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Coronavírus, ou covid-19, e a música

ARTIGO: LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

CORONAVÍRUS, OU COVID-19, E A MÚSICA!

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Em um momento difícil para a economia mundial, vamos dar uma olhada em algumas reflexões sobre o que está acontecendo no varejo em nosso país

LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@ mandic.com.br

Caramba! Nunca imaginei que fosse passar por isso! De repente, não mais que de repente, quando tudo já apontava para um bom crescimento econômico, quando tudo já apontava para um bom ano para o nosso mercado, surge esta tempestade.

O coronavírus apareceu para mudar nossas rotinas, nossos negócios e nossa economia. O nosso assunto, hoje, é a influência desta hecatombe no mercado de instrumentos musicais, sobretudo no varejo.

Momento de reflexão A questão, como sempre, numa situação desse calibre, é: que conclusões podemos tirar desta experiência toda? 1. Esquecemos as informações mais simples que aprendemos, ou deveríamos ter aprendido, no Ensino Fundamental. Matemática, Geografia, História e um pouco de Ciências teriam ajudado muitos dos nossos amigos a não ser influenciados, negativamente, pela mídia e pelos “especialistas”. Ficamos à mercê da opinião de pessoas com objetivos escusos, principalmente das grandes instituições, como a OEA, e não conseguimos raciocinar sobre o que realmente aconteceu. 2. Percebemos que a nossa ligação com o mundo dos negócios é extremamente frágil, que rebenta, explode, desintegra com a simples menção de uma gripe de esfera mundial.

3. Esquecemos a virtude mais espetacular para o ser humano: a amizade sincera e gentil. 4. O nosso setor ainda não tem voz, tampouco representatividade, em nível político, para que os nossos anseios sejam viabilizados por parte do governo. 5. A rua se transformou num lixo e só agora percebemos, com ela vazia, que ela é fundamental para o nosso negócio desde que esteja limpa, recheada de pessoas de bem e unidas no interesse do comércio. 6. O nosso setor pouco, ou quase nada, se importou com o e-commerce, com o trabalho remoto e o home office dos seus colaboradores. Agora, na pressa, não deu para fazer nada, nem avaliar resultados. 7. Como é frágil o negócio que envolve instrumentos musicais, escolas de música, casas de shows, eventos e cerimoniais. 8. As escolas de música, com sua metodologia antiquada, são as que mais vão sofrer com o desgaste e o abandono dos estudos da grande maioria dos seus alunos. 9. O dólar disparado vai inviabilizar a aquisição de instrumentos musicais de qualidade, já que o nosso mercado não acompanhou os avanços tecnológicos exigidos pelos consumidores. 10. A desunião no setor é evidente e bem pior que o vírus. Se a turma da música estivesse unida nesses dias, já pensou na quantidade de negócios que poderia ter sido feita on-line, só para citar um caminho? 11. Os poucos “fabricantes” de instrumentos musicais vão sofrer um impacto bem mais forte, principalmente pela redução da demanda nacional e a diminuição, drástica, das exportações. 12. A cadeia produtiva internacional da música vai atrasar em pelo menos cinco anos os avanços tecnológicos exigidos pelo setor, principalmente nos segmentos de áudio, iluminação e produção musical. 13. Mesmo sendo bons negociantes, nos tornamos reféns de pessoas desequilibradas, despreparadas e que assumiram cargos em instituições de decisão, como é o caso da OEA, da ONU, governadores, prefeitos, deputados, e por aí vai. 14. Some a tudo isso o impacto global, que envolve recessão, choque econômico, crise financeira, e perceba a armadilha em que nos encontramos.

Boa hora para acordar e iniciar o processo de RESSURREIÇÃO! Comecemos do zero, unidos, plantando boas sementes e nos tornando mais humanos. Sim, pois a vida só tem sentido porque temos este sentimento de fraternidade! Então, UNIÃO! n

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