamentar, Marques Júnior e Artur Penedos, com ligações à região, bem como Fernando Pereira Marques, coordenador da área da Cultura, entre outros.

Nós sabíamos que o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português havia preparado e entregue um outro Projeto de Lei, o nº 249/VII (PCP), subscrito pelo Deputado Lino de Carvalho, João Amaral e José Calçada. Por uma questão de estratégia parlamentar, o nosso Projeto de Lei devia entrar na data limite. Lino de Carvalho teve o cuidado de me alertar para a data de subida a Plenário. E assim foi. Pôde ser debatido no dia 12 de março de 1997, sem a oposição do Ministro da Cultura, que, como se viu mais tarde, não gostava muito da ideia de criar um Museu que interpretasse a Região do Douro, na sua identidade, na sua unidade à volta da produção do vinho – a 1ª região demarcada e regulamentada do mundo - e na sua diversidade. A preparação do Projeto de Lei que coordenei pôde contar com a prestimosa colaboração do Professor Luís Gonçalves, do Instituto Politécnico de Setúbal, especialista em Museologia, amigo do Deputado Pereira Marques. Com o seu saber e apoio técnico foi possível dar corpo a uma ideia de museu diferente, um museu que não fosse um simples depósito de memórias, mas um fator de desenvolvimento, dinâmico e polinucleado, que assumisse a região do Douro como um todo e se constituísse num verdadeiro fator de desenvolvimento da região. Um museu exequível, mas também capaz de perdurar. Como escrevi em A Voz de Trás-os-Montes e no meu livro “Do Parlamento, o meu testemunho” (2004: 80): «Não foi fácil


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fazer valer a ideia de que o Museu do Douro podia ter um figurino diferente do habitual. Com atribuições na área da museografia propriamente dita, mas também na da investigação, incluindo a publicação e edição de estudos de caráter científico ou divulgativo da Região e na dinamização cultural. Ainda era estranho falar-se de museu polinuclear. Muito menos percetível era falar-se numa tutela que não fosse a do Ministério da Cultura, a de uma Autarquia ou a de um privado. Por isso gerou tanta polémica no debate em Plenário». A figura de “sociedade” para o gerir suscitou interessante debate para se esclarecer o que se pretendia significar com tal palavra. Parecia de difícil aceitação o que, afinal, era uma palavra com significado tão abrangente. E tínhamos razão. Se fora deixado simplesmente à responsabilidade do Ministério da Cultura, a ideia podia ter ficado pelo caminho. É que foi difícil aceitar no Palácio da Ajuda – não lhes foi dada a oportunidade que o nosso Projeto de Lei subisse a debate sem parecer do Ministério. Na sequência do mesmo, os dois projetos foram trabalhados em sede da Comissão de Educação, Ciência e Cultura por um Grupo de Trabalho, que coordenei. Ainda se levantou um outro obstáculo. O haver um museu em Lamego! Podia ser o Museu do Douro, alvitrou-se. A natureza diferente de cada um depressa fez desvanecer tal obstáculo. Do trabalho desenvolvido resultou uma proposta que fundiu devidamente o articulado dos dois projetos. O relator desse

editorial

trabalho foi o então também Deputado Luís Pedro Martins, atual Presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte. A proposta que subiu a Plenário para ser votada foi aprovada por unanimidade em votação final global no dia 9 de outubro de 1997. As coisas do Douro, para além de difíceis e morosas, deparam-se, muitas vezes, com outros problemas. O da “burocracite” é mais um. No caso presente, «verificou-se uma maleita, porventura, ainda mais grave, a da prepotência egocêntrica de alguns detentores do poder na Administração Central lisboeta», como registei no livro citado acima (2004: 79). Efetivamente, para além de declarações à comunicação social pouco abonatórias por parte de dirigentes de instituições da Administração Central da área da cultura e que desdenhavam de uma Lei da República aprovada por unanimidade e promulgada pelo Presidente da República, a que me senti obrigado a reagir – a comunicação social da época deu o devido eco -, verificou-se resistência ao avanço da instalação do Museu. É o que se pode constatar no ofício de 13-899 da Diretora do instituto Português de Museus, Dr.ª Raquel Silva, com um «sim, mas… Mais os “mas” do que os “sims”» e num outro enviado pela mesma, a 28 de março de 2000, mas enquanto membro de um Grupo de Trabalho, em que são propostas alterações (?) à Lei oportunamente aprovada, promulgada e publicada no Diário da República de 2 de dezembro de 1997.


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Entretanto, porventura, com alguma premunição, em abril de 1997, senti que devia dar a conhecer à Comissão Parlamentar do Poder Local, Administração do Território, Equipamento Social e Ambiente, em visita a Peso da Régua, que os Projetos de Lei nºs 249/ VII (PCP) e 287/VII (PS) tinham baixado à Comissão e era importante que o processo legislativo avançasse, também pelo papel do Museu do Douro no desenvolvimento da região. Aliás, personalidades do Douro não se inibiam de me lembrar que o Museu não podia ficar na gaveta do esquecimento. Foi o que fez o Professor João Rebelo, da UTAD, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Peso da Régua, aquando da apresentação das conclusões dos Encontros da Casa da Calçada, uma iniciativa do Círculo Cultural Miguel Torga. Entretanto, e aprofundando os argumentos que haviam levado à aprovação da Lei fundadora do museu, reuni de novo com o Professor Luís Gonçalves, recebi e li o relatório da Comissão Instaladora e reuni com o Professor Gaspar Martins Pereira. Senti-me à-vontade para confron-

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tar o Ministro da Cultura em reunião do Grupo Parlamentar. E os obstáculos só começaram a desaparecer em abril de 2000 após a mesma se ter verificado. É verdade que o Ministro Manuel Maria Carrilho aceitou as nossas razões, minhas e da Comissão Instaladora. Viria a ser substituído no mês de julho seguinte. José Sasportes, que lhe sucedeu, dedicou mais atenção ao assunto e visitou mesmo a região dia 12 de dezembro desse ano. Mas seria o Professor Augusto Santos Silva, que assumira a pasta da Cultura em julho de 2001, a nomear os membros da Unidade de Missão, presidida pelo Professor Gaspar Martins Pereira, empossada a 28 de fevereiro de 2002. Senti, então, que a ousadia em aprovar na Assembleia da República uma Lei para a Criação do Museu da Região do Douro poderia ter sucesso.

ANTÓNIO MARTINHO


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faz falta saber

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faz falta saber inauguração espaço Armanda Passos DIA 18 DE MAIO » DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS « ENTRADA GRATUITA NO MUSEU DO DOURO! No âmbito das comemorações do dia Internacional dos Museus, este ano dedicado ao tema «O futuro dos museus: recuperar e reimaginar», inaugura-se o Espaço Armanda Passos, artista plástica nascida em Peso da Régua. A coleção que agora se expõe no circuito de visita do Museu, composta por óleos, desenhos, tintas da china e obra gráfica, é um desafio que nos obrigou a reimaginar o espaço do Museu bem como a forma de comunicar a arte contemporânea à nossa comunidade. Constituindo uma mais-valia para a região e para a nossa coleção, é igualmente uma oportunidade para recuperar os hábitos de visita ao Museu depois do interregno imposto ao longo do último ano.


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atividades

atividades WEBINAR COM JOSÉ PESSOA 6ª Sessão do Curso da História da Fotografia e Identificação de Processos Fotográficos, por José Pessoa {26 DE MAIO 2021 | 10H30}

Tema: História da Fotografia Portuguesa, 3ª parte - O caminho da industrialização, do cinema e da cor Continuamos a nossa viagem pela Fotografia Portuguesa do final do século séc. XIX ao início do século XX com Emílio Biel. Iremos entrar no processo de industrialização da fotografia, o aparecimento do cinema, criado pelos irmãos Lumière.

Inscrições através: https://zoom.us/ webinar/register/1916197069486/WN_ 894W76JQSC-ZuB1xV8mbzQ


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FESTIVAL ENTRE CIDADES | A MINHA CIDADE NA TUA CIDADE » Uma partilha entre as cidades de Braga | Matosinhos | Peso da Régua » 15 e 16 de maio | 19 e 20 de junho | 17 e 18 de julho

A entrada é livre em todos os espetáculos, mas o acesso será limitado ao número de espectadores permitido por recinto, de acordo com as normas de segurança sanitária definidas pela Direção Geral de Saúde e pelo Governo de Portugal. A utilização de máscara é obrigatória.

O “Festival Entre Cidades” decorre em três fins-de-semana de maio a julho de 2021, e apresentará 81 espetáculos de Música, Poesia/spoken Word, Performance, Dança e Teatro em locais ao ar livre nas cidades de Braga, Matosinhos e Peso da Régua numa celebração comunitária através de diversas formas de expressão artística. A entrada é livre.

Programa para o mês de maio: 15 de maio | Jardim/Esplanada do Museu do Douro 17h00 | Artista: Vítor Hugo Ribeiro L Pertués (Poesia/Spoken Word) 18h00 | Artista: Emmy Curl (Música) 19h15 | Marem Ladson (Música) 16 de maio | Jardim/Esplanada do Museu do Douro 18h00 | Artista: “Fora do Lugar” da Urze Teatro (Performance/Dança) 19h10 | Artista: Bié (Música)

Consulte o programa completo no www.festivalentrecidades.pt

site:


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espólio Museu do Douro Pertencente à coleção do Museu do Douro desde 2011, a obra MuseudoDouroZóide, da artista plástica Fabíola Valença, ganhou novo destaque no Museu. Este projeto artístico, que foi agora transformado pela própria artista com a adição de mais “painéis-célula”,

foi concebido como uma simbiose entre a obra de arte e o local que habita, sendo a sua transformação o resultado natural de uma evolução entre células e meio. A obra pode ser descoberta na Sala de Leitura do MD.


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espólio Museu do Douro

Depósito Família Serpa Pimentel A mais recente incorporação na coleção arquivística à guarda do Museu do Douro é o espólio documental pertencente à família Serpa Pimentel. Estes documentos, no qual se inclui uma coleção de pergaminhos, estão associados às muitas propriedades que esta família detinha na região do Douro desde a época medieval.

Os documentos serão inventariados, permitindo a sua consulta pública e um maior conhecimento da nossa região. Agradecemos à Senhora D. Teresa Serpa Pimentel e aos seus filhos o voto de confiança no Museu do Douro.


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exposição permanente Douro: Matéria e Espírito Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe. Todos os dias das 10h às 18h


exposições

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exposição temporária COR NO DOURO Natura Artis Magistra de Leni van Lopik Exposição Temporária » De Patente até 31 de julho de 2021 Sala de exposições temporárias MD

© José Pessoa

Quando nos mudámos dos Países Baixos para Portugal, em 2000, muito mais do que a nossa morada mudou. A mudança de ambiente foi muito importante: da grande cidade de Utrecht para o campo, vivendo entre vinhas e olivais, com vista para o maravilhoso rio Douro. A minha obra visual foi imediatamente inspirada pela abundância de formas que a natureza tinha para me oferecer. Tudo o que encontrei nas minhas caminhadas revelou-se útil e poderia ser processado em novos objetos. Foi assim que surgiu o meu método de trabalho atual. Leni van Lopik



exposições

exposições itinerantes Concurso Internacional de Fotografia 2018 “Douro Património Contemporâneo” – Arquitetura | Arte | Imagem Museu do Imaginário Duriense (MIDU) | Tabuaço » Até 11 de julho de 2021 9 meses de inverno e 3 de inferno, de João Pedro Marnoto Museu do Ferro e da Região de Moncorvo | Torre de Moncorvo » De 1 de maio a 30 de junho de 2021

Via Estreita, de Carlos Cardoso Interpretação do Território | Sambade, Alfândega da Fé » Até 11 de junho de 2021

Percursos pela Arquitetura Popular no Douro, de António Menéres Centro Interpretativo da Máscara Ibérica (CIMI) | Lazarim, Lamego » De 12 de maio a 29 de setembro de 2021

Rui Pires na coleção Museu do Douro – Exposição em Estruturas retro iluminadas no exterior Espaço público em frente ao Posto de Turismo | Armamar » De 7 de maio a 30 de junho de 2021


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serviço educativo eu sou paisagem Educação-Museu do Douro eusoupaisagem é mote e ação do programa de educação. Agir e pesquisar sobre as relações evidentes e menos evidentes entre os lugares e os seres humanos e não humanos que os habitam e que os constroem. Banda Filarmónica da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro [2017], Artur Matos Mogadouro. No ano de 2014 Artur Matos acompanhou, a Banda Filarmónica da A.H.B.V. de Mogadouro nos seus

ensaios, concertos e festividades. Daí resultou um documentário em vídeo de Artur Matos, realizado para o programa O que é singular num coletivo? | projeto Bios Biografias 2013-2017 Municípios do Douro e Trás-os-Montes | Serviço Educativo Museu do Douro em parceria com a Fundação EDP.

contar histórias singulares de uma pessoa, de um ser, de uma coisa que pertença aos lugares onde se vive. Mais que números ou públicos propomos e procuramos pessoas e coletividades para fazermos algo em comum. Para em comum procurarmos o que há de singular num coletivo.

A base do Bios Biografias – municípios do Douro e Trás-os-Montes assentou na pesquisa, indagação e conhecimento de relações de experiência entre as pessoas e as paisagens, procurando modos de

Bandas . Associações . Escolas Associação Musical de ALFÂNDEGA DA FÉ | Oficina de Teatro de Favaios, ALIJÓ | Associação Zíngaros de


serviço educativo

O que é singular num coletivo? Documentário em vídeo Banda Filarmónica A.H.B.V. de Mogadouro (2014, Artur Matos©)

CARRAZEDA DE ANSIÃES | Associação Banda 25 de Março, MACEDO CAVALEIROS | Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino, MIRANDA DO DOURO | EB2 de Sendim, MIRANDA DO DOURO | Palombar, VIMIOSO | Escola Profissional de Arte de MIRANDELA | Banda Filarmónica A. H. Bombeiros Voluntários de MOGADOURO | Banda Marcial de MURÇA | Projeto Arqueológico da Região de MONCORVO | Centro Social e Paroquial de TORRE DE MONCORVO | EB2,3/S de VILA FLOR

A partir do dia 03 de maio Banda Filarmónica da A.H.B.V. de Mogadouro [17:19] estará disponível na plataforma de vídeo Vimeo.com https://vimeo. com/542743242/302ba6c610


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Programa Sítios, o lá fora | Lamego 41.0967387, -07.80965364 (2021, Carla Teixeira©)

Soleira da Porta o lá fora Nestes dias, a liberdade de sair ou de ficar em casa é nos muito evidente. Convidamos todas as pessoas, que se quiserem juntar, a registar esse momento em que podemos pôr o pé no soleira da porta para sair, trabalhar, caminhar, ver pessoas, estar nos lugares e continuar a ver as nuvens e os céus...: à frente da soleira fica o lá fora.

Partilhe connosco esse momento. Enviar para: educativo@museudodouro.pt


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Instalar Leituras. Centro Português de Fotografia, Porto | 41.2207469,-8.73020579 12ºF, Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia (2020, SEMD©)

Dizer ALTO Mulheres do meu país Deu-nos Abril o gesto e a palavra fala de nós por dentro da raiz Mulheres quebrámos as grandes barricadas dizendo: igualdade a quem ouvir nos quis E assim continuamos de mãos dadas O povo somos: mulheres do meu país MARIA TERESA HORTA, in “Mulheres de Abril”. Lisboa, Caminho, 1977

Se nos quiser fazer chegar um texto ou quadra da primavera, gravado por si, em voz ALTA, envie para educativo@museudodouro.pt.


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Coleção de Coisas... {QUE FAZEM A PAISAGEM} NUVENS

O céu oferece-nos todos os dias um espetáculo inesquecível: pelo céu viajam as nuvens. É do céu que chega a chuva, é pelo céu fora que sopra o vento e se formam pequenas e grandes tempestades… Como é o seu céu,visto de sua casa, do seu caminho, do seu local de trabalho? E como estão as nuvens? Partilhe connosco as suas nuvens e os seus céus. Enviar para: educativo@museudodouro.pt https://vimeo.com/533984097

Programa Sítios, #nuvens de Souto Covo. Lamego, 11 de março. (2021, Cristina Correia ©)


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Coleção de Coisas... {QUE FAZEM A PAISAGEM} #AZUL

Continuamos a interrogar a vida deste território e das pessoas que vivem nele. Que relações existem entre as pessoas e a paisagem? Há muitos elementos que constroem uma paisagem... quantas cores encontramos? Procuramos o AZUL fora de casa, nos caminhos, a partir do local de trabalho... Partilhe connosco as suas fotografias: educativo@museudodouro.pt

https://vimeo. com/533983924

Programa Sítios. Coleção de coisas que fazem a paisagem... #azuis Cabine Telefónica, Covas do Douro, Sabrosa | 41.188407, -07.592998 (2021, SEMD©)


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desafio Memórias de Hoje À semelhança do ano anterior, propomos este desafio à população em geral, mas igualmente às instituições envolvidas no terreno. Enquanto instituição de memória, e com um importante fundo arquivístico, o Museu do Douro pretende recolher documentos e testemunhos associados à vida dos durienses neste desconhecido tempo. Sejam de origem institucional, produzidos por Câmaras, Juntas de Freguesia, Escolas, sejam testemunhos na primeira pessoa, como fotos, vídeos, poemas, diários. A ideia é criar um fundo arquivístico que fique como memória para as futuras gerações, de como a região viveu este período: o confinamento, a necessidade de adaptação familiar, o teletrabalho, ensino em casa, continuar as atividades normais do mundo rural (a natureza não para), etc. Queremos documentar o confinamento mas igualmente os seus efeitos na vida da região.

O que mudou, as práticas sociais, agrícolas, etc. » Envie o seu testemunho para: museologia@museudodouro.pt




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rede de museus do douro A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial! Todos os meses divulgaremos neste espaço as atividades/ações que nos forem enviadas pelos núcleos aderentes e, de modo aleatório, será apresentado um núcleo museológico.

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em destaque Maio

MUSEU DO FERRO & DA REGIÃO DE MONCORVO

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Instalado num solar no centro histórico da vila de Torre de Moncorvo, o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo é uma instituição museológica e cultural destinada a promover o conhecimento e a divulgação do património arqueológico e industrial do território, dos povoados e das comunidades que se formaram nas cercanias da serra do Roboredo e do Vale da Vilariça, com particular destaque para as atividades relacionadas com a exploração do Ferro. Oficina do Conhecimento: A visita inicia-se na Oficina do Conhecimento. Aqui se indicam, em imagens-satélite, os dois principais acidentes geomorfológicos que influenciaram a história económica da região: o vale da Vilariça, particularmente fértil, e a serra do Roboredo, onde jazem mais de 670 milhões de toneladas de minérios de ferro (hematite e magnetite). O vale da Vilariça corresponde a uma falha tectónica irrigada pela ribeira do mesmo nome, que aqui se encontra com o rio Sabor, e este com o Douro, propiciando a ocupação humana desde remotas eras. Como prova disso, nesta sala é exibida uma estela-menir antropomórfica do período calcolítico (Idade do Cobre), com cerca de 1,57 m. Ainda neste espaço, podem-se ver outros aspectos do património da região, através de uma projeção audiovisual, ou, em alternativa, documentários breves, além de um filme da década de 50 do século passado, sobre o trabalho nas minas de Moncorvo. Ao lado da Oficina do Conhecimento está a sala destinada à arqueologia e história da região, onde provisoriamente se têm realizado exposições temporárias de Arqueologia e História regional.


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Sala do Ferro: Esta sala encontra-se organizada em cinco temas: » Forjas, ferreiros e ferrarias, em que se faz uma abordagem do ciclo do ferro na pré-indústria (mineração, metalurgia e trabalho da forja), com objetos e ferramentas relacionados com a atividade do ferro, desde escórias a produtos das forjas, um fole de ferreiro e outros utensílios. » Geologia e minas, com uma pequena coleção geológica, reprodução de fotos e documentos. » Origens da indústria do ferro, com diagrama da evolução dos fornos de fundição e destaque para materiais da época romana recolhidos na década de 50 na mina da Carvalhosa e em 1983 no escorial de Vale dos Ferreiros. » Impacto da Revolução Industrial em

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Portugal, com referência à experiência proto industrial de Chapa-Cunha (Mós, Torre de Moncorvo), onde funcionou uma forja de tipo catalã, até às chamadas “fundições secundárias” dos séculos XIX e XX. » História mineira da Ferrominas, a empresa mineira que de 1951 aos anos 80 se dedicou à extração e exportação do minério de Moncorvo. Sala de Exposições Temporárias – Coleção Abade José Augusto Tavares Na sala de exposições temporárias encontra-se em exposição algumas peças que o Abade José Augusto Tavares (1868-1935) colecionou em vida e que foram doadas, após a sua morte, ao Seminário Diocesano de S. José, em Bragança, destacando-se objetos antigos, tanto arqueológicos como etnográficos, do concelho de Torre de Moncorvo, entre outros.


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Jardins e Auditório Com uma magnífica vista para a serra do Roboredo, os jardins do Museu correspondem ao antigo terreno agrícola adjacente ao solar onde hoje se encontra o Museu. Acompanhando a pendente do terreno, temos vários socalcos seculares, ao estilo do Douro vinhateiro, só que neste caso plantados de laranjeiras, amendoeiras e outras espécies, quer autóctones, quer introduzidas pelo homem, mas com significado regional. Aqui o visitante pode disfrutar da natureza, ouvindo e observando as aves que povoam o local, ao mesmo tempo que lê o jornal ou um bom livro. Ao fundo destes “jardins suspensos” localiza-se o Auditório, onde se realizam inúmeros eventos

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temporários: exposições, palestras, workshops, com destaque para a Partidela Tradicional da Amêndoa, sempre muito concorrida. É neste espaço que está patente, desde o dia 1 de maio até final de junho [de 2021], a exposição “Nove meses de Inverno e Três de Inferno”, de João Pedro Marnoto, organizada pelo Museu do Douro e em itinerância pela Rede MuD. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » Inverno: 9:30 às 12:30 | 14:00 às 17:30 » Verão: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 18:00 Contactos: Email:museu-ferro@hotmail.com Tel.: 279 252 724 | Bilhete: 1€ Passaporte MUD: desconto 20% Morada: Largo Dr. Balbino Rego, n.º 9 5160-241 Torre de Moncorvo


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© Museu da Oliveira e do Azeite

MUSEU DA OLIVEIRA E DO AZEITE

//INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Situado na cidade de Mirandela, tem como atração principal um lagar de Azeite hidráulico com mais de cem anos. Rico em temáticas associadas ao Azeite, conta também com a Sala do Lagar, o Pátio da Oliveira, a Sala do Campo e do Fruto, os Sons do Olival, a Sala da Laboração e Transforamção da Azeitona, e a Sala do Azeite e seus usos

Horário de funcionamento: » terça a domingo: Inverno – 10:30 às 17:30 Verão – 10:00 às 18:00 Contactos: Email:moa@cm-mirandela.pt Tel.:278 993 616 Bilhete:Gratuito Morada:Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 | 5370 – 326, Mirandela facebook.com/moa.mirandela


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© Centro Interpretativo da Máscara Ibérica (CIMI)

CENTRO INTERPRETATIVO IBÉRICA (CIMI)

DA

MÁSCARA

Durante o mês de maio no CIMI pode visitar as seguintes exposições: » Exposição: Festividades com máscara

da Península Ibérica; » Exposição: Máscara de Lazarim Identidade de uma Comunidade.

16 de maio | 19h00 | Observatório Digital do Frevo

Caretos zarim e estarão Paço do

de Podence, Máscaras de LaMáscaras Fantasias do Frevo, numa conversa mediada pelo Frevo.

18 de maio | Dia Internacional dos Museus

Como forma de assinalar o Dia Internacional dos Museus, o CIMI levará a cabo duas iniciativas: » abertura ao público da exposição

António Menéres: Percursos pela Arquitetura Popular no Douro e a realização da Visita Virtual Internacional, organizada pelas equipas do CIMI e do Paço do Febro (Brasil), com o objetivo de encontrar consonâncias e dissonâncias entre os acervos e as trajetórias dos patrimónios das duas instituições (esta iniciativa sera realizada dia 15 de maio) //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » terça a domingo: 10:00 às 17:00 Contactos: Email:cimi@cm-lamego.pt Tel.: 254 090 134 Bilhete: Gratuito Morada: Rua José de Castro | Lazarim | 5100-582 Lamego


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MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXIERA LOPES Até ao dia 28 de maio estará patente ao público a exposição de pintura Habitar a Obra, de Armindo Teixeira Lopes, integrada no programa comemorativo do 40.º aniversário do Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes. 18 de maio | Dia Internacional dos Museus Entre o Presencial e o Digital: da Lógica Utilitarista na Cultura – Conferência on-line Interrogar a função do digital, em diálogo com o encontro presencial nos museus, é o mote desta conferência, que terá como pano de fundo a problematização da lógica utilitarista da sociedade contemporânea. A crescente massificação económica na era digital, mediante a proliferação veloz de conteúdos dirigida para a maximização do lucro, estendeu-se a todas as dimensões humanas, colonizando também as áreas culturais. Tentar-se-á, através da partilha de experiências, dar resposta a estas perguntas, que se resumem fundamentalmente ao paradigma de

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cultura que se pretende veicular. Tomamos como ponto de partida o espírito da obra de Nuccio Ordine, Da Utilidade do Inútil, salientando a necessidade da afirmação de imunidade contra a “barbárie do útil”. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » Segunda a Sexta: 09h às 12h30 e das 14h às 17h30 » Sábados: 14h30 às 18h » Domingos e Feriados: marcação prévia Contactos: Email:museu@cm-mirandela.pt Tel.:278 201 590 Bilhete:Gratuito Morada:Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 | 5370 – 326 Mirandela


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Núcleo Museológico de Favaios Pão e Vinho Durante o mês de maio além da exposição permanente, sobre o Moscatel de Favaios e o afamado Trigo de quatro cantos, também estará patente ao público a exposição fotográfica Briófitas e Líquenes do Vale do Tua, criada no âmbito do Projeto Vale da Biodiversidade.

© Núcleo Museológico de Favaios Pão e Vinho

//INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Casa Museu Mauricio Penha Até 30 de junho de 2021, na Casa Museu Mauricio Penha, pode visitar a exposição de micro-fotografia de Edson Macalini O que há nos paredões. //INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Horário de funcionamento de Segunda a Domingo: Inverno:10h às 17h Verão:10h às 18h

Horário de funcionamento: » Dias Úteis: 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30, mediante marcação prévia.

Contactos: Email: museu.favaios@cm-alijo.pt Tel.:259 950 073 Bilhete:2€ Passaporte Mud:desconto 20%

Contactos: Email: cmuseumpenha@gmail.com Tel.:259 686 133 Bilhete:Gratuito

Morada:Rua Direita,21, 5070-272, Favaios

Morada:Rua Fonte de Baixo, n.º 5 | 5070-367 Sanfins do Douro

Lagar do Avô Durante o mês de maio, no Lagar do Avô, pode visitar a exposição de fotografia de José Mário Tenreiro Viver da terra //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » sexta a domingo mediante marcação prévia. Contactos: Email: geral@lagardoavo.pt Tel.: 211 910 532 | 918 765 301 Bilhete: Gratuito MORADA: Rua Cabo do Lugar, n.º 26 A | 5155 - 213 Freixo de Numão


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ADEGA DAS GIESTAS NEGRAS A Adega das Giestas Negras encontra-se atualmente em remodelação. Museu do Imaginário Duriense (MIDU) No Museu do Imaginário Duriense estará patente ao público, até ao dia 20 de julho a exposição Concurso Internacional de Fotografia 2018. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » Segunda a Sexta: 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:00 » Fins-de-Semana e Feriados: 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:00 Contactos: Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.:254 787 019 Bilhete:Gratuito Morada:Rua Macedo Pinto | 5120 – 418 Tabuaço

Está disponível para visita do público o Museu das Giestas Negras e a realização de provas de vinho. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: - De segunda a sexta. Das 9:30 às 17:00; - Aos fins de semana sob marcações prévia; Contactos: Email: coimbrademattos@gmail.com Tel.: 254 920 214 | 965 519 991 Bilhete: 5€, inclui visita e prova de vinho do Porto Passaporte Mud: 20% desconto Morada: Casa da Calçada, n.º 65 | 5050 – 042 Galafura



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Núcleo Museológico da Casa dos Milagres de Perafita Este núcleo guarda uma das maiores coleções de ex-votos que foram oferecidos como agradecimento ao Senhor dos Milagres. Neste núcleo interpretativo e museológico pode encontrar: » Um vasto conjunto de Ex-Votos,

nomeadamente 93 Tábuas Votivas e diversas Peças de Cera, as arcas e a balança, onde se efectuava o peso dos peregrinos e das oferendas. » Painéis relativos a Anta da Chã

(Vila Chã), Igreja da Senhora da Boa Morte (Pópulo), Santuário da Senhora da Piedade (Sanfins do Douro) e Castro do Pópulo. » Exibição do Vídeo da RTP, Douro,

da Autoria do Prof. José Hermano Saraiva.

» Bibliografia diversa sobre Perafita,

nomeadamente o livro Santuário do Senhor de Perafita, ada autoria da Prof. Natália Ferreira Alves, o Catálogo da Inauguração da Casa dos Milagres, Tábuas de Salvação, e o Catálogo Tábuas Votivas, do Arquivo Distrital de Vila Real.

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//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » Domingo: 15:00 às 17:00 » Segunda (exceto feriados): 14:00 às 17:00 Contactos: Email: amigosdeperafita@gmail.com Tel.: 968 774 550 Bilhete: 1€ Passaporte Mud: Desconto 20% Morada: Rua da Igreja | 5070 – 555 Perafita


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© Museu do Côa e Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Museu do Côa e Parque Arqueológico do Vale do Côa EXPOSIÇÃO JOÃO CUTILEIRO: GRAVURAS RECENTES E OUTROS RISCOS | SALAS DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS | PATENTE ATÉ DIA 26 DE SETEMBRO A exposição é o último projeto do escultor e, formalmente, o primeiro desenvolvido pelo Centro de Arte João Cutileiro, entidade criada para promover a salvaguarda e divulgação do legado artístico deste extraordinário artista. Trazer ao Côa as suas gravuras sobre pedra foi uma ideia entusiasmante para João Cutileiro, que tinha um particular fascínio pela produção artística do Vale do Côa. Admirava a modernidade, a força e a energia telúrica dos artistas do Côa e a forma como, intencionalmente, riscaram a vida nas pedras.

Gravuras sobre pedra, desenhos sobre papel e um conjunto de guerreiros foram selecionados em estreita ligação com o escultor para o espaço extraordinário do Museu do Côa. Procurou-se essencialmente estabelecer relação com a envolvente e mostrar trabalhos com representatividade no contexto da obra de João Cutileiro, fortemente marcada pela presença feminina. 16 de maio | 10h30 | Visita orientada à exposição das obras de João Cutileiro, pela Curadora Ana Cristina Pais.

Esta visita decorre no âmbito da celebração do Dia Internacional dos Museus. Atividade gratuita mas de inscrição obrigatória com limitação de parti-


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© Museu do Côa e Parque Arqueológico do Vale do Côa.

cipantes de acordo com o Plano de Contingência da Fundação Côa Parque, das diretivas do Governo e da DGS, em vigor no dia da atividade. 18 de maio | Dia Internacional dos Museus ENTRADA GRATUITA NO MUSEU. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » Todos os dias das 09:00 às 17:30 Contactos: Email: museugeral@arte-coa.pt Tel.: 279 768 260 Bilhete: 6€ Passaporte Mud: 20% desconto Morada: Rua do Museu | 5150 – 620 Vila Nova de Foz Côa




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geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 e-mail: geral@museudodouro.pt website: www.museudodouro.pt

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