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DISTRIBUIÇÃO A Musical Express também é distribuidora da Shure
A Musical Express também é distribuidora da Shure
Depois de anunciar a Tele-Ponto como distribuidora para o mercado de áudio profissional, a Shure incorporou a Musical Express como encarregada do setor de instrumentos musicais
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Muitas notícias emocionantes para o Brasil foram anunciadas pela Shure na segunda metade de 2015, não só com a mudança de distribuidores, mas também com a abertura de um escritório de suporte no País. A mudança de distribuição é apenas parte de um processo que estão realizando no Brasil. Depois de muitos anos trabalhando com uma ‘distribuição exclusiva’ por meio de diferentes sócios durante anos, a empresa tomou a decisão estratégica de abrir sua distribuição por aqui.
A Shure tem crescido muito como empresa e como fabricante de produtos nos últimos anos, e esse crescimento levou-a a buscar diferentes mercados verticais nos quais seus produtos têm participação, como integração, broadcast, som ao vivo e instrumentos musicais com as lojas especializadas.
A Tele-Ponto foi a primeira distribuidora que nomearam nessa nova etapa, focando na parte de áudio profissional (broadcast e som ao vivo com as empresas de locação). A Musical Express se encarregará do mercado de instrumentos musicais, enquanto na parte de integração a Shure identificou determinados canais estratégicos com os quais ainda se encontra negociando. Será uma distribuição híbrida, em que haverá participação de distribuidores, mas também de certos revendedores estratégicos no mercado.
E o escritório no Brasil?
O plano da Shure se baseia em oferecer mais suporte. José Rivas, diretor-geral da Shure para a América Latina, contou: “Não se trata só de fazer mudanças na distribuição, mas também de ter um escritório local para dar suporte ao mercado, em que teremos pessoas-chave nas áreas de vendas, marketing, suporte técnico etc. Queremos estar perto do mercado e ter uma comunicação direta com ele. Isso não significa que estamos vindo ao Brasil para vender diretamente, mas que vamos oferecer um serviço de 360° como fabricante e estar perto do nosso consumidor final. Sempre procuramos continuar crescendo como empresa e chegarão notícias em breve”.
Áudio Pro com a Tele-Ponto
Ter a representação da Shure para o mercado de áudio sem dúvida significa muito para a Tele-Ponto. Por mais que para o mercado pareça uma coisa pontual, na verdade é um projeto que a Shure vinha planejando há um ano como parte de sua estratégia. O presidente da Tele- -Ponto, Antônio Pereira Neto, comentou: “Não aconteceu do dia para a noite como o mercado pensa. Dessa forma, como empresário, hoje tenho duas empresas fortes: uma é a Audio Premier — que basicamente tinha sete marcas — e a Tele-Ponto, que é voltada única e exclusivamente para a área de broadcast, e isso acabou se unindo. A Shure precisava mudar o formato dela e a Tele-Ponto preencheu essas necessidades, pois podíamos atender o mercado de broadcast, fornecer a parte de instalação e ajudá-los a criar uma estrutura melhor no Brasil. Estamos muito contentes!”.
Musical Express é MI
Considerada uma das maiores distribuidoras de acessórios da América Latina, a notícia de que a Musical Express agora é distribuidora da Shure trouxe grande surpresa para o setor.
Pelo lado da Shure, José Rivas destacou: “Com a Tele-Ponto como nosso distribuidor para o mercado de áudio pro e a Musical Express como nosso parceiro de MI (instrumentos musicais, na tradução literal), vamos continuar a exceder as expectativas de nossos clientes e manter a Shure como a marca mais confiável de áudio no Brasil”.
A entrada da Shure para o portfólio da Musical Express consolida a imagem da distribuidora que há anos vem sendo reconhecida por ser uma empresa voltada à distribuição com forte atuação em marketing e vendas. O trabalho tem sido referenciado por lojas de todo o País e por marcas internacionais, além do grupo D’Addario, como Latin Percussion e On Stage Stands. n
Antônio, da Tele-Ponto José Rivas, da Shure
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Aprenda sete dicas para vender mais pós-Natal
Todos os anos o comércio inicia, nos meses de outubro e novembro, a preparação para aumentar as vendas do Natal e Réveillon, seja com renovação de estoque ou contratações temporárias. Quem está ativo no comércio, patrão ou vendedor, foca tanto nesses meses que se esquece do potencial do pós-festas, período em que a grande maioria projeta baixos resultados. Segundo o coach de vendas Jaques Grinberg Costa, para o rendimento não cair é preciso fazer diferente. “Vendedor que é vendedor estuda e se prepara com novas técnicas e ferramentas para potencializar os seus resultados. E a boa notícia é que podemos aproveitar o período de pós-festas para vender mais do que no próprio Natal”, revela.
São sete dicas, especialmente estudadas e preparadas pelo especialista, que maximizam quaisquer resultados, principalmente num ano de crise econômica, em que a perspectiva de vendas será inferior à do ano de 2014. 1. Promoções pós-Natal Os vendedores que sabem aproveitar e divulgar as promoções pós-Natal conseguem vender muito mais. Use o telefone, WhatsApp, redes sociais e amigos para divulgar, com foco nos resultados. 2. Troca de presentes Quantos clientes novos aparecem depois do dia 26 para trocar o presente de Natal? Os motivos são diversos e não importa. O importante é que os clientes estão vindo e querem ser atendidos, surpreendidos com um atendimento acima do esperado. Os clientes esperam e querem um atendimento gourmet para trocar o presente e comprar mais. 3. Vendedores cansados Este é um período em que os vendedores estão cansados. Sabemos que trabalhar no comércio e no período de Natal é cansativo. As forças esgotam-se e a motivação em vender também. Os vendedores de sucesso sabem disso e aproveitam O especialista Jaques Grinberg Costa ensina métodos do coaching de vendas para queimar o estoque de fim de ano
as forças que restam para continuar vendendo e atendendo os clientes com qualidade. Quem conseguir fará diferença e venderá muito mais. 4. Planejamento Faça um planejamento de vendas pós-Natal, crie suas estratégias escrevendo-as em um papel. Detalhe todas as ações, como você irá divulgar as promoções, atender os clientes que querem trocar produtos, os que apenas querem aproveitar as promoções e preços baixos etc. Sem planejamento, atingir as metas é muito mais trabalhoso. Pense nisso e não se esqueça de incluir um cronograma diário de tarefas que devem ser executadas. 5. Estude, esteja preparado Os clientes estão cada vez mais exigentes, pesquisam e conhecem os produtos que desejam. Os vendedores, como em todas as profissões, precisam ler, participar de palestras e cursos, assistir a vídeos na internet sobre atendimento, vendas, economia etc. O vendedor precisa entender e conhecer muito de vendas e atendimento, e um pouco de todos os outros assuntos, inclusive o que acontece nas principais novelas. Para interagir com os clientes, é preciso conhecer os assuntos que interessam a eles e não a nós. 6. Seja curioso Quer inovar e fazer a diferença? Então, seja curioso. Qual foi a última vez que você digitou no Google, por exemplo, “como vender mais na crise?” ou “como surpreender um cliente com um atendimento gourmet? ou “o que é atendimento gourmet?”. A internet com certeza é mais agradável para navegar nas redes sociais, jogar ou fazer qualquer outra coisa que não seja pesquisar sobre o trabalho. Entendo, mas não compreendo! Se você quer e precisa render mais, por que deixa de investir entre 30 e 40 minutos por dia para pesquisar, aprender e ser mais curioso? 7. Pergunte mais e ouça com atenção Os clientes querem atenção, contar suas experiências e muitas vezes seus problemas. Demonstrar interesse, perguntando mais sobre o assunto que o cliente quer falar e ouvindo com atenção, transforma um simples atendimento em um atendimento gourmet, um atendimento diferenciado. As vendas e a fidelização de clientes são consequências do atendimento! n
Superando dilemas da gestão familiar CAPA
Desde seu início, há mais de 40 anos, a D’Addario tem sido uma empresa familiar, um negócio que nunca é fácil de dirigir, mas que seus líderes souberam enfrentar com a preparação necessária. John D’Addario III, atual presidente, explica a política dentro da empresa e sua evolução constante
AD’Addario é, sem dúvida, o maior designer, fabricante e distribuidor do mundo de cordas para instrumentos musicais. Uma empresa dirigida pela família e na qual trabalham ativamente todas as gerações desta.
Com sede em Long Island, Nova York, a companhia nunca parou de crescer, com a incorporação através dos anos de marcas como Evans, Promark, Pure Sound e Rico, agregando à sua oferta cabos, capos, protetores de audição, afinadores, palhetas, correias, desumidificadores, peles, baquetas e boquilhas, entre outros acessórios.
Isso implica uma constante renovação em suas estratégias para continuar inovando e seguir destacando-se no mercado. Quer saber como conseguir fazê-lo? Seu presidente, John D’Addario III, conta como se preparou a nova geração familiar para a liderança e a visão atual da empresa.
Organização familiar Como começaram a organizar-se como uma empresa familiar?
Em meados dos anos 90, meu pai e meu tio já tinham carreiras consolidadas, mas a nova geração estava entrando no negócio, de modo que havia um grande abismo entre a experiência do meu pai e do meu tio e a falta de experiência da minha geração. À medida que a empresa crescia, percebemos que necessitávamos contratar pessoas que não fossem da família para nos ajudar a evoluir e dirigir o negócio, e também a ensinar a nova geração a ser verdadeiros profissionais. Então, quando contratamos o assessor
John D’Addario III presidente
de empresas familiares, parte da sua função era tentar unificar a visão e a cultura da família com aquelas dos que estavam ajudando a dirigir a empresa. Esse foi o primeiro passo para desenvolver um processo de planejamento que envolvesse os diretores da família e os não familiares de modo que houvesse um alinhamento no pensamento. Como segundo passo, o assessor foi responsável por ensinar a nova geração a se preparar para responsabilidades futuras, orientando-a no sentido de que ser parte do negócio familiar, assim como ser parte da indústria musical, é um privilégio, mas o mais importante é ter responsabilidade e estar preparado para a liderança no futuro.
E o que ele fez no nível da organização?
Com o passar do tempo temos trabalhado com diferentes assessores de empresas familiares e à medida que nos comprometíamos com isso, começamos a desenvolver um tipo de política de direção empresarial e como supervisionar todas as atividades do negócio e as da família. Por exemplo, temos uma fundação familiar, na qual investimos de 5% a 10% do lucro para apoiar programas musicais no mundo inteiro, em particular em áreas que não têm a oportunidade de aprender música. A direção da empresa familiar não se trata apenas de dirigir a companhia, mas também a fundação à qual nossa família dá suporte. Criamos, como parte do nosso trabalho com o assessor, uma constituição familiar. É, literalmente, um documento que descreve como se espera que representemos a família e o negócio de um ponto de vista cultural e de apoio aos valores. A constituição não só ajuda a minha geração a crescer na indústria, mas é pensada para ajudar a geração dos meus filhos no futuro.
Como fazem para conseguir um consenso entre a família?
Essa é outra disciplina que nosso asses
Escritórios centrais nos EUA
Diferentes linhas de produção
sor nos ensinou: encontrarmo-nos como família anualmente. É uma reunião de negócios em que todos da família se reúnem, tipicamente no verão, combinando membros da família que estão envolvidos ativamente no negócio e outros que não estão. Então atualizamos a todos sobre as atividades da empresa, oportunidades, desafios, investimentos que estamos fazendo — em alguns casos inclusive os resultados de investimentos passados. É importante o fato de estarem todos juntos, porque quando a família cresce e tem múltiplas gerações, é difícil manter um alinhamento. É difícil manter os mesmos valores, porque à medida que sua família se torna mais ramificada, está exposta a diferentes ambientes e diferentes valores. Então, quando nos juntamos é o momento de lembrar de valores que são importantes para a família e que também são para o negócio. Seria uma combinação de atualizar a família sobre as atividades da empresa, refrescar a memória sobre os valores da família e, o mais importante, abrir o diálogo para que não existam surpresas. Somos muito honestos em termos de direção da empresa e quais são nossos planos como uma família em geral.
O que acontece com as posições de trabalho?
Outro aspecto do nosso planejamento de negócio familiar é que não criamos posições para nossos familiares. Os membros da família têm oportunidades no negócio como qualquer outro funcionário. O que tentamos fazer é encontrar oportunidades que possam aproveitar as qualidades de um membro da família, então, em outras palavras, não criamos uma posição para eles, mas procuramos uma posição em que cada um possa ter sucesso e onde também possa complementar a direção de membros que não são da família. Isso é muito importante para nós. Logicamente, preparar a nova geração para ser responsável e obter capacidades de liderança, mas também garantir que não estejamos no caminho de outras pessoas dentro da organização, porque não podemos, nem queremos, limitar o crescimento dos membros que não são da família. Então tínhamos que derrubar essa percepção.
Como você lida com os sentimentos na família?
É muito difícil às vezes. O que torna mais fácil é que damos oportunidades para que os membros da família debatam esse tipo de coisa e é por isso que a reunião familiar anual é muito importante, porque cria uma plataforma para discutir os temas que aparecem frequentemente. Temos membros da família que já não trabalham na empresa e alguns que acabaram de voltar ao negócio, mas há um processo sobre a saída e a entrada desses membros na companhia e, mais uma vez, tem de haver oportunidades disponíveis tanto para um membro da família quanto para um de fora. Se o familiar for mais capaz para essa posição, lhe daremos a oportunidade, mas se não for, não a terá. Existe um processo relacionado até para isso.
As marcas
D’Addario: linhas de cordas para guitarras e orquestra Evans: peles para baterias Promark: baquetas para baterias Pure Sound: snare wires Woodwinds/Rico: palhetas para instrumentos de sopro
“Somos muito honestos em termos de direção da empresa“
Musical Express trabalhando no País
A reconhecida distribuidora Musical Express é a representante oficial da D’Addario no Brasil. A distribuição da marca vem desde o início das atividades da Musical Express em 1996.
A partir de 2004, após um projeto que envolvia um completo reposicionamento da marca no Brasil, iniciou-se a exclusividade na distribuição de todo o portfólio de marcas do grupo. A evolução delas no território se deu de forma natural e contínua desde que o projeto começou a ser implantado. O aumento do market share, a abertura da grade de produtos e as campanhas de marketing consolidaram as marcas como umas das líderes em seus respectivos segmentos.
“Hoje, o portfólio de marcas do grupo D’Addario está posicionado na categoria premium e tem presença garantida nas vitrines das mais importantes lojas de instrumentos musicais do País”, comentou Antônio Tonelli, diretor da Musical Express. “Através de premiadas campanhas de marketing, conseguimos ocupar um lugar de destaque na mente de consumidores que buscam qualidade e variedade de opções para cada estilo musical”, adicionou.
Relação em destaque
O relacionamento entre a Musical Express e a família D’Addario é o ponto de destaque do trabalho que já existe há quase 20 anos. A comunicação e o empenho de ambas as empresas são responsáveis pelo sucesso das marcas no Brasil. Tudo é alinhado para levar ao mercado o que existe de mais inovador e eficiente em termos de produtos e ações.
“Para a Musical Express, ter a exclusividade de distribuição de um dos maiores grupos da indústria da música mundial é sinônimo de orgulho e satisfação. Tivemos a oportunidade de vivenciar juntos toda a transformação do mercado nos últimos anos. A aprendizagem conjunta também foi definitiva para alcançar os objetivos traçados”, finalizou Antônio.
Marcando a diferença Vemos que cada marca tem sua própria personalidade, mas sempre existe a força da D’Addario por trás. Cada vez que adquiriram uma delas, essa personalidade foi mudada. Como funciona isso?
Quando adquirimos uma companhia sempre temos um plano de jogo, como costumo dizer. No plano de jogo, primeiro focamos em submergir na fábrica e, quando o fazemos, obtemos um entendimento completo do processo de fabricação, buscamos oportunidades para fazê-lo da forma mais eficiente possível, para eliminar qualquer desperdício no processo e melhorar a qualidade do produto final. Esse é sempre o primeiro passo com qualquer aquisição: focamos na fábrica, na qualidade do produto e na eficiência ao fazer esse produto.
Depois de sentir-nos seguros com a qualidade do produto, nos aprofundamos no marketing, no merchandising, no conteúdo que criamos ao redor da marca porque, em qualquer uma das aquisições, cada marca vem com uma personalidade diferente e em alguns casos inclusive com alguma percepção negativa que agora teremos que mudar. O melhor modo de mudá-la é primeiro atingir a qualidade correta e, segundo, poder contar a história de como o conseguimos e convencer os consumidores de que a qualidade é a ideal para eles. É sempre um desafio e agora mesmo, como organização, ainda estamos no processo de integrar aquisições. A mais recente foi a marca Promark de baquetas para bateristas; ainda temos muito a fazer para integrar a Promark à nossa organização. Também temos desafios com algumas das outras marcas, mas estamos tentando levá-las ao nosso nível de qualidade e ao nível de apresentação e confiança que a marca D’Addario dá ao consumidor para que possa acreditar no produto.
Grande parte do mercado está focando no digital. Vocês fizeram a companhia desde o lado ‘analógico’, mas depois adquiriram uma empresa como a Planet Waves. Essa marca estará cuidando do seu lado digital no futuro?
A Planet Waves certamente é uma marca que está atravessando uma transição dentro das marcas de acessórios D’Addario e tem sido uma linha de aces
Processos automatizados Controle pessoal em cada passo Máquina trabalhando em cordas
sórios para guitarra única. Estamos explorando outras tecnologias digitais que certamente se encaixariam na imagem de marca da Planet Waves-D’Addario. Não posso dizer exatamente de que se trata, mas é algo que estamos explorando agora como organização. Aliás, estamos explorando essas opções digitais para todas as nossas marcas em percussão, guitarras, sopro e orquestra. Temos que fazê-lo porque é justamente para onde o mercado parece estar migrando, do analógico para o digital. Estamos fazendo vários investimentos consideráveis para transformar nosso conteúdo de marca em um formato mais digital. Estamos observando como aplicar a tecnologia digital no produto e como apresentaremos esse produto no futuro.
Outro ponto a destacar é que vocês nunca fazem o mesmo. A companhia D’Addario nunca se repete. Conte sobre esse processo de criação no desenvolvimento de produto.
Uma das coisas em que acreditamos verdadeiramente, desde o ponto de vista de desenvolvimento de produto e inovação, é a integração vertical. Por exemplo, não existem muitos fabricantes de cordas que de fato produzam sua própria matéria-prima. Agora produzimos a maior parte de nossos cabos, a maioria de nossos filamentos de náilon para cordas clássicas, e são várias as razões pelas quais fazemos isso. Número um: nos ajuda a atenuar o aumento de custos. Número dois: nos ajuda a melhorar a qualidade da matéria-prima. Quanto mais alta a qualidade desta, certamente maior a qualidade do produto final, mas a mais importante é a
número três: a oportunidade de inovar ao longo do processo.
Quando temos o processo sob nosso controle, isso nos dá muitas oportunidades de experimentar, com passos diferentes ou materiais diferentes. Voltando ao exemplo do negócio de cordas, ao ter uma fábrica de cabos bem do lado da nossa fábrica de cordas e com todos os nossos engenheiros aqui, podemos estudar de perto o processo e desenvolver cabos mais fortes, por exemplo. De fato, fizemos o mais forte nunca antes produzido, o que certamente foi o catalisador da tecnologia NYXL que lançamos no mercado. Isso não teria sido possível a menos que tivéssemos o controle do cabo de alto núcleo.
Hoje, temos uma capacidade de desenho de monofilamento de náilon e isso nos permite controlar nosso destino quando falamos de monofilamento tradicional. Agora mesmo, ao tratar com esse processo, podemos experimentar materiais híbridos diferentes para novas cordas sintéticas que serão lançadas no futuro, mas mais uma vez isso acontece por termos controle total da fabricação. Então, uma de nossas bases tem sido que quanto mais processos podemos controlar, mais oportunidades teremos para inovar e criar novos produtos únicos para nossas linhas de acessórios.
A inovação é a chave, por isso é que vocês criam uma companhia diferente enquanto as outras continuam
inclusive para um varejista bem estruturado, sequer pensar em ter no estoque essa enorme variedade de produtos. Logicamente, on-line não é impossível; muitas empresas têm conseguido fazê- -lo. Finalmente acho que para nossas marcas, um B2B completo é vital porque fornece acessibilidade a nossos produtos para os consumidores, seja em uma loja física ou virtual. Em certo ponto se torna frustrante, porém, que os consumidores nos contatem o tempo todo dizendo que determinado produto não está disponível em tal ou qual loja física. Agora os e-commerces ajudam a minimizar esses problemas porque existem muitos varejistas com e-commerce que têm em estoque toda a linha de produtos.
Como isso afeta a D’Addario?
Sob a nossa perspectiva, achamos que temos de focar em como nossos produtos são apresentados, não só nas lojas físicas mas também nas virtuais. Por isso, no ambiente de e-commerce, temos investido consideravelmente em desenvolvimento de contato de todos os nossos produtos e acho que isso nos deu um alto sucesso tanto no mundo digital quanto na loja física, onde temos criado displays de compra. Basicamente, temos feito o mesmo tipo de investimento no nosso conteúdo digital. Nossa visão é continuamente melhorar a apresentação de produtos, ter diferentes displays no ponto de venda e conteúdo destacado no ambiente do e-commerce, de modo que nossos produtos sejam apresentados em um modo de primeira classe. Estamos nos comprometendo em criar mais expe
fazendo o mesmo.
Sim, e temos muitos outros exemplos de integração vertical. No mercado de boquilhas para instrumentos de sopro, por exemplo, temos duas plantações onde semeamos, colhemos e processamos a cana para elas. Uma fica no sul da França e a outra em Mendoza, Argentina. Ao estar no controle de todos os elementos envolvidos no processo agrário real, podemos garantir que estão sendo colhidas quase sob as mesmas condições o tempo todo. Não podemos controlar tudo, mas têm quase as mesmas condições, o que cria consistência e maior previsão de alta qualidade na matéria-prima. Há oportunidades de inovação, mas também de poupar custos e de melhorar a qualidade ao ser integrados verticalmente. Realmente nos ajuda a controlar de certa forma nosso próprio destino.
Tecnologia para fidelizar o consumidor Como você vê o comércio virtual?
Nós, como companhia, representamos cerca de 7 mil itens ativos. É impossível,
Promark: Glenn Kotche Active Wave 570
Criadas segundo as indicações do baterista Glenn Kotche, da Wilco, chegam as Active Wave 570. Duas inovações da D’Addario estão presentes nessas baquetas: ActiveGrip — uma película de cobertura que se ativa com o calor e se torna pegajosa quando as mãos do baterista suam — e WaveHandle, um cabo torneado que fornece pegada adicional e um espaço confortável para todos os dedos.
Evans Level 360
A tecnologia de peles planas com aro que não necessita de ajuste chegou agora ao bumbo. Seu colar ‘steeper’ garante contato balanceado com a borda da carcaça, o que facilita a afinação. Todas as peles de poliéster de 6” a 20” vêm agora com esse colar Level 360.
riências ao redor das nossas marcas, o que significa que precisamos nos comprometer com os consumidores.
O que estão fazendo nesse aspecto?
Estamos no processo, por exemplo, de desenvolver um programa de fidelidade chamado Players Circle, que está em etapa de teste. Aliás, já tivemos o que chamamos ‘uma versão analógica’ de um programa de fidelidade que era chamado Players Points no passado, mas não teve muito sucesso porque não tinha um alcance internacional. Agora estamos desenvolvendo uma versão digital do programa com o qual, mais uma vez, o que estamos tentando fazer é criar uma experiência para que o consumidor basicamente se cadastre no nosso website Players Circle e tenha a possibilidade de registrar os produtos que tem adquirido em uma loja física ou em um varejista e-commerce. Cada produto terá um número de série e um valor de pontos, dependendo do seu pre
Woodwinds, palhetas Reserve
As palhetas Reserve para sax soprano e tenor têm sido produzidas com diversos processos digitais. Criadas e fabricadas nos Estados Unidos com cana natural colhida pela empresa, ambos os modelos estão disponíveis em durezas médias, de 2.0 a 4.5, com durezas especiais de 3.0+.
ço essencialmente, de modo que quanto mais alto é o preço, mais pontos obterá por esse produto particular. Desse modo, ganhará pontos através do tempo e poderá trocar esses pontos por merchandising, como camisas ou bonés, e em alguns casos até por produtos novos.
Há outras ações desse tipo?
Também estamos fazendo outras coisas criativas, como criar tipos de programas de personalização. Temos um site em que nossos consumidores podem personalizar suas próprias peles para bateria, suas palhetas (trabalhar na arte na frente e no verso) e eventualmente procuramos fazer outras coisas, como personalizar correias e quem sabe até jogos de cordas. Essas são experiências que estamos tentando criar, pois, ao final, se são bem-feitas, deverão levar ao crescimento em ações do mercado e a mais negócios, tanto em lojas físicas quanto em varejistas e-commerce. Esta é a nossa visão: criar mais compromisso com o consumidor e melhorar nossas marcas, aumentar nossa participação de mercado e facilitar as vendas para o segmento varejista. Precisamos que eles tenham os produtos disponíveis e os apresentem do jeito que queremos que sejam apresentados.
Programa de Fidelidade Players Circle
O programa de prêmios é a evolução digital de um conceito criado por Jim D’Addario, CEO da D’Addario & Company, concebido nos anos 90. Basta cadastrar-se no site, indicar os números de série que figuram na embalagem e somar pontos para trocar por prêmios (diversos modelos de cordas, acessórios e outros). Os participantes também ganham pontos por recomendar amigos para assinar e compartilhar conteúdo nas redes sociais. O programa está em etapa de teste e não está disponível para todos os países, mas você pode visitar http://playerscircle.daddario.com/ para saber mais.
E também podem monitorar os produtos falsificados…
Sim. Esse sistema de número de série que criamos originalmente era para proteger o produto contra as falsificações e ainda servirá para isso, mas, além disso, atuará também como um programa de fidelidade para os produtos D’Addario. Levaremos um tempo em desenvolvê- -lo. Estamos começando com as cordas; o próximo passo serão as palhetas para instrumentos de sopro e depois o resto dos acessórios, que também terão um número de série único que você, como consumidor, poderá cadastrar na nossa plataforma e trocar pontos por muitas coisas diferentes — ingressos para um concerto, merchandising, produtos, o que for. Estamos pensando em diferentes prêmios para fidelizar o consumidor. n
MAIS INFORMAÇÕES
www.daddario.com