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Mercado internacional: desafios e soluções para ampliar o seu negócio
APRENDA JÁ MIGUEL DE LAET
Bacharel em música e especialista em publicidade pela Universidade de São Paulo (USP), é professor do curso de pós-graduação em Negócios da Música da Universidade Anhembi Morumbi e diretor-executivo da Universo Acústico, prestando serviço de consultoria em comunicação e marketing para empresas do setor musical. migueldelaet@universoacustico.com
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Fato: a internet revolucionou a vida de todos, redefinindo o conceito de distância e até mesmo de fronteira. Evidentemente, a maneira de as pessoas consumirem produtos e serviços também mudou
Grandes empresas, com medo de perder o controle do mercado, resolveram estabelecer regras rígidas capazes de limitar o poder que a Era da Informação deu aos seus usuários. Em vão. As gravadoras que perseguiram no advento do século XXI uma ferramenta de compartilhamento, o Napster, e seus usuários com o intuito de desestimular a pirataria, acabaram perdendo mercado por se recusar a aceitar que o formato físico estava perdendo espaço para os formatos digitais. Ignorando o que pregavam as Majors, empresas investiram em novas maneiras de distribuir música e material audiovisual, prosperando ao utilizar os recursos e avanços tecnológicos que a internet possibilitou, em especial a oportunidade de atuar de forma global.
Assim presenciamos o surgimento e o crescimento do iTunes, YouTube, Spotify, Google Play, entre outras ferramentas que são usadas por inúmeras pessoas para consumir música e material multimídia.
Do mesmo modo, presenciamos o crescimento de canais de venda que expandiram seus horizontes, como a
Amazon, criada por Jeff Bezos há duas décadas com o intuito de ter seu site reconhecido como a “loja de tudo”. De certo modo, ele conseguiu! A Amazon certamente é uma das gigantes no comércio eletrônico, faturando valores próximos a US$ 90 bilhões. Você não precisa ser uma Amazon, mas pode pensar na possibilidade de expandir os horizontes atuando em novos mercados, especialmente em um período de instabilidade econômica e redução do poder de compra do brasileiro.
É importante destacar que a internacionalização é possível para marcas de empresas de pequeno, médio ou grande porte. Na verdade, o tamanho da empresa não tem importância tão decisiva se comparado com o desejo de expandir o negócio e o processo de preparação/qualificação para atender os mercados-alvo. E, para isso, o empresariado pode contar com o auxílio e o suporte de as
sociações do seu segmento, bem como com a Apex-Brasil (Agência de Promoção a Exportação), que vem desenvolvendo um trabalho exemplar e colecionando casos de sucesso no exterior.
Aprendendo com os erros do Habib’s
Não há como negar que o Habib’s é uma marca consolidada no segmento do fast-food. A brasileira reconhecida pelos seus baixos preços é tão querida pelo público em geral que tem confiança suficiente para brincar com o episódio do impeachment da presidente Dilma Rousseff em um filme exibido dias antes da votação no plenário comemorando a “queda dos preços baixos” da rede. Assunto polêmico que foi bem recebido pelo grande público.
Acontece que nem tudo são flores e a vida nem sempre foi fácil para a companhia. Em 2000, a rede resolveu apostar em expandir o mercado internacionalmente e, embalada pelo sucesso em território tupiniquim, abriu seis lojas na América do Norte, por um sistema de franquias no México. O objetivo era chegar a 150 lojas no período de cinco anos.
Sem fazer o dever de casa, acabou fazendo tudo errado. O carro-chefe do restaurante, como sabemos, é a esfiha. O produto era uma novidade para os mexicanos e, com o intuito de familiarizá-los rapidamente com o simpático alimento de origem árabe, resolveram apresentá-lo como o “taco do Habib’s”, uma referência a um dos pratos tradicionais da comida mexicana que consiste em uma tortilha de milho recheada com carne. Logicamente a ideia não gerou resultados e, para piorar, durante o período ocorreram os ataques de 11 de setembro de 2001, que praticamente inviabilizaram qualquer tentativa de sucesso do Habib’s na América do Norte. O resultado final da aventura encerrada em 2005 foi um prejuízo de US$ 5 milhões.
Automóveis Made in Brazil para o mundo!
Temos de lembrar que o mercado brasileiro automobilístico não é mais o mesmo. No entanto, muitas empresas investiram bilhões de reais nos últimos cinco anos em plantas com o intuito de produzir automóveis de alto padrão no Brasil, seduzidas com o cenário positivo e, principalmente, pelas regras estabelecidas com o intuito de estimular a produção nacional e o desenvolvimento de novas tecnologias em solo brasileiro.
Com as fábricas prontas e um cenário diferente daquele que as multinacionais observavam anos atrás, a estratégia mudou. Em 2016 as montadoras observam as suas fábricas no Brasil como fornecedoras para mercados solidificados ou em expansão. É o caso de BMW, Fiat e Toyota.
Tanto a BMW como a Fiat planejam produzir no Brasil automóveis para o mercado norte-americano. As primeiras unidades do consagrado X1 começam a sair de Santa Catarina para os Estados Unidos em julho. Serão embarcadas 10 mil unidades por ano. A Fiat também objetiva como mercado-alvo os Estados Unidos com a sua recém-lançada Toro, mas é preciso ajustar as demandas (atualmente existe fila de espera nas concessionárias pela pickup da marca) e pensar em soluções de logística. Já a Toyota observa com dificuldade a entrada de produtos brasileiros no mercado internacional, mas tem planos de intensificar a venda de seu compacto Etios, produzido no Brasil, no mercado sul-americano.
Com esforço dará certo
Se o segmento automotivo, um dos mais competitivos e tradicionais, está redobrando esforços para oferecer seus produtos para o mercado internacional, inevitavelmente outros também seguem pelo mesmo caminho, inclusive empresas do setor musical. Carlos Eduardo Portella, vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) alerta que essa política comercial deve ser permanente, pois é muito difícil retomar relações comer ciais quando estas são interrompidas para atender o mercado doméstico, por exemplo. Por essa razão, se você, seja lojista ou fabricante, deseja ampliar o seu mercado e apostar no segmento internacional, saiba que o processo de introdução de sua marca e de seu produto ou serviço irá consumir tempo e investimento, e, por essa razão, tudo deve ser planejado, definindo muito bem os objetivos e metas em longo prazo, após um criterioso trabalho de análise de cenário dos mercados- -alvo escolhidos. No próximo artigo trataremos sobre a estruturação de um plano de internacionalização para o seu negócio. n
FÁBRICA Clave Sonora atualiza processos e recursos
A fabricante de instrumentos de corda tem sua base em Itupeva (SP) e em poucos anos de existência já mostrou crescimento que se reflete em sua fábrica e equipe
Tudo começou quando uma grande empresa no segmento de instrumentos musicais de cordas encerrou as atividades em 2007. Alguns funcionários reuniram seu conhecimento e vontade de continuar nessa indústria e criaram a Sonora Indústria e Comércio de Instrumentos Musicais — mais conhecida como Clave Sonora — em junho do mesmo ano, com sede na cidade de Itupeva (SP).
No início, só tinham um modelo de violão, mas o portfólio cresceu e hoje inclui violões, violas, cavacos, banjos e bandolins em versões acústicas ou dotadas de um sistema de captação.
“No começo nossa pretensão era criar apenas um atelier, onde seriam fabricadas poucas peças e peças exclusivas sob encomenda, ou até mesmo trabalhar com reparo de instrumentos de variadas marcas. Mas a empresa foi criando corpo e hoje estamos presentes na maioria das lojas especializadas do Brasil”, contou Felipe Coelho, diretor do departamento financeiro e comercial.
Mudança recente
Esse crescimento se refletiu diretamente nos produtos da marca. Com apenas oito anos no mercado, já fizeram três mudanças de estrutura, sendo a última no início deste ano, quando saíram de uma área de 2 mil m 2 e se instalaram em uma de 10 mil m 2 , podendo assim ampliar o mix de produtos e melhorar cada dia mais a qualidade, com a aquisição de novas máquinas, além de aumentar a grade de funcionários.
“Mudanças acontecem o tempo todo. Nos dias de hoje, uma empresa precisa buscar sempre se atualizar e, é claro, isso inclui mudanças também na área administrativa, que está passando por um processo de reestruturação com ênfase no atendimento ao cliente”, destacou Felipe.
Com a nova mudança que a Clave Sonora acaba de fazer, investiram muito no acabamento dos produtos. A empresa adquiriu o que se tem de melhor no mercado em equipamentos de pintura, além de instalar novas cabines com sistema de cortina d’água, deixando o acabamento dos produtos com melhor aparência. Também estão atualizando equipamentos nos setores de polimento e acabamento, treinando e qualificando os profissionais responsáveis pelo controle de qualidade.
Produto novo
A empresa tem projetos para inovar em seus instrumentos atuais e também de criar novos instrumentos, que ainda estão em fase de desenvolvimento de ferramentas para que a construção dos itens seja feita da melhor forma possível.
A mais importante das inovações no mix de produtos é o violão Folk, um dos instrumentos mais desejados atualmente e que em breve estará no mercado. “Hoje os nossos produtos têm espaço no mercado por vários fatores, mas o principal é serem produtos fabricados no Brasil, de ótima qualidade, construídos sempre com madeira certificada e com excelente custo-benefício”, disse Felipe com orgulho. n
MAIS INFORMAÇÕES
clavesonora.com.br
COMO É BOM VENDER LUIZ CARLOS RIGO UHLIK
é um amante da música desde o dia da sua concepção, no ano de 1961. (uhlik@mandic.com.br) O maior vendedor de instrumentos musicais do mundo (parte 2)
Na edição anterior enumerei cinco características importantes para fazer de você o Maior Vendedor de Instrumentos Musicais do Mundo. Vou complementar com mais cinco e concluir!
Junte estes dez fatores à sua vida profissional e o sucesso será garantido! 6. Hoje serei dono das
minhas emoções
Se você acordou “com a pá virada”, o que o seu cliente tem a ver com isso? Enfrente todo o mau humor, toda a negatividade com a força que os resultados determinam. O mais importante é o foco. É claro que nem todos os dias estamos contentes e sorridentes. Mas o que o seu cliente tem a ver com o seu estado de espírito? Ele espera o melhor; ele quer você por inteiro para ajudá-lo na melhor decisão; ele é a figura mais importante no processo de venda, não importa o quanto você esteja chateado ou aborrecido com a vida. 7. Rirei do mundo “Nunca deixes de sorrir, mesmo que estejas triste, porque tu não sabes quem poderá apaixonar- -se pelo teu sorriso.”
Por que poderia eu permitir que os mesquinhos acontecimentos de hoje me perturbem? Cultivar o hábito do sorriso, do bom humor, não somente faz bem para todas as pessoas ao nosso redor, Continuando com o conceito detalhado na coluna da revista de maio-junho, veja aqui mais dicas para melhorar na profissão de vendedor!
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www.musicaemercado.org como nos proporciona longevidade e saúde! Sorria e a vida sorrirá para você. 8. Hoje centuplicarei
meu valor
Estabeleça objetivos para cada dia, cada semana, mês, ano; estabeleça objetivos para a sua vida.
Aponte para o mais alto que puder. Represente vários papéis: — Empresário: você é o seu patrão. Se algo corre mal, cabe a você resolver o problema. — Consultor: o seu papel não é vender, mas sim detectar e solucionar os problemas dos seus clientes. — Médico: você atua nos melhores interesses do paciente. Examina o problema, faz um diagnóstico e apresenta a prescrição, que é o seu produto ou serviço. — Estrategista: você tem objetivos semanais, mensais ou anuais para cumprir, e deve procurar fazer tudo para atingi-los.
Portanto, não se sinta seguro e contente com o seu desempenho. Queira sempre mais e mais. E haverá espanto e estupefação diante da sua grandeza! 9. Agirei agora Um grama de ação vale muito mais que uma tonelada de teoria. A ação é o alimento e a bebida que nutrirão seu êxito. Aja agora!
Supere-se sempre, agora! Condicione a sua mente para executar todas as tarefas imediatamente, sem procrastinação.
Esta, por si só, já é uma grande lição para a vida. Trabalhe enquanto o fracasso procura descanso. Converse enquanto o fracasso permanece calado. Visite, entre em contato, atenda dez clientes que podem comprar com você, enquanto o fracasso faz grandiosos planos para visitar um. Esta é a hora! Este é o lugar! Você é o cara! 10. Tenha fé Neste desfecho, uma valiosa oração pinçada do livro de Og Mandino, O Maior Vendedor do Mundo: “Ó Criador de todas as coisas, ajudai-me. Pois hoje saio pelo mundo nu e só, e sem Vossa mão para orientar, desviar-me-ei do caminho que conduz ao êxito e à felicidade. Ajudai-me a permanecer humilde nos obstáculos e fracassos; mas não oculteis dos meus olhos o prêmio que virá com a vitória. Conferi-me tarefas para as quais outros fracassaram; mas orientai-me na colheita das sementes do êxito nos fracassos dos outros. Confrontai-me com temores que temperarão o meu espírito; mas dotai-me de coragem para rir de meus receios. Ajudai este humilde vendedor. Orientai-me, Meu Senhor!” n