RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES 2021
MUSEU REGIONAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
APRESENTAÇÃO
Esta publicação apresenta resumidamente algumas das ações que foram desenvolvidas no âmbito do Museu Regional de São João del-Rei - MRSJDR no exercício de 2021, ano em que, apesar de terem permanecidas as mazelas geradas pela crise sanitária mundial, cumpre destacar de imediato que a capacidade, dedicação e o comprometimento de toda a equipe de servidores e colaboradores atuantes nos processos e realizações do Museu, bem como, na acolhida ao público visitante nacional e internacional, continuaram impecáveis.
Novas e importantes parcerias foram estabelecidas nesse período, movimentação que propiciou, através da manutenção da exposição virtual e dos eventos educativo-culturais, um grande estímulo ao processo de investigação, pesquisa, documentação, processamento técnico e difusão do acervo, criando um fluxo mais atual para a evolução da vertente comunicativa com o público em geral.
Da mesma forma que no ano anterior, mantiveram-se os eventos educativos/culturais, as semanas temáticas, a exemplo da Semana de Museus e da Primavera de Museus coordenadas pelo Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, assim como, as iniciativas idealizadas pelo próprio Museu, pelas quais restou amplamente demonstrado que é possível, diante de todos os percalços, honrar com a função social que serve de preceito guia para toda e qualquer entidade museológica, mesmo considerando que o seu espaço físico ainda permanecia fechado em decorrência das obras de manutenção elétrica e da pandemia do COVID-19.
O fomento e creditação de importância para as trocas de expe-
riências se perpetuaram por meio da realização do II Simpósio Virtual do Museu Regional de São João del-Rei que, com o foco dos trabalhos voltado para a Educação Museal no Panorama Atual, novamente abriu um espaço de discussão e reflexão durante um momento da crise sanitária tão desafiador para o segmento das instituições museológicas. Nos mesmos moldes do evento anterior, se buscou, de forma democrática com a participação dos mais diversos segmentos da sociedade, refletir sobre as convicções, ideias e conceitos que moldam os entendimentos e as interpretações, obviamente com as suas implicações na construção de um pensamento crítico, na tentativa de compreender o momento em que se encontrava a educação museal.
Cumpre enaltecer que o referido evento, idealizado e realizado pelo Museu, possibilitou a recepção de participantes de praticamente todas as regiões do Brasil, bem como, registrou acessos no exterior de países como Argentina, Angola, Estados Unidos, Hong Kong, Índia, Portugal, Suécia e Uruguai. Outrossim, foi detectado um incremento no número de acessos ao website do Museu Regional de São João del-Rei em 60% se comparado aos meses anteriores. Para além do conhecimento e das parcerias obtidas com a realização dos eventos, insta mencionar os produtos que, por derivação, oportunizaram o acesso às memórias do I e II Simpósio Virtuais, como a criação da videoteca, dos Anais publicados em formato digital e a produção do livro institucional do Museu Regional de São João del-Rei com o registro das posturas legitimadas nas discussões sobre a identidade e identificação da instituição, agregando ainda conhecimentos anteriormente represados com vista a orientar os visitantes, pesquisadores, instituições parceiras e demais interessados nos aspectos relacionados com a trajetória,
acervo, natureza educacional e cultural do Museu.
O livro institucional do Museu Regional, resultado do trabalho conjunto de toda a equipe, desde o processo de idealização da publicação, a produção, programação visual e formatação, ou seja, gerado inteiramente no intramuros do Museu Regional, já está impresso, aguardando somente o lançamento, programado para o próximo ano, quando esperamos poder receber presencialmente o público no Museu.
Eliane Marchesini ZanattaDiretora
Museu Regional de São João del-Rei
EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS
Ao longo de 2021, o Museu Regional manteve em cartaz a exposição virtual “Largo Tamandaré: Metamorfoses”, inaugurada em 8 de dezembro do ano anterior. A mostra ficou hospedada no site institucional e foi totalmente idealizada e executada pela equipe do museu.
A adaptação deste evento para o meio virtual se deu não apenas devido à continuação dos trabalhos de infraestrutura do Museu (que se encontrava em meio à execução do Projeto Elétrico), mas também, e principalmente, devido à grave crise sanitária decorrente da pandemia de covid-19.
Largo Tamandaré: metamorfoses
08/12/2020 a 04/04/2021
Com quase 50 fotografias, a exposição apresenta um recorte de cerca de 150 anos de história do Largo Tamandaré: região considerada, por muito tempo, a entrada da cidade, bem em frente ao prédio do Museu. A mostra foi dividida em três partes, ilustrando a evolução cronológica do local, a relação do lugar com a comunidade e apresentando seu contexto histórico. As fotos expostas são do arquivo do Museu, Arquivo Público Mineiro, coleções particulares e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de fotografias selecionadas no concurso promovido em novembro de 2020. A exposição conta ainda com textos produzidos pela equipe do Museu e material exclusivo cedido pela Dra. Schirley F. N. S. C. Alves, especialista em Geografia pela Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne.
Devido às obras de manutenção do prédio e, posteriormente, à pandemia de covid-19, desde 2019 o Museu diminuiu de forma considerável a quantidade de eventos realizados ao longo do ano. Em 2021, a instituição manteve um número baixo de eventos, adaptando-os para os meios virtuais. Com exceção de uma única ação presencial ocorrida em dezembro, todas as demais atividades do ano foram realizadas com público remoto através das plataformas digitais disponíveis, com publicações temáticas nas redes sociais e no site institucional ou transmissões ao vivo pela internet.
Em 2021, mesmo com o museu totalmente fechado ao público, entre outros eventos, foram realizadas quatro semanas temáticas:
2ª Semana do Patrimônio Cultural
19ª Semana Nacional de Museus
7ª Semana do Meio Ambiente
15ª Primavera de Museus
2ª Semana do Patrimônio Cultural
02/03/2021 a 04/03/2021
A Semana do Patrimônio Cultural foi concebida como forma de comemorar o aniversário de tombamento da cidade. Com a criação, em 1937, do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN, atualmente IPHAN), vários locais foram selecionados para o Livro do Tombo, destinados à preservação. No ano seguinte, São João del-Rei foi o primeiro registro incluído neste documento.
A segunda edição abordou três diferentes temas que foram além da idéia de patrimônio material. Em bate-papos realizados online, com interação remota entre os participantes, foram discutidos assuntos relacionados ao próprio desafio dos museus em se adaptar ao mundo digital durante o período de pandemia (ver pág. 28); o patrimônio natural específico da Serra do Lenheiro, que acerca a cidade de São João del-Rei (ver pág. 29); e os tradicionais ofícios e saberes de artesãos da região, cujo conhecimento é passado por gerações (ver pág. 30).
19ª Semana Nacional de Museus
18/05/2021 a 22/05/2021
A 19ª Semana Nacional de Museus teve como tema “O Futuro dos Museus: recuperar para reimaginar”. Partindo dessa proposta, o Museu promoveu uma séria de publicações online e interativas, com o tema ligado aos ofícios e saberes. A partir de algumas peças do acervo, foram elaboradas ações nas redes sociais, com publicações no feed e utilizando a ferramenta Stories do Facebook e Instagram. Foram 6 publicações com as quais o público pôde interagir respondendo enquetes e enviando comentários.
A Equipe de Comunicação realiza publicações diariamente, sempre com finalidades informativas. No entanto esta foi a primeira ação coordenada a partir de vários meios e ferramentas digitais, fazendo com que a interação (e não apenas a informação) fosse o objetivo final.
Junto ao Núcleo Educativo, foram desenvolvidos textos, imagens e enquetes com a intenção de instigar a curiosidade do público sobre as ferramentas de trabalho que compõem o acervo museológico: máquina de sapateiro, ferro de passar roupa, arado, batedeira de manteiga, arco de pua e roca de fiar.
7ª Semana do Meio Ambiente
31/05/2021 a 05/06/2021
O Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, é uma data promovida todos os anos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2021, o tema escolhido foi a “Restauração de Ecossistemas”, focado na recuperação de biomas locais diversos. A partir disso, o Museu focou suas atividades não apenas na biodiversidade regional, como também nas riquezas arqueológicas que se beneficiariam com a proteção ambiental.
Devido à situação de isolamento social, as ações permaneceram online, através das redes e site institucional. Optou-se, dessa forma, por uma série de publicações informativas sobre a Serra do Lenheiro, que acerca São João del-Rei. Foram 5 publicações nas redes sociais, mais uma no site da instituição. O primeiro post tratou da apresentação do evento e os seguintes abordaram as riquezas da Serra: Pinturas Rupestres, Canal do Ingleses, vestígios geológicos de um antigo oceano e a prática de esportes de escalada nos paredões rochosos do Lenheiro.
A sexta publicação teve um enfoque diferente, retomando o debate ocorrido semanas antes, durante a Semana do Patrimônio. O texto, por sua vez, abordou a biodiversidade e a importância da Serra para a cidade e seus habitantes, tanto pelo fornecimento de bens naturais essenciais como pelo lazer e bem-estar da população.
II Simpósio Virtual MRSJDR
15ª Primavera de Museus
20/09/2021 a 24/09/2021
Na 15ª edição da Primavera de Museus, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lançou o tema “Museus: perdas e recomeços”. Baseado nessa premissa, foi realizado o II Simpósio Virtual do Museu Regional: Educação Museal no Panorama Atual, com reflexões acerca do papel dos museus e da educação museal diante da nova realidade (de trabalhos remotos e virtuais) que se apresenta desafiadora para o setor. A proposta foi de compreender momento que passa a educação museal e seus profissionais e a busca de novas ideias para o setor, além de divulgar as pesquisas realizadas na área e estreitar a relação com o público.
Ao longo de cinco dias, foram realizadas uma palestra de abertura, sete mesas temáticas, e quatro mesas de comunicações orais, todas transmitidas ao vivo pelo canal do Museu no Youtube. Dezoito convidados, de diferentes instituições, participaram remotamente a partir de diversas localidades do país. Além de dezenove apresentações de comunicações orais, selecionadas pela equipe da instituição a partir do edital de inscrição publicado no site do evento. Também foi apresentado um recital de órgão de tubos, com a organista Elisa Freixo, gravado, editado e transmitido logo após o final da última mesa temática (ver pág. 41).
O Simpósio, ao fim, contou ainda com a publicação dos Anais, com dez artigos completos. Para saber mais sobre as mesas temáticas e as comunicações orais, veja as páginas 30-38.
PALESTRAS E OFICINAS
Bate-papo: Novos Desafios dos Museus na Pandemia
Fabiana Ap. Dias, Lorena Mello, Lucimar Pereira e Nathália R. Santos
02/03/2021
Parte das comemorações da 2ª Semana do Patrimônio (ver pág. 19), o bate-papo mediado pela diretora do Museu, Eliana Zanatta e contou com a participação de representantes de 4 museus da região próxima: Museu Municipal Histórico e Cultural Tomé Portes Del Rei (d São João del-Rei), Museu Casa de Padre Toledo (Tiradentes), Museu da Loucura (Barbacena) e Museu de Congonhas. Realizada remotamente, a apresentação foi transmitida ao vivo pelo canal do Youtube do Museu (inserir link) e os participantes puderam expor debater as dificuldades e as ações bem sucedidas, realizadas durante o cenário do pandemia, quando buscaram alternativas para interagir com o público durante o isolamento social.
Bate-papo: Serra do Lenheiro: patrimônio natural
Ulisses Passareli, Luiz Miranda e Prof.º José Saraiva Cruz
03/03/2021
Com mediação de Ana Maria Nogueira, responsável pelo Núcleo Educativo do Museu, o bate-papo aconteceu online, através Youtube (https://youtu. be/6r8tQgR3ELg). O evento fez parte das comemorações da 2ª Semana do Patrimônio (ver pág. 19) e contou com as participações de três são-joanenses que se dedicam à pesquisa e preservação da Serra do Lenheiro. O folclorista e pesquisador, Ulisses Passarelli; o guia de turismo e membro do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei (IHG-SJDR), Luiz Miranda; e o professor do Núcleo Ambiente, Saúde e Segurança do Instituto Federal Sudeste (IFET), Prof. José Saraiva Cruz, apresentaram o mapeamento realizado na região da serra, além de debater medidas de proteção ambiental que poderiam ser tomadas para preservação o local.
Bate-papo: Saberes Populares e sua continuidade Rodrigo Leandro Silva, Ronaldo Nascimento, José Anselmo de Souza
04/03/2021
Com a intenção de abordar o patrimônio imaterial da cidade de São João del-Rei, este bate-papo online, transmitido pelo Youtube (https://youtu.be/ To0MvIAmO0g), contou com mediação da diretora Eliane Zanatta e três representantes da sociedade que atuam com saberes tradicionais da cidade: um sineiro responsável pelos toques dos sinos nas igrejas; um artesão escultor santeiro, que trabalha a madeira de forma manual; e um fabricante de peças de artesanais de estanho, que fazem parte da cultura da cidade. O evento fez parte das comemorações da 2ª Semana do Patrimônio Cultural (ver pág. 20).
Palestra: Abertura do Simpósio e Palestra Inaugural
Carla J. F. Cruz e Profª Drª Maria do Rosário (nome completo)
20/09/2021
Primeiro evento do II Simpósio Virtual (ver pág. 25), a transmissão de abertura contou com apresentação da diretora do Museu, Eliane Zanatta; fala de abertura da Assessora do Gabinete da Presidência do Ibram, Carla Janne
Farias Cruz; e palestra inaugural com a professora da Universidade de Coimbra/Portugal, Drª Maria do Rosário, que dissertou com o tema: “A Educação
Museal de mãos dadas com a Pedagogia Intercultural: vamos em frente que atrás vem gente!” O evento aconteceu através do Youtube (https://youtu.be/ UJ7ZILK04y0).
Mesa Redonda: Educação Museal no Panorama
Atual
Profª. Drª. Christianni, Marielle, Prof. Dr. Nilton Gamba, Profª Drª. Solange Jobim
20/09/2021
Com mediação do Chefe de Serviço do Museu, João Victor Vilas Boas Militani, a Primeira Mesa Temática do II Simpósio Virtual (ver pág. 25) contou com três falas que trataram diferentes aspectos da Educação Museal. A Profª. Drª. Christianni Morais, do Departamento de Pedagogia da UFSJ, apresentou “Educação e musealização em tempos de pandemia: um lugar para memórias, artefatos e sentimentos”. Em seguida, Marielle Gonçalves, do Ibram, falou sobre “O presente da implementação da Política Nacional de Educação Museal”. Por
fim, Dr. Nilton Gamba e Drª Solange Sobim, professores da PUC-Rio, apresentaram “Histórias de Vida: vaga-lumes e pandemia”. A Mesa ocorreu remotamente, com transmissão ao vivo pelo Youtube (https://youtu.be/AY_WT2GYyNQ).
Mesa Redonda: Educação Museal e Tempos de Pandemia: experiência dos museus do Campo das Vertentes/MG
Lucimar Pereira, Lorena Mello, Maíra Gil, Quelle Rios, Henrique Rohrmann, Ulisses Passarelli, Ana Maria Nogueira
21/09/2021
A segunda mesa temática do II Simpósio Virtual (ver pág. 25) contou com cinco apresentações de representantes de alguns museus da Mesorregião do Campo das Vertentes, em Minas Gerais. Do Museu da Loucura (Barbacena), Lucimar Pereira discorreu sobre “O Museu da Loucura e os desafios e atuação na pandemia.” Do Museu Casa Pe. Toledo (Tiradentes), Lorena Mello, Maíra Gill e Quelle Rios falaram sobre “A construção de uma mediação virtual no Museu Casa Padre Toledo.” Já Henrique Rohrmann, do Museu da Liturgia (Tiradentes), apresentou a fala “Museu da Liturgia e os trabalhos de educação patrimonial em Tiradentes.” Ulisses Passarelli, do Museu Tomé Portes Del Rei (São João del-Rei), transcorreu sobre Museu Tomé Portes – lugar de memória coletiva na educação patrimonial”. Por fim, Ana Maria Nogueira, do Museu Regional de São João del-Rei, apresentou as experiências deste museu, sob o título O Mu-
seu Regional de São João del- Rei e os Novos Tempos.” A Mesa foi realizada remotamente, com transmissão ao vivo pelo Youtube (https://youtu.be/f10ye-7bqQQ), e teve mediação da diretora Eliane Zanatta.
Mesa Redonda: Educação Museal em Tempos de Pandemia: experiência dos museus Ibram em Minas Gerais
Hágata Adriládila Santos, Marcela Mazzilli Fassy, Ana Cláudia Caseiro, Isabella Carvalho
21/09/2021
Com mediação da servidora Ana Maria Nogueira, responsável pelo Núcleo Educativo do Museu, a terceira mesa temática do II Simpósio Virtual (ver pág. 25) manteve o mesmo tema da mesa anterior, mas ampliou o limite geográfico, abrangendo os museus de Minas Gerais que fazem parte da rede Ibram. Foram quatro apresentações de representantes do Museu Regional de Caeté, Museu do Diamante (Diamantina), Museu Regional Casa dos Ottoni (Serro) e Museu do Ouro (Sabará). Hágata Santos falou sobre “Museu e mídias sociais: os desafios e benefícios encontrados para usar a tecnologia como uma ferramenta museal durante a pandemia.” Marcela Fassy colocou sua fala sob o tema “Educação Museal nas plataformas virtuais: experiências do MD/Ibram.” Já Ana Caseiro discorreu sobre MRCO on-line: desafios e oportunidades em tempos de pandemia.” Por fim, Isabella Carvalho apresentou um “Relato de Experiência do Projeto Saberes & Sabores.” A transmissão da mesa ocorreu pelo Youtube (https://youtu.be/enkGeQJNf-w), com participações remotas dos convidados.
Mesa Redonda: Educação Museal e Cibercultura
Profª. Drª. Edméa Oliveira dos Santos, Profª. Drª. Luciana Conrado Martins
22/09/2021
Realizada remotamente, com transmissão pelo Youtube (https://youtu.be/TzApnhLw_S4), a quarta mesa do II Simpósio Virtual (ver pág. 25) contou com a mediação da museóloga e servidora do Museu, Andreia Rodriguez, e teve a participação de professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Piauí. Atentos ao tema da mesa, que envolveu Cibercultura e a relação dos museus com as tecnologias digitais e ações virtuais, a Drª Edméa Santos discorreu sobre “Educação Museal on-line” e a Drª Luciana Martins falou sobre “A Educação Museal e a cultural digital: caminhos para formação e atuação.”
Mesa Redonda: Perspectivas da Educação Museal
Profª. Drª. Adriana Mortara Almeida, Profª. Drª. Yára Mattos
22/09/2021
A quinta e última mesa temática do II Simpósio Virtual (ver pág. 25) tratou do futuro da educação museal a partir do cenário que se vivia naquele momento. A professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Drª Adriana Mortara Almeida, discorreu sobre “Educadores de museus: enfrentando velhos e novos desafios”. Jà a professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Yára Mattos, tratou das “Narrativas Polifônicas e Poéticas da Educação em Museus: construindo sentidos e significados.” A mediação da mesa ficou por conta da diretora do Museu, Eliane Zanatta, e a transmissão aconteceu pelo Youtube (https://youtu.be/5zlyCxpkFO0).
Comunicações Orais I
23/09/2021
Parte do II Simpósio Virtual (ver pág. 25), esta foi a primeira apresentação de trabalhos selecionados pela banca organizadora do evento. Nesta primeira transmissão, foram realizadas cinco apresentações com os seguintes títulos: “Os museus tradicionais da cidade do Rio de Janeiro e o uso da Internet para Educação Museal”, de Paula Ribeiro Trocado; “O Museu da Pessoa e a educação museal online: produção de narrativas em sala de aula”, de João Henrique Inácio Corrêa; “Não esperávamos que a visitação seria realmente um passeio pelo museu”: Considerações sobre o programa educativo virtual do Museu de Ciências da Terra”, de Rodrigo da Rocha Machado; Filipe de Brito Fratte Modesto; Matheus dos Santos Moreira; Julia Cristina de Oliveira; “Caixa de Memórias: Uma Experiência Museal na Pandemia”, de Elizandra Cristina da Silva; e “O Presépio do Pipiripau em tempos de Pandemia”, de Gabriel Teixeira Casela. A transmissão ao vivo teve apresentação de João Victor Vilas Boas Militani, enquanto os vídeos dos trabalhados foram gravados remotamente pelos próprios proponentes e transmitidos como vídeo tape (VT). O material continua disponível no canal do Youtube. (https://youtu.be/_49nW3MsFpA)
Comunicações Orais II
23/09/2021
Segunda mesa temática dedicada às comunicações orais do II Simpósio Virtual (ver pág. 25), essa transmissão ao vivo, realizada através do Youtube (https://youtu.be/5BArwMISl9g), contou com apresentação de Andreia Rodriguez e exibiu cinco VTs dos trabalhos selecionados para o evento: “Rádio Memorialística: uma proposta de educação museal do presencial ao virtual”, de Danira Morais Silva, Gerson Aquiles Mendes de Melo e Pamela Emilse Naumann Gorga; “Ações museológicas na Escola Estadual Dr. Garcia de Lima”, de Gabriela Sacramento P. da S. Rios; “Tem conversa no Museu: um podcast como estratégia de comunicação”, de Gabriela Nascimento Santos e Bianca Reis e Hilda Gomes; “Museu de Ciências – Explorando o ambiente pelas redes sociais”, de Lorena Oliveira Pires, Anderson Amendola Pinheiro, Dario Augustus, Jennifer Daiana Vieira Pereira, Joana Galavotti, Julia Silva Soares, Rhayssa Biotto, Sidineia Barrozo, Lourdes Campaner dos Santos e Paulo Clairmont Feitosa de Lima Gomes; “Cartilha Encantada”, de Luciano Borges de Souza.
Comunicações Orais III
24/09/2021
A terceira mesa temática dedicada às Comunicações Orais do II Simpósio Virtual (ver pág. 25), contou com a apresentação dos seguintes trabalhos:
“Educação patrimonial no Museu de Congonhas: (re)formulando ações educacionais remotas”, de Nathália Rezende Santos e Matheus Henrique Velozo Gonçalves; “Projeto Educativo da Exposição Virtual em Comemoração aos 70 anos da ECI UFMG”, de Camila Valentoni Guelfi, Erika Santos, Jezulino Lucio Mendes Braga e Mateus Souza; “Exposições virtuais no isolamento: a memória institucional da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais a partir dos acervos dos seus fundadores”, de Luiz Henrique Ramos Diniz; “Os Recursos Digitais como Ferramenta para a Educação Museal na Pandemia”, de Francisca Juscizete Queiroz de Lima; “Contra Maré – Navegando e jogando por um MAR virtual”, de Guilherme Marins Carvalho e Maria Rita Valentim Paz. A apresentação da transmissão, ocorrida pelo Youtube (https://youtu.be/ S5xroBFWVIw), ficou por conta de Ana Maria Nogueira Oliveira e vídeos dos trabalhos, gravados remotamente, foram apresentados com VTs.
Comunicações Orais IV
24/09/2021
A última transmissão ao vivo do II Simpósio Virtual (ver pág. 25) contou com apresentação da diretora Eliane Zanatta e foi dividida em duas partes. Na primeira, foram apresentados os quatro últimos VTs com os trabalhos selecionados; logo em seguida a diretora fez uma breve fala de encerramento do evento, rememorando os cinco dias de transmissões ao vivo e tratando de sua relevância para a instituição. Os trabalhos exibidos na primeira parte foram: “Interações Tecnológicas e Vivências Educativas no Museu Casa de Cora Coralina: Análise Sociológica das Intervenções na Expografia”, de Rúbio Dorneles de Bessa; “Museu Nacional de Enfermagem do Cofen – Da Mediação Presencial à Virtual”, de Simone da Invenção Lopes; “Paróquia de Nossa Senhora da Conceição: Proposta de Mediação Cultural”, de José Filipe Pereira Neves da Silva; e “A importância da pesquisa para a educação museológica nos pequenos museus do interior: as possibilidades no Museu Gustavo Teixeira em São Pedro/SP”, de Marina Rodrigues Custódio. A transmissão ocorreu através do canal do Youtube (https://youtu.be/iSoU0sGz9go).
Série de vídeos ofícios e saberes
12 à 17/07/2021
Produzida pelas equipes dos Núcleos Educativo e de Comunicação do Museu, esta série de seis vídeos foi concebida como continuação das ações interativas publicadas durante a Semana Nacional de Museus (ver pág. 25). Nesta segunda etapa da atividade, as publicações em audiovisual contaram com apresentação e mediação do colaborador Marlon Oliveira Gouvêa e trouxeram a participação de alunos da Escola Estadual Iago Pimentel. De forma remota, foram apresentadas várias peças do acervo museológico para as crianças do 5º ano do Ensino Fundamental. Em respostas, os alunos enviaram depoimentos em vídeo contendo suas próprias interpretações sobre cada uma das obras. Os vídeos foram editados juntamente com a mediação e publicados ao longo da semana, no Facebook, Instagram e Youtube. (https:// youtube.com/playlist?list=PLt6A_0h9E31yxDDVaBGHMqtY4pzCPT5Td)
Anais do II Simpósio Virtual
22/11/2021
Última atividade relacionada ao II Simpósio Virtual (ver pág. 24) ocorrido em setembro, a publicação dos anais do evento aconteceu no final do ano. Em formato digital, disponível no site do Museu (https://museuregionaldesaojoaodelrei.museus.gov.br/anais-simposiomrsjdr/volume-1-2021/), o volume contou com XX trabalhos, dos 19 apresentados durante o evento. Com esta segunda edição dos anais, foi possível solicitar o Internacional Standard Serial Number (ISSN), o número de registro internacional específico de publicações seriadas.
Recitais
Os recitais de órgão de tubos já se tornaram uma tradição no museu, realizados desde 2010. Em 2021, ainda em meio à crise sanitária da covid-19, a instituição organizou quatro apresentações gravadas, disponibilizadas no canal do Youtube. Os musicais foram registrados e editados pela equipe do Núcleo de Comunicação do Museu e contou com apresentação e execução da organista Elisa Freixo. Foi a primeira vez que um recital de órgão de tubos da instituição foi totalmente idealizado para a internet, bem como a primeira vez que foi disponibilizado online na íntegra. A primeira apresentação do ano foi dedicada à Semana Santa e ficou disponível no canal do Youtube durante sete dias, entre 28 de março e 4 de abril. O programa contou com obras de alemães, ingleses e austríacos, cujos temas se voltavam para o período meditativo da quaresma e Páscoa.
O sucesso do musical anterior levou à produção do seguinte, cuja apresentação fez parte das atividades do II Simpósio Virtual (ver pág. 25), inserido na Primavera de Museus. Com melodias de temática ágil e alegre, este segundo recital do ano teve sua estreia na tarde do dia 22 de setembro, após o encerramento da quinta mesa temática do simpósio e ficou no ar durante duas semanas.
O terceiro recital de órgão de 2021 marcou a retomada das atividades presenciais do museu. Após 20 meses fechado, desenvolvendo apenas ações virtuais de maneira remota, no dia 9 de dezembro a instituição voltou a abrir suas portas ao público com um recital dedicado ao aniversário da cidade – que havia acon-
tecido no dia anterior. O evento foi realizado seguindo todas as normas de segurança contra a covid-19, com número limitado de público, distanciamento entre os assentos, aferição de temperatura corporal e uso obrigatório de máscaras e álcool.
Alguns dias depois, se aproveitando do momento das festas de fim de ano, o Museu publicou o quarto recital de 2021 (o terceiro em formato de vídeo). Com temática natalina, o musical ficou disponível no canal do Youtube por 18 dias, entre 20 de dezembro de 2021 e 6 de janeiro de 2022.
Assim como o ano anterior, 2021 também foi um período anômalo para as atividades do Museu, que permaneceram afetadas tanto pelas reformas do prédio quanto pela crise sanitária de covid-19. Como em 2020, essa situação acarretou em algumas adaptações na contagem de público, que passou a levar em consideração não apenas o presencial, mas também o alcance de ações realizadas online.
(ver pág. 24), que contabilizou um público de 762 expectadores (segundo dados disponibilizados pelo Youtube).
Por questões de inconsistência das ferramentas digitais, optou-se por não contabilizar o perfil do público internauta. Portanto não
há neste relatório as definições de gênero, idade, escolaridade e origem geográfica dos visitantes online.
Dada essa situação, apenas um único evento ocorreu de forma presencial no ano de 2021, em dezembro, enquanto todas as demais ações se desenvolveram em ambiente virtual, de forma remota. Foram, portanto, realizados dois tipos de contagem de público: o presencial e o virtual.
Com o fechamento das exposições, o ano de 2019 registrou uma queda considerável na visitação, com 4.162 pessoas. Já em 2020, com a interrupção das ações presenciais, a instituição contabilizou apenas 148 visitantes presenciais. Em 2021 a queda foi ainda maior, com apenas 37 visitantes durante o único evento presencial do ano – o recital de órgão de tubos em comemoração ao aniversário da cidade (ver pág. 40).
Como as ações foram adaptadas para os meios digitais, também a contagem de público se realizou pela mesma via. Com as atividades realizadas online (ver págs. 16 a 41), foi contabilizado um público de 95.313 pessoas (através do Facebook, Instagram, Youtube e site institucional). O destaque vai para o II Simpósio Virtual
Somando o público presencial e o virtual, o Museu alcançou 95.350 pessoas. Um aumento de 2.650,21% em relação ao ano anterior. O gráfico a seguir apresenta a variação de público anual nos últimos 21 anos.
O acervo bibliográfico do Museu Regional é especializado em Arquivologia, Conservação, História da Arte, História do Brasil, História de Minas, História de São João del-Rei, Educação Patrimonial, Museologia, Patrimônio e Genealogia – com mais de 1.553 volumes, tais como: livros, revistas, catálogos e jornais. O número de volumes do relatório de catalogação de 2021 é parecido com o de 2020, pois, devido à pandemia de covid-19, o trabalho presencial de catalogação de novas obras na Biblioteca precisou ser pausado.
Esse mesmo contexto de interrupção das atividades presenciais continuou comprometendo no atendimento presencial aos pesquisadores. Assim sendo, de janeiro a dezembro, com o museu fechado devido às obras, não houve atendimento presencial a pesquisadores. Entretanto o setor continuou atendendo em regime de teletrabalho, respondendo a 26 pesquisadores por e-mail. O perfil desse público se divide entre universitários, genealogistas e professores. Parte dos pesquisadores atendidos buscavam por informações sobre o Acervo da Comarca do Rio das Mortes. Entre outros assuntos pesquisados, o que mais se destacaram foram às pesquisas com as fotografias do conjunto urbano, pesquisas sobre história da música, informações sobre o museu e seus acervos museológicos e bibliográficos.
Em 2021, o Núcleo de Comunicação continuou os trabalhos de adaptação das ações do Museu aos meios digitais – devido à manutenção da crise sanitária causada pela pandemia de covid-19. A equipe atuou na realização e no apoio técnico das transmissões ao vivo e das ações online, com destaque para a produção, roteiro, gravação e edição dos recitais de órgão de tubos e, principalmente, no trabalho de produção do livro institucional – cuja publicação foi postergada para 2022.
ticos da região e o acompanhamento em entrevistas concedidas pela diretora e pelo chefe de serviço da instituição.
Junto à Direção e ao Núcleo Educativo, a Equipe de Comunicação ficou responsável pela edição e revisão de todos os textos do Livro Institucional, além da produção e tratamento das fotografias e demais imagens da publicação. Por fim, a assessoria de comunicação assumiu todo o trabalho de diagramação do livro, cujo empenho, intercalado às demais atividades do Núcleo, demorou cerca de um semestre. Ao todo, as ações da Comunicação acompanharam de perto a produção do livro, se estendendo ao longo de todo o ano.
Além disso, também foram realizadas as já corriqueiras atualizações diárias das mídias digitais e o contato direto com os veículos de imprensa da região. No site institucional, além das atualizações constantes do feed de notícias, foram criadas novas sessões para a segunda edição do Simpósio Virtual, mantendo o padrão de layout das páginas utilizado no ano anterior. Já os trabalhos de assessoria de imprensa seguiram de forma rotineira, com o envio de 13 press releases, além de contato direto com os veículos jornalís-
Imprensa
Ao longo de 2021, o Museu Regional obteve 84 inserções em 34 veículos de mídia eletrônica (TV e rádio) e online (blogs e sites), numa média de 7 publicações por mês. Dois fatos inéditos ocorreram este ano: a) pela primeira vez desde 2011, não foi contabilizada nenhuma inserção em mídia impressa – o que se explica pelo fato da cidade não possuir, atualmente, nenhum jornal local circulando em papel; e b) pela primeira vez, no mesmo período de 11 anos, o total de inserções, a média mensal e a média de inserções por evento mantiveram os mesmos números do ano anterior, apresentando queda somente no número de veículos, já que 2020 apresentou 84 inserções de 44 veículos.
Ainda que estabilizado, o número é baixo em relação às inserções alcançadas nos últimos 7 anos, o que pode ser facilmente explicado pelo fato do Museu continuar fechado à visitação, tanto por causa das obras elétricas quanto pela crise sanitária – o que levou a realização de um número limitado de eventos e, portanto, gerou um número pequeno de notícias.
As publicações, em sua maioria, foram desenvolvidas a partir dos press releases enviados por nossa assessoria de comunicação. O gráfico abaixo ilustra a variação do clipping nos últimos onze anos, relacionando a quantidade de inserções e de veículos de origem das mesmas, além do número de eventos do ano.
Como dito anteriormente, a média por evento manteve-se a mesma de 2020, o que ainda corrobora com o crescimento apresentado nos últimos cinco anos: foram 3,9 publicações a cada evento realizado em 2017; 8,1 em 2018; 9 em 2019; e 10,5 em 2020 e em 2021.– conforme pode ser visto no gráfico “Média de inserção/evento”, abaixo.
O evento mais noticiado foi II Simpósio Virtual, com 29 inserções na mídia. O Recital de Órgão de Tubos dedicado ao aniversário de São João del-Rei (único evento presencial do ano) veio logo após, com 19 inserções. Já o lançamento do edital de licitação para execução do Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico (PPCIP) foi o terceiro fato mais noticiado, com 14 publicações.
Além dos meios de comunicação locais e regionais, o Museu emplacou 5 matérias em veículos de grande porte e alcance nacional, como o Portal G1 (Tanto do Rio de Janeiro quanto da Zona da Mata Mineira), e a TV Integração (afiliada da Rede Globo em Minas Gerais) – além de uma citação em uma matéria político-econômica da Revista IstoÉ. Também ocorreram inserções em sites institucionais do Conselho Federal de Enfermagem, da Prefeitura Municipal de Olinda (PE), do Instituto Brasileiro de Museus, da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e do Museu de Congonhas, além de uma grande variedade de veículos online de menor alcance ou de mídia especializada na temática cultural e museológica.
Mídias Digitais
Website
Além de suas funcionalidades já estabelecidas (como meio de registro público das atividades do museu, divulgação e comunicação com o público), em 2021 o website institucional continuou a ser utilizado como plataforma de ações educativas e culturais, como exposições e repositório de publicações – devido aos eventos online realizados para manter o distanciamento social durante a pandemia de covid-19.
O portal também recebeu todo o conteúdo informativo fixo do II
Simpósio Virtual. A equipe de comunicação elaborou novas sessões com 5 novas páginas contendo a apresentação, programação, edital de comunicações, videoteca e divulgação dos anais do evento. Posteriormente ainda foi inserida uma nova página na sessão dos anais para registrar os trabalhos publicados na segunda edição.
Além destes novos conteúdos fixos, ao longo de 2021 também foram publicados notícias e materiais informativos. No total, foram 56 novas publicações – duas a menos que o ano anterior, que contou com 58 publicações. A manutenção aproximada do quantitativo de postagens e, principalmente, as ações remotas realizadas através do site resultaram em um crescimento ainda mais significativo que do ano anterior, de mais de 638% no número de visitantes e mais de 321% no número de visitas. No total, foram 85.559 visitantes que realizaram 137.265 visitas (em 2020, estes números foram, respectivamente, 11.584 e 32.580).
As seções com maior quantidade de acessos foram: Conheça a Origem do Dia da Consciência Negra (de 20/11/2020)
Dia do Folclore: lendas que você não conhece (de 22/08/2018)
Página da exposição virtual “Oratórios: a religiosidade no cotidiano” (de 05/04/2020)
Página de apresentação do II Simpósio Virtual (de 01/07/2021)
Página do edital de Comunicações Orais do Segundo Simpósio Virtual (de 10/09/2021)
Nossa página no Facebook manteve um conteúdo diversificado durante o ano de 2021. A grade de postagens manteve os mesmos quadros, com uma frequência de 5 a 10 publicações por semana.
A postagem que liderou o ranking de maior envolvimento do público foi uma Data Comemorativa com foto de pracinhas da FEB, em comemoração aos 76 anos da Tomada de Monte Castelo, lançada em 21 de fevereiro. A imagem gerou 558 reações – somando curtidas, comentários e compartilhamentos – e alcançou 8.942 pessoas. Já a publicação com o maior alcance de público foi uma fotografia do Acervo, intitulada Telha de Marselle, disponibilizada em 3 de agosto. Retratando uma telha de cerâmica produzida na França durante o século XIX, a imagem atingiu 17.157 usuários e gerou 460 reações, entre curtidas, comentários e compartilhamentos.
Ao longo do ano, houve um crescimento de 1,4% no número de seguidores da página do Museu e de 1,1% no número de curtidas, resultando no total de 11.266 seguidores e 11.226 curtidas. Essa
foi a menor taxa de crescimento desde o início dos registros, em 2015. Esta baixa pode ser reflexo da situação na qual se encontra a própria plataforma. Segundo dados disponibilizados pelo último Relatório Financeiro Trimestral do Facebook de 2021, pela primeira vez na história a empresa registrou uma queda em seu número de usuários ativos. O mesmo relatório também apresenta uma estagnação da rede ao longo de todo o ano. Do público que acompanha a página, 60% são mulheres e 40% homens, sendo a maior parte deles entre 25 e 34 anos de idade, oriundos de 45 países. Ao longo do ano, mantivemos estabilidade em relação à nossa posição entre as páginas dos museus do Ibram com maior número de seguidores, continuando em quarto lugar – atrás apenas do Museu Nacional de Belas Artes, Museu Histórico Nacional e Museu Imperial.
Diferente do Facebook, em 2021, o perfil do Museu no Instagram apresentou um crescimento considerável, tanto no número de usuários que seguem a página quanto no engajamento destes com as postagens. A equipe de comunicação passou a utilizar com mais variedade as diversas ferramentas da plataforma, aproveitando das ações remotas para criar eventos interativos juntamente com o Núcleo Educativo do Museu. Estes mesmos eventos foram publicados no facebook, mas sem o mesmo sucesso de engajamento alcançado pelo Instagram. Além da interatividade, também foi criado um layout específico de carrossel para publicações periódicas do acervo do Museu, bem como uma maior utilização do
Reels para conteúdos em vídeo.
O número de seguidores saltou de 2.421, em 2020, para 4.538, em 2021 – um aumento de 87,44%, maior taxa de crescimento anual desde a criação do perfil. Esse número coloca o Museu Regional na sétima posição entre os museus com maior número de seguidores da Rede Ibram, atrás do Museu Histórico Nacional, Museu Nacional de Belas Artes, Museu Imperial, Museu da República, Museu da Abolição e Museu Lasar Segall.
Com relação ao conteúdo, foi mantida a mesma quantidade de publicações do ano anterior, com 104 posts (sendo 10 vídeos e o restante imagens). Ao todo, as inserções somaram 3.765 curtidas e 230 comentários – um crescimento de 29,6% e 303,5%, respectivamente. Acompanhando o crescimento, as médias de curtidas e de comentários por post também aumentaram. A média de curtidas saltou de 27,6, em 2020, para 36,2 em 2021; enquanto a média de comentários subiu de 0,5 para 2,2.
O uso da ferramenta stories foi recorrente ao longo de 2021. No ano anterior, foram 181 inserções, enquanto em 2021 o perfil disponibilizou 206 stories – um crescimento de 13%. Mais de ¼ dessas publicações alcançaram mais de 100 usuários, sendo que duas delas chegaram a ultrapassar as 350 visualizações. A grande quantidade de publicações tornou inviável a contabilização de alcance anual, já que o sistema do Instagram não apresenta este número automaticamente.
YouTube
Entre 2015 e 2019, o Canal do Youtube do Museu foi usado apenas como banco público de vídeos, registrando algumas produções audiovisuais da instituição, principalmente teasers de exposições e vídeos institucionais – já que a divulgação do material era feita, principalmente, por nossa página no Facebook. A partir de 2020, devido ao isolamento social causado pela pandemia de covid-19, passou-se a investir mais esforços no canal, com a intenção de diversificar os meios de comunicação com a comunidade e esta estratégia perdurou durante o ano seguinte.
Em 2021, foram 22 novas publicações, sendo 12 delas transmitidas ao vivo pela própria plataforma, enquanto as outras 10 são produções gravadas e editadas pela Equipe de Comunicação. Isso gerou um aumento de 246% no número de inscritos, saltando de 150 para 519 (ou seja, 369 novos seguidores).
O número total de visualizações saltou de 2.989 em 2020, para 6.788 em 2021 – um crescimento de 127%. Da mesma forma, o tempo de exibição dos vídeos também teve um crescimento considerável, saltando de 717,2 horas em 2020, para 1.476,2 horas em 2021 – o que representa um salto de 105,8% em relação ao ano anterior.
O vídeo mais popular foi o Recital de Órgão de Tubos dedicado à Semana Santa, lançado em 28 de março. Foi a primeira vez que o Museu disponibilizou online um recital na íntegra, atingindo, em apenas uma semana de exibição, 1.050 visualizações. Logo em seguida vieram o Recital de Órgão do II Simpósio Virtual (Primavera de Museus), com 647; o Recital de Natal, com 617; e a Mesa de
TripAdvisor
No portal de viagens e turismo TripAdvisor, a frequência de avaliações feitas ao Museu Regional encontrava-se em queda constante desde 2016. Naquele ano, foram 39 avaliações, seguido de 25 em 2017, 11 em 2018, apenas 8 em 2019 e zero em 2020. Em 2021, o portal também não registrou nenhuma avaliação dos usuários. Além do fato do museu não ter recebido visitantes nestes últimos dois anos, também é preciso levar em consideração a queda de usuários do TripAdvisor, que gradativamente migraram para o Google Local Guides, conforme pode ser percebido no próximo item. Sem novos comentários, a avaliação do Museu no portal de viagens continua a mesma de 2020: 40% excelente; 44% muito bom; 13% razoável e 1% ruim. Também não houve mudança no ranking de atrações, com a página do museu mantendo a 11ª posição entre 54 locais cadastrados em São João del-Rei.
Google Local Guides
Mesmo com as exposições do museu fechadas à visitação desde janeiro de 2019, esta ferramenta do Google Maps continuou recebendo novas avaliações dos usuários, referentes ao Museu. Foram 5 novas avaliações em 2021, enquanto o ano anterior registrou
13. Com um total de 230 opiniões, mantivemos a mesma média do ano anterior, com 4,6 estrelas em 5. Das novas avaliações, todas foram positivas, mesmo com o museu fechado.
Resposta ao público
A Equipe de Comunicação, juntamente com a recepção do museu, também é responsável pela mediação entre a instituição e o público visitante. Com o museu fechado à visitação, não existem novos comentários no livro de sugestões. Já através dos meios digitais, os contatos continuaram, ainda que em menor quantidade que nos anos anteriores. Através das redes sociais (excetuando-se os comentários em publicações), 50 pessoas entraram em contato com o museu e pelo endereço eletrônico foram recebidos apenas 3 emails – todos devidamente respondidos e esclarecidos segundo suas necessidades. Destes, a maioria foram de interessados em visitar o museu, questionando sobre abertura e horários de funcionamento, mas também houve um grande número de mensagens referentes ao II Simpósio e solicitações de documentos da antiga Comarca do Rio das Mortes, que atualmente se encontram sob guarda do Escritório Técnico do IPHAN em São João del-Rei, entre outros temas abordados.
EDUCATIVO E MEDIAÇÕES 07
Assim como em 2020, quando o programa educativo e cultural foi afetado pelo fechamento da instituição (devido às obras e, posteriormente, à pandemia de covid-19), em 2021, salvo pequenas alterações, a situação foi semelhante. Parte da equipe seguiu em regime de teletrabalho até novembro – quando, finalmente, todos do Núcleo Educativo retornaram à atuação presencial.
Devido à essa situação, as ações do setor com o público externo continuaram de forma remota, seguindo o aprendizado do ano anterior e trazendo novas ideias que evoluíram as atividades com o público. Nesse sentido, a parceria com o Núcleo de Comunicação do Museu seguiu sendo primordial. As ações remotas apresentaram dificuldades técnicas e a precariedade dos equipamentos limitou um pouco as pretensões da equipe, que tiveram de ser adaptadas para melhor atender o público, sem perda de qualidade dos eventos.
Por outro lado, atividades online abriram portas para novas parcerias, gerando uma maior interação entre os museus da região do Campo das Vertentes. Ações online possibilitaram atuar com instituições de diversas cidades, com as quais não se tinham parcerias até então. Além disso, foi possível abordar temas locais de forma universal, como a atuação dos museus locais durante a pandemia, a situação ambiental da Serra do Lenheiro e Saberes e Ofícios da comunidade são-joanense, cujos debates, com transmissão online ao vivo, não tiveram limites geográficos.
Visando manter a tradição dos recitais de órgão de tubos e a musicalidade sempre abordada no museu como parte da identidade da cidade, foi proposta, pela primeira vez, a adaptação das apresentações para o meio virtual. Juntamente com o Núcleo de Comunicação, os recitais foram gravados e editados visando datas específicas para publicação, conforme o calendário de ações do Núcleo Educativo. De forma inédita, o órgão do Museu perdeu seus limites geográficos e foi ouvido por expectadores de diversos países do mundo (ver pág. 40).
Também houve uma tentativa vasta em retomar a parceria com escolas para realização de ações educativas online. No entanto, foi percebida uma resistência das instituições de educação, devido a suas próprias limitações técnicas e/ou dos alunos. Foi realizado uma única parceria, que rendeu uma série de vídeos intitulada “Interpretando o Acervo: Ofícios de Saberes” (ver pág. 38).
Após quase dois anos com ações remotas e seguindo com afinco as orientações dos órgãos competentes de saúde, o Museu se sentiu seguro em retomar suas atividades presenciais. Para tal, a última ação do ano, em dezembro, foi planejada para o público presente, como um fator teste para a retomada presencial do ano seguinte, com um recital de órgão dedicado ao aniversário da cidade (ver pág. 40).
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA, CORRETIVA E RESTAURO
Ao longo de 2021, foram implementadas ações de conservação preventiva e algumas ações de conservação corretiva, visando a preservação da edificação e do acervo, bem como, ações restaurativas com vistas a reverter o processo de degradação de alguns elementos. Abaixo estão descritas algumas dessas obras e atividades.
Execução do Projeto Elétrico
Em tramitação desde 2019, a execução do projeto luminotécnico, de instalações elétricas, instalações de cabeamento estruturado, instalações de segurança-alarme, instalações de SPDA e instalações de sonorização foi enfim iniciada no primeiro semestre de 2020. Mesmo com as medidas de distanciamento social tomadas devido à pandemia de covid-19, o contrato de execução não foi interrompido e os trabalhos da reforma elétrica do Museu seguiram continuaram ao longo de 2021.
Revitalização do Jardim
O prédio do Museu possui, em seu interior, um jardim com área aproximada de 24m². O espaço nunca havia recebido um planejamento adequado, contando apenas com gramado e duas roseiras em idade avançada. Com a intenção de revitalizar o local e melhor acolher o público visitante, foi elaborado um projeto de jardinagem que incluiu o replantio do gramado e o plantio de dez espécies de plantas ornamentais, escolhidas por serem de fácil manutenção e sem influência no ambiente de salubridade da instituição. Além do jardim, o projeto também previa a alocação de vasos ao redor do jardim, na área do setor administrativo e no terraço do segundo andar. Em novembro, o projeto foi executado por empresa especializada, com tempo hábil para que o jardim estivesse estável para a reabertura do Museu – planejada para janeiro do ano seguinte.
Restauro do Chapéu Militar
Datado do final do Século XIX, esta peça de indumentária militar encontrava-se em avançado estado de deterioração. Segundo sua ficha museológica mais recente, de 2007, o chapéu encontrava-se em péssimo estado de conservação, necessitando de “restauração urgente”. Realizada de forma voluntária pela restauradora Eliane Marchesini Zanatta (diretora do Museu), a restauração do objeto retomou seu formato original, com higienização e diversas intervenções em sua estrutura interna e superficial, com a intenção de preservar a legitimidade da peça. Para melhor conservar o chapéu, foi também confeccionado um suporte com manta acrílica revestida com malha cirúrgica.
Higienização do acervo
Seguindo a mesma rotina adotada no ano anterior, buscou-se seguir com o trabalho de minimizar os processos de deterioração dos bens culturais preservados pelo Museu. Sabendo-se que toda degradação é irreversível, nenhuma obra conseguirá retornar ao estado original, mas se forem implementadas ações efetivas de conservação nos espaços físicos e diretamente nos objetos, os processos de degradação podem ser paralisados e controlados. Dessa forma, foi realizada a higienização mecânica e química de uma grande parte do acervo.
Tratamentos dos vidros das esquadrias
Os vidros da edificação do Museu, ao fim da década de 200, foram cobertos por uma película plástica, aparentemente não indicada para esse tipo de proteção. Com a ação do tempo, o material se deteriorou e enrugou, gerando péssima aparência para a edificação e dificultando a limpeza das esquadrias. As películas foram gradualmente removidas ao longo de 2021, gerando uma melhor imagem do prédio e facilitando no processo rotineiro de limpeza.
Leque de pluma
Confeccionado em madeira, tecido, metal e pluma, o leque encontrava-se em estado regular de conservação desde a década de 1990. Segundo sua ficha, havia desgaste pelo uso, o tecido encontrava-se amarelado, com as plumas acinzentadas e o douramento dos adornos esverdeados. Em 2021, uma ação de restauro foi realizada por Eliane Marchesini Zanatta, tratando o metal do douramento e fazendo a higienização mecânica nas plumas e química nas paletas em madeira pintadas de branco.
As relações institucionais do Museu visam ampliar sua presença na comunidade e aumentar seu leque de atividades. Em 2021, essas ações colaborativas ocorreram em todos os eventos realizados, principalmente durante o II Simpósio Virtual. Ao todo, foram 13 pessoas da sociedade envolvidas de alguma forma na organização das atividades, além de 25 instituições que colaboraram de forma direta ou indireta. A seguir, encontra-se a lista em ordem alfabética com todos que colaboraram com nossas ações ao longo do ano, sejam organizações ou pessoas físicas.
Antônio F. Giarola
Arquivo Público Mineiro
Arthur Marinho
César Reis Departamento de Ciências da Educação da UFSJ (Deced UFSJ)
Djalma Tarcísio de Assis
Elisa Freixo Produções Artísicas ME
Escola Estadual Iago Pimentel
Escola Estadual João dos Santos
Escola Municipal Bárbara Heliodora
Fernando Braga
Grupo a Antiga São João del-Rei
Inês Assis Mafra
Laboratório de Fotodocumentação Sylvio de Vasconcellos (Escola de Arquitetura da Ufmg)
Luiz Miranda
Marise Guimarães Nascimento
Museu Casa de Pe. Toledo / UFMG
Museu da Liturgia de Tiradentes
Museu da Loucura de Barbacena
Museu de Congonhas
Museu do Diamante / Ibram
Museu do Ouro / Ibram
Museu Regional Casa dos Ottoni / Ibram
Museu Regional de Caeté / Ibram
Museu Municipal Tomé Portes del Rei
Paulo Ferreira
Programa de Residência Pedagógica do Curso de História da UFSJ
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)
Rodrigo Leandro Silva
Ronaldo Nascimento
Roosvelt Mairink dos Santos
Secretaria Municipal de Cultura de São João del-
-Rei
Schirley F. N. S. C. Alves
Universidade de Coimbra - Portugal
Universidade de São Paulo
Universidade Federal de Ouro Preto
Universidade Federal de São João Del-Rei
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Direção
Eliane Marchesini Zanatta
Chefe de Serviço
João Victor Vilas Boas Militani
Núcleo Administrativo
Tânia Maria de Freitas Barcelos
Lílian Maria Pereira
Walquimedes de Alcântara Moreira
Núcleo de Arquivo Histórico e Biblioteca
Maria de Fátima Loureiro Vasconcelos
Núcleo Educativo e Cultura
Ana Maria Nogueira Oliveira
Núcleo de Museologia
Andreia da Fonseca Rodriguez
Estagiários
Augusto Lemos da Silva
Brenda Guerra Ribeiro
Jéssica de Cássia Bento
Polyana de Almeida Firmino
Colaboradores
Alexandro Geraldo B. dos Santos
Aline Maria Rodrigues
Aline Nazarethe de Abreu
André de La Sávia Rios
Clebson Marcio da Cunha
Djalma dos Santos Souza
Edílson Reinaldo
Fátima Rodrigues Dias Silva
Franklim Augusto dos Santos
Jéssica Mariana Souza Oliveira
Magno de Souza Gomes
Marlon de Oliveira Gouvêa
Mark Lane Rios de Carvalho
Polyana de Almeida Firmino
Roberto Carlos Tavares
Rosane de Freitas Vieira
Rosimeire Conceição Silva Santos
Samuel Cláudio do Nascimento
Silvano Ribeiro dos Santos
Thaís Fernanda de Souza
Victor César Silva