Na edição anterior Depois de enfrentar os Impuros e arrancar deles o segredo do suanin, artefato que dá invisibilidade, Ian e seus companheiros seguem para a ilha dos orcs, onde as colônias humanas estão sob ataque, com o intuito de deter os contrabandistas que armam as hordas rebeldes. Na ilha, devastação e morte por todo lado, causadas por armas terríveis nunca vistas antes. Nossos heróis se aliam a um grupo de orcs que não haviam se unido à guerra total contra os humanos, para com eles atacar a torre da Senhora Sombria, o misterioso personagem que comanda a revolta.
A FORTALEZA SOMBRIA Texto Luca Enoch e Stefano Vietti Desenhos Giuseppe Matteoni e Luca Malisan
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História originalmente publicada em Dragonero nº 4 (Itália, setembro de 2013)
ilha do continente dos orcs, nas isoladas terras internas da cordilheira central, nascentes do humhefluhre, o rio da terra.
a torre da senhora sombria.
em frente, não poupem o chicote! cada humano morto logo será substituído... o trabalho não pode parar!
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hmm... eles cavam carvão sem parar... pra alimentar fundições gigantescas, a julgar pela fumaça!
armas e máquinas de guerra... segundo contaram os poucos orcs que conseguimos capturar nesses meses!
fundições de metal... pra produzir armas!
nada de mais preciso, hrar?
não, mas o suficiente pra nos levar a atacar a fortaleza mais de uma vez... e todas as vezes foi um massacre!
você mesmo pode constatar lá na entrada do vale, na área cheia de cinzas!
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o que significam aqueles corpos suspensos no ar?
armadilhas ativadas por mecanismos escondidos sob o solo... tecnologia tecnocrata...
defesas invisíveis! paliçadas que surgem do subsolo e açoitam o terreno como gigantescas caudas de dragão!
eu guiei os meus guerreiros tentando superar essas barreiras, mas acabou sempre do mesmo jeito!
ei, está acontecendo alguma coisa ali nos cais...
receio que sim, ian... e ficam invisíveis pela ação de um suanin!
...onde termina aquele canal... uma chata está surgindo do nada!
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uma chata de lama pírica, idêntica à que nós descobrimos em baijadan!
não há mais dúvida... a lama que chega a baijadan é transportada pra ilha em barcos e, depois, até aqui em chatas fluviais! e toda embarcação é tornada invisível pelos suanins!
agora é melhor voltar, gmor-elt, não acha?
sim... e, agora que chegou ao destino, ela ficou visível!
certo... já arriscamos até demais!
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sim... é mesmo... nós arriscamos...
...o que você sentiu?
sera...
uma elfa?
uma presença familiar, ian... acho que há uma elfa dentro da fortaleza inimiga!
sim... a sensação durou um instante! agora sumiu...
“...mas eu senti a presença dela... estava... atormentada!”
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tudo bem, atrea?
eu senti uma coisa! o quĂŞ?
foi como ver a minha imagem num espelho... uma imagem de outros dias... de dias que jĂĄ se perderam!
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achamos que há um muito poderoso funcionando dentro da fortaleza, e que torna as defesas externas invisíveis! nós pretendemos efetuar uma incursão para destruí-lo!
não entendo... sejam mais claros... o que seria esse suanin?
é um artefato do qual também sabemos pouco, orahk... parece que ele cria um fluxo de energia que esconde das vistas as coisas às quais é aplicado!
se gmor-elt e seus amigos tiverem sucesso, finalmente poderei atacar a fortaleza com os meus guerreiros!
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as paliçadas são só a primeira defesa... a fortaleza é protegida por muros altos e guardada por centenas de guerreiros!
eu tentarei abrir o portão por dentro, pra que hrar-dank e o seu pessoal possam entrar sem ter que assaltar os muros! os auspícios são nebulosos...
hoje cedo o xamã consultou os ossos de pedra... ouviram o presságio dele...
mrgh...
ouvimos! sabemos que será uma missão arriscada, mas temos convicção de que é preciso tentar!
que seja... reúna os seus guerreiros, hrar-dank!
às ordens, orahk!
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orcs contra orcs... já aconteceu, mas não como desta vez... muitos clãs se aliaram com as forças obscuras da fortaleza... de modo imprudente, sem refletir...
a esperança deles é desencadear uma guerra definitiva contra os humanos, chegando até a colocar a ferro e fogo vahlendart, a capital do império!
mas a tecnologia obscura não nos pertence, e os tolos que confiam em quem a controla virarão escravos deles!
sim... a custo de enfrentar os meus irmãos... porque eu só vejo um futuro de destruição para todos, em benefício único do ser que se esconde na fortaleza!
não me entenda mal, ian aranill... eu creio na separação das raças... é nela que se funda o equilíbrio do nosso mundo!
é um raciocínio sábio, chefe orahk!
foi por isso que você se opôs?
Mas, desta vez, a nossa ajuda é útil...
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desta vez é útil!
vão! vocês devem se preparar... a noite se aproxima!
você avançou um pouco demais, ian... já ia ofender orahk!
tem razão, gmor... eu esperava que ele tivesse a mente mais aberta!
somos um orc, um humano e uma elfa que trabalham juntos... sem falar da sua irmã myrva, que é uma tecnocrata... a nossa vida é um absurdo, acredite... tanto aqui quanto em vahlendart!
ah... orahk é um velho tradicionalista! aqui nós somos pouco mais que tolerados! eu, inclusive! hmm... acha?
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