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UMA BOLHA DE SILÊNCIO PRESSIONA MEUS TÍMPANOS. SEGUNDOS DEPOIS, AS JANELAS TREMEM ENQUANTO A NAVE VINDA DE DEIMOS GRITA SOBRE NOSSAS CABEÇAS.
MORAR PERTO DOS CAMPOS DE DECOLAGEM É DEPRIMENTE. EU SEMPRE DIGO QUE, SE NÃO FOSSE PELO BRUNO, IRIA EMBORA…
TODAS AS NOITES, QUANDO CHEGO DO TRABALHO, VISTO ALGO MAIS LEVE E CONFORTÁVEL E ESPERO POR ELE, OUVINDO AS ESPAÇONAVES.
ÀS VEZES, ELE CHEGA TARDE. ÀS VEZES, NEM CHEGA. DEPOIS DESTA NOITE, BRUNO, NÃO VOU MAIS ESPERAR.
VEJA SÓ, NÃO SÃO AS MENTIRAS OU O JEITO QUE VOCÊ ME TRATA EM PÚBLICO. NÃO É SUA OUTRA AMANTE OU TODA ESSA MENTIRA ESTÚPIDA QUE VOCÊ MANTÉM… É A ESPERA. O AMOR NÃO DURA PARA SEMPRE, BRUNO… O RELÓGIO CHEGA ÀS OITO E TRINTA. ELE, NÃO. INSIRO UM VELHO CUBO DO BOWIE NO TETRAFONE E OUÇO ENQUANTO FAÇO AS MALAS. QUALQUER COISA PARA ABAFAR O BARULHO DOS CAMPOS DE DECOLAGEM.
“SE VOCÊ NÃO FICAR ESTA NOITE, VOU EMBARCAR NAQUELE AVIÃO ESTA NOITE. NÃO TENHO NADA A PERDER, NADA A GANHAR. VOU BEIJAR VOCÊ NA CHUVA…“
“NA CHUVA…”* OS CANTORES MORTOS AINDA SÃO OS MELHORES.
SÃO QUINZE PARA AS NOVE.
BRUNO, O QUE ESTÁ TE ATRASANDO?
ROTEIRO
ARTE
(*) Tradução da música Blackout, de David Bowie.
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MUH… BUHNUH…
AH, MAMÃE! EU NÃO QUERO. NÃO QUERO FAZER ISSO!!!
O SAMMY SONECA, MEU VIZINHO DE PORTA, ME ACORDOU ÀS CINCO E MEIA ESSA MANHÃ.
AH, ISSO NÃO É LEGAL, MAMÃE! NÃO ACHO, NÃO! NÃO TOCA EM MIM! SUAS MÃOS ESTÃO CHEIAS DESSA COISA!
NÃO!!!
AH! AH!
QUEIJO DERRETIDO! QUEIJO DERRETIDO! AH, MAMÃE, TOME CUIDADO! VAI MANCHAR MEUS LENÇÓIS, COM CERTEZA!!!
ESTAVA TENDO OUTRO PESADELO COM A MÃE.
NNG… MERDA!!!
SAMMY, PELO AMOR DE DEUS, DÁ PRA CALAR A BOCA?! SÃO CINCO E MEIA!
AH! E AGORA? ESSE BURACO É MUITO FUNDO? DEVE DAR NA CHINA! AH!
TODA MANHÃ. TODA MANHÃ ELE ME ACORDA, E EU NÃO CONSIGO VOLTAR A DORMIR.
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HISTÓRIA POR W.D. EHRHART E ALAN MOORE • ARTE POR STAN WOCH E JOHN TOTLEBEN • CORES POR SAM PARSONS EU CRESCI EM PERKASIE, PENSILVÂNIA, ONDE O SAPATEIRO SABIA O TAMANHO DO PÉ DE TODO MUNDO NA CIDADE.
QUARTEL DA ILHA PARRIS, JUNHO DE 1966: DE PÉ, APAVORADO, ESVAZIANDO NOSSOS BOLSOS À LUZ DE LÂMPADAS NUAS, DEIXADOS SURDOS PELOS SARGENTOS INSTRUTORES…
“NADA DE GUARDAR FOTOGRAFIAS, MOÇAS.” “ESSA É SUA NAMORADA? PARECE UMA PUTA. PROVAVELMENTE ESTÁ DANDO PRO SEU PAI NESTE MOMENTO.” “EI! NEGÃO! SUA MÃE ERA UMA MACACA?”
MEU PAI ERA PASTOR E, TODO ANO, NO DIA DA BANDEIRA, EU DECORAVA MINHA BICICLETA COM FAIXAS VERMELHAS, BRANCAS E AZUIS.
TODO DIA NO COLÉGIO COMEÇAVA COM UMA PRECE AO SENHOR E O JURAMENTO À BANDEIRA.
HÔI AN, FEVEREIRO DE 1967: ESTOU COLETANDO PRISIONEIROS CIVIS, DETIDOS TEMPORARIAMENTE PARA INTERROGATÓRIO… A MAIORIA É DE VELHOS, MULHERES E CRIANÇAS.
COM MÃOS E PÉS AMARRADOS COM ARAME, SÃO ATIRADOS PELA LATERAL DO TANQUE E ACABAM SE EMPILHANDO COMO FEIXES DE LENHA. OUÇO OS OSSOS QUEBRANDO.
ÀS VEZES, TÍNHAMOS TREINAMENTO DE DEFESA CONTRA BOMBAS ATÔMICAS, SENTADOS NOS CORREDORES, COM AS CABEÇAS ENTRE OS JOELHOS E AS MÃOS NA NUCA.
NO HALLOWEEN, EU COLETAVA DINHEIRO PRA QUE A UNICEF AJUDASSE CRIANÇAS DOS PAÍSES MENOS AFORTUNADOS QUE O MEU.
HÔI AN, ABRIL DE 1967: UM GAROTO DE OITO ANOS ESTÁ COM UMA GRANADA. ATIRO NELE ANTES QUE POSSA JOGÁ-LA NO NOSSO JIPE. ESTAMOS NO CENTRO DA CIDADE, E A EXPLOSÃO MATA DOIS CIVIS VIETNAMITAS.
DEIXAR COMIDA NO PRATO FAZIA COM QUE EU LEVASSE UMA BRONCA PRA ME LEMBRAR DOS MILHÕES QUE PASSAVAM FOME NA CHINA.
MEU IRMÃO MAIS NOVO TEM SÓ DOZE ANOS.
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ANTES MESMO DE AVANÇAREM RUMO À TERRA FIRME, AS COISAS AMAVAM LIVREMENTE, IGNORANDO OS GÊNEROS. O DESEJO CEGO TRANSFORMOU O LIMO DAS LAGOAS EM PEIXES E, POR INTERMÉDIO DO SEXO, O GLORIOSO MOTOR DA VIDA TRANSFORMOU PEIXES EM MACACOS. OS ANIMAIS SE LEMBRAM DISSO: OS GOLFINHOS AINDA ALTERNAM SEUS ACASALAMENTOS ENTRE COMPANHEIROS DE SEU PRÓPRIO SEXO E DO OUTRO, SEU ÊXTASE ECOANDO POR QUILÔMETROS.
NA TERRA, NAS PRIMEIRAS SOCIEDADES, GRANDES GRUPOS DE FÊMEAS CUIDAVAM DE SUAS CRIAS JUNTAS, SEM A PRESENÇA DE MACHOS, CUJO PAPEL NA REPRODUÇÃO É DESCONHECIDO.
AS MULHERES LAMBIAM E CUIDAVAM UMAS DAS OUTRAS, ENQUANTO OS HOMENS OBSERVAVAM, ANDANDO E ANDANDO EM CÍRCULOS...
NO COMEÇO, FORAM TRÊS MILHÕES DE ANOS DE MATRIARCADO. A PALAVRA VEIO DEPOIS. E A PALAVRA ERA O PODER. ERA O PATRIARCADO: CRIANÇAS PRIMOGÊNITAS ESMAGADAS EM ALTARES EM NOME DE UM DEUS-PAI. A PALAVRA ERA LEI: NA SUMÉRIA, MULHERES QUE RIDICULARIZASSEM OS HOMENS TINHAM SEUS DENTES QUEBRADOS COM TIJOLOS COZIDOS. LEI QUE, UMA VEZ CONCEBIDA, AGORA ERA APLICADA A TUDO. O LEVÍTICO CONDENAVA A MAIOR PARTE DAS PRÁTICAS SEXUAIS, INCLUINDO AQUELAS ENTRE DOIS HOMENS.
ISSO FOI CONCEBIDO PARA CENSURAR OS CANAÍTAS, CUJOS SACERDOTES MASCULINOS PRATICAVAM SODOMIA. CASO TIVESSEM, EM VEZ DISSO, SIDO CANIBAIS, AS COISAS PODERIAM TER SIDO DIFERENTES.
NÓS ARFAMOS EM PRAIAS DEVONIANAS, NOS ACONCHEGAMOS SOB ESTRELAS NEOLÍTICAS, CUSPIMOS SANGUE POR ENTRE DENTES PULVERIZADOS, MANCHANDO UNS AOS OUTROS ENQUANTO NOS BEIJÁVAMOS.
E SEMPRE AMAMOS. COMO PODERIA SER DIFERENTE, QUANDO VOCÊ É TÃO PARECIDO COMIGO, MEU QUERIDO, MAS DE UMA FORMA TÃO DISTINTA?
ROTEIRO:
ALAN MOORE
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ARTISTAS:
S.R. BISSETTE & RICK VEITCH
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“A MELHOR PARTE?” “AH, ESSA É FÁCIL! A MELHOR PARTE É AQUELE MOMENTO UM POUCO ANTES DO PHIL LER O NOME EM VOZ ALTA.”
“É… EU SEI. É SÓ DEPOIS DO NOME SER CHAMADO QUE COMEÇAM OS APLAUSOS E OS GRITOS…” “…MAS, TIPO, AÍ A MELHOR PARTE JÁ PASSOU. QUER DIZER, A MENOS QUE CHAMEM O SEU NOME.”
“EU NÃO FICO DESANIMADA. TENHO VINDO HÁ SÓ TRÊS MESES. ALGUNS DOS OUTROS NÃO PERDERAM UMA SEMANA SEQUER EM SEIS ANOS! PENSA NISSO!” “NUMA DESSAS SEGUNDAS, VAI SER MEU DIA DE SORTE.”
CAROL STEINER VEIO PARA NOVA YORK EM UM DIA NUBLADO DE JUNHO, ESPERANDO TER SORTE.
FRANZINDO OS OLHOS DIANTE DOS EDIFÍCIOS GIGANTESCOS, ELA PROCUROU POR ALGUMA MENSAGEM ESCONDIDA EM SEUS IMPASSÍVEIS ROSTOS DE PEDRA. A MENSAGEM TINHA DUAS PALAVRAS.
E NÃO ERA “TE AMO”.
DE
AL HIS AN TÓ M RIA O : S BI E O RE LL N H W OS RA : Y
AS: LETR L IE DAN TINI FAN
© 1985/87 ALAN MOORE E WILLIAM WRAY. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
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Ah, há tanto dinheiro fluindo para o Oriente em ondas gigantescas de dólar verde, coroadas por uma espuma de moedas prateadas e quebrando-se nas pinças rachadas de caranguejo ao longo da baía de Tóquio.
Temos tanto que não ousamos gastar, para que não afoguemos o mundo em ienes. O que podemos fazer? O que foi feito de nós? Tornamo-nos ricos, e agora todas as nossas ações parecem grotescas e preciosas.
Desenhos:
Roteiro:
A ambição e meu país. Foram essas as coisas que me mataram.
Chega o jornal. Leio a respeito de uma floresta de suicidas próxima a Kyoto.
Imagino seus frutos, que viveram, amadureceram e tornaram-se azedos. A pele se rompeu e, dentro, havia polpa; dentro, uma cor surpreendente.
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EU SEMPRE VOLTO. ALAN MOORE/ OSCAR ZÁRATE
EU SEMPRE VOLTO.
NÃO QUERIA FAZER ISSO. ACONTECE. ESCREVA A RESPEITO DE UM LUGAR E VOCÊ FICA CIMENTADO A ELE. DESTA VEZ É UM PROJETO PARA A BBC2.
DUAS DRAG QUEENS ATRAVESSAM A COMMERCIAL STREET À FRENTE DA VAN DA PRODUÇÃO. ORQUÍDEAS NÃO GOSTAM NADA DESTE CLIMA INFELIZ.
ESVAZIARAM A CONSTRUÇÃO INTEIRA PARA QUE A ENCHÊSSEMOS COM UMA REDUNDANTE FUMAÇA DE GELO-SECO E UMA SUPERESTIMADA LUZ INDIRETA.
HOSTON, O ZELADOR, UMA PRESENÇA SILENCIOSA E RESERVADA, É GENTILMENTE PROTETOR COM A IGREJA, COMO UM MARIDO CANSADO DE UMA NOIVA SENIL.
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QUERO DIZER, ERA UMA COLETÂNEA DE POEMAS, MAS O DESLEIXADO DESENHO ERA A OBRA PRINCIPAL…
ESSE ERA O NOME DO LIVRO QUE ESCREVI PARA LUZES DA CIDADE…
FAZ CERTO TEMPO QUE NÃO LEIO… VOCÊS VÃO TER DE ME PERDOAR…
1998 POR ALAN MOORE + PETER BAGGE ARTE FINAL DE ERIC REYNOLDS
“…ÀS VEZES ME TORNO PÚRPURA, UM TROVÃO NEGRO E TERRÍVEL SOBRE CORTIÇOS NOTURNOS…”
“…ÀS VEZES SOU ROSA ROCK-O-DILO, O SANGUE BICHA COMUNISTA VAZADO DO RABO DA TELEVISÃO AMERIKANA…“
“…E ÀS VEZES SOU KIWI MORANGO MATADOR, ME BATENDO COMO UMA BALEIA ARPOADA NO SUCO COR-DE-ROSA DO AMOR!”
NA ÉPOCA, OS CRÍTICOS DISSERAM QUE EU ERA UM JOVEM ALLEN GINSBERG… …APESAR DE EU NÃO SER GAY, OBVIAMENTE.
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ISSO SIGNIFICA QUE AS COISAS CAEM.
MATÉRIA É ENERGIA. ENERGIA É INFORMAÇÃO. TUDO É INFORMAÇÃO.
CAEM DO ALTO, DA ENERGIA E DA INFORMAÇÃO ESTRUTURADA, ATÉ DESORDEM SEM SIGNIFICADO E IMPOTENTE.
A FÍSICA DIZ QUE AS ESTRUTURAS… PRÉDIOS, SOCIEDADES, IDEOLOGIAS… SEMPRE BUSCAM SEU PONTO DE MENOR GASTO DE ENERGIA.
ISSO SE CHAMA ENTROPIA.
É ASSIM QUE A ENTROPIA SE PARECE.
A ENERGIA CINÉTICA REUNIDA EM UMA ESTRUTURA É LIBERADA COM SEU COLAPSO. UMA ÚNICA EXPLOSÃO PULVERIZANTE.
SEM MUITA ENERGIA.
DESTROÇOS, POR EXEMPLO, CONTÊM POUCA INFORMAÇÃO. TUDO PARECE IGUAL.
PODEM SER LONDRES, NOVA YORK, BAGDÁ, BELFAST OU KABUL. SEM MUITA INFORMAÇÃO.
INFORMAÇÃO COMPLEXA REDUZIDA À SIMPLICIDADE ENTEDIANTE.
OU QUALQUER LUGAR.
O FUNESTO CENÁRIO UNIVERSAL DE UM BOMBARDEIO.
GUERNICA, DE PICASSO, TODAS AS CORES AUSENTES. NADA ALÉM DE PRETO E BRANCO E CINZA. SOBRETUDO, CINZA.
DA MESMA MANEIRA, A MÃO PROJETADA ALI CONTÉM POUCA INFORMAÇÃO. COBERTA DE PÓ, SUA RAÇA, IDADE, GÊNERO, NADA DISSO PODE SER DETERMINADO.
PODE SER QUALQUER UM.
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BEM-VINDO, GENTIL LEITOR, À HISTÓRIA CREPUSCULAR DE UM HOMEM APANHADO ENTRE DOIS MUNDOS… ENTRE A CIÊNCIA E A MAGIA. ENTRE O SEXO E A MORTE. ENTRE A TERRA E A LUA…
…ENTRE AS COXAS FLAMEJANTES DO DESTINO! ESTA É A HISTÓRIA DE JOHN WHITESIDE PARSONS. POR FAVOR, TOMEM CUIDADO, POIS ESSA É…
ALAN MOORE: ROTEIRO MELINDA GEBBIE: DESENHOS CHRIS CHUCKRY: CORES SCOTT DUNBIER: EDITOR ORIGINAL LA TOILE CRIADA POR MOORE & GEBBIE
LOGO RUTH ABANDONOU O INFIEL MARIDO, PASSOU A CHAMAR O FILHO DE JOHN E MUDOUSE PARA PASADENA COM OS PAIS.
FOI LÁ QUE EM 1928, JOHN, AOS TREZE ANOS DE IDADE, CONJUROU O DIABO PELA PRIMEIRA VEZ, PELO QUE SE ALEGA.
NOSSA HISTÓRIA COMEÇA NO DIA 2 DE OUTUBRO DE 1914, EM UM HOSPITAL EM WILSHIRE BOULEVARD, LOS ANGELES. O BEBÊ DE RUTH WHITESIDE E DO VENDEDOR DE PEÇAS AUTOMOTIVAS MARVEL PARSONS FOI INICIALMENTE BATIZADO COMO MARVEL WHITESIDE PARSONS. PORÉM, ISSO NÃO DUROU.
AHHHH! 133
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